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Aula 02

TJ-SE (Técnico Judiciário - Área


Administrativa/Judiciária) Direito Civil -
2023 (Pós-Edital)

Autor:
Paulo H M Sousa

29 de Junho de 2023

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Paulo H M Sousa
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Índice
1) Pessoas jurídicas - Noções gerais
..............................................................................................................................................................................................3

2) Pessoas Jurídicas - Desconsideração da personalidade jurídica


..............................................................................................................................................................................................8

3) Pessoas Jurídicas - Associações


..............................................................................................................................................................................................
10

4) Pessoas Jurídicas - Fundações


..............................................................................................................................................................................................
11

5) Pessoas jurídicas - Domicílio


..............................................................................................................................................................................................
12

6) Questões Comentadas - Pessoas Jurídicas - Noções Gerais - FGV


..............................................................................................................................................................................................
13

7) Questões Comentadas - Pessoas Jurídicas - Associações e Fundações - FGV


..............................................................................................................................................................................................
21

8) Questões Comentadas - Pessoas Jurídicas - Domicílio - FGV


..............................................................................................................................................................................................
29

9) Lista de Questões - Pessoas Jurídicas - Noções Gerais - FGV


..............................................................................................................................................................................................
32

10) Lista de Questões - Pessoas Jurídicas - Associações e Fundações - FGV


..............................................................................................................................................................................................
35

11) Lista de Questões - Pessoas Jurídicas - Domicílio - FGV


..............................................................................................................................................................................................
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Título II – Pessoas jurídicas

O que é pessoa jurídica? A pessoa jurídica é titular de direitos e deveres na ordem civil, como remete o
art. 1º do Código Civil. Elas são aptas a titularizar relações jurídicas de maneira bastante ampla, por isso
as pessoas jurídicas têm personalidade. Além disso, seus direitos e deveres não são os mesmos que os
da pessoa natural, em geral.

Capítulo I – Disposições gerais

1 – Classificação

As pessoas jurídicas podem ser de direito público (interno ou externo) e direito privado. Veja cada
um dos grupos:

A. Pessoas jurídicas de direito público externo

Segundo o art. 42 do Código Civil são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, como a
ONU, OMC, Mercosul. O Estado, nesse sentido, deve ser visto como ente jurídico dotado de
personalidade internacional.

B. Pessoas jurídicas de direito público interno

O art. 41 do Código Civil classifica as pessoas jurídicas de direito público interno da seguinte forma:

Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno

União

Estados

Municípios

Distrito Federal

Territórios

Autarquias

Demais entidades de caráter público criadas por lei

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As entidades de caráter público criadas por lei mostram bem claramente a distinção entre as pessoas
jurídicas de direito público e privado. Exemplo são as fundações criadas por lei, também chamadas de
fundações autárquicas, bem como as associações públicas. Lembro que, no caso de uma fundação
pública – criada por lei, portanto – não se aplica o regime previsto para as fundações de direito privado.

Cuidado com art. 41, parágrafo único, do Código Civil. As pessoas jurídicas de
direito público interno que tiverem estrutura de direito privado serão regidas
pelas regras do Direito Privado. Ou seja, apesar de serem públicas são tratadas como
se fossem privadas. 1

As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos
dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. O art. 43 do Código
Civil afasta assim, a ideia de irresponsabilidade por parte do Estado.

Além do fato de o Estado ser responsável pelos danos causados por seus agentes, o artigo ainda ressalva
==10e5f0==

o direito de o Estado buscar se ressarcir pela indenização paga. Os requisitos para isso são a culpa ou o
dolo do agente e o pagamento de indenização ao lesado. Maiores detalhes a respeito estão no Direito
Administrativo.

C. Pessoas jurídicas de direito privado

As pessoas jurídicas de Direito Privado se encontram no art. 44 do Código Civil:

• Pessoas jurídicas de direito privado


formadas para fins não econômicos

1 Aqui há uma divergência superficial entre o Direito Civil e o Direito Administrativo. Isso porque o Direito Civil usa expressões mais
antigas; é um ramo antigo e clássico do Direito. O Direito Administrativo, por sua vez, usa uma terminologia mais moderna, pois é ramo
mais novo, apenas. Quando o Direito Civil diz “pessoas jurídicas de direito público interno que tiverem estrutura de direito privado”, o
Direito Administrativo diz apenas “pessoas jurídicas de direito privado”. Como essas pessoas jurídicas funcionam? Qual é o seu regime
jurídico? Isso, quem responde, é o Direito Administrativo...

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• Reunião de pessoas e bens ou serviços com


objetivo econômico e partilha de
resultados, ou seja, têm natureza
eminentemente lucrativa

• Complexo de bens. Curiosamente, são


pessoas jurídicas sem quaisquer pessoas
físicas/naturais em sua instituição

• Têm por objetivo a união de leigos para o


culto religioso, assistência ou caridade. Por
isso, não podem ter fim econômico (art. 53)

• Associações com ideologia política, cujos


membros se organizam para alcançar o
poder político e satisfazer os interesses de
seus membros

2 – Personificação

Importante destacar que a criação, organização e funcionamento das organizações religiosas não
podem sofrer intervenção estatal, segundo o art. 44, §1º, do Código Civil. Quanto aos partidos políticos,
seu funcionamento e organização serão definidos por lei específica.

Como eu costumo dizer, você nunca verá uma pessoa jurídica andando pela rua, mas verá sua conta
bancária, seu patrimônio, sua fama local etc. Ou seja, ela é uma realidade, mas apenas para o direito, não
para o “mundo real”.

Logo, essa personificação, que é quando ocorre a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado, ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Ou seja, a
pessoa jurídica passa a existir, como se fosse pessoa (no sentido do ser humano). Pode
ser ainda que necessite de aprovação do Poder Executivo, como exposto no art. 45 do
Código Civil.

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O nascimento da pessoa jurídica depende de um ato formal. E se houver algum problema


nessa fase? O direito de anular um ato com defeito é de três anos, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro, como exposto no art. 45, parágrafo único, do
Código Civil.

Mas o que é necessário para o registro? O art. 46 do Código Civil estabelece quais são os requisitos gerais
do registro:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;


II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Cumpridas essas imposições, a pessoa jurídica nasce, adquire personalidade e passa a ter autonomia
completa. Assim, ela precisa ser administrada. Caso ela tenha administração coletiva, as decisões se
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso
(art. 48 do Código Civil).

Caso não exista administrador à pessoa jurídica, o juiz, a pedido de qualquer interessado,
nomeará um administrador provisório, de acordo com o art. 49 do Código Civil.

Há situações em que existe mero agrupamento de pessoas e/ou bens, sem que chegue a constituir
pessoas jurídicas. Esses entes despersonificados, no entanto, possuem direitos e obrigações
muito semelhantes às pessoas jurídicas.

Quem são esses entes despersonificados? São os abaixo listados, cujo elemento de importância, no
Direito Civil, é sua capacidade processual. Por isso, basta saber quem representa o ente:

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1. A massa falida

• Pelo administrador judicial

2. A herança jacente ou vacante

• Por seu curador

3. O espólio

• Pelo inventariante

4. A sociedade e a associação irregulares/de fato

• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens

5. O condomínio

• Pelo administrador ou síndico

6. Outros entes organizados sem personalidade jurídica

• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens

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3 – Desconsideração da personalidade jurídica

Veja-se que a pessoa jurídica, como a pessoa natural, também morre. Se a pessoa jurídica estiver doente
e essa doença se agravar, ela pode ser dissolvida ou cassada sua autorização de funcionamento.

Ela, porém, subsiste para os fins de liquidação, até que esta se conclua (art. 51). A esse processo se
chama despersonificação ou despersonalização da pessoa jurídica. Esse conceito é totalmente
diferente de desconsideração da personalidade jurídica.

Essa liquidação será averbada no registro da pessoa jurídica (§1º), aplicando-se as disposições a
respeito das sociedades, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado (§2º). Com o
encerramento da liquidação, promove-se finalmente o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica
(§3º). Somente nesse momento a pessoa jurídica é extinta, deixando de existir no plano jurídico.

A primeira situação (despersonificação ou despersonalização) trata da extinção, dissolução da


pessoa jurídica, ao passo que a segunda (desconsideração) trata do abandono da regra de divisão do
==10e5f0==

patrimônio entre a pessoa jurídica e as pessoas físicas que dela fazem parte.

Para se verificar se há possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, é necessário se


verificar o abuso na utilização dessa personalidade jurídica. Esse abuso deve se caracterizar pelo
desvio de finalidade OU pela confusão patrimonial. Se não se caracterizar nem uma dessas situações,
não se pode desconsiderar a personalidade jurídica.

Se assim for, o juiz poderá, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir
no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta
ou indiretamente pelo abuso.

O desvio de finalidade é explicado no §1º do art. 50 do Código Civil. Segundo ele, desvio
de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e
para a prática de atos ilícitos de qualquer natureza. Enquanto isso, o §5º evidencia
que não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade
original da atividade econômica específica da pessoa jurídica.

Assim, se uma pessoa jurídica comercializava produtos de informática, não se considera desvio a venda
de materiais de papelaria; ao contrário, uma sociedade que presta serviços contábeis desvirtua sua
finalidade quando inicia venda de produtos de papelaria.

Quanto a confusão patrimonial, o §2º estabeleceu que se trata da ausência de separação de fato entre
os patrimônios, caracterizada por (I) cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou
do administrador ou vice-versa; (II) transferência de ativos ou de passivos sem efetivas
contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e (III) outros atos de
descumprimento da autonomia patrimonial.

Se levado ao pé da letra, o conceito de confusão patrimonial tornaria praticamente


impossível não haver desconsideração da personalidade jurídica. Um sócio que toma um
clipes de papel para ajuntar papeis pessoais estaria a confundir patrimônios. Por isso, a
norma prevê que deve haver relevância nos atos. Em caso de utilização do capital da

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pessoa jurídica pelo sócio, para pagamento de dívidas pessoais, a conduta deve ser
reiterada; no caso de transferências patrimoniais, o valor não pode ser insignificante.

Lembro que essas regras também se aplicam à extensão das obrigações de sócios ou de administradores
à pessoa jurídica, como dispõe o §3º do art. 50 do Código Civil. E, para barrar excessos, o §4º rege que a
mera existência de grupo econômico, sem a presença dos requisitos de que trata o caput do art. 50, não
autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica.

Além disso, o §3º do art. 50 do Código Civil estabelece a aplicação da desconsideração inversa da
personalidade jurídica. O disposto no caput e nos §§1º e 2º do art. 50 também se aplica à extensão das
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica.

O que é a desconsideração inversa? Exemplo é quando um homem, prestes a se divorciar de sua esposa,
coloca todo o patrimônio comum numa pessoa jurídica na qual ele é sócio minoritário. Nesse caso, eu
desconsidero a personalidade do sócio e atinjo a pessoa jurídica.

O art. 50 do Código Civil adota a chamada Teoria Maior da desconsideração, ao passo que o Código de
Defesa do Consumidor, no seu art. 28, §5º, adota a Teoria Menor da desconsideração. Menor porque
tem menos requisitos (basta que a pessoa jurídica seja obstáculo ao ressarcimento de prejuízos
causados aos consumidores); maior porque exige mais requisitos (abuso de personalidade,
caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial, com benefício direto ou indireto às
pessoas naturais). Menor porque está no menor Código (CDC tem 119 artigos); maior porque está no
maior Código (Civil tem 2.046 artigos). Não se esqueça! As provas a-d-o-r-a-m cobrar essa
diferença!

TEORIA MAIOR TEORIA MENOR


• Código Civil • Código de Defesa do Consumidor
• Mais requisitos • Menos requisitos
• Mais artigos • Menos artigos
• Maior Código • Menor Código

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Capítulo II – Associações

As associações são pessoas jurídicas de direito privado formadas para fins não econômicos,
conforme estabelece o art. 53 do Código Civil. Veja que nada impede que as associações desenvolvam
atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa.

Pode a associação ter lucro? Pode ela exercer atividades produtivas? Pode, mas o objetivo
da associação não pode ser a distribuição de lucro social, exatamente o contrário
de uma sociedade. Se há distribuição de lucro, portanto, trata-se de uma sociedade, e não
de uma associação.

Por exemplo, time de futebol. Boa parte deles é associação esportiva. Os clubes não têm atividades
lucrativas? Claro que sim, vendendo jogadores, recebendo royalties da televisão, ganhando jogos e
campeonatos etc. De toda forma, eles não distribuem lucros a seus torcedores ou cartolas.

Além disso, o parágrafo único do art. 53 prevê que não há, entre os associados, direitos e obrigações
recíprocos. Não confunda esse dispositivo com a possiblidade de haver direitos e obrigações recíprocos
entre o associado e a associação; não há entre os associados em si!

O que deve conter o Estatuto das associações encontra-se no art. 54:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;


II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos;
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.

Esse Estatuto pode prever categorias de associados com vantagens especiais, mas todos eles devem
ter iguais direitos (art. 55 do Código Civil). Ainda vale lembrar que a destituição dos
administradores e alteração do estatuto é de competência privativa da assembleia geral,
convocada especialmente para esse fim.

Atente para o fato de que a qualidade de associado é intransmissível! A não ser que o
estatuto permita que isso aconteça, segundo o art. 56 do Código Civil. Quanto ao
parágrafo único desse artigo, dispõe-se que se o associado for titular de quota ou fração
ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, por si só, na
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição
diversa do estatuto.

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Capítulo III – Fundações

A fundação é criada por escritura pública ou por testamento, dotando-a o instituidor de bens
livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la,
como destaca o art. 62 do Código Civil. Dessa maneira, o parágrafo único desse artigo mostra sob quais
fins a fundação poderá constituir-se:

I – assistência social;
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III – educação;
IV – saúde;
V – segurança alimentar e nutricional;
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
==10e5f0==

VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão,


produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos;
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos;
IX – atividades religiosas.

Na instituição da fundação, seu instituidor deve designar o patrimônio que a compõe. Quando, porém,
insuficientes os fundos para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro
modo não dispuser o instituidor, incorporados a outra fundação que se proponha a fim igual ou
semelhante, segundo dispõe o art. 63.

É importante destacar que no caso de a fundação ser criada por ato entre vivos, o instituidor é obrigado
a transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome
dela, por mandado judicial (art. 64 do Código Civil).

O papel do Ministério Público, nesse sentido, será de velar pelas fundações, segundo art. 66, de
acordo com o respectivo Estado onde situadas as fundações. Se sua atividade se estender por
mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público
Estadual, na forma do § 2º do art. 66 do Código Civil.

Aqui, um cuidado. A Lei 13.151/2015 corrigiu uma distorção que havia no § 1º do art. 66. Em sua
redação original, essa regra mencionava que, no caso de funcionarem no Distrito Federal ou
em Território, caberia o encargo legal ao MPF. A referida lei alterou o dispositivo e passou a
prever que caberá o encargo ao MPDFT.

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Título III – Domicílio

Com relação à pessoa jurídica, o Código Civil fixa algumas regras a respeito do domicílio no art. 75. O
domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;


II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

Além disso, caso a pessoa jurídica tenha diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada
um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. Se a sede (administração ou
diretoria) ficar no exterior, o §2º estabelece que o domicílio da pessoa jurídica será, no tocante às
==10e5f0==

obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, situado no Brasil, a
que ela corresponder.

Por fim, o domicílio das pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações. Em resumo, o direito brasileiro admite a pluralidade domiciliar
mais ampla para as pessoas jurídicas.

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Direitos da personalidade (art. 11 ao 21)

1. (VII Exame da OAB) A proteção da pessoa é uma tendência marcante do atual direito privado,
o que leva alguns autores a conceberem a existência de uma verdadeira cláusula geral de
tutela da personalidade. Nesse sentido, uma das mudanças mais celebradas do novo Código
Civil foi a introdução de um capítulo próprio sobre os chamados direitos da personalidade.
Em relação à disciplina legal dos direitos da personalidade no Código Civil, é correto afirmar
que

A) havendo lesão a direito da personalidade, em se tratando de morto, não é mais possível que se
reclamem perdas e danos, visto que a morte põe fim à existência da pessoa natural, e os direitos
personalíssimos são intransmissíveis.

B) como regra geral, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, mas o seu
exercício poderá sofrer irrestrita limitação voluntária.

C) é permitida a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, com objetivo altruístico ou
científico, para depois da morte, sendo que tal ato de disposição poderá ser revogado a qualquer tempo.

D) em razão de sua maior visibilidade social, a proteção dos direitos da personalidade das celebridades
e das chamadas pessoas públicas é mais flexível, sendo permitido utilizar o seu nome para finalidade
comercial, ainda que sem prévia autorização.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois no caso do morto os parentes têm poder para intervir em seu favor
(art. 12, parágrafo único). Pode-se exigir que cesse a ameaça ou lesão aos direitos de personalidade,
inclusive podendo reclamar sanções pecuniárias e demais previstas em lei. No caso do morto, podem o
cônjuge, os parentes em linha reta e os colaterais até quarto grau exigir tal reparação.

A alternativa B está incorreta, pois apesar de poder a pessoa restringir voluntariamente seus direitos
de personalidade (vide os BBBs que autolimitam sua intimidade), essa restrição não é irrestrita. Veja-
se que o Código estabelece no art. 11 que sequer pode haver restrição voluntária, mas, na prática, isso
é possível.

A alternativa C está correta. Esse item é transcrição literal do art. 14: "Art. 14. É válida, com objetivo
científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da
morte".

A alternativa D está incorreta, pois a proteção dos direitos da personalidade não muda apenas porque
a pessoa é uma celebridade. Há uma relativização dos direitos de personalidade, pois em muitas
oportunidades eles entram em conflito, por exemplo, a intimidade e a liberdade de imprensa. Nesses
casos, a solução deve ser analisada no caso concreto. Assim, não significa que uma pessoa pública tenha
menos “direito de personalidade” do que outras.

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2. (XII Exame da OAB) João Marcos, renomado escritor, adota, em suas publicações literárias, o
pseudônimo Hilton Carrillo, pelo qual é nacionalmente conhecido. Vítor, editor da Revista
“Z”, empregou o pseudônimo Hilton Carrillo em vários artigos publicados nesse periódico, de
sorte a expô-lo ao ridículo e ao desprezo público. Em face dessas considerações, assinale a
afirmativa correta.

A) A legislação civil, com o intuito de evitar o anonimato, não protege o pseudônimo e, em razão disso,
não há de se cogitar em ofensa a direito da personalidade, no caso em exame.

B) A Revista “Z” pode utilizar o referido pseudônimo em uma propaganda comercial, associado a um
pequeno trecho da obra do referido escritor sem expô-lo ao ridículo ou ao desprezo público,
independente da sua autorização.

C) O uso indevido do pseudônimo sujeita quem comete o abuso às sanções legais pertinentes, como
==10e5f0==

interrupção de sua utilização e perdas e danos.

D) O pseudônimo da pessoa pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, quando não há intenção difamatória.

Comentários

A alternativa A está incorreta, pois o pseudônimo é protegido pelo ordenamento brasileiro, desde que
utilizado licitamente (art. 19). A lei confere ao pseudônimo reconhecido publicamente, a mesma
proteção dada ao nome e ao sobrenome. Por isso, o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem
em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja
intenção difamatória (art. 17).

A alternativa B está incorreta, pois quando há utilização comercial, o pseudônimo, para ser utilizado,
precisa de autorização do dono (art. 18).

A alternativa C está correta, pois o uso indevido do pseudônimo permite que o juiz, a requerimento do
interessado, adote as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma
(art. 21)

A alternativa D está incorreta, pois mesmo sem intenção difamatória o pseudônimo é protegido pela
lei (art. 17).

3. (FGV - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico- 2019) Desde adolescente, Ricardo não se sentia
confortável com o gênero masculino. Ao alcançar a maioridade, adotou o nome social Paula.
Contudo, em razão de constrangimentos advindos da apresentação de sua identidade quando
solicitada, decide alterar o gênero e seu nome no Registro Civil. Para tanto, Paula deverá:

(A) ajuizar demanda judicial para dedução do pleito, o que deve ocorrer após submissão à cirurgia de
transgenitalização;

(B) dirigir-se ao Registro Civil e solicitar, administrativamente, as alterações, independentemente de


cirurgia de transgenitalização;

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(C) dirigir-se ao Registro Civil e solicitar, administrativamente, as alterações, após provar ter se
submetido à cirurgia de transgenitalização;

(D) ajuizar demanda judicial para dedução do pleito, única instância competente para analisar ambos
os pedidos;

(E) solicitar a alteração do nome no Registro Civil, após o necessário reconhecimento judicial da
alteração de gênero.

Comentários:

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O STF decidiu, por unanimidade, no julgamento
da ADI 4275, que não é necessária a decisão judicial para as alterações de gênero neste sentido. Com a
ementa trazendo em sua decisão que:

1. O direito à igualdade sem discriminações abrange a identidade ou expressão de gênero.

2. A identidade de gênero é manifestação da própria personalidade da pessoa humana e, como tal, cabe
ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, nunca de constituí-la.

3. A pessoa transgênero que comprove sua identidade de gênero dissonante daquela que lhe foi
designada ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita desta sua vontade dispõe do
direito fundamental subjetivo à alteração do prenome e da classificação de gênero no registro civil pela
via administrativa ou judicial, independentemente de procedimento cirúrgico e laudos de terceiros, por
se tratar de tema relativo ao direito fundamental ao livre desenvolvimento da personalidade.

Sendo também regulamentado pelo Provimento 73 do CNJ abordando que:

Art. 2º Toda pessoa maior de 18 anos completos habilitada à prática de todos os atos da vida civil poderá
requerer ao ofício do RCPN a alteração e a averbação do prenome e do gênero, a fim de adequá-los à
identidade autopercebida.

Art. 4º O procedimento será realizado com base na autonomia da pessoa requerente, que deverá
declarar, perante o registrador do RCPN, a vontade de proceder à adequação da identidade mediante a
averbação do prenome, do gênero ou de ambos.

GABARITO: B

4. (FGV/ TJ-SC – 2018) Quando de uma viagem a Fortaleza, ocorrida em maio de 2011, o casal
Carolina e Rodrigo foram fotografados pelo gerente do Quiosque do Vento Ltda., de modo a
registrar a presença em uma parede de fotos. No entanto, sem consentimento do casal, o
gerente, no mês seguinte à visita deles, imprimiu a foto em tamanho superior ao das demais
da parede de exposição e a inseriu em um grande cartaz publicitário afixado na parte externa
do estabelecimento. Em maio do corrente ano, Carolina e Rodrigo retornam a Fortaleza e,
para rememorar a viagem de 2011, visitam o Quiosque do Vento. Lá chegando, deparam-se
com o enorme cartaz e exigem, de imediato, a sua retirada. Essa exigência de Carolina e
Rodrigo é:

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(A) abusiva, visto que permitiram se fotografar pelo estabelecimento;

(B) inadequada, pois nada mais podem pleitear após o decurso de tanto tempo;

(C) correta, pois não há desonra ao casal;

(D) ilícita, já que o local em que foram fotografados é público;

(E) adequada, pois o direito de personalidade é imprescritível.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, Carolina e Rodrigo tem o direito de
exigir que sua foto seja retirada, uma vez que foi afixada no estabelecimento sem autorização expressa
do casal e com fins comerciais, como é possível perceber no art. 20: “salvo se autorizadas, ou se
necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão
ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra,
a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.

A alternativa B está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, os direitos da personalidade são
imprescritíveis. Dessa forma, sendo a imagem um direito da personalidade, o decurso do tempo em nada
influencia para que Carolina e Rodrigo exijam a retirada de sua foto do cartaz. Assim determina o art.
11: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.

A alternativa C está incorreta, porque, mesmo não havendo desonra ao casal, o referido Quiosque está
usando a imagem do casal com fins comerciais, o que, de acordo com o CC/2002, é vedado, como
explicita o art. 20: “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção
da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem
a fins comerciais”.

A alternativa D está incorreta, pois, de acordo com o CC/2002, Carolina e Rodrigo tem o direito de
exigir que sua foto seja retirada, uma vez que foi afixada no estabelecimento sem autorização expressa
do casal e com fins comerciais, não havendo relevância se o local é público ou privado, como é possível
perceber no art. 20: “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção
da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem
a fins comerciais”.

A alternativa E está correta, porque, de acordo com o CC/2002, os direitos da personalidade são
imprescritíveis. Dessa forma, sendo a imagem um direito da personalidade, o decurso do tempo em nada
influencia para que Carolina e Rodrigo exijam a retirada de sua foto do cartaz. Assim determina o art.
11: “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”.

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Gabarito: Letra E.

5. (FGV/ TJ-AL – 2018) Lucas, polêmico radialista da Rádio ABC Ltda., foi acometido de mal
súbito que ceifou sua vida. Além de Carla, sua viúva, Lucas deixou Rodrigo, filho do casal, que
contava com 15 anos. Após o falecimento e a abertura de seu testamento, viu-se a propagação
em redes sociais de inúmeras inverdades sobre Lucas, de autoria de desafeto conhecido.
Nessa situação, tem legitimidade para tutelar o direito de personalidade de Lucas:

(A) o espólio de Lucas;

(B) a Rádio ABC Ltda.;

(C) o inventariante do espólio de Lucas;

(D) Carla e/ou Rodrigo;

(E) o testamenteiro indicado por Lucas.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja o espólio de
Lucas, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico: “pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a
lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas
em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

A alternativa B está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja a rádio em
que trabalhava, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico: “pode-se exigir que cesse a
ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista
neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

A alternativa C está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja o
inventariante do espólio de Lucas, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico: “pode-se exigir
que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o
quarto grau.

A alternativa D está correta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo assim, tanto sua esposa quanto seu filho tem

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legitimidade para tutelar o direito da personalidade de Lucas, como é possível perceber no art. 12,
parágrafo púnico: “pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

A alternativa E está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja o
testamenteiro indicado por Lucas, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico: “pode-se exigir
que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de
outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o
quarto grau.

Gabarito: Letra D.

6. (FGV/ TJ-AL – 2018) Carla faleceu casada com Jorge, mas sem filhos ou ascendentes. Legou,
por testamento, determinados bens para sobrinhos. Após seu falecimento, certa pessoa criou
um perfil falso com fotos de Carla em uma rede social. Nessa hipótese, a proteção da imagem
de Carla pode ser exercida por:

(A) seus herdeiros;

(B) seu Espólio;

(C) Jorge;

(D) seus amigos próximos;

(E) herdeiro da maior porção de seus bens.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seus herdeiros
exerçam a proteção da imagem de Carla, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico: “pode-
se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral
até o quarto grau.

A alternativa B está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja o espólio de
Carla que exercerá a proteção de sua imagem, como é possível perceber no art. 12, parágrafo púnico:
“pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos,

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sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá legitimação para
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou
colateral até o quarto grau.

A alternativa C está correta, pois, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, os ascendentes
ou descendentes como explicíta o art. 20, parágrafo único, vejamos: Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se
necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão
ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra,
a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815). Parágrafo
único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o
cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

A alternativa D está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta,
serão legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que sejam
seus amigos mais próximos de Carla que devam defender sua imagem, como é possível perceber no art.
12, parágrafo púnico: “pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

A alternativa E está incorreta, porque, o CC/2002 determina que em se tratando de pessoa morta, serão
legítimos para recorrer em defesa da personalidade do morto, o cônjuge sobrevivente, ou qualquer
parente em linha reta, ou colateral até quarto grau, sendo dessa forma, impossível que seja o herdeiro
da maior porção dos bens de Carla que deverá defender a sua imagem, como é possível perceber no art.
12, parágrafo púnico: “pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Em se tratando de morto, terá
legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

Gabarito: Letra C.

7. (FGV/ CÂMARA DE SALVADOR – 2018) Ricardo, com 10 anos de idade, aluno da rede
municipal de ensino, representado por seus pais, autoriza, de forma gratuita, o uso de sua
imagem, captada em fotografia, na capa de cadernos escolares distribuídos pelo Município
no ano letivo de 2008. Em 2018, o Município volta a utilizar a imagem de Ricardo em folheto
com instruções para matrícula de alunos na rede municipal de ensino. Diante desses fatos,
Ricardo, insatisfeito com a divulgação:

(A) nada poderá fazer, uma vez que a utilização daquela imagem já havia sido consentida;

(B) poderá pleitear a retirada de circulação do folheto, mas não fará jus à eventual indenização, pois a
pretensão se encontra prescrita;

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(C) terá direito à indenização pelos danos sofridos, visto que não consentiu com a nova divulgação e por
veículo diverso;

(D) receberá reparação pelos danos morais, mas não materiais, eis que a divulgação é pela
administração pública;

(E) nada poderá fazer, pois decaído o direito de revogar a autorização para divulgação.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, porque, em se tratando de imagem, um direito da personalidade, de


acordo com o CC/2002, mesmo que tenha sido concedido seu uso uma vez, este pode ser proibido, como
é possível notar no art. 20: “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a
exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se
destinarem a fins comerciais”.

A alternativa B está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, a proibição do uso da imagem, não
causa prejuízo a indenização que couber pelo uso da mesma, como é possível perceber no art. 20: “salvo
se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a
divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem
de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se
lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.

A alternativa C está correta, porque, de acordo com o CC/2002, a proibição do uso da imagem, não
causa prejuízo a indenização que couber pelo uso da mesma, por esse motivo, além do direito à
proibição da veiculação de sua imagem em veículo adverso, Ricardo ainda faz jus a indenização por este
fato, como é possível observar no art. 20: “salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a
publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu
requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.

A alternativa D está incorreta, porque, o art. 20 do CC/2002 determina que a proibição do uso da
imagem, não causa prejuízo da indenização que couber, ou seja, serão devidas as indenizações de acordo
com os danos causados a Ricardo, sejam eles materiais ou morais.

A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, os direitos da personalidade não
sofrem nenhum tipo de interrupção voluntária, dessa forma, não há o que se falar em decadência de
direitos, como é possível se observar no art. 11: “com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação
voluntária”.

Gabarito: Letra C.

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FGV

Associações E Fundações (Art. 53 AO 69)

1. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário – 2021) Renato, Luana, Celso e Bárbara se uniram para
constituir uma pessoa jurídica de direito privado para o exercício de atividade com finalidade
não econômica. Nesse caso, é correto afirmar que:

A) haverá, entre os quatro, direitos e obrigações recíprocos;

B) o estatuto poderá instituir categorias pelas quais alguns deles tenham vantagens especiais;

C) sua participação na pessoa jurídica será transmitida aos seus herdeiros, se o estatuto não dispuser o
contrário;

D) competirá exclusivamente à assembleia geral alterar o estatuto;

E) sob pena de anulação, o estatuto deve conter, entre outros elementos, a denominação, os fins e a sede
da pessoa jurídica.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a união descrita no enunciado indica que as partes se uniram para
constituir uma associação, nos termos do art. 53 do CC: “Art. 53. Constituem-se as associações pela união
de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. Sendo assim, não haverá entre elas direitos e
obrigações recíprocas, conforme expresso pelo parágrafo único do art. 53 do CC: “Art. 53. Parágrafo
único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos”.

A alternativa B está correta, pois vai de encontro com o que dita o art. 55 do CC: “Art. 55. Os associados
devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais”.

A alternativa C está incorreta, pois a participação em associações somente se transmite aos herdeiros,
quando o estatuto assim instituir. É o que dita o art. 56 do CC: “Art. 56. A qualidade de associado é
intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário”.

A alternativa D está incorreta, pois a competência é privativa e não exclusiva, conforme dita o art. 59,
inc. II, do CC: “Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: II – alterar o estatuto”. A diferença
entre estes tipos de competência é a seguinte: a privativa é aquela que permite sua delegação, já a
competência exclusiva não admite a delegação.

A alternativa E está incorreta, pois em verdade, a pena para o estatuto que, entre outros elementos,
não contenha a denominação, os fins e a sede da pessoa jurídica, é a nulidade e não a anulação. É o que
se depreende pelo expresso no art. 54, inc. I, do CC: “Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das
associações conterá: I - a denominação, os fins e a sede da associação”.

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2. (FGV - SEFAZ-AM - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – 2022) Pedro e Ariel, sócios em
um pequeno empreendimento no ramo de entretenimento, a Sextou, viram sua empresa
enfrentar sérias dificuldades financeiras em razão da suspensão das atividades, em
consequência da pandemia da Covid-19. Em razão disso, deixaram de adimplir algumas
obrigações contratuais, incluindo as três últimas parcelas de um contrato de empreitada que
haviam celebrado com a sociedade empresária Construir para reforma de um espaço destinado
a eventos. Diante do inadimplemento da Sextou, a sociedade empresária Construir promove
ação judicial com o intuito de receber as parcelas vencidas e não pagas da obra, que havia sido
finalizada 20 dias antes da decretação da pandemia. A sociedade empresária Construir, tendo
conhecimento da situação financeira da Sextou, bem como da interrupção das atividades sem
previsão de retorno, requer a instauração do incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, com o intuito de alcançar o patrimônio pessoal dos sócios para a satisfação do seu
crédito. Diante da hipótese narrada e de acordo com o disposto no Art. 50 do Código Civil,
assinale a afirmativa correta.

(A) O inadimplemento da Sextou, somado à suspensão das suas atividades, é causa justificadora para o
deferimento do pedido de desconsideração da personalidade jurídica.

(B) A interrupção das atividades comerciais da Sextou configura abuso da personalidade jurídica,
ensejando a desconsideração.

(C) O inadimplemento, por si só, não configura abuso da personalidade, não sendo causa justificadora
para a desconsideração da personalidade jurídica da empresa.

(D) As obrigações da Sextou serão estendidas aos sócios se ficar comprovado que ambos possuem
patrimônio pessoal suficiente para arcar com tais obrigações sem comprometimento da subsistência
individual e familiar.

(E) A interrupção das atividades da Sextou configura desvio de finalidade, independente da


demonstração do propósito de lesar os credores.

Comentários

A alternativa C está correta, pois a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica somente


ocorre nos casos de confusão patrimonial ou desvio de finalidade. Eis o que dita o art. 50 do CC/2002:
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”.

Assim, o mero inadimplemento não dá causa à desconsideração. Consequentemente, estão incorretas


as alternativas A, B, D e E.

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3. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Viriato é membro da Associação Brasileira de


Amantes da Literatura Atual, uma associação civil de fins educacionais e culturais. Certa vez,
Viriato desentendeu-se com os gestores da associação, ocasionando uma acalorada discussão. A
briga, felizmente, foi interrompida por outros associados antes que os envolvidos ingressassem
em vias de fato. Dias depois, Viriato foi surpreendido com uma notificação formal, comunicando-
lhe que, após deliberação do Conselho Administrativo, ele havia perdido a qualidade de
associado da pessoa jurídica e não podia mais frequentar a sede desta ou participar de qualquer
de suas atividades. No que diz respeito à exclusão de Viriato da associação, tal como ocorreu
neste caso, é correto afirmar que:

(A) foi válida, bastando para tanto que a deliberação tenha seguido o procedimento previsto no estatuto
da associação;

(B) não é admissível juridicamente, porque o procedimento não assegurou a Viriato o contraditório e a
ampla defesa;

(C) foi válida, bastando para tanto que se tenha reconhecido, durante a deliberação, haver justa causa
para a exclusão;

(D) não é admissível juridicamente, porque Viriato não pode ser excluído da associação sem o requerer
expressamente;

(E) foi válida, bastando para tanto que a convivência entre Viriato e os demais associados tenha se
provado impossível.

Comentários:

A alternativa B está correta, de acordo com o art. 57 do CC/2002: “Art. 57. A exclusão do associado só
é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa
e de recurso, nos termos previstos no estatuto”.

Consequentemente, estão incorretas as alternativas A, C, D e E.

4. (FGV - MPE-GO - Analista Jurídico – 2022) A Fundação da Livro Aberto foi instituída com a
finalidade de promover a leitura. Seus instituidores dotaram os bens necessários para cumprir
o escopo, porém, após dez anos de regular funcionamento e contas regularmente aprovadas pelo
Ministério Público, verificam que o patrimônio ainda restante não possibilita a manutenção das
atividades. Diante disto, apesar do ato constitutivo não prever prazo e a forma de extinção, os
instituidores pretendem extingui-la.

A este respeito, assinale a afirmativa correta.

A) Após a extinção, os instituidores farão jus a bens na proporção da integralização que cada qual
realizou.

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B) A extinção deve ser promovida sob a condução do Poder Judiciário, a despeito do consenso dos
instituidores.

C) Os instituidores não possuem legitimidade para promover a extinção da Fundação Livro Aberto.

D) Após a extinção, os bens da fundação serão incorporados em outra fundação com igual ou semelhante
finalidade.

E) Uma vez extinta, os bens deverão ser revertidos ao Município em que a fundação é domiciliada.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois extinta a fundação, seus bens devem ser destinados à outra
fundação com finalidade igual ou semelhante, de acordo com a designação do juiz competente. Sendo
assim, não podem os instituidores se apropriarem destes bens, ainda que em frações equânimes.

A alternativa B está incorreta, pois a extinção da fundação pode ser dar pelo Ministério Público, ou
qualquer interessado, nos termos do art. 69 do CC: “Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a
finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou
qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha
a fim igual ou semelhante”.

A alternativa C está incorreta, uma vez que qualquer interessado pode promover a extinção da
fundação, dentre os quais é possível mencionar os instituidores.

A alternativa D está correta e, é o gabarito da questão, uma vez que está em conformidade com o
expresso pelo art. 69 do CC: “Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado,
lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato
constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou
semelhante”.

A alternativa E está incorreta, pois tal hipótese se aplica no caso da extinção das associações e não das
fundações. É o que se verifica a partir da análise do art. 61 do CC: “Art. 61. Dissolvida a associação, o
remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais
referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no
estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal,
de fins idênticos ou semelhantes”.

5. (FGV/ TCU – 2022) Adauto instituiu por testamento fundação com fins de promoção de
educação de jovens carentes de São Paulo e, para tal, realizou a dotação de bens livres com a
parte disponível de sua herança. Quando ele faleceu, o estatuto foi elaborado, aprovado pelo
Ministério Público e inscrito no órgão competente. A fundação começou a funcionar, mas agora,
depois de um ano de funcionamento, precisará realizar alterações no seu estatuto. A reforma,
além de deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e não
contrair ou desvirtuar o fim da fundação, deve ser:

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a) aprovada expressamente pelo órgão do Ministério Público dentro do prazo legal, descabido o
suprimento judicial em caso de denegação ou ausência de manifestação;

b) aprovada pelo órgão do Ministério Público expressa ou tacitamente (pelo decurso dentro do prazo
legal sem manifestação), descabido o suprimento judicial;

c) aprovada pelo órgão do Ministério Público e, se ele denegar ou não se manifestar no prazo legal,
poderá o juiz supri-la a requerimento do interessado;

d) aprovada expressamente pelo órgão do Ministério Público sendo cabível suprimento judicial
somente no caso de ele não se manifestar no prazo legal;

e) aprovada pelo órgão do Ministério Público, expressa ou tacitamente (pelo decurso dentro do prazo
legal sem manifestação), sendo cabível suprimento judicial somente no caso de denegação.

Comentários:

A alternativa C está certa, pois a reforma, além de deliberada por dois terços dos competentes para
gerir e representar a fundação e não contrair ou desvirtuar o fim da fundação, deve ser aprovada pelo
órgão do Ministério Público e, se ele denegar ou não se manifestar no prazo legal, poderá o juiz supri-la
a requerimento do interessado, conforme expresso pelo art. 67, inc. III do CC/2002: “Art. 67. Para que
se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: III – seja aprovada pelo órgão do
Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o
Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado”.

Consequentemente, estão incorretas as alternativas A, B, D e E.

6. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Catarina, uma senhora viúva com patrimônio
avaliado em muitos milhões de reais, determinou em seu testamento que alguns bens de sua
propriedade deveriam ser destinados, após a sua morte, à criação de uma fundação protetora de
animais abandonados na cidade em que ela residia. Com a morte de Catarina, porém, constatou-
se que os bens por ela destinados à criação da fundação haviam se desvalorizado drasticamente
com o passar do tempo, de modo que o seu valor tornou-se absolutamente insuficiente para a
criação da pessoa jurídica por ela concebida. Considerando que o testamento de Catarina,
plenamente válido e eficaz, não previa nenhuma solução específica para esse problema, é
correto afirmar que:

(A) outros bens da herança de Catarina deverão ser destinados à constituição da fundação, tantos
quantos bastem para se atingir o valor necessário para essa finalidade;

(B) caberá ao Ministério Público do Estado em que a fundação seria constituída promover a alienação
dos bens que haviam sido destinados à constituição da fundação;

(C) os bens originalmente destinados por Catarina à constituição da fundação deverão ser revertidos
em favor dos seus herdeiros legítimos e testamentários;

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(D) os bens destinados por Catarina à criação da fundação deverão ser incorporados em outra fundação
que se proponha a uma finalidade igual ou semelhante;

(E) a fundação não será constituída e os bens originalmente destinados para essa finalidade devem ser
arrecadados pelo poder público como herança vacante.

Comentários:

A alternativa D está correta, conforme o art. 63 do CC/2002: “Art. 63. Quando insuficientes para
constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor,
incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante”.

Consequentemente, estão incorretas as alternativas A, B, C e E.

7. (FGV / DPE-RJ – 2019) Pedro, morador de uma área carente, recebeu uma carta
informando-o que estava em débito com a anuidade da associação de moradores do seu bairro.
Ressalte-se que Pedro, no fim do ano anterior, tinha solicitado o seu desligamento da associação,
o que foi indeferido sob o argumento de que a associação atuava em benefício dos moradores.

À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou orientação, sendo-lhe


informado, corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de:

(A) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação;

(B) forma equivocada, pois ninguém pode ser obrigado a permanecer associado;

(C) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da
associação;

(D) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício de
Pedro durante o ano

(E) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a
manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia a associação, mesmo
que sobre a justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar cobrando a anuidade de
Pedro, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado”.

A alternativa B está correta, e é o gabarito da questão, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum
associado é obrigado a manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia
a associação, mesmo que sobre a justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar
cobrando a anuidade de Pedro, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a
associar-se ou a permanecer associado”.

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A alternativa C está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a
manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar, de maneira que em nada interfere a
voluntariedade ou não no momento da associação, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá
ser compelido a associar-se ou a permanecer associado”.

A alternativa D está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a
manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar. Frente a isso, não poderia a associação, mesmo
que sobre a justificativa de que atuava em benefício dos moradores, continuar cobrando a anuidade de
Pedro, como demonstra o art. 5º, Inc. XX: “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado”.

A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CF/1988, nenhum associado é obrigado a
manter-se na sociedade se, desta pretende se retirar. Sendo assim, não há o que se falar em necessidade
de tempo mínimo para que haja a eficácia do pedido de desligamento.

Gabarito: Letra B.
==10e5f0==

8. (FGV / TJ-SC – 2018) Jorge, Felipe e Marcela pretendem exercer, conjuntamente, atividade
econômica voltada para prestação de serviços de barbearia, por meio da qual buscarão
distribuir lucros para o sustento de suas famílias.

Para tanto, pretendem constituir uma pessoa jurídica, sendo-lhes adequado o tipo:

(A) fundação;

(B) associação;

(C) sociedade;

(D) organização religiosa;

(E) empresa individual de responsabilidade limitada.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as fundações não podem ter como
finalidade atividade econômica, mesmo que esta seja revertida em benesse para outrem, como é
possível perceber no art. 62, parágrafo único: “a fundação somente poderá constituir-se para fins de:
assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde;
segurança alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos
e científicos; promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; atividades
religiosas”.

A alternativa B está incorreta, porque, o CC/2002 determina que as associações sejam a união de
pessoas que se organizam para fins não econômicos, de acordo com o expresso no art. 53: “constituem-
se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.

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A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão, porque, o CC/2002 determina que as pessoas
que se obrigam a retribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e, partilham
entre si os lucros, constituem uma sociedade, como é possível perceber no art. 981: “celebram contrato
de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o
exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.

A alternativa D está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, as organizações religiosas possuem
liberdade para serem criadas, estruturadas, bem como organizadas, como se pode perceber no art. 44,
§1º: “ são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações
religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos
e necessários ao seu funcionamento”.

A alternativa E está incorreta, porque, de acordo com o CC/2002, uma Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada, deve ser constituída uma única pessoa a qual será a única titular do capital
social gerado, diferentemente da situação retratada, como é possível perceber no art. Art. 980-A: “a
empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da
totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior
salário-mínimo vigente no País”.

Gabarito: Letra C.

9. (FGV / TJ-AL – 2018) A Associação Amigos de Ponta Verde, constituída por moradores do
bairro, decide, em assembleia regular, explorar cantina em sua sede, com o propósito de
melhorar seu caixa com o lucro da atividade.

Essa deliberação é considerada:

(A) válida, pois o lucro será destinado à associação;

(B) nula, pois a associação não pode ter fins econômicos;

(C) ineficaz quanto aos associados, uma vez que não receberão os lucros;

(D) ilícita, já que não faz parte do objeto social;

(E) legal, pois o lucro deverá ser partilhado entre os associados.

Comentários:

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a situação hipotética retratada é
válida, pois, de acordo com o CC/2002, a finalidade da associação deve ser não econômica, o que não a
priva de levantar fundos para sua própria manutenção, como se pode perceber no art. 53: “constituem-
se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.

Gabarito: Letra A.

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Domicílio (Art. 70 Ao 78)

1. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A sociedade


PQR Serviços Ltda., estabelecida em Maceió e onde se reúne a diretoria, possui três sócios-
administradores: Paulo, que reside em Marechal Deodoro; Quênia, em Barra de Santo
Antônio; e Rita, em Paripueira. Nessa hipótese, pode(m)-se considerar como domicílio de
PQR Serviços Ltda.:

(A) Barra de Santo Antônio;

(B) Maceió;

(C) Paripueira;

(D) Maceió, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio e Paripueira;

(E) Marechal Deodoro.

Comentários:

Esta questão foi suspensa, portanto não foi disposto gabarito. No entanto, a resolução baseia-se no art.
75 do Código Civil, exposto abaixo, que traz o que se considera como domicílio de pessoa jurídica,
englobando as organizações societárias, assim dispondo que o domicílio desta será o lugar de
funcionamento, mas também pode ser eleito o domicílio especial através do acordo entre os sócios, na
constituição desta ou propriamente no estatuto.

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações,
ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

GABARITO: X

2. (FGV / TJ-AL – 2018) Carlos, serventuário do Poder Judiciário, reside em Marechal Deodoro,
leciona em centro universitário localizado em Maceió e está lotado na Comarca de São Miguel
dos Campos, onde exerce suas funções.

Diante desse quadro, Carlos possui domicílio necessário em:

(A) Maceió e São Miguel dos Campos;

(B) Marechal Deodoro;

(C) Maceió;

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(D) Marechal Deodoro e Maceió;

(E) São Miguel dos Campos.

Comentários:

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, uma vez que, de acordo com o CC/2002, o
servidor público terá domicílio necessário no local onde exercer permanentemente as suas funções, que
no caso de Carlos, será em São Miguel dos Campos, como é possível constatar, de acordo com o art. 76,
parágrafo único: “têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que
exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde
o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença”. É importante salientar
que o domicílio necessário se divide em originário e legal, ou seja, quando é necessário por conta da
origem, onde a pessoa nasceu e, quando é necessário por conta de determinação legal, como é o caso do
==10e5f0==

servidor público.

Gabarito: Letra E.

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Disposições Gerais (ART. 40 AO 52)

1. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) Maria, de


14 anos, desferiu diversas agressões escritas em seu perfil, em rede social, contra o Bar ABC
Ltda., cujos prepostos se recusaram a vender-lhe bebida alcoólica. Ante a menção desonrosa à
imagem do Bar, é correto afirmar que:

(A) o ato não é hábil a gerar dano, ante a falta de capacidade de fato de Maria;

(B) o Bar poderá buscar tutela jurídica ante a violação de um direito da personalidade;

(C) Maria, que adquire especial capacidade quando da prática de ato ilícito, responderá pelo dano;

(D) o Bar não possui capacidade de direito, pelo que é inviável falar-se em danos à sua imagem;

(E) o Bar nada poderá fazer, pois não é titular de direitos da personalidade.

2. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A Turma


de ex-alunos do Colégio XYZ resolve formalizar-se como pessoa jurídica e, para tanto, opta pela
espécie associação. Quanto à sua existência, diz-se que:

(A) ocorrerá quarenta e cinco dias após a inscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas;

(B) ocorrerá quarenta e cinco dias após a lavratura do ato de constituição;

(C) ocorreu desde a primeira reunião dos ex-alunos;

(D) ocorrerá quando da inscrição do ato constitutivo no registro de pessoas jurídicas;

(E) ocorrerá a partir da lavratura do ato de constituição.

3. (FGV / TJ-AL – 2018) Um grupo de biólogos decide organizar uma pessoa jurídica para
apoiar a pesquisa científica. Não pretendem acometer finalidade econômica à atividade do novo
ente, mas desejam, de toda forma, participar ativamente da administração da entidade.

Diante desse quadro, deve-se indicar ao grupo de biólogos a constituição de:

(A) partido político;

(B) associação;

(C) grupo de amigos;

(D) sociedade;

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(E) organização religiosa.

4. (FGV / SEFIN-RO – 2018) Acerca da aplicação da desconsideração da personalidade


jurídica da sociedade empresária, analise as afirmativas a seguir.

I. Na falência da sociedade empresária, a desconsideração não poderá ser decretada antes do


encerramento da arrecadação e ficará restrita às pessoas naturais que exerciam a administração
ao tempo da decretação.

II. Decretada em incidente processual a desconsideração da personalidade jurídica, deverá ser


dissolvida compulsoriamente a sociedade, investindo os sócios o liquidante na representação da
pessoa jurídica.

III. Em caso de desvio de finalidade, o juiz poderá decretar a desconsideração da personalidade


jurídica para estender os efeitos de obrigações assumidas pela sociedade aos sócios.
==10e5f0==

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.

(B) I e III, apenas.

(C) II, apenas.

(D) III, apenas.

(E) I e II, apenas.

5. (FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – 2016) A Associação de Amigos das Aves (AAA), por
meio de Maria Helena, sua representante e presidente, celebra contrato de locação com Orlando,
tendo como objeto imóvel de propriedade deste.

O imóvel servirá de sede da associação, conforme consta do contrato de locação. Após assinado
o contrato e de posse das chaves do imóvel, Maria Helena passa a nele residir com sua filha. Após
seis meses de locação, a AAA deixa de pagar os valores referentes ao aluguel, num total de R$
12.000,00.

Depois de uma tentativa frustrada de cobrança amigável dos aluguéis atrasados, Orlando
ingressa com uma ação de cobrança contra a AAA e Maria Helena. Ao fim do processo, somente
Maria Helena é condenada a pagar o valor dos aluguéis atrasados, tendo em vista que a AAA
dispunha somente de R$ 100,00 em seu patrimônio.

Tendo a situação descrita como referência, assinale a afirmativa correta.

(A) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena
jamais poderá ser obrigada a pagar os valores devidos, com fundamento no princípio da separação
patrimonial.

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(B) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação, sendo certo que Maria Helena
somente poderá ser obrigada a pagar os valores devidos se houver a desconsideração da personalidade
da sociedade.

(C) A ação de cobrança deveria ter sido intentada contra a associação e contra Maria Helena, na medida
em que esta passa a residir no imóvel locado pela associação, tornando-se sua comodatária.

(D) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que ela
é a representante da pessoa jurídica.

(E) A ação de cobrança deveria ter sido intentada somente contra Maria Helena, na medida em que a
associação não possui meios de pagamento da dívida.

GABARITO
1. TJ-AL X
2. TJ-AL X
3. TJ-AL B
4. SEFIN-RO D
5. PREF. DE CUIABÁ-MT B

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Associações e Fundações (ART. 53 AO 69)

1. (FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário – 2021) Renato, Luana, Celso e Bárbara se uniram para
constituir uma pessoa jurídica de direito privado para o exercício de atividade com finalidade
não econômica. Nesse caso, é correto afirmar que:

A) haverá, entre os quatro, direitos e obrigações recíprocos;

B) o estatuto poderá instituir categorias pelas quais alguns deles tenham vantagens especiais;

C) sua participação na pessoa jurídica será transmitida aos seus herdeiros, se o estatuto não dispuser o
contrário;

D) competirá exclusivamente à assembleia geral alterar o estatuto;

E) sob pena de anulação, o estatuto deve conter, entre outros elementos, a denominação, os fins e a sede
da pessoa jurídica.

2. (FGV - SEFAZ-AM - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – 2022) Pedro e Ariel, sócios em
um pequeno empreendimento no ramo de entretenimento, a Sextou, viram sua empresa
enfrentar sérias dificuldades financeiras em razão da suspensão das atividades, em
consequência da pandemia da Covid-19. Em razão disso, deixaram de adimplir algumas
obrigações contratuais, incluindo as três últimas parcelas de um contrato de empreitada que
haviam celebrado com a sociedade empresária Construir para reforma de um espaço destinado
a eventos. Diante do inadimplemento da Sextou, a sociedade empresária Construir promove
ação judicial com o intuito de receber as parcelas vencidas e não pagas da obra, que havia sido
finalizada 20 dias antes da decretação da pandemia. A sociedade empresária Construir, tendo
conhecimento da situação financeira da Sextou, bem como da interrupção das atividades sem
previsão de retorno, requer a instauração do incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, com o intuito de alcançar o patrimônio pessoal dos sócios para a satisfação do seu
crédito. Diante da hipótese narrada e de acordo com o disposto no Art. 50 do Código Civil,
assinale a afirmativa correta.

(A) O inadimplemento da Sextou, somado à suspensão das suas atividades, é causa justificadora para o
deferimento do pedido de desconsideração da personalidade jurídica.

(B) A interrupção das atividades comerciais da Sextou configura abuso da personalidade jurídica,
ensejando a desconsideração.

(C) O inadimplemento, por si só, não configura abuso da personalidade, não sendo causa justificadora
para a desconsideração da personalidade jurídica da empresa.

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(D) As obrigações da Sextou serão estendidas aos sócios se ficar comprovado que ambos possuem
patrimônio pessoal suficiente para arcar com tais obrigações sem comprometimento da subsistência
individual e familiar.

(E) A interrupção das atividades da Sextou configura desvio de finalidade, independente da


demonstração do propósito de lesar os credores.

3. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Viriato é membro da Associação Brasileira de


Amantes da Literatura Atual, uma associação civil de fins educacionais e culturais. Certa vez,
Viriato desentendeu-se com os gestores da associação, ocasionando uma acalorada discussão. A
briga, felizmente, foi interrompida por outros associados antes que os envolvidos ingressassem
em vias de fato. Dias depois, Viriato foi surpreendido com uma notificação formal, comunicando-
lhe que, após deliberação do Conselho Administrativo, ele havia perdido a qualidade de
associado da pessoa jurídica e não podia mais frequentar a sede desta ou participar de qualquer
de suas atividades. No que diz respeito à exclusão de Viriato da associação, tal como ocorreu
neste caso, é correto afirmar que:

(A) foi válida, bastando para tanto que a deliberação tenha seguido o procedimento previsto no estatuto
da associação;

(B) não é admissível juridicamente, porque o procedimento não assegurou a Viriato o contraditório e a
ampla defesa;

(C) foi válida, bastando para tanto que se tenha reconhecido, durante a deliberação, haver justa causa
para a exclusão;

(D) não é admissível juridicamente, porque Viriato não pode ser excluído da associação sem o requerer
expressamente;

(E) foi válida, bastando para tanto que a convivência entre Viriato e os demais associados tenha se
provado impossível.

4. (FGV - MPE-GO - Analista Jurídico – 2022) A Fundação da Livro Aberto foi instituída com a
finalidade de promover a leitura. Seus instituidores dotaram os bens necessários para cumprir
o escopo, porém, após dez anos de regular funcionamento e contas regularmente aprovadas pelo
Ministério Público, verificam que o patrimônio ainda restante não possibilita a manutenção das
atividades. Diante disto, apesar do ato constitutivo não prever prazo e a forma de extinção, os
instituidores pretendem extingui-la.

A este respeito, assinale a afirmativa correta.

A) Após a extinção, os instituidores farão jus a bens na proporção da integralização que cada qual
realizou.

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B) A extinção deve ser promovida sob a condução do Poder Judiciário, a despeito do consenso dos
instituidores.

C) Os instituidores não possuem legitimidade para promover a extinção da Fundação Livro Aberto.

D) Após a extinção, os bens da fundação serão incorporados em outra fundação com igual ou semelhante
finalidade.

E) Uma vez extinta, os bens deverão ser revertidos ao Município em que a fundação é domiciliada.

5. (FGV/ TCU – 2022) Adauto instituiu por testamento fundação com fins de promoção de
educação de jovens carentes de São Paulo e, para tal, realizou a dotação de bens livres com a
parte disponível de sua herança. Quando ele faleceu, o estatuto foi elaborado, aprovado pelo
Ministério Público e inscrito no órgão competente. A fundação começou a funcionar, mas agora,
depois de um ano de funcionamento, precisará realizar alterações no seu estatuto. A reforma,
além de deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e não
contrair ou desvirtuar o fim da fundação, deve ser:

a) aprovada expressamente pelo órgão do Ministério Público dentro do prazo legal, descabido o
suprimento judicial em caso de denegação ou ausência de manifestação;

b) aprovada pelo órgão do Ministério Público expressa ou tacitamente (pelo decurso dentro do prazo
legal sem manifestação), descabido o suprimento judicial;

c) aprovada pelo órgão do Ministério Público e, se ele denegar ou não se manifestar no prazo legal,
poderá o juiz supri-la a requerimento do interessado;

d) aprovada expressamente pelo órgão do Ministério Público sendo cabível suprimento judicial
somente no caso de ele não se manifestar no prazo legal;

e) aprovada pelo órgão do Ministério Público, expressa ou tacitamente (pelo decurso dentro do prazo
legal sem manifestação), sendo cabível suprimento judicial somente no caso de denegação.

6. (FGV - TJ-TO - Técnico Judiciário – 2022) Catarina, uma senhora viúva com patrimônio
avaliado em muitos milhões de reais, determinou em seu testamento que alguns bens de sua
propriedade deveriam ser destinados, após a sua morte, à criação de uma fundação protetora de
animais abandonados na cidade em que ela residia. Com a morte de Catarina, porém, constatou-
se que os bens por ela destinados à criação da fundação haviam se desvalorizado drasticamente
com o passar do tempo, de modo que o seu valor tornou-se absolutamente insuficiente para a
criação da pessoa jurídica por ela concebida. Considerando que o testamento de Catarina,
plenamente válido e eficaz, não previa nenhuma solução específica para esse problema, é
correto afirmar que:

(A) outros bens da herança de Catarina deverão ser destinados à constituição da fundação, tantos
quantos bastem para se atingir o valor necessário para essa finalidade;

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(B) caberá ao Ministério Público do Estado em que a fundação seria constituída promover a alienação
dos bens que haviam sido destinados à constituição da fundação;

(C) os bens originalmente destinados por Catarina à constituição da fundação deverão ser revertidos
em favor dos seus herdeiros legítimos e testamentários;

(D) os bens destinados por Catarina à criação da fundação deverão ser incorporados em outra fundação
que se proponha a uma finalidade igual ou semelhante;

(E) a fundação não será constituída e os bens originalmente destinados para essa finalidade devem ser
arrecadados pelo poder público como herança vacante.

7. (FGV / DPE-RJ – 2019) Pedro, morador de uma área carente, recebeu uma carta
informando-o que estava em débito com a anuidade da associação de moradores do seu bairro.
Ressalte-se que Pedro, no fim do ano anterior, tinha solicitado o seu desligamento da associação,
==10e5f0==

o que foi indeferido sob o argumento de que a associação atuava em benefício dos moradores.

À luz do ocorrido, Pedro procurou a Defensoria Pública e solicitou orientação, sendo-lhe


informado, corretamente, que o seu requerimento foi indeferido de:

(A) modo correto, pois todos os moradores devem permanecer vinculados à referida associação;

(B) forma equivocada, pois ninguém pode ser obrigado a permanecer associado;

(C) modo correto, pois, como Pedro se associou de modo voluntário, não poderia desligar-se da
associação;

(D) forma equivocada, pois a associação de moradores deveria demonstrar que atuou em benefício de
Pedro durante o ano

(E) modo correto, pois o pedido de desligamento só teria eficácia 2 (dois) anos depois.

8. (FGV / TJ-SC – 2018) Jorge, Felipe e Marcela pretendem exercer, conjuntamente, atividade
econômica voltada para prestação de serviços de barbearia, por meio da qual buscarão
distribuir lucros para o sustento de suas famílias.

Para tanto, pretendem constituir uma pessoa jurídica, sendo-lhes adequado o tipo:

(A) fundação;

(B) associação;

(C) sociedade;

(D) organização religiosa;

(E) empresa individual de responsabilidade limitada.

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9. (FGV / TJ-AL – 2018) A Associação Amigos de Ponta Verde, constituída por moradores do
bairro, decide, em assembleia regular, explorar cantina em sua sede, com o propósito de
melhorar seu caixa com o lucro da atividade.

Essa deliberação é considerada:

(A) válida, pois o lucro será destinado à associação;

(B) nula, pois a associação não pode ter fins econômicos;

(C) ineficaz quanto aos associados, uma vez que não receberão os lucros;

(D) ilícita, já que não faz parte do objeto social;

(E) legal, pois o lucro deverá ser partilhado entre os associados.

GABARITO
1. TJ-RO B
2. SEFAZ-AM C
3. TJ-TO B
4. MPE-GO C
5. TCU C
6. TJ-TO D
7. DPE-RJ B
8. TJ-SC C
9. TJ-AL A

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Domicílio (ART. 70 AO 78)

1. (FGV - TJ-AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador-2018) (Suspensa) A sociedade


PQR Serviços Ltda., estabelecida em Maceió e onde se reúne a diretoria, possui três sócios-
administradores: Paulo, que reside em Marechal Deodoro; Quênia, em Barra de Santo
Antônio; e Rita, em Paripueira. Nessa hipótese, pode(m)-se considerar como domicílio de
PQR Serviços Ltda.:

(A) Barra de Santo Antônio;

(B) Maceió;

(C) Paripueira;

(D) Maceió, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio e Paripueira;

(E) Marechal Deodoro.

2. (FGV / TJ-AL – 2018) Carlos, serventuário do Poder Judiciário, reside em Marechal Deodoro,
leciona em centro universitário localizado em Maceió e está lotado na Comarca de São Miguel
dos Campos, onde exerce suas funções.

Diante desse quadro, Carlos possui domicílio necessário em:

(A) Maceió e São Miguel dos Campos;

(B) Marechal Deodoro;

(C) Maceió;

(D) Marechal Deodoro e Maceió;

(E) São Miguel dos Campos.

GABARITO
1. TJ-AL X
2. TJ-AL E

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