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É possível que o empregador, por meio do seu poder diretivo, previsto no art.

2°, da
CLT, elabore uma norma interna, prevendo a proibição de utilização dos celulares nas
dependências da empresa e durante a jornada de trabalho dos empregados.
diretrizes de política
Os funcionários não estão autorizados a jogar, etc. no celular durante o horário de
expediente.
É expressamente proibido o uso de câmeras ou gravadores móveis para registrar
informações confidenciais relacionadas à empresa.
O telemóvel não deve ser transportado ou utilizado em zonas já proibidas para a
utilização de telemóveis, etc.
Upload de qualquer material ilegal ou obsceno usando a intranet da empresa.
A empresa define as atividades em que o celular pode ser utilizado para realizar os
negócios da organização.
A empresa também define o limite para o uso do celular para uso pessoal. Esses
detalhes são definidos sob o uso de “Política de Telefone Celular no Local de
Trabalho”.
A empresa espera que seus funcionários usem a internet de forma produtiva para uso
oficial durante o horário de trabalho.
Não é permitido navegar nas redes sociais para entretenimento pessoal durante o
horário de expediente.
Os funcionários não devem acessar sites bloqueados pela empresa.
Aplicativos como os relacionados ao clima, produtividade, etc. são permitidos, mas tal
uso não deve interferir no funcionamento normal dos funcionários da organização.
Não é permitido o uso de aplicativos como Google Play Store ou iTunes.
O uso do celular durante a condução é estritamente proibido.
Caso a empresa perceba que o funcionário está usando mais o celular para uso
pessoal, pode ser solicitado que ele minimize o uso e também poderá ser solicitado a
contribuir com o custo da conta mensal etc.
De acordo com a “política de celular do funcionário”, caso a empresa acredite que o
celular esteja sendo utilizado de forma inadequada, poderá cancelar o plano e solicitar
a devolução do aparelho.
O telefone celular não pode ser usado em nenhum momento para enviar/receber
material ilegal, para assediar outras pessoas, para armazenar informações
confidenciais pertencentes a outra empresa.
O telefone celular não deve ser usado enquanto um funcionário estiver operando
qualquer instrumento.
O telefone celular pode ser usado para manter a agenda e acompanhar todos os
compromissos oficiais.
Também pode ser usado para conduzir investigações relacionadas ao trabalho.
O celular pode ser usado oficialmente para rastrear contatos de trabalho.
Caso o telefone celular seja utilizado de forma majoritariamente inadequada, o
empregado poderá retirar o aparelho por motivos disciplinares.
É proibido o uso de telefone celular durante reuniões, etc. de acordo com a política de
telefonia móvel da empresa.
O uso do telefone celular para assediar outras pessoas pode levar a uma forte ação
disciplinar, incluindo demissão.
A utilização do telemóvel deve ser feita de forma a não interferir com o normal
funcionamento da empresa.
Para o uso da Internet e e-mail no telefone, a política de Internet e e-mail deve ser
usada.
A empresa não tem qualquer responsabilidade pela perda de telemóveis que entrem
no local de trabalho.
A empresa proíbe o uso de telefones celulares em áreas onde o uso de um telefone
celular seria inseguro e distrairia o usuário ou criaria um ambiente de trabalho
inseguro.
A empresa pode fornecer telefones celulares para funcionários quando o trabalho
exigir acesso imediato a clientes ou contatos que seriam difíceis de alcançar após o
horário comercial. Nessas circunstâncias, o telefone celular pode ser fornecido aos
funcionários.
Todos os telemóveis ao abrigo da política de telemóveis fornecidos pela empresa são
propriedade da empresa.
Os colaboradores que se desligarem da empresa por qualquer motivo deverão
devolver o celular ao gestor/RH.
O celular fornecido pela empresa tem o direito de publicar o número do celular para
tornar os funcionários mais acessíveis às necessidades de negócios.
A manutenção do celular é de responsabilidade do funcionário.
Durante as viagens internacionais, são os gerentes/administradores. A
responsabilidade de obter o uso de um telefone celular internacional para o
funcionário ou funcionário pode ser obtida do admin/hr após a aprovação imediata do
gerente/RH/HOD para o mesmo.
Para roaming internacional, o funcionário pode ter a opção de usar o cartão telefônico
ou pode ser aconselhado a comprar um cartão telefônico local.
É responsabilidade do departamento de administração que o funcionário use o plano
de chamadas de celular mais eficaz.
De acordo com o contrato de telefone celular emitido pela empresa, os funcionários
que acessam a rede da empresa com um dispositivo sem fio devem inserir uma senha
para acessar o dispositivo. No caso de perda ou roubo do dispositivo, a empresa se
reserva o direito de remover as informações da empresa do dispositivo.
Espera-se que os funcionários gerenciem o custo de telefones celulares e outros
dispositivos sem fio.
Normas para o uso de celulares no trabalho (Política de Segurança)
Existem certas regras que devem ser seguidas ao usar um telefone celular no
trabalho. O telefone celular deve ser protegido por senha.
Para evitar quebra de segurança, o celular pode ser operado com o uso do pin. Caso o
telefone não esteja sendo usado, ele será bloqueado em 5 minutos.
Se o celular estiver bloqueado e não puder ser acessado usando o PIN/Senha, você
deve consultar o departamento de TI nesse caso.
O funcionário não pode acessar os sites bloqueados pela empresa.
O acesso aos dados da empresa é concedido apenas ao colaborador que necessite
dos mesmos para desempenhar as suas funções.
A empresa se reserva o direito de gerenciar qualquer dispositivo fornecido pela
empresa, mesmo sem a aprovação do funcionário.
Espera-se que os funcionários não usem telefones celulares enquanto dirigem.
Sob nenhuma circunstância os funcionários devem ser colocados em risco de negócios
para atender às necessidades de negócios.
Os funcionários são aconselhados a usar o viva-voz apenas em caso de chamada
urgente enquanto dirigem, sem qualquer violação da política de telefonia móvel.
Riscos e Responsabilidades (Perda ou Danos de Telemóveis)
Perda ou dano de telefones celulares.
A empresa não é responsável pela perda ou dano do telefone celular. É
responsabilidade exclusiva do funcionário manter o telefone em um local seguro e
privado. O telemóvel de trabalho deve ser posto a funcionar apenas sob a
responsabilidade e risco do trabalhador.
Os dispositivos móveis fornecidos pela empresa em caso de roubo devem ser
comunicados no prazo de 24 horas ao responsável imediato e ao departamento
administrativo/horas.
O gerente imediato, chefe de departamento e recursos humanos devem ser
notificados sobre a perda do celular.
Em caso de não conformidade com a política, a empresa se reserva o direito de tomar
medidas disciplinares rigorosas, incluindo demissão.
A empresa espera que o funcionário use o celular de forma ética e dentro dos limites
da política de telefonia celular.
Para corroborar o exposto, mencionamos os seguintes julgados:
 
“RESTRIÇÃO AO USO DE TELEFONES CELULARES NO HORÁRIO DE LABOR.
PODER DIRETIVO DO EMPREGADOR. A proibição do uso de aparelho celular pelo
empregado, no período em que está laborando, está inserida no poder diretivo do
empregador, porquanto tais equipamentos permitem que a qualquer momento o
trabalhador interrompa suas atividades profissionais para dedicar-se a questões
particulares, nem sempre de caráter urgente, desviando sua atenção. A interferência
na concentração gera não apenas uma interrupção dos serviços, mas também pode
provocar acidente de trabalho, pondo em risco a integridade física dos trabalhadores
envolvidos na tarefa.” (Processo: RO 0000852-84.2011.5.12.0032 SC 0000852-
84.2011.5.12.0032).
 
“JUSTA CAUSA. PROIBIÇÃO DO USO DE APARELHO CELULAR. LICITUDE DA
REGRA. DESCUMPRIMENTO REITERADO PELO EMPREGADO. INDISCIPLINA
CONFIGURADA.
Inclui-se no poder diretivo do empregador o estabelecimento de regras e padrões de
conduta a serem seguidos pelos seus empregados durante os horários de trabalho,
dentre os quais a lícita proibição do uso de aparelho celular. Licitude que decorre
justamente do fato de não ser um direito do empregado o uso de celular durante a
jornada. Há diversos aspectos da contratualidade envolvidos nesse uso de aparelho
pessoal do empregado. Evidentemente, enquanto utiliza o celular, o empregado está
deixando de trabalhar, ou seja, direcionando seu tempo para atividade diversa
daquela para a qual foi contratado - e remunerado. Além da questão do tempo
suprimido do trabalho, com seus efeitos diretos e indiretos intra partes - como
produtividade, segurança, qualidade do serviço - não há como se olvidar o reflexo
coletivo que o uso pode vir a gerar sobre a conduta dos demais empregados, que
podem, evidentemente, sentirem-se autorizados a também utilizar o aparelho,
gerando, tal circunstância, um padrão comportamental que ultrapassaria o interesse
meramente individual de cada trabalhador, para alcançar, diretamente, a
empregadora, enquanto organizadora de meios de produção. Como os riscos do
empreendimento cabem ao empregador, nos termos do artigo 2º da CLT,
absolutamente lícita, pois, a regra restritiva imposta pela ré. Regra descumprida por
diversas vezes pelo autor, em claro ato de indisciplina, devidamente punido de forma
gradual e imediata, sem qualquer mudança de conduta por parte do autor, o que
confirma a adequação da penalidade máxima aplicada. Sentença mantida.” (CNJ:
0001751-80.2015.5.09.0661. TRT: 08562-2015-661-09-00-6 (RO)
O que diz a lei sobre uso de celular no
trabalho?

De maneira geral, não existe uma lei específica que determine ou


especifique como deve ser o uso do celular no trabalho. 
No artigo 444 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que se
tem é a concessão do direito dos empregadores de determinarem
normas internas.
Nesse artigo, a CLT confere liberdade a cada companhia para que,
internamente, decidam as regras voltadas para ações e
comportamentos que acreditam ser convenientes dentro do
ambiente corporativo. 
O termo de uso do celular no trabalho faz parte desse conjunto de
normas internas autorizadas pela CLT.

O texto do art. 444 da CLT diz que 

“as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre


estipulação das partes interessadas em tudo quanto não
contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes.”

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