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Aula 04 - Prof.

Herbert
Almeida
CNU - Administração Pública Federal -
2024 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Direito Administrativo,
Herbert Almeida, Rodrigo Rennó

14 de Março de 2024

06461497412 - Paulo José Alves Lopes


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Índice
1) Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 1)
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 1) - Cesgranrio
..............................................................................................................................................................................................
18

3) Questões Comentadas - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 (Parte 1) - Cebraspe
..............................................................................................................................................................................................
35

4) Questões Comentadas - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 (Parte 1) - FGV
..............................................................................................................................................................................................
66

5) Lista de Questões - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 1) - Cesgranrio
..............................................................................................................................................................................................
88

6) Lista de Questões - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 1) - Cebraspe
..............................................................................................................................................................................................
96

7) Lista de Questões - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 1) - FGV
..............................................................................................................................................................................................
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Antes de começar, eu sugiro que você baixe a nossa lei esquematizada como material de apoio para
acompanhar a nossa aula:

• Lei 8.112/1990 Esquematizada: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/lei-8112-


atualizada-e-esquematizada-para-concursos/

Disposições Preliminares

O Regime Jurídico Único para os servidores públicos da administração direta, autárquica e fundacional
consta na Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Trata-se de uma Lei Federal e, portanto, aplica-se
exclusivamente à União. Dessa forma, os estados e municípios devem possuir leis próprias estabelecendo
o regramento para os seus servidores públicos.

Além disso, as regras da Lei 8.112/1990 só alcançam os órgãos da administração direta, das autarquias e
das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às sociedades de economia mista, cujos
empregados públicos submetem-se às regras da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Nesse contexto, acrescenta-se que a Lei 8.112/1990 é o Estatuto dos servidores públicos, em sentido
estrito. São os chamados servidores estatutários, justamente porque sua relação profissional decorre de
um vínculo legal, por meio das regras previstas em um “estatuto” que, no caso, é a Lei 8.112/1990. Assim,
tal diploma legal costuma ser chamado de Estatuto dos Servidores Públicos da União.

A Lei conceitua servidor como a pessoa legalmente investida em cargo público (art. 2º).

Por outro lado, cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor (art. 3º, caput). Ademais, os cargos públicos,
acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, parágrafo único).

Vale destacar que os cargos públicos podem ser de provimento efetivo, quando dependerão de prévia
aprovação em concurso público, e de provimento em comissão, situação em que serão de livre nomeação
e exoneração pela autoridade competente.

Provimento

Disposições preliminares

A Lei 8.112/1990 estabelece os seguintes requisitos básicos para a investidura em cargo público (art. 5º): a
nacionalidade brasileira; o gozo dos direitos políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

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o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; a idade mínima de dezoito anos; aptidão física e
mental.

Além disso, as atribuições do cargo poderão justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei
(art. 5º, §1º). Nesse sentido, não se admite que atos administrativos venham a estabelecer restrições.
Assim, a Súmula 14 do STF estabelece que “Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão
da idade, inscrição em concurso para cargo público”. Na mesma linha, a Súmula Vinculante 44, também do
STF, dispõe que “Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público”.

Vimos acima que um dos requisitos para ingresso nos cargos públicos é ter nacionalidade brasileira, mas,
atualmente, a redação do inciso I do art. 37 da CF permite também o ingresso de estrangeiros, na forma
da lei. Trata-se, portanto, de norma de eficácia limitada, uma vez que a lei deverá dispor sobre as situações
em que o estrangeiro poderá ingressar.

Nessa linha, estabelece o §3º do art. 5º da Lei 8.112/1990 que as universidades e instituições de pesquisa
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, obedecendo as normas e procedimentos do próprio Estatuto dos Servidores.

A Lei 8.112/1990 também assegura às pessoas portadoras de deficiência o direito de se inscrever em


concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que
são portadoras. Com efeito, devem ser reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
concurso para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Finalmente, o art. 7º estabelece que a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Feitas essas considerações, vamos analisar as formas de provimento.

Formas de provimento

Segundo Hely Lopes Meirelles1, provimento é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público,
com a designação de seu titular. Assim, a Lei 8.112/90 estabelece sete hipóteses de provimento, vejamos:

a) nomeação;
b) promoção;
c) readaptação;
d) reversão;
e) aproveitamento;
f) reintegração;
g) recondução.

1 Meirelles, 2013, p. 482.

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Provimento originário e provimento derivado

As formas de provimento apresentadas acima dividem-se em provimento originário e provimento


derivado.

O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o preenchimento inicial do cargo
sem que haja qualquer vínculo anterior com a administração. Quando se tratar de provimento em cargos
efetivos, o provimento originário dependerá sempre de prévia aprovação em concurso público.

Todos os demais tipos constituem hipóteses de provimento derivado, uma vez que pressupõem a existência
de prévio vínculo com a Administração. Vale dizer, no provimento derivado, há uma modificação na
situação de serviço da pessoa provida, que já possuía um vínculo anterior com o poder público.

Dessa forma, podemos mencionar que são formas de provimento derivado previstas na Lei 8.112/1990
promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.

Alerta-se que na redação original da Lei 8.112/1990, ainda constavam a ascensão e a transferência. Todavia,
tais formas de provimento foram revogadas pela Lei 9.527/1997, pois são consideradas inconstitucionais
pelo Supremo Tribunal Federal.

Nessa linha, podemos mencionar o conteúdo da Súmula Vinculante 43 do STF, que estabelece que “É
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido”.2

Nomeação (provimento originário)

A nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso ordenamento jurídico, podendo
dar-se para provimento de cargo efetivo ou em comissão. Na primeira situação (cargo efetivo), a nomeação
dependerá de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Já quando for para
provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em concurso, uma vez que se trata de cargo
de livre nomeação ou exoneração.

Vale destacar que como forma de provimento originário, a nomeação independe de prévio vínculo com a
Administração.

Com efeito, a nomeação é o ato administrativo unilateral, pois é a manifestação de vontade unicamente
da autoridade administrativa competente, já que o candidato nomeado não possui obrigação de ocupar o
cargo, mas apenas recebe o direito a formalizar seu vínculo funcional por meio da posse. Não desejando
ocupar o cargo, não ocorrerá nenhuma penalidade ao candidato, pois não lhe há obrigação de tomar posse.

2 Apesar de a Súmula Vinculante mencionar “em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”, a
interpretação que costuma ser dada à redação é que são inconstitucionais formas de provimento em cargo distinto ao
qual o servidor prestou o concurso público, existindo, porém, algumas ressalvas, conforme discutiremos ao longo da aula.

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Promoção

A promoção é forma de provimento derivado vertical existente nos cargos organizados em carreiras, em
que é possível que o servidor ascenda sucessivamente aos cargos de nível mais alto da carreira, por meio
dos critérios de antiguidade e merecimento. Assim, a promoção deve ocorrer dentro de uma mesma
carreira.

A Lei 8.112/1990 não apresenta o conceito legal de promoção, trazendo apenas algumas de suas
características. O Estatuto limitou-se a considerar a promoção como forma de provimento (art. 8º3);
determinou que os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, por meio
de promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração
Pública Federal e seus regulamentos (art. 10, parágrafo único); e que a “promoção não interrompe o tempo
de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que
promover o servidor” (art. 17).
==ed3ad==

Readaptação

A readaptação é forma de provimento derivado constante no art. 24 da Lei 8.112/90, representando a


investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

A readaptação deve ser efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de
escolaridade e equivalência de vencimentos. Com efeito, o servidor tem direito à readaptação ainda que
não exista cargo vago, hipótese em que exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de
vaga (art. 24, §2º).

Porém, se o servidor público for julgado incapaz, ou seja, quando sofrer uma limitação permanente em que
não poderá ser readaptado, ele será aposentado (art. 24, §1º).

Reversão

A reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/1990, consistindo no retorno
à atividade de servidor aposentado. Existem duas modalidades de reversão no Estatuto dos Servidores da
União:

a) reversão de ofício: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir os motivos que
levaram à aposentadoria por invalidez permanente;
b) reversão a pedido: aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente e, após isso,
solicitou a reversão de sua aposentadoria.

No caso da reversão de ofício, trata-se de situação vinculada para o servidor e para a Administração, pois
inexistindo as causas da aposentadoria por invalidez deverá ele retornar à ativa. Com efeito, independe,
para fins de reversão de ofício, se o servidor era estável ou o cargo está ocupado ou não. Caso o cargo já

3Acrescenta-se que a promoção também é forma de vacância, uma vez que ao mesmo tempo em que o servidor passa a
ocupar o cargo acima na carreira, deixa de ocupar o cargo inferior.

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esteja provido (ocupado), o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga
(art. 25, §3º).

Por outro lado, na reversão a pedido, denominada pela Lei 8.112/1990 de reversão “no interesse da
administração”, o servidor que se aposentou voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa. Com
efeito, a reversão a pedido depende dos seguintes requisitos (art. 25, II, c/c art. 27):

a) tenha o servidor solicitado a reversão;


b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) o servidor era estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;
e) haja cargo vago;
f) o servidor tenha menos de 70 anos de idade.

Percebe-se, portanto, que nesse caso a decisão administrativa é discricionária, ou seja, poderá ser deferido
o pedido ou não. Além disso, a reversão a pedido só poderá ocorrer se o cargo estiver vago, aplicando-se
unicamente ao servidor estável quando se aposentou.

Nos dois casos, o servidor retornará ao mesmo cargo que ocupava antes da aposentadoria ou no cargo
resultante de sua transformação (art. 25, §1º). Além disso, o novo tempo em que o servidor estiver em
exercício será considerado para concessão da aposentadoria (art. 25, §2º). No entanto, no caso de a
reversão ter ocorrido no interesse da administração (a pedido), o recálculo dos proventos da aposentadoria
só ocorrerá se o servidor permanecer pelo menos cinco anos no cargo após a reversão (art. 25, §5º).

Por fim, acrescenta-se que a Lei 8.112/1990 veda a reversão, em qualquer dos casos, para o servidor que
já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Essa idade coincidia com a aposentadoria compulsória, que
também ocorria aos 70 anos. No entanto, a Lei Complementar 152/2015, com fundamento no art. 40, § 1º,
II, da Constituição Federal, alterou a idade da aposentadoria compulsória para os 75 anos. Porém, não
podemos dizer que a legislação tenha alterado também a idade limite para a reversão. É muito provável
que a legislação subsequente venha a alterar a idade limite para reversão, adequando-a à idade da
aposentadoria compulsória. Contudo, enquanto não sobrevier tal legislação ou enquanto o Poder Judiciário
não discutir esse tema, temos que a aposentadoria compulsória deve ocorrer aos 75 anos, ao passo que a
idade limite para a reversão ocorre aos 70 anos.

Aproveitamento

O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão expressa na Constituição Federal (art.
41, §3º) e na Lei 8.112/1990 (arts. 30 a 32). Nesse sentido, dispõe o art. 41, §3º, da Constituição Federal
que, uma vez extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável que o ocupava ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

Assim, o aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade, devendo


ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

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Devemos observar que quando for extinto o cargo público, o servidor estável não poderá ser demitido. Por
isso que a Constituição lhe assegura o direito à disponibilidade, isto é, o direito a ficar sem exercer suas
funções temporariamente, mantendo-se o vínculo com a Administração e assegurando-lhe o direito a
receber remuneração proporcional ao tempo de serviço, até que seja adequadamente aproveitado em
outro cargo. Dessa forma, podemos perceber que o aproveitamento aplica-se exclusivamente ao servidor
estável.

Ademais, o aproveitamento é vinculado para o agente público e para a Administração. Nessa linha, se
houver vaga, o poder público se obriga a realizar o aproveitamento, da mesma forma como o servidor posto
em disponibilidade é obrigado a entrar em exercício. Assim, dispõe o art. 32 da Lei 8.112/1990 que será
tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício
no prazo legal4, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Com efeito, a cassação de disponibilidade é uma penalidade administrativa, na forma do art. 127, IV,
confirmando o caráter obrigatório para o servidor público.

Reintegração

A reintegração também é forma de provimento derivado, constando expressamente no art. 41, §2º, da
Constituição Federal, e no art. 28 da Lei 8.112/1990.

Nesse contexto, a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou
administrativa, do servidor público. Em tal situação, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo
decorrente de sua transformação, devendo ser ressarcido de todas as vantagens a que teria direito.

Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até o seu aproveitamento (Lei
8.112/1990, art. 28, §1º). Além disso, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
posto em disponibilidade (art. 28, §2º).

Devemos observar ainda que tanto o texto constitucional quanto a Lei 8.112/1990 dispõem que a
reintegração se aplica ao servidor estável. Todavia, é inadmissível cogitar que o servidor não estável possa
ser demitido e, posteriormente, sendo reconhecida a invalidade de sua demissão, ele não possa retornar
ao servido público.

Com efeito, a anulação dos atos administrativos provoca efeitos retroativos (ex tunc), ou seja, desde a
origem. Dessa forma, reconhecendo-se a ilegalidade da demissão do servidor público, obviamente que ele
retornará ao serviço ativo, seja ele estável ou não.

Nesse contexto, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo5 reconhecem que, em tal situação, o servidor não
estável retornará sim ao serviço público. Os autores apenas ressaltam que esse retorno não é denominado
reintegração, uma vez que não guarda relação com o conceito legal dessa forma de provimento. Assim,

4 A Lei 8.112/1990 não fixa o prazo para que o servidor em disponibilidade entre em exercício quando ocorrer o seu
aproveitamento.
5 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 353.

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mesmo que não tenha um “nome” específico, o certo é que invalidada a demissão de servidor não estável,
terá ele o direito de regressar ao serviço público.

Recondução

Para finalizar as formas de provimento, vamos estudar a recondução, que é o retorno do servidor estável
ao cargo anteriormente ocupado. Trata-se, pois, de provimento derivado previsto expressamente no texto
constitucional (art. 41, §2º) e na Lei 8.112/1990 (art. 29).

Assim, existem duas hipóteses em que ocorre a recondução, ambas aplicáveis apenas ao servidor estável:

a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (hipótese prevista somente na Lei
8.112/1990 – art. 29, I);
b) reintegração do anterior ocupante do cargo (hipótese prevista na Constituição Federal – art. 41, §2º
– e na Lei 8.112/1990 – art. 29, II).

Acrescenta-se que se admite essa primeira forma de recondução também para o caso em que o servidor
desistir do estágio probatório.

Na segunda hipótese, o servidor é reconduzido em decorrência de reintegração do anterior ocupante de


seu cargo.

Vamos a um novo exemplo. Lucas é servidor estável no cargo X. Entretanto, sem observar os requisitos
legais, sofreu a pena de demissão a bem do serviço público. Em seguida, Otávio, que era servidor estável
no cargo Y, foi nomeado para ocupar o cargo de Lucas, uma vez que obteve aprovação em concurso público
para aquele cargo. Meses depois, Lucas consegue anular judicialmente a sua demissão, sendo devidamente
reintegrado ao cargo X. Nessa situação, Otávio será reconduzido ao cargo Y, sem direito à indenização.

Por fim, dispõe a Lei 8.112/1990 que, se o cargo ao qual o servidor seria reconduzido estiver ocupado, será
ele aproveitado em outro cargo.

Para fixar, vamos dar uma olhada em uma questão.

(Cebraspe – MPC PA/2019) Se um servidor em disponibilidade reingressa no serviço público, em cargo de


natureza e padrão de vencimento correspondentes ao que ocupava, então, nesse caso, ocorre o que se
denomina aproveitamento.
Comentários: o aproveitamento ocorre quando há o retorno à atividade do servidor em disponibilidade
(art. 30). Esse aproveitamento se dá em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.
Gabarito: correto.

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Posse

Determina o art. 7º da Lei 8.112/1990 que a investidura no cargo público ocorre com a posse, que, por sua
vez, ocorre unicamente no caso da nomeação (art. 13, §4º).

Dessa forma, é a partir da posse que se firma o vínculo funcional com a Administração, momento em que
o nomeado passará a ser servidor público. Vale dizer, antes da posse, o candidato nomeado não é servidor
público nem possui vínculo jurídico funcional, condição que só ocorrerá no ato da posse.

É no momento da posse que, em regra, o servidor público precisa comprovar os requisitos previstos para o
cargo, como escolaridade mínima e experiência profissional, conforme consta expressamente no art. 19,
parágrafo único, do Decreto 6.944/2009.6

O prazo para tomar posse é de trinta dias, improrrogáveis, contados da publicação do ato de provimento
(nomeação) – art. 13, §1º. Porém, se o nomeado for servidor ocupante de outro cargo e estiver no gozo de
determinadas licenças ou afastamentos previstos no Estatuto, o prazo será contado do término do
impedimento (art. 13, §2º). Vale destacar que a posse poderá ocorrer por meio de procuração específica.

Se a posse não ocorrer dentro do prazo legal, o ato de provimento será tornado sem efeito (art. 13, §6º).
Logo, não se trata de exoneração, pois o vínculo funcional sequer foi consolidado.

No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública (art. 13, §5º).

Por fim, dispõe o art. 14 que a posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial, só
podendo ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Exercício

O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou função de confiança (art. 15).

O prazo para o início do exercício do servidor empossado é de quinze dias, improrrogáveis, contados da
data da posse (art. 15, §1º). Nesse caso, uma vez que já foi formalizado o vínculo jurídico com a
Administração, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, será ele exonerado.

No caso de designação para função de confiança, por outro lado, o início do exercício coincidirá com a data
da publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer
outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não
poderá exceder a trinta dias da publicação (art. 15, §2º). Caso não inicie o exercício da função de confiança,
o ato de designação será tornado sem efeito.

6 Art. 19. [...] Parágrafo único. A escolaridade mínima, e a experiência profissional, quando exigidas, deverão ser
comprovadas no ato de posse no cargo ou emprego, vedada a exigência de comprovação no ato de inscrição no concurso
público ou em qualquer de suas etapas, ressalvado o disposto em legislação específica.

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Tal diferença decorre do fato de o designado para função de confiança já ser servidor efetivo, motivo pelo
qual basta iniciar o desempenho das atribuições decorrentes da função.

Assim, vejamos um resumo sobre os prazos para início do exercício.

Prazos e efeitos
Servidor provido Servidor designado p/ função de confiança
Na data da publicação da designação – salvo se estiver de
15 dias a contar da posse
licença ou afastado
Exoneração Ato é tornado sem efeito

A jornada de trabalho dos servidores será fixada em razão das atribuições pertinentes aos respectivos
cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites
mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente (art. 19). Admite-se, porém, que leis
especiais estabeleçam jornadas de trabalhos diferentes (art. 19, §2º), como ocorre, por exemplo, no regime
de plantonistas.

Já o ocupante de cargo em comissão ou de função de confiança submete-se a regime de integral dedicação


ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração (art. 19, §1º). Assim,
como se trata de regime integral, o servidor estatutário que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo
na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos (art. 120).

Vamos dar uma olhada como o assunto já foi cobrado.

(TRE GO - 2015) Alice, aprovada em concurso público para o cargo de técnico administrativo de um TRE,
precisa acompanhar cirurgia de ente familiar que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse.
Nessa situação, Alice poderá nomear, por procuração específica, alguém que a represente no ato da
posse.
Comentários: a posse ocorre pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições,
os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado. Dessa forma, a posse é a forma
como o servidor assume o compromisso de desempenhos as suas atribuições, ou seja, ainda não é o efetivo
exercício do cargo. Por isso é que a Lei 8.112/1990 permite que a posse ocorra mediante apresentação de
procuração específica (art. 13, § 3º). Portanto, o item está correto, uma vez que Alice poderá nomear
alguém para representá-la na posse, mediante a constituição de procuração específica.
Gabarito: correto.

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Estágio probatório

O estágio probatório representa o período de tempo em que a capacidade do servidor será avaliada para
o exercício do cargo. Nessa linha, destaca-se que a habilitação em estágio probatório é uma das condições
para aquisição da estabilidade, que são coisas distintas.

Assim, dispõe o art. 20 da Lei 8.112 que, ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: assiduidade; disciplina;
capacidade de iniciativa; produtividade; responsabilidade.

Outro ponto interessante é que a Lei 8.112/1990 dispõe expressamente, no art. 20, que o estágio
probatório tem duração de 24 meses. No entanto, a Emenda Constitucional 19/1998, ao realizar
importantes modificações nas normas sobre a administração pública, alterou o período para aquisição da
estabilidade para três anos de efetivo exercício (CF, art. 41, caput); sendo que, na redação original do art.
41, caput, da CF, o prazo para aquisição da estabilidade era de dois anos.

Portanto, a partir da promulgação da EC 19/1998, os prazos expressos para aquisição da estabilidade (três
anos – CF, art. 40, caput) e de duração do estágio probatório (24 meses – Lei 8.112/1990, art. 20) passaram
a ser distintos, situação que causou certa divergência.

Após muita discussão, o STJ7 e o STF8 passaram a reconhecer que ao modificar o prazo para aquisição da
estabilidade, a Constituição Federal também aumentou o prazo do estágio probatório. Assim,
independentemente de constar na Lei 8.112/1990 que o prazo do estágio é de 24 meses, o STJ e o STF
entendem que a duração do estágio probatório é de 36 meses.

O estágio probatório tem duração de 36 meses.

Caso não seja aprovado no estágio, o servidor será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado (art. 20, §2º). Apesar de a exoneração não ter caráter punitivo, deve ser assegurado
ao servidor o direito de defesa.

O §3º do artigo 20 da Lei 8.112/90 prescreve que o servidor em estágio probatório poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão
ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores -
DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

7 MS 12.523/DF.
8 SS 3.957/DF.

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Prosseguindo, o §4º do art. 20 estabelece os tipos de licenças e afastamentos que podem ser concedidas
ao servidor em estágio probatório. Finalizando, o §5º do Art. 20 estabelece que o estágio probatório ficará
suspenso durante algumas licenças e afastamentos.

Vejamos como isso já foi cobrado em provas!

(ICMBio - 2014) O servidor em exercício nomeado para cargo de provimento efetivo está sujeito a estágio
probatório pelo período de três anos, durante o qual serão avaliadas sua aptidão e sua capacidade para
o desempenho do cargo, observando, entre outros fatores, a assiduidade e a responsabilidade a fim de
adquirir estabilidade.
Comentários: atualmente, podemos afirmar que o estágio probatório também possui o prazo de três anos,
na forma do art. 41, caput,9 da Constituição da República.
Além disso, de acordo com a Lei 8.112/1990, o servidor em estágio probatório será avaliado quanto à sua
aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores: (i) assiduidade; (ii)
disciplina; (iii) capacidade de iniciativa; (iv) produtividade; (v) responsabilidade.
Gabarito: correto.

Vacância

A vacância corresponde às hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível de
preenchimento por outra pessoa. As hipóteses de vacância estão previstas no artigo 33 e são as seguintes:

a) exoneração;
b) demissão;
c) promoção;
d) readaptação;
e) aposentadoria;
f) posse em outro cargo inacumulável;
g) falecimento.

No caso da exoneração, da demissão e do falecimento, ocorre o rompimento definitivo do vínculo do


servidor com a Administração. Já na promoção, readaptação, aposentadoria e posse em outro cargo
inacumulável, ocorre a alteração do vínculo ou faz-se surgir um novo.10

9 Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.
10 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 367.

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Analisando o quadro acima, podemos constatar que a promoção e a readaptação são, ao mesmo tempo,
formas de provimento e de vacância. O entendimento é bastante simples. Ao ser promovido ao cargo
superior, automaticamente o servidor deixará vago o cargo de nível inferior. Da mesma forma, quando o
agente é readaptado, tendo em vista a subsistente limitação de sua capacidade física ou mental, ele deixará
de ocupar um cargo e, simultaneamente, passará a ocupar outro. Portanto, nos dois casos, temos a
ocorrência do provimento e da vacância de forma conjunta.

Vale destacar, sobre as formas de vacância, que a demissão ocorre em decorrência de cometimento de
infração funcional ensejadora da perda do cargo. Portanto, a demissão é uma penalidade administrativa,
prevista no art. 127, III, aplicável por meio de processo administrativo disciplinar.

Sobre a exoneração, é a forma de vacância em que ocorre a dissolução do vínculo jurídico, sem caráter
punitivo, que encerra a relação funcional do servidor com a Administração.

A exoneração do servidor efetivo poderá ser a pedido, ou seja, quando o próprio servidor solicita a sua
exoneração; ou de ofício, isto é, quando a iniciativa decorre da própria Administração. Utilizando as
palavras de Matheus Carvalho, relacionamos as seguintes hipóteses de exoneração de ofício:11

a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório (inabilitação em estágio probatório), ou


seja, quando o poder público, ao final do período de testes, entender que o servidor não está apto
para exercer as funções inerentes àquele cargo;
b) quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido em lei, qual
seja o de quinze dias. Nesse caso, há uma presunção legal de desinteresse pelas atividades inerentes
ao cargo e a determinação de vacância do cargo para que possa ser preenchido por outro agente
público, nos termos da lei;
c) quando o servidor estável não consegue atingir as metas mínimas de eficiência e é considerado
insatisfatório na avaliação periódica de desempenho (insuficiência de desempenho) prevista no art.
41 §1º, III, da Constituição da República, sempre garantidos, nestes casos, o contraditório e a ampla
defesa. Ressalte-se que a avaliação periódica de desempenho depende de regulamentação por lei
específica que definirá as regras aplicáveis, tratando-se o dispositivo constitucional mencionado de
norma de eficácia limitada;
d) em casos de excesso de despesas com pessoal, para adequação aos limites previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal, consoante disposição do art. 169 da Carta Magna, situações em que o ente
estatal determinará (nesta ordem) a exoneração de servidores comissionados, em um percentual
mínimo de 20%; passando à exoneração de servidores não estáveis; e, por fim, em havendo
necessidade, realizando a exoneração de servidores estáveis, nos termos da lei;
e) em casos de servidores detentores de cargos em comissão, casos em que a exoneração será feita
por livre decisão da autoridade responsável sem a necessidade de motivação, haja vista se tratar de
cargo previsto em lei como cargo de livre nomeação e de livre exoneração.

Além dessas, podemos acrescentar ainda: (a) a possibilidade de exoneração de servidor não estável,
quando for extinto o cargo que estiver ocupando, uma vez que a Lei 8.112/1990 não assegura a
permanência no serviço público nessas condições; e (b) do servidor não estável, quando estiver ocupando

11 Carvalho, 2014.

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cargo que deverá ser provido por servidor reintegrado que o ocupava anteriormente, mas foi demitido de
forma ilegal.12

Deslocamento

A Lei 8.112/1990 apresenta duas hipóteses de deslocamento: a remoção e a redistribuição. Elas não são
formas de provimento nem de vacância, pois representam apenas a troca do local de lotação do servidor.
Vejamos os detalhes.

Remoção

A remoção é o deslocamento do servidor público dentro do mesmo quadro de pessoal (Lei 8.112/1990,
art. 36), ou seja, o servidor permanece no mesmo cargo, sem qualquer modificação em seu vínculo
funcional, podendo ocorrer com ou sem mudança de sede.

Existem três modalidades de remoção previstas no art. 36, parágrafo único, da Lei 8.112/1990:

a) de ofício, no interesse da Administração;


b) a pedido, a critério da Administração;
c) a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração.

Podemos observar que as duas primeiras modalidades são concedidas de forma discricionária, ou seja, a
autoridade competente poderá concedê-la ou não. Por outro lado, na terceira modalidade e concessão da
remoção é vinculada, isto é, se forem preenchidos os requisitos previstos em lei a Administração deverá
remover o servidor.

No caso da remoção de ofício, deverá ser observado o interesse da Administração que, em alguns casos,
poderá independer da vontade do servidor.

Na remoção a pedido, a critério da Administração, o servidor solicita a remoção, podendo o poder público
concedê-la ou não.

Já na remoção a pedido, independentemente do interesse da Administração, que deverá ser sempre para
outra localidade, isto é, com mudança de sede, a Lei 8.112/1990 estabelece três hipóteses em que ela deve
ser concedida, vejamos:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no
interesse da Administração;

Este é um importante instrumento de proteção à família, que ocorre quando o cônjuge ou companheiro –
também servidor – é deslocado no interesse da Administração (de ofício), situação em que o outro servidor
do casal também será removido.

12 Alexandrino e Paulo, 2013, p. 368.

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b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas
e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial –
ocorre quando demonstrada a situação de doença do servidor, cônjuge, companheiro ou
dependente que exija o deslocamento. Uma vez comprovada tal situação, o poder público deverá
conceder a remoção;
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for
superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em
que aqueles estejam lotados – é o famoso concurso de remoção, normalmente feito sob o critério
de antiguidade entre os servidores integrantes da carreira.

Conforme destacamos, uma vez comprovados os requisitos dessas três hipóteses de deslocamento a
pedido, o direito à remoção não poderá ser negado.

Redistribuição

A redistribuição, de acordo com o art. 37 da Lei 8.112/1990, é o “deslocamento de cargo de provimento


efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo
Poder”.

Não se trata também de provimento nem de vacância, mas tão somente de deslocamento de cargo para
outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

A diferença entre a remoção e a redistribuição é que, naquela, ocorre o deslocamento do servidor,


mantendo-se o quantitativo previsto do quadro de pessoal inalterado; na redistribuição, por outro lado,
ocorre o deslocamento do cargo, ou seja, o quadro de pessoal sofre modificações. Obviamente que se o
cargo estiver provido (ocupado) a redistribuição será do cargo e do servidor que o estiver ocupando.

Segundo a Lei 8.112/1990, para realizar a redistribuição, devem ser observados os seguintes preceitos:

a) interesse da administração;
b) equivalência de vencimentos;
c) manutenção da essência das atribuições do cargo;
d) vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
e) mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
f) compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.

Com efeito, a redistribuição ocorrerá sempre de ofício, buscando realizar o ajustamento da lotação e da
força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação
de órgão ou entidade (art. 37, §1º).

Além disso, como se trata de medida administrativa de ofício, a redistribuição independe de estabilidade
do servidor. Assim, mesmo sem estabilidade, um servidor poderá ser deslocado se houver redistribuição
de seu cargo.

Vamos dar uma olhada em mais uma questão!

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(FCC – TRT - 11ª Região (AM e RR)/2017) Joana, servidora pública federal, detentora de cargo efetivo em
determinado órgão do Poder Judiciário, será redistribuída para outro órgão, de acordo com as
disposições previstas na Lei no 8.112/1990. Nesse caso, a redistribuição deverá ocorrer obrigatoriamente
para outro órgão do Poder Judiciário.
Comentários: a redistribuição deve ocorrer no mesmo poder. Como o enunciado fala que o cargo de Joana
é em órgão do Poder Judiciário, a redistribuição deverá ocorrer obrigatoriamente para outro órgão do
Poder Judiciário.
Gabarito: correto.

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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO


1. (Cesgranrio – UFRJ/2019) O servidor público W foi demitido do serviço público, após processo
administrativo disciplinar. Inconformado, ele propôs ação judicial, buscando o retorno ao serviço público,
tendo obtido decisão favorável, após dez anos de duração do processo. Nos termos da Lei no 8.112/1990,
quando invalidada a demissão por decisão judicial, ocorre a denominada
a) reinclusão.
b) reintegração.
c) recondução.
d) revisão.
e) repristinação.
Comentário: reinclusão, revisão e repristinação não são formas de provimento de cargos públicos. Assim,
as alternativas A, B e E estão erradas.
A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de inabilitação
em estágio probatório relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante (art. 29). Não é o
caso do enunciado.
Resta entao a alternativa B: reintegração, que é justamente a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão
por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens (art. 28).
Gabarito: alternativa B.

2. (Cesgranrio – UFRJ/2019) Q é servidor público e postulou readaptação por ter sofrido limitações
que impediriam o exercício no cargo público originário que ocupava. Ao submeter-se à inspeção de
saúde, foi diagnosticado como totalmente incapaz para o serviço público. Nesse caso, nos termos da Lei
no 8.112/1990, o servidor Q será
a) exonerado.
b) demitido.
c) disponibilizado.
d) aposentado.
e) retornado.
Comentário: a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção
médica (art. 24).
Entretanto, caso o servidor readaptando seja julgado incapaz para o serviço público, a lei determina que
seja aposentado (§ 1º).
Então, não se trata de hipótese de exoneração, demissão ou disponibilidade. A exoneração é forma de
vacância sem caráter punitivo, como ocorre quando o servidor pede para deixar o cargo, reprova no estágio

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probatório (antes de obter a estabilidade) ou nos cargos de livre exoneração. A demissão é vacância de
caráter punitivo, aplicada após processo administrativo disciplinar. Por fim, a disponibilidade ocorre, entre
outras hipóteses, quando o cargo do servidor estável é extinto. Como já existe a estabilidade, o servidor
não poderá ser exonerado. Assim, aguardará em disponibilidade até o seu aproveitamento (art. 30).
Por fim, não existe, na Lei 8.112/90, o termo “Retornado”.
Logo, o nosso gabarito está na letra D.
Gabarito: alternativa D.

3. (Cesgranrio – UFRJ/2019) P obtém aprovação para ingressar no serviço público federal, tendo
tomado posse e entrado em exercício nos prazos legais. Sendo profissional altamente qualificado na sua
área de conhecimento, logo após entrar em exercício, também logra aprovação para cursar mestrado no
exterior do país. Baseado na Lei nº 8.112/1990, P requer licença com vencimentos para manter seu
vínculo com o serviço público. O referido estatuto do servidor, no caso de período em que ocorre o
estágio probatório, veda a concessão de licença para
a) capacitação.
b) acompanhar cônjuge.
c) tratar doença.
d) serviço militar.
e) atividade política.
Comentário: a L8112 dispõe, no art. 20, § 4º, que “ao servidor em estágio probatório somente poderão
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim
afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo
na Administração Pública Federal”.
A licença para acompanhar cônjuge está prevista no art. 81, II, e no art. 84. Assim, ela pode ser concedida
durante o estágio probatório. Contudo, cabe destacar que é SEM remuneração.
As licenças para tratar de doença (art. 81, I); para o serviço militar (art. 81, III) e para atividade política (art.
81, IV) também podem ser concedidas durante o estágio probatório.
Contudo, a licença para capacitação é concedida a cada quinquênio de efetivo exercício e está no art. 87,
não contemplado pela previsão acima. Como o prazo do estágio probatório é de 36 meses, não é possível
que um servidor cumprindo o estágio goze dessa licença. Portanto, o nosso gabarito está na alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

4. (Cesgranrio – UNIRIO/2019) As regras de acumulação de cargos previstas no sistema jurídico


pátrio são rígidas. Nos casos em que não é possível a acumulação de cargos ou quando o limite de
acumulação já foi atingido, como no caso de médico que acumula dois cargos públicos de médico, para
evitar ilegalidade, a Lei n° 8.112/1990 estabelece que no ato da posse, o empossando apresente
declaração de não exercício de outra(o)
a) inserção comunitária.
b) atividade filantrópica.

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c) função social.
d) emprego privado.
e) cargo público.
Comentário: o art. 13, § 5º, da Lei 8.112/90 dispõe que:

Art. 13 [...] § 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego
ou função pública.

Portanto, a única alternativa que corresponde ao texto legal é a letra E.


Cuidado com as letras C e D. A primeira menciona a “função social” e a segunda “emprego privado”. Porém,
o que é vedado é o acumula de “função pública”, “emprego público” e “cargo público”.
Gabarito: alternativa E.

5. (Cesgranrio – UNIRIO/2019) J é portador de necessidades especiais e pretende ingressar no


serviço público. Nos termos da Lei n° 8.112/1990, às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras. Para tais pessoas, serão reservadas, das vagas
oferecidas no concurso, até
a) 5%.
b) 10%.
c) 15%.
d) 20%.
e) 30%.
Comentário:
Nos termos do art. 5º, §2º, do Estatuto dos Servidores Federais, às pessoas portadoras de deficiência é
assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
por cento) das vagas oferecidas no concurso.
Gabarito: alternativa D.

6. (Cesgranrio – LIQUIGÁS/2019) É juridicamente viável que um órgão público edite portaria ou


qualquer outro ato normativo para regular internamente como se dará a movimentação de seu pessoal.
No entanto, essa normatização interna não pode ofender as leis vigentes e deve respeitar os
entendimentos das jurisprudências que atualmente explicitam que
a) o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal,
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, é denominado redistribuição, demandando a vinculação
entre os graus de responsabilidade, equivalência de vencimentos e manutenção da essência das atribuições
do cargo.

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b) o servidor não poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança.
c) a permuta é o deslocamento do servidor para exercer função distinta da exercida no órgão de origem, a
pedido ou de ofício, com mudança de sede, observados os interesses da administração e a equivalência de
vencimentos.
d) a remoção do servidor implica seu deslocamento dentro do mesmo órgão ou entidade, e determina a
alteração em seu cargo, mudança no nível de escolaridade, especialidade, habilitação profissional e efeito
pecuniário positivo direto para o servidor.
e) os servidores movimentados não possuem assegurados os seus direitos e vantagens a que faziam jus no
órgão ou entidade de origem, e devem estar conscientes de que, com a movimentação de pessoal, há risco
de prejuízo para o servidor na contagem de seu tempo de férias e concessão de licença prêmio.
Comentário:
a) esse é o exato teor do art. 37 da Lei nº 8.112/90, que diz que a redistribuição é o deslocamento de cargo
de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou
entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados, dentre outros,
os seguintes preceitos: vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
equivalência de vencimentos; manutenção da essência das atribuições do cargo – CORRETA;
b) nos termos do art. 93, I, o servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, para exercício de cargo em comissão,
função de confiança – ERRADA;
c) a lei não trata expressamente da permuta. Ademais, a priori, o servidor deveria exercer as mesmas
atribuições, sob pena de configurar provimento derivado inconstitucional – ERRADA;
d) conforme previsto no art. 36, a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito
do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Não implica mudança no nível de escolaridade,
especialidade, habilitação profissional e efeito pecuniário – ERRADA;
e) não existe isso. A movimentação de servidores públicos não afeta os direitos e vantagens a que têm
direito – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

7. (Cesgranrio – ANP/2016) Um servidor público efetivo procura o Departamento de Recursos


Humanos do seu órgão para saber dos critérios de remoção a pedido para outra localidade.
A informação recebida é que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, uma das previsões para o ato de remoção,
independentemente do interesse da Administração, seria por motivo de saúde do seu
a) pai
b) avô
c) tio
d) afilhado
e) cônjuge

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Comentário: a remoção é prevista no art. 36 e consiste no deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício,


no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

A remoção a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração pode


ocorrer por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas
e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial (art. 36,
parágrafo único, ‘b’).

Das opções dadas pela questão, apenas o cônjuge é citado expressamente pelo artigo, e esse foi o gabarito
dado pela banca.

Veja que a questão não deixou margem para questionamentos em relação a quem vive às expensas do
servidor, que na prática poderia ser qualquer das pessoas listadas nas demais alternativas.

Gabarito: alternativa E.

8. (Cesgranrio – UNIRIO/2016) Um servidor, submetido a processo de readaptação, foi considerado


incapaz para o serviço público.
Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, nesse caso, o readaptando terá de ser
a) aposentado
b) exonerado
c) liberado
d) licenciado
e) provisionado

Comentário: nos termos do art. 24 do Estatuto:

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada
em inspeção médica.

§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

Então, a solução para a situação do enunciado é a aposentadoria, conforme alternativa A.

Gabarito: alternativa A.

9. (Cesgranrio – UNIRIO/2016) Uma servidora pública foi reintegrada por decisão administrativa.
Como o cargo que ela ocupava foi extinto, nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, essa
servidora deverá ficar na seguinte situação:
a) removida
b) transferida
c) cedida

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d) emprestada
e) em disponibilidade

Comentário: a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no


cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou
judicial. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o Estatuto diz que o servidor ficará em disponibilidade
(art. 28, §1°).

Pense comigo: o que ocorreria se o servidor estivesse na ativa e o cargo fosse extinto? Segundo a L8112,
nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua
desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em
disponibilidade, até seu aproveitamento (art. 37, § 3º). Portanto, a solução adotada para o servidor
reintegrado, quando extinto o cargo, é a mesma que seria aplicada se ele não houvesse sido demitido, ou
seja, ele será colocado em disponibilidade, até o seu aproveitamento.

Assim, nosso gabarito está na alternativa E.

Gabarito: alternativa E.

10. (Cesgranrio – CEFET RJ/2016) O ocupante de um cargo em comissão em um certo município, após
ser aprovado em concurso público para um cargo de provimento efetivo na administração federal,
apresenta o seu pedido de afastamento do cargo que exercia no âmbito municipal.
Nos termos da Lei no 8.112/1990, o servidor será, então,
a) dispensado
b) suspenso
c) demitido
d) readaptado
e) exonerado

Comentário: vamos começar com uma ressalva: o cargo municipal não é regido pela Lei 8.112/1990.
Portanto, no mundo real, a solução não estaria no Estatuto dos Servidores Federais. Essa ressalva não causa
impacto na resposta da questão, pois o próprio enunciado pede para responder com base na L8112 (e vale
o comando do enunciado) e, mesmo em outros estatutos, a resposta seria a mesma. Logo, a ressalva foi só
para implicar com a banca, rs. Brincadeirinha, a ressalva foi só para não deixar passar a parte técnica sobre
o alcance da Lei 8.112/1990. Agora, vamos resolver a questão!

De acordo com a L8112:

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:

I - a juízo da autoridade competente;

II - a pedido do próprio servidor.

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Os cargos em comissão são aqueles de livre nomeação e exoneração. O servidor que deseje
voluntariamente se desligar desse cargo, será exonerado, conforme alternativa E.

A dispensa se aplica aos servidores que exercer função de confiança (alternativa A). Além disso, não é caso
de suspensão (não houve sanção disciplinar) e nem de readaptação, que ocorre nos casos em que o servidor
sofreu alguma limitação física ou mental (art. 24). Por fim, não é hipótese de demissão, pois no caso dos
cargos em comissão as faltas puníveis com demissão fazem com que o servidor seja destituído do cargo
em comissão e não houve infração disciplinar.

Gabarito: alternativa E.

11. (Cesgranrio – CEFET RJ/2014) Sr. W é servidor público federal, atuando no município Alfa e resolve
postular sua transferência para o município Beta, tendo em vista que pretende permanecer mais tempo
na companhia de sua mãe, sendo filho único, solteiro e não pretendendo contrair núpcias em curto ou
médio prazos.
Nos termos da Lei no 8.112/1990, esse ato de transferência é denominado
a) redistribuição
b) indicação
c) promoção
d) substituição
e) remoção

Comentário:

a) a redistribuição é o deslocamento do cargo e só ocorre de ofício (art. 37) – ERRADA;

b) indicação não é forma de deslocamento de servidores – ERRADA;

c) a promoção significa o desenvolvimento do servidor na carreira – ERRADA;

d) a substituição ocorre nos casos em que os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia
e os ocupantes de cargo de Natureza Especial necessitem se afastar do cargo, hipótese em que terão
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade (art. 38) – ERRADA;

e) a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou


sem mudança de sede. Esta pode ocorrer de ofício, no interesse da Administração; a pedido, a critério da
Administração; ou a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração, nos
casos listados no art. 36 – CORRETA.

No caso do enunciado, o servidor poderia solicitar a remoção a pedido, a critério da Administração. Nesse
tipo de remoção, não há direito subjetivo ao servidor, ou seja, o pedido poderia ser deferido ou não. Assim,
o caso é diferente da remoção a pedido, independentemente do interesse da Administração, que só ocorre
nas hipóteses do art. 36, parágrafo único, III.

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Gabarito: alternativa E.

12. (Cesgranrio – IBGE/2013) Para quem deseja ingressar no serviço público, exercendo atividades
inerentes a cargo efetivo, é imprescindível atender, nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, a um dos requisitos para a posse em cargo público.
Preenche tal requisito quem é
a) indicado pela chefia do órgão
b) sorteado entre os candidatos
c) selecionado em concurso interno
d) aprovado em exame médico
e) possuidor de uma carta de idoneidade moral

Comentário: nos termos do art. 5º, são requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

Então, das opções apresentadas pela questão, apenas a alternativa D está correta (a aprovação em exame
médico comprova a aptidão física e mentar do candidato).

Gabarito: alternativa D.

13. (Cesgranrio – IBGE/2013) Adriana é servidora efetiva, sendo regida pelos termos da Lei nº
8.112/90. Por necessidade do serviço, ela é removida para ter exercício em município distante da sede
onde exercia suas funções.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, Adriana terá prazo para retomar o exercício do seu cargo que compreende,
no mínimo, dez dias e, no máximo,
a) quinze dias
b) vinte dias
c) trinta dias
d) quarenta dias
e) cinquenta dias

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Comentário: essa questão pode ser respondida com base no art. 18 do Estatuto:

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido,
redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o
deslocamento para a nova sede.

Assim, o prazo mínimo é de dez, e o máximo de trinta dias, conforme alternativa C.

Gabarito: alternativa C.

14. (Cesgranrio – IBGE/2013) Marlene, após concluir o seu curso de nível superior, resolveu casar e
ter filhos. Após um período de dedicação ao lar, postou-se de retorno ao mercado de trabalho, sendo
==ed3ad==

aprovada em concurso público. Convocada para tomar posse, deparou-se com a oposição do seu esposo
Carlos. Angustiada, resolveu aguardar pelo período máximo previsto em lei para assumir o cargo.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, o prazo para que o candidato aprovado tome posse após a nomeação é de:
a) cinco dias
b) dez dias
c) quinze dias
d) trinta dias
e) sessenta dias

Comentário: nos termos do art. 13, §1°, a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação
do ato de provimento.

Não se esqueça do “N30P15E”, ou seja, o servidor nomeado tem 30 dias para tomar posse e, após a posse,
ele terá 15 dias para entrar em exercício.

Gabarito: alternativa D.

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15. (Cesgranrio – IBGE/2013) Sueli, ao tomar posse em cargo público efetivo, foi comunicada em
palestra de ambientação no órgão onde foi exercer suas atividades de que, para obter aprovação em
estágio probatório, havia a necessidade do preenchimento dos requisitos de: assiduidade, disciplina,
capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, o ocupante de cargo público em estágio probatório terá
a) apresentado relatório seis meses antes de findo o estágio para homologação da autoridade avaliadora
competente.
b) vedação para ocupar função de confiança ou cargo comissionado.
c) cessão para outros órgãos para ocupar qualquer cargo em comissão.
d) deferida licença para tratamento de interesses particulares.
e) afastamento para curso de formação em outro cargo da administração federal.

Comentário:

a) a Lei prevê que 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à
homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade (art. 20, §1°). Então, o prazo não é de seis meses – ERRADA;

b) nos termos do art. 20, §3°, o servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de
provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação
e poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de
provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou
equivalentes – ERRADA;

c) o servidor em estágio probatório somente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes (art. 20, §3°) – ERRADA;

d) a licença para tratamento de interesses particulares não está listada no art. 20, §4°, que traz as licenças
e afastamentos permitidos no período do estágio probatório. Ademais, tal licença somente poderá ser
deferida “ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório” (art. 91,
caput) – ERRADA;

e) na forma do art. 20, §5°, o estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos
previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e
será retomado a partir do término do impedimento – CORRETA.

Gabarito: alternativa E.

16. (Cesgranrio – IBGE/2013) Cristina possuía atividade na iniciativa privada. Tendo-se candidatado a
cargo de nível médio e logrado aprovação, foi convocada pela administração. Nomeada, tomou posse e
entrou em exercício nas datas fixadas pelos órgãos competentes. Após aprovação em estágio probatório,
foi transferida para outro local, onde se desentendeu com o Chefe do órgão, que comunicou o conflito

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às autoridades superiores, as quais, sem qualquer formalidade, determinaram a exoneração de Cristina


do cargo por ela ocupado.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, a perda do cargo do servidor, no caso descrito, poderia ocorrer após
a) sentença condenatória pendente de recurso
b) sindicância administrativa sumária
c) processo administrativo disciplinar
d) audiência com os superiores, com sua oitiva
e) intimação do sindicato de servidores para ciência

Comentário: o art. 22 diz que o servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

Então, apenas a alternativa C está de acordo com a previsão legal.

Apenas lembrando que, além das duas hipóteses de perda do cargo abordadas acima, existem outras duas
na Constituição Federal, que são as seguintes: insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação
periódica, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa (a lei complementar ainda não foi
editada) e excesso de despesa com pessoal, nos termos do art. 169, §4º.

Gabarito: alternativa C.

17. (Cesgranrio – IBGE/2013) Leonardo, desde muito cedo, almeja assumir um cargo público e exercer
suas funções nos rincões mais distantes do país, para devolver, através da solidariedade, aquilo que
recebeu de investimento público.
Atingindo a idade legal e obtendo os diplomas necessários à formação dos requisitos para ingressar na
seleção para o cargo almejado, verificou que o concurso público, nos termos da Lei nº 8.112/90:
a) pode ser exclusivamente de provas
b) pode ser exclusivamente de títulos
c) tem validade de três anos
d) tem as condições de realização fixadas em portaria
e) permite várias prorrogações do prazo de validade

Comentário: o concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas,
conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do
candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as
hipóteses de isenção nele expressamente previstas (art. 11).

Então, há previsão de que o concurso possa ser exclusivamente de provas (alternativa A - CORRETA), mas
não exclusivamente de títulos (alternativa B – ERRADA).

Além disso, o art. 12 prevê que o concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período (alternativas C e E – ERRADAS).

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Por fim, a alternativa D está errada, pois o prazo de validade do concurso e as condições de sua realização
serão fixados em edital (e não em portaria), que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário
de grande circulação (art. 12, §1°).

Gabarito: alternativa A.

18. (Cesgranrio – IBGE/2013) Silvio, após problemas com a ingestão de bebidas alcoólicas, ingressou
em licença médica e, posteriormente, aposentou-se por invalidez. Após rígido tratamento em clínicas
especializadas, julga-se apto para retornar ao trabalho. Requerendo o seu retorno, obtém a autorização
de junta médica vinculada ao seu antigo cargo e preenche os demais requisitos legais.
Nesse caso, consoante as regras da lei nº 8.112/90, ocorrerá a denominada
a) readaptação
b) reversão
c) reintegração
d) recondução
e) desaposentação

Comentário: na situação apresentada, temos um exemplo da chamada “reversão”. Nos termos do art. 25,
a reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial
declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou no interesse da administração, desde que
atendidos os requisitos previstos no referido artigo.

Então, nosso gabarito está na alternativa B.

Vamos agora relembrar os conceitos das demais alternativas:

A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a


limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art. 24).

A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens (art. 28).

Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de inabilitação


em estágio probatório relativo a outro cargo; ou reintegração do anterior ocupante (art. 29).

Por fim, a “desaposentação” não é forma de provimento de cargo público e nem possui previsão na Lei n°
8.112/90.

Gabarito: alternativa B.

19. (Cesgranrio – IBGE/2013) Nicolau, cidadão italiano, aporta no Brasil, buscando novas
oportunidades para sua atividade profissional. Portando nível superior, ele apresenta o seu currículo em
diversas empresas, mas não recebe resposta adequada. Consultando os jornais, verifica a existência de

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inúmeros concursos públicos, situação que lhe interessa diante da multiplicidade dos cargos e da
remuneração apresentada.
Ao tomar conhecimento dos requisitos, verifica que o acesso a cargos públicos, nos termos e limites da Lei
nº 8.112/90 depende de
a) nacionalidade brasileira
b) qualquer nacionalidade
c) residência no Brasil
d) casamento com brasileira
e) curso de doutorado

Comentário: os requisitos para ingresso nos cargos públicos, nos termos do Estatuto, são os descritos no
art. 5°, quais sejam:

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

Portanto, apenas a alternativa A está de acordo com a previsão legal.

Vale lembrar que as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão
prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os
procedimentos da L8112 (art. 5º, § 3º)

Gabarito: alternativa A.

20. (Cesgranrio – CEF/2012) Qual a forma de provimento de cargo público federal em que o servidor
estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de reintegração do anterior ocupante?
a) Readaptação
b) Ascensão
c) Recondução
d) Reversão

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e) Aproveitamento

Comentário: o enunciado descreve o conceito de recondução. Na forma do art. 29:

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá
de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.

Portanto, o gabarito está na letra C.

Quanto às demais alternativas:

a) a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com


a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art. 24)
– ERRADA;

b) a ascensão não é mais forma de provimento prevista em nosso ordenamento, pois permitia que o
servidor passasse a integrar uma carreira distinta daquela que ocupava anteriormente. Contudo, o STF
considerou inconstitucional tal forma de provimento, por violação ao princípio do concurso público –
ERRADA;

d) a reversão se relaciona com o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez ou no interesse
da administração (art. 25) – ERRADA;

e) o aproveitamento ocorre quando o servidor retorna da disponibilidade e é colocado em cargo de


atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 30) – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

21. (Cesgranrio – BACEN/2010) Por estar interessado em ingressar no serviço público federal, João
Francisco resolveu pesquisar sobre o assunto na Lei Federal no 8.112/90 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Federais) e concluiu que
a) a investidura em empregos públicos independe de prévia aprovação em concurso público, a qual
somente é exigida para a investidura em cargos de provimento efetivo.
b) a investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público,
ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
c) a investidura em cargos comissionados e funções de confiança depende de prévia aprovação em
processo seletivo simplificado, observado o princípio da ampla divulgação.
d) o provimento dos cargos públicos pode efetuar-se por meio de nomeação, promoção, reversão ou
ascensão.
e) os cargos em comissão somente podem ser providos por servidores de carreira, destinando-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

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Comentário:

a) o Estatuto rege os cargos públicos efetivos e comissionados, e não os empregos públicos. Essa
investidura, por sua vez, é feita através da aprovação prévia em concurso público – ERRADA;

b) na forma do art. 37, II da CF/88, a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração – CORRETA;

c) a nomeação e exoneração em cargos comissionados é livre, e independe de concurso público – ERRADA;

d) são formas de provimento em cargo público previstas no art. 8° do Estatuto: nomeação; promoção;
readaptação; reversão; aproveitamento; reintegração; recondução. A ascensão era uma forma de
provimento vertical que foi considerada inconstitucional pelo STF, por violação ao princípio do concurso
público – ERRADA;

e) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, V, CF/88).
Então, não está de acordo com a CF dizer que os cargos em comissão somente podem ser providos por
servidores de carreira – ERRADA.

Gabarito: alternativa B.

22. (Cesgranrio – BACEN/2010) Carlos, servidor público dos quadros de uma autarquia federal, foi
demitido após processo administrativo disciplinar. Inconformado, ajuizou ação judicial visando à
invalidação de sua demissão e, ao final do processo, obteve êxito. Diante da invalidação judicial da
penalidade disciplinar que lhe havia sido aplicada, reconhece-se a Carlos o direito de ser
a) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado ou ao resultante de sua transformação, com ressarcimento
de todas as vantagens.
b) aproveitado em outro cargo de vencimentos e responsabilidades compatíveis com o anteriormente
ocupado, sem ressarcimento das vantagens pecuniárias.
c) reconduzido a cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com o anteriormente exercido, sem
ressarcimento das vantagens pecuniárias.
d) revertido ao serviço público ativo, com ressarcimento de todas as vantagens pecuniárias.
e) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis, com ressarcimento de todas as
vantagens.

Comentário:

a) a reintegração (art. 28) é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no


cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou
judicial, com ressarcimento de todas as vantagens, exatamente como aconteceu no caso de Carlos –
CORRETA;

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b) o aproveitamento se dá quando o servidor retorna da disponibilidade e é aproveitado em cargo de


atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 30) – ERRADA;

c) a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo ocupado anteriormente quando for inabilitado
em estágio probatório relativo a outro cargo ou quando ocorrer a reintegração do anterior ocupante (art.
29) – ERRADA;

d) a reversão é o retorno do servidor aposentado por invalidez, quando não mais subsistirem os motivos
da aposentadoria, ou por interesse da Administração (a pedido do servidor), atendidos os requisitos do art.
25 – ERRADA;

e) a readaptação ocorre quando o servidor tenha sofrido alguma limitação em sua capacidade física ou
mental e por isso deve ser investido em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a
limitação que tenha sofrido (art. 24) – ERRADA.

Gabarito: alternativa A.

23. (Cesgranrio – BACEN/2010) Odair, servidor público federal, foi regularmente aposentado por
invalidez, no ano de 2005, após perícia médica. Decorridos dois anos de sua aposentadoria, Odair
submeteu-se a uma nova perícia, oportunidade em que a junta médica oficial declarou insubsistentes os
motivos da aposentadoria.
A forma de provimento dos cargos públicos adequada para que Odair retorne à atividade é a(o)
a) readaptação.
b) transferência.
c) reintegração.
d) reversão.
e) aproveitamento.

Comentário: quando falamos de retorno à atividade de servidor que estava aposentado, devemos pensar
logo na reversão. Nos termos do art. 25:

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da


aposentadoria; ou

II - no interesse da administração, desde que:

a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

c) estável quando na atividade;

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d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

e) haja cargo vago.

Portanto, Odair pode retornar ao seu cargo através da reversão, conforme alternativa D.

Lembre-se da célebre frase do Pernalonga : “O que que há, Velhinho”. O “V” de velhinho é o mesmo
V da reVersão. Logo, esta é a forma de reingresso do servidor “Velhinho”, ou seja, do aposentado.

Gabarito: alternativa D.

Concluímos por hoje.

Bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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/profherbertalmeida e /controleexterno

Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO

1. (Cebraspe – INPI/2024) Admite-se a prestação de serviços gratuitos por servidor da administração


pública, desde que devidamente justificada e aprovada pela chefia imediata do servidor.

Comentário: de acordo com a Lei 8.112/1990, é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos
previstos em lei (art. 4º). Logo, a prestação de serviços gratuitos depende de autorização em lei.

Gabarito: errado.

2. (Cebraspe – INPI/2024) Ascenção e transferência são admitidas como formas de provimento para
cargos públicos.

Comentário: vamos iniciar com a redação do art. 8º da Lei 8.112/1990:

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III – ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV – transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

VIII - reintegração;

IX - recondução.

A ascensão e a transferência constavam no texto original, mas foram consideradas inconstitucionais e


acabaram sendo revogadas pela Lei 9.527/1997. Essas formas de provimento permitiam que o servidor
ingressasse em cargo público distinto daquele para o qual prestou o concurso.

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Nesse sentido, a Súmula Vinculante 43 estabelece que:

SV 43 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-


se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.

Logo, a ascensão e a transferência são incompatíveis com a Constituição e, portanto, não são admitidas como
formas de provimento para cargos públicos.

Gabarito: errado.

3. (Cebraspe – INPI/2024) A inspeção médica oficial é um requisito necessário para a posse em cargo
público.

Comentário: de fato, a posse em cargo público, além dos demais requisitos, depende de inspeção médica
oficial:

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e
mentalmente para o exercício do cargo.

Gabarito: correto.

4. (Cebraspe – CAU BR/2024) Servidor público com cargo efetivo é aquele que possui cargo de livre
nomeação e exoneração.

Comentário: de acordo com a Lei 8.112/1990, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público
(art. 2º). O cargo público, por sua vez, é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros,
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
caráter efetivo ou em comissão (art. 3º).

Por fim, o Estatuto dos Servidores acrescenta que:

Art. 9o A nomeação far-se-á:

I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de


carreira;

II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.

[...]

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Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Logo, o servidor com cargo efetivo é aquele cujo provimento decorreu de aprovação em concurso público.

Gabarito: errado.

5. (Cebraspe – MRE/2023) Em relação ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
assinale a opção correta à luz da Lei n.º 8.112/1990.
a) Os cargos públicos devem ser criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelo erário,
para provimento exclusivo em caráter efetivo.
b) Os requisitos para investidura em cargo público incluem gozo dos direitos políticos, idade mínima de
dezesseis anos e aptidão física e mental.
c) A acumulação de cargos somente é possível mediante a comprovação da compatibilidade de horários.
d) O servidor público estável somente poderá perder o cargo em virtude de processo administrativo
disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
e) É proibido ao servidor público atribuir a outro servidor funções estranhas ao cargo que ocupa, ainda que
em situações de emergência e transitórias.

Comentário:

a) Errado. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria
e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º,
parágrafo único).

b) Errado. A idade mínima é de 18 anos (art. 5º, V).

c) Certo. De acordo com a L8112, a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação
da compatibilidade de horários (art. 118, § 2º).

d) Errado. O servidor estável pode perder o cargo mediante (CF, art. 41, § 1º): (i) processo administrativo
disciplinar, com ampla defesa; (ii) decisão judicial transitada em julgado; (iii) avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, observada a ampla defesa.

e) Errado. É proibido ao servidor público (art. 117): “XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias”.

Gabarito: alternativa C.

6. (Cebraspe – FNDE/2023) A admissão para cargo público compreende a nomeação, a posse e o


exercício, sendo este considerado a efetiva entrada do servidor nas atividades do cargo.

Comentário: a admissão do servidor passa por três momentos:

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(i) nomeação – é a forma de provimento;


(ii) posse – é a investidura no cargo (aqui a pessoa se torna servidor). A posse ocorre pela assinatura do
respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos
inerentes ao cargo ocupado (art. 13);
(iii) exercício - é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança (art.
15)

Nomeação Posse Exercício


30 dias 15 dias

Ato administrativo de Aceitação formal Efetivo


convocação para tomar do cargo desempenho do
posse cargo

Se não tomar posse no Se não entrar em exercício


prazo: nomeação torna-se no prazo: servidor é
sem efeito. exonerado.

Gabarito: correto.

7. (Cebraspe – FUB/2023) Será reintegrado o servidor que, inabilitado em estágio probatório relativo
a outro cargo, retorne ao cargo anteriormente ocupado.

Comentário: a Lei 8.112/1990 prevê que:

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e


decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

II - reintegração do anterior ocupante.

Portanto, o servidor estável que for inabilidade em estágio probatório relativo a outro cargo será
reconduzido. A reintegração é o retorno ao cargo do servidor que foi ilegalmente demitido.

Gabarito: errado.

8. (Cebraspe – FUB/2023) Se determinado cargo ocupado há mais de 15 anos por servidor estável for
extinto, ele deverá ficar em disponibilidade, com sua remuneração integral, até o seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

Comentário: de acordo com a Lei 8.112/1990:

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Art. 37 [...] § 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o


cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não
for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos
arts. 30 e 31.

A Constituição Federal ainda dispõe que:

Art. 41 [...] § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.

Portanto, se o cargo ocupado por um servidor estável for extinto, o eventual ocupante: (i) poderá ser
redistribuído; ou (ii) ficará em disponibilidade até ser aproveitado em outro cargo.

No período da disponibilidade, o servidor perceberá remuneração proporcional ao tempo de serviço.

Gabarito: errado.

9. (Cebraspe – FUB/2023) A exoneração e a remoção são hipóteses de vacância do cargo público, uma
vez que há desocupação do cargo pelo servidor nos dois casos.

Comentário: as formas de vacância constam no art. 33 da Lei 8.112/1990:

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

I - exoneração;

II - demissão;

III - promoção;

VI - readaptação;

VII - aposentadoria;

VIII - posse em outro cargo inacumulável;

IX - falecimento.

A remoção, por outro lado, é forma de deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo
quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36, caput). Portanto, a remoção não se trata de vacância, mas
apenas de deslocamento.

Gabarito: errado.

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10. (Cebraspe – CNMP/2023) São formas de provimento de cargo público a nomeação, a promoção, a
readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

Comentário: vejamos a redação do art. 8º da Lei 8.112/1990:

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

VIII - reintegração;

IX - recondução.

A nomeação é o provimento originário, enquanto as demais são provimento derivado.

Logo, a questão citou corretamente as formas de provimento.

Gabarito: correto.

11. (Cebraspe – INSS/2022) De acordo com a Lei n.° 8.112/1990, são formas de provimento de cargo
público: nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, reversão, aproveitamento,
reintegração e recondução.

Comentário: as formas de provimento de cargo público estão previstas no art. 8° do Estatuto e são as
seguintes:

I - nomeação;

II - promoção;

III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

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VIII - reintegração;

IX - recondução.

Notem que a ascensão e a transferência não constam das hipóteses.

Os incisos III e IV do art. 8º apresentavam a ascensão e a transferência, que eram formas de provimento
vertical em que o servidor passaria a integrar uma carreira distinta daquela que ocupava anteriormente.
Contudo, o STF considerou inconstitucionais tais formas de provimento, por violação ao princípio do
concurso público. Assim, atualmente, a única forma de provimento vertical é a promoção, uma vez que,
neste caso, a evolução ocorre dentro da mesma carreira.

Gabarito: errado.

12. (Cebraspe – TCE RO/2019) O estágio probatório é o período durante o qual se exige do servidor
público investido em cargo efetivo
a) produtividade por até dois anos consecutivos.
b) assiduidade por até dois anos consecutivos.
c) quitação de suas obrigações eleitorais.
d) aprovação em curso de formação.
e) disciplina e capacidade de iniciativa.

Comentário:

O servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório,
com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmação ou não no cargo para o qual foi
nomeado (art. 28). São requisitos básicos a serem apurados no estágio probatório (RAPID):

(i) responsabilidade.

(ii) assiduidade;

(ii) produtividade;

(iii) capacidade de iniciativa

(iv) disciplina;

Além disso, o STF entende que o prazo de duração do estágio probatório é de três anos, uma vez que a EC
19/98, ao aumentar o prazo para aquisição de estabilidade, também aumentou o prazo de duração do
estágio probatório (AI 754.802). Logo, as letras A e B estão incorretas. Vale lembrar que a avaliação terá a
duração de três anos de “efetivo exercício” e isso não impede que algumas licenças, por exemplo, suspendam
o prazo do estágio. Assim, além de o prazo não ser de dois anos, o período não será necessariamente
consecutivo.

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As letras C e D estão erradas, porque a quitação das obrigações eleitorais e a aprovação em curso de
formação não são características de desempenho avaliadas. A primeira é um requisito para a posse, já o
curso de formação poderá ser uma etapa do concurso.

Por fim, a disciplina e a capacidade de iniciativa são avaliadas durante o estágio probatório. Logo, o gabarito
é a letra E.

Gabarito: alternativa E.

13. (Cebraspe – MPC PA/2019) Se um servidor em disponibilidade reingressa no serviço público, em


cargo de natureza e padrão de vencimento correspondentes ao que ocupava, então, nesse caso, ocorre o
que se denomina
a) redistribuição.
b) aproveitamento.
c) readaptação.
d) recondução.
e) remoção.

Comentário:

a) a redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro


geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder (art. 37). Por não ocorrer investidura, não
é forma de provimento ou de vacância - ERRADA;

b) o aproveitamento ocorre quando há o retorno à atividade do servidor em disponibilidade (art. 30). Esse
aproveitamento se dá em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado -
CORRETA;

c) a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a


limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art. 24) -
ERRADA;

d) recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: (i)
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo (ou desistência); e (ii) reintegração do anterior
ocupante (art. 29) - ERRADA;

e) já a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou


sem mudança de sede (art. 36) - ERRADA.

Gabarito: alternativa B.

14. (Cebraspe – SEFAZ RS/2019) O deslocamento de servidor público, por interesse da administração,
para o exercício em uma nova sede, com mudança de domicílio permanente, configura
a) recondução, com direito a ajuda de custo para sua instalação.

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b) readaptação, com direito a ajuda de custo para sua instalação.


c) remoção, com direito a ajuda de custo para sua instalação.
d) readaptação, sem direito a ajuda de custo para sua instalação.
e) remoção, sem direito a ajuda de custo para sua instalação.

Comentário:

Remoção é o deslocamento do servidor para ter exercício em uma outra unidade. Quando a remoção for no
interesse da Administração – ex officio – dará direito a ajuda de custo. Logo, o gabarito é a letra C.

Não poderia ser a readaptação porque essa é a forma de investidura do servidor estável em cargo de
atribuições e responsabilidades mais compatíveis com sua vocação ou com as limitações que tenha sofrido
em sua capacidade física ou mental, podendo ser processada a pedido ou "ex officio".

Ademais, também não poderia ser a recondução, que é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado.

Gabarito: alternativa C.

15. (Cebraspe – IFF/2018) A investidura em cargo público ocorrerá com o(a)


a) nomeação.
b) posse.
c) exercício.
d) provimento.
e) classificação em todas as etapas do concurso público.

Comentário:

A previsão expressa do art. 7º do Estatuto é de que a investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Gabarito: alternativa B.

16. (Cebraspe – TCE MG/2018) Mariana, servidora pública aposentada, reingressou no serviço público
após verificação, em processo, de que não subsistiam os motivos determinantes da sua aposentadoria.

Nessa situação, o retorno de Mariana ao trabalho configura


a) reintegração.
b) recondução.
c) readaptação.
d) reversão.
e) aproveitamento.

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Comentário:

Quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez, o servidor
aposentado pode retornar à atividade, por meio da reversão (art. 25).

Gabarito: alternativa D.

17. (Cebraspe – IFF/2018) No caso em que a demissão de servidor público estável for invalidada por
sentença judicial, ocorrerá seu(sua)
a) recondução.
b) reintegração.
c) reaproveitamento.
d) reversão.
e) regressão.

Comentário:

Conforme previsto no art. 28, a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

Gabarito: alternativa B.

18. (Cebraspe – IPHAN/2018) Idade mínima de dezesseis anos e quitação das obrigações eleitorais são
requisitos para a investidura em cargo público.

Comentário:

São requisitos básicos para investidura em cargo público: (i) a nacionalidade brasileira; (ii) o gozo dos direitos
políticos; (iii) a quitação com as obrigações militares e eleitorais; (iv) o nível de escolaridade exigido para o
exercício do cargo; (v) a idade mínima de dezoito anos; (vi) aptidão física e mental (Lei 8.112/90, art. 5º).

Gabarito: errado.

19. (Cebraspe – IPHAN/2018) É vedado ao servidor público aposentado o retorno ao serviço público a
pedido, somente sendo possível a reversão por insubsistência dos motivos da aposentadoria por invalidez.

Comentário:

Como sabemos, a reversão também poderá ocorrer a pedido. Existem duas modalidades de reversão no
Estatuto dos Servidores da União: (i) de ofício: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir
os motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente; e (ii) a pedido (no interesse da
Administração): aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente e, após isso, solicitou a
reversão de sua aposentadoria. No último caso, a legislação exige os seguintes requisitos:

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a) tenha solicitado a reversão;

b) a aposentadoria tenha sido voluntária;

c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

e) haja cargo vago.

Gabarito: errado.

20. (Cebraspe – IPHAN/2018) A readequação consiste no retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado.

Comentário:

Não existe “readequação” como forma de provimento na Lei 8.112/1990. Na verdade, duas situações em
que o servidor estável retorna ao cargo anterior são a reintegração (decorre da anulação do ato de demissão)
e a recondução (decorre da reintegração do anterior ocupante do cargo ou da reprovação/desistência no
estágio probatório para um novo cargo).

Gabarito: errado.

21. (Cebraspe – IFF/2018) João, servidor público civil federal, ainda em período de estágio probatório,
sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com sequelas que o levaram à aposentadoria por
invalidez. Três anos depois, a administração pública, por meio da junta médica oficial, constatou que João
teria se reabilitado e que suas sequelas haviam sido extintas, fatos que ocasionaram a declaração de
insubsistência dos motivos da sua aposentadoria.

Nessa situação hipotética, a determinação do retorno ao cargo anteriormente ocupado por João configura
o(a)
a) reintegração.
b) recondução.
c) reversão.
d) reaproveitamento.
e) readaptação.

Comentário:

a) a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do
servidor público – ERRADA;

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b) a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, em virtude de reintegração


do anterior ocupante ou de inabilitação no estágio probatório. Trata-se, pois, de provimento derivado
previsto expressamente no texto constitucional (art. 41, § 2º) e na Lei 8.112/1990 (art. 29) – ERRADA;

c) a reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/90, consistindo no retorno
à atividade de servidor aposentado. No caso do enunciado, podemos perceber que se enquadra na hipótese
de reversão de ofício (art. 25, I) – CORRETA;

d) o que existe é o aproveitamento. Uma vez extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável que o ocupava ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até
seu adequado aproveitamento em outro cargo (CF, art. 41, § 3º e Lei 8.112/90, arts 30 a 32) – ERRADA;

e) a readaptação é forma de provimento derivado constante no art. 24 da Lei 8.112/90, representando a


investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

22. (Cebraspe – IFF/2018) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, em caso de servidor público estável cuja
demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou judicial, deverá ocorrer a
a) recondução.
b) reintegração.
c) redistribuição.
d) readaptação.
e) reversão.

Comentário:

Quando a questão mencionar invalidação de decisão, devemos ficar atento à reintegração. Afinal, a
reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do servidor
público. Em tal situação, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo decorrente de sua
transformação, devendo ser ressarcido de todas as vantagens a que teria direito. Portanto nossa opção é a
letra ‘b’.

Gabarito: alternativa B.

23. (Cebraspe – IFF/2018) Servidor público civil federal pretende o deslocamento no âmbito do quadro
de sua carreira, com mudança de sede, para acompanhar sua esposa, servidora pública militar, que foi
deslocada por interesse da administração pública.

Nessa situação hipotética, para acompanhar sua esposa, o servidor deverá


a) pedir remoção, pleito que estará a critério da administração pública.
b) pedir remoção, pleito que independe do interesse da administração pública.
c) pedir a redistribuição do cargo, pleito que independe do interesse da administração pública.

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d) aguardar concurso de redistribuição para localidade pretendida, e nele ser aprovado.


e) ser removido de ofício, porque não cabe pedido de remoção para cônjuges quando eles têm regimes
jurídicos diferentes.

Comentário:

No caso em apreço, por tratar-se de acompanhamento de cônjuge deslocada por interesse da administração
pública, o servidor público federal terá direito à remoção a pedido, para outra localidade,
independentemente do interesse da Administração (art. 36, III, ‘a’). Logo, o gabarito é a letra B.

A letra A está errada, pois o pleito independe do interesse da Administração. A letra C é errada, pois a
redistribuição é o “deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro
geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder” (art. 37). As letras D e E são erradas, já que
há o direito à remoção.

Gabarito: alternativa B.

24. (Cebraspe – EBSERH/2018) A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente
publicada em diário oficial.

Comentário:

A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º).

Gabarito: errado.

25. (Cebraspe – EBSERH/2018) A promoção não constitui forma de provimento em cargo público.

Comentário:

De acordo com o art. 8º, da Lei serão formas de provimento de cargo público: (i) nomeação; (ii) promoção;
(iii) readaptação; (iv) reversão; (v) aproveitamento; (vi) reintegração; e (vii) recondução. Portanto, a
promoção é uma forma de provimento.

Gabarito: errado.

26. (Cebraspe – STJ/2018) A reversão constitui a reinvestidura do servidor estável no cargo


anteriormente ocupado, e ocorre quando é invalidada a demissão do servidor por decisão judicial ou
administrativa. Nesse caso, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens que deixou de perceber
durante o período demissório.

Comentário:

A reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado (art. 25). O caso elencado na questão é de
reintegração, que ocorre quando for anulada, em decisão judicial ou administrativa, a demissão de um

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servidor estável, que terá direito de ser ressarcido de todas as vantagens que deixou de perceber em virtude
da demissão ilegal (art. 28).

Gabarito: errado.

27. (Cebraspe – ABIN/2018) O estágio probatório inicia-se na data da posse do agente público,
findando-se com o término do prazo de três anos.

Comentário:

O estágio probatório inicia-se na data do exercício do agente público, e não da posse, consoante o
entendimento advindo do art. 41 da Lei: são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

Gabarito: errado.

28. (Cebraspe – STM/2018) A legislação que dispõe sobre o regime estatutário prevê a possibilidade de
o servidor público, em determinadas hipóteses, pedir remoção para outra localidade, independentemente
do interesse da administração pública.

Comentário:

A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
mudança de sede (art. 36). Ainda, está expresso nos incisos do art. 36 da Lei que a remoção poderá ser
realizada em três hipóteses: (i) de ofício, no interesse da Administração; (ii) a pedido, a critério da
Administração; e (iii) pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração.

Gabarito: correto.

29. (Cebraspe – STM/2018) Provimento é o ato emanado da pessoa física designada para ocupar um
cargo público, por meio do qual ela inicia o exercício da função a que fora nomeada.

Comentário:

O provimento é o ato emanado da autoridade competente pelo qual se efetua o preenchimento do cargo
público, com a designação de seu titular. O provimento poderá ser originário (nomeação) ou derivado
(promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução). O ato da pessoa física
designada para ocupar o cargo pelo qual ela inicia o exercício da função a que fora nomeada é o exercício.

Gabarito: errado.

30. (Cebraspe – STM/2018) Se sofrer um acidente que o leve à incapacidade física, o servidor público
federal poderá ser readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com as suas
limitações, ficando em disponibilidade até a vacância do cargo adequado.

Comentário:

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Nesse caso, o servidor não ficará em disponibilidade, mas sim trabalhará como excedente (art. 24, § 2º).

Gabarito: errado.

31. (Cebraspe – STM/2018) Após ser empossado, o servidor que não entrar em exercício no prazo legal
será exonerado.

Comentário:

O macete para memorizar a “ordem” dos fatos sobre o provimento de um servidor é o seguinte: “N – P – E /
30 – 15”, ou seja: nomeação -> posse -> exercício, sendo até 30 dias o prazo entre a nomeação e a posse e
até 15 dias entre a posse e o exercício. Além disso, se não entrar em exercício no prazo legal de 30 dias, o
ato de nomeação será tornado sem efeito. Por outro lado, após ser empossado, o nomeado torna-se um
servidor público. Assim, se não entrar em exercício no prazo legal de 15 dias, o servidor será exonerado,
salvo se houver algum impedimento legal. Portanto, o servidor que não entrou em exercício no prazo legal
será exonerado.

Gabarito: correto.

32. (Cebraspe – TRE TO/2017) Larissa, servidora pública efetiva do TRE/TO, estava prestes a completar
os requisitos para a aposentadoria por tempo de serviço quando sofreu um acidente, que resultou, após
afastamento do serviço por razoável lapso de tempo, em aposentadoria por invalidez. Meses após a
aposentadoria de Larissa, a administração recebeu laudo elaborado pela equipe médica oficial retificando
o resultado que havia resultado na aposentadoria por invalidez da servidora, que foi, então, avaliada como
apta para o trabalho, considerando as funções exercidas no cargo que ocupava. Nessa situação hipotética,
com base no que dispõe a Lei n.º 8.112/1990, deverá ser declarada a
a) reversão, devendo Larissa retornar às atividades anteriormente exercidas.
b) readaptação, devendo Larissa retornar ao cargo que exercia anteriormente.
c) recondução, devendo Larissa retornar às atividades que exercia.
d) redistribuição, se o cargo anteriormente ocupado tiver deixado de existir.
e) reintegração, se ainda existir a mesma categoria.

Comentário:

O retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar
insubsistentes os motivos da aposentadoria é feito através da reversão, que deverá ocorrer no mesmo cargo
ou no cargo resultante de sua transformação.

Gabarito: alternativa A.

33. (Cebraspe – TRE BA/2017) Renata, servidora pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), pediu
vacância para tomar posse no cargo de técnico judiciário do TRE/BA. Ao final do período de avaliação,
Renata foi inabilitada no estágio probatório referente ao novo cargo. O cargo por ela ocupado

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anteriormente no TJ/BA não havia sido provido. Nessa situação hipotética, seu retorno ao cargo anterior
se dará por meio de
a) redistribuição.
b) reintegração.
c) recondução.
d) aproveitamento.
e) reversão.

Comentário:

A recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de inabilitação


em estágio probatório relativo a outro cargo ou da reintegração do anterior ocupante. Esse é o caso de
Renata.

Agora vamos analisar cada alternativa:

a) a redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo (art. 37) – ERRADA;

b) a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens (art. 28) – ERRADA;

d) o retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em


cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 30) – ERRADA;

e) a reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez ou no interesse da administração


(art. 25) – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

34. (Cebraspe – TRE BA/2017) Carlos, servidor do TRE/BA, foi removido de ofício, no interesse da
administração pública, para exercer suas funções em nova sede, razão por que teve de mudar de domicílio
em caráter permanente. Carlos é casado com Maria, também servidora do TRE/BA. Nessa situação
hipotética, conforme disposição da Lei n.º 8.112/1990, a remoção de Maria
a) deverá ser concedida pela administração se Maria a solicitar.
b) garantirá a ela o direito ao recebimento de ajuda de custo, ainda que Carlos já a tenha recebido.
c) será automática, independentemente de solicitação.
d) será automaticamente desfeita se Carlos falecer no novo domicílio.
e) dependerá de análise de viabilidade pela administração pública.

Comentário:

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A remoção pode ocorrer em três modalidades:

I - de ofício, no interesse da Administração;

II - a pedido, a critério da Administração;

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de


qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica
oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for


superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
em que aqueles estejam lotados.

Na remoção a pedido, independentemente do interesse da Administração, o servidor possui direito à


remoção, ou seja, se estiverem presentes os requisitos legais, a decisão da autoridade será vinculada. Porém,
é importante notar que deve ocorrer o pedido do servidor. No exemplo da questão, Maria terá direito à
remoção, desde que faça a solicitação.

Gabarito: alternativa A.

35. (Cebraspe – TRE BA/2017) Anderson, servidor do TRE/BA, sofreu grave acidente no exercício de
suas funções, o que resultou na amputação total de seu braço esquerdo. Após avaliação da equipe médica,
constatou-se que ele não poderia exercer as funções anteriormente exigidas pelo cargo que ocupava.
Diante disso, Anderson passou a exercer outra função, compatível com sua limitação. Conforme a Lei n.º
8.112/1990, a situação apresentada configura hipótese de
a) aproveitamento.
b) readaptação.
c) reintegração.
d) recondução.
e) reversão.

Comentário:

O Estatuto prevê o instituto da readaptação (art. 24), que é a investidura do servidor em cargo de atribuições
e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica. Dessa forma, Anderson pode retornar ao trabalho, desde que em um cargo
compatível com a sua nova realidade.

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Gabarito: alternativa B.

36. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Situação hipotética: Em 2015, Lucas, servidor público federal, foi
aposentado por invalidez. Em 2016, a junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos de sua
aposentadoria. Assertiva: Nessa situação, Lucas deverá ser reintegrado, mas, se o seu cargo anterior
estiver provido, ele deverá aguardar em disponibilidade até o surgimento de nova vaga.

Comentário:

A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante


de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante (e não Lucas)
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
posto em disponibilidade.

Em contrapartida, o caso trazido em nosso enunciado não reflete um caso de reintegração, mas sim de
reversão.

Gabarito: errado.

37. (Cebraspe – TRT CE/2017) De acordo com a legislação vigente, durante o estágio probatório, o
servidor nomeado para cargo de provimento efetivo será avaliado quanto a sua capacidade com relação a
a) disciplina, aptidão mental, capacidade de iniciativa e assiduidade.
b) assiduidade, disciplina, produtividade, capacidade de iniciativa e responsabilidade.
c) aptidão mental e física, disciplina, produtividade e capacidade de iniciativa.
d) assiduidade, disciplina, saúde física, capacidade de iniciativa e produtividade.

Comentário:

Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do
cargo, observados os seguintes fatores:

I - assiduidade;

II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;

V - responsabilidade.

Assim, os fatores foram listados corretamente na alternativa B.

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Gabarito: alternativa B.

38. (Cebraspe – TRT CE/2017) Servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo, desde que aprovado em avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade, adquirirá estabilidade no serviço público ao completar
a) quatro anos de exercício efetivo.
b) um ano de exercício efetivo.
c) dois anos de exercício efetivo.
d) três anos de exercício efetivo.

Comentário:

São quatro os requisitos que devem ser atendidos cumulativamente para se obter a estabilidade: (i)
aprovação em concurso público; (ii) o cargo deve ser de provimento efetivo; (iii) três anos de efetivo
exercício; (iv) aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Importante mencionar que o prazo da estabilidade é de três anos (e não dois conforme consta
expressamente no art. 21 da Lei 8.112/1990). Tal prazo foi alterado na Constituição Federal por intermédio
da EC 19/1998: “art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação da EC 19/1998)”.

Gabarito: alternativa D.

39. (Cebraspe – TRE PE/2017) Com relação ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da
União (RJU), assinale a opção correta.
a) A relação jurídica estatutária não tem natureza contratual, tratando-se de relação própria de direito
público.
b) A regra que estabelece a nacionalidade brasileira como requisito básico para a investidura em cargo
público não comporta exceções.
c) O RJU não é aplicável aos servidores das entidades da administração indireta, mas apenas aos órgãos
públicos.
d) Constitui competência comum dos Poderes Executivo e Legislativo a iniciativa de lei que verse sobre o RJU
dos servidores da administração direta da União.
e) As diversas categorias de servidores públicos, nelas incluídos os membros da magistratura e da advocacia
pública, submetem-se ao regime estatutário previsto na Lei n.º 8.112/1990.

Comentário:

a) isso mesmo. Enquanto o vínculo dos empregados públicos é contratual, a relação entre os servidores
públicos e o poder público é legal – CORRETA;

b) comporta sim. O § 3º do art. 5º da Lei 8.112/1990, por exemplo, estabelece que as universidades e
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,

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técnicos e cientistas estrangeiros, obedecendo as normas e procedimentos do próprio Estatuto dos


Servidores – ERRADA;

c) a Lei 8.112/90 é o Regime Jurídico Único para os servidores públicos da administração direta, autárquica
e fundacional no âmbito da União. Suas regras alcançam os órgãos da administração direta, das autarquias
e das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às sociedades de economia mista, cujos
empregados públicos submetem-se às regras da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Assim, o item está
errado, pois não pode afirmar categoricamente que o RJU não se aplica à Administração Indireta, uma vez
que a Lei 8.112/1990 alcança as autarquias e as fundações públicas de direito público – ERRADA;

d) a competência é privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º da CF/88) – ERRADA;

e) aos magistrados não são aplicáveis as regras da Lei 8.112/90, já que eles se submetem ao Estatuto da
Magistratura – ERRADA.

Gabarito: alternativa A.

40. (Cebraspe – TRE PE/2017) No que se refere ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, assinale a opção correta.
a) A Lei n.º 8.112/1990 reúne as normas aplicáveis aos servidores públicos civis da União, das autarquias e
das empresas públicas federais.
b) Tanto os servidores estatutários quanto os celetistas submetem-se ao regime jurídico único da Lei n.º
8.112/1990.
c) Os cargos públicos dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário são criados por lei, e os dos órgãos do
Poder Executivo, por decreto de iniciativa do presidente da República.
d) O regime estatutário é o regime jurídico próprio das pessoas jurídicas de direito público e dos respectivos
órgãos públicos.
e) Consideram-se cargos públicos apenas aqueles para os quais se prevê provimento em caráter efetivo.

Comentário:

a) o RJU não se aplica às empresas públicas e às sociedades de economia mista, cujos empregados públicos
submetem-se às regras da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – ERRADA;

b) os empregados celetistas submetem-se a CLT, possuindo um vínculo contratual e não estatutário –


ERRADA;

c) todos os cargos públicos são criados por lei, e não apenas os dos poderes Legislativo e Judiciário –
ERRADA;

d) o regime estatutário é o conjunto de regras legais que disciplina a relação entre os servidores públicos,
ocupantes de cargo público, e a Administração Direta, autárquica e fundacional de direito público –
CORRETA;

e) os cargos de provimento em comissão também são cargos públicos – ERRADA.

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Gabarito: alternativa D.

41. (Cebraspe – TRT CE/2017) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, para que um cidadão seja investido
em cargo público, ele deverá comprovar alguns requisitos, entre os quais
a) nacionalidade brasileira ou estrangeira.
b) gozo dos direitos políticos.
c) idade mínima de dezesseis anos.
d) aptidão apenas mental.

Comentário:

Os requisitos básicos para a investidura em cargo público estão no art. 5º da Lei 8.112/1990:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

Assim, o gabarito é a letra B.

As demais opções estão erradas: (c) idade mínima de dezoito anos; (d) física e mental; (a) brasileira, como
regra. Cumpre anotar que o estrangeiro, em casos específicos, também pode ter acesso aos cargos públicos,
na forma da lei (CF, art. 37, I). Assim, a letra A está errada, pois não podemos dizer genericamente que o
estrangeiro pode acessar os cargos públicos, pois eles só podem fazer isso em casos excepcionais, como na
situação do § 3º do art. 5º da Lei 8.112/1990.

Gabarito: alternativa B.

42. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Servidor aposentado por invalidez poderá retornar à atividade
caso junta médica oficial declare insubsistentes os motivos da sua aposentadoria, hipótese em que se
procederá à reversão do servidor.

Comentário:

O retorno à atividade do servidor aposentado denomina-se reversão, podendo ocorrer de ofício (quando
junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria) ou no interesse da administração
(a pedido do servidor) (art. 25).

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Gabarito: correto.

43. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Situação hipotética: Sérgio, aprovado em concurso público, foi
nomeado em vinte de outubro de 2015. Um ano e dois meses depois, após ter sido aprovado em outro
concurso público, entrou em exercício no novo órgão público no dia quinze de janeiro de 2017. No entanto,
durante o estágio probatório, ele se arrependeu da nova investidura e decidiu retornar ao cargo que havia
ocupado anteriormente. Assertiva: Nessa situação, Sérgio terá direito a retornar ao cargo anteriormente
ocupado em virtude do instituto da recondução.

Comentário:

Entre outubro de 2015 e janeiro de 2017, Sérgio não preencheu os requisitos para se tornar estável. Para
isso, ele teria que ter três anos de efetivo exercício (além de outros requisitos). Em virtude disso, não tem
direito à recondução se reprovar ou desistir no(do) estágio probatório no novo cargo, pois a recondução é
um direito do servidor estável.

Gabarito: errado.

44. (Cebraspe – TRT CE/2017) Aprovado em concurso para cargo público federal, Carlos foi nomeado
no dia 6/11/2017 e tomou posse no dia 21 do mesmo mês e ano. Trinta dias depois, Carlos se apresentou
para entrar em exercício. Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.º 8.112/1990, a administração
pública deverá
a) demitir o servidor.
b) exonerar o servidor.
c) tornar sem efeito o exercício do servidor.
d) tornar sem efeito o ato de provimento do servidor.

Comentário:

A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento (art. 13, § 1º). Já o
exercício deve ocorrer no prazo de 15 dias contados da posse. Se não entrar em exercício nesse prazo, o
servidor será exonerado do cargo (art. 15, § 2º). Dessa forma, Carlos tomou posse no prazo, mas não entrou
em exercício quando deveria – por isso, ele será exonerado.

Gabarito: alternativa B.

Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue os seguintes itens.

45. (Cebraspe – DPU/2016) Situação hipotética: Cláudio, servidor público federal, foi demitido após ter
respondido a processo administrativo pela suposta prática de ato de improbidade administrativa.
Inconformado, Cláudio ingressou com ação judicial e conseguiu anular a demissão, tendo sido reinvestido
no cargo. Assertiva: Nesse caso, a reinvestidura de Cláudio no cargo público se dará por meio da reversão.

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Comentário:

A reversão é o retorno do servidor aposentado. É a reintegração que ocorre quando há invalidação da


demissão, por decisão administrativa ou judicial, fazendo o servidor retornar ao cargo (art. 28). Outro detalhe
para esse caso é que, quando Cláudio retornar ao seu cargo, ele deverá ser ressarcido de todas as suas
vantagens.

Gabarito: errado.

46. (Cebraspe – DPU/2016) O cargo público, definido como o conjunto de atribuições e


responsabilidades incumbidas ao servidor, é criado por lei para provimento em caráter efetivo ou em
comissão.

Comentário:

Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que


devem ser cometidas a um servidor. Outrossim, eles são acessíveis a todos os brasileiros e são criados por
lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo
ou em comissão (Lei 8.112/1990, art. 3º).

Assim, correta a assertiva.

Gabarito: correto.

47. (Cebraspe – DPU/2016) Situação hipotética: Giorgio, de quarenta anos de idade, é cidadão italiano
e não tem nacionalidade brasileira. Foi aprovado, dentro do número de vagas, em concurso público para
prover cargo do professor de ensino superior de determinada universidade federal, tem o nível de
escolaridade exigido para o cargo e aptidão física e mental. Assertiva: Nessa situação, por não ter a
nacionalidade brasileira, Giorgio não poderá tomar posse no referido cargo.

Comentário:

Um dos requisitos básicos para a investidura em cargo público é a nacionalidade brasileira (art. 5º, I). Mas
essa não é uma regra absoluta, uma vez que a Constituição Federal admite o ingresso de estrangeiros em
cargos públicos, na forma prevista em lei (trata-se de norma de eficácia limitada).

Nesse contexto, o § 3º do art. 5º da Lei 8.112/1990 determina que as universidades e instituições de pesquisa
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos do Estatuto.

Desse modo, mesmo sendo cidadão italiano e sem nacionalidade brasileira, Giorgio poderá tomar posse
como professor na universidade federal.

Gabarito: errado.

48. (Cebraspe – DPU/2016) Ascensão e reintegração são formas de provimento de cargo público.

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Comentário:

As formas de provimento estão listadas no art. 8º da Lei 8.112/1990. Lá temos:

▪ nomeação;
▪ promoção;
▪ readaptação;
▪ reversão;
▪ aproveitamento;
▪ reintegração;
▪ recondução.

Logo, já sabemos que a reintegração é uma forma de provimento.

Alerta-se que, na redação original da Lei 8.112/1990, ainda constavam a ascensão e a transferência. Todavia,
tais formas de provimento foram revogadas pela Lei 9.527/1997, pois foram consideradas inconstitucionais
pelo Supremo Tribunal Federal.

Posto isso, a ascensão não pode ser considerada uma forma de provimento.

Gabarito: errado.

49. (Cebraspe – DPU/2016) O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será
submetido, após entrar em exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na
assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

Comentário:

Essa é uma questão que requer atenção. O art. 20 da Lei 8.112/1990 traz o seguinte texto:

Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte
fatores:

I - assiduidade;

II - disciplina;

III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;

V- responsabilidade.

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No entanto, a Emenda Constitucional 19/1998, ao realizar importantes modificações nas normas sobre a
administração pública, alterou o período para aquisição da estabilidade para três anos de efetivo exercício
(CF, art. 41, caput); sendo que, na redação original do art. 41, caput, da CF, o prazo para aquisição da
estabilidade era de dois anos.

Portanto, a partir da promulgação da EC 19/1998, os prazos expressos para aquisição da estabilidade (três
anos – CF, art. 40, caput) e de duração do estágio probatório (24 meses – Lei 8.112/1990, art. 20) passaram
a ser distintos, situação que causou certa divergência.

Após muita discussão, o STJ e o STF passaram a reconhecer que, ao modificar o prazo para aquisição da
estabilidade, a Constituição Federal também aumentou o prazo do estágio probatório. Assim,
independentemente de constar na Lei 8.112/1990 que o prazo do estágio é de 24 meses, o STJ e o STF
entendem que a duração do estágio probatório é de 36 meses. Esse é o prazo que você deve levar para a
sua prova!

Gabarito: correto.

50. (Cebraspe – TRE PI/2016) Após regular processo administrativo disciplinar, servidor público estável,
ocupante do cargo de técnico judiciário, regido pela Lei n.º 8.112/1990, foi demitido, tendo sua demissão
sido posteriormente invalidada por meio de decisão judicial. A partir dessa situação hipotética, assinale a
opção correta.
a) O referido servidor não terá direito ao ressarcimento das vantagens decorrentes de sua reinvestidura no
cargo.
b) Caso a demissão houvesse sido invalidada por decisão administrativa, o servidor teria de recorrer ao Poder
Judiciário para ser reinvestido no cargo anteriormente ocupado.
c) O servidor em questão deverá ser reinvestido no cargo anteriormente ocupado por meio da recondução.
d) Na hipótese de o cargo de técnico judiciário ter sido extinto, esse servidor terá de ser removido para cargo
com atribuições semelhantes.
e) Na hipótese de o cargo de técnico judiciário em questão estar ocupado, o seu eventual ocupante poderá
ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização.

Comentário:

Podemos responder a essa questão dando uma olhada no art. 28 do Estatuto. Vamos lá:

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado


[alternativa C – ERRADA], ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa [alternativa B – ERRADA] ou judicial, com ressarcimento de
todas as vantagens [alternativa A – ERRADA].

§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o


disposto nos arts. 30 e 31 [alternativa D – ERRADA]

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§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de


origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em
disponibilidade [alternativa E – CORRETA]

Gabarito: alternativa E.

51. (Cebraspe – TRE PI/2016) Com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção correta
acerca do estágio probatório.
a) Se o servidor não for aprovado no estágio probatório, ele será demitido.
b) O técnico judiciário em estágio probatório poderá acumular seu cargo público com um emprego público
no Banco do Brasil, caso haja compatibilidade de horários.
c) Os vencimentos de técnico judiciário em estágio probatório poderão ser reduzidos, caso essa redução seja
de interesse público.
d) Se, em razão de doença de genitor, o servidor usufruir de licença durante o período de seu estágio
probatório, este ficará suspenso durante a licença e será retomado a partir do término do impedimento.
e) Devido ao fato de ainda não ter adquirido a estabilidade, o técnico judiciário que esteja em estágio
probatório não poderá exercer função de chefia, em seu órgão de lotação, durante o estágio.

Comentário:

a) o servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado (art. 20, § 2º) – ERRADA;

b) ressalvados os casos previstos na Constituição1, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos


(art. 118). Ademais, a proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,
fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios. Dessa maneira, um técnico judiciário não poderá acumular seu
cargo público com um emprego público no Banco do Brasil – ERRADA;

c) o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível (art. 41, §
3º), e mesmo que o servidor ainda não tenha adquirido estabilidade, ele não poderá ter seu vencimento
reduzido – ERRADA;

d) é permitido ao servidor em estágio probatório usufruir de algumas licenças e afastamentos, durante os


quais o estágio ficará suspenso e será retomado a partir do término do impedimento. São eles: (a) licença
por motivo de doença em pessoa da família; (b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro; (c) licença para atividade política; (d) afastamento para servir em organismo internacional e
(f) afastamento para participar de curso de formação (art. 20, § 5º) – CORRETA;

e) o servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções
de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro

1
Dois cargos de professor / um cargo de professor com outro técnico ou científico / dois cargos ou empregos privativos de
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art. 37, XVI).

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órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes (art. 20, § 3º) – ERRADA.

Gabarito: alternativa D.

Rafael, médico de um tribunal de justiça, foi submetido a processo administrativo disciplinar devido a
denúncias de que ele estaria acumulando mais de dois cargos públicos. Na ocasião, foi-lhe dada a
oportunidade de optar por duas de três ocupações médicas e, como não se manifestou, o servidor foi
demitido. Rafael recorreu do processo administrativo que resultou em sua demissão e solicitou o seu retorno
ao serviço público, com base no argumento de que não era razoável a aplicação da referida penalidade. Em
sua defesa, alegou, ainda, que atuava como médico nas três instituições e havia compatibilidade de horários,
pois a carga horária combinada não ultrapassava sessenta horas semanais; que ocupava apenas dois cargos
públicos, no tribunal e em hospital municipal; e que o exercício da sua terceira atividade, em uma fundação
pública de saúde, era legítimo, uma vez que o vínculo com a fundação de saúde era celetista e a vedação
legal estaria restrita à acumulação de cargos públicos estatutários. Considerando essa situação hipotética e
as regras relativas ao processo administrativo e aos agentes públicos, julgue os itens que se seguem.

52. (Cebraspe – Funpresp-Jud/2016) Caso a demissão seja invalidada por decisão administrativa ou
judicial, o retorno ao serviço público solicitado por Rafael corresponderá à recondução do servidor efetivo
ao cargo anteriormente ocupado.

Comentário:

A reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua


transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento
de todas as vantagens, ocorre por meio da reintegração (art. 28).

A recondução ocorre por inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou por reintegração do
anterior ocupante.

Gabarito: errado.

53. (Cebraspe – Funpresp-EXE/2016) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, tendo sofrido limitação em
sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica, o servidor público estará sujeito a
readaptação, que consiste na investidura em outro cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
com as do cargo por ele anteriormente ocupado.

Comentário:

Perfeito. Pelo texto do art. 24 “Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica”.

Gabarito: correto.

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54. (Cebraspe – DPU/2016) Somente nos casos previstos em lei poderá haver a prestação gratuita de
serviços ao poder público.

Comentário:

Isso mesmo. O art. 4º da Lei 8.112/1990 determina que é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os
casos previstos em lei. Assim, em determinados casos, será permitida a prestação de serviços gratuitos.

Gabarito: correto.

55. (Cebraspe – DPU/2016) Em face da garantia da estabilidade, o servidor público estável só perderá
o cargo por força de decisão judicial.

Comentário:

De fato, o servidor estável perderá o cargo por força de decisão judicial. Todavia, essa não é a única causa
que levará à perda do cargo, pois o art. 22 da Lei 8.112/1990 pontua que o servidor estável perderá o cargo
em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe
seja assegurada ampla defesa.

Gabarito: errado.

Em relação ao regime jurídico dos cargos, empregos e funções públicas e às disposições da Lei n.º
8.112/1990, julgue os itens que se seguem.

56. (Cebraspe – DPU/2016) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação em sua capacidade física ou mental, verificada em
inspeção médica, advinda após sua posse em cargo público.

Comentário:

Perfeito, é o texto exato do art. 24, nem necessita de maiores comentários:

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,


nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago,
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Gabarito: correto.

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57. (Cebraspe – DPU/2016) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é válida a
exigência de exame psicotécnico em concursos públicos desde que esteja a exigência prevista no edital do
certame.

Comentário:

A questão trata da Súmula Vinculante 44 do STF, que dispõe que “só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”. Logo, a exigência será válida se estiver prevista em
lei. Na verdade, o exame também estará previsto no edital, já que este disciplina a realização do concurso,
mas a exigência decorre de previsão legal. Assim, o item está incorreto, pois dá a ideia de que a exigência
decorreria de previsão no edital.

Gabarito: errado.
==ed3ad==

58. (Cebraspe – DPU/2016) A investidura em cargo público ocorre com a posse.

Comentário:

Segundo a Lei 8.112/1990, a investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º). Apenas para
conhecimento, para que o servidor possa investir, ele deverá suprir alguns requisitos básicos, quais sejam a
nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos, a quitação com as obrigações militares e eleitorais, o
nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo, a idade mínima de dezoito anos e a aptidão física e
mental (art. 5º).

Gabarito: correto.

59. (Cebraspe – PC PE/2016 – adaptada) Nomeação, promoção e ascensão funcional são formas válidas
de provimento de cargo público.

Comentário:

A Lei 8.112/90 estabelece sete hipóteses de provimento, vejamos (art. 8º): (a) nomeação; (b) promoção; (c)
readaptação; (d) reversão; (e) aproveitamento; (f) reintegração; e (g) recondução.

Além disso, na redação original da Lei 8.112/1990, ainda constavam a ascensão e a transferência. Todavia,
tais formas de provimento foram revogadas pela Lei 9.527/1997, pois são consideradas inconstitucionais
pelo Supremo Tribunal Federal.

Logo, a ascensão funcional não é forma válida de provimento em cargo público.

Gabarito: errado.

60. (Cebraspe – PC PE/2016 – adaptada) A vacância de cargo público pode decorrer da exoneração de
ofício de servidor, quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.

Comentário:

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A exoneração de cargo efetivo acontecerá a pedido do servidor, ou de ofício. Essa última, dar-se-á (i) quando
não satisfeitas as condições do estágio probatório ou (ii) quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar
em exercício no prazo estabelecido. Sendo assim, correta a assertiva.

Gabarito: correto.

Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
61. (Cebraspe – DPU/2016) A investidura em cargo público em comissão ocorre com a nomeação e
independe de prévia habilitação em concurso público.

Comentário:

Segundo a Lei 8.112/1990, os cargos públicos podem ser de provimento efetivo ou em comissão. Os
primeiros dependem de prévia aprovação em concurso público, ao passo que o provimento em cargo em
comissão é de livre nomeação e exoneração, motivo pelo qual não depende de prévia aprovação em
concurso público. Contudo, a investidura em cargo público ocorrerá, em qualquer caso, com a posse (art.
7º).

Gabarito: errado.

Fechamos essa aula.

Bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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/profherbertalmeida

/profherbertalmeida

/profherbertalmeida e /controleexterno

Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO

1. (FGV – DNIT/2024) A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, institui o Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
públicas federais.
Para os efeitos desta Lei, assinale a que apresenta o conceito correto de servidor público.
a) Pessoa legalmente investida em função pública.
b) Pessoa cuja relação de trabalho assemelha-se ao setor sem fins lucrativos.
c) Pessoa legalmente investida em cargo público.
d) Pessoa cuja relação de trabalho assemelha-se ao setor privado.
e) Pessoa legalmente investida em emprego público.

Comentário: de acordo com a Lei 8.112/1990 (art. 2º): “Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
legalmente investida em cargo público”. Logo, o gabarito é a letra C.

As demais opções estão erradas, simplesmente porque contrariam o conceito legal. A letra E, ademais,
versa sobre o conceito de empregado público. Caberia ainda destacar a letra A. Função pública é uma
expressão genérica, que representa um conjunto de atribuições.

Gabarito: alternativa C.

2. (FGV – DNIT/2024) Comumente conhecida como o Estatuto do Servidor Público Federal, a Lei nº
8.112, de 11 de novembro de 1990, estabelece os direitos e deveres dos servidores, bem como os
princípios que norteiam a administração pública em relação à gestão de pessoal.
Entre os requisitos básicos para investidura em cargo público, encontra-se pertinente
a) a nacionalidade brasileira.
b) o nível de escolaridade de pós-graduação.
c) a idade mínima de dezesseis anos.
d) a quitação com as obrigações sociais.
e) a inaptidão física e mental.

Comentário:

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Os requisitos básicos para investidura em cargo público constam no art. 5º da Lei 8.112/1990:

Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V - a idade mínima de dezoito anos;

VI - aptidão física e mental.

Agora, vamos avaliar as alternativas:

a) Certa: a nacionalidade é sim um requisito básico para investidura em cargo público. A Lei pode
excepcionar isso, criando hipóteses de ingresso por estrangeiro, mas genericamente este é um requisito.

b) Errada: o nível de escolaridade será aquele previsto para o cargo, que será definido em lei, não sendo
necessariamente o de pós-graduação;

c) Errada: a idade é de 18 anos;

d) Errada: as obrigações são eleitorais e militares

e) Errada: o candidato deverá ter APTIDÃO física e mental.

Gabarito: alternativa A.

3. (FGV/TRT SC/2017) Alex é Oficial de Justiça do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina,
lotado na Vara do Trabalho de Navegantes, cidade onde mora com sua esposa Francisca. Francisca
também é servidora pública federal e acabou de ser deslocada, no interesse da Administração, de
Navegantes para Chapecó. Assim sendo, Alex requereu sua remoção para acompanhar sua cônjuge,
independentemente do interesse da Administração.

No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.112/90, Alex:


a) tem mera expectativa de direito à remoção pleiteada, que irá se concretizar de acordo com critério
discricionário da Administração;
b) tem direito subjetivo à remoção pleiteada, que constitui ato administrativo vinculado;
c) tem direito público subjetivo de ser reintegrado no primeiro cargo que vagar em comarca próxima a
Chapecó;

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d) não tem direito subjetivo à remoção pleiteada, eis que a Administração Pública deve aferir no caso
concreto o melhor atendimento ao interesse público;
e) não tem direito subjetivo à remoção pleiteada, mas tem direito a ser aproveitado em cargo de atribuições
compatíveis com o anteriormente ocupado.

Comentário:

a) como a esposa foi deslocada no interesse da administração, Alex terá direito subjetivo à remoção, nas
forma do art. 36, parágrafo único, III, “a”, da Lei 8.112/1990 – ERRADA;

b) como vimos, o direito é subjetivo e considerado vinculado uma vez que poderá ser exigido pelo servidor.
Segundo a Lei 8.112/1990, a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Essa pode ocorrer a pedido, para outra localidade,
independentemente do interesse da administração, nos casos em que se necessite acompanhar cônjuge
ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração (art. 36, parágrafo
único, III, ‘a’) – CORRETA;

c) a reintegração é uma das formas de provimento do agente público. Ela consiste no reingresso do servidor
ao cargo mediante decisão judicial que determinou a anulação da sua respectiva demissão – ERRADA;

d) a remoção é direito subjetivo do servidor, independentemente do interesse da administração – ERRADA;

e) esse é o caso de aproveitamento do servidor. O aproveitamento é a forma de provimento do servidor


que se encontra em disponibilidade – ERRADA.

Gabarito: alternativa B.

4. (FGV/IBGE/2017) Verônica, servidora estável em órgão público federal, ocupante do cargo de


Almoxarife, sofreu penalidade disciplinar de demissão após acusação de abandono de cargo. Depois de
análise detalhada do caso, constatou-se improcedência do motivo e sua demissão foi invalidada.
Entretanto, o cargo em que Verônica deveria ser reintegrada foi extinto durante esse período.

Diante desse caso, é correto afirmar que Verônica:


a) ficará em disponibilidade, podendo ser aproveitada em cargo compatível, em atribuições, ao de origem;
b) deverá ser cedida a órgão público que tenha vaga em atividade similar à de seu cargo de origem;
c) será readaptada em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com sua atividade anterior;
d) será nomeada para cargo de confiança, no interesse do serviço, e receberá indenização por danos
trabalhistas;
e) sofrerá remoção de ofício, e a Administração arcará com os prejuízos decorrentes do período de
disponibilidade.

Comentário:

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a) a reintegração, em regra, deve ocorrer com a reinvestidura no cargo anteriormente ocupado, em virtude
da invalidação da sua demissão, com ressarcimento de todas as vantagens. Porém, como o cargo foi extinto,
a servidora ficará em disponibilidade até que seja aproveitada para ocupar um novo claro (Lei 8.112/90,
art. 28, § 1º; c/c CF, art. 41, §2º) – CORRETA;

b) não há previsão legal para ceder o servidor a outro órgão, na situação do enunciado – ERRADA;

c) a readaptação aplica-se quando o servidor sofre alguma limitação em sua capacidade física ou mental
(art. 24) – ERRADA;

d) não existe qualquer previsão nesse sentido. Além disso, a servidora faz jus à indenização daquilo que
deixou de perceber em virtude da demissão ilegal, mas não são “verbas trabalhistas”, já que o vínculo é
estatutário – ERRADA;

e) a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou


sem mudança de sede. O instrumento aplicável no caso, todavia, é a reintegração – ERRADA.

Gabarito: alternativa A.

5. (FGV/IBGE/2017) O processo admissional no serviço público compreende uma série de regras que
objetivam a instrumentalização e a formalização dos mecanismos afetos à estrutura da força de trabalho
e composição do quadro de pessoal de cada órgão.

Em relação às formas de provimento aplicadas aos entes integrantes da Administração Pública Federal
sujeitos ao regime de direito público, é correto afirmar que:
a) a nomeação caracteriza forma de provimento derivado, e pressupõe que, invariavelmente, o servidor
esteja habilitado em cargo estável;
b) com exceção da reintegração, as demais formas de provimento em cargos públicos exigem prévia
aprovação em concurso público;
c) por ser a nomeação ao cargo um tipo de provimento dito originário, sua exoneração ou dispensa dar-se-
á apenas judicialmente ou por sindicância;
d) a recondução pode ser aplicada ao servidor aposentado por invalidez, retornando este à atividade por
decisão de junta médica ou no interesse da Administração;
e) a readaptação é forma de investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com alguma limitação que tenha sofrido, física ou mentalmente.

Comentário:

a) essa é a única forma de provimento originário. A nomeação ocorrerá em caráter efetivo, quando se tratar
de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira e em comissão, inclusive na condição de interino,
para cargos de confiança vagos (art. 90, I e II). Para a estabilidade, o servidor deverá preencher os pré-
requisitos legais, não bastando a nomeação – ERRADA;

b) a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, por decisão judicial
ou administrativa. Ainda, a nomeação para cargo em comissão não exige concurso público – ERRADA;

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c) o servidor público estável só perderá o cargo: (i) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
(ii) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; e (iii) mediante
procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla
defesa (art. 41, § 1º) – ERRADA;

d) a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado. Trata-se, pois, de


provimento derivado previsto expressamente no texto constitucional (art. 41, §2º) e na Lei 8.112/1990 (art.
29) – ERRADA;

e) a readaptação é a forma de provimento derivado aplicável nas situações em que o servidor tenha sofrido
alguma limitação em sua capacidade física ou mental. Nesse caso, o servidor será readaptado para um
cargo com atribuições e responsabilidades compatíveis com a sua limitação – CORRETA.

Gabarito: alternativa E.

6. (FGV/IBGE/2017) Bruna, servidora pública federal, está cursando faculdade de Pedagogia na


cidade onde reside e trabalha. Ocorreu que, por ofício, no interesse da Administração Pública, ela
descobriu que sofrerá remoção com mudança de sede para a cidade vizinha, e está preocupada com o
andamento de seu curso.

Ao questionar o responsável pelo processo de remoção, Bruna será informada de que:


a) a Administração garante apenas a retomada de seus estudos no início do próximo ano letivo, arcando
com eventuais prejuízos decorrentes do período em que ficará sem estudar;
b) terá assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino
congênere, em qualquer época, independentemente de vaga;
c) terá assegurada matrícula, em qualquer época do ano, desde que haja vaga e compatibilidade de horário
com sua atividade laboral;
d) terá assegurada, na localidade da nova residência, matrícula em instituição de ensino congênere, em
qualquer época, desde que havendo vaga;
e) retomará seus estudos exclusivamente na localidade da nova residência, cabendo à Administração arcar
com eventuais prejuízos decorrentes do período em que ficará sem estudar.

Comentário:

Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da


nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga (Lei 8.112/90, art. 99). Portanto, concluímos ser correta a letra ‘b’. Vamos ver
o erro das demais:

a) a garantia é para qualquer época do ano – ERRADA;

c) e d) o direito independe de vaga – ERRADAs;

e) o direito se aplica à localidade de residência ou na mais próxima – ERRADA.

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Gabarito: alternativa B.

7. (FGV/IBGE/2016) A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar
as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado. Nesse
contexto, a Lei nº 8.112/90 estabelece que:
a) a posse ocorre no prazo de dez dias contados da publicação do ato de provimento;
b) a posse em cargo público independe de prévia inspeção médica oficial para atestar a aptidão física e
mental para o exercício do cargo;
c) o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de quinze dias contados da
data da posse;
d) o servidor apresenta, no ato da posse, declaração quanto à acumulação de outro cargo público, sendo
vedado exigir-lhe declaração de bens de seu patrimônio;
e) o servidor que não entrar em exercício no prazo legal é demitido do cargo para o qual foi nomeado e
empossado.

Comentário:

a) a posse ocorre no prazo de dez trinta dias contados da publicação do ato de provimento (art. 13, §1º) –
ERRADA;

b) a posse em cargo público independe dependerá de prévia inspeção médica oficial para atestar a aptidão
física e mental para o exercício do cargo (art. 14) – ERRADA;

c) o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de quinze dias contados da
data da posse (art. 15, §1º) – CORRETA;

d) no ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública (art. 13, §5º) – ERRADA;

e) o servidor que não entrar em exercício no prazo legal é demitido exonerado do cargo para o qual foi
nomeado e empossado (art. 34, parágrafo único, II) – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

8. (FGV/IBGE/2016) João, servidor estável de fundação pública federal, foi aposentado por invalidez.
Três meses depois, após criteriosa análise clínica e de exames, a junta médica oficial declarou
insubsistentes os motivos de sua aposentadoria. Assim, com base na Lei nº 8.112/90, foi determinado o
retorno de João à atividade mediante a:
a) reintegração, que ocorre com ressarcimento de todas as vantagens eventualmente retiradas do servidor;
b) recondução, que se dá no cargo de origem ou em outro de igual ou superior hierarquia;
c) reversão, que se faz no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação;

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d) disponibilidade, que ocorre com aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos


compatíveis com o anteriormente ocupado;
e) readaptação, que se perfaz em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental.

Comentário:

a) a reintegração ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do
servidor público. Em tal situação, o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo decorrente de sua
transformação, devendo ser ressarcido de todas as vantagens a que teria direito (art. 28) – ERRADA;

b) a recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de


inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante (art. 29) –
ERRADA;

c) a reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial
declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, ou no interesse da administração, atendidos alguns
requisitos (art. 25). Esse é exatamente o caso do enunciado – CORRETA;

d) não se trata de hipótese de disponibilidade. A lei prevê que o retorno à atividade de servidor em
disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado (art. 30) – ERRADA;

e) o conceito de readaptação está correto, na forma do art. 24, mas não é essa a hipótese cobrada pelo
enunciado – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

9. (FGV/IBGE/2016) Leandro, servidor estável de fundação pública federal, durante suas férias, ao
realizar um voo radical de parapente, sofreu um acidente que causou limitação em sua capacidade física,
conforme verificado em inspeção médica oficial. De acordo com a Lei nº 8.112/90, Leandro será:
a) exonerado, pois não existe nexo de causalidade entre o acidente que lhe causou as limitações e o
exercício das funções afetas ao cargo público de que é titular;
b) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, e exercerá
suas funções, respeitada sua nova condição, com vencimentos não inferiores aos anteriormente auferidos;
c) reconduzido em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, com
redução da jornada de trabalho, de acordo com a natureza das limitações que sofreu;
d) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que sofreu,
respeitada a habilitação exigida, o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos;
e) aproveitado em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, com
redução proporcional da jornada de trabalho e de seus vencimentos, respeitada a limitação que sofreu.

Comentário:

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Tendo sofrido limitação em sua capacidade física (ou mesmo mental), o servidor poderá ser readaptado
em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido, devidamente
verificada em inspeção médica. Lembrando que, caso julgado incapaz para o serviço público, o readaptando
será aposentado. Além disso, deve-se ressaltar que a readaptação será efetivada em cargo de atribuições
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese
de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de
vaga. Com base em todas essas previsões trazidas pelo Estatuto, facilmente encontramos na alternativa D
a resposta correta.

Gabarito: alternativa D.

10. (FGV/TJ-PI/2015) A respeito da denominada “reversão", é correto afirmar que:


a) consubstancia uma forma de provimento terceirizado do cargo público;
b) reflete o retorno do servidor em gozo de férias à atividade regular;
c) é forma de retorno a um estágio anterior da respectiva carreira;
d) pode ocorrer quando insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez;
e) somente pode ocorrer após a declaração de invalidade do ato de exoneração.

Comentário:

A reversão é uma forma de provimento de cargo público por reingresso (art. 8º, VI), configurando o retorno
à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os
motivos da aposentadoria, bem como no interesse da administração, nos casos autorizados pelo Estatuto.

Gabarito: alternativa D.

11. (FGV/TJ-SC/2015) João, servidor público estadual estável, foi demitido ao fim de processo
administrativo disciplinar. Irresignado com sua demissão, ingressou com ação judicial buscando a
anulação da penalidade, na qual obteve êxito. Ocorre que, antes do trânsito em julgado da decisão,
Marcos, que fora aprovado no último concurso público e aguardava a sua convocação, foi nomeado para
o cargo vago outrora ocupado por João. À luz desse quadro e sabendo-se inexistir outro cargo vago na
Administração Pública, é correto afirmar que:
a) Marcos poderá ser posto em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço;
b) Marcos deverá ser demitido para que João retorne ao seu cargo originário;
c) João não poderá retornar ao serviço público, já que o seu antigo cargo não está mais vago;
d) Marcos deverá ser posto em disponibilidade, mantida a sua remuneração integral;
e) como Marcos foi regularmente nomeado para o cargo vago, João deverá ser posto em disponibilidade.

Comentário:

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Quando a questão tiver um enunciado muito grande, é uma boa alternativa analisar diretamente as opções
e depois voltar procurando os pontos principais do texto motivador. Assim, vamos destacar algumas
informações relevantes:

(i) João é servidor estável, que foi demitido;

(ii) João conseguiu a anulação judicial de sua demissão;

(iii) Marcos foi aprovado em concurso público e nomeado (corretamente) para o cargo vago de João;

(iv) inexiste outro cargo vago na Administração Pública.

No caso, João terá direito à sua reintegração, que é o retorno ao serviço público, no cargo anteriormente
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as vantagens, em
virtude da invalidação de demissão.

Ademais, João somente ficaria em disponibilidade se o seu cargo tivesse sido extinto (Lei 8.112/1990, art.
28, § 1º), o que não houve na situação.

Com isso já podemos excluir as alternativas C e E.

Encontrando-se provido o cargo, a Constituição determina que o seu eventual ocupante, se estável, será
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço (CF, art. 41, § 2º).

Assim, já podemos eliminar a opção D, uma vez que, se fosse posto em disponibilidade, Marcos receberia
a remuneração proporcional ao tempo de contribuição. Além disso, podemos eliminar a alternativa B, uma
vez que a demissão é sanção disciplinar e Marcos não cometeu qualquer penalidade.

Finalmente, sobrou apenas a letra A, que foi o gabarito preliminar. Contudo, não há menção, na questão,
se Marcos é ou não estável. Nessa linha, alguns autores, a exemplo de Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo1, advogam que, quando houver reintegração do anterior ocupante do cargo, o seu atual ocupante,
se não for estável, será exonerado, uma vez que não se assegura a permanência no cargo de servidor não
estável. Assim, a FGV anulou a questão, pois o enunciado não deixou claro se Marcos seria ou não estável.

Gabarito: anulado.

12. (FGV/TCE-SE/2015) Sobre o tema “Modalidades de Provimento em Caráter Efetivo”, é correto


afirmar que o provimento dos cargos públicos:
a) dar-se-á por designação para cargo efetivo ou em comissão, por ato do Chefe do respectivo Poder;
b) far-se-á no âmbito do Poder Executivo, por ato do servidor responsável pelo órgão onde se situa o cargo
a ser preenchido;
c) em caráter efetivo far-se-á, dentre outras, por transposição de carreira, desde que obedecidos os
requisitos legais;

1
Alexandrino e Paulo, 2013, p. 368.

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d) em caráter efetivo se dará por reingresso, no serviço público, do funcionário aposentado, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria;
e) em caráter efetivo poderá se dar por concurso interno de provas, que se fará com a observância das
normas estabelecidas pelo Estatuto.

Comentário:

Essa é uma questão complicada, para não dizer mal elaborada. Vamos analisar cada alternativa:

a) o provimento originário em cargo efetivo ou em comissão dar-se-á mediante nomeação. A designação


não é forma de provimento, mas mera escolha de servidor para ocupar uma função pública. Ademais, note
que há contradição da questão com o enunciado, pois o item deveria tratar do provimento em caráter
efetivo, mas o cargo em comissão não é cargo de provimento efetivo – ERRADA;

b) essa regra não consta na legislação. Em regra, a nomeação deveria ser feita pelo chefe de cada Poder,
mas é possível que tal atribuição seja realizada por outras autoridades, conforme previsto na legislação
aplicável – ERRADA;

c) a transposição de carreira é uma forma de provimento considerada inconstitucional pelo STF, por
permitir o ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso –
ERRADA;

d) além do provimento originário (nomeação), existem três espécies de provimento derivado: (i) vertical,
representado pela promoção; (ii) horizontal, representado pela readaptação; e (iii) por reingresso, que
ocorre por meio da reversão, aproveitamento, reintegração e recondução.

No reingresso, o servidor já ocupava o cargo público, mas por algum motivo “saiu” e depois retornou. É o
caso da reversão, em que o servidor aposentado retorna ao exercício do cargo público. Assim, na reversão,
ocorre o reingresso do servidor aposentado. Por isso, podemos dizer que a questão está correta. Todavia,
a redação não foi muito boa, parece que essa seria a única forma de provimento em cargo efetivo, quando
na verdade existem várias outras. Contudo, como todas as demais alternativas apresentam erro, essa seria
a única que poderia ser anotada no gabarito – CORRETA;

e) realizar um concurso restrito aos servidores internos do órgão (concurso interno) seria uma afronta aos
princípios constitucionais, principalmente aos da impessoalidade, moralidade e eficiência. Assim, não é
possível fazer um concurso interno para o provimento de um cargo público – ERRADA.

Gabarito: alternativa D.

13. (FGV/Prefeitura de Niterói/2014) Jorge, diretor municipal concursado com mais de 20 anos de
serviço público, foi demitido por suposto abandono de cargo. O processo administrativo disciplinar foi
instaurado regularmente, mas não lhe foi facultada a ampla defesa, tampouco o contraditório. Assim,
Jorge obteve judicialmente a anulação da demissão com a consequente reinvestidura no cargo que
ocupava anteriormente. Ocorre, porém, que seu cargo estava agora ocupado por Maria, também
professora da rede municipal concursada, que deixara de dar aulas em outra escola pública para assumir
esse cargo de diretora.

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Considerando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.


a) Jorge será reintegrado e Maria será reconduzida ao cargo que ocupava anteriormente, com direito a
indenização.
b) Jorge será reinvestido – o ato configurará reversão – e Maria será reconduzida ao cargo que ocupava
anteriormente, sem direito a indenização.
c) Jorge será reintegrado e Maria será reconduzida ao cargo de origem, sem indenização, ou será
aproveitada em outro cargo, ou posta em disponibilidade.
d) Jorge será reinvestido – o ato configurará reversão – e Maria será aproveitada em outro cargo de
diretoria, sem perder a promoção.
e) Jorge deverá ocupar outro cargo até que Maria seja reconduzida ao cargo que ocupava anteriormente.

Comentário:
==ed3ad==

Vamos notar, ao longo das questões, o quanto a FGV gosta de cobrar a reintegração do servidor e as
consequências para o eventual ocupante do cargo.

Quando ocorre a invalidação, seja por decisão judicial ou administrativa, o servidor terá direito à
reintegração, percebendo todos os direitos que teria recebido se não fosse demitido.

Todavia, também não é errado dizer que a reintegração é a “reinvestidura” do servidor ao cargo que
ocupava, ou o decorrente de sua transformação, quando for invalidada a sua demissão. Porém, essa
“reinvestidura” configura uma reintegração, e não reversão. Logo, as opções B e D estão erradas.

Com efeito, o eventual ocupante do cargo, se estável, deverá ser reconduzido ao cargo de origem, sem
direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço (CF, art. 41, § 2º).

Com isso, podemos eliminar as opções A (Maria não terá direito à indenização) e E (Jorge será
imediatamente reintegrado ao cargo e não necessariamente ocorrerá a recondução de Maria, pois existem
outras medidas possíveis).

Sobra a letra C. Porém, aqui teríamos o mesmo problema da questão que vimos acima, ou seja, não está
claro que Maria é servidora estável. Se não for, ela deveria ser exonerada. Contudo, nessa questão, a FGV
não anulou o item.

Note, porém, que seria possível chegar a “melhor resposta”. Assim, mesmo que a banca não tenha anulado
a questão, creio que era possível julgar o item, afinal todas as outras alternativas estavam claramente
erradas. Dessa forma, na prova, não devemos buscar uma alternativa “perfeita”, mas sim aquele que
melhor responde ao enunciado, pois nem sempre o avaliador vai se apegar aos detalhes para fazer a
anulação.

Gabarito: alternativa C.

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14. (FGV/TJ-AM/2013) O provimento efetivo, que depende de prévia habilitação em concurso público
de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade, é
denominado
a) readaptação.
b) recondução.
c) promoção.
d) reintegração.
e) nomeação.

Comentário:

Vamos rever todos os conceitos?

→ readaptação: investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a


limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica (art.
24);
→ recondução: retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado por inabilitação em estágio
probatório relativo a outro cargo ou por reintegração do anterior ocupante do cargo (art. 29);
→ promoção: forma de provimento existente nos cargos organizados em carreiras, em que é possível
que o servidor ascenda sucessivamente aos cargos de nível mais alto da carreira, por meio dos
critérios de antiguidade e merecimento;
→ reintegração: ocorrerá quando for invalidada a demissão, por decisão judicial ou administrativa, do
servidor público (art. 28);
→ nomeação: única forma de provimento originário admitida em nosso ordenamento jurídico, podendo
dar-se para provimento de cargo efetivo ou em comissão. Na primeira situação (cargo efetivo), a
nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos. Já
quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em concurso, uma
vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração.

Desse modo, a única forma de provimento que se adequa ao enunciado é a nomeação (alternativa E).

Gabarito: alternativa E.

15. (FGV/SEAD-AP/2010) O retorno à atividade de servidor aposentado e o retorno de servidor


estável a um cargo anteriormente ocupado por ele correspondem, respectivamente:
a) à reversão e à readaptação.
b) à reversão e à reintegração.
c) à reversão e à recondução.
d) à readaptação e à reintegração.
e) à readaptação e à recondução.

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Comentário:

O retorno à atividade do servidor aposentado denomina-se reversão; enquanto o retorno de um servidor


estável a um cargo anteriormente ocupado chama-se recondução, que decorre da inabilitação em estágio
probatório relativo a outro cargo ou da reintegração do anterior ocupante do cargo.

Assim, podemos anotar a letra C como o gabarito da questão.

Lembrando que a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental.

Por outro lado, a reintegração ocorre quando o servidor público tiver a sua demissão invalidada, de forma
judicial ou administrativa. Nesse ponto, até podemos dizer que a reintegração também gera o retorno do
servidor ao cargo anteriormente ocupado (afinal, ele foi demitido e retornou ao cargo). Todavia, o conceito
da recondução se “encaixa melhor” com o texto da questão. Assim, a letra C realmente é a “melhor opção”.

Gabarito: alternativa C.

16. (FGV/TRE-PA/2011) São formas de provimento de cargo público


a) nomeação e promoção.
b) promoção e ascensão.
c) readaptação e transferência.
d) ascensão e cessão.
e) nomeação e transferência.

Comentário:

A resposta para a questão encontra-se no art. 8º da Lei 8.112/1990, vejamos:

Art. 8o São formas de provimento de cargo público:

I - nomeação;

II - promoção;

III - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de 1997) (Revogado pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97)

V - readaptação;

VI - reversão;

VII - aproveitamento;

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VIII - reintegração;

IX - recondução.

Assim, originalmente, havia previsão da ascensão e da transferência. Contudo, tais formas de provimento
foram consideradas inconstitucionais em várias decisões do STF, uma vez que proporcionavam o ingresso
em cargo público diferente daquele para o qual o servidor prestou o concurso. Por isso, acabaram sendo
revogadas pela Lei 9.527/1997.

A cessão, por outro lado, não é forma de provimento em cargo público, mas apenas uma forma de
“emprestar” o servidor para desempenhar um cargo ou função em outro órgão.

Assim, sobra-nos apenas a opção A, que apresenta a nomeação e a promoção, que são formas de
provimento em cargo público.

Gabarito: alternativa A.

17. (FGV/TRE-PA/2011) O retorno de servidor à atividade, quando invalidada sua demissão,


corresponde à
a) reversão.
b) readaptação.
c) reintegração.
d) recondução.
e) recapacitação.

Comentário:

Como podemos perceber, a FGV gosta de “bater nessa tecla”. Quando for invalidada a demissão do
servidor, por decisão judicial ou administrativa, ocorrerá a reintegração (alternativa C).

Gabarito: alternativa C.

18. (FGV/ALEMA/2013) O regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais é determinado em lei específica.

Em relação à posse no serviço público, analise as afirmativas a seguir.

I. A posse do servidor ocorrerá após a investidura em cargo público.

II. A posse dar‐se‐á pela assinatura do respectivo termo.

III. A posse dar‐se‐á após ser julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa I estiver correta.

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c) se somente a afirmativa III estiver correta.


d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário:

I. A posse do servidor ocorrerá após a investidura em cargo público.

A investidura em cargo público ocorrerá com a posse (art. 7º). Isso quer dizer que, no momento em que o
servidor for empossado, ele dá entrada em seu cargo público. Desse modo, não é correto afirmar que a
posse do servidor ocorrerá após a investidura em cargo público – ERRADA;

II. A posse dar‐se‐á pela assinatura do respectivo termo.

A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres,
as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei (art. 13) – CORRETA;

III. A posse dar‐se‐á após ser julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Tão logo, só poderá ser empossado
aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo (art. 14, caput e parágrafo único)
– CORRETA.

Assim, temos: I – errada; II – correta; e III – correta (alternativa D - se somente as afirmativas II e III estiverem
corretas).

Gabarito: alternativa D.

19. (FGV/TJ-AM/2013) De acordo com Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civil da União, das
Autarquias e das Fundações Públicas Federais, o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, é definido como
a) remoção.
b) redistribuição.
c) vacância.
d) substituição.
e) estabilidade.

Comentário:

Quando falamos em deslocamento do servidor, existem apenas duas hipóteses previstas na Lei, a remoção
ou a redistribuição.

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A primeira é referente ao deslocamento do servidor público dentro do mesmo quadro de pessoal (art. 36),
ou seja, o servidor permanece no mesmo cargo, sem qualquer modificação em seu vínculo funcional,
podendo ocorrer com ou sem mudança de sede.

Por outro lado, a redistribuição reflete o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago
no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder (art. 37).

Assim, já sabemos que nossa resposta está na alternativa A (remoção).

A alternativa C versa sobre as hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível de
preenchimento por outra pessoa.

Na alternativa D o que ocorre é a utilização de um instrumento fundado no princípio da continuidade,


possuindo previsão no art. 38 da Lei 8.112/1990, que determina que os servidores investidos em cargo ou
função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos indicados no
regimento interno do órgão ou entidade.

Por fim, a alternativa E trata da estabilidade, ou seja, o direito de permanência no serviço público, destinado
aos servidores detentores de cargo de provimento efetivo.

Gabarito: alternativa A.

20. (FGV - OAB/2014) Manolo, servidor público federal, obteve a concessão de aposentadoria por
invalidez após ter sido atestado, por junta médica oficial, o surgimento de doença que o impossibilitava
de desenvolver atividades laborativas. Passados dois anos, entretanto, Manolo voltou a ter boas
condições de saúde, podendo voltar a trabalhar, o que foi comprovado por junta médica oficial.

Nesse caso, o retorno do servidor às atividades laborativas na Administração, no mesmo cargo


anteriormente ocupado, configura exemplo de
a) reintegração.
b) reversão.
c) aproveitamento.
d) readaptação.

Comentário:

De novo professor? Isso mostra o quanto é comum cair as formas de provimento.

O retorno às atividades laborativas do servidor aposentado por invalidez, no mesmo cargo anteriormente
ocupado, após junta médica ter atestado que ele possui boas condições de saúde, podendo voltar a
trabalhar, configura a reversão (art. 25) – letra B.

A reintegração se dá quando é invalidada, judicial ou administrativamente, a demissão do servidor.

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O aproveitamento refere-se ao retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade, devendo


ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

E a readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com


a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

Gabarito: alternativa B.

21. (FGV - OAB/2013) Cláudio, servidor público federal estável, foi demitido por suposta prática de
ato de insubordinação grave em serviço. Diante da inexistência de regular processo administrativo
disciplinar, Cláudio conseguiu judicialmente a anulação da demissão e a reinvestidura no cargo
anteriormente ocupado. Ocorre que tal cargo já estava ocupado por João, que também é servidor público
estável.

Considerando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.


a) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reintegração. Caso João ocupasse outro cargo
originariamente, seria reconduzido a ele, com direito à indenização.
b) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reversão. Caso João ocupasse outro cargo originariamente,
seria reconduzido a ele, com direito à indenização.
c) Cláudio obteve em juízo sua reintegração. João será reconduzido ao cargo de origem, sem indenização,
ou será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
d) Cláudio obteve em juízo sua reversão. João será reconduzido ao cargo de origem, sem indenização, ou
será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

Comentário:

Se Cláudio conseguiu judicialmente a anulação da demissão e deve retornar ao cargo público que ocupava,
o caso determina a reintegração do servidor. Desse modo, ao retornar, João (servidor estável) que estava
ocupando o cargo de Cláudio, será reconduzido ao cargo de origem, sem indenização, ou será aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade (alternativa C).

Gabarito: alternativa C.

22. (FGV - OAB/2011) Luiz Fernando, servidor público estável pertencente aos quadros de uma
fundação pública federal, inconformado com a pena de demissão que lhe foi aplicada, ajuizou ação
judicial visando à invalidação da decisão administrativa que determinou a perda do seu cargo público. A
decisão judicial acolheu a pretensão de Luiz Fernando e invalidou a penalidade disciplinar de demissão.
Diante da situação hipotética narrada, Luiz Fernando deverá ser
a) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no resultante de sua transformação, com
ressarcimento de todas as vantagens.
b) aproveitado no cargo anteriormente ocupado ou em outro cargo de vencimentos e responsabilidades
compatíveis com o anterior, sem ressarcimento das vantagens pecuniárias.

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c) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis, com ressarcimento de todas as


vantagens.
d) reconduzido ao cargo anteriormente ocupado ou em outro de vencimentos e responsabilidades
compatíveis com o anterior, com ressarcimento de todas as vantagens pecuniárias.

Comentário:

Questão diferente, mas com o mesmo raciocínio da anterior. Se Luiz Fernando conseguiu a invalidação de
sua demissão, ele será reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no resultante de sua
transformação, com ressarcimento de todas as vantagens.

Gabarito: alternativa A.

23. (FGV - OAB/2010) Determinada Administração Pública realiza concurso para preenchimento de
cargos de detetive, categoria I. Ao final do certame, procede à nomeação e posse de 400 (quatrocentos)
aprovados. Os vinte primeiros classificados são desviados de suas funções e passam a exercer as
atividades de delegado. Com o transcurso de 4 (quatro) anos, estes vinte agentes postulam a efetivação
no cargo.

A partir do fragmento acima, assinale a alternativa correta.


a) Os referidos agentes têm razão, pois investidos irregularmente, estão exercendo as suas atividades há
mais de 4 (quatro) anos, a consolidar a situação.
b) É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente foi investido.
c) Não têm ainda o direito, pois dependem do transcurso do prazo de 15 (quinze) anos para que possam
ser ti dos como delegados, por usucapião.
d) É inconstitucional esta modalidade de provimento do cargo, pois afronta o princípio do concurso público,
porém não podem ter alterado os ganhos vencimentais, sedimentado pelos anos, pelo princípio da
irredutibilidade.

Comentário:

Ótima questão para trabalhar as formas de provimento que permitiam que um servidor fosse aprovado em
um concurso para um cargo, mas que posteriormente foi alocado em outro, por meio da ascensão,
transposição, transferência, etc.

No caso descrito no enunciado, os servidores foram nomeados para o cargo de detetives, mas tiveram sua
função desviada para o cargo de delegado – função de carreira diversa àquela para o qual foram aprovados
em concurso público.

Assim, os servidores não podem ser efetivados em outro cargo, por expressa afronta à Súmula Vinculante
43 do STF, que estabelece que “É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não
integra a carreira na qual anteriormente investido”.

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Logo, nossa resposta é a alternativa B.

Assim, não há qualquer direito aos servidores de efetivação, independentemente do tempo transcorrido,
uma vez que há uma afronta expressa à Constituição. Também não se pode alegar a irredutibilidade dos
vencimentos, uma vez que o provimento no cargo acima foi ilícito.

Gabarito: alternativa B.

24. (FGV/Prefeitura de Niterói/2014) Sobre cargos, empregos e funções públicas, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá


estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.

( ) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com


a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

( ) Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de


inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e V.
b) V, F e F.
c) V, F e V.
d) V, V e V.
e) F, F e V.

Comentário:

Atualmente, a estabilidade no serviço público será alcançada após três anos de efetivo exercício do cargo
(CF, art. art. 41, caput). Logo, o primeiro item é falso.

O segundo item, por sua vez, é verdadeiro, pois a readaptação é a investidura do servidor em cargo de
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental, que deverá ser verificada em inspeção médica (Lei 8.112/1990, art. 24).

Por fim, o último item também é verdadeiro, uma vez que a recondução é o retorno do servidor estável ao
cargo anteriormente ocupado, podendo decorrer de inabilitação em estágio probatório relativo a outro
cargo ou reintegração do anterior ocupante (Lei 8.112/1990, art. 29).

Dessa maneira, as afirmativas são, respectivamente, F, V e V (alternativa A).

Gabarito: alternativa A.

25. (FGV/SEAD-AP/2010) A vacância do cargo público decorre das seguintes hipóteses, à exceção de:

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a) exoneração.
b) falecimento.
c) demissão.
d) posse em outro cargo acumulável.
e) aposentadoria compulsória.

Comentário:

A vacância corresponde às hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível de
preenchimento por outra pessoa. As hipóteses de vacância estão previstas no artigo 33 da Lei 8.112/1990
e são as seguintes:

▪ exoneração; [alternativa A]
▪ demissão; [alternativa C]
▪ promoção;
▪ readaptação;
▪ aposentadoria; [alternativa E]
▪ posse em outro cargo inacumulável;
▪ falecimento. [alternativa B]

Se o cargo for acumulável, não haverá necessidade de vacância. Portanto, a exceção apresentada na
questão é a letra D.

Gabarito: alternativa D.

26. (FGV/TRE-PA/2011) Ocorre a vacância do cargo público nos casos de


a) ausência superior a três dias consecutivos.
b) licença-maternidade.
c) licença temporária.
d) falecimento.
e) ascensão.

Comentário:

De graça! Nas situações citadas, ocorre a vacância do cargo público nos casos de falecimento (alternativa
D).

A simples ausência superior a três dias consecutivos não gera a vacância do cargo. A licença-maternidade,
por sua vez, é um direito constitucional da servidora para dar assistência ao seu filho recém-nascido, mas
não configura vacância, até porque a servidora terá assegurado o seu retorno no prazo previsto.

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Ademais, todas as licenças previstas na legislação são temporárias (algumas não possuem prazo
determinado, mas serão sempre temporárias), não existindo uma específica denominada “licença
temporária”. De qualquer forma, elas não são formas de vacância.

Por fim, a ascensão até constava originariamente na Lei 8.112/1990, mas foi dada inconstitucional e foi
revogada pela Lei 9.527/1997.

Gabarito: alternativa D.

27. (FGV – OAB/2013) As alternativas a seguir apresentam condições que geram vacância de cargo
público, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Falecimento.
b) Promoção.
c) Aposentadoria.
d) Licença para trato de interesse particular.

Comentário:

A vacância ocorre por exoneração; demissão; promoção; readaptação; aposentadoria; posse em outro
cargo inacumulável; e falecimento (art. 33).

Portanto, a única alternativa que não apresenta hipótese de vacância é a D – licença para trato de interesse
particular –, que corresponde a um “afastamento”2 do servidor, sem a efetiva saída do cargo (cessada a
licença o servidor retorna ao serviço público normalmente).

Gabarito: alternativa D.

Concluímos por hoje.

Espero que tenham gostado!

Bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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2
Entende-se afastamento, nesse caso, como a saída momentânea do servidor, com posterior retorno.

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/profherbertalmeida e /controleexterno

Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA


1. (Cesgranrio – UFRJ/2019) O servidor público W foi demitido do serviço público, após processo
administrativo disciplinar. Inconformado, ele propôs ação judicial, buscando o retorno ao serviço público,
tendo obtido decisão favorável, após dez anos de duração do processo. Nos termos da Lei no 8.112/1990,
quando invalidada a demissão por decisão judicial, ocorre a denominada
a) reinclusão.
b) reintegração.
c) recondução.
d) revisão.
e) repristinação.

2. (Cesgranrio – UFRJ/2019) Q é servidor público e postulou readaptação por ter sofrido limitações
que impediriam o exercício no cargo público originário que ocupava. Ao submeter-se à inspeção de
saúde, foi diagnosticado como totalmente incapaz para o serviço público. Nesse caso, nos termos da Lei
no 8.112/1990, o servidor Q será
a) exonerado.
b) demitido.
c) disponibilizado.
d) aposentado.
e) retornado.

3. (Cesgranrio – UFRJ/2019) P obtém aprovação para ingressar no serviço público federal, tendo
tomado posse e entrado em exercício nos prazos legais. Sendo profissional altamente qualificado na sua
área de conhecimento, logo após entrar em exercício, também logra aprovação para cursar mestrado no
exterior do país. Baseado na Lei nº 8.112/1990, P requer licença com vencimentos para manter seu
vínculo com o serviço público. O referido estatuto do servidor, no caso de período em que ocorre o
estágio probatório, veda a concessão de licença para
a) capacitação.
b) acompanhar cônjuge.
c) tratar doença.
d) serviço militar.
e) atividade política.

4. (Cesgranrio – UNIRIO/2019) As regras de acumulação de cargos previstas no sistema jurídico


pátrio são rígidas. Nos casos em que não é possível a acumulação de cargos ou quando o limite de
acumulação já foi atingido, como no caso de médico que acumula dois cargos públicos de médico, para

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evitar ilegalidade, a Lei n° 8.112/1990 estabelece que no ato da posse, o empossando apresente
declaração de não exercício de outra(o)
a) inserção comunitária.
b) atividade filantrópica.
c) função social.
d) emprego privado.
e) cargo público.

5. (Cesgranrio – UNIRIO/2019) J é portador de necessidades especiais e pretende ingressar no


serviço público. Nos termos da Lei n° 8.112/1990, às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o
direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras. Para tais pessoas, serão reservadas, das vagas
oferecidas no concurso, até
a) 5%.
b) 10%.
c) 15%.
d) 20%.
e) 30%.

6. (Cesgranrio – LIQUIGÁS/2019) É juridicamente viável que um órgão público edite portaria ou


qualquer outro ato normativo para regular internamente como se dará a movimentação de seu pessoal.
No entanto, essa normatização interna não pode ofender as leis vigentes e deve respeitar os
entendimentos das jurisprudências que atualmente explicitam que
a) o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal,
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, é denominado redistribuição, demandando a vinculação
entre os graus de responsabilidade, equivalência de vencimentos e manutenção da essência das atribuições
do cargo.
b) o servidor não poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de
confiança.
c) a permuta é o deslocamento do servidor para exercer função distinta da exercida no órgão de origem, a
pedido ou de ofício, com mudança de sede, observados os interesses da administração e a equivalência de
vencimentos.
d) a remoção do servidor implica seu deslocamento dentro do mesmo órgão ou entidade, e determina a
alteração em seu cargo, mudança no nível de escolaridade, especialidade, habilitação profissional e efeito
pecuniário positivo direto para o servidor.
e) os servidores movimentados não possuem assegurados os seus direitos e vantagens a que faziam jus no
órgão ou entidade de origem, e devem estar conscientes de que, com a movimentação de pessoal, há risco
de prejuízo para o servidor na contagem de seu tempo de férias e concessão de licença prêmio.

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7. (Cesgranrio – ANP/2016) Um servidor público efetivo procura o Departamento de Recursos


Humanos do seu órgão para saber dos critérios de remoção a pedido para outra localidade.
A informação recebida é que, nos termos da Lei nº 8.112/1990, uma das previsões para o ato de remoção,
independentemente do interesse da Administração, seria por motivo de saúde do seu
a) pai
b) avô
c) tio
d) afilhado
e) cônjuge

8. (Cesgranrio – UNIRIO/2016) Um servidor, submetido a processo de readaptação, foi considerado


incapaz para o serviço público. ==ed3ad==

Nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, nesse caso, o readaptando terá de ser
a) aposentado
b) exonerado
c) liberado
d) licenciado
e) provisionado

9. (Cesgranrio – UNIRIO/2016) Uma servidora pública foi reintegrada por decisão administrativa.
Como o cargo que ela ocupava foi extinto, nos termos da Lei nº 8.112/1990, e suas alterações, essa
servidora deverá ficar na seguinte situação:
a) removida
b) transferida
c) cedida
d) emprestada
e) em disponibilidade

10. (Cesgranrio – CEFET RJ/2016) O ocupante de um cargo em comissão em um certo município, após
ser aprovado em concurso público para um cargo de provimento efetivo na administração federal,
apresenta o seu pedido de afastamento do cargo que exercia no âmbito municipal.
Nos termos da Lei no 8.112/1990, o servidor será, então,
a) dispensado
b) suspenso
c) demitido
d) readaptado
e) exonerado

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11. (Cesgranrio – CEFET RJ/2014) Sr. W é servidor público federal, atuando no município Alfa e resolve
postular sua transferência para o município Beta, tendo em vista que pretende permanecer mais tempo
na companhia de sua mãe, sendo filho único, solteiro e não pretendendo contrair núpcias em curto ou
médio prazos.
Nos termos da Lei no 8.112/1990, esse ato de transferência é denominado
a) redistribuição
b) indicação
c) promoção
d) substituição
e) remoção

12. (Cesgranrio – IBGE/2013) Para quem deseja ingressar no serviço público, exercendo atividades
inerentes a cargo efetivo, é imprescindível atender, nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, a um dos requisitos para a posse em cargo público.
Preenche tal requisito quem é
a) indicado pela chefia do órgão
b) sorteado entre os candidatos
c) selecionado em concurso interno
d) aprovado em exame médico
e) possuidor de uma carta de idoneidade moral

13. (Cesgranrio – IBGE/2013) Adriana é servidora efetiva, sendo regida pelos termos da Lei nº
8.112/90. Por necessidade do serviço, ela é removida para ter exercício em município distante da sede
onde exercia suas funções.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, Adriana terá prazo para retomar o exercício do seu cargo que compreende,
no mínimo, dez dias e, no máximo,
a) quinze dias
b) vinte dias
c) trinta dias
d) quarenta dias
e) cinquenta dias

14. (Cesgranrio – IBGE/2013) Marlene, após concluir o seu curso de nível superior, resolveu casar e
ter filhos. Após um período de dedicação ao lar, postou-se de retorno ao mercado de trabalho, sendo
aprovada em concurso público. Convocada para tomar posse, deparou-se com a oposição do seu esposo
Carlos. Angustiada, resolveu aguardar pelo período máximo previsto em lei para assumir o cargo.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, o prazo para que o candidato aprovado tome posse após a nomeação é de:
a) cinco dias

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b) dez dias
c) quinze dias
d) trinta dias
e) sessenta dias

15. (Cesgranrio – IBGE/2013) Sueli, ao tomar posse em cargo público efetivo, foi comunicada em
palestra de ambientação no órgão onde foi exercer suas atividades de que, para obter aprovação em
estágio probatório, havia a necessidade do preenchimento dos requisitos de: assiduidade, disciplina,
capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, o ocupante de cargo público em estágio probatório terá
a) apresentado relatório seis meses antes de findo o estágio para homologação da autoridade avaliadora
competente.
b) vedação para ocupar função de confiança ou cargo comissionado.
c) cessão para outros órgãos para ocupar qualquer cargo em comissão.
d) deferida licença para tratamento de interesses particulares.
e) afastamento para curso de formação em outro cargo da administração federal.

16. (Cesgranrio – IBGE/2013) Cristina possuía atividade na iniciativa privada. Tendo-se candidatado a
cargo de nível médio e logrado aprovação, foi convocada pela administração. Nomeada, tomou posse e
entrou em exercício nas datas fixadas pelos órgãos competentes. Após aprovação em estágio probatório,
foi transferida para outro local, onde se desentendeu com o Chefe do órgão, que comunicou o conflito
às autoridades superiores, as quais, sem qualquer formalidade, determinaram a exoneração de Cristina
do cargo por ela ocupado.
Nos termos da Lei nº 8.112/90, a perda do cargo do servidor, no caso descrito, poderia ocorrer após
a) sentença condenatória pendente de recurso
b) sindicância administrativa sumária
c) processo administrativo disciplinar
d) audiência com os superiores, com sua oitiva
e) intimação do sindicato de servidores para ciência

17. (Cesgranrio – IBGE/2013) Leonardo, desde muito cedo, almeja assumir um cargo público e exercer
suas funções nos rincões mais distantes do país, para devolver, através da solidariedade, aquilo que
recebeu de investimento público.
Atingindo a idade legal e obtendo os diplomas necessários à formação dos requisitos para ingressar na
seleção para o cargo almejado, verificou que o concurso público, nos termos da Lei nº 8.112/90:
a) pode ser exclusivamente de provas
b) pode ser exclusivamente de títulos
c) tem validade de três anos

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d) tem as condições de realização fixadas em portaria


e) permite várias prorrogações do prazo de validade

18. (Cesgranrio – IBGE/2013) Silvio, após problemas com a ingestão de bebidas alcoólicas, ingressou
em licença médica e, posteriormente, aposentou-se por invalidez. Após rígido tratamento em clínicas
especializadas, julga-se apto para retornar ao trabalho. Requerendo o seu retorno, obtém a autorização
de junta médica vinculada ao seu antigo cargo e preenche os demais requisitos legais.
Nesse caso, consoante as regras da lei nº 8.112/90, ocorrerá a denominada
a) readaptação
b) reversão
c) reintegração
d) recondução
e) desaposentação

19. (Cesgranrio – IBGE/2013) Nicolau, cidadão italiano, aporta no Brasil, buscando novas
oportunidades para sua atividade profissional. Portando nível superior, ele apresenta o seu currículo em
diversas empresas, mas não recebe resposta adequada. Consultando os jornais, verifica a existência de
inúmeros concursos públicos, situação que lhe interessa diante da multiplicidade dos cargos e da
remuneração apresentada.
Ao tomar conhecimento dos requisitos, verifica que o acesso a cargos públicos, nos termos e limites da Lei
nº 8.112/90 depende de
a) nacionalidade brasileira
b) qualquer nacionalidade
c) residência no Brasil
d) casamento com brasileira
e) curso de doutorado

20. (Cesgranrio – CEF/2012) Qual a forma de provimento de cargo público federal em que o servidor
estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de reintegração do anterior ocupante?
a) Readaptação
b) Ascensão
c) Recondução
d) Reversão
e) Aproveitamento

21. (Cesgranrio – BACEN/2010) Por estar interessado em ingressar no serviço público federal, João
Francisco resolveu pesquisar sobre o assunto na Lei Federal no 8.112/90 (Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Federais) e concluiu que

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a) a investidura em empregos públicos independe de prévia aprovação em concurso público, a qual


somente é exigida para a investidura em cargos de provimento efetivo.
b) a investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público,
ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
c) a investidura em cargos comissionados e funções de confiança depende de prévia aprovação em
processo seletivo simplificado, observado o princípio da ampla divulgação.
d) o provimento dos cargos públicos pode efetuar-se por meio de nomeação, promoção, reversão ou
ascensão.
e) os cargos em comissão somente podem ser providos por servidores de carreira, destinando-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

22. (Cesgranrio – BACEN/2010) Carlos, servidor público dos quadros de uma autarquia federal, foi
demitido após processo administrativo disciplinar. Inconformado, ajuizou ação judicial visando à
invalidação de sua demissão e, ao final do processo, obteve êxito. Diante da invalidação judicial da
penalidade disciplinar que lhe havia sido aplicada, reconhece-se a Carlos o direito de ser
a) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado ou ao resultante de sua transformação, com ressarcimento
de todas as vantagens.
b) aproveitado em outro cargo de vencimentos e responsabilidades compatíveis com o anteriormente
ocupado, sem ressarcimento das vantagens pecuniárias.
c) reconduzido a cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com o anteriormente exercido, sem
ressarcimento das vantagens pecuniárias.
d) revertido ao serviço público ativo, com ressarcimento de todas as vantagens pecuniárias.
e) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis, com ressarcimento de todas as
vantagens.

23. (Cesgranrio – BACEN/2010) Odair, servidor público federal, foi regularmente aposentado por
invalidez, no ano de 2005, após perícia médica. Decorridos dois anos de sua aposentadoria, Odair
submeteu-se a uma nova perícia, oportunidade em que a junta médica oficial declarou insubsistentes os
motivos da aposentadoria.
A forma de provimento dos cargos públicos adequada para que Odair retorne à atividade é a(o)
a) readaptação.
b) transferência.
c) reintegração.
d) reversão.
e) aproveitamento.

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GABARITO

1. B 11. E 21. B

2. D 12. D 22. A
3. A 13. C 23. D
4. E 14. D
5. D 15. E
6. A 16. C
7. E 17. A
8. A 18. B
9. E 19. A
10. E 20. C

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (Cebraspe – INPI/2024) Admite-se a prestação de serviços gratuitos por servidor da administração


pública, desde que devidamente justificada e aprovada pela chefia imediata do servidor.

2. (Cebraspe – INPI/2024) Ascenção e transferência são admitidas como formas de provimento para
cargos públicos.

3. (Cebraspe – INPI/2024) A inspeção médica oficial é um requisito necessário para a posse em cargo
público.

4. (Cebraspe – CAU BR/2024) Servidor público com cargo efetivo é aquele que possui cargo de livre
nomeação e exoneração.

5. (Cebraspe – MRE/2023) Em relação ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União,
assinale a opção correta à luz da Lei n.º 8.112/1990.
a) Os cargos públicos devem ser criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelo erário,
para provimento exclusivo em caráter efetivo.
b) Os requisitos para investidura em cargo público incluem gozo dos direitos políticos, idade mínima de
dezesseis anos e aptidão física e mental.
c) A acumulação de cargos somente é possível mediante a comprovação da compatibilidade de horários.
d) O servidor público estável somente poderá perder o cargo em virtude de processo administrativo
disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
e) É proibido ao servidor público atribuir a outro servidor funções estranhas ao cargo que ocupa, ainda que
em situações de emergência e transitórias.

6. (Cebraspe – FNDE/2023) A admissão para cargo público compreende a nomeação, a posse e o


exercício, sendo este considerado a efetiva entrada do servidor nas atividades do cargo.

7. (Cebraspe – FUB/2023) Será reintegrado o servidor que, inabilitado em estágio probatório relativo
a outro cargo, retorne ao cargo anteriormente ocupado.

8. (Cebraspe – FUB/2023) Se determinado cargo ocupado há mais de 15 anos por servidor estável for
extinto, ele deverá ficar em disponibilidade, com sua remuneração integral, até o seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

9. (Cebraspe – FUB/2023) A exoneração e a remoção são hipóteses de vacância do cargo público, uma
vez que há desocupação do cargo pelo servidor nos dois casos.

10. (Cebraspe – CNMP/2023) São formas de provimento de cargo público a nomeação, a promoção, a
readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

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11. (Cebraspe – INSS/2022) De acordo com a Lei n.° 8.112/1990, são formas de provimento de cargo
público: nomeação, promoção, ascensão, transferência, readaptação, reversão, aproveitamento,
reintegração e recondução.

12. (Cebraspe – TCE RO/2019) O estágio probatório é o período durante o qual se exige do servidor
público investido em cargo efetivo
a) produtividade por até dois anos consecutivos.
b) assiduidade por até dois anos consecutivos.
c) quitação de suas obrigações eleitorais.
d) aprovação em curso de formação.
e) disciplina e capacidade de iniciativa.

13. (Cebraspe – MPC PA/2019) Se um servidor em disponibilidade reingressa no serviço público, em


cargo de natureza e padrão de vencimento correspondentes ao que ocupava, então, nesse caso, ocorre o
que se denomina
a) redistribuição.
b) aproveitamento.
c) readaptação.
d) recondução.
e) remoção.

14. (Cebraspe – SEFAZ RS/2019) O deslocamento de servidor público, por interesse da administração,
para o exercício em uma nova sede, com mudança de domicílio permanente, configura
a) recondução, com direito a ajuda de custo para sua instalação.
b) readaptação, com direito a ajuda de custo para sua instalação.
c) remoção, com direito a ajuda de custo para sua instalação.
d) readaptação, sem direito a ajuda de custo para sua instalação.
e) remoção, sem direito a ajuda de custo para sua instalação.

15. (Cebraspe – IFF/2018) A investidura em cargo público ocorrerá com o(a)


a) nomeação.
b) posse.
c) exercício.
d) provimento.
e) classificação em todas as etapas do concurso público.

16. (Cebraspe – TCE MG/2018) Mariana, servidora pública aposentada, reingressou no serviço público
após verificação, em processo, de que não subsistiam os motivos determinantes da sua aposentadoria.

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Nessa situação, o retorno de Mariana ao trabalho configura


a) reintegração.
b) recondução.
c) readaptação.
d) reversão.
e) aproveitamento.

17. (Cebraspe – IFF/2018) No caso em que a demissão de servidor público estável for invalidada por
sentença judicial, ocorrerá seu(sua)
a) recondução.
b) reintegração.
c) reaproveitamento.
d) reversão.
e) regressão.

18. (Cebraspe – IPHAN/2018) Idade mínima de dezesseis anos e quitação das obrigações eleitorais são
requisitos para a investidura em cargo público.

19. (Cebraspe – IPHAN/2018) É vedado ao servidor público aposentado o retorno ao serviço público a
pedido, somente sendo possível a reversão por insubsistência dos motivos da aposentadoria por invalidez.

20. (Cebraspe – IPHAN/2018) A readequação consiste no retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado.

21. (Cebraspe – IFF/2018) João, servidor público civil federal, ainda em período de estágio probatório,
sofreu um acidente vascular cerebral que o deixou com sequelas que o levaram à aposentadoria por
invalidez. Três anos depois, a administração pública, por meio da junta médica oficial, constatou que João
teria se reabilitado e que suas sequelas haviam sido extintas, fatos que ocasionaram a declaração de
insubsistência dos motivos da sua aposentadoria.

Nessa situação hipotética, a determinação do retorno ao cargo anteriormente ocupado por João configura
o(a)
a) reintegração.
b) recondução.
c) reversão.
d) reaproveitamento.
e) readaptação.

22. (Cebraspe – IFF/2018) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, em caso de servidor público estável
cuja demissão tenha sido invalidada por decisão administrativa ou judicial, deverá ocorrer a
a) recondução.

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b) reintegração.
c) redistribuição.
d) readaptação.
e) reversão.

23. (Cebraspe – IFF/2018) Servidor público civil federal pretende o deslocamento no âmbito do quadro
de sua carreira, com mudança de sede, para acompanhar sua esposa, servidora pública militar, que foi
deslocada por interesse da administração pública.

Nessa situação hipotética, para acompanhar sua esposa, o servidor deverá


a) pedir remoção, pleito que estará a critério da administração pública.
b) pedir remoção, pleito que independe do interesse da administração pública.
c) pedir a redistribuição do cargo, pleito que independe do interesse da administração pública.
d) aguardar concurso de redistribuição para localidade pretendida, e nele ser aprovado.
e) ser removido de ofício, porque não cabe pedido de remoção para cônjuges quando eles têm regimes
jurídicos diferentes.

24. (Cebraspe – EBSERH/2018) A investidura em cargo público ocorre com a nomeação devidamente
publicada em diário oficial.

25. (Cebraspe – EBSERH/2018) A promoção não constitui forma de provimento em cargo público.
26. (Cebraspe – STJ/2018) A reversão constitui a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, e ocorre quando é invalidada a demissão do servidor por decisão judicial ou
administrativa. Nesse caso, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens que deixou de perceber
durante o período demissório.

27. (Cebraspe – ABIN/2018) O estágio probatório inicia-se na data da posse do agente público,
findando-se com o término do prazo de três anos.

28. (Cebraspe – STM/2018) A legislação que dispõe sobre o regime estatutário prevê a possibilidade
de o servidor público, em determinadas hipóteses, pedir remoção para outra localidade,
independentemente do interesse da administração pública.

29. (Cebraspe – STM/2018) Provimento é o ato emanado da pessoa física designada para ocupar um
cargo público, por meio do qual ela inicia o exercício da função a que fora nomeada.

30. (Cebraspe – STM/2018) Se sofrer um acidente que o leve à incapacidade física, o servidor público
federal poderá ser readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com as suas
limitações, ficando em disponibilidade até a vacância do cargo adequado.

31. (Cebraspe – STM/2018) Após ser empossado, o servidor que não entrar em exercício no prazo legal
será exonerado.

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32. (Cebraspe – TRE TO/2017) Larissa, servidora pública efetiva do TRE/TO, estava prestes a completar
os requisitos para a aposentadoria por tempo de serviço quando sofreu um acidente, que resultou, após
afastamento do serviço por razoável lapso de tempo, em aposentadoria por invalidez. Meses após a
aposentadoria de Larissa, a administração recebeu laudo elaborado pela equipe médica oficial retificando
o resultado que havia resultado na aposentadoria por invalidez da servidora, que foi, então, avaliada como
apta para o trabalho, considerando as funções exercidas no cargo que ocupava. Nessa situação hipotética,
com base no que dispõe a Lei n.º 8.112/1990, deverá ser declarada a
a) reversão, devendo Larissa retornar às atividades anteriormente exercidas.
b) readaptação, devendo Larissa retornar ao cargo que exercia anteriormente.
c) recondução, devendo Larissa retornar às atividades que exercia.
d) redistribuição, se o cargo anteriormente ocupado tiver deixado de existir.
e) reintegração, se ainda existir a mesma categoria.

33. (Cebraspe – TRE BA/2017) Renata, servidora pública do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), pediu
vacância para tomar posse no cargo de técnico judiciário do TRE/BA. Ao final do período de avaliação,
Renata foi inabilitada no estágio probatório referente ao novo cargo. O cargo por ela ocupado
anteriormente no TJ/BA não havia sido provido. Nessa situação hipotética, seu retorno ao cargo anterior
se dará por meio de
a) redistribuição.
b) reintegração.
c) recondução.
d) aproveitamento.
e) reversão.

34. (Cebraspe – TRE BA/2017) Carlos, servidor do TRE/BA, foi removido de ofício, no interesse da
administração pública, para exercer suas funções em nova sede, razão por que teve de mudar de domicílio
em caráter permanente. Carlos é casado com Maria, também servidora do TRE/BA. Nessa situação
hipotética, conforme disposição da Lei n.º 8.112/1990, a remoção de Maria
a) deverá ser concedida pela administração se Maria a solicitar.
b) garantirá a ela o direito ao recebimento de ajuda de custo, ainda que Carlos já a tenha recebido.
c) será automática, independentemente de solicitação.
d) será automaticamente desfeita se Carlos falecer no novo domicílio.
e) dependerá de análise de viabilidade pela administração pública.

35. (Cebraspe – TRE BA/2017) Anderson, servidor do TRE/BA, sofreu grave acidente no exercício de
suas funções, o que resultou na amputação total de seu braço esquerdo. Após avaliação da equipe médica,
constatou-se que ele não poderia exercer as funções anteriormente exigidas pelo cargo que ocupava.

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Diante disso, Anderson passou a exercer outra função, compatível com sua limitação. Conforme a Lei n.º
8.112/1990, a situação apresentada configura hipótese de
a) aproveitamento.
b) readaptação.
c) reintegração.
d) recondução.
e) reversão.

36. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Situação hipotética: Em 2015, Lucas, servidor público federal, foi
aposentado por invalidez. Em 2016, a junta médica oficial declarou insubsistentes os motivos de sua
aposentadoria. Assertiva: Nessa situação, Lucas deverá ser reintegrado, mas, se o seu cargo anterior
estiver provido, ele deverá aguardar em disponibilidade até o surgimento de nova vaga.

37. (Cebraspe – TRT CE/2017) De acordo com a legislação vigente, durante o estágio probatório, o
servidor nomeado para cargo de provimento efetivo será avaliado quanto a sua capacidade com relação a
a) disciplina, aptidão mental, capacidade de iniciativa e assiduidade.
b) assiduidade, disciplina, produtividade, capacidade de iniciativa e responsabilidade.
c) aptidão mental e física, disciplina, produtividade e capacidade de iniciativa.
d) assiduidade, disciplina, saúde física, capacidade de iniciativa e produtividade.

38. (Cebraspe – TRT CE/2017) Servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo, desde que aprovado em avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade, adquirirá estabilidade no serviço público ao completar
a) quatro anos de exercício efetivo.
b) um ano de exercício efetivo.
c) dois anos de exercício efetivo.
d) três anos de exercício efetivo.

39. (Cebraspe – TRE PE/2017) Com relação ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da
União (RJU), assinale a opção correta.
a) A relação jurídica estatutária não tem natureza contratual, tratando-se de relação própria de direito
público.
b) A regra que estabelece a nacionalidade brasileira como requisito básico para a investidura em cargo
público não comporta exceções.
c) O RJU não é aplicável aos servidores das entidades da administração indireta, mas apenas aos órgãos
públicos.
d) Constitui competência comum dos Poderes Executivo e Legislativo a iniciativa de lei que verse sobre o RJU
dos servidores da administração direta da União.

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e) As diversas categorias de servidores públicos, nelas incluídos os membros da magistratura e da advocacia


pública, submetem-se ao regime estatutário previsto na Lei n.º 8.112/1990.

40. (Cebraspe – TRE PE/2017) No que se refere ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da
União, assinale a opção correta.
a) A Lei n.º 8.112/1990 reúne as normas aplicáveis aos servidores públicos civis da União, das autarquias e
das empresas públicas federais.
b) Tanto os servidores estatutários quanto os celetistas submetem-se ao regime jurídico único da Lei n.º
8.112/1990.
c) Os cargos públicos dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário são criados por lei, e os dos órgãos do
Poder Executivo, por decreto de iniciativa do presidente da República.
d) O regime estatutário é o regime jurídico próprio das pessoas jurídicas de direito público e dos respectivos
órgãos públicos.
e) Consideram-se cargos públicos apenas aqueles para os quais se prevê provimento em caráter efetivo.

41. (Cebraspe – TRT CE/2017) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, para que um cidadão seja investido
em cargo público, ele deverá comprovar alguns requisitos, entre os quais
a) nacionalidade brasileira ou estrangeira.
b) gozo dos direitos políticos.
c) idade mínima de dezesseis anos.
d) aptidão apenas mental.

42. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Servidor aposentado por invalidez poderá retornar à atividade
caso junta médica oficial declare insubsistentes os motivos da sua aposentadoria, hipótese em que se
procederá à reversão do servidor.

43. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) Situação hipotética: Sérgio, aprovado em concurso público, foi
nomeado em vinte de outubro de 2015. Um ano e dois meses depois, após ter sido aprovado em outro
concurso público, entrou em exercício no novo órgão público no dia quinze de janeiro de 2017. No entanto,
durante o estágio probatório, ele se arrependeu da nova investidura e decidiu retornar ao cargo que havia
ocupado anteriormente. Assertiva: Nessa situação, Sérgio terá direito a retornar ao cargo anteriormente
ocupado em virtude do instituto da recondução.

44. (Cebraspe – TRT CE/2017) Aprovado em concurso para cargo público federal, Carlos foi nomeado
no dia 6/11/2017 e tomou posse no dia 21 do mesmo mês e ano. Trinta dias depois, Carlos se apresentou
para entrar em exercício. Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.º 8.112/1990, a administração
pública deverá
a) demitir o servidor.
b) exonerar o servidor.
c) tornar sem efeito o exercício do servidor.
d) tornar sem efeito o ato de provimento do servidor.

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Com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990, julgue os seguintes itens.

45. (Cebraspe – DPU/2016) Situação hipotética: Cláudio, servidor público federal, foi demitido após ter
respondido a processo administrativo pela suposta prática de ato de improbidade administrativa.
Inconformado, Cláudio ingressou com ação judicial e conseguiu anular a demissão, tendo sido reinvestido
no cargo. Assertiva: Nesse caso, a reinvestidura de Cláudio no cargo público se dará por meio da reversão.

46. (Cebraspe – DPU/2016) O cargo público, definido como o conjunto de atribuições e


responsabilidades incumbidas ao servidor, é criado por lei para provimento em caráter efetivo ou em
comissão.

47. (Cebraspe – DPU/2016) Situação hipotética: Giorgio, de quarenta anos de idade, é cidadão italiano
e não tem nacionalidade brasileira. Foi aprovado, dentro do número de vagas, em concurso público para
prover cargo do professor de ensino superior de determinada universidade federal, tem o nível de
escolaridade exigido para o cargo e aptidão física e mental. Assertiva: Nessa situação, por não ter a
nacionalidade brasileira, Giorgio não poderá tomar posse no referido cargo.

48. (Cebraspe – DPU/2016) Ascensão e reintegração são formas de provimento de cargo público.
49. (Cebraspe – DPU/2016) O servidor que for nomeado para cargo de provimento efetivo será
submetido, após entrar em exercício, a estágio probatório de três anos, no qual será avaliado com base na
assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.

50. (Cebraspe – TRE PI/2016) Após regular processo administrativo disciplinar, servidor público
estável, ocupante do cargo de técnico judiciário, regido pela Lei n.º 8.112/1990, foi demitido, tendo sua
demissão sido posteriormente invalidada por meio de decisão judicial. A partir dessa situação hipotética,
assinale a opção correta.
a) O referido servidor não terá direito ao ressarcimento das vantagens decorrentes de sua reinvestidura no
cargo.
b) Caso a demissão houvesse sido invalidada por decisão administrativa, o servidor teria de recorrer ao Poder
Judiciário para ser reinvestido no cargo anteriormente ocupado.
c) O servidor em questão deverá ser reinvestido no cargo anteriormente ocupado por meio da recondução.
d) Na hipótese de o cargo de técnico judiciário ter sido extinto, esse servidor terá de ser removido para cargo
com atribuições semelhantes.
e) Na hipótese de o cargo de técnico judiciário em questão estar ocupado, o seu eventual ocupante poderá
ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização.

51. (Cebraspe – TRE PI/2016) Com base no disposto na Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção correta
acerca do estágio probatório.
a) Se o servidor não for aprovado no estágio probatório, ele será demitido.

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b) O técnico judiciário em estágio probatório poderá acumular seu cargo público com um emprego público
no Banco do Brasil, caso haja compatibilidade de horários.
c) Os vencimentos de técnico judiciário em estágio probatório poderão ser reduzidos, caso essa redução seja
de interesse público.
d) Se, em razão de doença de genitor, o servidor usufruir de licença durante o período de seu estágio
probatório, este ficará suspenso durante a licença e será retomado a partir do término do impedimento.
e) Devido ao fato de ainda não ter adquirido a estabilidade, o técnico judiciário que esteja em estágio
probatório não poderá exercer função de chefia, em seu órgão de lotação, durante o estágio.

Rafael, médico de um tribunal de justiça, foi submetido a processo administrativo disciplinar devido a
denúncias de que ele estaria acumulando mais de dois cargos públicos. Na ocasião, foi-lhe dada a
oportunidade de optar por duas de três ocupações médicas e, como não se manifestou, o servidor foi
demitido. Rafael recorreu do processo administrativo que resultou em sua demissão e solicitou o seu retorno
ao serviço público, com base no argumento de que não era razoável a aplicação da referida penalidade. Em
sua defesa, alegou, ainda, que atuava como médico nas três instituições e havia compatibilidade de horários,
pois a carga horária combinada não ultrapassava sessenta horas semanais; que ocupava apenas dois cargos
públicos, no tribunal e em hospital municipal; e que o exercício da sua terceira atividade, em uma fundação
pública de saúde, era legítimo, uma vez que o vínculo com a fundação de saúde era celetista e a vedação
legal estaria restrita à acumulação de cargos públicos estatutários. Considerando essa situação hipotética e
as regras relativas ao processo administrativo e aos agentes públicos, julgue os itens que se seguem.

52. (Cebraspe – Funpresp-Jud/2016) Caso a demissão seja invalidada por decisão administrativa ou
judicial, o retorno ao serviço público solicitado por Rafael corresponderá à recondução do servidor efetivo
ao cargo anteriormente ocupado.

53. (Cebraspe – Funpresp-EXE/2016) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, tendo sofrido limitação em
sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica, o servidor público estará sujeito a
readaptação, que consiste na investidura em outro cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
com as do cargo por ele anteriormente ocupado.

54. (Cebraspe – DPU/2016) Somente nos casos previstos em lei poderá haver a prestação gratuita de
serviços ao poder público.

55. (Cebraspe – DPU/2016) Em face da garantia da estabilidade, o servidor público estável só perderá
o cargo por força de decisão judicial.

Em relação ao regime jurídico dos cargos, empregos e funções públicas e às disposições da Lei n.º
8.112/1990, julgue os itens que se seguem.

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56. (Cebraspe – DPU/2016) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação em sua capacidade física ou mental, verificada em
inspeção médica, advinda após sua posse em cargo público.

57. (Cebraspe – DPU/2016) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é válida a
exigência de exame psicotécnico em concursos públicos desde que esteja a exigência prevista no edital do
certame.

58. (Cebraspe – DPU/2016) A investidura em cargo público ocorre com a posse.


59. (Cebraspe – PC PE/2016 – adaptada) Nomeação, promoção e ascensão funcional são formas válidas
de provimento de cargo público.

60. (Cebraspe – PC PE/2016 – adaptada) A vacância de cargo público pode decorrer da exoneração de
ofício de servidor, quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.
==ed3ad==

Em relação aos serviços públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
61. (Cebraspe – DPU/2016) A investidura em cargo público em comissão ocorre com a nomeação e
independe de prévia habilitação em concurso público.

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GABARITO

1. E 11. E 21. C 31. C 41. B 51. D 61. E


2. E 12. E 22. B 32. A 42. C 52. E
3. C 13. B 23. B 33. C 43. E 53. C
4. E 14. C 24. E 34. A 44. B 54. C
5. C 15. B 25. E 35. B 45. E 55. E
6. C 16. D 26. E 36. E 46. C 56. C
7. E 17. B 27. E 37. B 47. E 57. E
8. E 18. E 28. C 38. D 48. E 58. C
9. E 19. E 29. E 39. A 49. C 59. E
10. C 20. E 30. E 40. D 50. E 60. C

REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro:
Método, 2011.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1. (FGV – DNIT/2024) A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, institui o Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações
públicas federais.
Para os efeitos desta Lei, assinale a que apresenta o conceito correto de servidor público.
a) Pessoa legalmente investida em função pública.
b) Pessoa cuja relação de trabalho assemelha-se ao setor sem fins lucrativos.
c) Pessoa legalmente investida em cargo público.
d) Pessoa cuja relação de trabalho assemelha-se ao setor privado.
e) Pessoa legalmente investida em emprego público.

2. (FGV – DNIT/2024) Comumente conhecida como o Estatuto do Servidor Público Federal, a Lei nº
8.112, de 11 de novembro de 1990, estabelece os direitos e deveres dos servidores, bem como os
princípios que norteiam a administração pública em relação à gestão de pessoal.
Entre os requisitos básicos para investidura em cargo público, encontra-se pertinente
a) a nacionalidade brasileira.
b) o nível de escolaridade de pós-graduação.
c) a idade mínima de dezesseis anos.
d) a quitação com as obrigações sociais.
e) a inaptidão física e mental.

3. (FGV/TRT SC/2017) Alex é Oficial de Justiça do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina,
lotado na Vara do Trabalho de Navegantes, cidade onde mora com sua esposa Francisca. Francisca
também é servidora pública federal e acabou de ser deslocada, no interesse da Administração, de
Navegantes para Chapecó. Assim sendo, Alex requereu sua remoção para acompanhar sua cônjuge,
independentemente do interesse da Administração.

No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.112/90, Alex:


a) tem mera expectativa de direito à remoção pleiteada, que irá se concretizar de acordo com critério
discricionário da Administração;
b) tem direito subjetivo à remoção pleiteada, que constitui ato administrativo vinculado;
c) tem direito público subjetivo de ser reintegrado no primeiro cargo que vagar em comarca próxima a
Chapecó;
d) não tem direito subjetivo à remoção pleiteada, eis que a Administração Pública deve aferir no caso
concreto o melhor atendimento ao interesse público;
e) não tem direito subjetivo à remoção pleiteada, mas tem direito a ser aproveitado em cargo de atribuições
compatíveis com o anteriormente ocupado.

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4. (FGV/IBGE/2017) Verônica, servidora estável em órgão público federal, ocupante do cargo de


Almoxarife, sofreu penalidade disciplinar de demissão após acusação de abandono de cargo. Depois de
análise detalhada do caso, constatou-se improcedência do motivo e sua demissão foi invalidada.
Entretanto, o cargo em que Verônica deveria ser reintegrada foi extinto durante esse período.

Diante desse caso, é correto afirmar que Verônica:


a) ficará em disponibilidade, podendo ser aproveitada em cargo compatível, em atribuições, ao de origem;
b) deverá ser cedida a órgão público que tenha vaga em atividade similar à de seu cargo de origem;
c) será readaptada em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com sua atividade anterior;
d) será nomeada para cargo de confiança, no interesse do serviço, e receberá indenização por danos
trabalhistas;
e) sofrerá remoção de ofício, e a Administração arcará com os prejuízos decorrentes do período de
disponibilidade.

5. (FGV/IBGE/2017) O processo admissional no serviço público compreende uma série de regras que
objetivam a instrumentalização e a formalização dos mecanismos afetos à estrutura da força de trabalho
e composição do quadro de pessoal de cada órgão.

Em relação às formas de provimento aplicadas aos entes integrantes da Administração Pública Federal
sujeitos ao regime de direito público, é correto afirmar que:
a) a nomeação caracteriza forma de provimento derivado, e pressupõe que, invariavelmente, o servidor
esteja habilitado em cargo estável;
b) com exceção da reintegração, as demais formas de provimento em cargos públicos exigem prévia
aprovação em concurso público;
c) por ser a nomeação ao cargo um tipo de provimento dito originário, sua exoneração ou dispensa dar-se-
á apenas judicialmente ou por sindicância;
d) a recondução pode ser aplicada ao servidor aposentado por invalidez, retornando este à atividade por
decisão de junta médica ou no interesse da Administração;
e) a readaptação é forma de investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com alguma limitação que tenha sofrido, física ou mentalmente.

6. (FGV/IBGE/2017) Bruna, servidora pública federal, está cursando faculdade de Pedagogia na


cidade onde reside e trabalha. Ocorreu que, por ofício, no interesse da Administração Pública, ela
descobriu que sofrerá remoção com mudança de sede para a cidade vizinha, e está preocupada com o
andamento de seu curso.

Ao questionar o responsável pelo processo de remoção, Bruna será informada de que:


a) a Administração garante apenas a retomada de seus estudos no início do próximo ano letivo, arcando
com eventuais prejuízos decorrentes do período em que ficará sem estudar;
b) terá assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino
congênere, em qualquer época, independentemente de vaga;

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c) terá assegurada matrícula, em qualquer época do ano, desde que haja vaga e compatibilidade de horário
com sua atividade laboral;
d) terá assegurada, na localidade da nova residência, matrícula em instituição de ensino congênere, em
qualquer época, desde que havendo vaga;
e) retomará seus estudos exclusivamente na localidade da nova residência, cabendo à Administração arcar
com eventuais prejuízos decorrentes do período em que ficará sem estudar.

7. (FGV/IBGE/2016) A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar
as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado. Nesse
contexto, a Lei nº 8.112/90 estabelece que:
a) a posse ocorre no prazo de dez dias contados da publicação do ato de provimento;
b) a posse em cargo público independe de prévia inspeção médica oficial para atestar a aptidão física e
mental para o exercício do cargo; ==ed3ad==

c) o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de quinze dias contados da
data da posse;
d) o servidor apresenta, no ato da posse, declaração quanto à acumulação de outro cargo público, sendo
vedado exigir-lhe declaração de bens de seu patrimônio;
e) o servidor que não entrar em exercício no prazo legal é demitido do cargo para o qual foi nomeado e
empossado.

8. (FGV/IBGE/2016) João, servidor estável de fundação pública federal, foi aposentado por invalidez.
Três meses depois, após criteriosa análise clínica e de exames, a junta médica oficial declarou
insubsistentes os motivos de sua aposentadoria. Assim, com base na Lei nº 8.112/90, foi determinado o
retorno de João à atividade mediante a:
a) reintegração, que ocorre com ressarcimento de todas as vantagens eventualmente retiradas do servidor;
b) recondução, que se dá no cargo de origem ou em outro de igual ou superior hierarquia;
c) reversão, que se faz no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação;
d) disponibilidade, que ocorre com aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado;
e) readaptação, que se perfaz em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental.

9. (FGV/IBGE/2016) Leandro, servidor estável de fundação pública federal, durante suas férias, ao
realizar um voo radical de parapente, sofreu um acidente que causou limitação em sua capacidade física,
conforme verificado em inspeção médica oficial. De acordo com a Lei nº 8.112/90, Leandro será:
a) exonerado, pois não existe nexo de causalidade entre o acidente que lhe causou as limitações e o
exercício das funções afetas ao cargo público de que é titular;
b) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, e exercerá
suas funções, respeitada sua nova condição, com vencimentos não inferiores aos anteriormente auferidos;
c) reconduzido em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, com
redução da jornada de trabalho, de acordo com a natureza das limitações que sofreu;

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d) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que sofreu,


respeitada a habilitação exigida, o nível de escolaridade e a equivalência de vencimentos;
e) aproveitado em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal, com
redução proporcional da jornada de trabalho e de seus vencimentos, respeitada a limitação que sofreu.

10. (FGV/TJ-PI/2015) A respeito da denominada “reversão", é correto afirmar que:


a) consubstancia uma forma de provimento terceirizado do cargo público;
b) reflete o retorno do servidor em gozo de férias à atividade regular;
c) é forma de retorno a um estágio anterior da respectiva carreira;
d) pode ocorrer quando insubsistentes os motivos da aposentadoria por invalidez;
e) somente pode ocorrer após a declaração de invalidade do ato de exoneração.

11. (FGV/TJ-SC/2015) João, servidor público estadual estável, foi demitido ao fim de processo
administrativo disciplinar. Irresignado com sua demissão, ingressou com ação judicial buscando a
anulação da penalidade, na qual obteve êxito. Ocorre que, antes do trânsito em julgado da decisão,
Marcos, que fora aprovado no último concurso público e aguardava a sua convocação, foi nomeado para
o cargo vago outrora ocupado por João. À luz desse quadro e sabendo-se inexistir outro cargo vago na
Administração Pública, é correto afirmar que:
a) Marcos poderá ser posto em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço;
b) Marcos deverá ser demitido para que João retorne ao seu cargo originário;
c) João não poderá retornar ao serviço público, já que o seu antigo cargo não está mais vago;
d) Marcos deverá ser posto em disponibilidade, mantida a sua remuneração integral;
e) como Marcos foi regularmente nomeado para o cargo vago, João deverá ser posto em disponibilidade.

12. (FGV/TCE-SE/2015) Sobre o tema “Modalidades de Provimento em Caráter Efetivo”, é correto


afirmar que o provimento dos cargos públicos:
a) dar-se-á por designação para cargo efetivo ou em comissão, por ato do Chefe do respectivo Poder;
b) far-se-á no âmbito do Poder Executivo, por ato do servidor responsável pelo órgão onde se situa o cargo
a ser preenchido;
c) em caráter efetivo far-se-á, dentre outras, por transposição de carreira, desde que obedecidos os
requisitos legais;
d) em caráter efetivo se dará por reingresso, no serviço público, do funcionário aposentado, quando
insubsistentes os motivos da aposentadoria;
e) em caráter efetivo poderá se dar por concurso interno de provas, que se fará com a observância das
normas estabelecidas pelo Estatuto.

13. (FGV/Prefeitura de Niterói/2014) Jorge, diretor municipal concursado com mais de 20 anos de
serviço público, foi demitido por suposto abandono de cargo. O processo administrativo disciplinar foi
instaurado regularmente, mas não lhe foi facultada a ampla defesa, tampouco o contraditório. Assim,
Jorge obteve judicialmente a anulação da demissão com a consequente reinvestidura no cargo que

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ocupava anteriormente. Ocorre, porém, que seu cargo estava agora ocupado por Maria, também
professora da rede municipal concursada, que deixara de dar aulas em outra escola pública para assumir
esse cargo de diretora.

Considerando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.


a) Jorge será reintegrado e Maria será reconduzida ao cargo que ocupava anteriormente, com direito a
indenização.
b) Jorge será reinvestido – o ato configurará reversão – e Maria será reconduzida ao cargo que ocupava
anteriormente, sem direito a indenização.
c) Jorge será reintegrado e Maria será reconduzida ao cargo de origem, sem indenização, ou será
aproveitada em outro cargo, ou posta em disponibilidade.
d) Jorge será reinvestido – o ato configurará reversão – e Maria será aproveitada em outro cargo de
diretoria, sem perder a promoção.
e) Jorge deverá ocupar outro cargo até que Maria seja reconduzida ao cargo que ocupava anteriormente.

14. (FGV/TJ-AM/2013) O provimento efetivo, que depende de prévia habilitação em concurso público
de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade, é
denominado
a) readaptação.
b) recondução.
c) promoção.
d) reintegração.
e) nomeação.

15. (FGV/SEAD-AP/2010) O retorno à atividade de servidor aposentado e o retorno de servidor


estável a um cargo anteriormente ocupado por ele correspondem, respectivamente:
a) à reversão e à readaptação.
b) à reversão e à reintegração.
c) à reversão e à recondução.
d) à readaptação e à reintegração.
e) à readaptação e à recondução.

16. (FGV/TRE-PA/2011) São formas de provimento de cargo público


a) nomeação e promoção.
b) promoção e ascensão.
c) readaptação e transferência.
d) ascensão e cessão.
e) nomeação e transferência.

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17. (FGV/TRE-PA/2011) O retorno de servidor à atividade, quando invalidada sua demissão,


corresponde à
a) reversão.
b) readaptação.
c) reintegração.
d) recondução.
e) recapacitação.

18. (FGV/ALEMA/2013) O regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais é determinado em lei específica.

Em relação à posse no serviço público, analise as afirmativas a seguir.

I. A posse do servidor ocorrerá após a investidura em cargo público.

II. A posse dar‐se‐á pela assinatura do respectivo termo.

III. A posse dar‐se‐á após ser julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente a afirmativa I estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

19. (FGV/TJ-AM/2013) De acordo com Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civil da União, das
Autarquias e das Fundações Públicas Federais, o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, é definido como
a) remoção.
b) redistribuição.
c) vacância.
d) substituição.
e) estabilidade.

20. (FGV - OAB/2014) Manolo, servidor público federal, obteve a concessão de aposentadoria por
invalidez após ter sido atestado, por junta médica oficial, o surgimento de doença que o impossibilitava
de desenvolver atividades laborativas. Passados dois anos, entretanto, Manolo voltou a ter boas
condições de saúde, podendo voltar a trabalhar, o que foi comprovado por junta médica oficial.

Nesse caso, o retorno do servidor às atividades laborativas na Administração, no mesmo cargo


anteriormente ocupado, configura exemplo de

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a) reintegração.
b) reversão.
c) aproveitamento.
d) readaptação.

21. (FGV - OAB/2013) Cláudio, servidor público federal estável, foi demitido por suposta prática de
ato de insubordinação grave em serviço. Diante da inexistência de regular processo administrativo
disciplinar, Cláudio conseguiu judicialmente a anulação da demissão e a reinvestidura no cargo
anteriormente ocupado. Ocorre que tal cargo já estava ocupado por João, que também é servidor público
estável.

Considerando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.


a) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reintegração. Caso João ocupasse outro cargo
originariamente, seria reconduzido a ele, com direito à indenização.
b) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reversão. Caso João ocupasse outro cargo originariamente,
seria reconduzido a ele, com direito à indenização.
c) Cláudio obteve em juízo sua reintegração. João será reconduzido ao cargo de origem, sem indenização,
ou será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
d) Cláudio obteve em juízo sua reversão. João será reconduzido ao cargo de origem, sem indenização, ou
será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade

22. (FGV - OAB/2011) Luiz Fernando, servidor público estável pertencente aos quadros de uma
fundação pública federal, inconformado com a pena de demissão que lhe foi aplicada, ajuizou ação
judicial visando à invalidação da decisão administrativa que determinou a perda do seu cargo público. A
decisão judicial acolheu a pretensão de Luiz Fernando e invalidou a penalidade disciplinar de demissão.
Diante da situação hipotética narrada, Luiz Fernando deverá ser
a) reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, ou no resultante de sua transformação, com
ressarcimento de todas as vantagens.
b) aproveitado no cargo anteriormente ocupado ou em outro cargo de vencimentos e responsabilidades
compatíveis com o anterior, sem ressarcimento das vantagens pecuniárias.
c) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis, com ressarcimento de todas as
vantagens.
d) reconduzido ao cargo anteriormente ocupado ou em outro de vencimentos e responsabilidades
compatíveis com o anterior, com ressarcimento de todas as vantagens pecuniárias.

23. (FGV - OAB/2010) Determinada Administração Pública realiza concurso para preenchimento de
cargos de detetive, categoria I. Ao final do certame, procede à nomeação e posse de 400 (quatrocentos)
aprovados. Os vinte primeiros classificados são desviados de suas funções e passam a exercer as
atividades de delegado. Com o transcurso de 4 (quatro) anos, estes vinte agentes postulam a efetivação
no cargo.

A partir do fragmento acima, assinale a alternativa correta.

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a) Os referidos agentes têm razão, pois investidos irregularmente, estão exercendo as suas atividades há
mais de 4 (quatro) anos, a consolidar a situação.
b) É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente foi investido.
c) Não têm ainda o direito, pois dependem do transcurso do prazo de 15 (quinze) anos para que possam
ser ti dos como delegados, por usucapião.
d) É inconstitucional esta modalidade de provimento do cargo, pois afronta o princípio do concurso público,
porém não podem ter alterado os ganhos vencimentais, sedimentado pelos anos, pelo princípio da
irredutibilidade.

24. (FGV/Prefeitura de Niterói/2014) Sobre cargos, empregos e funções públicas, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá


estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício.

( ) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com


a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

( ) Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de


inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e V.
b) V, F e F.
c) V, F e V.
d) V, V e V.
e) F, F e V.

25. (FGV/SEAD-AP/2010) A vacância do cargo público decorre das seguintes hipóteses, à exceção de:
a) exoneração.
b) falecimento.
c) demissão.
d) posse em outro cargo acumulável.
e) aposentadoria compulsória.

26. (FGV/TRE-PA/2011) Ocorre a vacância do cargo público nos casos de


a) ausência superior a três dias consecutivos.
b) licença-maternidade.
c) licença temporária.
d) falecimento.

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e) ascensão.

27. (FGV – OAB/2013) As alternativas a seguir apresentam condições que geram vacância de cargo
público, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Falecimento.
b) Promoção.
c) Aposentadoria.
d) Licença para trato de interesse particular.

GABARITO

1. C 8. C 15. C 22. A
2. A 9. D 16. A 23. B
3. B 10. D 17. C 24. A
4. A 11. X 18. D 25. D
5. E 12. D 19. A 26. D
6. B 13. C 20. B 27. D
7. C 14. E 21. C

REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro:
Método, 2011.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

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MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

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