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DIREITO PENAL

MILITAR
Dos Crimes contra a Autoridade ou
Disciplina Militar

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PENAL MILITAR
Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar...............................................................................4
1. Abreviações.....................................................................................................................................................................4
2. Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar..........................................................................5
3. Da Aliciação e do Incitamento. . ............................................................................................................................7
4. Da Violência contra Superior ou Militar de Serviço. ................................................................................8
5. Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou a Farda..............................................................9
6. Da Insubordinação................................................................................................................................................... 10
7. Da Usurpação e do Excesso ou Abuso de Autoridade. ..........................................................................11
8. Da Resistência. . ...........................................................................................................................................................14
9. Da Fuga, Evasão, Arrebatamento e Amotinamento de Presos.......................................................15
Resumo.................................................................................................................................................................................18
Mapa Mental......................................................................................................................................................................21
Exercícios............................................................................................................................................................................22
Gabarito...............................................................................................................................................................................36
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................37
Referências........................................................................................................................................................................56

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini

Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)!
Tudo bem? E os estudos? Para quem ainda não me conhece, meu nome é Leonardo dos
Santos Arpini. Atualmente, sou Advogado, especialista em Direito Penal, Processo Penal e Le-
gislação Penal Especial pela Faculdade Damásio de Jesus, professor de cursos preparatórios
para concursos e faço parte do GRAN CURSOS. Saiba que estou muito feliz em estar aqui es-
crevendo esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu e todos os envolvidos da equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas,
teorias, exercícios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas
para que você surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar à posse. Não tenha dúvida disso.
Sendo assim, vamos estudar a matéria de Direito Penal Militar de uma forma diferente. Não
é possível ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
As referências bibliográficas estarão presentes ao longo do livro digital. Diante disso, você
terá um suporte caso queira um aprofundamento para as próximas fases do seu concurso,
caso elas existam.
O nosso material contará com transcrição dos artigos de lei, tendo em vista que ela será
sua melhor amiga durante essa jornada. Junto com o texto legal, trarei comentários acerca de
cada um dos institutos que compõem a matéria de Direito Penal Militar.
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito Penal Militar,
buscando sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores,
bem como criarei questões inéditas para que você fique preparado(a) para surpresas no
seu concurso.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?!
Antes que eu me esqueça, qualquer coisa, você também pode me encontrar no Instagram,
no @prof.arpini.
Vamos em frente!

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DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA


MILITAR
1. Abreviações
Meu amigo(a), antes de iniciarmos o nosso conteúdo propriamente dito, quero deixar aqui
para você uma lista de abreviaturas que vamos utilizar ao longo do curso. São abreviaturas co-
muns na área jurídica e quero que você se familiarize com elas, tendo em vista que são usadas
frequentemente durante nossas aulas.
ADIn – Ação Direta de Inconstitucionalidade
ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental.
AECD – Auto de Exame de Corpo de Delito.
AgEx – Agravo em Execução.
APF – Auto de Prisão Em Flagrante.
c/c – combinado com.
CAt – Conflito de atribuição.
CC – Código Civil.
CCn – Câmara Criminal.
CComp – Conflito de Competência.
CF – Constituição Federal.
CP – Código Penal.
CPC – Código de Processo Civil.
CPM – Código Penal Militar.
CPP – Código de Processo Penal.
CTB – Código de Trânsito Brasileiro.
CTN – Código Tributário Nacional.
DJe – Diário de Justiça eletrônico.
DJU – Diário de Justiça da União.
EC – Emenda Constitucional.
ED – Embargos Declaratórios.
HC – Habeas Corpus.
Inq. – Inquérito.
IP – Inquérito Policial.
j. – julgado(a) em.
LC – Lei Complementar.
LC – Livramento condicional.
LCP – Lei de Contravenções Penais.
LEP – Lei de Execuções Penais.

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LICP – Lei de Introdução ao Código Penal.


PPL – Pena privativa de liberdade
PRD – Pena restritiva de direito.
RE – Recurso Extraordinário.
RESE – Recurso em sentido estrito.
REsp – Recurso Especial.
RHC – Recurso em Habeas Corpus.
v.u. – votação unânime.

2. Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar


Do Motim e da Revolta

A partir de agora iremos estudar os crimes em espécie, previsto no Código Penal Militar.
Venha comigo!

Motim – Art. 149

Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:


I – agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la;
II – recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência;
III – assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, con-
tra superior;
IV – ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de
qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer
daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência
a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças.
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
Pena – reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças.

Não existe mais a figura do assemelhado, podendo o agente ser somente o militar. O sujei-
to passivo desse delito é o Estado. Motim refere-se à rebelião de militares contra seu superior
ou a revolta armada em algum lugar específico, com a cela em que ficam os presos. O verbo
nuclear do tipo é “reunirem-se”, ou seja, realizar uma reunião que envolva militares, qualquer
que seja o escalão, com os propósitos previstos nos incisos I a IV do dispositivo acima men-
cionado. Esse delito pode ser cometido apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
A pena poderá ser aumentada em um terço, para os líderes do motim. O parágrafo único traz
hipótese de figura qualificada “revolta”, quando estiverem os militares armados.

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Organização de Grupo para a Prática de Violência – Art. 150

Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico,
de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujei-
to ou não à administração militar:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos.

Conforme abordado anteriormente, o sujeito ativo só poderá ser o militar, não mais exis-
tindo a figura do assemelhado. Os sujeitos passivos são o Estado e a pessoa prejudicada pela
violência. O verbo nuclear em destaque é “reunirem-se”, sendo agentes do delito dois ou mais
militares, portando materiais de guerra ou armamentos da corporação. Esse delito pode ser
praticado apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.

Omissão de Legalidade Militar – Art. 151

Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios
ao seu alcance para impedi-lo:
Pena – reclusão, de três a cinco anos.

O sujeito ativo é o militar e, o sujeito passivo é o Estado. Se trata se crime omissivo, consu-
mando-se no momento em que o militar, tendo conhecimento da preparação de um motim ou
revolta, deixa de avisar o seu superior. O delito também se consuma quando o militar, não pro-
duz qualquer esforço, dentro de suas possibilidades, para impedir a rebelião, quando presente
no ato. Esse delito pode ser praticado apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.

Conspiração – Art. 152

Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 149:
Pena – reclusão, de três a cinco anos.
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e quando era ainda pos-
sível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de que participou.
Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

O sujeito ativo é o militar, o sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear “concertar”, nesse
contexto, significa planejar, ajustar, combinar. A conduta visada é a prática do delito de motim.
Nesse delito busca-se a punição da sua “preparação”. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo
a forma culposa. Quando houver a delação por parte de um dos coautores ou partícipes, en-
tregando outros membros, haverá como condição para que seja extinguida a punibilidade do
agente da conspiração, os seguintes critérios:
a) Narrar o ajuste a quem possa impedi-lo, ou seja, a superior;

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b) Ter tomado parte no planejamento do motim;


c) Delatar o preparo antes do início da execução, poderá delatar também depois de consu-
mada a conspiração, mas desde que antes do motim;
d) Inexistir qualquer consequência do preparo do motim.

3. Da Aliciação e do Incitamento
Aliciação para Motim ou Revolta – Art. 154

Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítulo
anterior:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.

O sujeito ativo nesse delito pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. O ver-
bo nuclear “aliciar” significa atrair alguém para alguma coisa. Busca-se convencer o militar à
prática dos crimes de motim e revolta. Trata-se de delito formal. A tentativa raramente é confi-
gurada. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a figura culposa.

Incitamento – Art. 155

Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar:


Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à admi-
nistração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em
que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear
“incitar” refere-se a incentivar, convencer. Busca-se incitar militar a desobedecer superior, para
cometer qualquer delito militar ou para que ele se torne indisciplinado. O critério subjetivo con-
siste no dolo, inexistindo a forma culposa.
Apologia de Fato Criminoso ou do Seu Autor – Art. 156

Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar
sujeito à administração militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.

O sujeito ativo desse delito pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo será o Estado. O
verbo nuclear “fazer” significa realizar, cometer, dar origem, assim, a conduta se refere à apo-
logia de fato criminoso ou autor de crime. O dispositivo se refere a fato que a lei militar consi-
dera crime.

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4. Da Violência contra Superior ou Militar de Serviço


Violência contra Superior – Art. 157

Art. 157. Praticar violência contra superior:


Pena – detenção, de três meses a dois anos.
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general:
Pena – reclusão, de três a nove anos.
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra
a pessoa.
§ 4º Se da violência resulta morte:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço.

Nesse delito o sujeito ativo é o militar e, o sujeito passivo, o Estado. Em segundo, o sujeito
passivo é o superior impactado. A expressão “praticar violência”, tem como significado a exe-
cução de ato que cause constrangimento físico, mediante o uso da força. A violência nesse
dispositivo, traz o sentido de emprego de força física, ou seja, coação física.
Nesse sentido, é a Jurisprudência do STM:

JURISPRUDÊNCIA
4. O delito de Violência contra Superior (art. 157 do COM) prescinde da ocorrência de
lesão corporal para a sua configuração, sendo suficiente o emprego de violência física,
doutrinariamente denominada de “vis corporalis”, a qual pode ser constituída por mera
agressão, decorrente de empurrão, de soco, de tapa, de arremesso de objeto, de ordem
de ataque dada a um animal perigoso, entre outros meios. (Apelação n. 7000217-
33.2020.7.00.0000, rel. Marco Antônio de Farias, 22.10.2020, v.u.).

Quanto ao aspecto subjetivo, trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa. Ainda,
existem duas figuras qualificadoras:

§ 1º leva-se em consideração qualidade especial da vítima, ou seja, comandante da unidade a que


pertence o agente ou oficial general;
§ 4º refere-se à morte da vítima. As demais constituem causas de aumento ou cumulação.

Violência contra Militar de Serviço – Art. 158

Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia
ou plantão:
Pena – reclusão, de três a oito anos.

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§ 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra
a pessoa.
§ 3º Se da violência resulta morte:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.

Ausência de Dolo no Resultado – Art. 159

Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa
é diminuída de metade.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado e, em segundo, a
pessoa que foi atingida pela violência. A expressão “praticar violência”, significa agir de forma
que causa constrangimento físico a alguém, por meio do emprego de força. Nesse caso, como
em anterior, a violência se refere ao uso da força. O crime é doloso, inexistindo a forma culpo-
sa. Quando vier a ocorrer resultado mais grave por culpa do agente, haverá a figura preterdo-
losa, que ocorre quando existe dolo na conduta antecedente e culpa na conduta consequente,
ocasionando ao agente uma punição mais rigorosa.

5. Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou a Farda


Desrespeito a Superior – Art. 160

Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:


Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da unidade a que pertence o agente,
oficial-general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é aumentada da metade.

Nesse delito o sujeito ativo pode ser somente o militar. O sujeito passivo é o Estado e, se-
cundariamente, o militar que foi desrespeitado. O verbo nuclear “desrespeitar”, significa desa-
catar, faltar com respeito, transgredir, violar. Exige-se que a conduta seja realizada na presença
de outro militar. Assim, o desrespeito ganha relevo quando presenciado por outros. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.

Desrespeito a Símbolo Nacional – Art. 161

Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se
traduza em ultraje a símbolo nacional:
Pena – detenção, de um a dois anos.

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Despojamento Desprezível – Art. 162

Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em pú-
blico.

O sujeito ativo nesse delito é o militar. O sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear “ultra-
jar” significa ofender os símbolos nacionais. São os símbolos: a bandeira nacional, o hino na-
cional, as armas nacionais e o selo nacional, conforme dispõe a Lei n. º 5.700/1971. Exige-se
que a conduta ocorra na frente da tropa ou em local sujeito à administração militar, que possa
fazer chegar ao conhecimento de terceiros. A conduta para a realização desse delito pode con-
sistir em rasgar a bandeira, cantar o hino com a letra modificada, de maneira zombeteira etc.
Trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa.
A conduta de “despojar” refere-se ao ato de desvestir ou jogar fora, de acordo com cada
caso concreto. O objeto se refere ao uniforme, ou seja, a veste do militar, sua farda, além da
condecoração militar, insígnia ou distintivo. Nesse delito o aspecto objetivo também é o dolo,
inexistindo a figura culposa.

6. Da Insubordinação
Recusa de Obediência – Art. 163

Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativa-
mente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena – detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.

O sujeito ativo só pode ser o militar, o sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, a


autoridade que foi desmoralizada. A conduta “recusar obedecer”, significa o mesmo que “não
obedecer”. O objeto é a não obediência à ordem de superior, em assuntos de serviço e, quanto
ao dever legal, regulamentar ou de instrução. O delito só ocorre se a ordem desobedecida está
em conformidade com previsão legal, inexistindo quando de tratar de ordem ilegal. Trata-se de
crime doloso, inexistindo a modalidade culposa.

Oposição a Ordem de Sentinela – Art. 164

Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela:


Pena – detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

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Nesse delito o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. O verbo
nuclear “opor-se” significa não acatar ordens. O objeto é a ordem que foi dada pela sentinela
(significa militar que ocupa função de vigia do quartel ou unidade militar). Tanto o militar quan-
to os civis devem acatar as ordens da sentinela. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a
forma culposa.

Reunião Ilícita – Art. 165

Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem
dela participa, se o fato não constitui crime mais grave.

O sujeito ativo poderá ser, somente, o militar. O sujeito passivo é o Estado. Tutela-se a dis-
ciplina militar. A expressão “promover a reunião” significa organizar um encontro entre os mili-
tares, como o objetivo de debater de forma negativa e crítica ato superior. Trata-se de conduta
ilícita pois, não cabe ao subalterno questionar ato superior sob qualquer circunstância.
Publicação ou Crítica Indevida – Art. 166

Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar pu-
blicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do
Governo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

Inexiste a figura do assemelhado. O sujeito ativo é o militar e, o passivo, o Estado. O verbo


nuclear “publicar”, refere-se a tornar algo conhecido por várias pessoas, ou seja, documento ou
ato oficial sem licença, sem autorização. O delito é doloso e, inexiste forma culposa.

7. Da Usurpação e do Excesso ou Abuso de Autoridade


Assunção de Comando sem Ordem ou Autorização – Art. 167

Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se em grave emergência, qualquer
comando, ou a direção de estabelecimento militar:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

O sujeito ativo desse delito só pode ser o militar. O sujeito passivo é o Estado. O principal
fundamento desse dispositivo é a violação, a transgressão da disciplina e da hierarquia, visto
que o comando militar depende de expressa previsão, traçada por superiores encarregados da
organização e da estrutura dos estabelecimentos. Há a exceção relativa quando existir grave

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emergência, ou seja, estado de necessidade. Nessa circunstância, o fato se torna atípico. O


aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.

Conservação Ilegal de Comando – Art. 168

Art. 168. Conservar comando ou função legitimamente assumida, depois de receber ordem de seu
superior para deixá-los ou transmiti-los a outrem:
Pena – detenção, de um a três anos.

O sujeito ativo só pode ser militar, o sujeito passivo é o Estado. A expressão “conservar” se
refere a manter, preservar comando, uma direção ou função assumida, na qual não se desa-
garra, após receber ordem superior para deixá-la ou transmiti-la a terceiro militar. Nesse delito
tutela-se a disciplina e a hierarquia militar. Trata-se de delito omissivo, pois o verbo nuclear
“conservar” representa manter-se no estado vigente. Não se admite tentativa, sendo crime
unissubsistente. O aspecto subjetivo é o dolo e inexiste forma culposa.

Operação Militar sem Ordem Superior – Art. 169

Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa,
movimento de tropa ou ação militar:
Parágrafo único. Se o movimento da tropa ou ação militar é em território estrangeiro ou contra força,
navio ou aeronave de país estrangeiro:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos, se o fato não constitui crime mais grave.

O sujeito ativo é o militar comandante, o sujeito passivo é o Estado. Determinar traz o sen-
tido de dar uma ordem ou comando. O objeto do delito consiste na movimentação da tropa de
um lugar para outro, assim como qualquer outra ação militar. Busca-se evitar o desafio à hierar-
quia e à disciplina militar, devendo o comandante agir somente sob as ordens de superiores. É
crime doloso e inexiste modalidade culposa. O delito será mais grave quando a manifestação
ocorrer em solo estrangeiro, ou então, contra força, navio ou aeronave estrangeira.
Ordem Arbitrária de Invasão – Art. 170

Art. 170. Ordenar, arbitrariamente, o comandante de força, navio, aeronave ou engenho de guerra
motomecanizado a entrada de comandados seus em águas ou território estrangeiro, ou sobrevoá-
-los:
Pena – suspensão do exercício do posto, de um a três anos, ou reforma.

O sujeito ativo é o militar comandante e o sujeito passivo é o Estado. Esse dispositivo visa
tutelar a hierarquia e a disciplina, além da segurança externa. O aspecto subjetivo é o dolo,
inexistindo a modalidade culposa.
Uso Indevido por Militar de Uniforme, Distintivo ou Insígnia – Art. 171

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Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou
graduação superior:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

O sujeito ativo é o militar e inexiste a figura do assemelhado. O sujeito passivo é o Estado.


A punição ocorre pela utilização de qualquer forma de uniforme, distintivo ou insígnia (em-
blema), alusivo ao posto ou graduação superior. Essa conduta viola o respeito aos símbolos
militares, perturbando a hierarquia e a disciplina. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a
modalidade culposa.
Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar por qualquer pessoa – art. 172

Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito:
Pena – detenção, até seis meses.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. A punição se refere
à utilização de qualquer maneira, em vestir, ostentar, afixar no peito etc., uniforme, distintivo ou
insígnia militar, infringindo os símbolos militares, causando transtorno à autoridade e à disci-
plina. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.

Abuso se Requisição Militar – Art. 173

Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os poderes conferidos ou recusando
cumprir dever imposto em lei:
Pena – detenção, de um a dois anos.

O sujeito passivo será qualquer pessoa que detenha o poder de requisição, o sujeito ativo
é o Estado. O termo “abusar” significa descomedir-se, correspondendo a ato ilícito. O abuso
também pode consistir em recusa no cumprimento de dever legal. O centro é a punição de
funcionário público, militar ou civil, que requisitar bens além daquilo previsto em lei. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.

Rigor Excessivo – Art. 174

Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou ofen-
dendo-o por palavra, ato ou escrito:
Pena – suspensão do exercício do posto, por dois a seis meses, se o fato não constitui crime mais
grave.

O sujeito ativo é o militar superior, o passivo é o Estado. Em segundo plano, o sujeito pas-
sivo é o subordinado punido. O verbo nuclear “exceder” refere-se a ultrapassar, exagerar o que
é permitido, para a punição de militar subordinado. Tutela-se a administração militar, na seara

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da disciplina e da moralidade e, também, a integridade física e moral do militar subordinado. O


aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.

Violência contra Inferior – Art. 175

Art. 175. Praticar violência contra inferior:


Pena – detenção, de três meses a um ano.
Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou morte é também aplicada a pena do crime
contra a pessoa, atendendo-se, quando for o caso, ao disposto no art. 159.

O sujeito ativo é o militar superior. O sujeito passivo é o Estado e, o inferior prejudicado. A


expressão “praticar violência” refere-se à utilização de qualquer modalidade de repressão físi-
ca, se incluindo para tanto, simples vias de fato (tapa), como a lesão corporal em si (que deixa
vestígios visíveis de ferimento). Essa forma de coerção não é permitida sob qualquer condi-
ção. A tutela é voltada para a administração militar, a autoridade e a integridade moral e física
do subordinado. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
Ofensa Aviltante a Inferior – Art. 176

Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se
considere aviltante:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior.

O sujeito ativo é o militar superior, o passivo é o Estado e, o subordinado. Esse tipo penal
repete o que consta no artigo anterior (art. 175), apenas com uma finalidade particular, que
é a ofensa ao subordinado. O crime é doloso e consiste no “ânimo de injuriar”, humilhando
o militar.

8. Da Resistência
Resistência Mediante Ameaça ou Violência – Art. 177

Art. 177. Opor-se à execução de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem
esteja prestando auxílio:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o ato não se executa em razão da resistência:
Pena – reclusão de dois a quatro anos.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência, ou ao fato
que constitua crime mais grave.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário público civil ou militar. O
sujeito passivo é o Estado e, o funcionário ou outra pessoa que sofreu a violência ou a ameaça.

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Esse terceiro necessita estar acompanhado de funcionário incumbido de realizar a execução


do ato legal. O termo “opor-se” significa impedir. O objeto da conduta é a execução do ato legal.
O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
A resistência ativa corresponde ao emprego de violência ou ameaça contra funcionário
público, bastando para configurar o crime. A resistência passiva é a contradição sem ataque
por parte do indivíduo, podendo ocorrer de várias formas, como “agir com indolência” para ser
preso, forçando os policiais a carregá-lo para a viatura. Na embriaguez, o sujeito embriagado
deve responder por aquilo que faz, mesmo se encontrando nesse estado, tratando-se de dolo
presumido.
Não é suficiente que a vítima seja, apenas, funcionário público, pois o tipo penal obriga
que ele detenha competência para executar o ato. O perpetrador pode se valer de terceiros
para a prática do ato legal, se isso ocorrer, esse terceiro também poderá ser vítima do crime de
resistência. A figura qualificada exige a não realização de ato legal praticado por funcionário
competente.

9. Da Fuga, Evasão, Arrebatamento e Amotinamento de Presos


Fuga de Preso ou Internado – Art. 178

Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segu-
rança detentiva:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violên-
cia.
§ 3º Se o crime é praticado por pessoa sob cuja guarda, custódia ou condução está o preso ou in-
ternado:
Pena – reclusão, até quatro anos.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. A expressão “pro-
mover” significa articular, propiciar, dar causa. “Facilitar” significa contribuir, tornar mais aces-
sível, sem muito esforço. O objeto das duas condutas é a fuga de indivíduo encarcerado ou
internado. O aspecto subjetivo é o dolo, pune-se a forma culposa nos termos do artigo 179. As
qualificadoras incidem quando o crime for cometido à mão armada e por pessoa que deveria
custodiar o preso ou internado. Haverá concurso de crimes quando houver violência contra a
pessoa, devendo ser punido o agente pelo delito do dispositivo em estudo, associado ao crime
praticado com violência.

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Modalidade Culposa – Art. 179

Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa, confiada à sua guarda ou condução:
Pena – detenção, de três meses a um ano.

O sujeito ativo é o funcionário encarregado da guarda ou condução de preso, o sujeito


passivo é o Estado. A expressão “deixar fugir” significa conceder a fuga. Nesta figura, o delito
ocorre pela falta de atenção e cuidado do encarregado da guarda ou condução. O aspecto
subjetivo é a culpa.

Evasão de Preso ou Internado – Art. 180

Art. 180. Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra a pessoa:
Pena – detenção, de um a dois anos, além da correspondente à violência.
§ 1º Se a evasão ou a tentativa ocorre mediante arrombamento da prisão militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
§ 2º Se ao fato sucede deserção, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes.

O sujeito ativo pode ser o indivíduo que está preso ou a pessoa submetida a medida de
segurança de internação. O sujeito passivo é o Estado e, a pessoa agredida. O termo “evadir-
-se” significa escapar, nesse caso, da prisão. Nesse dispositivo, fugir ou tentar fugir, possui
a mesma penalidade, o mesmo alcance. A fuga do preso só será punida se houver violência
contra a pessoa. O aspecto subjetivo é o dolo. A pena será menor quando a prática do delito
ocorrer mediante violência contra coisa. A deserção é um crime que pode ocorrer em conse-
quência à fuga.

Arrebatamento de Preso ou Internado – Art. 181

Art. 181. Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda
ou custódia militar:
Pena – reclusão, até quatro anos, além da correspondente à violência.

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado e, o preso maltrata-
do. A expressão “arrebatar” significa bater com violência, sendo o objeto o indivíduo que está
preso. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa. A conduta de quem comete
esse delito é única, mas haverá a cumulação material, do artigo em estudo com o tipo penal
correspondente ao constrangimento físico.

Amotinamento – Art. 182

Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar:
Pena – reclusão, até três anos, aos cabeças; aos demais, detenção de um a dois anos.

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Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e es-
tando presente, não usa os meios ao seu alcance para debelar o amotinamento ou evitar-lhe as
consequências.

O sujeito ativo é o preso. O sujeito passivo é o Estado. A expressão “amotinar-se” significa


a revoltar-se contra a ordem em vigor. Trata-se de delito de concurso necessário, isto é, ocorre
o delito quando houver mais de três presos se rebelando (amotinando). O aspecto subjetivo é
o dolo, inexistindo a forma culposa. Os coautores e partícipes devem ser punidos na medida
de sua culpabilidade.

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RESUMO
Dos Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina Militar
• Do motim e da revolta

Não existe mais a figura do assemelhado, podendo o agente ser somente o militar. O sujei-
to passivo desse delito é o Estado. Motim refere-se à rebelião de militares contra seu superior
ou a revolta armada em algum lugar específico, com a cela em que ficam os presos. O verbo
nuclear do tipo é “reunirem-se”, ou seja, realizar uma reunião que envolva militares, qualquer
que seja o escalão, com os propósitos previstos nos incisos I a IV do dispositivo acima men-
cionado. Esse delito pode ser cometido apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
A pena poderá ser aumentada em um terço, para os líderes do motim. O parágrafo único traz
hipótese de figura qualificada “revolta”, quando estiverem os militares armados.

Da Aliciação e do Incitamento

O sujeito ativo nesse delito pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. O ver-
bo nuclear “aliciar” significa atrair alguém para alguma coisa. Busca-se convencer o militar à
prática dos crimes de motim e revolta. Trata-se de delito formal. A tentativa raramente é confi-
gurada. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a figura culposa.

Da Violência contra Superior ou Militar de Serviço


• Violência contra superior
• Nesse delito o sujeito ativo é o militar e, o sujeito passivo, o Estado. Em segundo, o
sujeito passivo é o superior impactado. A expressão “praticar violência”, tem como sig-
nificado a execução de ato que cause constrangimento físico, mediante o uso da força.
A violência nesse dispositivo, traz o sentido de emprego de força física, ou seja, coação
física.

Nesse sentido, é a Jurisprudência do STM:

JURISPRUDÊNCIA
4. O delito de Violência contra Superior (art. 157 do COM) prescinde da ocorrência de
lesão corporal para a sua configuração, sendo suficiente o emprego de violência física,
doutrinariamente denominada de “vis corporalis”, a qual pode ser constituída por mera
agressão, decorrente de empurrão, de soco, de tapa, de arremesso de objeto, de ordem
de ataque dada a um animal perigoso, entre outros meios. (Apelação n. 7000217-
33.2020.7.00.0000, rel. Marco Antônio de Farias, 22.10.2020, v.u.)

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• Quanto ao aspecto subjetivo, trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa. Ain-
da, existem duas figuras qualificadoras:

§ 1º leva-se em consideração qualidade especial da vítima, ou seja, comandante da unidade a que


pertence o agente ou oficial general; § 4º refere-se à morte da vítima. As demais constituem causas
de aumento ou cumulação.

Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou a Farda

Nesse delito o sujeito ativo pode ser somente o militar. O sujeito passivo é o Estado e, se-
cundariamente, o militar que foi desrespeitado. O verbo nuclear “desrespeitar”, significa desa-
catar, faltar com respeito, transgredir, violar. Exige-se que a conduta seja realizada na presença
de outro militar. Assim, o desrespeito ganha relevo quando presenciado por outros. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.

Da Insubordinação

O sujeito ativo só pode ser o militar, o sujeito passivo é o Estado e, secundariamente, a


autoridade que foi desmoralizada. A conduta “recusar obedecer”, significa o mesmo que “não
obedecer”. O objeto é a não obediência à ordem de superior, em assuntos de serviço e, quanto
ao dever legal, regulamentar ou de instrução. O delito só ocorre se a ordem desobedecida está
em conformidade com previsão legal, inexistindo quando de tratar de ordem ilegal. Trata-se de
crime doloso, inexistindo a modalidade culposa.

Da Usurpação e do Excesso ou Abuso de Autoridade

O sujeito ativo desse delito só pode ser o militar. O sujeito passivo é o Estado. O principal
fundamento desse dispositivo é a violação, a transgressão da disciplina e da hierarquia, visto
que o comando militar depende de expressa previsão, traçada por superiores encarregados da
organização e da estrutura dos estabelecimentos. Há a exceção relativa quando existir grave
emergência, ou seja, estado de necessidade. Nessa circunstância, o fato se torna atípico. O
aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.

Da Resistência

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário público civil ou militar. O
sujeito passivo é o Estado e, o funcionário ou outra pessoa que sofreu a violência ou a ameaça.
Esse terceiro necessita estar acompanhado de funcionário incumbido de realizar a execução
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A resistência ativa corresponde ao emprego de violência ou ameaça contra funcionário


público, bastando para configurar o crime. A resistência passiva é a contradição sem ataque
por parte do indivíduo, podendo ocorrer de várias formas, como “agir com indolência” para ser
preso, forçando os policiais a carregá-lo para a viatura. Na embriaguez, o sujeito embriagado
deve responder por aquilo que faz, mesmo se encontrando nesse estado, tratando-se de dolo
presumido.
Não é suficiente que a vítima seja, apenas, funcionário público, pois o tipo penal obriga
que ele detenha competência para executar o ato. O perpetrador pode se valer de terceiros
para a prática do ato legal, se isso ocorrer, esse terceiro também poderá ser vítima do crime de
resistência. A figura qualificada exige a não realização de ato legal praticado por funcionário
competente.

Da Fuga, Evasão, Arrebatamento e Amotinamento de Presos

O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. A expressão “pro-
mover” significa articular, propiciar, dar causa. “Facilitar” significa contribuir, tornar mais aces-
sível, sem muito esforço. O objeto das duas condutas é a fuga de indivíduo encarcerado ou
internado. O aspecto subjetivo é o dolo, pune-se a forma culposa nos termos do artigo 179. As
qualificadoras incidem quando o crime for cometido à mão armada e por pessoa que deveria
custodiar o preso ou internado. Haverá concurso de crimes quando houver violência contra a
pessoa, devendo ser punido o agente pelo delito do dispositivo em estudo, associado ao crime
praticado com violência.

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MAPA MENTAL

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EXERCÍCIOS
001. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) A Sargento Louise deu ordem para
que os policiais militares recém-empossados permanecessem no quartel aguardando instru-
ções para um treinamento de policiamento ostensivo. Agindo de forma contrária à determi-
nação recebida pela superior, o Soldado Prima e o Soldado Flores reuniram um grupo de seis
militares no bar ao lado do quartel, e passaram a criticar sua superior hierárquica de forma
desrespeitosa.
Nessa situação hipotética, os soldados militares
a) praticaram o crime de motim.
b) praticaram o crime de omissão de lealdade.
c) praticaram o crime de revolta.
d) praticaram o crime de insubmissão.
e) estavam corretos ao negar-se a cumprir a ordem da Sargento Louise, pois a ordem é ilegal
por violar o direito constitucional de ir e vir.

002. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) Com base no Código Penal Militar,


é correto afirmar que:
a) o princípio da insignificância se aplica aos crimes militares de posse de entorpecente, desde
que cumpridos os requisitos estabelecidos na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
b) a diferença entre motim e revolta é que, no motim, os agentes estão armados.
c) o crime de conspiração ocorre quando os militares se ajustam para a prática de motim
ou revolta.
d) o uso indevido de uniforme, quando praticado por militar, configura transgressão disciplinar
e, quando praticado por civil, é crime.
e) o crime de desrespeito a superior pode ocorrer na forma dolosa ou culposa.

003. (VUNESP/SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR/PM-SP/2022) Com relação aos crimes mi-


litares previstos no Código Penal Militar, é correto afirmar que o crime de:
a) desrespeito a superior possui modalidade culposa.
b) violência contra militar em serviço não possui formas qualificadas.
c) incitamento possui modalidade culposa.
d) violência contra superior possui formas qualificadas.

004. (CRS/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2021) Considera-se crime militar toda


violação acentuada ao dever militar e aos valores das instituições militares. São propriamente
militares os crimes cuja prática não seria possível senão por militar, haja vista ser essa quali-
dade do agente essencial para que o fato delituoso se verifique. Assim, dentre as alternativas
abaixo, assinale a que contém somente crimes propriamente militares.

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a) Desrespeito a símbolo nacional, desacato a militar, despojamento desprezível, aliciação para


motim ou revolta, deserção.
b) Recusa de obediência, descumprimento de missão, abandono de posto, motim e revolta,
violência contra superior.
c) Embriaguez em serviço, desacato a superior, oposição à ordem de sentinela, violação de
sigilo funcional, resistência mediante ameaça ou violência.
d) Desrespeito a superior, tráfico de influência, violência contra militar de serviço, publicação
ou crítica indevida, dormir em serviço.

005. (VUNESP/OFICIAL/ÁREA DIREITO/ESFCEX/2021) Considerando que o crime de motim


é de autoria coletiva necessária, na hipótese de ocorrer um motim envolvendo 2 (dois) Cabos,
2 (dois) Soldados, 2 (dois) Sargentos e 1 (um) Tenente, sendo o mentor da prática criminosa
um dos Cabos, é correto afirmar, nos termos do Código Penal Militar:
a) o Tenente será considerado o cabeça do motim e poderá receber uma pena maior.
b) o enunciado descreve uma hipótese de crime impossível, pois o efetivo total de 7 (sete) mi-
litares é insuficiente para a configuração do crime de motim.
c) o Cabo mentor da prática será considerado o cabeça, podendo receber a maior pena aplicada.
d) o Tenente e os Sargentos receberão as maiores penas, pois serão considerados os cabeças
do movimento.
e) em razão de um Cabo estar liderando um movimento na presença de um Tenente e de vários
Sargentos, houve descaracterização do crime de autoria coletiva necessária.

006. (CRS/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2021) Considerando os crimes contra a


autoridade ou disciplina militar previstos no Decreto-Lei n. 1.001/1969 - Código Penal Militar,
analise as assertivas:
I – No crime de violência contra superior a pena prevista será a de detenção. Entretanto, se
o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general, a pena será
de reclusão.
II – No crime de praticar violência contra superior, se da violência resulta lesão corporal, aplica-
-se, além da pena de violência, a do crime contra a pessoa.
III – A reunião de militares armados, agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se
a cumpri-la configura o crime de motim, com a pena aumentada da metade para os cabeças.
IV – A recusa em obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relati-
vamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução configura o crime de desobediência
previsto no art. 301 do CPM.
V – O crime de desrespeito a superior somente se configura caso seja cometido na presença
de outro militar.

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Marque a alternativa CORRETA:


a) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, IV e V estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.

007. (CRS/OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2020) Considerando o estabelecido no


Código Penal Militar (CPM), Decreto Lei n. 1.001/1969, acerca dos crimes militares, analise as
assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede.
I – O crime militar de despojamento desprezível (art. 162 do CPM), crime propriamente mili-
tar, consiste em despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por me-
nosprezo ou vilipêndio. O delito é cometido por militar, até mesmo porque as condecorações,
insígnias e distintivos militares são usualmente conferidas aos militares. O crime se dá na
modalidade dolosa e se consuma no momento em que o autor arranca, por menosprezo ou
por vilipêndio, no todo ou em parte, uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo que
ele próprio ostenta. A pena do crime ainda é aumentada se o fato é praticado diante da tropa
ou em público.
II – O crime militar de recusa de obediência (art. 163 do CPM), crime propriamente militar,
consiste em recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou
relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução. O delito somente pode ser co-
metido por militar da ativa. O crime se dá na modalidade dolosa e se consuma no momento em
que o autor se recusa, nega acatamento, obediência à ordem, o que pode materializar-se por
uma conduta omissiva ou comissiva. A ordem deve ser a) imperativa; b) pessoal; c) concreta.
O crime pode ser tentado em razão de ser unissubsistente.
III – O crime de oposição a ordem de Sentinela (art. 164 do CPM), crime propriamente militar,
consiste em opor-se às ordens da sentinela. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa,
inclusive por superior ou subordinado do militar que se encontra na função de Sentinela. O de-
lito se dá na modalidade dolosa e consuma-se no momento em que o autor obsta, interrompe
ou impede, de qualquer forma, à ordem da Sentinela. O crime pode ser tentado.
IV – O crime de reunião ilícita (art. 165 do CPM), crime propriamente militar, consiste em pro-
mover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou assun-
to atinente à disciplina militar. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa. O delito se dá
na modalidade dolosa e se consuma no momento em que a reunião acontece. Cabe a tentativa
para o crime por ser delito formal.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Somente duas assertivas estão incorretas.
b) Todas as assertivas estão incorretas.
c) Somente uma assertiva está incorreta.
d) Somente uma assertiva está correta.

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008. (IBFC/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMBA/2020) Sobre o que constitui a conduta


típica de crime militar de motim, assinale a alternativa correta.
a) Reunirem-se dois militares, com armamento de propriedade militar, praticando violência à
coisa pública ou particular em lugar não sujeito à administração militar.
b) Reunirem-se militares desarmados agindo contra a ordem recebida de superior, ou negan-
do-se a cumpri-la.
c) Reunirem-se mais de dois militares ou assemelhados, com material bélico de propriedade
militar, praticando violência à pessoa em lugar sujeito à administração militar.
d) Deixar o militar de levar ao conhecimento do superior conspiração de cuja preparação teve
notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance para
impedi-lo.
e) Reunirem-se militares armados, recusando obediência a superior, quando estejam agindo
sem ordem ou praticando violência

009. (CRS/OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2020) Marque a alternativa CORRETA.


Um Cabo da Polícia Militar, pertencente ao Regimento de Cavalaria, propositalmente, bateu por
várias vezes com o seu rebenque no rosto de um Soldado, seu colega de fada, com a finalidade
de humilhá-lo. A luz do Código Penal Militar (CPM) o Cabo cometeu:
a) Ofensa aviltante a inferior (art. 176 do CPM).
b) Injúria real (art. 217 do CPM).
c) Lesão corporal (art. 209 do CPM).
d) Violência contra inferior (art. 175 do CPM).

010. (IBFC/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PM-BA/2020) Sobre o que configura conduta


típica do crime de recusa de obediência, assinale a alternativa correta.
a) Desrespeitar superior diante de outro militar.
b) Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio.
c) Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamen-
te a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.
d) Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar.
e) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.

011. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2020) Assinale a alternativa cor-


reta que se apresenta como forma qualificada do crime militar de “violência contra superior”.
a) Se a violência é praticada com arma.
b) Se da violência resulta dano psicológico.

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c) Se a violência é moral.
d) Se a violência é praticada mediante simulacro de arma de fogo.
e) Se da violência resulta vias de fato.

012. (UNEB/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2019) Sobre o delito de violên-


cia contra superior (art. 157 do Código Penal Militar), é correto afirmar:
a) O delito de violência contra superior admite a modalidade culposa.
b) A condição de comandante da unidade a que pertence qualifica o crime.
c) Se a violência é praticada com o uso de arma a pena é aumenta em 1/2.
d) A violência exercida contra o superior, causando sua morte, agrava o crime.
e) É um delito mão própria o crime de violência contra superior, devendo ser necessariamente
praticado contra bombeiro militar em ascendência hierárquica funcional em relação ao agente
do delito.

013. (VUNESP/AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2018) O enunciado


“Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico,
de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar
sujeito ou não à administração militar”, configura o crime de:
a) motim, art. 149, caput do Código Penal Militar.
b) revolta, art. 149, parágrafo único do Código Penal Militar.
c) organização de grupo para a prática de violência, art. 150 do Código Penal Militar.
d) conspiração e violência, art. 152 do Código Penal Militar.
e) violência contra superior, pessoas e coisas, art. 157 do Código Penal Militar.

014. (IBADE/SOLDADO POLÍCIA MILITAR/PMCE/2018) Se no crime de motim os agentes


estavam armados, configura-se o crime de Amotinamento.

015. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Apresenta-se como crime militar o


seguinte comportamento típico:
a) Deixar de comparecer ao quartel por mais de 48 (quarenta e oito) horas, sem apresentar
justificativa.
b) Assumir o militar, sem ordem ou autorização, no caso de grave emergência, qualquer co-
mando, ou a direção de estabelecimento militar.
c) Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou ofenden-
do-o por palavra, ato ou escrito.
d) Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra o patrimô-
nio público.

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016. (AOCP/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2018) Sobre os crimes militares em es-


pécie, no que se refere à usurpação, excesso ou abuso de autoridade, é correto afirmar que:
a) não se pune o militar que assumir, sem ordem ou autorização, a direção de estabelecimento
militar independentemente da situação de risco.
b) comete crime de rigor excessivo o militar que exceder a faculdade de punir o subordinado,
fazendo-o com rigor não permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou escrito.
c) pune-se com pena de reclusão todo aquele que usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou
insígnia militar a que não tenha direito.
d) é cabível a pena de suspensão do exercício do posto ao agente comandante que determi-
nar, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou
ação militar.
e) o crime de “ofensa aviltante a inferior” só se processa por representação do ofendido.

017. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Configura o crime de “despojamento


desprezível” a conduta de:
a) Desrespeitar superior diante de outro militar.
b) Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio.
c) Despojar-se de valor, alimento, arma ou equipamento, de forma atroz ou vexatória.
d) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.

018. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Configura o crime de “omissão de


lealdade militar” o ato de:
a) Recusar obedecer a ordem do superior a respeito de matéria de serviço.
b) Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar
sujeito à administração militar.
c) Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar.
d) Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo.

019. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre qual conduta consiste no crime de desrespeito a superior.
a) Desrespeitar superior diante de civil.
b) Desrespeitar superior diante de qualquer pessoa.
c) Desrespeitar civil diante de outro militar.
d) Desrespeitar civil diante de qualquer pessoa.
e) Desrespeitar superior diante de outro militar.

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020. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre o que se considera o ato de concertarem-se militares ou assemelhados para a prá-
tica do crime de Motim.
a) Mero ato de cogitação.
b) Conduta atípica.
c) Tentativa de Motim.
d) Conspiração.
e) Motim consumado.

021. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a conduta que consiste no crime de resistência mediante ameaça ou violência.
a) Não há forma qualificada de tal crime.
b) A forma qualificada do crime ocorre se o ato é atrasado em razão da resistência.
c) A forma qualificada do crime ocorre se o ato não se executa em razão da resistência.
d) A forma qualificada do crime ocorre se o ato resulta em resultado previsto em crime
mais grave.
e) Não há previsão de cumulação de penas para o referido crime.

022. (CRS/SOLDADO POLICIAL MILITAR/PMMG/2017) O militar que se opuser à execução


de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem esteja prestando auxílio,
comete crime militar. Marque a alternativa CORRETA com relação à tipificação do crime come-
tido e previsto no Código Penal Militar:
a) Desacato a militar (art. 299 do CPM).
b) Resistência mediante ameaça ou violência (art. 177 do CPM).
c) Abuso de requisição militar (art. 173 do CPM).
d) Oposição a ordem de sentinela (art. 164 do CPM).

023. (FUNRIO/CADETE/PMGO/2017) Em relação às regras estabelecidas pelo Código Penal


Militar, é CORRETO afirmar que constitui crime contra a autoridade e a disciplina militar, a/o:
a) insubmissão.
b) homicídio.
c) conspiração.
d) deserção.
e) descumprimento da missão.

024. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta a seguir quanto à caracterização dos crimes de Motim e Revolta.
a) As mesmas condutas são caraterizadas como Motim e Revolta, sendo, portanto, sinônimos.

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b) O crime de Revolta difere do Motim pelo fato dos agentes estarem armados na prática das
condutas tipificadas como Revolta, o que não é previsto para o Motim.
c) Apenas o Motim é crime, enquanto que a Revolta se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
d) Apenas a Revolta é crime, enquanto que o Motim se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
e) Motim e Revolta são crimes praticados com o emprego de armas.

025. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre qual conduta consiste no crime de publicação ou crítica indevida.
a) Promover a reunião de militares para discussão de assunto atinente à disciplina militar.
b) Publicar o militar, sem licença, ato ou documento oficial.
c) Promover a reunião informal de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato
de superior.
d) Tomar parte em reunião informal de militares para discussão de assunto atinente à discipli-
na militar.
e) Criticar publicamente ato de qualquer natureza.

026. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a pena aplicável no caso da conduta de praticar violência contra superior.
a) Detenção, de três meses a dois anos.
b) Reclusão, de três meses a dois anos.
c) Detenção, de um a dois anos.
d) Reclusão, de um a dois anos.
e) Detenção, de três a quatro anos.

027. (FUNRIO/SOLDADO DE 3ª CLASSE/CBM-GO/2016) De acordo com o Código Penal Mi-


litar, constitui-se crime de motim, quando:
a) militares ou assemelhados se reunirem, agindo contra ordem de superior, mas não se ne-
gando a cumpri-la.
b) militares ou assemelhados se reunirem, recusando obediência a superior, quando estejam
praticando violência.
c) militares, mas não seus assemelhados, se reunirem, recusando obediência a superior, quan-
do estejam agindo sem ordem.
d) militares ou assemelhados assentirem em recusa individual de obediência, ou em resistên-
cia ou violência contra superior.
e) militares ou assemelhados ocuparem quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento
militar, ou dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura
militar, para qualquer finalidade.

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028. (FUNRIO/SOLDADO DE 3ª CLASSE/CBM-GO/2016) A respeito do crime de violência


contra superior, é CORRETO afirmar que se:
a) o superior for comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general, a pena
será de detenção.
b) a violência for praticada com arma, a pena será aumentada de dois terços.
c) da violência resultar lesão corporal, aplicar-se-á, além da pena da violência, a do crime con-
tra a pessoa.
d) da violência resultar morte, a pena será de reforma.
e) o crime ocorrer em serviço, a pena será aumentada de um terço.

029. (POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA/CABO/PMSC/2016) Acerca dos crimes con-


tra a autoridade ou disciplina militar do Código Penal Militar, assinale a alternativa correta:
a) Para a caracterização do crime de motim é necessário que os agentes estejam armados.
b) Comete crime de conspiração o militar que deixa de levar ao conhecimento do superior o
motim ou revolta de cuja preparação teve notícia.
c) Comete o crime de violência contra inferior, o superior hierárquico que ofende inferior, me-
diante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se considera aviltante.
d) O militar que critica publicamente ato de seu superior incide no crime de publicação ou crí-
tica indevida.
e) O crime de incitamento consiste em fazer apologia de fato que a lei militar considera crime,
ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à administração militar.

030. (IOBV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2015) Conforme o Código Penal Militar é


crime punível com detenção, de um a dois anos:
a) Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia
ou plantão.
b) Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar.
c) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.
d) Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se em grave emergência, qualquer co-
mando, ou a direção de estabelecimento militar.

031. (IOBV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2015) Motim, no Código Penal Militar, é


considerado um crime contra a autoridade ou disciplina militar. Consiste em reunirem-se mili-
tares ou assemelhados: agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-
-la; recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violên-
cia; assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum,
contra superior; ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou

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utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática
de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina
militar. Nas mesmas circunstâncias, se os agentes estavam armados, o crime é de:
a) Organização de grupo para a prática de violência.
b) Revolta.
c) Omissão de lealdade militar.
d) Conspiração.

032. (VUNESP/AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2015) É considerado


crime contra autoridade ou disciplina militar:
a) o desacato a superior.
b) o ingresso clandestino.
c) a conspiração.
d) o excesso de exação.
e) a desobediência.

033. (VUNESP/CABO DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2014) Nos termos do art. 160 do Código


Penal Militar – “Desrespeito a Superior”:
a) para configurar o crime militar, o agente deve praticar a conduta diante de outro militar.
b) para configurar o crime militar, o agente deve praticar a conduta diante de qualquer pessoa,
civil ou militar, além do superior ofendido.
c) a pena do crime é aumentada em dois terços, se o fato é praticado contra o comandante da
unidade a que pertence o agente, oficial de dia, de serviço ou de quarto.
d) a pena do crime é dobrada, se o fato é praticado contra oficial-general.

034. (MPM/PROMOTOR DE JUSTIÇA MILITAR/MPM/2013) Acerca dos crimes contra a au-


toridade ou disciplina militar, assinale a alternativa correta.
a) Tanto o motim como a revolta e a organização de grupo para a prática de violência têm
como elemento objetivo do tipo a reunião ou ajuntamento.
b) No crime de motim e de revolta, quando os agentes estiverem agindo contra ou se negando
a cumprir ordem do superior, é juridicamente possível a tentativa.
c) O soldado PM Temporário (cuja contratação é autorizada aos Estados pela Lei Federal n.
10.029, de 20.10.2000) que, em uma solenidade pública, rasgar seu uniforme, arrancando con-
decoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio, comete o crime de des-
pojamento desprezível.
d) No crime de conspiração está prevista a hipótese de delação espontânea e, em decorrên-
cia dela, da figura da chamada escusa absolutória, que independe do arrependimento eficaz
do agente.

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035. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ AUDITOR SUBSTITUTO/STM/2013) No que concerne a al-


guns crimes contra a autoridade ou disciplina militar, assinale a opção correta.
a) Para a tipificação dos crimes de violência contra superior e contra militar de serviço, exige-
-se a condição de militar do sujeito ativo.
b) No que se refere ao crime de revolta – que consiste na prática dos atos que caracterizam o
motim, acrescido do uso de armas pelos agentes –, o CPM prevê agravamento de pena para os
cabeças e atribui essa condição de proeminência aos oficiais que participarem do movimento.
c) Para a configuração do crime militar de motim, exige-se a reunião de mais de três militares
com o objetivo específico de subverter a ordem, de ofender a hierarquia e a disciplina.
d) Admite-se o civil como sujeito ativo do crime de aliciação para motim, que se consuma com
o mero convite para a prática do crime.
e) Para sua consumação o incitamento – que é o chamamento de militares para a prática de
crimes diversos do motim e da revolta, não compreendendo ato de indisciplina –, são necessá-
rios o assentimento e a prática das infrações pelo incitado.

036. (CETRO/SARGENTO/PMSP/2012) Durante uma instrução sobre a utilização de arma de


fogo, o Sargento PM XXX, ao repreender verbalmente o Soldado PM YYY por seu comporta-
mento inadequado e pela prática de procedimento irregular na instrução, foi ofendido pelo Sol-
dado PM YYY com palavras de baixo calão. O Soldado PM YYY ainda chegou a desferir vários
socos na mesa, na presença de outros militares. Sobre o comportamento do Soldado PM YYY,
assinale a alternativa correta.
a) Incorreu na prática do crime de violência contra superior.
b) Incorreu na prática de crime de desrespeito a superior.
c) Incorreu na prática de crime de recusa de obediência.
d) Não praticou crime militar algum, somente transgressão disciplinar.

037. (CERTO/SARGENTO/PMSP/2012) Durante certa manhã, o Soldado PM XXX, ao tentar


adentrar no quartel com seu o veículo particular, foi impedido pela sentinela do portão de via-
turas, pois este havia recebido ordem de não permitir que ninguém adentrasse ao quartel, uma
vez que o estacionamento já estava com lotação máxima. Mesmo tomando ciência desse fato,
o Soldado PM XXX se opôs à ordem da sentinela de plantão e adentrou ao quartel, só saindo
posteriormente por determinação do Comandante da Guarda. Diante do exposto, o Soldado
PM XXX à luz do Código Penal Militar, incorreu in tese no crime de:
a) desobediência.
b) desacato a militar.
c) desacato a superior.
d) oposição à ordem de sentinela.

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038. (VUNESP/SARGENTO/PMSP/2012) Bombeiros, Militares do Estado, armados, reúnem-


-se e invadem instalações militares do Corpo de Bombeiros, pleiteando aumento salarial por
meio da prática de violência, em desobediência a ordem superior. Tal conduta:
a) caracterizará o crime de revolta.
b) caracterizará os crimes de revolta e recusa de obediência.
c) caracterizará o crime de insubordinação.
d) na hipótese, muito embora criminosa, necessariamente, será anistiada pelo Congres-
so Nacional.

039. (VUNESP/TÉCNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO/PMSP/2011) No que tange aos crimes


militares contra a autoridade ou disciplina militar, é correto afirmar que:
a) para a caracterização do crime de motim, é necessária a reunião de no mínimo três militares.
b) para a caracterização do crime de organização de grupo para a prática de violência, é neces-
sária a reunião de no mínimo três militares.
c) caracteriza o crime de incitamento a conduta de incitar à indisciplina militar ainda que esta
não se caracterize como crime militar.
d) para a caracterização do crime militar de violência contra superior, não é necessário que o
autor conheça a qualidade de superior hierárquico daquele contra quem é praticada a violência.
e) para a caracterização do crime de desrespeito a superior, não é necessário que o ato seja
praticado diante de outro militar diverso do superior hierárquico desrespeitado.

040. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa correta:


a) Será considerado Motim, reunirem-se militares ou assemelhados agindo contra a ordem
recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la, bem como recusando obediência a superior,
quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência.
b) Comete crime de abandono de posto o militar que deixar, sem ordem superior, lugar de ser-
viço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, mesmo depois de terminá-lo.
c) Comete crime o militar que assumir, sem ordem ou autorização, mesmo se em grave emer-
gência, qualquer comando, ou a direção de estabelecimento militar.
d) Será considerado amotinado o militar que recusar obedecer ordem do superior sobre assun-
to ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.

041. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Opor-se às ordens da sentinela, configura o delito de oposição a ordem de sentinela e, prevê a
pena de detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

042. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.

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Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza
em ultraje a símbolo nacional, configura o delito de desrespeito a símbolo nacional.

043. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou
plantão, configura o delito de violência contra militar de serviço e prevê a pena de reclusão, de
três a oito anos.

044. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito
à administração militar, configura o delito de apologia de fato criminoso ou do seu autor, com
pena de detenção, de seis meses a um ano.

045. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítu-
lo anterior.

046. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo, configura o delito de omissão de lealdade militar.

047. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se con-
sidere aviltante, configura o delito de ofensa aviltante a inferior.

048. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva, configura o delito de fuga de presou ou internado.

049. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda ou
custódia militar, configura o delito de arrebatamento de preso ou internado.

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050. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar,
configura o delito de amotinamento.

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GABARITO
1. a 37. d
2. c 38. a
3. d 39. c
4. b 40. a
5. a 41. C
6. a 42. C
7. d 43. C
8. b 44. C
9. a 45. C
10. c 46. C
11. a 47. C
12. b 48. C
13. c 49. C
14. E 50. C
15. c
16. b
17. b
18. d
19. e
20. d
21. c
22. b
23. c
24. b
25. b
26. a
27. b
28. c
29. d
30. c
31. b
32. c
33. a
34. a
35. b
36. b

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DIREITO PENAL MILITAR
Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini

GABARITO COMENTADO
001. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) A Sargento Louise deu ordem para
que os policiais militares recém-empossados permanecessem no quartel aguardando instru-
ções para um treinamento de policiamento ostensivo. Agindo de forma contrária à determi-
nação recebida pela superior, o Soldado Prima e o Soldado Flores reuniram um grupo de seis
militares no bar ao lado do quartel, e passaram a criticar sua superior hierárquica de forma
desrespeitosa.
Nessa situação hipotética, os soldados militares
a) praticaram o crime de motim.
b) praticaram o crime de omissão de lealdade.
c) praticaram o crime de revolta.
d) praticaram o crime de insubmissão.
e) estavam corretos ao negar-se a cumprir a ordem da Sargento Louise, pois a ordem é ilegal
por violar o direito constitucional de ir e vir.

A alternativa correta é a letra A, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra a.

002. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) Com base no Código Penal Militar,


é correto afirmar que:
a) o princípio da insignificância se aplica aos crimes militares de posse de entorpecente, desde
que cumpridos os requisitos estabelecidos na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
b) a diferença entre motim e revolta é que, no motim, os agentes estão armados.
c) o crime de conspiração ocorre quando os militares se ajustam para a prática de motim
ou revolta.
d) o uso indevido de uniforme, quando praticado por militar, configura transgressão disciplinar
e, quando praticado por civil, é crime.
e) o crime de desrespeito a superior pode ocorrer na forma dolosa ou culposa.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o art. 152 do CPM.
Letra c.

003. (VUNESP/SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR/PM-SP/2022) Com relação aos crimes mi-


litares previstos no Código Penal Militar, é correto afirmar que o crime de:
a) desrespeito a superior possui modalidade culposa.
b) violência contra militar em serviço não possui formas qualificadas.

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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
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c) incitamento possui modalidade culposa.


d) violência contra superior possui formas qualificadas.

A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157 do CPPM.
Letra d.

004. (CRS/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2021) Considera-se crime militar toda


violação acentuada ao dever militar e aos valores das instituições militares. São propriamente
militares os crimes cuja prática não seria possível senão por militar, haja vista ser essa quali-
dade do agente essencial para que o fato delituoso se verifique. Assim, dentre as alternativas
abaixo, assinale a que contém somente crimes propriamente militares.
a) Desrespeito a símbolo nacional, desacato a militar, despojamento desprezível, aliciação para
motim ou revolta, deserção.
b) Recusa de obediência, descumprimento de missão, abandono de posto, motim e revolta,
violência contra superior.
c) Embriaguez em serviço, desacato a superior, oposição à ordem de sentinela, violação de
sigilo funcional, resistência mediante ameaça ou violência.
d) Desrespeito a superior, tráfico de influência, violência contra militar de serviço, publicação
ou crítica indevida, dormir em serviço.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 163 do CPM.
Letra b.

005. (VUNESP/OFICIAL/ÁREA DIREITO/ESFCEX/2021) Considerando que o crime de motim


é de autoria coletiva necessária, na hipótese de ocorrer um motim envolvendo 2 (dois) Cabos,
2 (dois) Soldados, 2 (dois) Sargentos e 1 (um) Tenente, sendo o mentor da prática criminosa
um dos Cabos, é correto afirmar, nos termos do Código Penal Militar:
a) o Tenente será considerado o cabeça do motim e poderá receber uma pena maior.
b) o enunciado descreve uma hipótese de crime impossível, pois o efetivo total de 7 (sete) mi-
litares é insuficiente para a configuração do crime de motim.
c) o Cabo mentor da prática será considerado o cabeça, podendo receber a maior pena aplicada.
d) o Tenente e os Sargentos receberão as maiores penas, pois serão considerados os cabeças
do movimento.
e) em razão de um Cabo estar liderando um movimento na presença de um Tenente e de vários
Sargentos, houve descaracterização do crime de autoria coletiva necessária.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149 do CPM.
Letra a.

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006. (CRS/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2021) Considerando os crimes contra a


autoridade ou disciplina militar previstos no Decreto-Lei n. 1.001/1969 - Código Penal Militar,
analise as assertivas:
I – No crime de violência contra superior a pena prevista será a de detenção. Entretanto, se
o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general, a pena será
de reclusão.
II – No crime de praticar violência contra superior, se da violência resulta lesão corporal, aplica-
-se, além da pena de violência, a do crime contra a pessoa.
III – A reunião de militares armados, agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se
a cumpri-la configura o crime de motim, com a pena aumentada da metade para os cabeças.
IV – A recusa em obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relati-
vamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução configura o crime de desobediência
previsto no art. 301 do CPM.
V – O crime de desrespeito a superior somente se configura caso seja cometido na presença
de outro militar.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
b) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as assertivas I, IV e V estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe os arts. 157 (I), 157, § 3º
(II), e 160 (V) do CPM.
Letra a.

007. (CRS/OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2020) Considerando o estabelecido no


Código Penal Militar (CPM), Decreto Lei n. 1.001/1969, acerca dos crimes militares, analise as
assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede.
I – O crime militar de despojamento desprezível (art. 162 do CPM), crime propriamente mili-
tar, consiste em despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por me-
nosprezo ou vilipêndio. O delito é cometido por militar, até mesmo porque as condecorações,
insígnias e distintivos militares são usualmente conferidas aos militares. O crime se dá na
modalidade dolosa e se consuma no momento em que o autor arranca, por menosprezo ou
por vilipêndio, no todo ou em parte, uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo que
ele próprio ostenta. A pena do crime ainda é aumentada se o fato é praticado diante da tropa
ou em público.
II – O crime militar de recusa de obediência (art. 163 do CPM), crime propriamente militar,
consiste em recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou

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relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução. O delito somente pode ser co-
metido por militar da ativa. O crime se dá na modalidade dolosa e se consuma no momento em
que o autor se recusa, nega acatamento, obediência à ordem, o que pode materializar-se por
uma conduta omissiva ou comissiva. A ordem deve ser a) imperativa; b) pessoal; c) concreta.
O crime pode ser tentado em razão de ser unissubsistente.
III – O crime de oposição a ordem de Sentinela (art. 164 do CPM), crime propriamente militar,
consiste em opor-se às ordens da sentinela. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa,
inclusive por superior ou subordinado do militar que se encontra na função de Sentinela. O de-
lito se dá na modalidade dolosa e consuma-se no momento em que o autor obsta, interrompe
ou impede, de qualquer forma, à ordem da Sentinela. O crime pode ser tentado.
IV – O crime de reunião ilícita (art. 165 do CPM), crime propriamente militar, consiste em pro-
mover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou assun-
to atinente à disciplina militar. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa. O delito se dá
na modalidade dolosa e se consuma no momento em que a reunião acontece. Cabe a tentativa
para o crime por ser delito formal.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Somente duas assertivas estão incorretas.
b) Todas as assertivas estão incorretas.
c) Somente uma assertiva está incorreta.
d) Somente uma assertiva está correta.

A alternativa correta é a letra d, pois apenas a afirmativa I está correta e de acordo com a pre-
visão do art. 162 do CPM.
Letra d.

008. (IBFC/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PMBA/2020) Sobre o que constitui a conduta


típica de crime militar de motim, assinale a alternativa correta.
a) Reunirem-se dois militares, com armamento de propriedade militar, praticando violência à
coisa pública ou particular em lugar não sujeito à administração militar.
b) Reunirem-se militares desarmados agindo contra a ordem recebida de superior, ou negan-
do-se a cumpri-la.
c) Reunirem-se mais de dois militares ou assemelhados, com material bélico de propriedade
militar, praticando violência à pessoa em lugar sujeito à administração militar.
d) Deixar o militar de levar ao conhecimento do superior conspiração de cuja preparação teve
notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance para
impedi-lo.
e) Reunirem-se militares armados, recusando obediência a superior, quando estejam agindo
sem ordem ou praticando violência

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A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, I, do CPM.
Letra b.

009. (CRS/OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMMG/2020) Marque a alternativa CORRETA.


Um Cabo da Polícia Militar, pertencente ao Regimento de Cavalaria, propositalmente, bateu por
várias vezes com o seu rebenque no rosto de um Soldado, seu colega de fada, com a finalidade
de humilhá-lo. A luz do Código Penal Militar (CPM) o Cabo cometeu:
a) Ofensa aviltante a inferior (art. 176 do CPM).
b) Injúria real (art. 217 do CPM).
c) Lesão corporal (art. 209 do CPM).
d) Violência contra inferior (art. 175 do CPM).

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 176 do CPM, sendo
a conduta do enunciado da questão.
Letra a.

010. (IBFC/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/PM-BA/2020) Sobre o que configura conduta


típica do crime de recusa de obediência, assinale a alternativa correta.
a) Desrespeitar superior diante de outro militar.
b) Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio.
c) Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamen-
te a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.
d) Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar.
e) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 163 do CPM.
Letra c.

011. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2020) Assinale a alternativa cor-


reta que se apresenta como forma qualificada do crime militar de “violência contra superior”.
a) Se a violência é praticada com arma.
b) Se da violência resulta dano psicológico.

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c) Se a violência é moral.
d) Se a violência é praticada mediante simulacro de arma de fogo.
e) Se da violência resulta vias de fato.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 3º, do CPM.
Letra a.

012. (UNEB/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2019) Sobre o delito de violên-


cia contra superior (art. 157 do Código Penal Militar), é correto afirmar:
a) O delito de violência contra superior admite a modalidade culposa.
b) A condição de comandante da unidade a que pertence qualifica o crime.
c) Se a violência é praticada com o uso de arma a pena é aumenta em 1/2.
d) A violência exercida contra o superior, causando sua morte, agrava o crime.
e) É um delito mão própria o crime de violência contra superior, devendo ser necessariamente
praticado contra bombeiro militar em ascendência hierárquica funcional em relação ao agente
do delito.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 1º, do CPM.
Letra b.

013. (VUNESP/AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2018) O enunciado


“Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico,
de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar
sujeito ou não à administração militar”, configura o crime de:
a) motim, art. 149, caput do Código Penal Militar.
b) revolta, art. 149, parágrafo único do Código Penal Militar.
c) organização de grupo para a prática de violência, art. 150 do Código Penal Militar.
d) conspiração e violência, art. 152 do Código Penal Militar.
e) violência contra superior, pessoas e coisas, art. 157 do Código Penal Militar.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 150 do CPM.
Letra c.

014. (IBADE/SOLDADO POLÍCIA MILITAR/PMCE/2018) Se no crime de motim os agentes


estavam armados, configura-se o crime de Amotinamento.

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A assertiva está incorreta e em desacordo com o que dispõe o art. 149 (caput) e, parágrafo
único. A diferença entre motim e revolta, além da pena em concreto, é que, no motim, os envol-
vidos não estão com armamento bélico, já para a configuração do delito de revolta, eles devem
estar armados.
Errado.

015. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Apresenta-se como crime militar o


seguinte comportamento típico:
a) Deixar de comparecer ao quartel por mais de 48 (quarenta e oito) horas, sem apresentar
justificativa.
b) Assumir o militar, sem ordem ou autorização, no caso de grave emergência, qualquer co-
mando, ou a direção de estabelecimento militar.
c) Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou ofenden-
do-o por palavra, ato ou escrito.
d) Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra o patrimô-
nio público.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 174 do CPM.
Letra c.

016. (AOCP/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2018) Sobre os crimes militares em es-


pécie, no que se refere à usurpação, excesso ou abuso de autoridade, é correto afirmar que:
a) não se pune o militar que assumir, sem ordem ou autorização, a direção de estabelecimento
militar independentemente da situação de risco.
b) comete crime de rigor excessivo o militar que exceder a faculdade de punir o subordinado,
fazendo-o com rigor não permitido, ou ofendendo-o por palavra, ato ou escrito.
c) pune-se com pena de reclusão todo aquele que usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou
insígnia militar a que não tenha direito.
d) é cabível a pena de suspensão do exercício do posto ao agente comandante que determi-
nar, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa, movimento de tropa ou
ação militar.
e) o crime de “ofensa aviltante a inferior” só se processa por representação do ofendido.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 174 do CPM.
Letra b.

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017. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Configura o crime de “despojamento


desprezível” a conduta de:
a) Desrespeitar superior diante de outro militar.
b) Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio.
c) Despojar-se de valor, alimento, arma ou equipamento, de forma atroz ou vexatória.
d) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 162 do CPM.
Letra b.

018. (IBFC/SOLDADO BOMBEIRO MILITAR/IBFC/2018) Configura o crime de “omissão de


lealdade militar” o ato de:
a) Recusar obedecer a ordem do superior a respeito de matéria de serviço.
b) Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar
sujeito à administração militar.
c) Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar.
d) Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo.

A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 151 do CPM.
Letra d.

019. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre qual conduta consiste no crime de desrespeito a superior.
a) Desrespeitar superior diante de civil.
b) Desrespeitar superior diante de qualquer pessoa.
c) Desrespeitar civil diante de outro militar.
d) Desrespeitar civil diante de qualquer pessoa.
e) Desrespeitar superior diante de outro militar.

A alternativa correta é a letra e, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM.
Letra e.

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020. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre o que se considera o ato de concertarem-se militares ou assemelhados para a prá-
tica do crime de Motim.
a) Mero ato de cogitação.
b) Conduta atípica.
c) Tentativa de Motim.
d) Conspiração.
e) Motim consumado.

A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM.
Letra d.

021. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a conduta que consiste no crime de resistência mediante ameaça ou violência.
a) Não há forma qualificada de tal crime.
b) A forma qualificada do crime ocorre se o ato é atrasado em razão da resistência.
c) A forma qualificada do crime ocorre se o ato não se executa em razão da resistência.
d) A forma qualificada do crime ocorre se o ato resulta em resultado previsto em crime
mais grave.
e) Não há previsão de cumulação de penas para o referido crime.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 177, § 1º, do CPM.
Letra c.

022. (CRS/SOLDADO POLICIAL MILITAR/PMMG/2017) O militar que se opuser à execução


de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem esteja prestando auxílio,
comete crime militar. Marque a alternativa CORRETA com relação à tipificação do crime come-
tido e previsto no Código Penal Militar:
a) Desacato a militar (art. 299 do CPM).
b) Resistência mediante ameaça ou violência (art. 177 do CPM).
c) Abuso de requisição militar (art. 173 do CPM).
d) Oposição a ordem de sentinela (art. 164 do CPM).

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 177 do CPM.
Letra b.

023. (FUNRIO/CADETE/PMGO/2017) Em relação às regras estabelecidas pelo Código Penal


Militar, é CORRETO afirmar que constitui crime contra a autoridade e a disciplina militar, a/o:
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a) insubmissão.
b) homicídio.
c) conspiração.
d) deserção.
e) descumprimento da missão.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM, dentro
do Título “Dos crimes contra autoridade e disciplina militar”.
Letra c.

024. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta a seguir quanto à caracterização dos crimes de Motim e Revolta.
a) As mesmas condutas são caraterizadas como Motim e Revolta, sendo, portanto, sinônimos.
b) O crime de Revolta difere do Motim pelo fato dos agentes estarem armados na prática das
condutas tipificadas como Revolta, o que não é previsto para o Motim.
c) Apenas o Motim é crime, enquanto que a Revolta se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
d) Apenas a Revolta é crime, enquanto que o Motim se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
e) Motim e Revolta são crimes praticados com o emprego de armas.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, seus incisos
e parágrafo único, do CPM.
Letra b.

025. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre qual conduta consiste no crime de publicação ou crítica indevida.
a) Promover a reunião de militares para discussão de assunto atinente à disciplina militar.
b) Publicar o militar, sem licença, ato ou documento oficial.
c) Promover a reunião informal de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato
de superior.
d) Tomar parte em reunião informal de militares para discussão de assunto atinente à discipli-
na militar.
e) Criticar publicamente ato de qualquer natureza.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 166 do CPM.
Letra b.
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026. (IBFC/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/CBM-BA/2017) Assinale a alternativa cor-


reta sobre a pena aplicável no caso da conduta de praticar violência contra superior.
a) Detenção, de três meses a dois anos.
b) Reclusão, de três meses a dois anos.
c) Detenção, de um a dois anos.
d) Reclusão, de um a dois anos.
e) Detenção, de três a quatro anos.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157 do CPM.
Letra a.

027. (FUNRIO/SOLDADO DE 3ª CLASSE/CBM-GO/2016) De acordo com o Código Penal Mi-


litar, constitui-se crime de motim, quando:
a) militares ou assemelhados se reunirem, agindo contraordem de superior, mas não se negan-
do a cumpri-la.
b) militares ou assemelhados se reunirem, recusando obediência a superior, quando estejam
praticando violência.
c) militares, mas não seus assemelhados, se reunirem, recusando obediência a superior, quan-
do estejam agindo sem ordem.
d) militares ou assemelhados assentirem em recusa individual de obediência, ou em resistên-
cia ou violência contra superior.
e) militares ou assemelhados ocuparem quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento
militar, ou dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura
militar, para qualquer finalidade.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra b.

028. (FUNRIO/SOLDADO DE 3ª CLASSE/CBM-GO/2016) A respeito do crime de violência


contra superior, é CORRETO afirmar que se:
a) o superior for comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general, a pena
será de detenção.
b) a violência for praticada com arma, a pena será aumentada de dois terços.
c) da violência resultar lesão corporal, aplicar-se-á, além da pena da violência, a do crime con-
tra a pessoa.
d) da violência resultar morte, a pena será de reforma.
e) o crime ocorrer em serviço, a pena será aumentada de um terço.

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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 3º, do CPM.
Letra c.

029. (POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA/CABO/PMSC/2016) Acerca dos crimes con-


tra a autoridade ou disciplina militar do Código Penal Militar, assinale a alternativa correta:
a) Para a caracterização do crime de motim é necessário que os agentes estejam armados.
b) Comete crime de conspiração o militar que deixa de levar ao conhecimento do superior o
motim ou revolta de cuja preparação teve notícia.
c) Comete o crime de violência contra inferior, o superior hierárquico que ofende inferior, me-
diante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se considera aviltante.
d) O militar que critica publicamente ato de seu superior incide no crime de publicação ou crí-
tica indevida.
e) O crime de incitamento consiste em fazer apologia de fato que a lei militar considera crime,
ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à administração militar.

A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 166 do CPM.
Letra d.

030. (IOBV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2015) Conforme o Código Penal Militar é


crime punível com detenção, de um a dois anos:
a) Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia
ou plantão.
b) Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar.
c) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se tra-
duza em ultraje a símbolo nacional.
d) Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se em grave emergência, qualquer co-
mando, ou a direção de estabelecimento militar.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 161 do CPM.
Letra c.

031. (IOBV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PMSC/2015) Motim, no Código Penal Militar, é


considerado um crime contra a autoridade ou disciplina militar. Consiste em reunirem-se mili-
tares ou assemelhados: agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-
-la; recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violên-

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cia; assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum,


contra superior; ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou
dependência de qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou
utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática
de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina
militar. Nas mesmas circunstâncias, se os agentes estavam armados, o crime é de:
a) Organização de grupo para a prática de violência.
b) Revolta.
c) Omissão de lealdade militar.
d) Conspiração.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que prevê o art. 149 do CPM.
Letra b.

032. (VUNESP/AUXILIAR DE OFICIAIS DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2015) É considerado


crime contra autoridade ou disciplina militar:
a) o desacato a superior.
b) o ingresso clandestino.
c) a conspiração.
d) o excesso de exação.
e) a desobediência.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM.
Letra c.

033. (VUNESP/CABO DA POLÍCIA MILITAR/PMSP/2014) Nos termos do art. 160 do Código


Penal Militar – “Desrespeito a Superior”:
a) para configurar o crime militar, o agente deve praticar a conduta diante de outro militar.
b) para configurar o crime militar, o agente deve praticar a conduta diante de qualquer pessoa,
civil ou militar, além do superior ofendido.
c) a pena do crime é aumentada em dois terços, se o fato é praticado contra o comandante da
unidade a que pertence o agente, oficial de dia, de serviço ou de quarto.
d) a pena do crime é dobrada, se o fato é praticado contra oficial-general.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM, sendo
a conduta típica descrita, a que consta do mencionado artigo.
Letra a.
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034. (MPM/PROMOTOR DE JUSTIÇA MILITAR/MPM/2013) Acerca dos crimes contra a au-


toridade ou disciplina militar, assinale a alternativa correta.
a) Tanto o motim como a revolta e a organização de grupo para a prática de violência têm
como elemento objetivo do tipo a reunião ou ajuntamento.
b) No crime de motim e de revolta, quando os agentes estiverem agindo contra ou se negando
a cumprir ordem do superior, é juridicamente possível a tentativa.
c) O soldado PM Temporário (cuja contratação é autorizada aos Estados pela Lei Federal n.
10.029, de 20.10.2000) que, em uma solenidade pública, rasgar seu uniforme, arrancando con-
decoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio, comete o crime de des-
pojamento desprezível.
d) No crime de conspiração está prevista a hipótese de delação espontânea e, em decorrên-
cia dela, da figura da chamada escusa absolutória, que independe do arrependimento eficaz
do agente.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que prevê o art. 149, caput, e o art.
150, caput, do CPM.
Letra a.

035. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ AUDITOR SUBSTITUTO/STM/2013) No que concerne a al-


guns crimes contra a autoridade ou disciplina militar, assinale a opção correta.
a) Para a tipificação dos crimes de violência contra superior e contra militar de serviço, exige-
-se a condição de militar do sujeito ativo.
b) No que se refere ao crime de revolta – que consiste na prática dos atos que caracterizam o
motim, acrescido do uso de armas pelos agentes –, o CPM prevê agravamento de pena para os
cabeças e atribui essa condição de proeminência aos oficiais que participarem do movimento.
c) Para a configuração do crime militar de motim, exige-se a reunião de mais de três militares
com o objetivo específico de subverter a ordem, de ofender a hierarquia e a disciplina.
d) Admite-se o civil como sujeito ativo do crime de aliciação para motim, que se consuma com
o mero convite para a prática do crime.
e) Para sua consumação o incitamento – que é o chamamento de militares para a prática de
crimes diversos do motim e da revolta, não compreendendo ato de indisciplina –, são necessá-
rios o assentimento e a prática das infrações pelo incitado.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, parágrafo
único, do CPM.
Letra b.

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036. (CETRO/SARGENTO/PMSP/2012) Durante uma instrução sobre a utilização de arma de


fogo, o Sargento PM XXX, ao repreender verbalmente o Soldado PM YYY por seu comporta-
mento inadequado e pela prática de procedimento irregular na instrução, foi ofendido pelo Sol-
dado PM YYY com palavras de baixo calão. O Soldado PM YYY ainda chegou a desferir vários
socos na mesa, na presença de outros militares. Sobre o comportamento do Soldado PM YYY,
assinale a alternativa correta.
a) Incorreu na prática do crime de violência contra superior.
b) Incorreu na prática de crime de desrespeito a superior.
c) Incorreu na prática de crime de recusa de obediência.
d) Não praticou crime militar algum, somente transgressão disciplinar.

A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM.
Letra b.

037. (CERTO/SARGENTO/PMSP/2012) Durante certa manhã, o Soldado PM XXX, ao tentar


adentrar no quartel com seu o veículo particular, foi impedido pela sentinela do portão de via-
turas, pois este havia recebido ordem de não permitir que ninguém adentrasse ao quartel, uma
vez que o estacionamento já estava com lotação máxima. Mesmo tomando ciência desse fato,
o Soldado PM XXX se opôs à ordem da sentinela de plantão e adentrou ao quartel, só saindo
posteriormente por determinação do Comandante da Guarda. Diante do exposto, o Soldado
PM XXX à luz do Código Penal Militar, incorreu in tese no crime de:
a) desobediência.
b) desacato a militar.
c) desacato a superior.
d) oposição à ordem de sentinela.

A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 164 do CPM.
Letra d.

038. (VUNESP/SARGENTO/PMSP/2012) Bombeiros, Militares do Estado, armados, reúnem-


-se e invadem instalações militares do Corpo de Bombeiros, pleiteando aumento salarial por
meio da prática de violência, em desobediência a ordem superior. Tal conduta:
a) caracterizará o crime de revolta.
b) caracterizará os crimes de revolta e recusa de obediência.
c) caracterizará o crime de insubordinação.
d) na hipótese, muito embora criminosa, necessariamente, será anistiada pelo Congres-
so Nacional.

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A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra a.

039. (VUNESP/TÉCNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO/PMSP/2011) No que tange aos crimes


militares contra a autoridade ou disciplina militar, é correto afirmar que:
a) para a caracterização do crime de motim, é necessária a reunião de no mínimo três militares.
b) para a caracterização do crime de organização de grupo para a prática de violência, é neces-
sária a reunião de no mínimo três militares.
c) caracteriza o crime de incitamento a conduta de incitar à indisciplina militar ainda que esta
não se caracterize como crime militar.
d) para a caracterização do crime militar de violência contra superior, não é necessário que o
autor conheça a qualidade de superior hierárquico daquele contra quem é praticada a violência.
e) para a caracterização do crime de desrespeito a superior, não é necessário que o ato seja
praticado diante de outro militar diverso do superior hierárquico desrespeitado.

A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 155 do CPM.
Letra c.

040. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa correta:


a) Será considerado Motim, reunirem-se militares ou assemelhados agindo contra a ordem
recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la, bem como recusando obediência a superior,
quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência.
b) Comete crime de abandono de posto o militar que deixar, sem ordem superior, lugar de ser-
viço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, mesmo depois de terminá-lo.
c) Comete crime o militar que assumir, sem ordem ou autorização, mesmo se em grave emer-
gência, qualquer comando, ou a direção de estabelecimento militar.
d) Será considerado amotinado o militar que recusar obedecer ordem do superior sobre assun-
to ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução.

A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, incisos I e
II, do CPM.
Letra a.

041. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.

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Opor-se às ordens da sentinela, configura o delito de oposição a ordem de sentinela e, prevê a


pena de detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.

A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 164 do CPM.
Certo.

042. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza
em ultraje a símbolo nacional, configura o delito de desrespeito a símbolo nacional.

A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 161 do CPM.
Certo.

043. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou
plantão, configura o delito de violência contra militar de serviço e prevê a pena de reclusão, de
três a oito anos.

A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 158 do CPM.
Certo.

044. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito
à administração militar, configura o delito de apologia de fato criminoso ou do seu autor, com
pena de detenção, de seis meses a um ano.

A questão está correta e de acordo com que o dispõe o art. 156 do CPM.
Certo.

045. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítu-
lo anterior.

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A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 154 do CPM.
Certo.

046. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo, configura o delito de omissão de lealdade militar.

A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 151 do CPM.
Certo.

047. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se con-
sidere aviltante, configura o delito de ofensa aviltante a inferior.

A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 176 do CPM.
Certo.

048. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva, configura o delito de fuga de presou ou internado.

A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 178 do CPM.
Certo.

049. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda ou
custódia militar, configura o delito de arrebatamento de preso ou internado.

A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 181 do CPM.
Certo.

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050. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar,
configura o delito de amotinamento.

A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 182 do CPM.
Certo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Código Penal Militar. Brasília: Senado Federal, 1969.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 4. ed. Rio de Janeiro: Foren-
se, 2021.

Leonardo dos Santos Arpini


Professor de curso preparatório, advogado, e pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal pela
Faculdade Damásio/SP.

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