1- PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
XII – Em junho deste ano de 2019, o Imóvel foi alugado novamente, agora
para senhora Nayara (Contrato de Locação anexo), onde retornou a parti de agosto o
consumo de energia elétrica no citado imóvel, acima do mínimo;
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Além de:
(a) ter atribuído o crime de furto de energia elétrica, previsto no parágrafo
3º do artigo 155 do CP, popularmente conhecido como 'gato';
(b) a falta de constatação e respaldo técnico e/ou cientifico para a
conduta;
dentre outros. Isto porque, o documento emitido, bem como, a verificação da suposta
irregularidade, foram feitos unilateralmente;
A inspeção foi feita ao arbítrio da Lei, uma vez que em momento algum, a
Autora, ou qualquer outra pessoa do seu convívio (seu filho, seu inquilino) foram
comunicados de que seria realizada uma vistoria pelos prepostos da Ré. Sendo certo,
reafirme-se, que somente teve ciência no momento em que seu Procurador (seu filho),
esteve na agência da Ré e foi informado da indevida cobrança;
Vale lembrar, que o meio legal para análise do medidor, seria através do
Instituto de Criminalística Carlos Eboli, com lavratura de um registro de ocorrência,
para apuração de suposta ocorrência de irregularidade, mas não, a Ré de forma
completamente arbitrária, acusou, injuriou e sancionou a Autora uma cobrança altíssima,
além de fazê-la passar por vexame perante os vizinhos;
A Ré, neste caso, esta fazendo justiça com as próprias mãos, pois
acusou, não deu direito de defesa, condenou e aplicou a Autora uma penalidade, quando
de forma coercitiva obriga a confessar e pagar uma divida que foi imposta, sem direito de
contestar ou de se defender administrativamente;
4. – DO DIREITO
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
O art. 6º do CDC nos ensina que são direitos básicos dos consumidores,
entre outros, a efetiva reparação de danos sofridos, quer sejam materiais quer sejam
morais, bem como, o acesso aos órgãos judiciários com o objetivo de resguardar os
danos mencionados. Senão vejamos:
(grifo nosso)
Exª, não há uma única prova nos Autos, que a Autora tenha procedido
com qualquer conduta comissiva ou omissiva no contador de energia do imóvel, de modo
que se resta demonstrado, que se ocorrera danificação na unidade consumidora (fato não
demonstrado), fora por culpa exclusiva da Ré, que deverá arcar inteiramente com suas
responsabilidades, e não vir de forma totalmente ilegal e abusiva expor a Promovente ao
ridículo perante seus vizinhos e familiares, como realmente o fez.
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da lei 8.987/95 e a aplicação do artigo 14 da Lei 8.078/90), visto que a Ré deve fazer
prova de que constatou a irregularidade da medição, bem como a prova de que a parte
Autora tenha deixado de pagar o consumo ou que tenha agido de má-fé ou induzido a
Ré em erro no momento da aferição dos valores dos serviços prestados.
5- DO DANO MORAL
A cobrança gerada foi uma surpresa para a Autora, isto porque, nunca
teve seu serviço de energia elétrico interrompido por inadimplência e nem mesmo na
iminência de corte ou com a ameaça de negativação do seu nome no cadastro de
inadimplentes.
Nobre Julgador, para que seja deferida uma medida liminar se faz
necessário o preenchimento de dois requisitos fundamentais pela Requerente, ou seja, A
FUMAÇA DO BOM DIREITO E O PERIGO DA DEMORA.
Com efeito Excelência, a Autora, por se tratar de uma cidadã, idosa, que
sempre se pautou na mais estrita obediência ao ordenamento jurídico vigente, de forma
que sempre quitou tempestivamente suas obrigações, se encontra em um dilema, ou seja,
pagar um valor que não é devido ou sentir a humilhação de ver o seu nome inscrito nos
órgãos de proteção ao crédito e ainda, ter o fornecimento de Energia Elétrica (serviço
essencial) do seu inquilino suspenso, em virtude de sua inadimplência com a conta de
energia.
8- DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto e por realmente configurar um lídimo direito da
Autora, é que se requer a procedência total do presente petitório, para que ocorra o
devido ressarcimento, conforme demonstrado, principalmente por toda a dor sofrida e os
anseios amargados pela mesma, que decerto são muitos e mais gravosos em pessoas
idosas e de poucos conhecimentos.
Ante o exposto, considerando que a pretensão da Autora encontra
arrimo nas disposições legais já mencionadas, requer a Vossa Excelência:
1 - Que seja recebida a presente Peça Postulatória, e em seguida devidamente
processada e julgada;
Autora é uma pessoa idosa e já conta com 81 anos de idade, que tal beneficio conste
na capa dos Autos.
3 - Que seja deferido os benefícios da justiça gratuita nos termos disciplinados pela
Lei nº 1.060/50, conforme demonstrado;
4- Que seja concedida a inversão do ônus da prova, conforme o art. 6º, VIII, do CDC,
que constitui direito básico do consumidor a facilitação da defesa dos seus direitos em
juízo;
5 - Que seja deferida a MEDIDA CAUTELAR ANTECIPADA nos termos dos artigos 300
e 305 do Código de Processo Civil de 2015, uma vez que estão presentes os requisitos,
de forma a determinar a imediata suspensão da cobrança assinada do termo de confissão
de dívida, onde a Autora acordou o pagamento da suposta dívida, bem como, que se
proíba a suspensão do fornecimento de energia. Sendo a medida liminar deferida, em ato
contínuo, aplique-se multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), em caso de
descumprimento;
6 – Que seja designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do artigo 319,
inciso VII, do Código de Processo Civil de 2015;
10- Ao final, que seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, nos
seguintes moldes:
Deferimento.