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MILITAR
Dos Crimes contra a Autoridade ou
Disciplina Militar
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PENAL MILITAR
Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar...............................................................................4
1. Abreviações.....................................................................................................................................................................4
2. Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar..........................................................................5
3. Da Aliciação e do Incitamento. . ............................................................................................................................7
4. Da Violência contra Superior ou Militar de Serviço. ................................................................................8
5. Do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou a Farda..............................................................9
6. Da Insubordinação................................................................................................................................................... 10
7. Da Usurpação e do Excesso ou Abuso de Autoridade. ..........................................................................11
8. Da Resistência. . ...........................................................................................................................................................14
9. Da Fuga, Evasão, Arrebatamento e Amotinamento de Presos.......................................................15
Resumo.................................................................................................................................................................................18
Mapa Mental......................................................................................................................................................................21
Exercícios............................................................................................................................................................................22
Gabarito...............................................................................................................................................................................36
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................37
Referências........................................................................................................................................................................56
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Marcio da Silva xavier Xavier - 06648847417, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini
Apresentação
Olá, futuro(a) concursado(a)!
Tudo bem? E os estudos? Para quem ainda não me conhece, meu nome é Leonardo dos
Santos Arpini. Atualmente, sou Advogado, especialista em Direito Penal, Processo Penal e Le-
gislação Penal Especial pela Faculdade Damásio de Jesus, professor de cursos preparatórios
para concursos e faço parte do GRAN CURSOS. Saiba que estou muito feliz em estar aqui es-
crevendo esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu e todos os envolvidos da equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas,
teorias, exercícios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas
para que você surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar à posse. Não tenha dúvida disso.
Sendo assim, vamos estudar a matéria de Direito Penal Militar de uma forma diferente. Não
é possível ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
As referências bibliográficas estarão presentes ao longo do livro digital. Diante disso, você
terá um suporte caso queira um aprofundamento para as próximas fases do seu concurso,
caso elas existam.
O nosso material contará com transcrição dos artigos de lei, tendo em vista que ela será
sua melhor amiga durante essa jornada. Junto com o texto legal, trarei comentários acerca de
cada um dos institutos que compõem a matéria de Direito Penal Militar.
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital de Direito Penal Militar,
buscando sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores,
bem como criarei questões inéditas para que você fique preparado(a) para surpresas no
seu concurso.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?!
Antes que eu me esqueça, qualquer coisa, você também pode me encontrar no Instagram,
no @prof.arpini.
Vamos em frente!
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A partir de agora iremos estudar os crimes em espécie, previsto no Código Penal Militar.
Venha comigo!
Não existe mais a figura do assemelhado, podendo o agente ser somente o militar. O sujei-
to passivo desse delito é o Estado. Motim refere-se à rebelião de militares contra seu superior
ou a revolta armada em algum lugar específico, com a cela em que ficam os presos. O verbo
nuclear do tipo é “reunirem-se”, ou seja, realizar uma reunião que envolva militares, qualquer
que seja o escalão, com os propósitos previstos nos incisos I a IV do dispositivo acima men-
cionado. Esse delito pode ser cometido apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
A pena poderá ser aumentada em um terço, para os líderes do motim. O parágrafo único traz
hipótese de figura qualificada “revolta”, quando estiverem os militares armados.
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Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico,
de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujei-
to ou não à administração militar:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos.
Conforme abordado anteriormente, o sujeito ativo só poderá ser o militar, não mais exis-
tindo a figura do assemelhado. Os sujeitos passivos são o Estado e a pessoa prejudicada pela
violência. O verbo nuclear em destaque é “reunirem-se”, sendo agentes do delito dois ou mais
militares, portando materiais de guerra ou armamentos da corporação. Esse delito pode ser
praticado apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios
ao seu alcance para impedi-lo:
Pena – reclusão, de três a cinco anos.
O sujeito ativo é o militar e, o sujeito passivo é o Estado. Se trata se crime omissivo, consu-
mando-se no momento em que o militar, tendo conhecimento da preparação de um motim ou
revolta, deixa de avisar o seu superior. O delito também se consuma quando o militar, não pro-
duz qualquer esforço, dentro de suas possibilidades, para impedir a rebelião, quando presente
no ato. Esse delito pode ser praticado apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 149:
Pena – reclusão, de três a cinco anos.
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e quando era ainda pos-
sível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de que participou.
Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
O sujeito ativo é o militar, o sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear “concertar”, nesse
contexto, significa planejar, ajustar, combinar. A conduta visada é a prática do delito de motim.
Nesse delito busca-se a punição da sua “preparação”. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo
a forma culposa. Quando houver a delação por parte de um dos coautores ou partícipes, en-
tregando outros membros, haverá como condição para que seja extinguida a punibilidade do
agente da conspiração, os seguintes critérios:
a) Narrar o ajuste a quem possa impedi-lo, ou seja, a superior;
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3. Da Aliciação e do Incitamento
Aliciação para Motim ou Revolta – Art. 154
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítulo
anterior:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos.
O sujeito ativo nesse delito pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. O ver-
bo nuclear “aliciar” significa atrair alguém para alguma coisa. Busca-se convencer o militar à
prática dos crimes de motim e revolta. Trata-se de delito formal. A tentativa raramente é confi-
gurada. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a figura culposa.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear
“incitar” refere-se a incentivar, convencer. Busca-se incitar militar a desobedecer superior, para
cometer qualquer delito militar ou para que ele se torne indisciplinado. O critério subjetivo con-
siste no dolo, inexistindo a forma culposa.
Apologia de Fato Criminoso ou do Seu Autor – Art. 156
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar
sujeito à administração militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
O sujeito ativo desse delito pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo será o Estado. O
verbo nuclear “fazer” significa realizar, cometer, dar origem, assim, a conduta se refere à apo-
logia de fato criminoso ou autor de crime. O dispositivo se refere a fato que a lei militar consi-
dera crime.
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Nesse delito o sujeito ativo é o militar e, o sujeito passivo, o Estado. Em segundo, o sujeito
passivo é o superior impactado. A expressão “praticar violência”, tem como significado a exe-
cução de ato que cause constrangimento físico, mediante o uso da força. A violência nesse
dispositivo, traz o sentido de emprego de força física, ou seja, coação física.
Nesse sentido, é a Jurisprudência do STM:
JURISPRUDÊNCIA
4. O delito de Violência contra Superior (art. 157 do COM) prescinde da ocorrência de
lesão corporal para a sua configuração, sendo suficiente o emprego de violência física,
doutrinariamente denominada de “vis corporalis”, a qual pode ser constituída por mera
agressão, decorrente de empurrão, de soco, de tapa, de arremesso de objeto, de ordem
de ataque dada a um animal perigoso, entre outros meios. (Apelação n. 7000217-
33.2020.7.00.0000, rel. Marco Antônio de Farias, 22.10.2020, v.u.).
Quanto ao aspecto subjetivo, trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa. Ainda,
existem duas figuras qualificadoras:
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia
ou plantão:
Pena – reclusão, de três a oito anos.
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§ 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço.
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra
a pessoa.
§ 3º Se da violência resulta morte:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa
é diminuída de metade.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado e, em segundo, a
pessoa que foi atingida pela violência. A expressão “praticar violência”, significa agir de forma
que causa constrangimento físico a alguém, por meio do emprego de força. Nesse caso, como
em anterior, a violência se refere ao uso da força. O crime é doloso, inexistindo a forma culpo-
sa. Quando vier a ocorrer resultado mais grave por culpa do agente, haverá a figura preterdo-
losa, que ocorre quando existe dolo na conduta antecedente e culpa na conduta consequente,
ocasionando ao agente uma punição mais rigorosa.
Nesse delito o sujeito ativo pode ser somente o militar. O sujeito passivo é o Estado e, se-
cundariamente, o militar que foi desrespeitado. O verbo nuclear “desrespeitar”, significa desa-
catar, faltar com respeito, transgredir, violar. Exige-se que a conduta seja realizada na presença
de outro militar. Assim, o desrespeito ganha relevo quando presenciado por outros. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se
traduza em ultraje a símbolo nacional:
Pena – detenção, de um a dois anos.
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Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprezo ou
vilipêndio:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em pú-
blico.
O sujeito ativo nesse delito é o militar. O sujeito passivo é o Estado. O verbo nuclear “ultra-
jar” significa ofender os símbolos nacionais. São os símbolos: a bandeira nacional, o hino na-
cional, as armas nacionais e o selo nacional, conforme dispõe a Lei n. º 5.700/1971. Exige-se
que a conduta ocorra na frente da tropa ou em local sujeito à administração militar, que possa
fazer chegar ao conhecimento de terceiros. A conduta para a realização desse delito pode con-
sistir em rasgar a bandeira, cantar o hino com a letra modificada, de maneira zombeteira etc.
Trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa.
A conduta de “despojar” refere-se ao ato de desvestir ou jogar fora, de acordo com cada
caso concreto. O objeto se refere ao uniforme, ou seja, a veste do militar, sua farda, além da
condecoração militar, insígnia ou distintivo. Nesse delito o aspecto objetivo também é o dolo,
inexistindo a figura culposa.
6. Da Insubordinação
Recusa de Obediência – Art. 163
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativa-
mente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução:
Pena – detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
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Nesse delito o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. O verbo
nuclear “opor-se” significa não acatar ordens. O objeto é a ordem que foi dada pela sentinela
(significa militar que ocupa função de vigia do quartel ou unidade militar). Tanto o militar quan-
to os civis devem acatar as ordens da sentinela. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a
forma culposa.
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou
assunto atinente à disciplina militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem
dela participa, se o fato não constitui crime mais grave.
O sujeito ativo poderá ser, somente, o militar. O sujeito passivo é o Estado. Tutela-se a dis-
ciplina militar. A expressão “promover a reunião” significa organizar um encontro entre os mili-
tares, como o objetivo de debater de forma negativa e crítica ato superior. Trata-se de conduta
ilícita pois, não cabe ao subalterno questionar ato superior sob qualquer circunstância.
Publicação ou Crítica Indevida – Art. 166
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar pu-
blicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do
Governo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se em grave emergência, qualquer
comando, ou a direção de estabelecimento militar:
Pena – reclusão, de dois a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
O sujeito ativo desse delito só pode ser o militar. O sujeito passivo é o Estado. O principal
fundamento desse dispositivo é a violação, a transgressão da disciplina e da hierarquia, visto
que o comando militar depende de expressa previsão, traçada por superiores encarregados da
organização e da estrutura dos estabelecimentos. Há a exceção relativa quando existir grave
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Art. 168. Conservar comando ou função legitimamente assumida, depois de receber ordem de seu
superior para deixá-los ou transmiti-los a outrem:
Pena – detenção, de um a três anos.
O sujeito ativo só pode ser militar, o sujeito passivo é o Estado. A expressão “conservar” se
refere a manter, preservar comando, uma direção ou função assumida, na qual não se desa-
garra, após receber ordem superior para deixá-la ou transmiti-la a terceiro militar. Nesse delito
tutela-se a disciplina e a hierarquia militar. Trata-se de delito omissivo, pois o verbo nuclear
“conservar” representa manter-se no estado vigente. Não se admite tentativa, sendo crime
unissubsistente. O aspecto subjetivo é o dolo e inexiste forma culposa.
Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se dispensa,
movimento de tropa ou ação militar:
Parágrafo único. Se o movimento da tropa ou ação militar é em território estrangeiro ou contra força,
navio ou aeronave de país estrangeiro:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos, se o fato não constitui crime mais grave.
O sujeito ativo é o militar comandante, o sujeito passivo é o Estado. Determinar traz o sen-
tido de dar uma ordem ou comando. O objeto do delito consiste na movimentação da tropa de
um lugar para outro, assim como qualquer outra ação militar. Busca-se evitar o desafio à hierar-
quia e à disciplina militar, devendo o comandante agir somente sob as ordens de superiores. É
crime doloso e inexiste modalidade culposa. O delito será mais grave quando a manifestação
ocorrer em solo estrangeiro, ou então, contra força, navio ou aeronave estrangeira.
Ordem Arbitrária de Invasão – Art. 170
Art. 170. Ordenar, arbitrariamente, o comandante de força, navio, aeronave ou engenho de guerra
motomecanizado a entrada de comandados seus em águas ou território estrangeiro, ou sobrevoá-
-los:
Pena – suspensão do exercício do posto, de um a três anos, ou reforma.
O sujeito ativo é o militar comandante e o sujeito passivo é o Estado. Esse dispositivo visa
tutelar a hierarquia e a disciplina, além da segurança externa. O aspecto subjetivo é o dolo,
inexistindo a modalidade culposa.
Uso Indevido por Militar de Uniforme, Distintivo ou Insígnia – Art. 171
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Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou
graduação superior:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito:
Pena – detenção, até seis meses.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. A punição se refere
à utilização de qualquer maneira, em vestir, ostentar, afixar no peito etc., uniforme, distintivo ou
insígnia militar, infringindo os símbolos militares, causando transtorno à autoridade e à disci-
plina. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.
Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os poderes conferidos ou recusando
cumprir dever imposto em lei:
Pena – detenção, de um a dois anos.
O sujeito passivo será qualquer pessoa que detenha o poder de requisição, o sujeito ativo
é o Estado. O termo “abusar” significa descomedir-se, correspondendo a ato ilícito. O abuso
também pode consistir em recusa no cumprimento de dever legal. O centro é a punição de
funcionário público, militar ou civil, que requisitar bens além daquilo previsto em lei. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou ofen-
dendo-o por palavra, ato ou escrito:
Pena – suspensão do exercício do posto, por dois a seis meses, se o fato não constitui crime mais
grave.
O sujeito ativo é o militar superior, o passivo é o Estado. Em segundo plano, o sujeito pas-
sivo é o subordinado punido. O verbo nuclear “exceder” refere-se a ultrapassar, exagerar o que
é permitido, para a punição de militar subordinado. Tutela-se a administração militar, na seara
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Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se
considere aviltante:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior.
O sujeito ativo é o militar superior, o passivo é o Estado e, o subordinado. Esse tipo penal
repete o que consta no artigo anterior (art. 175), apenas com uma finalidade particular, que
é a ofensa ao subordinado. O crime é doloso e consiste no “ânimo de injuriar”, humilhando
o militar.
8. Da Resistência
Resistência Mediante Ameaça ou Violência – Art. 177
Art. 177. Opor-se à execução de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem
esteja prestando auxílio:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o ato não se executa em razão da resistência:
Pena – reclusão de dois a quatro anos.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência, ou ao fato
que constitua crime mais grave.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário público civil ou militar. O
sujeito passivo é o Estado e, o funcionário ou outra pessoa que sofreu a violência ou a ameaça.
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Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segu-
rança detentiva:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violên-
cia.
§ 3º Se o crime é praticado por pessoa sob cuja guarda, custódia ou condução está o preso ou in-
ternado:
Pena – reclusão, até quatro anos.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. A expressão “pro-
mover” significa articular, propiciar, dar causa. “Facilitar” significa contribuir, tornar mais aces-
sível, sem muito esforço. O objeto das duas condutas é a fuga de indivíduo encarcerado ou
internado. O aspecto subjetivo é o dolo, pune-se a forma culposa nos termos do artigo 179. As
qualificadoras incidem quando o crime for cometido à mão armada e por pessoa que deveria
custodiar o preso ou internado. Haverá concurso de crimes quando houver violência contra a
pessoa, devendo ser punido o agente pelo delito do dispositivo em estudo, associado ao crime
praticado com violência.
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Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa, confiada à sua guarda ou condução:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Art. 180. Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra a pessoa:
Pena – detenção, de um a dois anos, além da correspondente à violência.
§ 1º Se a evasão ou a tentativa ocorre mediante arrombamento da prisão militar:
Pena – detenção, de seis meses a um ano.
§ 2º Se ao fato sucede deserção, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes.
O sujeito ativo pode ser o indivíduo que está preso ou a pessoa submetida a medida de
segurança de internação. O sujeito passivo é o Estado e, a pessoa agredida. O termo “evadir-
-se” significa escapar, nesse caso, da prisão. Nesse dispositivo, fugir ou tentar fugir, possui
a mesma penalidade, o mesmo alcance. A fuga do preso só será punida se houver violência
contra a pessoa. O aspecto subjetivo é o dolo. A pena será menor quando a prática do delito
ocorrer mediante violência contra coisa. A deserção é um crime que pode ocorrer em conse-
quência à fuga.
Art. 181. Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda
ou custódia militar:
Pena – reclusão, até quatro anos, além da correspondente à violência.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado e, o preso maltrata-
do. A expressão “arrebatar” significa bater com violência, sendo o objeto o indivíduo que está
preso. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa. A conduta de quem comete
esse delito é única, mas haverá a cumulação material, do artigo em estudo com o tipo penal
correspondente ao constrangimento físico.
Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar:
Pena – reclusão, até três anos, aos cabeças; aos demais, detenção de um a dois anos.
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Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e es-
tando presente, não usa os meios ao seu alcance para debelar o amotinamento ou evitar-lhe as
consequências.
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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini
RESUMO
Dos Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina Militar
• Do motim e da revolta
Não existe mais a figura do assemelhado, podendo o agente ser somente o militar. O sujei-
to passivo desse delito é o Estado. Motim refere-se à rebelião de militares contra seu superior
ou a revolta armada em algum lugar específico, com a cela em que ficam os presos. O verbo
nuclear do tipo é “reunirem-se”, ou seja, realizar uma reunião que envolva militares, qualquer
que seja o escalão, com os propósitos previstos nos incisos I a IV do dispositivo acima men-
cionado. Esse delito pode ser cometido apenas na forma dolosa, inexistindo a forma culposa.
A pena poderá ser aumentada em um terço, para os líderes do motim. O parágrafo único traz
hipótese de figura qualificada “revolta”, quando estiverem os militares armados.
Da Aliciação e do Incitamento
O sujeito ativo nesse delito pode ser qualquer pessoa, o sujeito passivo é o Estado. O ver-
bo nuclear “aliciar” significa atrair alguém para alguma coisa. Busca-se convencer o militar à
prática dos crimes de motim e revolta. Trata-se de delito formal. A tentativa raramente é confi-
gurada. O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a figura culposa.
JURISPRUDÊNCIA
4. O delito de Violência contra Superior (art. 157 do COM) prescinde da ocorrência de
lesão corporal para a sua configuração, sendo suficiente o emprego de violência física,
doutrinariamente denominada de “vis corporalis”, a qual pode ser constituída por mera
agressão, decorrente de empurrão, de soco, de tapa, de arremesso de objeto, de ordem
de ataque dada a um animal perigoso, entre outros meios. (Apelação n. 7000217-
33.2020.7.00.0000, rel. Marco Antônio de Farias, 22.10.2020, v.u.)
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• Quanto ao aspecto subjetivo, trata-se de crime doloso, inexistindo a forma culposa. Ain-
da, existem duas figuras qualificadoras:
Nesse delito o sujeito ativo pode ser somente o militar. O sujeito passivo é o Estado e, se-
cundariamente, o militar que foi desrespeitado. O verbo nuclear “desrespeitar”, significa desa-
catar, faltar com respeito, transgredir, violar. Exige-se que a conduta seja realizada na presença
de outro militar. Assim, o desrespeito ganha relevo quando presenciado por outros. O aspecto
subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
Da Insubordinação
O sujeito ativo desse delito só pode ser o militar. O sujeito passivo é o Estado. O principal
fundamento desse dispositivo é a violação, a transgressão da disciplina e da hierarquia, visto
que o comando militar depende de expressa previsão, traçada por superiores encarregados da
organização e da estrutura dos estabelecimentos. Há a exceção relativa quando existir grave
emergência, ou seja, estado de necessidade. Nessa circunstância, o fato se torna atípico. O
aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a modalidade culposa.
Da Resistência
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, até mesmo o funcionário público civil ou militar. O
sujeito passivo é o Estado e, o funcionário ou outra pessoa que sofreu a violência ou a ameaça.
Esse terceiro necessita estar acompanhado de funcionário incumbido de realizar a execução
do ato legal. O termo “opor-se” significa impedir. O objeto da conduta é a execução do ato legal.
O aspecto subjetivo é o dolo, inexistindo a forma culposa.
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O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. A expressão “pro-
mover” significa articular, propiciar, dar causa. “Facilitar” significa contribuir, tornar mais aces-
sível, sem muito esforço. O objeto das duas condutas é a fuga de indivíduo encarcerado ou
internado. O aspecto subjetivo é o dolo, pune-se a forma culposa nos termos do artigo 179. As
qualificadoras incidem quando o crime for cometido à mão armada e por pessoa que deveria
custodiar o preso ou internado. Haverá concurso de crimes quando houver violência contra a
pessoa, devendo ser punido o agente pelo delito do dispositivo em estudo, associado ao crime
praticado com violência.
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MAPA MENTAL
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EXERCÍCIOS
001. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) A Sargento Louise deu ordem para
que os policiais militares recém-empossados permanecessem no quartel aguardando instru-
ções para um treinamento de policiamento ostensivo. Agindo de forma contrária à determi-
nação recebida pela superior, o Soldado Prima e o Soldado Flores reuniram um grupo de seis
militares no bar ao lado do quartel, e passaram a criticar sua superior hierárquica de forma
desrespeitosa.
Nessa situação hipotética, os soldados militares
a) praticaram o crime de motim.
b) praticaram o crime de omissão de lealdade.
c) praticaram o crime de revolta.
d) praticaram o crime de insubmissão.
e) estavam corretos ao negar-se a cumprir a ordem da Sargento Louise, pois a ordem é ilegal
por violar o direito constitucional de ir e vir.
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c) Se a violência é moral.
d) Se a violência é praticada mediante simulacro de arma de fogo.
e) Se da violência resulta vias de fato.
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b) O crime de Revolta difere do Motim pelo fato dos agentes estarem armados na prática das
condutas tipificadas como Revolta, o que não é previsto para o Motim.
c) Apenas o Motim é crime, enquanto que a Revolta se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
d) Apenas a Revolta é crime, enquanto que o Motim se limita ao caráter psicológico do com-
portamento, não sendo crime.
e) Motim e Revolta são crimes praticados com o emprego de armas.
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utilizando-se de qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática
de violência, em desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina
militar. Nas mesmas circunstâncias, se os agentes estavam armados, o crime é de:
a) Organização de grupo para a prática de violência.
b) Revolta.
c) Omissão de lealdade militar.
d) Conspiração.
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041. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Opor-se às ordens da sentinela, configura o delito de oposição a ordem de sentinela e, prevê a
pena de detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
042. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
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Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza
em ultraje a símbolo nacional, configura o delito de desrespeito a símbolo nacional.
043. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou
plantão, configura o delito de violência contra militar de serviço e prevê a pena de reclusão, de
três a oito anos.
044. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito
à administração militar, configura o delito de apologia de fato criminoso ou do seu autor, com
pena de detenção, de seis meses a um ano.
045. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítu-
lo anterior.
046. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo, configura o delito de omissão de lealdade militar.
047. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se con-
sidere aviltante, configura o delito de ofensa aviltante a inferior.
048. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva, configura o delito de fuga de presou ou internado.
049. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda ou
custódia militar, configura o delito de arrebatamento de preso ou internado.
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050. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar,
configura o delito de amotinamento.
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GABARITO
1. a 37. d
2. c 38. a
3. d 39. c
4. b 40. a
5. a 41. C
6. a 42. C
7. d 43. C
8. b 44. C
9. a 45. C
10. c 46. C
11. a 47. C
12. b 48. C
13. c 49. C
14. E 50. C
15. c
16. b
17. b
18. d
19. e
20. d
21. c
22. b
23. c
24. b
25. b
26. a
27. b
28. c
29. d
30. c
31. b
32. c
33. a
34. a
35. b
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/PM-AM/2022) A Sargento Louise deu ordem para
que os policiais militares recém-empossados permanecessem no quartel aguardando instru-
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nação recebida pela superior, o Soldado Prima e o Soldado Flores reuniram um grupo de seis
militares no bar ao lado do quartel, e passaram a criticar sua superior hierárquica de forma
desrespeitosa.
Nessa situação hipotética, os soldados militares
a) praticaram o crime de motim.
b) praticaram o crime de omissão de lealdade.
c) praticaram o crime de revolta.
d) praticaram o crime de insubmissão.
e) estavam corretos ao negar-se a cumprir a ordem da Sargento Louise, pois a ordem é ilegal
por violar o direito constitucional de ir e vir.
A alternativa correta é a letra A, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra a.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o art. 152 do CPM.
Letra c.
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A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157 do CPPM.
Letra d.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 163 do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149 do CPM.
Letra a.
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A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe os arts. 157 (I), 157, § 3º
(II), e 160 (V) do CPM.
Letra a.
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relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução. O delito somente pode ser co-
metido por militar da ativa. O crime se dá na modalidade dolosa e se consuma no momento em
que o autor se recusa, nega acatamento, obediência à ordem, o que pode materializar-se por
uma conduta omissiva ou comissiva. A ordem deve ser a) imperativa; b) pessoal; c) concreta.
O crime pode ser tentado em razão de ser unissubsistente.
III – O crime de oposição a ordem de Sentinela (art. 164 do CPM), crime propriamente militar,
consiste em opor-se às ordens da sentinela. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa,
inclusive por superior ou subordinado do militar que se encontra na função de Sentinela. O de-
lito se dá na modalidade dolosa e consuma-se no momento em que o autor obsta, interrompe
ou impede, de qualquer forma, à ordem da Sentinela. O crime pode ser tentado.
IV – O crime de reunião ilícita (art. 165 do CPM), crime propriamente militar, consiste em pro-
mover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou assun-
to atinente à disciplina militar. O delito pode ser cometido por qualquer pessoa. O delito se dá
na modalidade dolosa e se consuma no momento em que a reunião acontece. Cabe a tentativa
para o crime por ser delito formal.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Somente duas assertivas estão incorretas.
b) Todas as assertivas estão incorretas.
c) Somente uma assertiva está incorreta.
d) Somente uma assertiva está correta.
A alternativa correta é a letra d, pois apenas a afirmativa I está correta e de acordo com a pre-
visão do art. 162 do CPM.
Letra d.
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A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, I, do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 176 do CPM, sendo
a conduta do enunciado da questão.
Letra a.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 163 do CPM.
Letra c.
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c) Se a violência é moral.
d) Se a violência é praticada mediante simulacro de arma de fogo.
e) Se da violência resulta vias de fato.
A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 3º, do CPM.
Letra a.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 1º, do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 150 do CPM.
Letra c.
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A assertiva está incorreta e em desacordo com o que dispõe o art. 149 (caput) e, parágrafo
único. A diferença entre motim e revolta, além da pena em concreto, é que, no motim, os envol-
vidos não estão com armamento bélico, já para a configuração do delito de revolta, eles devem
estar armados.
Errado.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 174 do CPM.
Letra c.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 174 do CPM.
Letra b.
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A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 162 do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 151 do CPM.
Letra d.
A alternativa correta é a letra e, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM.
Letra e.
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A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM.
Letra d.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 177, § 1º, do CPM.
Letra c.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 177 do CPM.
Letra b.
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a) insubmissão.
b) homicídio.
c) conspiração.
d) deserção.
e) descumprimento da missão.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM, dentro
do Título “Dos crimes contra autoridade e disciplina militar”.
Letra c.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, seus incisos
e parágrafo único, do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 166 do CPM.
Letra b.
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A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157 do CPM.
Letra a.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra b.
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A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 157, § 3º, do CPM.
Letra c.
A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 166 do CPM.
Letra d.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 161 do CPM.
Letra c.
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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
Leonardo dos Santos Arpini
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que prevê o art. 149 do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 152 do CPM.
Letra c.
A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM, sendo
a conduta típica descrita, a que consta do mencionado artigo.
Letra a.
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A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que prevê o art. 149, caput, e o art.
150, caput, do CPM.
Letra a.
A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, parágrafo
único, do CPM.
Letra b.
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A alternativa correta é a letra b, pois está de acordo com o que dispõe o art. 160 do CPM.
Letra b.
A alternativa correta é a letra d, pois está de acordo com o que dispõe o art. 164 do CPM.
Letra d.
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Dos Crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar
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A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, inciso I, do CPM.
Letra a.
A alternativa correta é a letra c, pois está de acordo com o que dispõe o art. 155 do CPM.
Letra c.
A alternativa correta é a letra a, pois está de acordo com o que dispõe o art. 149, incisos I e
II, do CPM.
Letra a.
041. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
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A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 164 do CPM.
Certo.
042. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza
em ultraje a símbolo nacional, configura o delito de desrespeito a símbolo nacional.
A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 161 do CPM.
Certo.
043. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou
plantão, configura o delito de violência contra militar de serviço e prevê a pena de reclusão, de
três a oito anos.
A questão está correta e de acordo com o que dispõe o art. 158 do CPM.
Certo.
044. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito
à administração militar, configura o delito de apologia de fato criminoso ou do seu autor, com
pena de detenção, de seis meses a um ano.
A questão está correta e de acordo com que o dispõe o art. 156 do CPM.
Certo.
045. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítu-
lo anterior.
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A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 154 do CPM.
Certo.
046. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta
de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os
meios ao seu alcance para impedi-lo, configura o delito de omissão de lealdade militar.
A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 151 do CPM.
Certo.
047. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se con-
sidere aviltante, configura o delito de ofensa aviltante a inferior.
A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 176 do CPM.
Certo.
048. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança
detentiva, configura o delito de fuga de presou ou internado.
A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 178 do CPM.
Certo.
049. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob guarda ou
custódia militar, configura o delito de arrebatamento de preso ou internado.
A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 181 do CPM.
Certo.
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050. (INÉDITA/2022) Analise o item a seguir em conformidade com o que dispõe o CPM em
relação aos crimes contra a autoridade e disciplina militar.
Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar,
configura o delito de amotinamento.
A assertiva está correta e de acordo com o que dispõe o art. 182 do CPM.
Certo.
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REFERÊNCIAS
______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar Comentado. 4. ed. Rio de Janeiro: Foren-
se, 2021.
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