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AÇÃO CÍVEL POR CRIMES CONTRA A HONRA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C
PEDIDO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de
I DOS FATOS.
I.1 – DAS PRELIMINARES.
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do apartamento 1906 T3 ao passo que, trata-se um mero representante do promitente
comprador, com procuração outorgada, porque a função é restrita a condômino a teor da
Convenção do Condomínio.1
1 Art. 23 – De dois em dois anos, com mandato coincidindo com o do síndico será eleito o conselho consultivo,
composto de 03(três) membros efetivos e 03(três) suplentes, os quais acolherão o presidente, vice-presidente e o
secretário, todos condôminos, que exercerão gratuitamente suas funções, podendo ser reeleitos.)
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honra tanto pessoal, como profissional, que por sua vez, foram replicadas em outros grupos
ligados ao condomínio, por outros moradores.
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xi. Ora, Excelência! Dispensa-se o exercício de valoração para chegar
à conclusão de que, tal desinformação (porque leviana) compartilhada em grupo de
moradores, dias antes do certamente eleitoral, atinge diretamente a minha honra objetiva,
uma vez que, dificilmente alguém confiaria votos à um gestor condominial que tenha falido
um condomínio como imputa falsamente o Réu. Vejamos alguns destes ataques ora
denunciados.
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xiii. Noutro momento, à sequência, informou levianamente que eu havia
denunciado o condomínio por crimes ambientais, na polícia ambiental. Muito embora
fosse verdade, se trataria de um dever, na condição de cidadão, de combater e denunciar
qualquer ilicitude, não devendo ser utilizado como informação difamatória para ter a sua
honra manchada perante àquela comunidade. A bem da verdade, a denúncia foi contra o
próprio Afrânio, e não contra o condomínio, por ter orientado os funcionários a “mentirem”
para uma fiscalização da Cagece que ocorreria no condomínio.
xiv. Destaca-se que a denúncia foi feita perante o MPCE que, por sua vez,
determinou diligencias perante à Delegacia de Polícia Ambiental para apurar os fatos
noticiados na Noticia de Fato de número 01.2022.00021659-0, assim vejamos;
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xvi. Em verdade, as contas sequer chegaram a ser apreciadas pelo
conselho consultivo, tampouco foram votadas em assembleia, razão pela qual NUNCA
FORAM REPROVADAS. Com efeito, havia sido autorizado em assembleia geral ordinária
ocorrida em 16 de março de 2021(“ATA EM ANEXO”) a contratação de uma empresa para
auditar as contas, que nunca foi realizada.
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xix. De mais a mais, Excelentíssimo, o Réu sequer deveria ter ajuizado
uma ação a) sem o amparo do Conselho Consultivo, b) sem reprovação expressa das
contas por uma assembleia, tampouco o assunto deveria estar sendo suscitado com
cunho difamatório porque sequer chegou a ocorrer a audiência de conciliação no
aludido processo, então ainda não foi julgado, comprovando que, fatalmente, a tal lide
em comento tem o condão de ferir a minha honra.
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xxii. No azo, desafio ao réu comprovar qualquer ato de gestão
praticado por ele, representando legitimamente o condomínio perante à terceiros
nesse interstício compreendido entre o dia 10 de novembro de 2021 e 16 de novembro
de 2021.
xxiii. Todavia, houve a extensão tácita do meu mandato até aquela data,
uma vez que, àquela época, o edilício estava completamente desprovido de Conselheiros
Consultivos porque tinham renunciado à função, em um movimento liderado pelo Réu,
também conselheiro(ilegal) à época.
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xxv. Por seu turno, observado o aludido no ITEM XV supra, quando o Réu
assumiu de fato e de direito a gestão do condomínio, no dia 16 de março de 2023, aquele
residencial contava com caixa de R$430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais) em caixa,
ao passo as dívidas em aberto somavam apenas R$ 69.000,00(sessenta e nove mil reais)
conforme informado pelo Réu em assembleia geral extraordinária realizada em dezembro
de 2021, então, caixa líquido de R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), a saber;
FIGURA 2 - AFRÂNIO EM ASSEMBLEIA DE CONDÔMINOS DANDO FÉ ACERCA DA MONTA DA DÍVIDA EM ABERTO À ÉPOCA .
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publicar outro fato desonroso consistente na afirmação de “ter recebido o condomínio
sucateado”.
xxix. Não requer esforço para provar que a informação disseminada por
ele é absolutamente dolosa e falsa, uma vez que, quando da realização da “AGO 1”, que
resultou em minha eleição pela segunda vez por votos da ampla maioria dos presentes, os
Conselheiros Consultivos presentes teceram elogios tanto à minha gestão como a às
minhas contas.
xxx. Frisa-se que, sequer o Afrânio pode alegar uma eventual “falta de
conhecimento” acerca das informações inerentes à minha gestão, haja vista que, foi
exatamente na assembleia ocorrida em 20 de julho de 2021 que ele participou da daquela
assembleia, quando “brotou” pela primeira vez no residencial, passando-se por proprietário
de uma unidade enganando todos que estavam presentes para angariar votos tanto para
exercer a presidência da mesa como para candidatar-se à Conselheiro Consultivo, esta
última restrita à proprietários, conforme dito alhures.
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xxxii. Pois bem. De regresso à acusação de negligência da gestão da coisa
alheia, por bem hei de suscitar a definição de “falência” conforme o Art.75 da Lei 11.101/05,
in verbis;
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xxxiii. No mesmo sentido, a lei define os critérios para decretação da
falência, a teor do Art. 94, I, II da Lei 11.101/05, in verbis;
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xxxvii. Como se não bastassem os efeitos danosos pelas informações
publicadas no “questionário de perguntas e respostas” porque difamatório, analisando os
registros das últimas assembleias realizadas pelo condomínio, encontrei uma ata de uma
reunião assemblear, em que o réu procede com as mesmas imputações mentirosas e
difamatórias em face deste Promovente, perante à dezenas de condôminos, comprovando
a constância da prática difamatória. Assim vejamos;
FIGURA 3 - ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA OCORRIDA EM 2022, OCASIÃO EM QUE O AFRÂNIO AFIRMOU DE FORMA
LEVIANA E DOLOSA QUE ASSUMIU O CONDOMÍNIO COM R$ 414,00 EM CAIXA, AO PASSO QUE, A BEM DA VERDADE, ÀQUELE
RESIDENCIAL POSSUÍA MAIS DE R$ 430.000,00 À DISPOSIÇÃO.
xli. Por fim, protesto afirmar que enquanto gestor daquele condomínio
edilício, qual seja o MANHATTAN SUMMER PARK, fui responsável pela movimentação
financeira na monta de R$5.400.000,00 (CINCO MILHÕES E QUATROCENTOS MIL
REAIS).
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demanda a presente lide, dado que, fixa no Requerente a imagem de incompetente,
negligente com a coisa alheia perante os demais condôminos daquela comunidade
residencial, bem como perante à terceiros, podendo, inclusive, atrapalhar a concorrência
em certames em outros condomínios.
xlv. Este fato, todavia, não precisa ser criminoso. Basta haver
capacidade para macular a reputação da vítima, isto é, o bom conceito que ela
desfruta na coletividade, pouco importando se verdadeiro ou falso, consistente, pois,
em desacreditar publicamente uma pessoa, destruindo os atributos que a tornam
merecedora de respeito no convívio social.
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Respeito ao devido processo legal, exercício do contraditório e
ampla defesa – Valor da causa que corresponde à somatória da
pretensão inicial, não verificada desproporção – Interesse
processual presente - Mensagens de WhatsApp acostadas aos
autos por ambas as partes e amplamente utilizadas como meio
de prova seguro, não se tratando de provas obtidas por meios
ilícitos, mas mensagens fornecidas espontaneamente por
integrante de grupo de WhatsApp criado pela corré e entregues
também por outro condômino, que foi conselheiro na gestão em
que o autor foi síndico e sentiu-se prejudicado e ofendido pela
condução do processo de destituição do síndico e membros do
conselho, com especulações sobre supostas irregularidades
verificadas nas contas da gestão, imputação de condutas
criminosas, sem prova e ataque à integridade dos gestores -
Documentos com valor probante, obtidos licitamente, não se
havendo falar em desentranhamento, oportunizada ciência aos
réus e amplo exercício do contraditório e ampla defesa – Prova
documental e testemunhal amplamente produzida - CONDUTA DA
RECORRENTE QUE ULTRAPASSOU O SIMPLES INTUITO DE CRITICAR A
GESTÃO DO AUTOR – EXISTÊNCIA DE MECANISMOS E VIAS
APROPRIADAS DE QUESTIONAMENTO RELATIVO A EVENTUAL
DISCORDÂNCIA E PEDIDO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS, CASO
ENTENDIDO NÃO PRESTADAS E DEVIDAS, O QUE DIFERE DE OFENSAS
DE CUNHO PESSOAL, À IMAGEM, DIFAMAÇÃO, DÚVIDA QUANTO À
INTEGRIDADE, EXPOSIÇÃO E ESPECULAÇÕES DESABONADORAS À
PESSOA DO AUTOR, PERANTE OS OUTROS CONDÔMINOS – ATITUDE
QUE ULTRAPASSA O DIREITO À LIVRE EXPRESSÃO E DE
PENSAMENTO, DIREITOS SABIDAMENTE CONSTITUCIONAIS, MAS QUE
NÃO CONCEDEM PODER ABSOLUTO, DEVENDO SER EXERCIDOS COM
RESPONSABILIDADE, OBSTADAS, TAMBÉM POR PROTEÇÃO
CONSTITUCIONAL, CONDUTAS OFENSIVAS AOS DIREITOS DA
PERSONALIDADE, ATINGINDO A HONRA, O QUE NÃO PODE SER
TOLERADO E DEVE SER PUNIDO COM RIGOR - CORRÉ QUE COLOCA
EM DÚVIDA A HONRA, A HONESTIDADE E A REPUTAÇÃO DO AUTOR
PERANTE OS OUTROS CONDÔMINOS, SEM PROVA DE
IRREGULARIDADES COMETIDAS E SEM JUSTIFICATIVA
JURIDICAMENTE LEGÍTIMA - DANOS MORAIS MANTIDOS - FIXAÇÃO
EM R$ 20.000,00 INALTERADA, MONTANTE ENTENDIDO ADEQUADO
AO CASO, A FIM DE SE ATINGIR À DÚPLICE FINALIDADE DO INSTITUTO
DO DANO MORAL, PUNITIVA E COMPENSATÓRIA - SENTENÇA
MANTIDA - Honorários advocatícios majorados, na forma do art.
85, § 11 do CPC - Apelo improvido, rejeitadas as preliminares.
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honra do autor, pois são presumidos verdadeiros – REFORMA DA
SENTENÇA PARA A FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL,
COM OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE, POIS REALMENTE SE VERIFICOU ALGUM
EXCESSO NA CONDUTA RELATADA NA PETIÇÃO INICIAL – Recurso
parcialmente provido.
3 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
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l. Sem dúvidas, tratou-se de grande avanço jurídico, pois passaram a
ser tutelados bens jurídicos de natureza não patrimonial, como a dignidade, a honra, a
imagem e a intimidade, buscando o legislador com isto encontrar uma forma de
compensação para as vítimas de padecimento profundo injustamente causado.
IV DOS PEDIDOS.
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c. NO MÉRITO, julgar procedente o pedido para CONDENAR o Réu
ao pagamento de uma indenização de cunho compensatório e
punitivo, pelos DANOS MORAIS causados ao requerente, tudo
conforme fundamentado, em valor pecuniário justo e condizente com
o apresentado em tela, o que entendo o valor de R$25.000,00 (vinte
e cinco mil reais) considerando a gravidade das imputações
consistentes em ter recebido o condomínio “quebrado financeira
(falido) e sucateado, dando a entender incompetência com a gestão
do patrimônio alheio”. Ao mais, o valor mostra-se razoável tomando
como base que, durante a minha gestão, fui responsável pela
movimentação de mais de R$ 5.400.000,00 (cinco milhões e
quatrocentos mil reais) à título de receitas e pagamentos das
despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio. Portanto, a
pretendida indenização representa meros 0,5% (um porcento) da
responsabilidade financeira que me foi confiada, posta em xeque pelo
réu perante àquela comunidade residencial com suas imputações
difamatórias.
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Protesto e requeiro provar o alegado por todos os meios de prova em
Direito admitidos, em especial a oitiva de testemunhas, juntada de documentos, bem como
demais providências que Vossa Excelência considerar necessárias à elucidação dos fatos
e ao julgamento do feito.
N. Termos,
P. Espera deferimento.
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V MEMORIAL DE DOCUMENTOS EM ANEXO.
FINANCEIRA DO CONDOMÍNIO.
ÉPOCA.
JANEIRO/2023
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11. RELATÓRIOS DE FOLHA DE ROSTO DOS REPASSES DAS RECEITAS GARANTIDAS DE MODO A
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