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DIRETORIA DE PRODUÇÃO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIVERSOS

FICHA TÉCNICA DO MATERIAL


grancursosonline.com.br

CÓDIGO:
2822023217

TIPO DE MATERIAL:
E-book

NOME:
Questões Comentadas de Direito Eleitoral
Concurso Unificado TSE + TREs

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
3/2023
Sumário

QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL...................................................4

Direito Eleitoral..............................................................................................................4

Conceito, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral.....................................................4

Código Eleitoral – Introdução......................................................................................7

Justiça Eleitoral – Organização e Composição.........................................................15

Ministério Público Eleitoral..........................................................................................73

Alistamento Eleitoral....................................................................................................89

Sistemas Eleitorais.......................................................................................................92

Atos Preparatórios à Votação......................................................................................112

Apuração das Eleições.................................................................................................122

Da Diplomação..............................................................................................................131

Nulidades da Votação...................................................................................................136

Recursos Eleitorais.......................................................................................................146

Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral.............................................................167

Direitos Políticos – Alistamento e Voto.......................................................................186

Direitos Políticos – Condições de Elegibilidade........................................................191

Direitos Políticos – Inelegibilidades Constitucionais................................................200

Direitos Políticos – Princípio da Anterioridade Eleitoral...........................................233

Direitos Políticos – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo.................................240

Lei n. 9.504/1997 – Disposições Gerais......................................................................257

Lei n. 9.096/1995 – Disposições Preliminares............................................................266

GABARITO.........................................................................................................................276
QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL


CONCURSO UNIFICADO TSE + TRES

WESLEI MACHADO

DIREITO ELEITORAL

Conceito, Fontes e Princípios do Direito Eleitoral

1. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Em


determinado município, o prefeito submeteu à câmara municipal projeto de lei que pre-
via a criação de crime eleitoral para a conduta de candidato analfabeto que pleiteasse
o cargo eletivo de vereador.

Considerando a situação hipotética acima e a legislação referente aos crimes eleitorais,


julgue os itens abaixo.

A matéria eleitoral poderia ser apreciada pela câmara municipal, nos termos da CF vi-
gente, enquanto a matéria criminal, não.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal, a União tem competência legislativa
privativa para legislar sobre Direito Eleitoral. Logo, os municípios, o Distrito Federal e os
estados-membros não têm competência para tratar sobre crimes eleitorais.

2. (FUNDEP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG/2014) Analise as afirmativas


seguintes.

I – Independente e próprio, com autonomia científica e didática, o Direito Eleitoral está


encarregado de regulamentar os direitos políticos dos cidadãos e o processo eleito-
ral, cujo conjunto de normas destina-se a assegurar a organização e o exercício de
direitos políticos, especialmente os que envolvam votar e ser votado.
II – A Lei Eleitoral é exclusivamente federal por força do Artigo 22, I, da Constituição
Federal, podendo, no entanto, os Estados e Municípios disporem de regras de cunho
eleitoral supletivamente.
III – As Medidas Provisórias podem conter disposições com conteúdo eleitoral.
IV – Vigora no Direito Eleitoral o princípio da anterioridade, ou seja, embora em vigor na
data de sua publicação, a lei somente será aplicada se a eleição acontecer após 1
(um) ano da data de sua vigência.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

A partir da análise, conclui-se que estão corretas:


a. I e II apenas.
b. I e III apenas.
c. II e III apenas.
d. I e IV apenas.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. Para Joel José Cândido (2006, p. 23), Direito Eleitoral é:

O ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e
das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares de mandatos
eletivos e das instituições de Estado.

Na mesma linha, José Jairo Gomes (2012, p. 19) assim o define:

O ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os procedimentos


regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício do sufrágio com vistas à
concretização da soberania popular.

II – Errado. A competência legislativa para legislar sobre Direito Eleitoral é privativa da


União, nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal, não se admitindo a edição de leis
estaduais e municipais sobre essa matéria.
III – Errado. De acordo com o art. 62, § 1º, I, a, da Constituição Federal, não se admite a
edição de medidas provisórias sobre Direito Eleitoral.
IV – Certo. Conforme o art. 16 da Constituição Federal, as leis eleitorais que alterem o
processo eleitoral entram em vigor na data de sua publicação, mas não se aplicam às elei-
ções que ocorram até 1 (um) ano da data de sua vigência. No item, o examinador não fez
referência às leis que alterem processo eleitoral, mas, sim, às leis eleitorais, motivo pelo
qual é importante destacar que não são todas as leis eleitorais regidas pelo princípio da
anterioridade eleitoral (somente aquelas que alterem o processo eleitoral). Desse modo,
poder-se-ia afirmar, tecnicamente, que a afirmação contida nesse item é incorreta. Contu-
do, essa afirmação foi considerada errada pelo examinador.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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3. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RO/2013) Não se incluem,


dentre as fontes do Direito Eleitoral: as:
a. resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
b. decisões jurisprudenciais.
c. leis estaduais.
d. normas da Constituição Federal.
e. leis federais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal, compete privativamente à União legislar
sobre Direito Eleitoral, não cabendo aos estados-membros e ao Distrito Federal expedir
normas sobre essa matéria.
Desse modo, as leis estaduais não são fontes do Direito.
As demais alternativas contêm exemplos de fontes do Direito Eleitoral.

4. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) O


atual Código Eleitoral foi elaborado após a CF de 1988; assim, todos os seus dispositi-
vos estão de acordo com o texto da Carta Magna.

COMENTÁRIO
O Código Eleitoral disciplina a competência da Justiça Eleitoral, o exercício dos direitos
políticos, fixa as regras de alistamento, dos sistemas eleitorais, de registro de candidaturas,
de atos preparatórios, da apuração, da diplomação dos eleitos, dos crimes eleitorais e do
processo penal eleitoral.
Esse diploma legislativo foi editado em 1965, muito antes, portanto, da entrada em vigor
da CF/1988. Com a edição do novo texto constitucional foi possível observar que algumas
disposições do diploma eleitoral eram com ele incompatíveis, e, por essa razão, foram
revogadas.
Para ilustrar essa incompatibilidade, basta observar o disposto no art. 5º do CE, que veda o
exercício de direitos políticos aos analfabetos. Esse dispositivo do CE viola o texto constitucio-
nal que permite aos analfabetos, de forma facultativa, o exercício dos direitos políticos ativos, e
por essa razão, não foi recepcionado pela nova ordem constitucional instaurada pelo CF/1988.
Da mesma forma, entende-se que não é compatível a proibição de aquisição da cidadania
aos brasileiros que não saibam exprimir-se em língua nacional, prevista no art. 5º, II, do
CE. Segundo esse dispositivo, um índio, por exemplo, que tenha a nacionalidade brasi-
leira, mas que não saiba exprimir-se em língua nacional, não poderia adquirir a cidadania
brasileira. Contudo, a CF/1988, ao atribuir a cidadania, não exigiu a fluência em língua
portuguesa.

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Código Eleitoral – Introdução

5. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MA/2005)


Considere um eleitor que não tem prova de que votou na última eleição, nem pagou a
respectiva multa ou se justificou devidamente. Nessa situação, o referido eleitor pode:
a. propor ação popular.
b. obter passaporte ou carteira de identidade.
c. praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou declara-
ção de renda.
d. inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública e investir-se ou
empossar-se nele.
e. participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos terri-
tórios, do DF ou dos municípios.

COMENTÁRIO
A partir da análise do art. 7º do Código Eleitoral, que estabelece as consequências jurídicas
impostas aos eleitores que descumprirem o seu dever de votar, não justifica a ausência
nem paga a multa, inexiste a proibição para aqueles que não possuem quitação eleitoral
proporem ações populares.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
Segundo o art. 7º, § 1º, do Código Eleitoral, sem a prova de que votou na última eleição,
pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:

i) inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou em-


possar-se neles;
ii) receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público,
autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e so-
ciedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam
serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
iii) participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos terri-
tórios, do Distrito Federal ou dos municípios, ou das respectivas autarquias;
iv) obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômi-
cas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em
qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração
este participe, e com essas entidades celebrar contratos;
v) obter passaporte ou carteira de identidade;
vi) renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
vii) praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou impos-
to de renda.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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6. (VUNESP/ADVOGADO/CSAER-GUARATINGUETÁ-SP/2015) Assinale a alternati-


va correta.
a. O sufrágio censitário é uma das espécies do sufrágio universal.
b. O plebiscito é o chamamento do cidadão para manifestar-se sobre ratificação ou
rejeição de ato normativo já editado pelo legislador, enquanto que o referendo é a
convocação do cidadão para manifestar-se sobre a aprovação ou reprovação de ato
normativo a ser deliberado pelo legislador.
c. A Justiça Eleitoral exerce exclusivamente as funções jurisdicional, normativa e
consultiva.
d. O eleitor que estiver no país e deixar de votar, não se justificando perante o Juiz Elei-
toral até sessenta dias após a eleição, incorrerá em pena de multa. Diversamente, o
eleitor que estiver no exterior e deixar de votar terá trinta dias contados de seu retorno
ao país para se justificar perante o Juiz Eleitoral, sob pena de multa.
e. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente os confli-
tos de jurisdição entre Juízes Eleitorais de Estados diversos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 126 da Resolução-TSE n. 23.659/2021, o eleitor que deixar de votar e
não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição incorrerá
em multa imposta pelo juiz eleitoral.
A seu turno, para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo de que
trata o caput será de 30 dias, contados do seu retorno ao país, segundo o art. 126, I, b, da
Resolução-TSE n. 23.659/2021.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O sufrágio censitário, concedido a cidadãos que preencham critérios econômi-
cos, não é adotado na ordem jurídica brasileira. Na verdade, a Constituição Federal previu
que o sufrágio é universal.
b. Errado. Segundo o art. 2º da Lei n. 9.709/1998, o referendo é convocado com posterio-
ridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou
rejeição. Por sua vez, o plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou admi-
nistrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
c. Errado. A Justiça Eleitoral exerce as seguintes funções:

a. jurisdicional;
b. regulamentar;
c. consultiva; e,
d. administrativa.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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e. Errado. De acordo com o art. 22, I, b, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior
Eleitoral processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre tribunais
regionais eleitorais e juízes eleitorais de estados diferentes.

7. (IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AM/2014/ADAPTADO)


De acordo com o Código Eleitoral (Lei Federal n. 4.737/1965), assinale a alternativa
incorreta.
Não podem se alistar eleitores:
a. analfabetos.
b. que não saibam se exprimir na língua nacional.
c. que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos.
d. militares, ainda que não sejam oficiais ou aspirantes a oficiais.

COMENTÁRIO
A Banca Examinadora IBFC, na definição do gabarito, levou em consideração disposições
legais contidas no art. 5º do Código Eleitoral que não foram recepcionadas pela Consti-
tuição Federal. Apesar da revogação dos incisos I e II do art. 5º do Código Eleitoral, esse
dispositivo foi levado em consideração para a definição do gabarito. O art. 5º do Código
Eleitoral dispõe que:

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:


I – os analfabetos (revogado);
II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional (revogado);
III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos.

Por sua vez, inexiste restrição para a aquisição da cidadania pelos cidadãos militares.
Com isso, o gabarito oficial considerou a literalidade do art. 5º do Código Eleitoral, porém,
ressalto que esse dispositivo foi parcialmente revogado pela Constituição Federal.

8. (IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AM/2014) Com relação


ao alistamento, ao voto e à sua disciplina, assinale a alternativa correta.
a. São obrigatórios para os brasileiros de um ou outro sexo, salvo quanto ao alista-
mento, do qual estão desobrigados os maiores de 70 (setenta) anos.
b. Como regra, não são obrigatórios para os brasileiros.
c. É obrigatório o alistamento, inclusive, para os que estiveram fora do país.
d. É obrigatório o voto para os que se encontrem fora de seu domicílio.

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COMENTÁRIO
A Banca Examinadora IBFC, na definição do gabarito, levou em consideração disposições
legais contidas no art. 6º do Código Eleitoral que não foram recepcionadas pela Constitui-
ção Federal. Com efeito, o tema facultatividade e obrigatoriedade do alistamento eleitoral
atualmente está regulado pelo art. 14, § 1º, da Constituição Federal, estando revogadas as
disposições legais com ele incompatíveis revogadas.
Apesar disso, houve a cobrança da literalidade do art. 6º do Código Eleitoral, segundo o qual:

Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a. os inválidos;
b. os maiores de 70 (setenta) anos;
c. os que se encontrem fora do país;
II – quanto ao voto:
a. os enfermos;
b. os que se encontrem fora do seu domicílio;
c. os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

A alternativa correta baseou-se nessa disposição legal, considerando apenas a sua li-
teralidade.

9. (CONSULPLAN/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-SC/2019) Estabelece a


Lei n. 4.737/1965 que o alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um
e outro sexo, salvo:

I – quanto ao alistamento: os enfermos; os maiores de 70 (setenta) anos; os que se


encontrem fora do país;
II – quanto ao voto: os inválidos; os que se encontrem fora do seu domicílio; e os funcio-
nários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

COMENTÁRIO
Apesar da divergência doutrinária quanto à recepção do art. 6º do Código Eleitoral, a Ban-
ca Examinadora Consulplan cobrou a literalidade desse dispositivo legal, razão pela qual
o reproduzo a seguir:

Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a. os inválidos;

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b. os maiores de 70 (setenta) anos;


c. os que se encontrem fora do país.
II – quanto ao voto:
a. os enfermos;
b. os que se encontrem fora do seu domicílio;
c. os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

A partir da literalidade desse dispositivo pré-constitucional, pode-se concluir que a asserti-


va está errada.
De qualquer forma, há, inclusive julgados do TSE sobre algumas das situações listadas
nessa prescrição legal em que houve a adoção de posição demonstrativa da não recep-
ção dessas disposições, como por exemplo, a Resolução-TSE n. 23.659/2021, que trata
da obrigatoriedade do alistamento e do voto das pessoas com deficiência (inválidos, na
expressão inadequada do Código Eleitoral).

10. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2017) Jailma, para


quem o voto é obrigatório, é professora e nunca tinha deixado de votar em uma eleição.
Ocorre que, em 2016, viajou para outro Município com a intenção de cuidar da saúde de
sua mãe. Por estar fora de seu domicílio eleitoral, deixou de votar nessas eleições para
escolha de Vereador e de Prefeito. Com muitas preocupações, Jailma não justificou sua
ausência às urnas nem realizou o pagamento da multa respectiva. Dessa forma, Jailma
não poderá:
a. praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de
renda, mas poderá inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública.
b. inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, mas poderá inves-
tir-se ou empossar-se neles se já tiver havido a inscrição antes da ausência às urnas
e também não poderá obter passaporte ou carteira de identidade.
c. inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou
empossar-se neles e também não poderá obter carteira de identidade ou passaporte,
salvo se o eleitor estiver no exterior e requerer novo passaporte para identificação e
retorno ao Brasil.
d. obter passaporte pelo período de cinco anos, mas poderá obter carteira de identidade
para que possa ser identificada civilmente.
e. renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial, mas poderá obter carteira de
identidade.

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COMENTÁRIO
Jailma, em razão de não cumprir suas obrigações eleitorais, ou seja, não votou, não justi-
ficou sua ausência e nem pagou a multa eleitoral, não poderá, nos termos do art. 7º, § 1º,
II e V, do Código Eleitoral:

a. inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou em-


possar-se neles; e
b. obter passaporte ou carteira de identidade, salvo, em relação ao passaporte, se eleitor
estiver no exterior e requerer novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil.

Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados. Jailma não poderá inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função
pública, investir-se ou empossar-se neles.
d, e) Errados. Jailma não poderá obter passaporte ou carteira de identidade até que cum-
pra suas obrigações eleitorais.

11. (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MS/2019) Em relação ao alista-


mento, ao voto e à obrigatoriedade de seu exercício, é correto afirmar que:
a. não podem alistar-se como eleitores somente os analfabetos e os que não saibam
exprimir-se na língua nacional.
b. sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
justificou devidamente, não poderá o eleitor obter passaporte ou carteira de identi-
dade, entre outras restrições.
c. o eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 45 dias após
a realização da eleição, incorrerá em multa de cinco a dez por cento sobre o salário
mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral.
d. o alistamento é obrigatório para todos os brasileiros, salvo apenas para os maiores de
sessenta anos, pois já enquadrados no Estatuto do Idoso.
e. voto não é obrigatório para os militares.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 7º, § 1º, V, do Código Eleitoral, dentre outras consequências, sem a
prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou de-
vidamente, não poderá o eleitor: obter passaporte ou carteira de identidade.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:

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a. Errado. Para os analfabetos, o alistamento é facultativo e não existe proibição de alista-


mento para brasileiros que não saibam exprimir-se em língua nacional que preencham os
requisitos legais.
c. Errado. Conforme o art. 126 da Resolução-TSE n. 23.659/2021, o eleitor que deixar de
votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral.
d. Errado. O alistamento é obrigatório para os brasileiros maiores de dezoito e menores de
70 (setenta) anos, desde que alfabetizados. Para os brasileiros maiores de 70 (setenta)
anos, o alistamento é facultativo.
e. Errado. Independentemente da profissão, o alistamento eleitoral será obrigatório para os
brasileiros maiores de dezoito e menores de 70 (setenta) anos, desde que alfabetizados.

12. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RN/2003)


Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condi-
ções constitucionais e legais de elegibilidade e incompatibilidade.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º do Código Eleitoral, qualquer cidadão pode pretender investidura
em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e in-
compatibilidade. Em outras palavras, para concorrer a cargos eletivos, o cidadão deve
preencher todas as condições de elegibilidade e não incidir em nenhuma das hipóteses de
inelegibilidade.

13. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-CE/2012) A respeito do


alistamento e do voto, considere:

I – Não podem alistar-se eleitores os que não saibam exprimir-se na língua nacional.
II – O alistamento é obrigatório para os inválidos.
III – O voto não é obrigatório para os que se encontrarem fora do seu domicílio.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I e III.
b. I e II.
c. II e III.
d. I.
e. II.

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COMENTÁRIO
Apesar da divergência doutrinária quanto à recepção dos arts. 5º e 6º do Código Eleitoral
pela Constituição Federal, a Banca Examinadora FCC cobrou a literalidade desse disposi-
tivo legal, razão pela qual o reproduzo a seguir:

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:


I – os analfabetos (revogado);
II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional (revogado);
III – os que estejam privados, temporária ou definitivamente, dos direitos políticos.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a. os inválidos;
b. os maiores de 70 (setenta) anos;
c. os que se encontrem fora do país.
II – quanto ao voto:
a. os enfermos;
b. os que se encontrem fora do seu domicílio;
c. os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

Com base nessa premissa inicial, vamos à análise das assertivas:


I – Certo. Segundo o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, contido na Resolução
n. 23.274/2010, inexiste vedação para o alistamento e voto de brasileiros que não saibam
exprimir-se em língua nacional. Além disso, houve a afirmação expressa de que o art. 5º,
II, do Código Eleitoral, não foi recepcionado pela Constituição Federal. Apesar desse en-
tendimento do Tribunal Superior Eleitoral, considerou-se válida a disposição do art. 5º, II,
do Código Eleitoral.
II – Errado. Conforme o art. 6º, I, a, do Código Eleitoral, o alistamento não é obrigatório
para os inválidos, motivo pelo qual esse item foi considerado como correto. Destaque-se,
por oportuno, que, segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, con-
tido na Resolução-TSE n. 23.659/2021, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios
de acordo com a aplicação das regras constitucionais contidas no art. 14, § 1º. Por essa
disposição, para os maiores de 18, menores de 70, desde que alfabetizados, o alistamento
eleitoral e o voto são obrigatório. Entretanto, nos casos de deficiências que tornem o exer-
cício das obrigações eleitorais excessivas não se imporá sanção pelo não cumprimento
dos deveres eleitorais.
III – Certo. Nos termos do art. 6º, II, b, do Código Eleitoral, o voto é considerado facultativo
para os cidadãos que se encontrem fora de seu domicílio eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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14. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-GO/2015)


O eleitor que, nos termos da legislação eleitoral, seja obrigado a votar e não o faça esta-
rá sujeito a multa caso não se justifique perante o juiz eleitoral competente até sessenta
dias após a realização da eleição.

COMENTÁRIO
Os eleitores obrigados ao exercício do voto, que estiverem em território nacional, possuem
o prazo de até 60 dias após a data das eleições para justificarem as suas ausências, sendo
que a ausência ou recusa da justificativa eleitoral tem como consequência a imposição de
multa eleitoral.

Justiça Eleitoral – Organização e Composição

15. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/AL-PE/2014) A respeito da composição dos Tribunais Re-


gionais Eleitorais, é correto afirmar que podem vir a integrá-los, dentre outros juízes, um:
a. Procurador da República indicado pelo Presidente da República.
b. Ministro do Superior Tribunal de Justiça.
c. Ministro do Supremo Tribunal Federal.
d. Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do respectivo Estado.
e. membro do Ministério Público do respectivo Estado.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b. de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distri-
to Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Atente-se para o fato de que, apesar de a assertiva considerada certa mencionar apenas a
possibilidade de o TRE compor-se de um juiz membro do TRF, mas, nas unidades federati-
vas em que não há TRF, o membro da Justiça Federal integrante do TRE é um juiz federal,
membro do primeiro grau de jurisdição.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

16. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2015) O Tribunal Su-


perior Eleitoral foi assim constituído: três juízes dentre os Ministros do Supremo Tri-
bunal Federal, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto; dois juízes dentre os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça, escolhidos mediante eleição e pelo voto se-
creto; dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral,
indicados pelo Supremo Tribunal Federal e nomeados pelo Presidente da República.
Essa composição está:
a. incorreta, porque são dois os Ministros do Supremo Tribunal Federal que podem inte-
grar o Tribunal.
b. incorreta, porque apenas um juiz oriundo da classe dos advogados pode integrar
o Tribunal.
c. correta, porque atende às normas legais pertinentes constantes da Constituição
Federal brasileira.
d. incorreta, porque os juízes oriundos da classe dos advogados não dependem de
nomeação e são eleitos pelo Supremo Tribunal Federal.
e. incorreta, porque dois juízes oriundos do Ministério Público Eleitoral devem integrar
o Tribunal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b. dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

17. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2015) A respeito dos


Órgãos da Justiça Eleitoral, considere:

I – O registro do diretório estadual de partido compete ao Tribunal Superior Eleitoral,


tendo em vista o caráter nacional dos partidos políticos.
II – Os Tribunais Regionais Eleitorais deliberam por maioria de votos, em sessão pública,
com a presença da maioria de seus membros.
III – Compete ao Tribunal Superior Eleitoral aprovar a divisão dos Estados em Zonas Elei-
torais ou a criação de novas Zonas.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Está correto o que se afirma apenas em:


a. II.
b. I e II.
c. I e III.
d. I.
e. II e III.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A competência para o registro de diretório estadual de partido político é do Tri-
bunal Regional Eleitoral.
II – Certo. Segundo o art. 28 do Código Eleitoral, os tribunais regionais deliberam por
maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Desse
modo, essa assertiva está certa.
III – Certo. De acordo com o art. 30, IX, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo esta
divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior.

18. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE/2004) O Presidente


do Tribunal Superior Eleitoral será:
a. eleito dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal que o compõem.
b. nomeado pelo Presidente da República dentre quaisquer de seus membros.
c. escolhido dentre quaisquer de seus membros pela ordem de antiguidade.
d. nomeado pelo Superior Tribunal de Justiça em lista tríplice por este elaborada.
e. eleito dentre quaisquer de seus membros, pelo voto secreto.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribu-
nal Federal.

19. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE/2004) Dois juízes dos


Tribunais Regionais Eleitorais são oriundos:
a. do Tribunal Federal de Recursos.
b. do Ministério Público.
c. da classe dos advogados.
d. da Justiça Federal.
e. dos Tribunais de Alçada.

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Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b. de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distri-
to Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

20. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE/2004) Uma parcela


dos juízes que compõem o Tribunal Superior Eleitoral é eleita dentre magistrados inte-
grantes do:
a. Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regio-
nais Federais.
b. Superior Tribunal de Justiça e dos Tribunais Regionais Federais.
c. Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Regionais Federais.
d. Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
e. Superior Tribunal de Justiça e dos outros Tribunais Superiores, à exceção do Supremo
Tribunal Federal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b. dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

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21. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2005) Os Tribunais


Regionais Eleitorais são compostos:
a. de sete juízes de carreira eleitos pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado, para
servirem por dois anos
b. de, no mínimo, sete juízes, sendo dois eleitos dentre desembargadores, três juízes de
direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça e, pelo menos, dois advogados indicados
pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado.
c. de sete membros, sendo dois desembargadores, dois juízes de direito, dois advoga-
dos e um desembargador ou juiz federal.
d. de, pelo menos, sete membros, sendo, no mínimo, dois desembargadores, dois juízes
de direito, dois advogados e um desembargador ou juiz federal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b. de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distri-
to Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

A partir dessa disposição constitucional, verifica-se que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A Justiça eleitoral não tem uma carreira própria de membros e, a depender da
classe a que pertença o membro, o órgão responsável pela escolha diferencia.
b, d) Errados. Majoritariamente, afirma-se que os tribunais regionais eleitorais possuem
uma composição fixa de sete membros, dentre os quais:

a. dois desembargadores do Tribunal de Justiça;


b. dois juízes de direito;
c. um juiz membro de tribunal regional federal, onde houver, ou de um juiz federal; e
d. dois advogados.

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22. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Os juízes dos


tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por:
a. dois anos, no máximo, vedada a recondução.
b. dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
c. três anos, no máximo, vedada a recondução.
d. três anos, no máximo, vedada a recondução.
e. quatro anos, no mínimo, vedada a recondução consecutiva.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais,
salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biê-
nios consecutivos.

23. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMA/TRE-MS/2007) A respeito dos


Tribunais Regionais Eleitorais, é certo que:
a. os advogados e Membros do Ministério Público nomeados para integrá-los não têm
direito a voto.
b. não têm caráter permanente; são compostos por ocasião das eleições e dissolvidos
após o julgamento de todos os recursos.
c. são compostos por Desembargadores do Tribunal de Justiça do respectivo Estado,
juízes federais e advogados, escolhidos e nomeados pelo Presidente da República.
d. os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no
mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
e. o Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos dentre quaisquer dos seus integrantes,
independentemente da respectiva origem.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste participação de membros do Ministério Público na composição dos tri-
bunais regionais eleitorais. Por sua vez, os advogados, membros do tribunal regional elei-
toral, têm direito a voto.
b. Errado. Os tribunais regionais eleitorais têm existência permanente, independentemente
de se tratar de anos eleitorais.

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c. Errado. Os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos por desembargadores do Tri-


bunal de Justiça respectivo estado, juízes de direito, juiz federal e por advogados, confor-
me se vê no art. 120, § 1º, da Constituição Federal.
e. Errado. Nos termos do art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal
Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Su-
premo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal
de Justiça.

24. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS/TRE-MS/2007) O Corregedor


Eleitoral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, será eleito dentre os Ministros do:
a. Superior Tribunal de Justiça.
b. Tribunal Regional Federal.
c. Tribunal Federal Eleitoral.
d. Tribunal Regional Eleitoral.
e. Supremo Tribunal Federal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

25. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVO/TRE-PE/2004) A respeito da


composição da Justiça Eleitoral no Brasil, é incorreto afirmar que:
a. dela fazem parte juízes de diversos tribunais.
b. trata-se de magistratura exclusiva, organizada em carreira.
c. a classe dos advogados dela participa.
d. integram-na pessoas sem formação jurídica.
e. as Juntas Eleitorais são presididas por Juízes de Direito.

COMENTÁRIO
Dentre as características de sua jurisdição, tem-se a inexistência de magistratura própria.
Com efeito, os órgãos da Justiça Eleitoral, são compostos por membros de outros órgãos
do Poder Judiciário, advogados e cidadãos.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Há, na composição dos tribunais eleitoral, membros de diversos órgãos do Po-
der Judiciário, dentre eles, por exemplo, do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal
de Justiça, dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais.

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c. Errado. O Tribunal Superior Eleitoral e nos Tribunais Regionais Eleitorais compõe-se,


dentre outros, de advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral.
d. Errado. As juntas eleitorais compõe-se de cidadãos de notória idoneidade, os quais,
para serem escolhidos, não precisam ter formação jurídica.
e. Errado. Segundo o art. 36 do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de
um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória
idoneidade.

26. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-TO/2007) Não é


um órgão da justiça eleitoral:
a. a junta eleitoral.
b. o juiz eleitoral.
c. o TSE.
d. o TRE/TO.
e. a Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:

a. o Tribunal Superior Eleitoral;


b. os Tribunais Regionais Eleitorais;
b. os juízes eleitorais.
d. as juntas eleitorais.

Por sua vez, a Procuradoria Regional Eleitoral constitui órgão do Ministério Público que
oficia perante os Tribunais Regionais Eleitoral, ou seja, não integra a Justiça Eleitoral.

27. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AL/2004) Em


cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética acerca da vali-
dade das decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no que se refere ao quórum
de presença e de votos para a aprovação de matérias, seguida de uma assertiva a
ser julgada.

Em sessão de julgamento de perda de diploma, estavam presentes 80% dos mem-


bros do TSE. Nessa situação, a matéria poderia ser aprovada por 60% dos membros
do tribunal.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal Superior,
assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de
partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições
ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.
Assim, no caso, para a emissão da decisão sobre perda de diploma, exige-se o quó-
rum completo.

28. (FAPEU/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2005) Assinale a


alternativa correta.
Os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos:
a. de sete juízes de carreira eleitos pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado, para
servirem por dois anos.
b. de, no mínimo, sete juízes, sendo dois eleitos dentre desembargadores, três juízes de
direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça e, pelo menos, dois advogados indicados
pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado.
c. de sete membros, sendo dois desembargadores, dois juízes de direito, dois advoga-
dos e um desembargador ou juiz federal.
d. de, pelo menos, sete membros, sendo, no mínimo, dois desembargadores, dois juízes
de direito, dois advogados e um desembargador ou juiz federal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral são
compostos por sete juízes, dentre os quais:

a. dois desembargadores do Tribunal de Justiça do respectivo estado;


b. dois juízes de Direito;
c. um juiz membro do TRF, onde houver, ou um juiz federal do primeiro grau de jurisdição;
d. dois advogados.

Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Na Justiça Eleitoral, não há uma carreira de membros, sendo os órgãos da Jus-
tiça Eleitoral compostos por membros de outros órgãos do Poder Judiciário, advogados e
cidadãos de notória idoneidade.
b, d) Errados. De acordo com o entendimento doutrinário majoritário, a composição dos Tri-
bunais Regionais Eleitoral é fixa de sete membros, ao passo que a composição do Tribunal
Superior Eleitoral pode ser aumentada.

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29. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO/2005)


O Brasil é considerado um país moderno quanto à forma como realiza as eleições.
Alguns países já solicitaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o intercâmbio de in-
formações a respeito de procedimentos eleitorais. Quanto à legislação, esta tem sido
substancialmente alterada desde a promulgação da Constituição de 1988. Entretanto,
permanece em vigor um documento básico, o Código Eleitoral de 1965. A respeito da
estrutura e funcionamento da justiça eleitoral, nos termos do Código Eleitoral (Lei n.
4.737/1965), assinale a opção correta.
a. Ministro do TSE pode ser casado com a irmã de outro ministro desse tribunal.
b. Decisão do TSE sobre cassação de registro de partido político exige maioria absoluta
de ministros presentes, e maioria simples de votos favoráveis.
c. Dois integrantes do TSE têm de ser advogados, escolhidos pelo Presidente da Repú-
blica a partir de lista sêxtupla indicada pelo STF.
d. Um dos advogados indicados para o TSE deve ser parlamentar, federal ou estadual.
e. É competência originária do TSE expedir o diploma dos eleitos para cargos municipais.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 119, II, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compõe-
-se, dentre outros, por dois juízes, nomeados pelo Presidente da República, dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribu-
nal Federal.
Destaque-se, neste ponto, que, apesar de a Constituição Federal prescrever que a no-
meação a ser feita pelo chefe do Poder Executivo dá-se entre seis advogados, inexiste
formação de lista sêxtupla. Na verdade, para cada vaga, exige-se a formação de uma lista
tríplice e o seu encaminhamento para a presidência da república.
Apesar disso, a Banca Examinadora Cespe/Cebraspe considerou correta a afirmação de
que a nomeação dar-se-ia em uma lista sêxtupla formada pelo Supremo Tribunal Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 16, § 1º, do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tribunal
Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco consanguíneo ou afim, até o
quarto grau, excluindo neste caso o que tiver sido escolhido por último.
b. Errado. Nos termos do art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do
Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e
cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem
anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença
de todos os seus membros.

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d. Errado. Conforme o art. 16, § 2º, do Código Eleitoral, a nomeação de advogados pelo
Presidente da República para integrarem o Tribunal Superior Eleitoral não pode recair so-
bre quem seja ocupante de cargo eletivo federal, estadual, distrital ou municipal.
e. Errado. Segundo o art. 40, IV, do Código Eleitoral, compete às juntas eleitorais a expe-
dição de diplomas para os eleitos para cargos municipais.

30. (MS CONCURSOS/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2009)


Sobre a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais, assinale a alternativa incorreta.
a. Compõem-se de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça,
escolhidos mediante eleição.
b. Compõem-se de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado
ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso,
pelo Tribunal Regional Federal respectivo.
c. Compõem-se de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e ido-
neidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça e nomeados pelo Governador
do Estado.
d. Compõem-se de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Jus-
tiça, mediante eleição.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, III, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral
compõem-se, dentre outros, de dois juízes nomeados pelo Presidente da República dentre
seis advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal
de Justiça.
Por essa disposição constitucional, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a, b, d) Certos. De acordo com o art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Re-
gionais Eleitorais compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto: a) de dois juízes dentre os desembargadores do


Tribunal de Justiça; b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal
de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distri-
to Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo.

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31. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/TRE-


-AP/2007) Acerca da organização da justiça eleitoral, prevista no Código Eleitoral, assi-
nale a opção correta.
a. Considere que Maria seja juíza eleitoral no estado do Amapá e que seu tio, Antônio,
pretenda se candidatar ao cargo de senador por esse estado. Nessa hipótese, con-
forme dispõe o Código Eleitoral, Maria não poderá servir como juíza eleitoral, desde
a homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição.
b. Suponha que Pedro seja advogado da União e que se encontre, há mais de 10 anos,
inscrito nos quadros da OAB. Nesse caso, ele não poderá ser nomeado pelo presi-
dente da República para ocupar, no TSE, uma das vagas destinadas aos advogados.
c. Considere que Marco tenha cometido crime eleitoral em conexão com outros crimes
comuns de competência da justiça federal. Nessa hipótese, deve haver a cisão dos
processos, para que a justiça eleitoral aprecie apenas os crimes eleitorais, cabendo à
justiça federal a competência para julgar os demais.
d. O TSE e os TREs têm competência para, em matéria eleitoral, responder às consul-
tas que lhes forem formuladas em tese por autoridade com jurisdição federal ou por
órgão nacional de partido político.
e. Servidor público federal da justiça eleitoral que não seja formado em direito poderá
compor junta eleitoral, salvo na função de presidente.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 23, XII, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Eleitoral res-
ponder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político.
No mesmo sentido, o art. 30, VIII, do Código Eleitoral, dispõe que compete aos Tribunais
Regionais Eleitoral responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas,
em tese, por autoridade pública (inclusive federal) ou partido político (também por seu ór-
gão de direção nacional).
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, desde a convenção partidária até
a diplomação dos eleitos e nos feitos decorrente do processo eleitoral, não podem servir
como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consan-
guíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscri-
ção. Assim, juiz eleitoral não pode servir se tiver parentesco com candidato a cargo eletivo
municipal, na zona em que exerce suas funções jurisdicionais. Por sua vez, se o paren-
tesco do juiz eleitoral se der com candidato a cargo eletivo federal ou estadual, inexiste
impedimento para o exercício de suas funções jurisdicionais.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. Errado. De acordo com o entendimento firmado pelo TSE, no julgamento da LT n. 586, ine-
xiste proibição para que membros da advocacia pública, desde que preenchidos os demais
requisitos, possam ser indicados para compor a lista tríplice para integrar tribunais eleitorais.
c. Errado. Em caso de cometimento de crimes comuns conexos a crimes eleitorais, a Justiça
Eleitoral exerce a vis atractiva e atrai a competência para o julgamento dos crimes comuns.
e. Errado. Nos termos do art. 36, § 3º, IV, do Código Eleitoral, os que pertençam ao serviço
eleitoral não podem ser nomeados para comporem as juntas eleitorais.

32. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MT/2010) Com


relação às regras que regulamentam o direito eleitoral, assinale a opção correta.
a. Os delegados dos partidos podem denunciar eleitor inscrito ilegalmente, sendo defeso
àqueles assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida.
b. Há eleição proporcional para o Senado Federal.
c. Compete ao TRE processar e julgar originalmente habeas corpus ou mandado de
segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante
os tribunais de justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os dene-
gados ou concedidos pelos juízes eleitorais.
d. A lei proíbe a utilização de imóveis públicos para a realização de convenção partidária.
e. As despesas com o uso de transporte oficial do presidente da República e sua comi-
tiva em campanha eleitoral podem ser pagas pelos cofres públicos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29, I, e, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Regionais Eleitorais
processar e julgar originariamente o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os tribunais de justiça por crime de
responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 73 do Código Eleitoral, no caso de exclusão, a defesa pode ser
feita pelo interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
b. Errado. Nas eleições para senadores da república, aplica-se o sistema eleitoral majori-
tário por maioria simples.
d. Errado. De acordo com o art. 8º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, para a realização das con-
venções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente pré-
dios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.
e. Errado. Para o art. 76 da Lei n. 9.504/1997, o ressarcimento das despesas com o uso de
transporte oficial pelo Presidente da República e sua comitiva em campanha eleitoral será
de responsabilidade do partido político ou coligação a que esteja vinculado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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33. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Acer-


ca do direito eleitoral e do Código Eleitoral, julgue os itens que se seguem.
A forma de Estado federativo do Brasil reflete-se, diretamente, na organização da justi-
ça eleitoral brasileira, como prevê o Código Eleitoral.

COMENTÁRIO
A Justiça Eleitoral tem a circunscrição de atuação de cada um de seus órgãos tendo por
parâmetro a organização federativa brasileira. Assim, no país, tem-se a atuação do Tribu-
nal Superior Eleitoral; em cada estado-membro e no Distrito Federal, há um tribunal regio-
nal eleitoral; e, no âmbito municipal, há a atuação dos juízes eleitorais e juntas eleitorais
em espaços geográficos denominados de juntas eleitorais.

34. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Dentre outras


atribuições, compete aos Tribunais Regionais Eleitorais:
a. providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas Mesas Receptoras.
b. processar e julgar originariamente os crimes eleitorais cometidos pelos Juízes do pró-
prio Tribunal Regional Eleitoral.
c. processar e julgar originariamente o registro e a cassação do registro dos partidos
políticos e dos diretórios nacionais.
d. fornecer aos que não votaram por motivo justificado um certificado que os isente das
sanções legais.
e. julgar os recursos interpostos das decisões dos Juízes Eleitorais que concederem ou
negarem habeas-corpus ou mandado do segurança.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29, II, b, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Regionais Eleito-
rais, julgar os recursos interpostos das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 35, XVI do Código Eleitoral, compete ao juiz eleitoral provi-
denciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras.
b. Errado. Segundo o art. 105, I, a, da Constituição Federal, compete ao Superior Tribunal
de Justiça processar e julgar nos crimes comuns (crime eleitoral é um crime comum para
fins de definição da competência dos tribunais superiores) os juízes de Tribunais Regionais
Eleitorais.
c. Errado. Conforme o art. 22, I, a, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Elei-
toral o registro e cassação de registro de partidos políticos e dos seus diretórios nacionais.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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d. Errado. Para o art. 35, XVIII, do Código Eleitoral, compete aos juízes eleitorais fornecer
aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alista-
mento, um certificado que os isente das sanções legais.

35. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2006)


Aos 70 (setenta) anos de idade, um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado
do Pará (TJPA) aposentou-se, deixando, desse modo, o cargo de desembargador do
respectivo TRE. Acerca da situação acima apresentada e das disposições da Lei n.
4.737/1965, assinale a opção correta.
a. O TJPA deverá organizar lista tríplice, que será enviada ao TRE, com as indicações
de substitutos ao cargo de desembargador desta Corte eleitoral.
b. A referida lista poderá conter nomes de membros do Ministério Público estadual.
c. Os partidos poderão impugnar qualquer indicação constante da lista tríplice e, se
julgada procedente a impugnação, a lista será devolvida ao tribunal de origem para
complementação.
d. O filho do primo de um dos desembargadores que compõem o TRE não poderá
ser nomeado desembargador deste mesmo tribunal, em virtude de seu grau de
parentesco.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 25, § 2º, do Código Eleitoral, no processo de indicação dos advogados
da Justiça Eleitoral, não se admite que a lista tríplice contenha nome de magistrado ou
membro do Ministério Público aposentados, ainda que inscritos na Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB.
Caso haja a inclusão de magistrado ou membros do Ministério Público na lista tríplice para
a composição de membros da classe dos advogados, o Tribunal Superior Eleitoral deve
divulgar a lista por meio de edital, podendo os partidos políticos, no prazo de 5 (cinco) dias,
impugná-la com fundamento em incompatibilidade (art. 25, § 3º, do Código Eleitoral).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A atribuição para a formação da lista tríplice é do tribunal de justiça da unidade
federativa em que sediado o Tribunal Regional Eleitoral. Formada a lista tríplice, há o seu
encaminhamento ao Tribunal Superior Eleitoral para homologação (art. 25, § 1º, do Código
Eleitoral).
b. Errado. Na composição dos tribunais regionais eleitorais, inexiste a participação de
membros do Ministério Público.

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d. Errado. De acordo com o art. 25, § 6º do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tri-
bunal Regional Eleitoral pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade,
até o quarto grau. Atente-se para o fato de que o filho do primo não é parente, já que, na
ordem jurídica brasileira, o parentesco somente é contado até o quarto grau (por exemplo,
os primos são parentes em quarto grau, não existindo primo em segundo grau).

36. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ENGENHARIA CIVIL/TRE-PB/2007) NÃO podem ser


nomeados membros das Juntas Eleitorais, escrutinadores ou auxiliares, dentre outros:
a. engenheiros e contabilistas com escritório na sede da circunscrição.
b. professores efetivos da rede estadual de ensino.
c. advogados e estagiários de direito militantes na circunscrição.
d. funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo.
e. parentes em terceiro grau, por afinidade, de candidato.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 3º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares:

I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

37. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ENFERMAGEM/TRE-AP/2007) Quanto


à organização da justiça ealeitoral, prevista no Código Eleitoral, assinale a opção correta.
a. Os juízes dos TREs, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por 2 anos,
podendo ser reconduzidos por igual período, não sendo necessário, para a recondu-
ção, observarem-se as mesmas formalidades da primeira investidura.
b. As atribuições do corregedor-geral serão fixadas em lei de iniciativa do TSE.
c. As funções de procurador-geral junto ao TSE não podem ser exercidas por subprocu-
rador-geral da República, mas apenas pelo procurador-geral da República.
d. Todas as decisões do TSE devem ser tomadas por maioria de votos, em sessão
pública, com a presença da maioria de seus membros.
e. Compete ao TSE processar e julgar, originariamente, os recursos interpostos às deci-
sões dos TREs, inclusive às decisões administrativas.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, II, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar
os recursos interpostos contra as decisões (colegiadas) proferidas pelos Tribunais Regio-
nais Eleitoral, inclusive quando versarem sobre matéria administrativa.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais
eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de
dois biênios consecutivos. Nesse caso, conforme se vê no art. 14, § 4º, do Código Eleitoral,
no caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades
indispensáveis à primeira investidura.
b. Errado. Segundo o art. 26, § 1º, do Código Eleitoral, as atribuições do corregedor regio-
nal serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar,
pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.
c. Errado. Conforme o art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-
-Geral Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Superior Eleitoral. Há, ainda, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, designado pelo
Procurador Geral eleitoral, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, para substi-
tuí-lo em seus impedimentos, oficiando perante o Tribunal Superior Eleitoral. Além disso,
o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Ministério
Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. Para o art. 19 do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por maioria de vo-
tos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Entretanto, todas as
decisões do TSE devem ser tomadas por maioria de votos, em sessão pública, com a pre-
sença da maioria de seus membros. Entretanto, as decisões do Tribunal Superior, assim na
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de parti-
dos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou
perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.

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38. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TAQUIGRAFIA/TRE-PI/2009) João é agente policial;


José é funcionário público efetivo municipal; Pedro pertence ao serviço eleitoral; Paulo
é parente por afinidade, em segundo grau, de candidato; e Luiz é advogado militante na
área de Direito Eleitoral. Preenchidos os demais requisitos legais, podem ser nomeados
membros das Juntas Eleitorais para eleições municipais:
a. José e Luiz.
b. João e Paulo.
c. João, Pedro e Paulo.
d. José e Pedro.
e. Luiz e João.

COMENTÁRIO
Não podem ser nomeados como membros das Juntas Eleitorais:

I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Dessa forma:
• João, agente policial, não pode integrar junta eleitoral;
• José, ocupante de cargo público de provimento efetivo no município, pode integrar juntas
eleitorais;
• Pedro, pertencente ao serviço eleitoral, não pode integrar juntas eleitorais;
• Paulo, parente por afinidade de até segundo grau de candidato a cargo eletivo, não pode
compor juntas eleitorais;
• Luiz, advogado, pode compor juntas eleitorais.

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39. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MS/2007) João é agente


policial. José desempenha cargo de confiança do Executivo. Paulo pertence ao serviço
eleitoral. Pedro é advogado militante na região. Podem ser nomeados membros das
Juntas Eleitorais, apenas:
a. Paulo.
b. Paulo e Pedro.
c. João e Paulo.
d. José e Pedro.
e. Pedro.

COMENTÁRIO
Não podem ser nomeados como membros das Juntas Eleitorais:

I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Dessa forma:
• João, agente policial, não pode integrar junta eleitoral.
• José, ocupante de cargo em comissão no Poder Executivo, não pode integrar junta
eleitoral.
• Pedro, advogado, não está impedido de ser designado como membro de junta eleitoral.

40. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREAADMINISTRATIVA/TRE-GO/2009)


A respeito da composição e atribuição das juntas eleitorais, julgue os itens a seguir.

I – Os membros das juntas eleitorais serão nomeados pelo presidente do TSE, depois da
aprovação do respectivo tribunal regional eleitoral.
II – Os servidores que integram o serviço eleitoral não podem ser nomeados membros
das juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares.
III – As juntas eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância, sendo compostos
por um juiz de direito, que atua como presidente, e dois ou quatro cidadãos de notória
idoneidade.
IV – As zonas eleitorais podem ter mais de uma junta, limitadas ao número máximo de
cinco juntas por município.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Estão certos apenas os itens:


a. I e III.
b. I e IV.
c. II e III.
d. II e IV.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Nos termos do art. 36, §1º do Código Eleitoral, os membros das juntas eleito-
rais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal
Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
II – Certo. Os pertencentes ao serviço eleitoral estão impedidos de comporem as juntas
eleitorais, conforme prescrição contida no art. 36, § 3º, IV do Código Eleitoral.
III – Certo. De acordo com o art. 36, caput do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas
eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos
de notória idoneidade. Destarte, esse item está correto.
IV – Errado. Poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o número de juízes de
direito em exercício na comarca, mesmo que não sejam juízes eleitorais. Por essa razão,
esse item está errada.

41. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PE/2004) Considere as


afirmativas:

I – A composição dos órgãos colegiados da Justiça Eleitoral no Brasil é híbrida, integran-


do-os juízes de outros tribunais, advogados e membros do Ministério Público.
II – As Juntas Eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância, gozando seus mem-
bros, no exercício de suas funções, as plenas garantias da magistratura de carreira,
inclusive a inamovibilidade.
III – São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem
a Constituição Federal.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I.
b. I e II.
c. I e III.
d. II.
e. II e III.

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COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Os órgãos da Justiça Eleitoral possuem composição híbrida, mas não há a par-
ticipação de membros do Ministério Público.
II – Certo. Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleito-
rais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias
e serão inamovíveis.
III – Errado. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que con-
trariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

42. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SE/2015) A respeito das


Juntas Eleitorais, considere:

I – Os membros das Juntas Eleitorais elegerão o Presidente entre os seus integrantes.


II – Os agentes policiais podem ser nomeados membros das Juntas para dar maior segu-
rança aos seus membros.
III – Os que já pertencerem ao serviço eleitoral não podem ser nomeados membros de
Juntas Eleitorais.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. II e III.
b. I e II.
c. I e III.
d. III.
e. II.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. O presidente da junta eleitoral é o juiz de Direito que o integra.
II – Errado. As autoridade e os agentes policiais não podem ser nomeados para compor
as juntas eleitorais.
III – Certo. Os que pertençam ao serviço eleitoral não podem compor as juntas eleitorais,
motivo pelo qual essa assertiva está correta.

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43. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS/TRE-PR/2009)


Acerca dos órgãos que compõem a justiça eleitoral brasileira, julgue os itens a seguir.
As zonas eleitorais correspondem à menor fração territorial dentro da circunscrição
judiciária eleitoral.

COMENTÁRIO
Para fins de definição dos limites territoriais em que os órgãos da Justiça Eleitoral exercem
a sua jurisdição, tem-se as seguintes circunscrições:
a. Tribunal Superior Eleitoral – a circunscrição em que exerce as suas funções é o país;
b. Tribunais Regionais Eleitorais – a circunscrição em que exercem as suas funções é o
Estado-membro e o Distrito Federal;
c. juízes e juntas eleitorais– a circunscrição em que exerce as suas funções é a zona
eleitoral.
Assim, pode-se afirmar que o menor espaço territorial em que há a atuação de órgãos da
Justiça Eleitoral é a zona eleitoral. Aliás, os estados membros e o Distrito Federal são di-
vididos em zonas eleitorais.

44. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANÁLISE DE SISTEMAS/TRE-SP/2017) De acordo com


o Código Eleitoral, o número de juízes dos Tribunais Regionais:
a. não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal
Superior, e na forma por ele sugerida.
b. não será reduzido e nem elevado, uma vez que sua composição é inalterada.
c. poderá ser reduzido e elevado, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma
por ele sugerida.
d. não será reduzido, mas poderá ser elevado até onze, mediante proposta do Tribunal
Superior, e na forma por ele sugerida.
e. não será elevado, mas poderá ser reduzido até cinco, mediante proposta do Tribunal
Superior, e na forma por ele sugerida.

COMENTÁRIO
Note que, diversamente da composição do TSE, em que a CF/1988 previu “no mínimo”
sete membros, o legislador constitucional estabeleceu o número exato, e não um mínimo
de juízes, para compor o TRE.
Com efeito, a composição do TSE pode ser acrescida de membros pela legislação infra-
constitucional, no caso por Lei Complementar, enquanto a do TRE, por disposição consti-
tuição, é inalterável, seja para mais, seja para menos.
Sobre essa afirmação, veja a posição do Cespe-Cebraspe em um concurso público:

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(CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA/2010)


A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua com-
posição aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de sete membros, não
podem ter a sua composição aumentada. Gabarito: Assertiva correta.

Contudo, essa não foi a posição adotada pela Fundação Carlos Chagas – FCC, no concur-
so do TRE-SP, realizado em 2017. Para essa banca organizadora, nessa matéria, aplica-
-se a previsão inscrita no art. 13 do Código Eleitoral, segundo o qual:

Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Nessa compreensão, embora não se admita proposição legislativa para reduzir o número
de juízes dos tribunais regionais eleitorais, é permitida a apresentação de projeto de Lei
Complementar pelo TSE para aumentar, para no máximo 9 juízes, a composição daquelas
cortes regionais.

45. (VUNESP/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-BA/2018) De acordo com o previsto na Lei


Federal n. 4.737/1965 (Código Eleitoral), as juntas eleitorais:
a. têm como atribuição apurar, no prazo de 2 (dois) dias, as eleições realizadas nas
zonas eleitorais sob sua jurisdição.
b. possuem, em sua composição, 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade,
sendo que tais cidadãos não poderão ser autoridades ou agentes policiais, nem fun-
cionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo.
c. são competentes para expedir títulos eleitorais, conceder transferência de eleitores e
determinar a inscrição ou exclusão de eleitores.
d. serão sempre presididas por um juiz eleitoral, não podendo haver mais de uma junta
por Zona Eleitoral.
e. não mais são competentes para expedir os diplomas nas eleições municipais, desde
o advento do voto eletrônico em substituição ao voto manual.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de
um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória
idoneidade.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As juntas eleitorais devem apurar, no prazo de até 10 (dez) dias, as eleições
realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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c. Errado. Os juízes eleitorais possuem a competência para a expedição de títulos eleito-


rais, conceder transferência de eleitores e determinar a inscrição ou exclusão de eleitores.
d. Errado. Poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o número de juízes de
direito que gozem das garantias da magistratura, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
e. Errado. A competência para a expedição de diplomas, nas eleições para os cargos de
prefeito, vice-prefeito e vereador é das juntas eleitorais.

46. (FCC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2017) O Código Eleitoral impede de ser-


vir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na
circunscrição. Esse impedimento alcança:
a. do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição.
b. apenas os feitos decorrentes do processo eleitoral em que seja interessado o respec-
tivo candidato ou o partido político em que está filiado.
c. do início da campanha eleitoral até a apuração final da eleição e os feitos decorrentes
do processo eleitoral em que seja interessado o respectivo candidato.
d. da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e os feitos
decorrentes do processo eleitoral.
e. da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.

47. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2012) A respeito dos


órgãos da Justiça Eleitoral, é correto afirmar que:
a. o Supremo Tribunal Federal é um dos órgãos da Justiça Eleitoral.
b. integram os Tribunais Regionais Eleitorais dois advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral escolhidos pelo Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.
c. os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos
no mínimo.
d. os ministros do Superior Tribunal de Justiça que integram o Tribunal Superior Eleitoral
são escolhidos pelo Presidente da República.
e. o Corregedor-Geral Eleitoral será escolhido pelo Presidente da República dentre os
membros do Ministério Público Federal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
A partir desse dispositivo constitucional, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Supremo Tribunal Federal não integra a Justiça Eleitoral.
b. Errado. Compõem os Tribunais Regionais Eleitoral, por nomeação, pelo Presidente da
República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
d. Errado. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça, membros do Tribunal Superior Elei-
toral, são eleitos por meio de voto secreto pelo tribunal ao qual integram.
e. Errado. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre
os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do
Superior Tribunal de Justiça.

48. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RS/2015)


Quando se trata de direito, os primeiros desafios que enfrentam os seus operadores e
estudiosos são as questões relacionadas às fontes e aos princípios utilizados para que
o juiz tenha condições de decidir sobre quaisquer matérias que lhe forem propostas. Em
se tratando de matéria relacionada mais especificamente a direito eleitoral, também não
é pequeno o esforço que se faz para deixar claro à sociedade as funções precípuas que
exerce a justiça eleitoral. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
a. As resoluções do TSE, por tratarem de legislação mais específica, devem prevalecer
sobre quaisquer das demais fontes do direito eleitoral, em se tratando de matérias
relacionadas às eleições.
b. O princípio da anterioridade tem como escopo proteger o processo eleitoral, garan-
tindo que qualquer lei que altere esse processo somente entrará em vigor na data de
sua publicação, não se aplicando à eleição seguinte à data de sua vigência.
c. Os juízes eleitorais são órgãos da justiça eleitoral, juntamente com as juntas eleito-
rais, os tribunais regionais eleitorais e o TSE.
d. A transferência de domicílio do eleitor, a adoção de medidas para coibir a prática
de propaganda eleitoral irregular e a emissão de segunda via do título eleitoral são
exemplos de funções judiciárias da justiça eleitoral que devem ser apreciadas por juiz
eleitoral e, na ausência deste, por um juiz da respectiva seccional.
e. As fontes do direito eleitoral têm como objetivo principal assegurar que não haja
mudanças no ordenamento jurídico, mantendo-o estático, como deveria ser desde o
princípio, pois se exige, cada vez mais, um ambiente legislativo seguro e simplificado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral: a) o Tribu-
nal Superior Eleitoral; b) os Tribunais Regionais Eleitorais; c) os Juízes Eleitorais; e d) as
Juntas Eleitorais.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As resoluções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral são expedidas com a
finalidade de regulamentar as leis eleitorais e, desse modo, devem ser expedidas de acor-
do com elas (secundum legem). Aliás, o art. 105 da Lei n. 9.504/1997, de forma expressa,
dispõe que as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral não podem restringir direitos ou
estabelecer sanções distintas das legalmente estabelecidas.
b. Errado. O princípio da anterioridade eleitoral, previsto na Constituição Federal com a
finalidade de garantir segurança jurídica ao processo eleitoral e permitindo aos eleitores,
candidatos e partidos políticos tenham ciência, com antecedência, quais as normas que
regerão um determinado pleito. Assim, as leis que alterem o processo eleitoral entram em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
d. Errado. A transferência de domicílio do eleitor, a adoção de medidas para coibir a prá-
tica de propaganda eleitoral irregular e a emissão de segunda via do título eleitoral são
exemplos de funções administrativas da justiça eleitoral que devem ser apreciadas por juiz
eleitoral, com atuação na respectiva zona eleitoral.
e. Errado. Não há proibição para que se modifiquem as normas jurídico-eleitorais, desde
que observado o devido processo legislativo. Na verdade, a segurança jurídica nas elei-
ções dá-se por meio da aplicação do princípio da anterioridade eleitoral.

49. (MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-SP/2015) Assinale a alterna-


tiva correta.
a. O voto apresenta, exclusivamente, as seguintes características: personalidade, liber-
dade e periodicidade.
b. Não há previsão, no direito brasileiro, de voto indireto.
c. A Justiça Eleitoral exerce funções administrativas, normativas, consultivas e
jurisdicionais.
d. As decisões proferidas por Tribunais Regionais Eleitorais não são passiveis de recurso
se envolverem denegação de ordem de habeas corpus.
e. Todas as alternativas estão incorretas.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário da União que, além da função jurisdicional
típica, possui, ainda, de forma típica, as funções administrativa, regulamentar e consultiva.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Dentre outras, são características do voto: pessoalidade, obrigatoriedade, liber-
dade, caráter secreto, forma direta, periodicidade, igualdade e universalidade.
b. Errado. No Brasil, a regra é a realização de eleições pelo voto direto. Essa característi-
ca foi alçada à condição de cláusula pétrea, nos termos do art. 60, § 4º, da CF/1988. Em
nosso ordenamento jurídico, existem duas situações excepcionais que acolhem a forma
indireta de eleição: a) art. 81, § 1º, da CF/1988; e b) o art. 224, § 3º e 4º, II, do CE.
d. Errado. Nas hipóteses previstas no art. 121, § 4º da Constituição Federal, admite-se a
interposição de recursos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Eleito-
rais, quais sejam:

Art. 121, § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá re-
curso quando:
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado
de injunção.

50. (IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AM/2014) De acordo com


o Código Eleitoral (Lei Federal n. 4.737/1965), o Corregedor Regional da Justiça Elei-
toral, no desempenho de suas atribuições, se locomoverá para as zonas eleitorais, nos
seguintes casos:
a. Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral, apenas.
b. Por determinação dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais.
c. Sempre que entender necessário.
d. A requerimento de Partido, deferido pelo Juiz Eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 26, § 2º, do Código Eleitoral, no desempenho de suas atribuições o
Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:

I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;


II – a pedido dos juízes eleitorais;
III – a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional;
IV – sempre que entender necessário.

51. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2012) Compete às


Juntas Eleitorais:
a. dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores.
b. resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da
contagem e da apuração.
c. providenciar a solução para as ocorrências que se verificarem nas Mesas Receptoras.
d. dividir a Zona em Seções Eleitorais, expedir títulos eleitorais e conceder transferência
de eleitores.
e. fornecer aos que não votaram por motivo justificado um certificado que os isente das
sanções legais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 40, II, do Código Eleitoral, compete à Junta Eleitoral resolver as impug-
nações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores
são competências do juiz eleitoral.
c. Errado. Providenciar a solução para as ocorrências que se verificarem nas Mesas Re-
ceptoras é competência do juiz eleitoral.
d. Errado. Dividir a Zona em Seções Eleitorais, expedir títulos eleitorais e conceder trans-
ferência de eleitores são competências do juiz eleitoral.
e. Errado. Fornecer aos que não votaram por motivo justificado um certificado que os isen-
te das sanções legais é competência do juiz eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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52. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2012) Em rela-


ção aos órgãos da Justiça Eleitoral, com base na Lei n. 4.737/1965 e suas atualizações,
é correto afirmar que:
a. os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente
por dois anos, e nunca por mais de um biênio consecutivo.
b. da homologação da respectiva convenção partidária até o registro definitivo da candi-
datura, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral,
o cônjuge, parente consanguíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
c. os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
d. o número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser ele-
vado até doze, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Por essa norma constitucional, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Os juízes de tribunais eleitorais podem servir por até dois biênios consecutivos.
b. Errado. Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos
feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Elei-
torais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo
grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
d. Errado. Segundo o entendimento doutrinário majoritário, a composição dos Tribunais
Regionais Eleitorais é fixa de sete membros.

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53. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2011) A zona eleitoral


corresponde:
a. à dimensão espacial dos Estados-membros ou à do Distrito Federal, em se tratando
de eleições estaduais ou distritais.
b. ao menor núcleo de organização da Justiça Eleitoral, contendo, cada uma, um número
máximo de 400 (quatrocentos) eleitores.
c. à competência definida em relação aos juízes eleitorais.
d. à unidade previamente definida em lei complementar de iniciativa do Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
e. à uma organização que, na conformidade do artigo 36 do Código Eleitoral, compre-
ende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente, e 2 (dois) a 4 (quatro) cidadãos
de notória idoneidade, com a função de expedir os boletins de apuração.

COMENTÁRIO
A zona eleitoral é a área geográfica em que o Juiz Eleitoral exerce suas funções jurisdicio-
nais. Uma zona eleitoral pode abranger mais de um município, assim como um município
pode conter mais de uma zona eleitoral.
Assim, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições estaduais e distritais, a circunscrição corresponde ao Estado-mem-
bro e ao Distrito Federal, que não é denominado de zona eleitoral.
b. Errado. O núcleo de organização de eleitorais, para fins de exercício do direito ao voto,
denomina-se seção eleitoral.
d. Errado. A divisão dos Estados-membros e do Distrito Federal em zonas eleitorais é com-
petência dos Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. As juntas eleitorais compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente,
e 2 (dois) a 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de expedir os boletins
de apuração.

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54. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MG/2009)


Com relação à composição e competência das juntas eleitorais, assinale a opção incorreta.
a. As juntas eleitorais são compostas por um juiz de direito, um escrivão eleitoral e, obri-
gatoriamente, quatro cidadãos de notória idoneidade.
b. Os funcionários ocupantes de cargos de confiança do Poder Executivo, bem como os que
integram o serviço eleitoral, não podem ser nomeados membros das juntas eleitorais.
c. As atribuições das juntas eleitorais incluem a resolução de impugnações e incidentes
verificados durante os trabalhos de apuração e a expedição dos boletins de apura-
ção, uma vez concluída a contagem dos votos.
d. Nos municípios com mais de uma junta eleitoral, a expedição dos diplomas será de
competência da junta que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo.
e. Constitui caso de afastamento imediato do presidente de junta eleitoral deixar de
receber ou de mencionar em ata os protestos recebidos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de um
juiz de direito, que será o presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
Por essa disposição legal, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b. Certo. De acordo com o art. 36, § 3º, III, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados
membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares as autoridades e agentes policiais, bem
como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo.

c. Certo. Conforme o art. 40 do Código Eleitoral, compete à Junta Eleitoral:


a. apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a
sua jurisdição;
b. resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da con-
tagem e da apuração;
c. expedir os boletins de apuração; e
d. expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.

d. Certo. Segundo o parágrafo único do art. 40 do Código Eleitoral, nos municípios onde
houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presi-
dida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.
e. Certo. Para o art. 70 da Lei n. 9.504/1997, o Presidente de Junta Eleitoral que deixar
de receber ou de mencionar em ata os protestos recebidos, ou ainda, impedir o exercício
de fiscalização, pelos partidos ou coligações, deverá ser imediatamente afastado, além de
responder pelos crimes previstos na Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.

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55. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RJ/2006)


Emerson, que foi designado para compor junta eleitoral no município de seu domicílio,
é candidato ao cargo de vereador.
Acerca dessa situação hipotética e da disciplina normativa das juntas eleitorais, assina-
le a opção incorreta.
a. Emerson não poderá participar da junta eleitoral, por expressa vedação legal.
b. Caso Emerson seja eleito ao cargo de vereador, caberá à junta eleitoral expedir o
competente diploma.
c. As juntas eleitorais são órgãos colegiados de 2.ª instância da justiça eleitoral.
d. O presidente da junta eleitoral deverá ser sempre um juiz de direito.

COMENTÁRIO
As juntas eleitorais são órgãos colegiados do primeiro grau de jurisdição da Justiça Eleitoral.
Assim, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Nos termos do art. 36, § 3º, I, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados para
comporem as juntas eleitorais os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até
o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge.
b. Certo. A expedição de diplomas aos eleitos para cargos municipais é competência das
Juntas Eleitorais, conforme prescrição contida no art. 40, IV, do Código Eleitoral.
d. Certo. De acordo com o art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas elei-
torais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de
notória idoneidade.

56. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2006)


Emerson, que foi designado para compor junta eleitoral no município de seu domicílio,
é candidato ao cargo de vereador.
Acerca dessa situação hipotética e da disciplina normativa das juntas eleitorais, assina-
le a opção incorreta.
a. Emerson não poderá participar da junta eleitoral, por expressa vedação legal.
b. Caso Emerson seja eleito ao cargo de vereador, caberá à junta eleitoral expedir o
competente diploma.
c. As juntas eleitorais são órgãos colegiados de 2ª instância da justiça eleitoral.
d. O presidente da junta eleitoral deverá ser sempre um juiz de direito.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
As juntas eleitorais são órgãos colegiados integrantes do primeiro grau de jurisdição da
Justiça Eleitoral e possuem competências diretamente relacionadas à apuração das elei-
ções e à diplomação dos eleitos para cargos municipais.
Assim, por serem órgãos do primeiro grau de jurisdição, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Os candidatos, assim também os seus parentes consanguíneos ou afins até o
segundo grau ou por doção, não podem compor as juntas eleitorais.
b. Certo. As juntas eleitorais possuem competência para a expedição de diplomas aos elei-
tos para cargos municipais (prefeito, vice-prefeito e vereador).
d. Certo. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e
de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.

57. (FUNDEP-UFMG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MG/2010) As-


sinale o órgão que não compõe(m) a Justiça Eleitoral.
a. Tribunal Regional Eleitoral.
b. Tribunal Superior Eleitoral.
c. Juizados Federais Eleitorais.
d. Juízes Eleitorais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral;


II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
IV – as Juntas Eleitorais.

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58. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/SERVIÇO SOCIAL/TRE-PA/2007) Con-


siderando as disposições do Código Eleitoral, assinale a opção correta.
a. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente
por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
b. De cada biênio serão descontados os afastamentos legais decorrentes de licenças e
férias, para compensação futura.
c. Os juízes afastados de suas funções na justiça comum por motivo de licença e férias
deverão requerer o afastamento da justiça eleitoral com antecedência de 60 dias para
possibilitar a convocação de substituto.
d. Desde a homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da
eleição, não pode servir como juiz eleitoral o sobrinho de candidato a cargo eletivo
registrado na circunscrição.
e. Os substitutos dos membros efetivos dos tribunais eleitorais serão escolhidos, na
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual ao dobro do previsto para
cada categoria.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, do Código Eleitoral, os biênios serão contados,
ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de
licença, férias, ou licença especial, salvo o período de afastamento em razão de parentes
de juízes eleitorais ou membros de tribunais eleitorais concorrerem a cargos eletivos na
circunscrição em que exercem suas funções jurisdicionais.
c. Errado. De acordo com o art. 14, § 2º, do Código Eleitoral, os juízes afastados por motivo
de licença, férias e licença especial, de suas funções na Justiça Comum, ficarão automa-
ticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com
períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento
de alistamento.
d. Errado. Conforme o art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva
convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não
poderão servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o
parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado

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na circunscrição. Assim, sobrinhos, parentes em terceiro grau, se concorrerem a cargos


eletivos, não geram o afastamento do juiz eleitoral ou do membro de tribunal eleitoral.
e. Errado. Segundo o art. 15 do Código Eleitoral, os substitutos dos membros efetivos dos
tribunais eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em nú-
mero igual para cada categoria.

59. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA JUDICIÁRIO/TRE-


-PA/2007) Acerca do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e considerando as disposições
do Código Eleitoral, assinale a opção incorreta.
a. O TSE delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria
de seus membros.
b. Há decisões do TSE que só podem ser tomadas com a presença de todos os seus
membros; por isso, se ocorrer impedimento de algum juiz, deve ser convocado o
substituto ou o respectivo suplente.
c. Qualquer interessado pode arguir a suspeição ou o impedimento de membros do
TSE, do procurador geral ou de funcionários de sua secretaria, nos casos previstos
na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o
processo previsto em regimento.
d. Será ilegítima a suspeição ou o impedimento quando o excipiente os provocar ou,
depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido.
e. No desempenho de suas atribuições, o corregedor geral eleitoral deve se locomover
para os estados por determinação do TSE, a pedido dos tribunais regionais eleito-
rais (TREs), a requerimento de partido deferido pelo TSE ou sempre que entender
necessário.

COMENTÁRIO
Ocorridas situações configuradoras de impedimento, dado o grau de prejuízo à imparciali-
dade, ainda que, depois de manifestada a causa, o excipiente pratique ato que importe em
aceitação do arguido, deve o órgão competente declarar o impedimento.
Por sua vez, se se tratar de suspeição, o art. 20, parágrafo único, dispõe que:

Art. 20, Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou,
depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido.

Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “d”.


As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. De acordo com o art. 19 do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por
maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

b. Certo. Segundo o art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal
Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação
de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação
geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos
os seus membros.
c. Certo. Nos termos do art. 20 do Código Eleitoral, perante o Tribunal Superior, qualquer
interessado poderá arguir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do procurador-
-geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na Lei Processual Civil ou
Penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.
e. Certo. Conforme o art. 17, § 2º, do Código Eleitoral, no desempenho de suas atribuições,
o corregedor-geral se locomoverá para os estados e territórios nos seguintes casos:

I – por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;


II – a pedido dos tribunais regionais eleitorais;
III – a requerimento de partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;
IV – sempre que entender necessário.

60. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA/2005)


A respeito da legislação eleitoral, assinale a opção incorreta.
a. Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais,
no exercício de suas funções e no que lhes for aplicável, gozam de plenas garantias
e são inamovíveis.
b. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servem por dois anos,
no mínimo, e, nunca, por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitu-
tos, em número igual para cada categoria, escolhidos na mesma ocasião e pelo
mesmo processo.
c. São irrecorríveis as decisões do TSE, salvo as que contrariarem a Constituição da
República e as denegatórias de habeas corpus ou de mandado de segurança.
d. Cabe recurso quando decisão do TRE anular diploma ou decretar perda de mandato
eletivo federal ou estadual.
e. O Código Eleitoral, instituído pela Lei n. 4.737/1965, no que dispõe sobre organização
judiciária, administrativa e do pessoal da justiça eleitoral, foi recepcionado pela Cons-
tituição da República como lei complementar.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Apesar de o Código Eleitoral foi editado originalmente sob a forma de lei ordinária, a Cons-
tituição Federal o recepcionou, em parte, sob a forma de lei complementar. Isso se deu em
razão de a Carta Constitucional exigir, em seu art. 121, a edição de lei complementar para
tratar sobre organização e competências da Justiça Eleitoral.
Assim, somente os artigos da codificação que cuidam dessas matérias – principalmente os
artigos 12 a 41 – passaram a ter status de lei complementar, permanecendo os demais sob
a roupagem de lei ordinária.
Entretanto, a parte do Código Eleitoral referente ao pessoal da Justiça Eleitoral não tem
status de lei ordinária, já que somente a parte sobre organização e competências da Justi-
ça Eleitoral foi recepcionada como lei complementar.
Portanto, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “e”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. De acordo com o art. 121, § 1º, da Constituição Federal, os membros dos tribu-
nais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas fun-
ções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
b. Certo. Segundo o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleito-
rais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois
biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo
processo, em número igual para cada categoria.
c. Certo. Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as deci-
sões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as dene-
gatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
d. Certo. Conforme o art. 121, §4º, IV, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais
Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: anularem diplomas ou decretarem a
perda de mandatos eletivos federais ou estaduais.

61. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AL/2004) No


exame de matéria que importava a interpretação do Código Eleitoral em face da Cons-
tituição Federal, havia 80% dos membros do TSE presentes à sessão. Nessa situação,
a deliberação deveria ser tomada pela unanimidade dos membros presentes.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 19 do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por maioria de vo-
tos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.
Entretanto, exige-se quórum completo nas situações em que o Tribunal Superior Eleitoral
for decidir sobre:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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a. interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição Federal;


b. cassação de registro de partidos políticos;
c. recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas.

62. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-


-GO/2009) Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.
a. O TSE compõe-se, em seu todo, de juízes da magistratura de carreira nomeados pelo
presidente da República dentre os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Supe-
rior Tribunal de Justiça.
b. O TSE elegerá seu presidente, vice-presidente e corregedor entre os ministros do
Supremo Tribunal Federal.
c. Os membros dos tribunais regionais eleitorais de cada estado da Federação serão
nomeados pelos governadores, após indicação do respectivo tribunal de justiça.
d. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no
mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Tribunal Superior Eleitoral compõe-se de ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral, ministros do Superior Tribunal de Justiça e advogados.
b. Errado. De acordo com o art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal
Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Su-
premo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal
de Justiça.
c. Errado. Dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais, apenas os advogados
são nomeados pelo Presidente da República, após a indicação pelo Tribunal de Justiça do
respectivo estado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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63. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SE/2015) A respeito das


Juntas Eleitorais, é correto afirmar que:
a. quem preside a Junta Eleitoral é o membro mais idoso.
b. os funcionários públicos federais não podem ser nomeados membros das Juntas
Eleitorais.
c. os membros das Juntas Eleitorais serão nomeados 60 dias antes da eleição, depois
de aprovação do Tribunal Regional Eleitoral.
d. compete às Juntas Eleitorais processar os pedidos de registro de candidaturas.
e. os partidos não podem impugnar os nomes das pessoas indicadas para compor as
Juntas Eleitorais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados sessenta dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional Elei-
toral, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e
de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
b. Errado. Os servidores públicos, desde que não ocupantes de cargos em comissão no
Poder Executivo, podem ser nomeados para compor as Juntas Eleitorais, desde que te-
nham notória idoneidade.
d. Errado. Os pedidos de registro de candidatura nas eleições municipais são processados
e julgados pelos juízes eleitorais.
e. Errado. Segundo o art. 36, § 2º, do Código Eleitoral, até 10 (dez) dias antes da nome-
ação, os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão
oficial do estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição funda-
mentada, impugnar as indicações.

64. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RO/2013) Claudomiro é


advogado com notável saber jurídico e idoneidade moral. Preenchidos os demais requi-
sitos legais, Claudomiro pode vir a integrar o Tribunal:
a. Regional Eleitoral de seu Estado, apenas.
b. Regional Eleitoral de seu Estado ou a Junta Eleitoral da Zona Eleitoral a que per-
tence, apenas.
c. Superior Eleitoral ou o Tribunal Regional Eleitoral de seu Estado, apenas.
d. Superior Eleitoral, apenas.
e. Superior Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral de seu Estado ou a Junta Eleitoral da
Zona Eleitoral a que pertence.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Os advogados que tenham um notável saber jurídico e idoneidade moral podem integrar os
seguintes órgãos da Justiça Eleitoral:
a. Tribunal Superior Eleitoral – na composição do Tribunal Superior Eleitoral, há dois advo-
gados, que tenham notável saber jurídico e idoneidade moral;
b. Tribunais Regionais Eleitorais – na composição do Tribunal Superior Eleitoral, há dois
advogados, que tenham notável saber jurídico e idoneidade moral;
c. Juntas eleitorais – na composição das juntas eleitorais, há dois ou quatro cidadãos de
notória idoneidade, motivo pelo qual também podem ser advogados.
A partir da avaliação dessa situação, pode-se concluir que Claudomiro, advogado com
notável saber jurídico e idoneidade moral, pode integrar o Tribunal Superior Eleitoral, os
Tribunais Regionais Eleitorais e as juntas eleitorais.

65. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RO/2013) As Juntas


Eleitorais:
a. poderão contar, na sua composição, com até dois agentes policiais.
b. não poderão ter como membros os parentes por afinidade de candidatos até o
segundo grau, inclusive.
c. serão presididas pela autoridade policial, quando esta figurar entre seus membros.
d. serão presididas pelo membro mais velho.
e. poderão ter como membros os que pertencerem ao serviço eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, §3º, I, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas, escrutinadores ou auxiliares os candidatos e seus parentes, ainda que por afinida-
de, até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 36, §3º, III do Código Eleitoral, não podem ser nomeados mem-
bros das juntas, escrutinadores ou auxiliares as autoridades e os juízes eleitorais.
c, d) Errados. O juiz de direito, membro da junta eleitoral, é o seu presidente, nos termos
do art. 36 do Código Eleitoral.
e. Errado. Conforme o art. 36, §3º, IV, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados mem-
bros das juntas, escrutinadores ou auxiliares os que pertencerem ao serviço eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

66. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-PR/2017) Considere:

I – Gael é Ministro do Supremo Tribunal Federal.


II – Felícia, cidadã brasileira, quite com a justiça eleitoral, é a única advogada da família,
não possuindo nenhum parente até o quarto grau, ainda que por afinidade, trabalha
em seu próprio escritório há mais de dez anos, não tem qualquer contrato com a
Administração pública, possui notável saber jurídico e idoneidade moral.
III – Rocco, cidadão brasileiro, quite com a justiça eleitoral, é advogado, possui notável
saber jurídico e idoneidade moral e ocupa cargo público de que é demissível ad nutum.
IV – Cleiton, cidadão brasileiro, quite com a justiça eleitoral, é advogado, possui notável
saber jurídico e idoneidade moral e é diretor de empresa beneficiada com isenção em
virtude de contrato com a Administração pública.

Levando-se em consideração apenas as informações fornecidas, podem vir a integrar


o Tribunal Superior Eleitoral:
a. Gael, Felícia e Cleiton, apenas.
b. Rocco e Cleiton, apenas.
c. Gael e Rocco, apenas.
d. Gael e Felícia, apenas.
e. Gael, Felícia, Rocco e Cleiton.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, integram o Tribunal Superior Eleitoral:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b. dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Por sua vez, os advogados, para integrar o Tribunal Superior Eleitoral, não podem:
a. não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum;
b. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilé-
gio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou
c. que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal.

Assim:
I – Certo. Gael, ministro do Supremo Tribunal Federal, pode integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.

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II – Certo. Felícia, advogada, com notável saber jurídico e idoneidade moral, pode integrar
o Tribunal Superior Eleitoral.
III – Errado. Rocco, apesar de ser advogado, ocupa cargo em comissão, motivo pelo qual
não pode integrar o Tribunal Superior Eleitoral;
IV – Errado. Cleiton, por ser diretor de empresa beneficiada por isenção em contrato a
Administração Pública, ainda que seja advogado, não pode integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.
Logo, dentre os indicados nas assertivas, Gael e Felícia integram o Tribunal Superior
Eleitoral.

67. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2012) Maria é advogada.


Ana é professora. Luiz é investigador de polícia. Pedro pertence ao serviço eleitoral. No
que concerne às Mesas Receptoras, somente poderão ser nomeados mesários:
a. Maria e Ana.
b. Luiz e Pedro.
c. Maria e Pedro.
d. Ana e Pedro.
e. Maria e Luiz.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, § 1º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados presidentes
e mesários:

I – os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive,
e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos desde que exerçam função executiva;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como funcionários no desempenho de car-
gos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Por essa disposição legal, Luiz, investigador de Polícia, e Pedro, pertencente ao servidor
da Justiça Eleitoral, não podem compor mesas receptoras de votos.

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68. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE/2004) Não podem ser


nomeados Presidentes e Mesários os:
a. diplomados em escola superior.
b. agentes policiais.
c. professores.
d. serventuários da justiça.
d. estudantes de direito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados presidentes
e mesários:

I – os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive,
e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos desde que exerçam função executiva;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como funcionários no desempenho de car-
gos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Por outro lado, o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, prescreve que os mesários serão no-
meados, de preferência, entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados
em escola superior, os professores e os serventuários da Justiça.

69. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-PR/2017) Jailton, em razão do


momento político vivido pelo Brasil, aprofundou-se nos estudos do Direito Eleitoral. Ao
consultar a legislação verificou que são órgãos da Justiça Eleitoral:
a. o Tribunal Superior Eleitoral; os Tribunais Regionais Eleitorais e as Juntas Eleito-
rais, apenas.
b. o Tribunal Superior Eleitoral; os Tribunais Regionais Eleitorais e os Juízes Eleito-
rais, apenas.
c. o Tribunal Superior Eleitoral; os Tribunais Regionais Eleitorais; as Juntas Eleitorais e
os Juízes Eleitorais.
d. o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, apenas.
e. os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais, apenas.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral;


II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
IV – as Juntas Eleitorais.

70. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AC/2015) A Justiça Eleitoral


e seus órgãos são essenciais para o exercício da democracia. Referente ao assunto,
assinale a alternativa correta.
a. A Justiça Eleitoral é composta de somente três órgãos: o Tribunal Superior Eleitoral,
o Tribunal Regional Eleitoral e as juntas eleitorais.
b. A junta eleitoral será composta de um juiz de direito, um membro do Ministério Público
e dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
c. O presidente da junta eleitoral deverá ser escolhido por meio de votação entre os
seus membros.
d. Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes
da eleições.
e. Os escrutinadores serão nomeados dentre os que pertencem ao serviço eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional,
pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A Justiça Eleitoral compõe-se do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Re-
gionais Eleitorais, das juntas eleitorais e dos juízes eleitorais.
b. Errado. Não há a participação de membros do Ministério Público nos órgãos da Justiça
Eleitoral. Na verdade, as juntas eleitorais compor-se-ão de um juiz de direito, que será o
presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
c. Errado. O juiz de direito, membro da junta eleitoral, automaticamente, o presidente da
junta eleitoral.
e. Errado. Aqueles que pertençam ao serviço eleitoral não podem ser nomeados como
membros das juntas, escrutinadores ou auxiliares, conforme se vê no art. 36, § 3º do Có-
digo Eleitoral.

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71. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AC/2015) Referente à com-


posição do Tribunal Superior Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a. O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, todos eleitos mediante votação secreta.
b. O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, todos eleitos mediante votação aberta.
c. O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, sendo estes últimos indicados pelo STF.
d. O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 6 (seis) advogados de notável
saber jurídico e idoneidade morai, sendo estes últimos indicados pela OAB.
e. O TSE é composto, no mínimo, por 3 (três) juízes dentre os Ministros do STF, 2 (dois)
juízes dentre os Ministros do STJ, 2 (dois) juízes dentre 4 (quatro) membros do Minis-
tério Público Federal, sendo estes últimos indicados pelo Presidente da República.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b. dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

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72. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AC/2015) Referente aos juí-


zes dos Tribunais Eleitorais, assinale a alternativa correta.
a. Salvo motivo justificado, servirão por quatro anos com possibilidade de prorrogação
por período igual.
b. Não podem servir na mesma circunscrição juízes que possuam parentes até
segundo grau de políticos eleitos, mesmo que estes parentes não sejam candidatos
a cargo efetivo.
c. Servirão obrigatoriamente por dois anos, sem possibilidades de serviço consecutivo.
d. É descontado o período de afastamento por férias no cálculo do tempo de serviço.
e. Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição,
não poderá servir como juiz nos tribunais eleitorais o cônjuge de candidato a cargo
eletivo registrado na circunscrição.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 14 do Código Eleitoral, os juízes dos Tribunais Eleitorais,
salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois
biênios consecutivos.
b. Errado. A vedação para o exercício de funções eleitorais por membros da Justiça Eleito-
ral somente se dá se houver parentesco com candidato a cargo eletivo e não com ocupante
de cargo eletivo.
c. Errado. Os membros de Tribunais Eleitorais podem ser reconduzidos para um único
biênio subsequente.
d. Errado. Os biênios dos membros da Justiça Eleitoral são contados ininterruptamente
e não há o desconto em razão de férias, licenças ou afastamentos. O único desconto no
cômputo do biênio ocorre nos casos de afastamento em razão do parentesco com candi-
dato a cargo eletivo na circunscrição em que o juiz exerce suas funções eleitorais.

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73. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AC/2015) Os Tribunais Re-


gionais Eleitorais compor-se-ão:
a. I – de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
II – de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo
Tribunal Regional Federal respectivo;
IV – por nomeação, pelo Presidente da República, de quatro juízes dentre seis advo-
gados de notável saber jurídico e idoneidade morai, indicados pelo Tribunal de Justiça.
b. I – de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II – de três juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III – de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
IV – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
c. I – de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça.
II – de dois juízes de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
III – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
IV – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
d. I – de um ministro, dentre os ativos do Supremo Tribunal de Justiça;
II – de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
III – de três juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
IV – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo
Tribunal Regional Federal respectivo;
V – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
e. I – de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
II – de dois juízes do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no
Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo
Tribunal Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de três juízes dentre seis advoga-
dos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b. de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distri-
to Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

74. (AOCP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AC/2015) Assinale a al-


ternativa correta.
a. Supremo Tribunal Federal possui três cargos perante o Tribunal Superior Eleitoral,
correspondentes aos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Eleitoral.
b. Superior Tribunal de Justiça possui um cargo perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c. Os juízes dos tribunais regionais eleitorais, salvo motivo justificado, possuirão man-
dato de dois anos, podendo ser reconduzidos ao cargo por no máximo dois biênios
consecutivos.
d. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se- ão, além dos demais cargos, por juízes
pertencentes à ciasse dos advogados, desde que com notável saber jurídico e idonei-
dade moral, indicados pelo Superior Tribunal de Justiça e nomeados pelo Presidente
da República.
e. Cabe, ao próprio Tribunal Regional Eleitoral, eleger o seu Presidente e Vice-presi-
dente dentre qualquer um dos seus membros.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Atente-se que o item considerado correto afirma que os juízes dos Tribunais Regionais
Eleitorais podem ser reconduzidos por dois biênios consecutivos. Na verdade, somente
podem ser reconduzidos uma única vez e ocupar o cargo de membro do Tribunal Regional
Eleitoral por até dois mandatos consecutivos.

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Apesar da dubiedade da redação, a alternativa considerada correta pela Banca Examina-


dora foi a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Ministro Corregedor-Geral Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral deve ser
oriundo do Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 119, parágrafo único, da Cons-
tituição Federal.
b. Errado. Dentre os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, há dois ministros do Superior
Tribunal de Justiça, conforme se vê no art. 119, I, b, da Constituição Federal.
d. Errado. Os advogados, membros dos Tribunais Regionais Eleitorais, são indicados em
listra tríplice pelos Tribunais de Justiça do respectivo estado, nos termos do art. 120, § 1º,
III, da Constituição Federal.
e. Errado. Segundo o art. 120, § 2º, da Constituição Federal, o Tribunal Regional Eleito-
ral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores do Tribunal
de Justiça.

75. (AOCP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AC/2015) Referente aos


órgãos da justiça eleitoral, assinale a alternativa correta.
a. Eles fazem parte da estrutura judiciária federal, sendo o Superior Tribunal de Justiça
o órgão responsável pela interpretação final das questões eleitorais.
b. cargo de juiz eleitoral, junto às zonas eleitorais, é exercido pelos juízes de direito e
juízes federais.
c. Em respeito à regra do quinto constitucional, ao menos uma das cadeiras de juízes
membros dos Tribunais Regionais Eleitorais é composta pelos Advogados e Mem-
bros do Ministério Público.
d. Os cargos ocupados perante os Tribunais Regionais Eleitorais relativos aos membros
dos Tribunais de Justiça resumem-se à presidência e vice-presidência/corregedoria.
e. O cargo de juiz oriundo da magistratura federal, junto ao Tribunal Regional Eleitoral,
será exercido por um Desembargador membro do Tribunal Regional Federal, desde
que exista sede do Tribunal Regional Federal naquele estado.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.

Vamos à análise das assertivas:


a. Errado. O Superior Tribunal de Justiça não integra a Justiça Eleitoral. Na verdade, as
normas eleitorais são interpretadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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b. Errado. Nos termos do art. 32 do Código Eleitoral, cabe a jurisdição de cada uma das
zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto
legal. Por sua vez, os juízes federais não exercem funções eleitorais no primeiro grau de
jurisdição.
c. Errado. As regras do quinto constitucional não se aplicam à Justiça Eleitoral, não haven-
do na composição dos Tribunais Eleitorais membros do Ministério Público.
d. Errado. Nos termos do art. 120, § 2º, da Constituição Federal, o Tribunal Regional Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores. A definição
do ocupante do cargo de corregedor regional eleitoral cabe ao regimento interno de cada
tribunal regional eleitoral.
e. Errado. No Acre, não há Tribunal Regional Federal. Assim, dentre os membros do Tribu-
nal Regional Eleitoral do Acre há um juiz federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal
da 1ª Região.

76. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA/2017)


O Código Eleitoral dispõe que, além dos TREs, são órgãos da justiça eleitoral:
a. o TSE, as juntas eleitorais, os juízes eleitorais e os cartórios eleitorais.
b. o TSE, as juntas eleitorais e os locais destinados a votação eleitoral.
c. as juntas eleitorais e os cartórios eleitorais.
d. TSE, as juntas eleitorais e os juízes eleitorais.
e. as juntas eleitorais, os juízes eleitorais e os locais destinados a votação eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 12 do Código Eleitoral, são órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na capital da República e jurisdição em


todo o país;
II – um Tribunal Regional, na capital de cada estado, no Distrito Federal e, mediante
proposta do Tribunal Superior, na capital de território;
III – juntas eleitorais;
IV – juízes eleitorais.

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77. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2012) De acor-


do com o Código Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais são compostos por eleição
e nomeação. Entre os eleitos, há:
a. dois advogados de notório saber.
b. três desembargadores do Tribunal de Justiça.
c. um membro do Ministério Público.
d. dois juízes de Direito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral
compõem-se de:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:


a. de dois juízes dentre os desembargadores do TJ;
b. de dois juízes, dentre juízes de Direito, escolhidos pelo TJ;
II – de um Juiz do TRF com sede na capital do estado ou no Distrito Federal, ou, não
havendo, de Juiz Federal, escolhido, em qualquer caso, pelo TRF respectivo;
III – por nomeação, pelo presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo TJ.

A partir dessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Compõem os Tribunais Regionais Eleitorais dois advogados de notório saber
jurídico e idoneidade moral.
b. Errado. Dois desembargadores do Tribunal de Justiça integram os Tribunais Regionais
Eleitorais.
c. Errado. Inexiste, na composição dos Tribunais Regionais Eleitorais, membros do Minis-
tério Público.

78. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ARTES GRÁFICAS/TRE-SP/2017) De acordo com o Có-


digo Eleitoral brasileiro, NÃO poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de de-
missão, o membro de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu
cônjuge e parente consanguíneo ou afim:
a. até o quinto grau.
b. até o terceiro grau.
c. até o quarto grau.
d. até o segundo grau.
e. independentemente do grau de parentesco.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 33, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas zonas eleitorais onde houver mais
de uma serventia de Justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da
escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.
Nesse caso, não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o membro
de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente
consanguíneo ou afim até o segundo grau.
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
Entretanto, destaque-se que, atualmente, inexiste escrivão eleitoral. Na verdade, de acor-
do com as disposições da Lei n. 10.842/2004, nos cartórios eleitorais há o chefe de cartó-
rio, um servidor da Justiça Eleitoral designado para o exercício dessa função.
Por ser servidor da Justiça Eleitoral, o chefe de cartório não pode exercer atividade políti-
co-partidária, sob pena de demissão, nos termos do art. 366 do Código Eleitoral.
Apesar disso, o examinador considerou como vigente a disposição contida no art. 33 do
Código Eleitoral.

79. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ASSISTÊNCIA SOCIAL/TRE-SP/2017) De acordo com


o Código Eleitoral brasileiro, os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justifica-
do, servirão:
a. obrigatoriamente, por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
b. obrigatoriamente, por dois anos, vedada qualquer recondução.
c. obrigatoriamente, por 1 (um) ano, sendo permitida uma única recondução em
igual período.
d. facultativamente, por dois anos, vedada qualquer recondução.
e. facultativamente, por 1 (um) ano, sendo permitida uma única recondução em
igual período.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

80. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2017) Kiara é Ministra


do Tribunal Superior Eleitoral. Glauber, parente por afinidade de Kiara em segundo grau,
é cidadão brasileiro, advogado há 15 anos, possui notável saber jurídico e idoneidade
moral e deseja compor o mesmo Tribunal que Kiara integra. Considerando as informa-
ções apenas indicadas neste enunciado, de acordo com o Código Eleitoral, Glauber:
a. poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da
República, desde que indicado pelo Supremo Tribunal Federal.
b. não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral em razão do parentesco que
possui com Kiara.
c. poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, por nomeação do Presidente da
República, desde que indicado pelo Superior Tribunal de Justiça.
d. não poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois este é composto apenas por
Ministros do Supremo Tribunal Federal e por membros do Superior Tribunal de Justiça.
e. poderá fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral, pois não podem fazer parte deste
Tribunal apenas os cidadãos que tenham entre si parentesco por consanguinidade
até o segundo grau na linha reta.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16, § 1º, do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tribunal Su-
perior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
quarto grau, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
Assim, em razão da existência de parentesco entre Kiara e Glauber, não se admite a esco-
lha de Glauber para integrar o Tribunal Superior Eleitoral, ainda que preencha os requisitos
para ser escolhido ministro dessa corte eleitoral, na classe dos juristas.

81. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PI/2016)


No que se refere ao voto, ao alistamento eleitoral, aos órgãos da justiça eleitoral, bem
como à composição desses órgãos, assinale a opção correta.
a. O voto para a escolha dos indicados pelo Supremo Tribunal Federal para compor o
Tribunal Superior Eleitoral é direto e aberto, dado o princípio da publicidade eleitoral,
que veda a adoção de medidas sigilosas.
b. O Tribunal Superior Eleitoral é composto por seis magistrados de notório saber jurí-
dico indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
c. Os juízes eleitorais são considerados órgãos da justiça eleitoral.
d. O eleitor que, por qualquer motivo, extraviar a via do seu título eleitoral poderá reque-
rer às juntas eleitorais a expedição de novo documento, desde que o faça até 48
horas antes do pleito.
e. É obrigatório o alistamento eleitoral dos analfabetos, visto que todos são iguais
perante a lei, conforme a Constituição Federal de 1988.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:

a. o Tribunal Superior Eleitoral;


b. os Tribunais Regionais Eleitorais;
c. os juízes eleitorais; e
d. as juntas eleitorais.

Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 119, I, da Constituição Federal, a escolha dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal para comporem o Tribunal Superior Eleitoral dá-se por meio de
eleição secreta, pelo próprio Supremo Tribunal Federal.
b. Errado. Segundo o art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral com-
põe-se, no mínimo, de sete membros.
d. Errado. De acordo com o art. 35, IX, do Código Eleitoral, compete aos juízes eleitorais
expedir os títulos eleitorais.
e. Errado. Afigura-se facultativo o alistamento eleitoral e o voto dos analfabetos, conforme
se vê no art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal.

82. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT/2010)


Assinale a opção correta a respeito da composição e do funcionamento das juntas
eleitorais.
a. Não podem participar das juntas eleitorais bancários e empregados de empre-
sas estatais.
b. É permitida e até recomendável a participação de servidores da justiça eleitoral nas
referidas juntas.
c. São admitidos membros de diretórios de partidos políticos, desde que não ocupem
função executiva, na composição das citadas juntas.
d. Pessoas que ocupem cargos de confiança no Poder Executivo, desde que nomeadas
no ano anterior à eleição, podem participar das juntas eleitorais.
e. É vedada a participação em juntas eleitorais de parentes dos candidatos, ainda que
por afinidade, até o segundo grau.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 3º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas, escrutinadores ou auxiliares:

I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”, pois parentes de can-
didatos a cargos eletivos não podem ocupar esse órgão da Justiça Eleitoral.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste proibição para que bancários e empregados públicos ocupem as juntas
eleitorais.
b. Errado. Proíbe-se a participação de servidores da Justiça Eleitoral na composição das
Justiça Eleitoral.
c. Errado. Os membros de diretórios de partidos políticos não podem compor as juntas
eleitorais, nos termos do art. 36, § 3º. II do Código Eleitoral.
d. Errado. Ocupantes de cargo em comissão no Poder Executivo estão impedidos de inte-
grar a junta eleitoral conforme se vê no art. 36, § 3º, III do Código Eleitoral.

83. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS/


TSE/2006) Uma pessoa disse que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Sexta Região
tem jurisdição sobre os estados da região Nordeste. Acerca dessa afirmação, assinale
a opção correta.
a. A afirmação é verdadeira.
b. A afirmação é falsa, porque esse tribunal tem jurisdição sobre os estados da
região Norte.
c. A afirmação é falsa, porque não existe, na estrutura do Poder Judiciário brasileiro, um
tribunal com essa denominação.
d. A afirmação é falsa, porque existem apenas cinco regiões eleitorais.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120 da Constituição Federal, haverá um Tribunal Regional Eleitoral
na capital de cada estado e no Distrito Federal. Logo, há vinte e sete tribunais regionais
eleitorais, os quais, na sua denominação, possuem a referência ao estado em que es-
tão sediados.
Inexiste um Tribunal Regional Eleitoral com exercício em mais de uma unidade federativa,
e tampouco um denominado Tribunal Regional Eleitoral da Sexta Região.

84. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ENFERMAGEM/TRE-PR/2012) Tício foi eleito Prefeito


de Município com mais de uma Junta Eleitoral. O respectivo diploma será expedido:
a. pelo representante do Ministério Público Eleitoral com atribuições no Município.
b. pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado da Federação.
c. pelo Corregedor-Regional Eleitoral do respectivo Estado da Federação.
d. pela Junta Eleitoral que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo.
e. pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado da Federação.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 37 do Código Eleitoral, em cada zona eleitoral, admite-se a organização
de mais de uma zona eleitoral, desde que o número de juízes de direito na comarca per-
mitam. Na verdade, poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o número de
juízes de direito, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
Nas eleições municipais realizadas em zonas eleitorais que tiverem mais de uma junta
eleitoral, a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo juiz eleitoral mais
antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição, conforme se vê no art. 40,
parágrafo único, do Código Eleitoral.

85. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ENFERMAGEM/TRE-PR/2012) Presentes os demais re-


quisitos legais, podem ser nomeados membros das Juntas Eleitorais:
a. funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo.
b. parentes em segundo grau de candidato.
c. advogados de notável saber jurídico.
d. os que pertencem ao serviço eleitoral.
e. os agentes policiais.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36 do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
Por outro lado, não podem ser nomeados para compor as juntas eleitorais, conforme se vê
no art. 36, § 3º, do Código Eleitoral:

I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.

Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”, pois ine-
xiste proibição para que advogados, se tiverem idoneidade moral, poderão ser nomeados
para compor as juntas eleitorais.

86. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ENFERMAGEM/TRE-MG/2009) A res-


peito das normas relativas aos TREs, assinale a opção correta.
a. Os TREs poderão requisitar diretamente às Forças Armadas, por intermédio de seus
presidentes, força federal para a garantia da lisura e da ordem das eleições.
b. Em cada estado, o corregedor regional da justiça eleitoral será escolhido entre os
juízes de direito que compõem o tribunal.
c. Os TREs terão obrigatoriamente sete juízes, número que não poderá ser reduzido
nem elevado.
d. Haverá um TRE na capital de cada estado da Federação que possuir mais de qui-
nhentos mil eleitores, e, no caso de o número de eleitores ser menor que esse, a
jurisdição será do tribunal mais antigo dos estados mais próximos.
e. Não podem atuar como juízes nos TREs o cônjuge, o parente consanguíneo legítimo,
o ilegítimo ou o afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na
circunscrição.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 23, XIV do Código Eleitoral, compete privativamente ao Tribunal
Superior Eleitoral requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas pró-
prias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, e para garantir a
votação e a apuração.
b. Errado. Inexiste previsão constitucional sobre quem pode ser escolhido para ocupar o
cargo de corregedor regional eleitoral, cabendo ao regimento interno definir quem poderá
ser escolhido para essa função.
c. Errado. Note que, diversamente da composição do TSE, em que a Constituição Federal
previu “no mínimo” sete membros, o legislador constitucional estabeleceu o número exato,
e não um mínimo de juízes, para compor o TRE.
Com efeito, a composição do TSE pode acrescida de membros pela legislação infraconsti-
tucional, no caso por Lei Complementar, enquanto a do TRE, por disposição constituição,
é inalterável, seja para mais, seja para menos.
Sobre essa afirmação, em outro concurso, o Cespe-Cebraspe adotou a seguinte posição:

(CESPE-CEBRASPE/2010/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA/)


A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua com-
posição aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de sete membros cada
um deles, não podem ter a sua composição aumentada.
Gabarito: Assertiva certa.

Contudo, essa não foi a posição adotada pelo próprio CESPE nesse concurso do TRE-MG,
realizado em 2009. Nessa questão, o examinador adotou como válida a previsão inscrita
no art. 13 do Código Eleitoral, segundo o qual:

Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Nessa compreensão, embora não se admita proposição legislativa para reduzir o número
de juízes dos tribunais regionais eleitorais, é permitida a apresentação de projeto de Lei
Complementar pelo TSE para aumentar, para no máximo 9 juízes, a composição daquelas
cortes regionais.
e. Errado. Independentemente do número de habitantes, haverá um Tribunal Regional Elei-
toral na capital de cada estado e do Distrito Federal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Ministério Público Eleitoral

87. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MP-SC/2021) Com relação à organi-


zação, às funções e à atuação do Ministério Público Eleitoral, julgue os itens a seguir.

O regime democrático e o princípio da separação dos poderes restringem a atuação


do Ministério Público Eleitoral ao âmbito judiciário, a partir da deflagração do processo
eleitoral.

COMENTÁRIO
O membro do Ministério Público com atribuição eleitoral pode atuar e exercer suas funções
independentemente do início do período eleitoral. Aliás, em caso de prática de condutas
tendentes a afetar, por exemplo, a normalidade e a legitimidade das eleições antes do
início do processo eleitoral, o Ministério Público Eleitoral poderá propor medidas judiciais
para a cessação ou suspensão da conduta ilícita, a partir da propositura de um pedido de
tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente.

88. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MP-SC/2021) Com relação à organi-


zação, às funções e à atuação do Ministério Público Eleitoral, julgue os itens a seguir.

Os procuradores regionais possuem competência para propor ações judiciais contra


candidatos a governador e a senador perante o tribunal regional eleitoral.

COMENTÁRIO
Os procuradores regionais eleitorais, órgãos do Ministério Público com atuação perante os
Tribunais Regionais Eleitorais, possuem atribuição para, na esfera judicial, propor as ações
cíveis eleitorais nas eleições federais e estaduais.
Assim, os procuradores regionais eleitorais poderão propor ações judiciais, na seara cível,
contra candidatos a governador e senador, motivo pelo qual a presente assertiva está certa.

89. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MP-SC/2021) Com relação à organi-


zação, às funções e à atuação do Ministério Público Eleitoral, julgue os itens a seguir.

O princípio da independência funcional veda ao procurador-geral da República acumu-


lar encargos próprios do procurador-geral eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 73 da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador-Geral Eleitoral é o
Procurador-Geral da República. Ou seja, trata-se de caso de acumulação de cargo público.

90. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MP-SC/2021) Com relação à organi-


zação, às funções e à atuação do Ministério Público Eleitoral, julgue os itens a seguir.

Define-se promotor eleitoral como o promotor de justiça integrante do Ministério Pú-


blico estadual que atua perante os Juízes eleitorais e as juntas eleitorais nas eleições
municipais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do Ministério
Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Elei-
toral. Nesse caso, o promotor eleitoral será o membro do Ministério Público local, ou seja,
o promotor de justiça que atua perante o juiz de direito incumbido do exercício das funções
de juiz eleitoral.
Atente-se que o promotor eleitoral oficia perante o juiz e as juntas eleitorais nos feitos judi-
ciais relativos às eleições municipais, mas também no processo de apuração e fiscalização
das eleições estaduais, federais e presidenciais perante a junta eleitoral.
Por fim, apesar da perplexidade gerado pelo texto dessa questão, recorde-se que quem
atua perante o juiz eleitoral é o promotor eleitoral, não o promotor de justiça. É bem ver-
dade que os promotores eleitorais são designados dentre os promotores de justiça, mas
deve-se distinguir a sua atuação na Justiça Comum e na Justiça Eleitoral: na justiça eleito-
ral, atua o promotor eleitoral; na justiça comum, o promotor de justiça, cada um deles com
atribuições distintas.

91. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-AP/2021) Assi-


nale a opção que relaciona, sequencialmente, órgãos do MPE, o grau de jurisdição em
que eles atuam e as matérias que lhes competem originariamente.
a. promotores eleitorais — tribunais regionais eleitorais — eleições federais, estaduais
e distritais
b. promotores eleitorais — tribunais regionais eleitorais — eleições municipais
c. promotores eleitorais — juízes eleitorais — eleições federais, estaduais e distritais
d. procuradores regionais eleitorais — tribunais regionais eleitorais — eleições federais,
estaduais e distritais
e. procuradores regionais eleitorais — juízes eleitorais — eleições municipais

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Na estrutura do Ministério Público Eleitoral, tem-se a atuação dos seguintes órgãos:
a. Procurador-Geral Eleitoral – oficia perante o Tribunal Superior Eleitoral e tem atribuição
para atuar nas ações relativas às eleições para Presidente e Vice-Presidente da República;
b. os Procuradores Regionais Eleitorais – oficiam perante os Tribunais Reginais Eleitorais
e tem atribuição para atuar nas ações relativas às eleições estaduais e federais (deputado
estadual, governador, vice-governador, deputado federal e senador da República);
c. os Promotores Eleitorais – oficiam perante os juízes e a juntas eleitorais e tem atribuição
para atuar nas ações relativas às eleições municipais (prefeito, vice-prefeito e vereador).

92. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-ES/2011) Em relação ao MP


eleitoral, assinale a opção correta.
a. Inexistindo membro do MP que oficie perante a zona eleitoral, ou estando este impe-
dido ou, ainda, recusando-se ele, justificadamente, a oficiar, o juiz eleitoral local
deverá indicar ao procurador regional eleitoral o substituto a ser designado membro
do MP estadual ou do DF.
b. O procurador regional eleitoral age por delegação do procurador-geral eleitoral e é
designado entre os procuradores regionais da República no estado e no DF, ou, onde
não houver procuradores regionais, entre os procuradores da República vitalícios.
c. O procurador regional eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato de dois
anos, por iniciativa do procurador-geral eleitoral, com anuência da maioria absoluta do TSE.
d. Compete ao procurador regional eleitoral exercer as funções do MP nas causas de
competência do TRE respectivo, além de dirigir, no estado, as atividades do setor,
subordinado ao procurador-geral eleitoral.
e. As funções eleitorais do MPF perante os juízes e as juntas eleitorais serão exercidas
pelo promotor eleitoral, função que cabe a procurador da República que oficie junto
ao juízo incumbido do serviço eleitoral de cada zona.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 77 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador Re-
gional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as atividades do setor.
Desse modo, verifica-se que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993, na inexis-
tência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou recusa
justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral o
substituto a ser designado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

b. Errado. O Procurador Regional Eleitoral não age por delegação do Procurador-Geral


Eleitoral, mas tem as suas atribuições definidas em lei complementar, atuando nas causas
de competência do Tribunal regional Eleitoral perante qual oficiar.
c. Errado. Nos termos do art. 76, § 2º, da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador
Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por iniciativa do
Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério
Público Federal.
e. Errado. Conforme o art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, o Promotor Eleitoral será o
membro do Ministério Público local que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral
de cada Zona.

93. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MG/2004) Nas eleições


gerais, na fase da diplomação, o Promotor Eleitoral:
a. tem atribuição subsidiária à do Procurador Regional Eleitoral.
b. atua plenamente, sem qualquer restrição.
c. tem atribuição concorrente com a do Procurador Regional Eleitoral.
d. atua como substituto processual em matéria eleitoral.
e. não atua, pois a atribuição é exclusiva do Procurador Regional Eleitoral.

COMENTÁRIO
As eleições gerais envolvem as disputas para os cargos de Presidente, Vice-Presidente,
Governador e Vice-Governador, Deputado Federal, Senador da República, Deputado Es-
tadual e Deputado Distrital.
Nas eleições para cargos federais (salvo presidente e vice-presidente) e estaduais, inclu-
sive na etapa da diplomação, há a atuação, na qualidade de fiscal da ordem jurídica e do
regime democrático, do Procurador Regional Eleitoral.
Por sua vez, o promotor eleitoral somente atua nas eleições municipais, motivo pelo qual a
alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas faltas, ausências ou impedimentos do procurador regional eleitoral, há a
atuação do seu substituto, devidamente designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, não do
promotor eleitoral.
b, c, d) Errados. Nas eleições estaduais e federais não há a atuação do Promotor Eleitoral,
nem de forma subsidiária ou concorrente, mas apenas do Procurador Regional Eleitoral ou
do seu substituto legal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

94. (MP-PR/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/MP-PR/2004) A competência para atuar perante


a Justiça eleitoral de primeira instância é do:
a. Procurador de Justiça.
b. Corregedor Geral do Ministério Público.
c. Procurador Geral de Justiça.
d. Promotor de Justiça.
e. Presidente do Colégio de Procuradores de Justiça.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 79 da Lei Complementar n. 75/1993, o Promotor Eleitoral será o membro do
Ministério Público local (promotor de justiça) que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço
eleitoral de cada Zona.

95. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-GO/2009) Com


relação ao Ministério Público (MP) na jurisdição eleitoral, assinale a opção correta.
a. O MP Eleitoral possui competência para emitir parecer nos feitos eleitorais, mas não
para pedir abertura de investigação judicial visando apurar a utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social em benefício de candidato, pois esta é uma
competência exclusiva dos partidos políticos, coligações e candidatos.
b. O representante do MP que, nos quatro anos anteriores ao pleito, tenha exercido ati-
vidade político-partidária, está impedido de impugnar o registro de candidato.
c. A procuradoria regional junto a cada tribunal regional eleitoral (TRE) estará a cargo do
procurador da República no respectivo estado e, onde houver mais de um, daquele
que for designado pelo presidente do TRE.
d. Os procuradores regionais eleitorais poderão requisitar, de ofício, para auxiliá-los nas
suas funções, membros do MP local, que terão livre assento nas sessões do tribunal
respectivo.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 3º, § 2º, da Lei Complementar n. 64/1990, não poderá impugnar o
registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos ante-
riores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade
político-partidária.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para a propositura da ação de in-
vestigação judicial eleitoral em razão da prática de abuso de poder político, abuso de poder
econômico ou uso indevido dos meios de comunicação social, conforme se vê no art. 22 da
Lei Complementar n. 64/1990.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

c. Errado. Nos termos do art. 76 da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador Regional


Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral,
dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde
não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos.
d. Errado. Segundo o art. 77, parágrafo único da Lei Complementar n. 75/1993, o Procu-
rador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, outros membros do
Ministério Público Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, perante
os Tribunais Regionais Eleitorais.

96. (MPE-PA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-PA/2004) A competência para


atuar perante a Justiça eleitoral de primeira instância é do:
a. Procurador de Justiça.
b. Corregedor Geral do Ministério Público.
c. Procurador Geral de Justiça.
d. Promotor de Justiça.
e. Presidente do Colégio de Procuradores de Justiça.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do Ministério
Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais (1º grau da Justiça Eleitoral) serão
exercidas pelo Promotor Eleitoral, sendo que será promotor eleitoral membro do Ministério
Público Estadual que oficie perante o juízo incumbido do serviço eleitoral de cada zona
(promotor de justiça).

97. (MP-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-SP/2013) Assinale a alternativa


incorreta.
a. Compete ao Procurador-Geral da República exercer as funções de Procurador-Geral
junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
b. Nos Estados, compete ao Procurador-Geral de Justiça exercer as funções de Procu-
rador Regional Eleitoral perante o Tribunal Regional Eleitoral.
c. Nos Estados, compete a Promotores de Justiça o exercício das funções do Ministério
Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral de primeira instância.
d. A Presidência do Tribunal Regional Eleitoral é exercida por um Desembargador do
Tribunal de Justiça.
e. Dois dos sete membros que compõem o Tribunal Regional Eleitoral são advogados
nomeados pelo Presidente da República.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas
causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Esta-
do, as atividades do setor. Esse procurador regional eleitoral, juntamente com o seu subs-
tituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais
da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores
da República vitalícios, para um mandato de dois anos (arts. 76 e 77 da Lei Complementar
n. 75/1993).
Por essas disposições legais, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-
-Geral Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Superior Eleitoral.
c. Certo. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas
Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral, que será um promotor de justiça desig-
nado pelo Procurador Regional Eleitoral, conforme prescrição contida nos arts. 78 e 79 da
Lei Complementar n. 75/1993.
d. Certo. De acordo com o art. 120, § 2º, da Constituição Federal, o Tribunal Regional Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores.
e. Certo. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão por sete membros, dentre os
quais, por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

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98. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2013) A respeito de temas


de Direito Processual afetos à Justiça Eleitoral, é correto, à luz da jurisprudência domi-
nante do Tribunal Superior Eleitoral, afirmar que:
a. decisão interlocutória prolatada no curso de ação de investigação judicial eleitoral
deve ser impugnada, em 3 (três) dias, por meio de agravo de instrumento, não se
podendo, sob pena de preclusão, deixar para suscitar a matéria apenas no recurso
contra a sentença.
b. em devoção à estabilidade das relações sociais e ao princípio constitucional da
segurança jurídica, a ação rescisória, no âmbito da Justiça Eleitoral, tem serventia
apenas para desconstituir julgados que versem sobre causa de inelegibilidade, não
se prestando, verbi gratia, para desconstituir decisão de desaprovação de contas
de campanha.
c. o princípio da fungibilidade recursal autoriza o Tribunal Superior Eleitoral a impri-
mir cognoscibilidade a recurso extraordinário interposto contra acórdão de Tribunal
Regional Eleitoral cujos fundamentos enfrentam temas de natureza constitucional.
d. a intimação do Parquet nos processos que tramitam na Justiça Eleitoral deve ser
feita, em todos os casos, por mandado, iniciando-se o prazo com o recebimento do
feito na Secretaria do Ministério Público Eleitoral, e não com a aposição de ciente,
nos autos, pelo membro do Ministério Público.

COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Constitui entendimento já consagrado neste Tribunal o não cabimento de Ação Rescisó-


ria para desconstituir decisão de desaprovação de contas de campanha, e sim e apenas
de decisões proferidas no âmbito desta Corte e que tenham, efetivamente, analisado o
mérito de questões atinentes à inelegibilidade. (AR n. 0601289-17.2017, Rel. Min. Napo-
leão Nunes Maia Filho, DJe de 17.9.2017).

A partir desse entendimento jurisprudencial, pode-se concluir que a alternativa correta é a


letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não cabe recurso contra as decisões interlocutórias proferidas pela Justiça Elei-
toral, devendo as decisões interlocutórias serem impugnadas por meio do recurso interpos-
to contra a sentença final.
c. Errado. Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

É firme a orientação desta Corte no sentido de que a interposição de recurso extraordiná-


rio contra acórdão de Tribunal Regional Eleitoral constitui erro grosseiro, inviabilizando a
aplicação do princípio da fungibilidade recursal. (AI n. 0002868-93.2010, Rel. Min. Gilson
Dipp, DJe de 23.9.2011).

d. Errado. Segundo o art. 18, II, h, da Lei Complementar n. 75/1993, são prerrogativas pro-
cessuais dos membros do Ministério Público: receber intimação pessoalmente nos autos
em qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar. Diante dessa
prerrogativa processual, aplicável aos membros do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal
Superior Eleitoral entendeu que “a intimação do Parquet deve ser feita por mandado, ini-
ciando-se o prazo recursal com o recebimento dos autos na Secretaria do Ministério Públi-
co Eleitoral” (RESPE n. 28511, Rel. Min. Felix Fischer, DJ de 5.6.2008).

99. (PUC-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2014) João é filiado ao Partido X. Faz


inscrição no concurso para promotor de justiça e obtém êxito, tomando posse em janeiro
de 2013, quando cancela sua filiação ao referido Partido. Em 2014, é indicado para exer-
cer as funções de promotor eleitoral, tendo o candidato do Partido Y impugnado sua de-
signação sob o argumento de que João era filiado ao outro Partido e, por isso, não poderia
exercer a função eleitoral eis que iria persegui-lo. Com base nisso é correto afirmar que:
a. a impugnação procede porque a filiação a partido político impede o exercício de funções
eleitorais por membro do Ministério Público até 2 (dois) anos do seu cancelamento.
b. a impugnação não procede porque não existe qualquer vedação ao ex-filiado em par-
tido político participar das funções eleitorais como promotor de justiça.
c. a impugnação não procede porque a filiação a partido político impede o exercí-
cio de funções eleitorais por membro do Ministério Público até 1 (um) ano do seu
cancelamento.
d. a impugnação procede porque o promotor de justiça não pode exercer funções eleito-
rais quando tenha, nos 04 (quatro) anos anteriores à referida eleição, disputado cargo
eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade político-partidária.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 80 da Lei Complementar n. 75/1993, a filiação a partido político impede
o exercício de funções eleitorais por membro do Ministério Público até 2 (dois) anos do seu
cancelamento.
Assim, caso um membro do Ministério Público seja designado para o exercício das fun-
ções eleitorais há menos de dois anos da data do cancelamento de sua filiação partidária,
admitir-se-á a impugnação da escolha e o impedimento para que oficie perante a Justiça
Eleitoral.

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100. (VUNESP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG/2012) Falecido um vereador, dois


meses após tomar posse no cargo, dois suplentes reivindicam o direito de assumir a
cadeira à Câmara Municipal. A questão terá de ser resolvida pelo(a):
a. Justiça Eleitoral, porque se trata de matéria pertinente ao desdobramento do pro-
cesso eleitoral.
b. Justiça Comum Estadual, por ser matéria alheia à competência da Justiça Eleitoral.
c. Poder Legislativo, por se tratar de matéria interna corporis.
d. Justiça Federal, porque compete à União legislar sobre Direito Eleitoral.

COMENTÁRIO
A competência da Justiça Eleitoral diz respeito ao julgamento de litígios que envolvam
a aplicação das normas relativas ao exercício dos direitos políticos. Logo, os processos
sobre o alistamento eleitoral até a diplomação dos eleitos são da competência da Justiça
Eleitoral.
Discussões posteriores relacionadas ao exercício do mandato não devem ser tratadas no
âmbito da Justiça Eleitoral, salvo se se tratar de discussão sobre a fidelidade partidária,
conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI n. 3.999.
Sobre a incompetência da Justiça Eleitoral para processar e julgar as ações sobre a su-
cessão no Poder Legislativo, veja o seguinte julgado proferido pelo Tribunal Regional Elei-
toral de Goiás:

1. A competência da Justiça Eleitoral limita-se às atividades referentes ao processo elei-


toral, abrangendo desde a inscrição dos candidatos até a diplomação dos eleitos, ca-
bendo à Justiça Comum a apreciação de controvérsia sobre a ordem de convocação
de suplentes para assumir a titularidade de mandato eletivo, cuja vacância decorreu da
cassação por prática de infração político-administrativa (Precedentes do STJ).
2. A Resolução TSE n. 22.610, de 25 de outubro de 2007, disciplina tão somente o pro-
cesso de perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa
(infidelidade partidária), não havendo que se falar em sua aplicação quando os autos
versam sobre ordem de convocação de suplente em razão da cassação de mandato
eletivo por prática de infração político-administrativa.
3. Na exegese do Tribunal Superior Eleitoral, não se conhece de questões atinentes à
ordem de convocação de suplentes para assumir a titularidade de mandato eletivo –
vago em razão de o titular ter sido cassado ou em virtude de ter tomado posse em cargo
no Poder Executivo – por se tratar de situações posteriores à diplomação, não sendo,
por isso, de competência da Justiça Eleitoral (Consulta TSE n. 1.458, em 27 de maio de
2008, Rel. Min. Marcelo Ribeiro)”.
(MS n. 494963, Rel. Juiz João Batista Fagundes Filho, DJ de 24.9.2010)

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101. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-CE/2020) A res-


peito de membros do Ministério Público Federal (MPF) e dos Ministérios Públicos esta-
duais e de suas atribuições, considerando a matéria de sua competência originária nos
órgãos da justiça eleitoral em que atuam, assinale a opção correta.
a. O procurador-geral eleitoral integra o MPF e exerce encargos no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e nos tribunais regionais eleitorais em caso de matéria referente a elei-
ção de presidente, de governador de estado ou do Distrito Federal, e de prefeito.
b. Procurador regional eleitoral integra Ministério Público estadual e exerce encargos
perante os juízes eleitorais e as juntas eleitorais em caso de matéria referente a elei-
ções estaduais, municipais e distritais.
c. O procurador-geral eleitoral e os procuradores regionais eleitorais integram, respec-
tivamente, o MPF e Ministérios Públicos estaduais e exercem encargos perante o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os tribunais regionais eleitorais, os juízes eleitorais
e as juntas eleitorais em caso de matéria referente a eleições federais, estaduais, dis-
tritais e municipais.
d. Promotores eleitorais integram os Ministérios Públicos estaduais e exercem encargos
perante os juízes eleitorais e as juntas eleitorais em caso de matéria referente a elei-
ções municipais.
e. Todos os membros do MPF e dos Ministérios Públicos estaduais podem atuar livre-
mente como promotores eleitorais, em quaisquer órgãos da justiça eleitoral, em caso
de matérias referentes a eleições em geral, proporcionais ou majoritárias, em qual-
quer parte do território nacional.

COMENTÁRIO
No primeiro grau de jurisdição, perante os juízes e as juntas eleitorais, as funções de Minis-
tério Público são exercidas pelo promotor eleitoral, que é um promotor de justiça. Ou seja,
o membro do Ministério Público que exerce as funções de Ministério Público Federal na
Justiça Eleitoral, na primeira instância, integra o Ministério Público dos Estados.
As suas atribuições estão diretamente relacionadas às eleições municipais.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Perante os Tribunais Regionais Eleitorais, as funções de ministério Público são
exercidas pelos Procuradores Regionais Eleitorais, que são escolhidos dentre os Procura-
dores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre
os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos. Suas atribuições
estão relacionadas às eleições estaduais e federais.
b. Errado. O Procurador Regional Eleitoral é um Procurador Regional da República, onde
houver, ou um procurador da República, ou seja, as funções eleitorais nos Tribunais Regio-
nais Eleitorais são exercidas por membros do Ministério Público Federal.

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c. Errados. Perante o Tribunal Superior Eleitoral, há a atuação do Procurador-Geral Elei-


toral, que é o Procurador-Geral da República; perante os Tribunais Regionais Eleitorais,
oficia os Procuradores Regionais Eleitorais, membros do Ministério Público Federal (Pro-
curadores Regionais da República ou Procuradores da República); perante os juízes elei-
torais e as juntas eleitorais, atua os promotores eleitorais, que são Promotores de Justiça,
membros do Ministério Público dos Estados ou do Distrito Federal.
e. Errado. Os promotores eleitorais atuam nas eleições municipais realizadas nas zonas pe-
rante as quais oficiam; os procuradores regionais eleitorais atuam nas eleições federais e es-
taduais realizadas no Estados do Tribunal Regional Eleitoral perante o qual oficiam; o Procu-
rador-Geral Eleitoral, nas eleições presidenciais e oficia perante o Tribunal Superior Eleitoral.

102. (FCC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SE/2015) Ao Procurador-Geral eleitoral,


como chefe do Ministério Público Eleitoral, no âmbito do Tribunal Superior Eleito-
ral, compete:
a. substituir os Ministros do Tribunal em suas ausências ocasionais.
b. assistir as sessões do Tribunal, sem tomar parte nas discussões.
c. oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal.
d. exercer a ação penal pública, exceto nos feitos de competência originária do Tribunal.
e. expedir instruções aos Juízes Eleitorais dos Tribunais Regionais Eleitorais.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 24, III, do Código Eleitoral, constitui atribuição do Procurador-Geral Elei-
toral oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Procurador-Geral Eleitoral é o membro do Ministério Público que atua nas
causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral, não substituindo os membros desse
tribunal. Aliás, na composição de tribunais eleitorais inexiste membros do Ministério Públi-
co, não se aplicando as regras do quinto constitucional.
b. Errado. Segundo o art. 24, II, do Código Eleitoral, constitui atribuição do procurador-geral
eleitoral, como chefe do Ministério Público Eleitoral: assistir às sessões do Tribunal Supe-
rior e tomar parte nas discussões.
d. Errado. Nesse ponto, destaque-se que, atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral não
possui competência penal originária. Se houver a instituição de competência penal para o
Tribunal Superior Eleitoral, competirá ao Procurador-Geral Eleitoral exercer a ação pública
e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do Tribunal.
e. Errado. O Procurador-Geral Eleitoral expede instruções aos órgãos do Ministério Público
junto aos Tribunais Regionais Eleitorais.

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103. (MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-BA/2018) O Ministério Público


tem atuação obrigatória em atos e fases do processo eleitoral. Sobre a atuação do Mi-
nistério Público no processo eleitoral, é correto afirmar que:
a. pode atuar como substituto processual e fiscal da lei, além de deter a titularidade
exclusiva da ação penal eleitoral, ressalvada a ação penal privada subsidiária, e pro-
vocar a atividade policial de fiscalização e apuração de crimes eleitorais.
b. não sofre qualquer limitação à atuação institucional, nos termos das leis de regência.
c. pode utilizar o inquérito civil público nos processos eleitorais, em virtude de interpre-
tação conforme a Constituição Federal.
d. não se aplica, excepcionalmente, o princípio da indivisibilidade, pois não possui com-
posição própria, contendo membros dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
e. o Ministério Público está autorizado a propor termos de ajustamento de conduta
(TAC) como meio de contenção dos excessos dos candidatos, partidos e coligações
em campanhas eleitorais.

COMENTÁRIO
O Ministério Público, em razão da sua função de defesa do regime democrático, tem legi-
timidade para propor todas as ações eleitorais e, naquelas em que não propuser, atuará
como fiscal da ordem jurídica (custos juris).
Destaque-se, ainda, que, nas ações eleitorais propostas pelos demais legitimados, se
houver desistência das partes, em razão do interesse público ínsito às lides eleitorais, o
Ministério Público assumirá a titularidade da ação e atuará como substituto processual,
conforme entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do RESPE
n. 15085, DJ de 15.5.1998.
Além disso, nos crimes eleitorais, todos sujeitos à ação penal pública incondicionada, a
titularidade para o oferecimento da denúncia será do Ministério Público, nos termos do art.
129, I, da Constituição Federal, além de ter a atribuição para requisitar a instauração de
investigações policiais.
Claro que, em caso de desídia do Ministério Público na propositura da ação penal, o ofen-
dido poderá propor a ação penal privada subsidiária da pública.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A atuação dos membros do Ministério Público, na seara eleitoral, fica sujeita às
normas de organização do ente ministerial.
c. Errado. Apesar de o examinador ter considerado esse item incorreto, atualmente, o
Tribunal Superior Eleitoral entende a instauração de inquérito civil, desde que não apenas
para a apuração de ilícitos eleitorais, conforme se vê a seguir:

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2. A interpretação do art. 105-A da Lei 9.504/1997 pretendida pelo recorrente – no sen-


tido de que as provas produzidas em inquérito civil público instaurado pelo Ministério
Público Eleitoral seriam ilícitas – não merece prosperar, nos termos da diversidade de
fundamentos adotados pelos membros desta Corte Superior, a saber:
2.1. Sem adentrar a questão atinente à constitucional idade do art. 105-A da Lei
9.504/1997, ressalte-se que i) da leitura do dispositivo ou da justificativa parlamentar de
sua criação não há como se retirar a conclusão de que são ilícitas as provas colhidas
naquele procedimento; ii) a declaração de ilicitude somente porque obtidas as provas
em inquérito civil significa blindar da apreciação da Justiça Eleitoral condutas em desa-
cordo com a legislação de regência e impossibilitar o Ministério Público de exercer o seu
múnus constitucional; iii) o inquérito civil não se restringe à ação civil pública, tratando-se
de procedimento administrativo por excelência do Parquet e que pode embasar outras
ações judiciais (Ministros João Otávio de Noronha, Luciana Lóssio e Dias Tóffoli).
2.2. Ao art. 105-A da Lei 9.504/1997 deve ser dada interpretação conforme a Constituição
Federal para que se reconheça, no que tange ao inquérito civil público, a impossibilidade
de sua instauração para apuração apenas de ilícitos eleitorais, sem prejuízo de: i) ser ado-
tado o Procedimento Preparatório Eleitoral já previsto pelo Procurador-Geral da República;
ou ii) serem aproveitados para propositura de ações eleitorais elementos que estejam con-
tidos em inquéritos civis públicos que tenham sido devidamente instaurados, para os fins
previstos na Constituição e na Lei 7.347/85 (Ministros Henrique Neves e Gilmar Mendes).
2.3. O art. 105-A da Lei 9.504/1997 é inconstitucional, pois:
i) o art. 127 da CF188 atribuiu expressamente ao Parquet a prerrogativa de tutela de de-
fesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais individuais indis-
poníveis, de modo que a defesa da higidez da competição eleitoral e dos bens jurídicos
salvaguardados pelo ordenamento jurídico eleitoral se situa no espectro constitucional
de suas atribuições;
ii) a restrição do exercício de funções institucionais pelo Ministério Público viola o art.
129, III, da CF188, dispositivo que prevê o inquérito civil e a ação civil pública para a
proteção de interesses difusos e coletivos;
iii) houve evidente abuso do exercício do poder de legislar ao se afastar, em matéria elei-
toral, os procedimentos da Lei 7.347/1985 sob a justificativa de que estes poderiam vir a
prejudicar a campanha eleitoral e a atuação política de candidatos (Ministros Luiz Fux e
Maria Thereza de Assis Moura).
(REspe 545-88/MG, ReI – Mm. João Otávio de Noronha, DJe de 4.11.2015) (sem desta-
ques no original)

d. Errado.

A realização de termos de ajustamento de conduta previstos no art. 5º, § 6º, da Lei n.


7.347/85 não é admitida para regular atos e comportamentos durante a campanha elei-
toral. (Respe n. 32231, Rel. Ministro Henrique Neves, DJe de 30.5.2014)

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104. (AOCP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AC/2015) Referente ao Minis-


tério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a. O MPE, órgão com estrutura própria, é composto por membros do Ministério Público
Federal e do Ministério Público Estadual.
b. Incumbe, ao Procurador-Geral Eleitoral, requisitar servidores da União e de suas
autarquias, quando o exigir a necessidade do serviço, sem prejuízo dos direitos e
vantagens inerentes ao exercício de seus cargos ou empregos.
c. O Procurador-Geral Eleitoral possui a competência de designar, nos Estados e no
Distrito Federal, o Procurador Regional Eleitoral dentre os integrantes do Ministério
Público Estadual e Distrital.
d. Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público local
designará um substituto no prazo de 24 horas.
e. Havendo impedimento de Promotor Eleitoral, o Chefe do Ministério Público local
designará um substituto no prazo de 72 horas.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 75, IV, da Lei Complementar n. 75/1993, incumbe ao Procurador-Geral
Eleitoral requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessida-
de do serviço, sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos
ou empregos.
Por essa disposição legal, verifica-se que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não existe Ministério Público Eleitoral, sendo as funções eleitorais de Ministério
Público exercidas pelo Ministério Público Federal, conforme prescrição contida no art. 72
da Lei Complementar n. 75/1993.
c. Errado. Segundo o art. 76 da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador Regional
Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral,
dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde
não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos.
d, e) Errados. De acordo com o art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993,
na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento
ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional
Eleitoral o substituto a ser designado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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105. (AOCP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AC/2015) Em relação


ao Ministério Público Eleitoral, assinale a alternativa correta.
a. Perante as Zonas Eleitorais, atuam os procuradores federais.
b. O Procurador Geral poderá designar quaisquer outros membros do Ministério Público,
com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxi-
liá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
c. Perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará o Procurador Geral da República, funcio-
nando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
d. São inelegíveis, para o cargo de Presidente da República, os membros do Ministério Público
que não tenham se afastado das suas funções até 3 (três) meses anteriores ao pleito.
e. Perante os Tribunais Regionais Eleitorais, atuará um Procurador de Justiça, funcio-
nando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-Geral Elei-
toral, que é o Procurador-Geral da República, exercer as funções do Ministério Público nas
causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral. O Procurador-Geral Eleitoral desig-
nará, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral,
que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o
provimento definitivo.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do
Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Pro-
motor Eleitoral.
b. Errado. De acordo com o art. 74, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993, além
do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade
de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação,
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. A incompatibilidade do membro do Ministério Público para participar das elei-
ções e concorrer a cargos eletivos ocorrerá se ocupar o seu cargo público dentro dos 6
(seis) meses antes da data das eleições. Assim, se o membro do Ministério Público não
se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições, será
considerado inelegível.
e. Errado. Conforme o art. 77 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador
Regional Eleitoral, designado dentre os Procuradores Regionais da República, onde hou-
ver, ou dentre os procuradores da república vitalícios, exercer as funções do Ministério Pú-
blico nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir,
no Estado, as atividades do setor.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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106. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS/TRE-


-PR/2009) É atribuição das juntas eleitorais, entre outras, resolver as impugnações ve-
rificadas durante os trabalhos de contagem e apuração de votos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 40, II, do Código Eleitoral, compete à junta eleitoral a resolver as impug-
nações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.

Alistamento Eleitoral

107. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-BA/2017)


O eleitor poderá votar validamente no transcorrer do processo de exclusão de sua ins-
crição. No entanto, de acordo com o Código Eleitoral, caso ocorra o cancelamento da
inscrição, por sentença, o cartório deverá:

I – retirar da respectiva pasta a folha de votação, registrar a ocorrência no local próprio


para “anotações” e juntá-la ao processo de cancelamento.
II – publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência dos interessados.
III – excluir dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte.
IV – anotar, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o oportuno
preenchimento deles.
V – comunicar o cancelamento ao TSE para anotação no seu fichário.

Estão certos apenas os itens:


a. I, II, III.
b. I, II, V.
c. I, III e IV.
d. II, IV e V.
e. III, IV e V.

COMENTÁRIO
Constatada a ocorrência de uma situação fática geradora do cancelamento da inscrição
eleitoral, deve-se instaurar o processo de exclusão e garantir ao eleitoral o direito de am-
pla defesa.
Ao término da tramitação do processo, se o juiz eleitoral determinar o cancelamento da
inscrição eleitoral, o cartório eleitoral deverá adotar as seguintes providências com a finali-
dade de efetivar a ordem judicial:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

I – retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a ocorrência no local próprio


para “Anotações” e juntá-la-á ao processo de cancelamento;
II – registrará a ocorrência na coluna de “observações” do livro de inscrição;
III – excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as à parte;
IV – anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta de votação para o oportuno
preenchimento dos mesmos;
V – comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para anotação no seu fichário.
A partir da verificação dessas providências a serem desempenhadas pelo cartório eleitoral, os
seguintes itens da questão representam adequadamente a ação do cartório eleitoral: I, III e IV.

108. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2017) Caio efetuou o


seu alistamento eleitoral há dez meses e, buscando melhor qualidade de vida, mudou-se
para outro Município no interior do Estado em que reside. Diante dessa situação, Caio;
a. apenas poderá requerer a transferência do seu título de eleitor se residir, no mínimo,
há 2 meses no novo Município.
b. não poderá requerer a transferência do seu título de eleitor por ter transcorrido menos
de 1 ano da data do seu alistamento.
c. poderá requerer a transferência do seu título de eleitor por ter preenchido os requisi-
tos legais.
d. não poderá requerer a transferência do seu título de eleitor, sendo necessário, para
possibilitar a referida transferência, o transcurso de 2 anos da data do seu alistamento.
e. poderá requerer a transferência do seu título de eleitor se residir, pelo menos, há 1
ano no novo Município, independentemente da data do alistamento.

COMENTÁRIO
A transferência do domicílio eleitoral, ou seja, o deferimento do pedido de alteração do do-
micílio eleitoral, depende do preenchimento dos seguintes requisitos:

I – recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido


pela legislação vigente;
II – transcurso de, pelo menos, 1 (um) ano do alistamento ou da última transferência;
III – residência mínima de três meses no novo domicílio, declarada, sob as penas da lei,
pelo próprio eleitor (Lei n. 6.996/1982, art. 8º);
IV – prova de quitação com a Justiça Eleitoral.

Assim, Caio, em razão de ter efetuado o seu alistamento originário a menos de dez meses,
não poderá transferir o seu domicílio eleitoral, já que é exigível o transcurso de prazo de,
pelo menos, 1 (um) ano do alistamento originário ou da última transferência.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

109. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREAADMINISTRATIVA/TRE-MA/2005)


Com relação ao alistamento eleitoral e aos crimes eleitorais, assinale a opção incorreta.
a. Para o efeito da inscrição, é considerado domicílio eleitoral o lugar de residência ou
moradia do requerente e, se constar mais de um local, considerar-se-á domicílio qual-
quer um deles.
b. Para efeitos penais, são considerados membros e funcionários da justiça eleitoral: os
presidentes de juntas apuradoras, os cidadãos que temporariamente integram órgãos
da justiça eleitoral, os cidadãos que tenham sido nomeados para as mesas recepto-
ras ou juntas apuradoras, os funcionários requisitados pela justiça eleitoral.
c. A exclusão do eleitor em decorrência de cancelamento da inscrição eleitoral por sus-
pensão ou perda dos direitos políticos será promovida, exclusivamente, por meio de
requerimento do Ministério Público Eleitoral.
d. Nos crimes eleitorais cometidos por meio da imprensa, do rádio ou da televisão, apli-
cam-se unicamente as normas do Código Eleitoral e as remissões a outra lei nele
contempladas.
e. No Código Eleitoral, são previstas normas gerais em matéria criminal, assim como
também se prevê que devem ser aplicadas as regras gerais do Código Penal aos
fatos nele incriminados.

COMENTÁRIO
A ocorrência de quaisquer das causas de cancelamento da inscrição eleitoral autoriza o
juiz eleitoral a instaurar de ofício o processo de exclusão, conforme se vê no art. 72, § 1º,
do Código Eleitoral:

Art. 72, § 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de delegado de
partido ou de qualquer eleitor.

Dessa forma, a alternativa incorreta é a letra “c”.


As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Nos termos do art. 42, parágrafo único do Código Eleitoral, para o efeito da inscri-
ção, é domicílio eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o
alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas.
b. Certo. Nos termos do art. 283 do Código Eleitoral, para os efeitos penais são considera-
dos membros e funcionários da Justiça Eleitoral:

I – os magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais, estejam presidindo


juntas apuradoras ou se encontrem no exercício de outra função por designação de Tri-
bunal Eleitoral;

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

II – os cidadãos que temporariamente integram órgãos da Justiça Eleitoral;


III – os cidadãos que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou juntas
apuradoras;
IV – os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral.

d. Certo. De acordo com o art. 288 do Código Eleitoral, nos crimes eleitorais cometidos por
meio da imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se exclusivamente as normas deste
código e as remissões a outra lei nele contempladas.
e. Certo. No Código Eleitoral, dos arts. 283 e seguintes, há a previsão de normas gerais
dos crimes eleitorais, mas, em caso de omissão, aplica-se subsidiariamente, as normas do
Código Penal.

Sistemas Eleitorais

110. (AMEOSC/ASSISTENTE SOCIAL/PREFEITURA DE DESCANSO-SC/2021) A propos-


ta de uma reforma política em tramitação na Câmara Federal ganhou a mídia dividindo
opiniões entre legisladores e populares, sendo o principal ponto de debate a possível
implantação de um sistema apelidado de “distritão”. No que consiste o “distritão”?
a. É um sistema de votação onde os futuros deputados são escolhidos pela própria
Câmara Federal.
b. É um sistema eleitoral que deixa de distribuir as cadeiras federais proporcionalmente
entre as legendas, elegendo apenas os candidatos com maior número de votos.
c. É a divisão igualitária de cadeiras federais entre os distritos.
d. É o fim do voto direto para o Poder Legislativo Federal, sendo seus membros escolhi-
dos por associações e conselhos de classes.

COMENTÁRIO
Na definição da forma de eleição para os cargos eletivos, tem-se os seguintes modelos de
sistemas eleitorais:
a. sistema eleitoral majoritário, por meio do qual considera-se eleito o candidato que obtiver
a maioria dos votos;
b. sistema eleitoral proporcional, a partir do qual se terá a definição dos eleitos na propor-
ção dos votos obtidos por cada agremiação partidária na disputa eleitoral; quanto mais
votos, mais candidatos eleitos por cada partido político;
c. sistema eleitoral distritão, segundo o qual, para a definição dos eleitos, usa-se as regras
do sistema eleitoral majoritário.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

111. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/AL-PE/2014) Aplica-se o sistema da representação


proporcional nas eleições para:
a. Presidente da República e para o Senado Federal.
b. a Câmara dos Deputados e para as Assembleias Legislativas.
c. Prefeitos Municipais e para as Câmaras Municipais.
d. a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal.
e. Governador de Estado e para as Assembleias Legislativas.

COMENTÁRIO
Aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para os seguintes cargos eletivos:
a. deputados federais (membros da Câmara dos Deputados);
b. deputados estaduais (membros das Assembleia Legislativas);
c. deputados distritais (membros da Câmara Legislativa do Distrito Federal);
d. vereadores (membros das Câmaras Municipais).
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
Por outro lado, pode-se afirmar que há a aplicação do sistema eleitoral majoritário nas
eleições para:
a. Presidente e Vice-Presidente da República;
b. Governador e Vice-Governador;
c. Prefeito e Vice-Prefeito;
d. Senador da República.

112. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2015) Adotar-se-á o


princípio majoritário na eleição para:
a. Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de
Estado, Senado Federal, Prefeito e Vice-Prefeito.
b. Governador e Vice-Governador de Estado, Senado Federal, Câmara dos Deputados,
Prefeito e Vice-Prefeito.
c. Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras
Municipais.
d. Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de
Estado, Senado Federal e Câmara dos Deputados.
e. Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Prefeito e
Vice-Prefeito.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Adotar-se-á o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: Presidente e Vice-Presiden-
te da República, Governador e Vice-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito e Senador da
República.
Por outro lado, adota-se o sistema eleitoral proporcional para as eleições de: deputado
federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.

113. (VUNESP/AGENTE LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE BOITUVA-SP/2020) No


Brasil, o sistema majoritário absoluto é utilizado nas eleições para os cargos:
a. da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa e
das Câmaras Municipais.
b. da Assembleia Legislativa, de Presidente da República e Prefeito de Município com
mais de 200 000 (duzentos mil) eleitores.
c. de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e de Prefeito
Municipal.
d. de Governador de Estado e do Distrito Federal, da Câmara dos Deputados e de Pre-
feito de Município com mais de 200 000 (duzentos) mil habitantes.
e. de Presidente da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e Prefeito de
Município com mais de 200 000 (duzentos) mil eleitores.

COMENTÁRIO
Nas eleições para Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Prefeito e
Vice-Prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, considera-se eleito o can-
didato que, em primeiro turno, obtiver a maioria absoluta dos votos. Ou seja, nessas elei-
ções, adota-se o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Na eleição para os membros da Câmara dos Deputados, das Assembleias Le-
gislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, aplica-se o sistema eleitoral
proporcional.
b. Errado. Nas eleições para os membros das Assembleias Legislativas, aplica-se o siste-
ma eleitoral proporcional.
c. Errado. Nas eleições para prefeito municipal, somente há a aplicação do sistema elei-
toral majoritário por maioria absoluta quando, no município, houver mais de duzentos mil
eleitores.
d. Errado. Nas eleições para a Câmara dos Deputados, aplica-se o sistema eleitoral
proporcional.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

114. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-SC/2005) Leia com atenção


os itens abaixo.

I – A Constituição Federal de 1988 estabeleceu segundo turno para os cargos executivos,


quando nenhum dos candidatos tiver alcançado maioria simples no primeiro turno.
II – No sistema proporcional se aplica o calcula dos quocientes eleitorais, obtidos pela
divisão do número de votos apurados pela quantidade de vagas a serem preenchidas.
III – A representação de cada Estado e do Distrito Federal, no Senado Federal, será reno-
vada de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, alternadamente, por um e dois terços.
IV – O sistema proporcional de eleição foi instituído por considerar-se que o sistema majo-
ritário pode deixar sem representação minorias consideráveis, às vezes numerica-
mente próximas da maioria vitoriosa.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente os itens I, III e IV estão corretos.
b. Somente os itens II e III estão corretos.
c. Somente os itens III e IV estão corretos.
d. Somente os itens II, III e IV estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. Nas eleições para Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador,
Prefeito e Vice-Prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, considera-se
eleito o candidato que, em primeiro turno, obtiver a maioria absoluta dos votos. Ou seja,
nessas eleições, adota-se o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta.
II – Errado. Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral
dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um,
se superior.
III – Certo. De acordo om o art. 46 da Constituição Federal, o Senado Federal compõe-se
de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritá-
rio. Essa representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
IV – Certo. Com a finalidade de que os diversos segmentos sociais possam ser represen-
tados na formação das casas legislativas e interferirem na formação da vontade política do
Estado, houve a adoção do sistema eleitoral proporcional. Nesse sistema, diferentemente
do sistema majoritário, as minorias, na proporção dos votos atribuídos aos partidos políti-
cos representantes de suas ideologias.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

115. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO/2005)


A partir das disposições sobre o sistema eleitoral brasileiro a que se refere o texto vigen-
te do Código Eleitoral, assinale a opção correta.
a. Nas eleições proporcionais, caso nenhum partido alcance o quociente eleitoral, são
eleitos os candidatos mais votados, independentemente da votação do partido ou
coligação.
b. O candidato pode filiar-se ao partido após a convenção partidária indicar o seu nome,
na hipótese de eleição majoritária.
c. Por se tratar de mandato federal, o registro de candidato a deputado federal é feito
perante o TSE.
d. Na eleição para deputado estadual, os votos em branco são computados para o efeito
de cálculo do quociente eleitoral.
e. Nas eleições federais e estaduais, a circunscrição é o país.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 111 do Código Eleitoral, se nenhum partido ou coligação alcançar o
quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os
candidatos mais votados.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses
e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
c. Errado. De acordo com o art. 29, I, a, do Código Eleitoral, compete aos tribunais regio-
nais eleitorais processar e julgar originariamente os pedidos de registro e a cassação de
registro de candidatos aos cargos de deputados federais, senadores da república, gover-
nador, vice-governador e deputados estaduais.
d. Errado. Conforme o art. 5º da Lei n. 9.504/1997, nas eleições proporcionais, contam-se
como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas
partidárias.
e. Errado. Para o art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições presidenciais, a circunscrição
será o país; nas eleições federais e estaduais, o estado; e, nas municipais, o respectivo
município.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

116. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Acer-


ca do direito eleitoral e do Código Eleitoral, julgue os itens que se seguem.
Não há relação entre o sistema bicameral brasileiro e o sistema eleitoral previsto no
Código Eleitoral.

COMENTÁRIO
A Constituição Federal, no título da organização dos poderes, previu que o Congresso Na-
cional compõe-se de duas casas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes populares, os deputados federais;
o Senado Federal, de representantes dos Estados-membros, os Senadores da República.
Na eleição para deputados federais, aplica-se o sistema eleitoral proporcional; na eleição
para senadores da república, aplica-se o sistema eleitoral majoritário.
Com a finalidade de dar aplicabilidade a essas normas constitucionais, o Código Eleitoral,
em seus arts. 82 e ss., disciplinou o processos de escolha dos eleitos para os cargos regi-
dos pelo sistema eleitoral proporcional e majoritário.
Há, assim, uma relação entre o Código Eleitoral e as normas constitucionais instituidoras
do sistema bicameral federativo.

117. (MS CONCURSOS/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2009)


Assinale a alternativa em que a eleição não adota o princípio da representação
proporcional.
a. Eleição para a Câmara Municipal.
b. Eleição para o Senado Federal.
c. Eleição para a Assembleia Legislativa.
d. Eleição para a Câmara dos Deputados.

COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

118. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MS/2007) Considere as


eleições para:

I– Senador.
II – Deputado Estadual.
III – Deputado Federal.
IV – Prefeito.
V– Vereador.

Adota-se o princípio da representação proporcional apenas nas hipóteses indicadas em:


a. I, II, III e V.
b. I, IV e V.
c. I e IV.
d. II e III.
e. II, III e V.

COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).

119. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Obedecerá ao


princípio da representação proporcional a eleição para:
a. o Senado Federal.
b. a Câmara dos Deputados.
c. Prefeito Municipal.
d. Governador do Estado.
e. Presidente da República.

COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).

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Professor: Weslei Machado

120. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2006) Obedecerá ao


princípio da representação proporcional a eleição para:
a. Prefeito Municipal.
b. as Câmaras Municipais.
c. o Senado Federal.
d. Governador do Estado.
e. Presidente da República.

COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).

121. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT/2010)


De acordo com o sistema eleitoral vigente no Brasil, em uma eleição majoritária estão
em disputa os cargos de:
a. vereador e prefeito.
b. vereador e deputado estadual.
c. governador e presidente da República.
d. presidente da República e deputado federal.
e. senador e deputado estadual.

COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal,
deputado estadual, deputado distrital e vereador.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

122. (CESPE-CEBRASPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) Julgue


os itens abaixo, relativos à Lei n. 8.666/1993, que dispõe acerca de licitações, e à Lei n.
9.504/1997, que estabelece normas para as eleições.

O direito constitucional brasileiro vigente consagra o sistema majoritário por maioria


relativa para a eleição de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-
-governador e de prefeito e vice-prefeito municipal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º c/c o art. 3º, § 2º, ambos da Lei n. 9.504/1997, aplica-se o sistema
eleitoral majoritário por maioria absoluta nas eleições para presidente, vice-presidente da
república, governador e vice-governador e prefeito de municípios que tenham mais de du-
zentos mil eleitores.
Por sua vez, nas eleições para prefeito e vice-prefeito, nos municípios com até duzentos
mil eleitores, aplica-se o sistema eleitoral majoritário por maioria simples.

123. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PI/2002) A circunscrição


eleitoral, nas eleições:
a. federais, é o País.
b. municipais, é o Município.
c. estaduais, é cada Município do Estado.
d. presidenciais, é cada Estado do País.
e. presidenciais e federais, é o País.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições:
a. presidenciais (Presidente e Vice-Presidente da República) – a circunscrição do cargo
eletivo é o país;
b. nas eleições federais (Senador da República e Deputado Federal) e nas eleições esta-
duais (Governador, Vice-Governador e Deputado Estadual) – a circunscrição é o estado-
-membro e o Distrito Federal;
c. nas eleições municipais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador) – a circunscrição é o
município.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

124. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/TÉCNICA LEGISLATIVA/CÂMARA


DOS DEPUTADOS/2012) Julgue os itens seguintes, relativos ao sistema eleitoral
brasileiro.

O quociente eleitoral é calculado mediante a divisão do total de votos, incluídos brancos


e nulos, pelo número de cadeiras em disputa.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se
o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição
eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.

125. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO/2008)


De 1935 até agora, o sistema brasileiro para a eleição de deputados e vereadores traz
essa característica que tanto o distingue dos modelos proporcionais empregados em
todo o mundo: a escolha uninominal, pelos eleitores, a partir de listas apresentadas
pelos partidos.

Sessenta e tantos anos decorridos da introdução desse modelo de escolha uninominal


no Brasil — desde a reforma trazida ao Código de 1932 e pela Lei n. 48/1935 —, so-
mam-se as queixas de políticos e estudiosos contra a experiência, no dizer de Giusti
Tavares, “singular e estranha”.

Walter C. Porto. A mentirosa urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 121 (com adaptações).

A partir das informações do texto acima, julgue os itens que se seguem, acerca do sis-
tema eleitoral brasileiro nas eleições para deputado e vereador.
Conforme as regras brasileiras, o voto conferido a um candidato é unipessoal e intrans-
ferível, e, por essa razão, não pode colaborar na eleição de outro candidato.

COMENTÁRIO
Nas eleições para os cargos regidos pelo sistema proporcional, os votos obtidos pelos
candidatos são computados para a definição do quociente partidário e, por consequência,
na definição dos candidatos eleitos.
Assim, os votos de um candidato podem impactar a eleição de outros candidatos de sua
agremiação partidária. Aliás, o quociente partidário corresponde à divisão dos votos obtidos
pelos candidatos filiados a um partido mais os votos de legenda pelo quociente eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

126. (FAPEU/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2005) Leia com


atenção os itens abaixo.

I – A Constituição Federal de 1988 estabeleceu segundo turno para os cargos executivos,


quando nenhum dos candidatos tiver alcançado maioria simples no primeiro turno.
II – No sistema proporcional se aplica o cálculo dos quocientes eleitorais, obtidos pela
divisão do número de votos apurados pela quantidade de vagas a serem preenchidas.
III – A representação de cada Estado e do Distrito Federal, no Senado Federal, será reno-
vada de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, alternadamente, por um e dois terços.
IV – O sistema proporcional de eleição foi instituído por considerar-se que o sistema majo-
ritário pode deixar sem representação minorias consideráveis, às vezes numerica-
mente próximas da maioria vitoriosa.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente os itens I, III e IV estão corretos.
b. Somente os itens II e III estão corretos.
c. Somente os itens III e IV estão corretos.
d. Somente os itens II, III e IV estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Haverá a realização de segundo turno de votação das eleições de presidente,
governador e prefeitos de municípios com mais de duzentos mil eleitorais quando, em pri-
meiro turno de votação, nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos.
II – Errado. O quociente eleitoral é definido a partir da divisão do número de votos vá-
lidos, excluídos os votos em branco e os votos nulos, pelo número de lugares a serem
preenchidos.
III – Certo. Nos termos do art. 46, § 2º, da Constituição Federal, a representação de cada
Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por
um e dois terços.
IV – Certo. O sistema eleitoral proporcional tem a finalidade de permitir que os diversos
segmentos sociais, inclusive as minorias, sejam representados nas Casas Legislativas.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

127. (VUNESP/PROCURADOR/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/2019) Sobre


o sistema eleitoral, assinale a alternativa correta.
a. Na eleição direta para o Senado Federal, para prefeito e vice-prefeito, adotar-se-á o
princípio da representação proporcional.
b. A eleição para a Câmara dos Deputados, assembleias legislativas e câmaras munici-
pais obedecerá ao princípio majoritário.
c. A eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presi-
dente da República, governadores, vice-governadores, deputados estaduais, prefei-
tos e vereadores far-se-á simultaneamente, em todo o país.
d. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria do Tribunal, conforme o caso, de
requerimento de registro de candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente,
às dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
e. As convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas, no
máximo, até 10 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça
Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano
em que se realizarem as eleições. Trata-se de prazo improrrogável.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições para prefeito, vice-prefeito e senador da República aplica-se o
sistema eleitoral majoritário.
b. Errado. Na eleição para a Câmara dos Deputados, para as Assembleias Legislativas,
para a Câmara Legislativa do Distrito Federal e para as Câmaras Municipais aplica-se o
sistema eleitoral proporcional.
c. Errado. De acordo com o art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas
simultaneamente as eleições:

I – para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de


Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputa-
do Distrital;
II – para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

e. Errado. Segundo o art. 8º da Lei n. 9.504/1997, a escolha dos candidatos pelos partidos
e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto
do ano em que se realizarem as eleições.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

128. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2012) Assinale a alternati-


va correta.
a. O quociente eleitoral indica o número de vagas alcançado pelos partidos, sendo cal-
culado pela divisão do número de votos conferidos ao partido, diretamente, ou a seus
candidatos, pelo quociente partidário, desprezando-se a fração.
b. O quociente partidário corresponde ao índice de votos a ser obtido que determina a
distribuição das vagas, por meio da divisão do número de votos válidos pelos lugares
a preencher na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembleias Legis-
lativas ou nas Câmaras de Vereadores.
c. O quociente eleitoral tem por finalidade estabelecer a distribuição das vagas entre os
partidos na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembleias Legislati-
vas e nas Câmaras de Vereadores.
d. Acaso nenhum partido atinja o quociente eleitoral, hão de ser considerados eleitos os
candidatos mais votados, desconsiderados quaisquer critérios de proporcionalidade.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 111 do Código Eleitoral, se nenhum Partido ou coligação alcançar o quo-
ciente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os can-
didatos mais votados, com a desconsideração das regras do sistema eleitoral proporcional.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O quociente partidário indica o número de vagas que poderão ser alcançadas
pelos partidos políticos. De acordo com o art. 107 do Código Eleitoral, determina-se para
cada Partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o
número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, despre-
zada a fração.
b. Errado. Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral di-
vidindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um,
se superior.
c. Errado. Na eleição para o Senado Federal, há a aplicação do sistema eleitoral majoritá-
rio, não sendo cabível falar em quociente eleitoral na distribuição das vagas.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

129. (FCC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SC/2017) Nos termos da Constituição Fe-


deral, a Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional. Tal sistema eleitoral:
a. determina, segundo o Código Eleitoral, que as vagas não preenchidas segundo o quo-
ciente partidário serão distribuídas aos partidos com o maior número de votos rema-
nescentes, ou seja, aqueles que restaram em face do cálculo do quociente partidário.
b. determina, segundo o Código Eleitoral, a eleição dos candidatos que tenham obtido
votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral,
tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem da votação nomi-
nal que cada um tenha recebido.
c. impede, segundo a legislação eleitoral, que o voto conferido a candidato de determi-
nado partido seja considerado para a eleição de candidato de partido diverso, ainda
que coligado.
d. determina, segundo o Código Eleitoral, a eleição dos candidatos que tenham obtido
votos em número igual ou superior ao quociente eleitoral, na ordem da votação nomi-
nal que cada um tenha recebido.
e. descabe ser aplicado à eleição de Vereadores, em virtude de a Constituição Federal
atualmente estabelecer limite máximo de Vereadores para cada Município em função
do número de habitantes, afastando a proporcionalidade da representação que origi-
nalmente vigorava.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 108 do Código Eleitoral, estarão eleitos, entre os candidatos registrados
por um partido que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento)
do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem
da votação nominal que cada um tenha recebido.
A partir dessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As vagas não preenchidas em razão da exigência da votação nominal mínima
serão preenchidas com a aplicação das regras da técnica da maior média, inscrita no art.
109 do Código Eleitoral.
c. Errado. Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, não se admite a formação
de coligações para as eleições proporcionais.
d. Errado. Na aplicação das regras do sistema eleitoral, consideram-se eleitos os candida-
tos que tenham obtidos votação nominal mínima correspondente a, pelo menos, 10% do
quociente eleitoral, desde que dentro do número correspondente ao quociente partidário
do partido pelo qual tenha concorrido.
e. Errado. O sistema eleitoral proporcional é aplicável às eleições para Deputado Federal,
Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

130. (IADES/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA/2014) No que


concerne ao sistema eleitoral preconizado pelo Código Eleitoral, assinale a alternati-
va correta.
a. Na eleição direta para o Senado Federal e para os cargos de governador e vice-go-
vernador, adotar-se-á o princípio da representação proporcional.
b. A eleição para a Câmara dos Deputados e para as Assembleias Legislativas obede-
cerá ao princípio majoritário.
c. A eleição para deputados federais, senadores e suplentes, presidente e vice-presi-
dente da República, governadores e vice-governadores e deputados estaduais ocor-
rerá, simultaneamente, em todo o país.
d. O sufrágio é universal e indireto; o voto obrigatório e secreto.
e. Na eleição direta para o Senado e a Câmara, será adotado o princípio da representa-
ção proporcional.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 1º, parágrafo único, I, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas simulta-
neamente as eleições, para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital.
Assim, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições para os cargos de senador da República, de governador e vice-go-
vernador aplica-se o sistema eleitoral majoritário.
b. Errado. A eleição para os cargos de deputado federal e de deputado estadual aplica-se
o sistema eleitoral proporcional.
d. Errado. Nos termos do art. 82 do Código Eleitoral, o sufrágio e universal e direto; o voto,
obrigatório e secreto.
e. Errado. Nas eleições para os senadores da República, aplica-se o sistema eleitoral ma-
joritário; nas eleições para Deputado Federal, o sistema proporcional.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

131. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJDFT/2014) Acerca dos as-


pectos jurídicos pertinentes ao sistema eleitoral brasileiro e sua disciplina legal, assina-
le a opção correta.
a. Conforme o Código Eleitoral, a circunscrição eleitoral nas eleições para o cargo de
deputado federal é nacional.
b. Eleitor brasileiro que se encontre no exterior pode votar apenas nas eleições para os
cargos de presidente e vice-presidente da República.
c. A disciplina do sistema eleitoral brasileiro constante do Código Eleitoral somente pode
ser alterada mediante lei complementar.
d. O domicílio eleitoral do servidor público é necessariamente o local de exercício do
cargo efetivo para o qual ele tenha sido nomeado.
e. O sistema eleitoral proporcional, adotado pelo Código Eleitoral brasileiro, aplica-se
nas eleições para cargos legislativos e executivos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 225 do Código Eleitoral, nas eleições para presidente e vice-presidente
da República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições presidenciais, a cir-
cunscrição serão País; nas eleições federais (deputado federal e senador) e estaduais
(governador, vice-governador e deputado estadual), o Estado; e nas municipais (prefeito,
vice-prefeito e vereador), o respectivo município.
c. Errado. As regras sobre sistema eleitoral podem ser modificadas por meio da edição de
lei ordinária. Em Direito Eleitoral, exige-se a edição da lei complementar para tratar sobre a
organização e as competências da Justiça Eleitoral e para a instituição de novas hipóteses
de inelegibilidade.
d. Errado. Domicílio eleitoral é o local em que o alistando (servidor ou não) tem moradia
ou residência e, se tiver mais de uma, considerar-se-á domicílio eleitoral qualquer delas.
e. Errado. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras
Municipais, obedecerá ao princípio da representação proporcional. Por sua vez, na elei-
ção direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio
majoritário.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

132. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2015) Em


eleição para vereadores de um município brasileiro, foram apurados 90.000 votos vá-
lidos para as cinco cadeiras em jogo. Na distribuição dos votos, o partido A obteve
60.000 votos, sendo 55.000 para o candidato A1, 3.000 votos para o candidato A2, 800
votos para o candidato A3, 700 votos para o candidato A4 e 500 votos para o candidato
A5. O partido B obteve 21.000 votos, sendo 11.000 para o candidato B1, 6.000 votos
para o candidato B2 e 4.000 votos para o candidato B3. O partido C lançou apenas um
candidato, C1, que obteve 9.000 votos.

Nessa situação hipotética:


a. uma vez que a exigência de votação mínima dos candidatos foi declarada inconstitu-
cional, o quociente partidário assegura ao partido A três cadeiras, ao partido B, uma
cadeira, e restará uma cadeira a ser destinada com base nas regras previstas no
Código Eleitoral.
b. o quociente partidário, combinado com a exigência de votação mínima dos candida-
tos, assegura ao partido A duas cadeiras, ao partido B, uma cadeira, e restarão duas
cadeiras a ser destinadas com base nas regras previstas no Código Eleitoral.
c. o quociente eleitoral é de 9.000 votos.
d. o candidato C1 está eleito, pois foi o segundo mais votado em uma disputa em que
havia cinco vagas em jogo.
e. o quociente partidário assegura ao partido B duas cadeiras.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão está desatualizada em razão do entendimento firmado pelo Supremo Tribu-
nal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucional n. 5420.
A distribuição das vagas, nos cargos proporcionais, depende da aplicação de fórmulas
matemáticas, inscritas nos arts. 106 e ss. do Código Eleitoral.
Inicialmente, deve-se calcular o quociente eleitoral, que estabelecerá o número mínimo de
votos que um partido político tem que alcançar para participar da distribuição das vagas na
fase do quociente partidário.
Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição elei-
toral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.
Em seguida, calcula-se o quociente partidário, o qual determina o número de vagas que a
agremiação partidária poderá alcançar, desde que tenha candidatos com votação mínima,
correspondente a, pelo menos, 10% do quociente eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

De acordo com o art. 107 do Código Eleitoral, determina-se para cada partido ou coligação
o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos da-
dos sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração.
Por fim, as vagas não distribuídas na fase do quociente partidário, denominadas de sobras
eleitorais, são distribuídas com base na técnica da maior média. Nessa fase:
a. inicialmente calcula-se a média de voto de todos os partidos que disputaram as eleições,
inclusive daqueles que não alcançaram o quociente eleitoral, a partir da divisão do número
de votos da agremiação pelo número de votos alcançados pelo número de cargos alcan-
çados mais um;
b. o partido político que obtiver a maior média conquistará a vaga, desde que tenha candi-
dato com votação nominal mínima;
c. repete-se a operação até que todas as vagas sejam distribuídas aos partidos com can-
didatos com votação nominal mínima, considerando-se a vaga conquistada pelo partido na
etapa anterior;
d. quando não houver mais partidos políticos com candidatos com votação nominal míni-
ma, as cadeiras deverão ser distribuídas aos partidos políticos que apresentem as maio-
res médias.
No julgamento da ADI n. 5.420, o Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente proceden-
te o pedido de declaração de inconstitucionalidade do art. 109, I, do Código Eleitoral, ape-
nas para afirmar que não é compatível com a distribuição proporcional das vagas, prevista
no art. 45, § 1º, da Constituição Federal, com a definição das médias a partir da divisão do
número de votos do partido pelo quociente partidário mais um. De acordo com essa deci-
são proferida pelo Supremo Tribunal Federal:

O colegiado entendeu que o novo regramento desconsidera a distribuição eleitoral de


cadeiras baseada na proporcionalidade, prevista no art. 45 da Constituição Federal (CF)
(2), que é intrínseca ao sistema proporcional, em que as vagas são distribuídas aos par-
tidos políticos de forma a refletir o pluralismo político-ideológico presente na sociedade.
Esclareceu que um dado fixo é utilizado para os seguidos cálculos de atribuição das
vagas remanescentes, desprezando-se a aquisição de vagas nas operações anterio-
res. Dessa forma, o partido político ou coligação que primeiro atingir a maior média e,
consequentemente, receber a primeira vaga remanescente, acabará por obter todas as
vagas seguintes enquanto possuir candidato que atenda à exigência de votação nominal
mínima (pelo menos 10% do quociente eleitoral). Isso ocasionará uma tendência à con-
centração, em uma única sigla ou coligação, das vagas remanescentes.

Feitas essas considerações, no caso, vamos definir a distribuição das vagas:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Quociente eleitoral
Quociente eleitoral = 90.000 (votos válidos)/5 (cadeiras em disputa)
Quociente eleitoral = 18.000

Quociente partidário
Partido A = 60.000 (votos do partido)/18.000 (quociente eleitoral)
Partido A =3,33
Partido A = 3 (a fração deve ser desprezada)
Partido B = 21.000 (votos do partido)/18.000 (quociente eleitoral)
Partido B = 1,16
Partido B = 1 (a fração deve ser desprezada)
Partido C = não alcançou o quociente eleitoral. Logo, não participa da distribuição das va-
gas nessa etapa

Votação Nominal Mínima


Votação Nominal Mínima = 10% de 18.000 (quociente eleitoral)
Votação Nominal Mínima = 1.800
Partido Político A = elegerá, nessa etapa, dois candidatos, pois A1 e A2 possuem votação
superior a 1.800 votos;
Partido Político B = elegerá, nessa etapa, o candidato B1 (seu quociente partidário foi 1)
Partido C = não participa dessa etapa, já que não alcançou o quociente eleitoral.

Técnica da Maior Média


Sobras Eleitorais = 2 vagas não distribuídas na fase do quociente partidário
Nessa etapa, todos os partidos políticos disputam.

Média de Votos – 1ª Sobra Eleitoral


Partido A = 60.000 (votos do partido)/{2 (vagas conquistadas) +1}
Partido A = 20.000 (média de votos)
Partido B = 21.000 (votos do partido)/{1 (vagas conquistadas) + 1}
Partido B = 10.500 (média de votos)
Partido C = 9.000 (votos do partido)/{0 (vagas conquistadas) + 1}
Partido C = 9.000 (média de votos)
Nesse primeiro momento, alcançará a primeira sobra eleitoral o partido que tenha a maior
média de votos, desde que tenha candidatos com votação nominal mínima. Se não tiver, o
segundo partido e assim sucessivamente.

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Desse modo, apesar de ter a maior média de votos, o partido político A não conquistará a
primeira sobra, pois não tem candidato com votação nominal mínima. Por sua vez, o parti-
do B, segunda maior média de votos, tem candidato com votação mínima, motivo pelo qual
conquistará a vaga.

Média de Votos – 2ª Sobra Eleitoral


Partido A = 60.000 (votos do partido)/{2 (vagas conquistadas) +1}
Partido A = 20.000 (média de votos)
Partido B = 21.000 (votos do partido)/{2 (vagas conquistadas – considerada a etapa an-
terior) + 1}
Partido B = 7.000 (média de votos)
Partido C = 9.000 (votos do partido)/{0 (vagas conquistadas) + 1}
Partido C = 9.000 (média de votos)
Nessa segunda média, conquistará a sobra eleitoral o partido que tiver a maior média de
votos, desde que tenha candidatos com votação nominal mínima. Se não tiver, será o se-
gundo partido, e assim sucessivamente.
Desse modo, apesar de ter a maior média de votos, o partido político A não conquistará a
segunda sobra, pois não tem candidato com votação nominal mínima. Por sua vez, o parti-
do B, terceira maior média de votos, tem candidato com votação mínima, motivo pelo qual
conquistará a vaga.

Resultado da Eleição
Partido Político A – Elegeu 2 candidatos
Candidato A1
Candidato A2
Partido Político B – Elegeu 3 candidatos
Candidato B1
Candidato B2
Candidato B3

Partido Político C – não elegeu candidatos

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33. (UEG/GESTOR FAZENDÁRIO/SEFAZ-GO/2004) As regras eleitorais influenciam a re-


presentação política e a dinâmica parlamentar. No Brasil, são adotadas as regras ma-
joritária e proporcional. Assim, a eleição para a câmara de vereadores, a prefeitura, a
câmara dos deputados e o senado federal é, respectivamente:
a. proporcional, majoritária, proporcional, majoritária.
b. majoritária, proporcional, majoritária, proporcional.
c. majoritária, majoritária, proporcional, proporcional.
d. majoritária, proporcional, proporcional, majoritária.
e. proporcional, proporcional, majoritária, majoritária.

COMENTÁRIO
Nas seguintes eleições, será aplicável o sistema eleitoral. Sendo assim:
a. vereador (Câmara Municipal) – sistema eleitoral proporcional;
b. prefeito e vice-prefeito (Prefeitura) – sistema eleitoral majoritário;
c. Deputado Federal (Câmara dos Deputados) – sistema eleitoral proporcional;
d. Senador da República (Senado Federal) – sistema eleitoral majoritário.

Atos Preparatórios à Votação

134. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/AL-PE/2014) A polícia dos trabalhos eleitorais perante


as Mesas Receptoras cabe somente:
a. ao Juiz Eleitoral e à força armada.
b. ao Presidente da Mesa Receptora e ao Juiz Eleitoral.
c. ao Presidente da Mesa Receptora e à força armada.
d. ao Juiz Eleitoral.
e. ao Presidente da Mesa Receptora.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.

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135. (ESAG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2005) Leia com


atenção os enunciados abaixo:

I – No dia da eleição, os integrantes da Mesa Receptora de Votos reunir-se-ão a partir da


7 (sete) horas, sendo que o início dos trabalhos – da votação – dar-se-ão às 8 (oito)
horas, encerrando-se às 17 (dezessete) horas.
II – No dia da eleição, às 17 (dezessete) horas, havendo eleitores aguardando para votar,
o Presidente da Mesa Receptora distribuirá senhas, convidando-os a entregarem
seus títulos eleitorais, para serem admitidos a votar, sendo o documento devolvido
tão logo o eleitor tenha votado.
III – A Mesa Receptora de Votos é constituída de um presidente – que durante os traba-
lhos é a autoridade superior –, um primeiro e segundo mesários, dois secretários e
dois suplentes, nomeados pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da data da eleição.
IV – O Presidente da Mesa Receptora e os fiscais de partidos são os responsáveis pela
polícia dos trabalhos eleitorais, sendo da competência do Presidente, no caso de ser
necessário completar a composição da mesa, nomear mesário ad hoc (obedecidas
as prescrições legais) e ordenar à força armada que adentre na seção eleitoral.

Assinale a alternativa correta:


a. Somente os enunciados I, II e III estão corretos.
b. Os enunciados I, II, III e IV estão corretos.
c. Somente os enunciados I e II estão corretos.
d. Somente os enunciados II, III e IV estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. Segundo o art. 142 do Código Eleitoral, no dia marcado para a eleição, às 7h, o
presidente da mesa receptora, os mesários e os secretários verificarão se no lugar desig-
nado estão em ordem o material remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher os votos,
bem como se estão presentes os fiscais de partido. A seguir, às 8h, supridas as deficiên-
cias declarará o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em seguida à votação,
que começará pelos candidatos e eleitores presentes, encerrando, salvo a existência de
eleitores na fila, às dezessete horas.
II – Certo. Nos termos do art. 153 do Código de Processo Civil, às 17h, o presidente fará
entregar as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os convidará, em voz
alta, a entregar à mesa seus títulos, para que sejam admitidos a votar. Nessa situação, a
votação continuará na ordem numérica das senhas, e o título será devolvido ao eleitor, logo
que tenha votado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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III – Errado. Conforme o art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um pre-
sidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados
pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo
menos com 5 (cinco) dias de antecedência.
IV – Errado. De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa recep-
tora de votos e ao juiz eleitoral cabe a polícia nos trabalhos eleitorais. Por sua vez, o art.
123, § 3º, do Código Eleitoral prescreve que poderá o presidente, ou membro da mesa que
assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes, os que forem neces-
sários para completar a mesa.

136. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) Leia com atenção


as alternativas abaixo, assinalando a incorreta.
a. A mesa receptora dos votos é constituída de um Presidente, um Primeiro e um
Segundo Mesários, dois Secretários e um Suplente.
b. Durante os trabalhos de votação, o Presidente da Mesa é a autoridade superior, com-
petindo-lhe decidir sobre todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem.
c. O transporte da urna e dos documentos da Seção Eleitoral será providenciado pelo Presi-
dente da Mesa, Mesário ou Secretário que comparecer, ou pelo próprio Juiz, ou a pessoa
que ele designar para esse fim, com o acompanhamento dos fiscais que o desejarem.
d. Não é da competência do Presidente da Mesa Receptora, no caso de ser necessário
completar a composição da mesa, nomear mesário ad hoc.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 123, § 3º, do Código Eleitoral, prescreve que poderá o presidente, ou
membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presen-
tes, os que forem necessários para completar a mesa.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um presi-
dente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados
pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo
menos com 5 (cinco) dias de antecedência.
b. Certo. De acordo com o art. 127, II, do Código Eleitoral, compete ao presidente da mesa
decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem.
c. Certo. Conforme o art. 125, § 2º, do Código Eleitoral, o transporte da urna e dos docu-
mentos da seção será providenciado pelo presidente da mesa, mesário ou secretário que
comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa que ele designar para esse fim, acompanhan-
do-a os fiscais que o desejarem.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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137. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2005) A respeito das


mesas receptoras de votos, é correto afirmar que:
a. cabe ao Tribunal Regional Eleitoral a nomeação dos integrantes das mesas receptoras.
b. as autoridades e os agentes policiais podem ser nomeados presidentes e mesários.
c. a nomeação dos integrantes das mesas eleitorais poderá ocorrer até trinta dias antes
da eleição.
d. os diplomados em escola superior, os professores e os serventuários da Justiça não
podem ser nomeados mesários.
e. é constituída por um presidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretá-
rios e um suplente.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um presidente,
um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados pelo juiz
eleitoral 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo menos
com 5 (cinco) dias de antecedência.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 35, XIV, do Código Eleitoral, compete aos juízes eleitorais a no-
meação dos membros das mesas receptoras de votos.
b. Errado. De acordo com o art. 120, § 1º, III, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados
presidentes e mesários as autoridades e agentes policiais.
c. Errado. Conforme o art. 120 do Código Eleitoral, os membros das mesas receptora de
votos devem ser nomeadas sessenta dias antes da data das eleições.
d. Errado. Para o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os mesários serão nomeados, de
preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados em escola
superior, os professores e os serventuários da Justiça.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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138. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TER-MA/2005) Re-


lativamente à polícia e à fiscalização dos trabalhos eleitorais, assinale a opção correta.
a. Ao presidente da mesa receptora, ao juiz e ao promotor eleitoral cabe a polícia dos
trabalhos eleitorais.
b. Durante a apuração, podem os fiscais e delegados de partido, assim como os can-
didatos, apresentar impugnações, que serão decididas de plano pela junta. Dessas
decisões cabe recurso interposto no prazo de 48 horas.
c. Podem permanecer no recinto da mesa receptora os seus membros, os candidatos,
um fiscal, um delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à votação, o
eleitor, mas o presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior,
deve fazer retirar do recinto ou do edifício quem não guardar a ordem e a compostura
devidas e estiver praticando qualquer ato atentatório à liberdade eleitoral.
d. O recurso contra a apuração não deve ser admitido se não tiver havido, no ato da apu-
ração, impugnação perante a junta contra as nulidades arguidas. Todavia, a impugna-
ção não recebida pela junta eleitoral pode ser apresentada diretamente ao TRE, em
24 horas, acompanhada de declaração de duas testemunhas.
e. Cada partido pode nomear quatro delegados em cada zona eleitoral e dois fiscais
junto a cada mesa receptora, devendo atuar um de cada vez.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 140 do Código Eleitoral, somente podem permanecer no recinto da
mesa receptora os seus membros, os candidatos, um fiscal, um delegado de cada partido
e, durante o tempo necessário à votação, o eleitor.
Apesar da presença de todas essas pessoas no recinto da mesa receptora de votos, o
presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior, fará retirar do re-
cinto ou do edifício quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral (art. 140, § 1º, do Código Eleitoral).
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao
juiz eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
b. Errado. Das decisões proferidas pelas juntas eleitorais durante a apuração dos votos,
será cabível a interposição de recurso, de forma imediata. Interposto o recurso, o recorren-
te poderá fundamente o recurso no prazo de vinte e quatro horas (art. 169, § 2º, do Código
Eleitoral).
d. Errado. De acordo com o art. 171 do Código Eleitoral, não será admitido recurso contra
a apuração, se não tiver havido impugnação perante a junta, no ato da apuração, contra
as nulidades arguidas.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

e. Errado. Conforme o art. 131 do Código Eleitoral, Cada partido poderá nomear 2 (dois)
delegados em cada município e 2 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora, funcionando
um de cada vez.

139. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TAQUIGRAFIA/TRE-RN/2005) A respeito do início e do


encerramento da votação, considere as afirmações:

I – No dia marcado para a eleição, o Presidente da mesa receptora, às 7 (sete) horas,


supridas as deficiências, declarará iniciados os trabalhos, procedendo- se, em
seguida, à votação, que começará pelos membros da mesa e fiscais de partido.
II – O recebimento dos votos terminará às 17 (dezessete) horas, horário em que o Presi-
dente da mesa receptora declarará o encerramento da votação, dispensando os elei-
tores que estiverem na fila, os quais deverão justificar-se perante o Cartório Eleitoral.
III – Se no horário de encerramento do recebimento de votos existirem eleitores presen-
tes, o Presidente da mesa receptora lhes fará entregar senhas e os convidará, em voz
alta, a entregar à mesa seus títulos, para que sejam admitidos a votar.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I.
b. I e II.
c. I e III.
d. II e III.
e. III.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. Nos termos do art. 143 do Código Eleitoral, às 8h, supridas as deficiências
declarará o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, que
começará pelos candidatos e eleitores presentes.
II – Errado. Segundo o art. 153 do Código Eleitoral, às 17h, havendo eleitores na fila, não
há o encerramento da votação, mas seu prosseguimento até a votação de todos eles.
III – Certo. De acordo com o art. 153 do Código Eleitoral, às 17h, o presidente fará entregar
as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os convidará, em voz alta, a en-
tregar à mesa seus títulos, para que sejam admitidos a votar. Desse modo, essa assertiva
está certa.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

140. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) As credenciais


de fiscais e delegados serão expedidas exclusivamente:
a. pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado onde a eleição se realizar.
b. pelo Juiz Eleitoral da circunscrição onde a eleição se realizar.
c. pelos partidos políticos ou coligações.
d. pela Junta Eleitoral da circunscrição onde a eleição se realizar.
e. pelas Mesas Receptoras de Votos da circunscrição onde a eleição se realizar.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 65, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, diante do princípio da autonomia parti-
dária (art. 17, § 1º, da Constituição Federal), as credenciais de fiscais e delegados serão
expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coligações.

141. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2006) Considere as


afirmativas:

I – O fiscal não poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma Seção Eleitoral no
mesmo local de votação.
II – As credenciais de fiscais e delegados só terão validade após serem visadas pelo Juiz
Eleitoral.
III – Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do processo de votação
e apuração das eleições, bem como o processamento eletrônico da totalização dos
resultados.

Está correto o que consta apenas em:


a. II.
b. III.
c. I e II.
d. I e III.
e. II e III.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 65, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, o fiscal poderá ser nomeado
para fiscalizar mais de uma seção eleitoral, no mesmo local de votação.
II – Errado. Segundo o art. 65, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, as credenciais de fiscais e de-
legados serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coligações. Não há necessi-
dade de juiz eleitoral chancelar, conferir ou homologar as credenciais, eis que os partidos
políticos têm autonomia.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

III – Certo. Nos termos do art. 66 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações poderão
fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processa-
mento eletrônico da totalização dos resultados.

142. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MS/2007) João é Delegado de


Polícia. José pertence ao Serviço eleitoral. Pedro é serventuário da Justiça do Traba-
lho. Paulo é professor. Mário é diplomado em escola superior. Dentre eles, a nomeação
para Presidente de Mesa Receptora de votos somente poderá recair em:
a. Pedro, Paulo e Mário.
b. José, Paulo e Mário.
c. João, José e Pedro.
d. João, José e Mário.
e. José e Pedro.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• João é Delegado de Polícia – de acordo com o art. 120, § 1º, III, do Código Eleitoral, as
autoridades e os agentes policiais não podem compor as mesas receptoras de votos;
• José pertence ao serviço eleitoral – segundo o art. 120, § 1º, IV, do Código Eleitoral, os
que pertencem ao serviço eleitoral não podem compor as mesas receptoras de votos;
• Paulo é professor – nos termos do art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os mesários se-
rão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os
professores;
• Mário é diplomado em escola superior – conforme o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os
mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre
estes, os diplomados em escola superior;
• Pedro é serventuários da Justiça do Trabalho – para o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral,
os mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre
estes, os serventuários da Justiça.
Desse modo, podem ser nomeados para compor a mesa receptora de votos Pedro, Má-
rio e Paulo.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

143. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2007) Não deverão


ser instaladas Seções onde haja pelo menos 50 eleitores, se se tratar de:
a. institutos para cegos.
b. estabelecimentos de internação coletiva.
c. prédio público localizado em propriedade rural privada.
d. leprosários.
e. vilas e povoados.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 135, § 5º, do Código Eleitoral, não poderão ser localizadas seções
eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo existindo no
local prédio público.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas apresentam espécies de locais em que é possível a instalação de
local de votação.

144. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2007) A respeito dos


lugares de votação:
a. da decisão do Juiz Eleitoral sobre a reclamação quanto à designação dos lugares de
votação não cabe nenhum recurso.
b. dar-se-á preferência aos edifícios particulares, recorrendo- se aos edifícios públicos
se faltarem aqueles em número e condições adequadas.
c. da designação do lugar de votação poderá qualquer partido reclamar ao Juiz Eleitoral
dentro de 10 dias contados da publicação.
d. a propriedade particular será obrigatória e gratuitamente cedida para funcionar como
lugar de votação.
e. é permitida a instalação de Mesas Receptoras em propriedade pertencente a candi-
dato, se não houver reclamação no prazo de 10 dias.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 135, § 2º, do Código Eleitoral, a propriedade particular será obrigatória e
gratuitamente cedida para a utilização como local de votação.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, c) Errados. Para o art. 135, §§ 7º e 8º, do Código Eleitoral, da designação dos lugares de
votação poderá qualquer partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de 3 (três) dias a contar
da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de 48 horas. Nesse caso, da deci-

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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são do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três)
dias, devendo, no mesmo prazo, ser resolvido.
b. Errado. De acordo com o art. 135, § 2º, do Código Eleitoral, da designação do local de
votação, dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendo-se aos particulares se fal-
tarem aqueles em número e condições adequadas.
e. Errado. Conforme o art. 135, § 4º, do Código Eleitoral, é expressamente vedado o uso de
propriedade pertencente a candidato, membro de diretório de partido, delegado de partido
ou autoridade policial, bem como dos respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou
afins, até o 2º grau, inclusive.

145. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2005) A polícia dos


trabalhos eleitorais cabe:
a. à Polícia Federal.
b. ao presidente da mesa receptora e ao Juiz Eleitoral.
c. ao Exército Nacional.
d. às Polícias Militares de cada Estado.
e. às Guardas Civis Metropolitanas.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.

146. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2007) A respeito da


polícia dos trabalhos eleitorais, é correto afirmar que:
a. a Polícia Militar poderá ingressar no lugar da votação em caso de solicitação de fis-
cais de partidos políticos.
b. a Polícia Militar poderá ingressar no lugar da votação em caso de solicitação de qual-
quer eleitor.
c. cabe ao Presidente da Mesa Receptora e ao Juiz Eleitoral.
d. a Polícia Militar permanecerá concentrada a cem metros do local de votação, mas
alguns policiais circularão pela seção eleitoral.
e. dentro de cada prédio onde ocorrer votação haverá um plantão policial para orientar
os eleitores e manter a ordem dos trabalhos.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
Desse modo, verifica-se que a alternativa correta é a letra “c”.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:


a, b, d, e) Errados. Segundo o art. 141 do Código Eleitoral, a força armada conservar-se-á
a 100 (cem) metros da seção eleitoral e não poderá se aproximar do lugar da votação, ou
nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.

Apuração das Eleições

147. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SE/2007) A apuração das


eleições para Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual compete:
a. ao Tribunal Superior Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais e Tribunais Regionais
Eleitorais, respectivamente.
b. ao Tribunal Superior Eleitoral.
c. aos Tribunais Regionais Eleitorais.
d. aos Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunal Superior Eleitoral e Tribunais Regionais
Eleitorais, respectivamente.
e. aos Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunais Regionais Eleitorais e Tribunal Superior
Eleitoral, respectivamente.

COMENTÁRIO
A competência para a apuração deve ser exercida pelos seguintes órgãos:
a. nas eleições municipais (nos cargos de prefeito e vice-prefeito), a competência é das
juntas eleitorais;
b. nas eleições estaduais e federais (nos cargos de deputado federal, senador da repúbli-
ca, governador, vice-governador, deputado estadual e deputado distrital), a competência é
dos Tribunais Regionais Eleitorais;
c. nas eleições presidenciais (presidente e vice-presidente da república), a competência é
do Tribunal Superior Eleitoral.

148. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TAQUIGRAFIA/TRE-RN/2005) Considere as eleições


para os cargos de:

I– Presidente da República.
II – Vice-Presidente da República.
III – Senador.
IV – Deputado Federal.
V– Deputado Estadual.
VI – Governador de Estado.
VII – Vice-Governador de Estado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Compete ao Tribunal Superior Eleitoral a apuração apenas das eleições para os cargos
indicados em:
a. I e II.
b. I, II e III.
c. I, II, III e IV.
d. III, VI e VII.
e. IV, V, VI e VII.

COMENTÁRIO
A competência para a apuração deve ser exercida pelos seguintes órgãos:
a. nas eleições municipais (nos cargos de prefeito e vice-prefeito), a competência é das
juntas eleitorais;
b. nas eleições estaduais e federais (nos cargos de deputado federal, senador da repúbli-
ca, governador, vice-governador, deputado estadual e deputado distrital), a competência é
dos Tribunais Regionais Eleitorais;
c. nas eleições presidenciais (presidente e vice-presidente da república), a competência é
do Tribunal Superior Eleitoral.

149. (CESPE-CEBRASPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) João,


servidor público da Fundação Hospitalar de Belo Horizonte–MG, virá a ser escolhido
por convenção do Partido Azul (PA) como candidato a deputado estadual, sendo-lhe
atribuído o número 12.321. Nesse pleito, também concorrerá, para o mesmo cargo, um
candidato com número 14.312. Considerando que o art. 15, inciso III, da Lei n. 9.504,
de 1997, determina que os candidatos às Assembleias Legislativas concorrerão com
o número do partido ao qual estiverem filiados, acrescido de três algarismos à direita,
julgue os itens que seguem.
Se um eleitor escrever em sua cédula de votação, no espaço reservado ao voto para
deputado estadual, o número 12.312 e esse número não corresponder a qualquer dos
candidatos do PA, então esse voto deverá ser computado apenas para a legenda do PA.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão refere-se à apuração das eleições manuais, não sendo aplicável as disposi-
ções contidas no art. 59 da Lei n. 9.504/1997.
Nos termos do art. 176 do Código Eleitoral, nas eleições proporcionais, contar-se-á o voto
apenas para a legenda partidária:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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I – se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, não indicando o candidato de sua


preferência;
II – se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato do mesmo partido;
III – se o eleitor, escrevendo apenas os números, indicar mais de um candidato do mes-
mo partido;
IV – se o eleitor não indicar o candidato através do nome ou do número com clareza
suficiente para distingui-lo de outro candidato do mesmo partido.

O caso narrado na questão não se refere a nenhuma das hipóteses contidas nesse dispo-
sitivo, cabendo à Junta Eleitoral, de acordo com as circunstâncias fáticas, definir o destino
do voto tratado no item.

150. (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-PA/2014) Sobre o processo de vo-


tação e de totalização dos votos mediante o uso de sistema eletrônico, considere as
seguintes afirmativas:

I – Considera-se nulo o voto que venha a ser o único registrado na urna eletrônica, em
virtude do comparecimento de apenas um eleitor à seção eleitoral, pois prevalece, no
caso, a garantia constitucional do voto secreto.
II – A falha na urna eletrônica, que impede a continuidade da votação antes que o segundo
eleitor conclua seu voto, autoriza considerar insubsistente o voto já emitido pelo pri-
meiro eleitor.
III – Caso ocorra, após as dezessete horas do dia do pleito, defeito na urna eletrônica que
impeça a continuidade da votação e falte apenas o voto de um eleitor presente na
seção, a votação será encerrada sem o voto desse eleitor, entregando-se-lhe o com-
provante de votação, com o registro dessa ocorrência na ata.
IV – Não havendo êxito nos procedimentos de contingência adotados em razão de falha
na urna eletrônica, a votação terá continuidade mediante o uso de cédulas, sendo
cabível, a qualquer tempo, a retomada do sistema eletrônico caso nova urna devida-
mente lacrada seja providenciada pela Justiça Eleitoral.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. II e III.
b. I e III.
c. I e IV.
d. III e IV.
e. II e IV.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento
do PA n. 1089-06, na difícil hipótese de haver, na urna eletrônica, um único voto, dá-se o
cômputo, ainda que isso implique, em tese, o afastamento do sigilo.
II – Certo. Conforme o art. 95, § 2º, da Resolução-TSE n. 23.399, na hipótese de ocorrer
falha na urna que impeça a continuidade da votação eletrônica antes que o segundo eleitor
conclua seu voto, esgotadas as possibilidades previstas no artigo anterior, deverá o primei-
ro eleitor votar novamente, em outra urna ou em cédulas, sendo o voto sufragado na urna
danificada considerado insubsistente.
III – Certo. Se após às 17h, ocorrer falha na urna eletrônica e esse defeito seja capaz
de impedir o processo de votação e falte apena o voto de um eleitor presente na seção,
a votação será encerrada sem o voto desse eleitor e a ele será entregue o comprovante
de votação.
IV – Certo. Após iniciado o processo de votação por meio de cédulas, não se admite o
retorno do processo de votação com o uso de urnas eletrônicas na mesma seção eleitoral.
Dessa forma, esse item está certo.

151. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2017) No que diz respei-


to ao processo eleitoral, assinale a opção correta.
a. Aos eleitores em trânsito que se encontrarem fora de seu domicílio eleitoral, mas na
mesma unidade da Federação, será assegurado o direito de votar para presidente
da República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado
distrital.
b. O princípio da anualidade eleitoral ou da anterioridade tem sido interpretado de
maneira estrita e foi sistematicamente observado nas alterações da legislação havi-
das desde 1993 e na sua interpretação.
c. Em caso de não comparecimento de um dos membros da mesa, o presidente deverá
convocar, em tempo hábil, o suplente designado.
d. O eleitor que se encontrar no exterior durante o processo eleitoral de seu país poderá
votar para presidente e vice-presidente, senador e deputado federal.

COMENTÁRIO
Aos eleitores em trânsito no território nacional, mas que estejam dentro da unidade fede-
rativa em que possuem domicílio eleitoral, poderão votar nas eleições para Presidente da
República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Dis-
trital, nos termos do art. 233-A, § 1º, III, do Código Eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Sobre a interpretação do princípio da anterioridade eleitoral, no julgamento do
RE n. 633.703, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que:

A jurisprudência sobre o princípio da anterioridade eleitoral pode ser dividida em duas


fases: a) a primeira é marcada pelos julgamentos das ADIs 733, 718 e 354; b) a segunda
pelos julgamentos das ADIs 3.345, 3.685, 3.741 e da ADI-MC 4.307.
Na ADI 733, Rel. Min. Sepúlveda Pertence (julg. em 17.6.1992), o Tribunal firmou enten-
dimento no sentido de que a lei estadual que cria municípios em ano eleitoral não altera
o processo eleitoral e, portanto, não se submete ao princípio da anterioridade previsto no
art. 16 da Constituição. Na ADI 718, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, (julg. em 5.11.1998),
a Corte novamente enfatizou que o art. 16 da Constituição não repercute na criação de
municípios por leis estaduais em ano eleitoral. Nas duas ações, considerou-se que o
processo eleitoral é parte do sistema de normas do Direito Eleitoral, matéria da compe-
tência legislativa privativa da União, de modo que a lei estadual não tem efeitos sobre
esse sistema normativo federal.
[...]
Na ADI 354, Rel. Min. Octavio Gallotti (julg. em 24.9.1990), o Tribunal consignou o enten-
dimento segundo o qual a vigência e a eficácia imediatas de norma eleitoral que altera
o sistema de votação e apuração de resultados, seja no sistema proporcional, seja no
sistema majoritário, não infringem o disposto no art. 16 da Constituição.
[...]
Após os referidos julgamentos, ocorridos no início da década de 1990, o Tribunal somen-
te voltou a se pronunciar sobre o art. 16 da Constituição no ano de 2005, ao apreciar
a ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello. Com a composição da Corte modificada subs-
tancialmente, iniciou-se uma segunda fase na jurisprudência sobre o art. 16, na qual
passaram a prevalecer os parâmetros de interpretação dessa norma constitucional ante-
riormente definidos pelos votos vencidos na ADI 354. Na ADI 3.345, o Tribunal entendeu
que a Resolução do TSE 21.702/2004 – a qual normatizou as razões determinantes do
julgamento do RE 197.917 pelo STF, que definiram critérios de proporcionalidade para fi-
xação do número de vereadores nos municípios – não ofendeu o art. 16 da Constituição.
[...]
O julgamento da ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie (julg. em 22.3.2006) representa um
marco na evolução jurisprudencial sobre o art. 16 da Constituição. Foi a primeira vez que
o STF aplicou a norma constitucional para impedir a vigência imediata de uma norma
eleitoral. O objeto da ação foi a EC 52/2006, que deu plena autonomia aos partidos para
formarem coligações partidárias nos planos federal, estadual e municipal, revogando a
legislação infraconstitucional que estabelecia a denominada “verticalização” das coliga-

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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ções. Os fundamentos do julgado se basearam nas razões já fixadas na jurisprudência


do STF sobre o art. 16 e avançaram em novas considerações sobre o significado do
princípio da anterioridade na ordem constitucional de 1988.

c. Errado. Em caso de ausência de um dos membros da mesa receptora de votos, deve-se


nomear ad hoc um dos eleitores presentes para completá-la.
d. Errado. Nas eleições para presidente e vice-presidente da República poderá votar o
eleitor que se encontrar no exterior.

152. (FGV/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA/2009) À medida em que os votos forem


sendo apurados, impugnações poderão ser apresentadas:
a. pelos eleitores da Zona Eleitoral.
b. apenas pelos fiscais e pelos membros da Junta Eleitoral.
c. pelos fiscais, delegados dos partidos e candidatos.
d. pelos membros dos diretórios dos partidos e representantes do Ministério Público.
e. pelos membros da mesa receptora e representantes do Ministério Público.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 169 do Código Eleitoral, à medida que os votos forem sendo apurados
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os candidatos, apresentar impug-
nações que serão decididas de plano pela junta.
Além desses legitimados descritos nesse dispositivo legal, o Ministério Público Eleitoral,
defensor do regime democrático e legitimado ativo para atuar em todas as fases eleitorais,
poderá apresentar impugnação à apuração.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

153. (FUNDEP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG/2014) Sobre a apuração das elei-


ções, assinale a alternativa incorreta.
a. A apuração compete às Juntas Eleitorais, no tocante às eleições realizadas na zona
sob sua jurisdição; aos Tribunais Regionais, a referente às eleições para governador,
vice-governador, senador, deputado federal e estadual, de acordo com os resultados
parciais enviados pelas Juntas Eleitorais; ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições
para presidente e vice-presidente da República, pelos resultados parciais remetidos
pelos Tribunais Regionais.
b. Podem e devem fiscalizar a apuração os partidos políticos e coligações, por meio de
seus fiscais e delegados, devidamente credenciados, os candidatos, que são fiscais
natos, e o Ministério Público, fiscal da lei eleitoral sempre.
c. À medida que os votos forem sendo apurados, poderão os fiscais e delegados de
partido, assim como os candidatos, apresentar impugnações que serão decididas de
plano pela Junta. Todavia, ainda que não tenha havido impugnação perante a Junta
Eleitoral, no ato da apuração, contra as nulidades arguidas, poderão os interessados
apresentar recursos.
d. A lei indica a competência para proceder à publicação dos resultados finais dos plei-
tos, a saber: nas eleições municipais, é da Junta Eleitoral; nas eleições gerais, do
TRE, e, nas eleições presidenciais, do TSE.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 169 do Código Eleitoral, à medida que os votos forem sendo apurados,
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os candidatos, apresentar impug-
nações que serão decididas de plano pela junta.
Entretanto, se não tiver sido apresentada impugnação perante a junta, no ato da apuração,
não será admitido recurso contra a apuração (art. 171 do Código Eleitoral).
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a, d) Errado. Segundo o art. 158 do Código Eleitoral, a apuração (e os atos corresponden-
tes) compete:

I – às juntas eleitorais quanto às eleições realizadas na zona sob sua jurisdição;


II – aos tribunais regionais a referente às eleições para governador, vice-governador,
senador, deputado federal e estadual, de acordo com os resultados parciais enviados
pelas juntas eleitorais;
III – ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para presidente e vice-presidente da Re-
pública, pelos resultados parciais remetidos pelos tribunais regionais.

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b. Errado. A fiscalização do processo de apuração das eleições perante as juntas eleitorais


poderá ser feita por meio dos partidos políticos, a partir de seus delegados e fiscais, pelos
candidatos e pelo Ministério Público Eleitoral.

154. (FCC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RR/2015) Nos termos da legislação que dis-


ciplina a apuração dos votos:
a. O Relatório Geral de Apuração, apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral, conterá,
entre outros dados, o quociente eleitoral, os quocientes partidários, a distribuição das
sobras, os votos de cada partido político, coligação e candidato nas eleições majori-
tária e proporcional, bem como as seções anuladas e as não apuradas, os motivos e
a quantidade de votos anulados ou não apurados.
b. O Relatório Geral de Apuração, apresentado à Comissão Apuradora, ficará na Secre-
taria do Tribunal Regional Eleitoral, pelo prazo de 5 (cinco) dias, para exame pelos
partidos políticos e coligações interessados, que poderão examinar, também, os
documentos nos quais foi baseado, inclusive arquivo ou relatório gerado pelo sistema
de votação ou totalização.
c. Constitui crime, punível com reclusão, de cinco a doze anos, obter acesso a sistema
de tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a
apuração de votos.
d. Cabe a cada Tribunal Regional Eleitoral, até a véspera das eleições, constituir, com
cinco de seus membros, presidida por um deles, uma Comissão Apuradora
e. Os boletins de urna deverão conter, entre outros dados, o código de identificação da
urna, a votação individual de cada eleitor, a soma geral dos votos e a quantidade de
eleitores aptos.

COMENTÁRIO
Nas eleições estaduais e federais, para a apuração, os Tribunais Regionais Eleitoral cons-
tituem uma comissão apuradora composta por três de seus membros.
Concluído o trabalho de apuração, conforme se vê no art. 199, § 5º, do Código Eleitoral, a
comissão apuradora apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais da apuração e um
relatório, que mencione:

I – o número de votos válidos e anulados em cada junta eleitoral, relativos a cada eleição;
II – as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada uma;
III – as seções anuladas, os motivos por que o foram e o número de votos anulados ou
não apurados;
IV – as seções onde não houve eleição e os motivos;

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V – as impugnações apresentadas às juntas e como foram resolvidas por elas, assim


como os recursos que tenham sido interpostos;
VI – a votação de cada partido;
VII – a votação de cada candidato;
VIII – o quociente eleitoral;
IX – os quocientes partidários;
X – a distribuição das sobras.

Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 200 do Código Eleitoral, esse relatório apresentado pela comis-
são apuradora, ficará na Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 (três) dias, para exame
dos partidos e candidatos interessados, que poderão examinar também os documentos em
que ele se baseou.
c. Errado. De acordo com o art. 72, I, da Lei n. 9.504/1997, constituem crimes, puníveis
com reclusão, de cinco a dez anos, dentre outras condutas, obter acesso ao sistema de
tratamento automático de dados usado pelo serviço eleitoral, a fim de alterar a apuração
ou a contagem de votos.
d. Errado. Segundo o art. 199 do Código Eleitoral, antes de iniciar a apuração, o Tribunal
Regional constituirá uma comissão apuradora, composta por 3 (três) de seus membros,
sendo presidida por 1 (um) destes.
e. Errado. Conforme o art. 68 da Lei n. 9.504/1997, o boletim de urna, segundo modelo
aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conterá os nomes e os números dos candidatos
nela votados.

155. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-GO/2009)


Em relação às disposições do Código Eleitoral brasileiro acerca das eleições, assinale
a opção correta.
a. No processo de apuração, compete aos juízes das zonas eleitorais determinar o quo-
ciente eleitoral e o partidário, bem como a distribuição das sobras.
b. Nenhuma autoridade poderá, desde 3 (três) dias antes e até 48 horas depois do
encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito.
c. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de força armada no edifício em que
funcionar mesa receptora, ou nas imediações, podendo, entretanto, aproximar-se do
lugar da votação, ou nele penetrar, por ordem do presidente da mesa ou mediante
requisição de partido político, coligação ou candidato.
d. Compete aos TREs fazer a apuração parcial das eleições para presidente e vice-pre-
sidente da República.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 197, V, do Código Eleitoral, na apuração, compete aos Tribunais Regio-
nais Eleitorais fazer a apuração parcial das eleições para presidente e vice-presidente da
República.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 197, III, do Código Eleitoral, na apuração, compete ao
Tribunal Regional Eleitoral determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem como a
distribuição das sobras.
b. Errado. Segundo o art. 236 do Código Eleitoral, nenhuma autoridade poderá, desde
5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição,
prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença cri-
minal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
c. Errado. De acordo com o art. 141 do Código Eleitoral, a força armada conservar-se-á a
100 (cem) metros da seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou
nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.

Da Diplomação

156. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-AP/2021) De


acordo com a legislação eleitoral e o entendimento do TSE, as decisões desse tribunal
sobre quaisquer recursos que acarretarem a perda de diplomas somente poderão ser
tomadas com a presença:
a. de todos os seus membros, inclusive em embargos de declaração de deliberação que
tenha importado perda de diploma.
b. de dois terços de seus membros, inclusive em embargos de declaração de delibera-
ção que tenha importado perda de diploma.
c. de dois terços de seus membros, excluindo-se os casos de embargos de declaração
de deliberação que tenha importado perda de diploma, ocasião em que se admite
deliberação monocrática.
d. da maioria simples de seus membros, inclusive em embargos de declaração de deli-
beração que tenha importado perda de diploma.
e. da maioria simples de seus membros, excluindo-se os casos de embargos de decla-
ração de deliberação que tenha importado perda de diploma, ocasião em que se
admite deliberação monocrática.

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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal
Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação
de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação
geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos
os seus membros.
Aliás, a observância desse quórum para julgamento de processos em que se tenha a perda
de diplomas é exigido inclusive para a análise de eventuais embargos de declaração, sob
pena de nulidade. A esse respeito, de acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal
Superior Eleitoral, no julgamento do ED-ED-RO n. 0600508-68, “a inobservância pelo TSE
do quórum completo de julgamento, mesmo em embargos de declaração de deliberação
que importou perda de diploma, acarreta a nulidade da decisão”.

157. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MG/2005) Túlio candidatou-se


a deputado Federal. Não conseguiu eleger-se, mas ficou como suplente. Nesse caso,
de acordo com o Código Eleitoral Brasileiro, Túlio:
a. receberá certificado expedido pelo Juiz Eleitoral.
b. receberá diploma assinado pelo Presidente do Superior Tribunal Eleitoral.
c. receberá diploma assinado pelo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
d. receberá certificado expedido pelo Presidente da Junta Eleitoral.
e. não receberá diploma, nem certificado, pois não conseguiu se eleger.

COMENTÁRIO
O Tribunal Superior Eleitoral tem competência para diplomar os eleitos para os cargos de
presidente e vice-presidente da república, sendo que o diploma expedido é subscrito pelo
presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Os diplomas dos candidatos a governador, vice-governador, senador da república, depu-
tado federal e deputado estadual são expedidos pelos Tribunais Regionais Eleitorais e o
diploma expedido é assinado pelo presidente dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Por fim, a competência para a diplomação aos eleitos para cargos municipais de prefeito,
vice-prefeito e vereador é da junta eleitoral.
Definida a competência para a diplomação, o art. 215 do Código Eleitoral elenca quem será
diplomado, nos seguintes termos:

Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado
pelo presidente do Tribunal Superior, do Tribunal Regional ou da junta eleitoral, con-
forme o caso.

Desse modo, Túlio, suplente de deputado federal, será diplomado pelo Tribunal Regional
Eleitoral do respetivo estado.

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158. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2005) Paulo foi eleito


Senador; José foi eleito Deputado Federal e Pedro foi eleito Deputado Estadual. A ex-
pedição dos diplomas referentes aos cargos para os quais foram eleitos será feita pelo:
a. Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral,
respectivamente.
b. Tribunal Regional Eleitoral, nos três casos.
c. Tribunal Superior Eleitoral, nos três casos.
d. Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral e Junta Eleitoral, res-
pectivamente.
e. Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Superior Eleitoral e Junta Eleitoral, res-
pectivamente.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Paulo foi eleito Senador – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais expedir os diplomas
para os eleitos para o cargo de Senador da República;
• José foi eleito Deputado Federal – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais a expedi-
ção de diploma aos eleitos para o cargo de Deputado Federal;
• Pedro ficou na condição de suplente de Deputado Estadual – compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais a expedição de diploma aos suplentes ao cargo de Deputado Estadual.

159. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2007) Paulo foi eleito


Senador; Pedro foi eleito Deputado Federal; e Plínio ficou na condição de Suplente de
Deputado Estadual. Nesse caso:
a. os diplomas de Paulo e Pedro serão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do
respectivo Estado e Plínio não receberá diploma.
b. os diplomas de Paulo, Pedro e Plínio serão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral
do respectivo Estado.
c. os diplomas de Paulo, Pedro e Plínio serão expedidos pelo Tribunal Superior Eleitoral.
d. o diploma de Paulo será expedido pelo Tribunal Superior Eleitoral e os de Pedro e
Plínio pelo Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado.
e. o diploma de Paulo será expedido pelo Tribunal Superior Eleitoral, o de Pedro pelo
Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado e Plínio não receberá diploma.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Paulo foi eleito Senador – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais expedir os diplomas
para os eleitos para o cargo de Senador da República;

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• Pedro foi eleito Deputado Federal – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais a expedi-
ção de diploma aos eleitos para o cargo de Deputado Federal;
• Plínio ficou na condição de suplente de Deputado Estadual – compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais a expedição de diploma aos suplentes ao cargo de Deputado Estadual.

160. (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-CE/2011) O candidato a prefeito


eleito, assim como o seu vice, receberá diploma assinado pela autoridade judiciária
competente. Sobre a expedição do diploma é correto afirmar:
a. Para os prefeitos das capitais será expedido pelo Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral.
b. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do
diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude.
c. Para os prefeitos das capitais será expedido pelo Presidente do Tribunal Regional
Eleitoral, não havendo previsão de recurso contra sua expedição.
d. Admite recurso com efeito suspensivo se demonstrado abuso de poder econômico no
curso da campanha ou em prestação de contas.
e. Pode ter sua expedição suspensa pela propositura de ação penal por crime doloso
cometido anteriormente ao registro da candidatura.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não decidir o
recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato
em toda a sua plenitude.
Em razão de conter a exata redação do dispositivo legal, a alternativa “b” está correta.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, c) Errados. A competência para a expedição de diploma, nas eleições municipais, é da
junta eleitoral (art. 40, IV, do Código Eleitoral).
d. Errado. Ainda que haja a propositura de recurso contra a diplomação, o diplomado exer-
cerá o mandato em toda a sua plenitude até a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não
tendo, nesse caso, o recurso efeito suspensivo dos efeitos do diploma.
e. Errado. O julgamento de ação penal pela prática de crime doloso contra a vida não tem
efeito automático no diploma expedido ao candidato eleito, devendo ser observada a dis-
posição sobre perda do mandato por condenação criminal contida na Constituição Federal
e nas leis aplicáveis à espécie.

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161. (PUC-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2011) Das assertivas abaixo, assina-


le a única correta:
a. Em face da obrigatoriedade do comparecimento às urnas nos pleitos eleitorais, o alis-
tamento eleitoral é ex officio.
b. A diplomação é ato administrativo da Justiça Eleitoral, que atesta que um determi-
nado candidato obteve os votos necessários para alcançar o mandato eletivo ou a
suplência.
c. Embora conte com um corpo próprio de funcionários, não há magistrados e membros
do Ministério Público exclusivos, atuando nos feitos eleitorais juízes e procurado-
res federais.
d. Os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral
contam com as prerrogativas da magistratura garantidas constitucionalmente, sendo
inamovíveis e vitalícios.

COMENTÁRIO
A diplomação possui natureza jurídica de ato administrativo, realizado pela Justiça Elei-
toral, cuja finalidade é atestar que o candidato foi validamente eleito e está apto a ser
empossado.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Ainda que a pessoa preencha todos os requisitos constitucionais para o alista-
mento obrigatório, não se admite a realização de alistamento de ofício.
c. Errado. Na Justiça Eleitoral, não há um quadro próprio de magistrados. Nos órgãos da
Justiça Eleitoral, já membros do Poder Judiciário da União, do Poder Judiciário dos Esta-
dos e advogados. No âmbito do Ministério Público, há a atuação de membros do Ministério
Público Federal e dos Ministérios Públicos dos Estados.
d. Errado. A vitaliciedade não se aplica aos membros que exercer funções nos órgãos da
Justiça Eleitoral.

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Nulidades da Votação

162. (ESAG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2005) Leia com atenção


os enunciados abaixo.

I – Se a nulidade da votação atingir mais de metade dos votos do País nas eleições pre-
sidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município, nas elei-
ções municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará
dia para nova eleição, dentro do prazo de 10 (dez) a 60 (sessenta) dias.
II – Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela
se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo; ade-
mais, a declaração de nulidade não poderá ser arguida pela parte que lhe deu causa
nem a ela aproveitar.
III – Se a Convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coliga-
ções, às diretrizes legitimamente estabelecidas pela convenção nacional, os órgãos
superiores do partido poderão, nos termos do respectivo estatuto, anular a delibera-
ção e os atos dela decorrentes.
IV – São causas de cancelamento da inscrição eleitoral a ocorrência de qualquer das
seguintes hipóteses: quando solicitada por quem se encontre impedido de alistar-
-se (v.g. os que não saibam exprimir-se na língua nacional); quando solicitada por
quem detenha domicílio eleitoral; a suspensão ou perda dos direitos políticos; a plu-
ralidade de inscrições; o falecimento do eleitor; deixar de votar em 3 (três) eleições
consecutivas.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente os enunciados II e III estão corretos.
b. Os enunciados I, II, III e IV estão corretos.
c. Somente os enunciados II e IV estão corretos.
d. Somente os enunciados I, II e III estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 224 do Código Eleitoral, se a nulidade atingir a mais de
metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e
estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais
votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40
(quarenta) dias.

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II – Certo. Segundo o art. 219 do Código Eleitoral, na aplicação da lei eleitoral, o juiz aten-
derá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades
sem demonstração de prejuízo, sendo que a declaração de nulidade não poderá ser reque-
rida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar.
III – Certo. Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se a convenção partidária de
nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente esta-
belecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse
órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
IV – Errado. Conforme o art. 71 do Código Eleitoral, são causas de cancelamento da ins-
crição eleitoral:

a. inscrição de alguém cujo alistamento é vedado e alistamento em violação às regras


do domicílio eleitoral;
b. a suspensão ou perda dos direitos políticos;
c. a pluralidade de inscrição;
d. o falecimento do eleitor;
e. deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. Desse modo, essa assertiva
está errada.

163. (IBFC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AM/2014) Com relação


às nulidades da votação, com base na Lei Federal n. 4.737/1965 (Código Eleitoral),
assinale a alternativa correta.
a. Na aplicação da eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela se
dirige, pronunciando todas as nulidades, ainda que não seja demonstrado prejuízo.
b. A declaração de nulidade poderá ser requerida por qualquer interessado e pela parte
que lhe deu causa.
c. É nula a votação quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou cons-
tituída com ofensa à letra da lei.
d. É nula a votação quando houver extravio de documento reputado essencial.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 220, I, do Código Eleitoral, constitui hipótese de nulidade, a realização
de votação perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral ou constituída com ofensa à le-
tra da lei.
Dessa forma, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 219 do Código Eleitoral, não há declaração de nulidade
sem a efetiva demonstração de prejuízo.

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b. Errado. A parte que deu causa à nulidade não pode suscitá-la.


d. Errado. Constitui hipótese de anulabilidade a realização de votação quando houver o
extravio de documento reputado essencial.

164. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/TJ-PR/2019) A fim de garantir a


integridade da votação e prevenir a nulidade ou anulabilidade da eleição, o presidente
de uma mesa receptora de uma seção eleitoral deve:
a. iniciar o processo de votação às 8 horas, independentemente do número de mesários
presente, admitindo eventuais mesários atrasados à medida que se apresentarem no
local de votação.
b. permitir a livre atuação dos fiscais designados pelos partidos apenas fora do recinto
de votação, em benefício da ordem dos trabalhos.
c. encerrar a votação antes das 17 horas se todos os eleitores da seção já tiverem votado.
d. solicitar a intervenção da força pública se divulgada propaganda agressiva de boca
de urna em carro de som e que constranja os eleitores.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 127 do Código Eleitoral, compete ao Presidente da Mesa Receptora de
Votos manter a ordem, para o que disporá da força pública necessária. Para tanto, deve
coibir o emprego de processo ou de propaganda ou captação de sufrágio vedado por lei,
tais como boca de urna e carro de som no dia das eleições, sob pena de anulabilidade da
votação (art. 222 do Código Eleitoral).
Dessa forma, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Caso ausentes mesários convocados, deve o presidente da mesa ou quem o
substituir, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes, os que forem necessários para
completar a mesa receptora de votos (art. 123, § 3º, do Código Eleitoral).
b. Errado. Os fiscais de partidos políticos podem permanecer no recinto da mesa receptora
de votos (art. 140 do CE).
c. Errado. O encerramento da votação ocorrerá às 17h, salvo em caso de eleitores presen-
tes na fila de votação nesse horário.

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165. (CONSULPLAN/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG/2018) Avalie as seguintes as-


serções e a relação proposta entre elas.

I – “Segundo o Código Eleitoral, a incoincidência entre o número de votantes e os votos


apurados constitui motivo de nulidade da votação, eis que faz exsurgir a presunção
‘jure et de jure’ de fraude, a ser declarada ‘ex-officio’ pela autoridade judicial.”

PORQUE

II – “A nulidade será comunicada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus
efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso
das partes.”

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a. A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b. A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
c. As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
d. As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Nos termos do art. 166, § 1º, do Código Eleitoral, a incoincidência entre o nú-
mero de votantes e o de cédulas oficiais encontradas na urna não constituirá motivo de
nulidade da votação, desde que não resulte de fraude comprovada.
II – Certo. De acordo com o art. 220, parágrafo único, do Código Eleitoral, a nulidade será
pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o encontrar
provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.

166. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2017) Assinale a opção


correta acerca das nulidades da votação.
a. São nulas as votações feitas perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral; em dia,
hora ou local diferentes do designado; e em fazendas, sítios ou outras propriedades
rurais privadas.
b. Se mediante apuração for constatado que mais da metade dos eleitores votaram nulo
nas eleições presidenciais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o tribunal
terá de marcar dia para nova eleição.
c. A distribuição de material de propaganda no dia e local das eleições não torna a vota-
ção anulável, embora sujeite o candidato e o partido às penalidades previstas na lei.
d. Será nula toda votação da qual participe eleitor de outra seção.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 220 do Código Eleitoral, são nulas a votação: quando feita perante
mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; quando efe-
tuada em folhas de votação falsas; quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do
designado ou encerrada antes das 17h; quando preterida formalidade essencial do sigilo
dos sufrágios; quando a seção eleitoral tiver sido localizada em fazendas, sítios ou outras
propriedade rurais privadas.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A manifestação apolítica dos eleitores por meio da anulação voluntária dos votos
não tem como efeito a necessidade de realização de novas eleições.
c. Errado. Nos termos do art. 222 do Código Eleitoral, poderá ser anulada a eleição em
razão do emprego de propaganda vedada por lei, circunstância que pode ser verificada em
caso de realização de propaganda eleitoral no dia das eleições (proibida e também consi-
derada crime eleitoral).
d. Errado. Conforme o art. 222, III, b, do Código Eleitoral, é anulável a votação quando
votar eleitor de outra seção eleitoral, salvo nos casos de voto fora da seção.

167. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO/2017)


O registro de candidatura de determinado prefeito eleito em primeiro turno havia sido
impugnado perante a justiça eleitoral. Passados dezoito meses depois de o prefeito
ter sido investido no cargo, o registro foi declarado indeferido, com trânsito em julgado
da sentença.
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a. O presidente da câmara de vereadores deverá assumir interinamente o cargo
de prefeito.
b. A coligação partidária ou o partido que elegeu o prefeito suportará os ônus em caso
de novas eleições.
c. O procurador regional poderá adotar providências para garantir a realização de novas
eleições diretas no caso de inércia do tribunal regional.
d. O TSE detém competência exclusiva para decidir sobre a ocorrência e a forma das
novas eleições.
e. A ocorrência de novas eleições depende do número de votos anulados.

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COMENTÁRIO
Caso haja necessidade de realização de novas eleições para o cargo de prefeito, deve o
Tribunal Regional Eleitoral, no prazo legal, marcar a data e adotar as medidas necessárias
para a sua ocorrência.
Caso haja omissão no cumprimento do dever de realização de uma nova disputa, o Pro-
curador Regional deve provocar o Procurador-Geral Eleitoral para que, junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, seja designada data para a realização das eleições.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Município, em sua lei orgânica, deve prever a linha de substituição do chefe
do poder executivo local nos casos de morte, renúncia ou cassação. Trata-se de manifes-
tação da autonomia local desse ente federativo. Assim, o Presidente da Câmara apenas
substituirá o prefeito até a realização de novas eleições se essa for a previsão contida na
Lei Orgânica.
b. Errado. Em caso de indeferimento do registro de candidatura e necessidade de realiza-
ção de novas eleições, as novas eleições serão realizadas às expensas da Justiça Eleito-
ral, nos termos do art. 224, § 4º, do Código Eleitoral.
d. Errado. A fixação da data da ocorrência e as normas para a realização de eleições su-
plementares para o cargo de prefeito é competência dos Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. A realização de novas eleições, em caso de indeferimento do registro de candi-
datura, cassação do diploma ou decretação de perda do mandato do prefeito e do gover-
nador independe do número de votos por eles obtidos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

168. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PI/2016)


Ainda acerca de eleições, assinale a opção correta.
a. As mesas receptoras no exterior, nas eleições para presidente e vice-presidente da
República, serão organizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
mediante proposta dos chefes de missão e cônsules-gerais, devendo-se designar
juiz eleitoral específico para acompanhar e dirimir qualquer questão surgida durante
a votação.
b. Compete ao TSE requisitar a força policial para garantir a normalidade das eleições,
desde que ouvido o MP.
c. Tratando-se de eleições majoritárias, a substituição de candidatos poderá ser reque-
rida até 10 (dez) dias antes do pleito, desde que haja ampla divulgação perante o
eleitorado.
d. O encerramento da votação antes das dezessete horas não acarreta a nulidade
da votação.
e. A perda do mandato, em sentença transitada em julgado, de candidato eleito em pleito
majoritário acarreta a realização de novas eleições, independentemente do número
de votos anulados, as quais correrão às expensas da justiça eleitoral e serão indire-
tas, se a vacância ocorrer a menos de 6 (seis) meses do final do mandato, e direta,
em todos os demais casos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224, § 3º, do Código Eleitoral, a decisão da Justiça Eleitoral que importe
o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidatos
eleitoras para cargos de Chefe do Poder Executivo (exceto nas eleições para Presidente
da República) acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, inde-
pendentemente do número de votos anulados. Nesse caso, a eleição correrá a expensas
da Justiça Eleitoral e será: I – indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de 6 (seis)
meses do final do mandato; II – direta, nos demais casos.
Assim, a assertiva correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Em caso de eleições no exterior, as mesas receptoras serão organizadas pelo
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal mediante proposta dos chefes de missão
diplomática e cônsules-gerais, que ficarão investidos, no que for aplicável, nas funções
administrativas do juiz eleitoral.
b. Errado. De acordo com o art. 127, III, do Código Eleitoral, compete ao presidente da
mesa receptora de votos manter a ordem e, se for o caso, poderá requisitar a entrada da
fora pública.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

c. Errado. Segundo o art. 13, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, tanto nas eleições majoritárias
quanto nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado
até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a
substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
d. Errado. Conforme o art. 220, III, do Código Eleitoral, é nula a votação quando realizada
em dia, hora ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas.

169. (FCC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PE/2011) Não é nula a votação quando:


a. a maioria dos eleitores opta pelo voto nulo.
b. efetuada em folhas de votação falsas.
c. realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes
das 17 horas.
d. preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios.
e. feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à
letra da lei.

COMENTÁRIO
A manifestação apolítica do eleitoral, hipótese em que o eleitor voluntariamente ou por erro
anula o voto ou vota em branco, não atrai a incidência das disposições contidas no art. 224
do Código Eleitoral, segundo o qual devem ser feitas novas eleições.
Na verdade, a necessidade de realização de novas eleições somente ocorre quando mais
de 50% dos votos forem nulos em razão da prática de ilícitos eleitorais.
Desse modo, pode-se afirmar que não é nula a eleição quando a maioria dos eleitores vota
nulo, situação em que a definição dos eleitos ocorrerá com base nos votos válido.

170. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-BA/2012) Com relação ao


que dispõe o Código Eleitoral acerca das possibilidades de anulação do pleito eleitoral
e de convocação de novas eleições, assinale a opção correta.
a. Para uma eleição ser anulada, de modo a ensejar novo pleito, exige-se a anulação,
pela justiça eleitoral, de mais da metade dos votos.
b. A convocação de nova eleição pela justiça eleitoral restringe-se ao caso de ser impos-
sível definir um vencedor para o pleito.
c. Não é permitida a anulação de eleição municipal na qual tenha comparecido mais da
metade dos eleitores da circunscrição.
d. Deve ser anulada a eleição em que os votos invalidados por fraude ou compra de votos,
somados aos votos nulos dos eleitores, superar a metade do número de votantes.
e. Apenas os eleitores podem anular um processo eleitoral, mediante o voto em branco
ou nulo, quando estes votos, somados, alcançarem mais da metade do número de
eleitores que compareceram ao pleito.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral e do entendimento firmado pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral, nas hipóteses em que, em decorrência da prática de ilícitos eleitorais, a
Justiça Eleitoral declarar a nulidade de votos e essa invalidade alcançar mais de metade
deles, deverão ser realizadas novas eleições.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
b. Errado. A partir das modificações promovidas pela Lei n. 13.165/2015, independente-
mente do número de votos anulados, as decisões da Justiça Eleitoral que importarem em
indeferimento do registro, cassação do diploma ou perda do mandato de candidato eleito
em pleito majoritário acarreta, nas eleições de governador e prefeito, faz-se novas elei-
ções, ainda que haja um segundo colocado.
c. Errado. Nas eleições municipais, independentemente do número de eleitores que com-
pareceram às urnas, faz-se novas eleições: a) nas eleições majoritárias, se houver o inde-
ferimento do registro, cassação do diploma ou perda do mandato de candidato eleito; e b)
nas eleições proporcionais, quando mais da metade dos votos forem nulos em decorrência
da prática de ilícitos eleitorais.
d. Errado. A nulidade decorrente da manifestação apolítica dos eleitorais não impacta o
percentual de votos necessários para fins de definição da realização de novas eleições,
mas apenas aqueles decorrentes da prática de ilícito eleitoral.
e. Errado. A manifestação apolítica de eleitores, por meio da anulação do voto ou do voto
em branco, não atrai a incidência da disposição contida no art. 224 do Código Eleitoral.

171. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MA/2013) Com relação aos


tipos de voto e seus efeitos, assinale a opção correta.
a. É nula a eleição para prefeito em que a votação obtida pelos candidatos cujos
votos foram anulados pela justiça eleitoral seja igual a mais da metade dos votos do
município.
b. Os votos nulos assinalados pelos eleitores podem acarretar a nulidade de uma eleição.
c. Tratando-se de eleições proporcionais, o voto em branco é computado como válido
para o cálculo do quociente eleitoral.
d. O candidato cujo registro tenha sido impugnado em razão de compra de votos poderá
requerer a anulação do pleito a que concorria.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral, quando mais da metade dos votos forem nulos
em razão de invalidade decretada pela Justiça Eleitoral considera-se nula a eleição e deve
ser feita uma nova eleição.

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Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A manifestação apolítica de eleitor não tem como efeito a nulidade de eleição,
ainda que corresponda a mais de metade dos votos de uma determinada circunscrição
para um cargo eletivo.
c. Errado. Os votos em branco são desconsiderados para qualquer efeito, inclusive para o
cálculo do quociente eleitoral.
d. Errado. Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

É assente o posicionamento desta Corte de que o candidato que deu causa à anulação
do pleito não poderá participar das novas eleições, em respeito ao princípio da razoabili-
dade (Ac. de 29.9.2009 no REspe n. 35.901, rel. Min. Min. Marcelo Ribeiro).

172. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-RO/2008) No que


concerne à disciplina do processo eleitoral, nos termos definidos no Código Eleitoral,
assinale a opção correta.
a. Eleitor domiciliado no exterior poderá votar nas eleições municipais, desde que cadas-
trado tempestivamente na respectiva embaixada.
b. As mesas eleitorais do exterior serão organizadas pela seção consular do TSE.
c. Se, em determinada eleição, os eleitores anularem 25% dos votos e os votos anu-
lados por fraude somarem 25% mais um, a justiça eleitoral deve anular a eleição e
convocar outra.
d. Quando houver recurso contra a diplomação de um candidato eleito, o seu mandato
será suspenso, por se encontrar sub judice.
e. Nulidade do processo eleitoral não pode ser alegada por quem lhe deu causa ou por
quem dela se aproveitou.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 219, parágrafo único, do Código Eleitoral, em razão da adoção do prin-
cípio do interesse, a declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe
deu causa nem a ela aproveitar.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 225 do Código Eleitoral, nas eleições para presidente e vice-pre-
sidente da República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
b. Errado. De acordo com o art. 227 do Código Eleitoral, as mesas receptoras serão organizadas
pelo Tribunal Regional do Distrito Federal mediante proposta dos chefes de missão e cônsules-
-gerais, que ficarão investidos, no que for aplicável, das funções administrativas de juiz eleitoral.

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c. Errado. A nulidade decorrente da manifestação apolítica do eleitor não tem como efeito a
necessidade de realização de novas eleições. Na verdade, nos termos do art. 224 do Có-
digo Eleitoral, faz-se novas eleições quando mais de 50% dos votos de uma determinada
eleição forem nulos em razão da prática de ilícitos eleitorais.
d. Errado. Conforme o art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não de-
cidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o
mandato em toda a sua plenitude.

Recursos Eleitorais

173. (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MP-PE/2022) De acordo com o entendimento sumu-


lado do Tribunal Superior Eleitoral, acerca dos meios de impugnação das decisões no
âmbito da Justiça Eleitoral:
a. É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso
especial eleitoral.
b. É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi deba-
tida na decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração.
c. É cabível recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de
medida liminar.
d. Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança
contra ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral.
e. É cabível a interposição de recurso especial eleitoral para simples reexame do con-
junto fático-probatório.

COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento contido na Súmula 72 do Tribunal Superior Eleitoral, é
inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na
decisão recorrida nem foi objeto de embargos de declaração.
Trata-se da exigência do prequestionamento, como requisito para o conhecimento dos
embargos de declaração, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, é indispensável o esgo-
tamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral.
c. Errado. Nos termos da Súmula 31 do Tribunal Superior Eleitoral, não cabe recurso espe-
cial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
d. Errado. Conforme a Súmula n. 34 do Tribunal Superior Eleitoral, não compete ao Tribu-
nal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro de
Tribunal Regional Eleitoral.
e. Errado. Para a Súmula 24 do Tribunal Superior Eleitoral, não cabe recurso especial elei-
toral para simples reexame do conjunto fático-probatório.

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174. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2005) A respeito do


recurso de agravo de instrumento em matéria criminal, é certo que:
a. contra o despacho do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral que admitir o recurso
especial, o recorrido poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo de instrumento.
b. deferida a formação do agravo, será intimado o recorrente para, no prazo de 5 (cinco)
dias, apresentar as suas razões e indicar as peças dos autos a serem trasladadas.
c. concluída a formação do instrumento, o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral
determinará a remessa dos autos ao Tribunal Superior, não podendo ordenar a extra-
ção e a juntada de peças não indicadas pelas partes.
d. quando entender que as razões apresentadas pelo recorrente são manifestamente
improcedentes em face da documentação constante dos autos, o Presidente do Tri-
bunal Regional Eleitoral pode negar seguimento ao agravo.
e. contra o despacho do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral que não admitir o
recurso especial, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo de
instrumento.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 279 do Código Eleitoral, em caso de decisão de negativa de seguimento
de recurso especial eleitoral, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo
(chamado de instrumento, mas atualmente processado nos próprios autos).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
a. Errado. Inexiste previsão de cabimento de recurso contra a decisão do presidente de
Tribunal Regional Eleitoral que admitir recurso especial eleitoral.
b. Errado. Segundo o art. 279, § 3º, do Código Eleitoral, deferida a formação do agravo,
será intimado o recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, apresentar as suas razões e indi-
car as peças dos autos que serão também trasladadas.
c. Errado. De acordo com o art. 279, § 4º, do Código Eleitoral, concluída a formação do
instrumento o presidente do Tribunal determinará a remessa dos autos ao Tribunal Supe-
rior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de peças não indicadas pelas partes.
d. Errado. O agravo não se sujeita a juízo de admissibilidade perante o presidente do
Tribunal Regional Eleitoral. Com efeito, conforme o art. 279, § 5º, do Código Eleitoral, o
presidente do Tribunal não poderá negar seguimento ao agravo, ainda que interposto fora
do prazo legal.

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175. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RN/2005) Quanto aos re-


cursos eleitorais, é correto afirmar que:
a. os prazos para interposição de recursos são preclusivos, mesmo quando nestes se
discutir matéria constitucional.
b. deverão ser interpostos no prazo de 5 (cinco) dias da publicação do ato, resolução ou
despacho, sempre que a lei não fixar prazo especial.
c. cabe recurso contra a expedição de diploma no caso de errônea interpretação da lei
quanto à aplicação do sistema de representação proporcional.
d. têm efeito suspensivo e só serão executadas após o julgamento pela superior
instância.
e. não cabe recurso, para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior Eleitoral,
dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos Presidentes.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão está desatualizada.
Vamos à análise das assertivas:
a. Errado. Nos termos do art. 259 do Código Eleitoral, são preclusivos os prazos para inter-
posição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
b. Errado. Segundo o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo es-
pecial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
c. Certo. De acordo com o art. 262 do Código Eleitoral, o recurso contra expedição de
diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza cons-
titucional e de falta de condição de elegibilidade.
d. Errado. Conforme o art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não têm efeito
suspensivo.
e. Errado. Os art. 279 e 282 do Código Eleitoral preveem a possibilidade de interposição
de recurso, o agravo, contra as decisões dos presidentes de Tribunal Regional Eleitoral e
do Tribunal Superior Eleitoral que nega seguimento ao recurso especial e ao recurso ex-
traordinário.

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176. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2005) Assinale a


alternativa correta.
As decisões do Tribunal Superior Eleitoral:
a. são irrecorríveis.
b. são recorríveis quando houver divergência de interpretação de lei federal com qual-
quer Tribunal Regional.
c. são recorríveis somente quando contrariarem a Constituição da República.
d. são recorríveis quando contrariarem a Constituição da República ou denegarem
habeas-corpus ou mandado de segurança.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as decisões do Tri-
bunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança.

177. (ESAG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PR/2005) Aponte a al-


ternativa correta.
a. Somente se admitirá recurso das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais quando,
por exemplo, além dos casos previstos na CRFB/88, ocorrer divergência na interpre-
tação de Lei entre dois ou mais tribunais de justiça estaduais.
b. A organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleito-
rais será feita através de legislação ordinária.
c. Somente se admitirá recurso das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais nos
casos previstos na CRFB/88, como, por exemplo, quando as decisões forem proferi-
das contra disposição expressa da Constituição ou de Lei.
d. Somente se admitirá recurso das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais quando,
por exemplo, além dos casos previstos na CRFB/88, versarem as suas decisões
sobre a expedição de diplomas nas eleições municipais.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 121, § 4º, I, da Constituição Federal, dentre outras situações, das de-
cisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando forem proferidas
contra disposição expressa desta Constituição ou de lei.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 121, § 4º, II, da Constituição Federal, dentre outras situações,
das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando ocorrer
divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.

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b. Errado. De acordo com o art. 121 da Constituição Federal, lei complementar disporá
sobre a organização e competências da Justiça Eleitoral.
d. Errado. Conforme o art. 121, § 4º, da Constituição Federal, dentre outras situações,
será cabível a interposição de recurso contra as decisões dos Tribunais Regionais Eleitoral
quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais.

178. (CESPE-CEBRASPE/2005. /ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE/MA)


Acerca da representação para investigação eleitoral, da ação de impugnação de man-
dato e dos recursos, assinale a opção correta.
a. As decisões dos TREs são terminativas, mas cabe recurso ordinário para o TSE
quando elas versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais.
b. A ação de impugnação de mandato eletivo deve tramitar em segredo de justiça,
devendo ser ajuizada no prazo de 10 dias contados da diplomação e instruída com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
c. O recurso contra expedição de diploma deve ser interposto no prazo de 5 (cinco) dias
contados da sessão de diplomação, nos seguintes casos: inelegibilidade ou incom-
patibilidade de candidato; errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema
de representação proporcional; erro de direito ou de fato, na apuração final, quanto
à determinação do quociente eleitoral ou partidário, à contagem de votos e à classifi-
cação de candidato, ou à sua contemplação sob determinada legenda; concessão ou
denegação do diploma, em manifesta contradição com a prova dos autos.
d. Deve ser dirigida ao Ministério Público Eleitoral a representação, com pedido de aber-
tura de investigação, formulada por qualquer partido político, coligação ou candidato,
que relate fatos e indique provas ou indícios de uso indevido, desvio ou abuso do
poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou
meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
e. As decisões do TSE, em regra, são irrecorríveis, mas das que contrariarem a Cons-
tituição Federal cabe recurso extraordinário encaminhado ao STF, o qual deve ser
interposto no prazo de 15 dias.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 276, II, do Código Eleitoral, as decisões dos tribunais regionais são ter-
minativas. Entretanto, será cabível a interposição de recurso ordinário contra os acórdãos
dos Tribunais Regionais Eleitorais quando:

a. versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais;

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b. anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; e


c. denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado
de injunção.

Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
c. Errado. O prazo para a propositura do recurso contra a expedição de diploma é de 3
(três) dias, a contar da data da diplomação, sendo cabível nas seguintes hipóteses: nos
casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição
de elegibilidade.
d. Errado. De acordo com o art. 22 da Lei Complementar n. 64/1990, qualquer partido
político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça
Eleitoral, diretamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas,
indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido,
desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
e. Errado. Contra os acórdãos proferidos pelo Tribunal Superior Eleitoral será cabível a
interposição de recurso extraordinário ou ordinário, no prazo de 3 (três) dias.

179. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RN/2005) O recurso contra


a apuração:
a. não precisará indicar, expressamente, a eleição a que se refere, mesmo quando ocor-
rerem eleições simultâneas.
b. será interposto apenas por escrito e deverá ser fundamentado no prazo de 72 horas,
para que tenha seguimento.
c. não será admitido se não tiver havido impugnação perante a Junta, no ato da apura-
ção, contra as nulidades arguidas.
d. só poderá ser interposto pelos partidos e coligações, através dos respectivos delega-
dos, não tendo os fiscais e candidatos legitimidade para fazê-lo.
e. deverá ser instruído com peças fornecidas pelo próprio recorrente, vedada a instru-
ção de ofício através de certidão do boletim e da decisão recorrida.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 171 do Código Eleitoral, não será admitido recurso contra a apuração,
se não tiver havido impugnação perante a junta, no ato da apuração, contra a nulida-
des arguidas.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 169, § 3º, do Código Eleitoral, o recurso, quando ocorrerem elei-
ções simultâneas, indicará expressamente a eleição a que se refere.
b. Errado. De acordo com o art. 169, § 4º, do Código Eleitoral, afigura-se possível a inter-
posição de recurso contra a apuração de forma verbal, hipótese em que constará também
da certidão o trecho correspondente do boletim.
d. Errado. As impugnações e os recursos contra a apuração podem ser propostos pelos
fiscais e delegados de partidos políticos, assim também pelos candidatos.
e. Errado. Conforme o art. 169, § 4º, do Código Eleitoral, os recursos serão instruídos de
ofício, com certidão da decisão recorrida.

180. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AM/2003) É certo que, em ma-


téria eleitoral:
a. das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que versarem sobre expedição de
diplomas nas eleições federais e estaduais só cabe mandado de segurança para o
Tribunal Superior Eleitoral.
b. das decisões do Tribunal Superior Eleitoral denegatórias de mandado de segurança
cabe recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal.
c. das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais proferidas contra expressa disposi-
ção de lei federal só cabe recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.
d. das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que denegarem pedido de habeas-
-corpus só cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral.
e. o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral pode negar seguimento ao agravo de ins-
trumento interposto contra o despacho que negou seguimento ao recurso especial se
tiver sido interposto fora de prazo.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 121, § 3º, da Constituição Federal, em regra, as decisões do Tribunal Supe-
rior Eleitoral são irrecorríveis. Entretanto, em caso de violação de normas constitucionais,
será cabível a interposição de recurso extraordinário e de denegação da ordem de habeas
corpus ou de mandado de segurança, recurso ordinário. Em ambas as situações os recur-
sos serão endereçados ao Supremo Tribunal Federal.

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Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 121, § 4º, III, da Constituição Federal, das decisões dos Tribu-
nais Regionais Eleitorais que versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais
e estaduais será cabível a interposição de recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral.
c. Errado. De acordo com o art. 121, § 4º, I, da Constituição Federal, das decisões dos
Tribunais Regionais Eleitorais que violarem a lei ou a Constituição Federal será cabível
a interposição de recurso especial eleitoral ao Tribunal Superior Eleitoral. Nunca caberá
recurso extraordinários das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais.
d. Errado. Para o art. 121, § 4º, V, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais
Regionais Eleitorais que denegarem a ordem de habeas corpus será cabível a interposição
de recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral.
e. Errado. O agravo de instrumento (tecnicamente, processado nos próprios autos) não se
sujeita a juízo de admissibilidade na instância a quo. Assim, ainda que intempestivo, não
pode o presidente do Tribunal Regional Eleitoral negar seguimento ao agravo interposto
contra a decisão que negou seguimento ao recurso especial.

181. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MS/2007) Cabe recurso ordiná-


rio das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais, entre outras das que:
a. versarem sobre a expedição de diplomas nas eleições municipais.
b. concederem habeas corpus.
c. denegarem mandado de segurança.
d. forem proferidas contra expressa disposição de lei.
e. divergirem de outro Tribunal Eleitoral na interpretação de lei.

COMENTÁRIO
Para o art. 121, § 4º, V, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais Regionais
Eleitorais que denegarem a ordem de mandado de segurança será cabível a interposição
de recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não há a previsão de cabimento de recurso ordinário contra recursos que ver-
sarem sobre a expedição de diplomas nas eleições municipais, mas apenas nas eleições
estaduais e federais.
b. Errado. Inexiste previsão de cabimento contra as decisões dos TREs que concederem
habeas corpus.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

d. Errado. As decisões dos TREs que forem proferidas contra expressa disposição de lei
poderão ser impugnadas por meio de recurso especial eleitoral, nos termos do art. 121, §
4º, I, da Constituição Federal.
e. Errado. Em caso de divergência jurisprudencial entre Tribunais Eleitorais, na interpreta-
ção de lei é autorizada a interposição de recurso especial eleitoral, conforme se vê no art.
121, § 4º, II, da Constituição Federal.

182. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-AP/2008) Acer-


ca do tratamento constitucional dos tribunais e juízes eleitorais, assinale a opção correta.
a. Os tribunais regionais eleitorais (TREs) devem ser compostos por 7 membros, entre
os quais, dois devem ser da carreira dos advogados e nomeados pelo presidente da
República, após indicação do respectivo conselho regional da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB).
b. As juntas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral e seus membros gozam, no exer-
cício de suas funções, das mesmas garantias atribuídas aos demais membros do
Poder Judiciário.
c. Caberá recurso especial ao TSE contra as decisões denegatórias proferidas, em
habeas corpus, habeas data ou mandado de injunção, pelos TREs.
d. O TSE, assim como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Fede-
ral (STF), só conhece de matéria de direito, visto que a valoração de matéria fática
deve ficar restrita às instâncias ordinárias.
e. O TSE, guardião da Constituição Federal, possui, da mesma forma que o STF, compe-
tência para exercer o controle concentrado de constitucionalidade das leis eleitorais.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Esta questão foi anulada.

Vamos à análise das assertivas:


a. Errado. Os Tribunais Regionais Eleitorais compõem-se de sete membros, dentre os
quais dois juízes nomeados pelo Presidente da República e seis advogados de notório
saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo Tribunal de Justiça do respectivo estado.
Nesse processo de escolha, não há a participação da OAB.
b. Errado. Nos termos do art. 121, § 1º, da Constituição Federal, os integrantes da juntas
eleitorais somente gozam das garantias da magistratura compatíveis com a natureza da
Justiça Eleitoral. Assim, por exemplo, a eles não se aplica a vitaliciedade e a irredutibilida-
de de subsídios.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

c. Certo. Contra os acórdãos dos Tribunais Regionais Eleitoral denegatórios da ordem de


habeas corpus, habeas data, mandado de injunção e mandado de segurança cabe recurso
ordinário.
d. Errado. No julgamento das ações originárias e dos recursos de índole ordinária, o Tri-
bunal Superior Eleitoral analisa fatos e provas para a formação da convicção de seus
membros. Apenas no julgamento dos recursos especiais, há a proibição da reanálise de
fatos e provas.
e. Errado. O guardião da Constituição Federal é o Supremo Tribunal Federal. Além disso, o
Tribunal Superior Eleitoral não exerce o controle concentrado de constitucionalidade, mas
somente o difuso.

183. (MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-SC/2015) O art. 265 do Có-


digo Eleitoral (Lei n. 4.737/1965) prevê hipótese de recurso inominado, de competência
do Tribunal Regional Eleitoral, quando se tratar de matéria civil, contra atos, resoluções
ou despachos dos juízes ou juntas eleitorais.

COMENTÁRIO
O art. 265 do Código Eleitoral dispõe sobre o meio de impugnação de decisões proferidas
pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Esse meio de impugnação é denominado pela dou-
trina de recurso inominado e pode ser manejado para a impugnação das decisões cíveis-
-eleitorais dos juízes e das juntas eleitorais.
Se se tratar de processo criminal-eleitoral, o recurso cabível está previsto no art. 361 do
Código Eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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184. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2007) Dos atos, reso-


luções e decisões dos Juízes ou Juntas Eleitorais, caberá recurso para o Tribunal Re-
gional Eleitoral. A respeito dos recursos considere:

I – Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três)
dias da publicação do ato, resolução ou decisão.
II – Os recursos eleitorais terão efeito suspensivo, suspendendo-se a eficácia de ato,
resolução ou decisão.
III – Feita a distribuição do recurso a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos à Pro-
curadoria Regional, que deverá emitir parecer no prazo de 15 (quinze) dias.
IV – Em regra, no julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as decisões anteriores sobre
questões de Direito constituem prejulgados para os demais casos.

De acordo com o Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, é correto


o que consta apenas em:
a. I e IV.
b. I e III.
c. III e IV.
d. I, II e III.
e. II, III e IV.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo
especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
II – Errado. De acordo com o art. 257 do Código Eleitoral, em regra, os recursos eleitorais
não terão efeito suspensivo.
III – Errado. Segundo o art. 269, § 1º, do Código Eleitoral, após a distribuição dos recursos
interpostos contra as decisões dos juízes e das juntas eleitorais, a Secretaria do Tribunal
Regional Eleitoral deve abrir vista dos autos à Procuradoria Regional Eleitoral para a emis-
são de parecer no prazo de 5 (cinco) dias.
IV – Certo. Conforme o art. 263 do Código Eleitoral, no julgamento de um mesmo pleito
eleitoral, as decisões anteriores sobre questões de direito constituem prejulgados para os
demais casos, salvo se contra a tese votarem dois terços dos membros do Tribunal. Por
essa disposição legal, esse item foi considerado correto. Apesar disso, segundo o entendi-
mento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral no Processo n. 12.501/1992, este dispositivo
afigura-se inconstitucional desde a Constituição Federal de 1946.
Superada a inconstitucionalidade do dispositivo desconsiderada pelo examinador, chega-
-se à conclusão de que a alternativa correta é a letra “a”.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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185. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SE/2015) Cabe recurso


ordinário da decisão do Tribunal Regional Eleitoral que:
a. versar sobre expedição de diplomas nas eleições estaduais.
b. for contrária, em qualquer assunto, à expressa disposição de lei.
c. divergir, em qualquer assunto, da interpretação de outro Tribunal Regional Eleitoral.
d. for evidentemente contrária à prova dos autos, no que concerne a irregularidade na
propaganda eleitoral.
e. não for unânime.

COMENTÁRIO
São hipóteses de cabimento de recurso ordinário contra as decisões dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais ao Tribunal Superior Eleitoral quando:

a. versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou


estaduais;
b. anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado
de injunção.

186. (CESPE-CEBRASPE/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/DPU/2010) Aquele cuja ins-


crição como eleitor foi deferida por juiz eleitoral tem o direito de juntar novos docu-
mentos em sua manifestação sobre o apelo interposto por delegado partidário. Nesse
caso, o recorrente pode pedir vista dos documentos, por 48 horas, para se manifestar
sobre eles.

COMENTÁRIO
Após a interposição de recurso eleitoral contra a decisão que defira o pedido de alistamen-
to eleitoral, o juiz intimará o recorrido para, querendo, apresentar contrarrazões, as quais
serão ou não acompanhadas de novos documentos.
Na hipótese em que o recorrido apresente novos documentos, o recorrente será intimado
para, no prazo de 48 horas manifestar-se sobre eles, nos termos do art. 267, § 5º, do Có-
digo de Processo Civil.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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187. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014)


Julgue os próximos itens, a respeito dos recursos eleitorais.
Os prazos para a interposição de recurso especial e ordinário, nos processos da justiça
eleitoral, são de 3 (três) dias e de 5 (cinco) dias, respectivamente.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o re-
curso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despacho.

188. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-TO/2017) A


respeito das previsões contidas nas leis eleitorais, que visam garantir a celeridade es-
pecífica do direito eleitoral, assinale a opção correta.
a. Os processos eleitorais têm prioridade de tramitação, com preferência sobre habeas
corpus e mandados de segurança originários da justiça comum.
b. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), salvo as que con-
trariem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de
segurança.
c. O prazo para a interposição de recursos eleitorais é de 3 (três) dias, exclusivamente
com efeito devolutivo, e inexiste a abertura de prazo para a apresentação de contrar-
razões a eles.
d. Não há a garantia de vitaliciedade aos juízes dos tribunais eleitorais, que servirão por
dois anos, no máximo, e nunca por mais de uma investidura.
e. É de dois anos o prazo para o trâmite de processo eleitoral que possa resultar em
perda de mandato.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as decisões do Tri-
bunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 94 da Lei n. 9.504/1997, os feitos eleitorais, no período entre
o registro das candidaturas até 5 (cinco) dias após a realização do segundo turno das elei-
ções, terão prioridade para a participação do Ministério Público e dos juízes de todas as jus-
tiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança.
c. Errado. Nas situações previstas em lei, os recursos eleitorais possuirão efeito suspensivo.
Por exemplo, nas hipóteses previstas no art. 257, § 12º, do Código Eleitoral. Além disso, em
caso de interposição de recurso, abre-se prazo para o recorrido apresentar contrarrazões.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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d. Errado. A vitaliciedade é incompatível com o princípio da periodicidade da investidura


das funções eleitorais. Entretanto, os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justifica-
do, servirão por 2 (dois) anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
e. Errado. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5º da Constituição Federal, considera-se
duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período
máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral.

189. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2017) Considere as situa-


ções abaixo, no âmbito da Justiça Eleitoral.

I – Recurso interposto em face de decisão de Tribunal Regional Eleitoral que decreta a


perda de mandato de Deputado Estadual.
II – Recurso interposto em face de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que discuta
matéria constitucional.
III – Exceção em que arguida a suspeição da maioria dos membros efetivos de Tribu-
nal Regional Eleitoral, para o julgamento de determinada causa, por fundamentos
comuns a todos.

Compete ao Tribunal Superior Eleitoral o julgamento apenas de:


a. I.
b. III.
c. I e III.
d. I e II.
e. II e III.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. O recurso interposto contra a decisão (acórdão) de Tribunal Regional Eleitoral
que decretar a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais será julgado pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
II – Certo. O recurso interposto contra a decisão (acórdão) de Tribunal Regional Eleitoral
que discuta matéria constitucional será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
III – Errado. Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal:

Competência originaria: arguição da suspeição da maioria da composição efetiva de


Tribunal Regional Eleitoral e de todos os magistrados da Justiça do Estado, que, como
tais, fossem chamados a substituí-los: incidência do art. 102, I, “n”, da Constituição da
República. I – Dirigida a arguição de suspeição a maioria dos juízes efetivos do TRE,
por fundamentos comuns a todos os excetos, desloca-se para o STF a competência

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originária para processar e julgar a própria exceção e não apenas o agravo regimental
da decisão do relator, na Corte de Origem, que liminarmente a rejeitara: incidente, em
tal hipótese, o art. 102, I, “n”, CF, não cabe declinar da competência questionada para o
TSE, ainda que, em recurso pendente e de sua competência, se tenha preliminarmente
alegado a suspeição objeto da exceção anterior. (AO n. 202 QO, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Tribunal Pleno, DJ de 11.3.1994).

190. (FCC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-PE/2008) Cabe recurso ordinário


para o Tribunal Superior Eleitoral das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que:
a. decretarem a perda do tempo relativo ao horário eleitoral gratuito.
b. confirmarem imposição de multa por infração de norma relativa à propaganda eleitoral.
c. denegarem o direito de resposta no horário eleitoral gratuito.
d. aplicarem sanção a partido político por infração de normas relativas à propaganda
partidária.
e. denegarem mandado de segurança.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 4º, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;


II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado
de injunção.

191. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014)


Contra decisão do TSE que declare inválida lei federal cabe recurso ordinário para o
STF, no prazo de 10 (dez) dias contados da sua publicação.

COMENTÁRIO
As decisões do Tribunal Superior Eleitoral são irrecorríveis, salvo quando contrariarem a
Constituição Federal ou denegarem a ordem de habeas corpus ou de mandado de segu-
rança, conforme prescrição contida no art. 121, § 3º, da Constituição Federal.
Desse modo, se houver uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que declarar a invalida-
de de uma lei federal, não caberá a interposição de recurso.

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192. (MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-MS/2015) É correto afirmar


que os recursos eleitorais, segundo o Código Eleitoral:
a. Possuem efeito suspensivo.
b. Possuem efeitos devolutivo e suspensivo.
c. Não possuem efeitos devolutivo, nem suspensivo, porque ocorre a preclusão do
prazo recursal, em regra, em dois dias.
d. Não possuem efeito suspensivo.
e. Os recursos parciais entre os quais não se incluam os que versam sobre matéria
referente aos registros de candidatos, interpostos para os Tribunais Regionais Eleito-
rais e para o Tribunal Superior Eleitoral não produzem efeitos, se ocorrida a diploma-
ção dos candidatos eleitos, ainda que houver recurso pendente de decisão em outra
instância.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
A partir da aplicação das regras legais, assim como do entendimento doutrinário e jurispru-
dencial aplicável à espécie, essa questão não teria alternativa correta.
Entretanto, a Banca Examinadora considerou correta a alternativa “b” e, apesar dos diver-
sos recursos, a questão não foi anulada.
Vamos lá!
Os recursos eleitorais possuem efeito devolutivo e, em regra, não possuem efeito suspen-
sivo. Os recursos eleitorais somente terão efeito suspensivo nas hipóteses expressamente
previstas em lei.
Vamos à análise das assertivas:
a, d) Em regra, os recursos eleitorais possuem efeito suspensivo.
b. Os recursos eleitorais possuem efeito devolutivo, mas somente nas hipóteses expressa-
mente previstas em lei terão efeito suspensivo.
c. Salvo disposição em contrário, os recursos eleitorais devem ser interpostos no prazo de
3 (três) dias.
e. Nos termos do art. 261 do Código Eleitoral, os recursos parciais, entre os quais não se
incluem os que versarem matéria referente ao registro de candidatos, interpostos para os
Tribunais Regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de
eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada nas respecti-
vas Secretarias. Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso parcial pendente de
decisão em outra instância, será consignado que os resultados poderão sofrer alterações
decorrentes desse julgamento.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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193. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RN/2011) Os recursos eleito-


rais, em razão da especial necessidade de celeridade no direito processual eleitoral,
possuem algumas especificidades quando comparados com o processo civil ordinário.
Acerca de tais especificidades, está correto:
a. as decisões do Tribunal Superior Eleitoral são irrecorríveis, salvo as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ao Superior Tri-
bunal de Justiça.
b. o prazo para interposição de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Supe-
rior Eleitoral é de quinze dias.
c. o juiz eleitoral exerce juízo de admissibilidade dos recursos eleitorais, cabendo-lhe
negar prosseguimento caso verifique a ausência de algum de seus pressupostos.
d. o juiz eleitoral possui a prerrogativa de realizar o juízo de retratação nos recursos
eleitorais.
e. em regra, os recursos eleitorais são recebidos nos efeitos devolutivo e suspensivo.

COMENTÁRIO
Os recursos interpostos contra as decisões proferidas pelo juiz eleitoral, previstos no art.
265 do Código Eleitoral, são dotados de efeito regressivo, ou seja, permitem ao prolator da
decisão a possibilidade de revê-la por meio do exercício do juízo de retratação, nos termos
do art. 265, § 7º, do Código Eleitoral.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as
decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. Nessas situações, o recurso
será endereçado ao Supremo Tribunal Federal.
b. Errado. Conforme a Súmula 728 do STF, é de 3 (três) dias o prazo para a interposição
de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for
o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento.
c. Errado. Os recursos eleitorais interpostos contra as decisões dos juízes eleitorais não se
sujeitam a juízo de admissibilidade perante a primeira instância, mas apenas perante os
Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. Em regra, os recursos eleitorais são recebidos no efeito devolutivo, mas apenas
nas hipóteses expressamente previstas nas leis eleitorais.

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194. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-CE/2018) A apelação crimi-


nal eleitoral deverá ser:
a. recebida exclusivamente no efeito devolutivo.
b. recebida no efeito suspensivo quando interposta contra sentença condenatória.
c. recebida no efeito suspensivo quando a sentença for absolutória e o réu estiver preso
preventivamente.
d. interposta no juízo a quo no prazo de 3 (três) dias, contados da publicação da sentença.
e. interposta diretamente no TRE, com comunicação ao juízo a quo no prazo de 5 (cinco)
dias, contados da publicação da sentença.

COMENTÁRIO
O Código Eleitoral não possui regras sobre os efeitos em que serão recebidos os recursos
de apelação criminal interpostos contra a sentença penal condenatória.
Diante dessa lacuna, deve-se aplicar a disposição contida no art. 364 do Código de Pro-
cesso Penal, segundo o qual, no processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos co-
muns que lhes forem conexos, assim como nos recursos e na execução que lhes digam
respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
Assim, aplicável à espécie o art. 597 do Código de Processo Penal, segundo o qual a
apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, motivo pelo qual a alternativa
correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A apelação criminal, se interposta contra a sentença penal condenatória, possui
efeito suspensivo.
c. Errado. Se a apelação for interposta contra a sentença absolutória, terá apenas o efeito
devolutivo.
d. Errado. A apelação, no âmbito penal eleitoral, deve ser interposta no prazo de 10 (dez)
dias, nos termos do art. 362 do Código Eleitoral.
e. Errado. A apelação contra a sentença criminal eleitoral deve ser interposta perante o juiz
eleitoral, que intimará o recorrido para apresentar as contrarrazões. Em seguida, os autos
serão encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral para julgamento.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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195. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2009) Assinale a alternati-


va correta.
a. No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legiti-
midade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria cons-
titucional.
b. Das decisões das juntas eleitorais não cabem recursos.
c. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do
diploma, não poderá o diplomado exercer o mandato em toda sua plenitude.
d. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 5
(cinco) dias da publicação do ato, resolução ou despacho.

COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Súmula 11. No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não
tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria
constitucional.

Nesse ponto, destaque-se que essa posição sumulada não se aplica ao Ministério Públi-
co, defensor do regime democrático, motivo pelo qual, ainda que não tenha impugnado o
registro de candidatura, caberá recurso ministerial contra a decisão proferida nos autos do
processo de registro de candidatura.
Por essa súmula, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Conforme o art. 265 do Código Eleitoral, dos atos, resoluções ou despachos dos
juízes ou juntas eleitorais, caberá recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.
c. Errado. Nos termos do art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não
decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o
mandato em toda a sua plenitude.
d. Errado. Segundo o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo es-
pecial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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196. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PA/2005) Com


relação aos recursos eleitorais, assinale a opção incorreta.
a. Do despacho que indeferir requerimento de inscrição ou de transferência de eleitor
caberá recurso, que deve ser julgado dentro de 5 dias, interposto pelo alistando ou
eleitor, no prazo de 5 dias, e da decisão que o deferir poderá recorrer qualquer dele-
gado de partido político, no prazo de 10 dias, contados da colocação da respectiva
listagem à disposição dos partidos.
b. Qualquer partido poderá reclamar ao juiz eleitoral da designação dos lugares de vota-
ção, dentro de 3 dias a contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro
de 48 horas; dessa decisão caberá recurso para o tribunal regional, que deve ser
interposto dentro de 3 dias, devendo, no mesmo prazo, ser resolvido.
c. O recurso eleitoral não possui efeito suspensivo e, sempre que a lei não fixar prazo
especial, deverá ser interposto até 3 dias após a publicação do ato, resolução
ou despacho.
d. Os recursos parciais, entre os quais se incluem os que versarem matéria referente ao
registro de candidatos, interpostos junto aos tribunais regionais, no caso de eleições
municipais, e junto ao tribunal superior, no caso de eleições estaduais ou federais,
serão julgados à medida que derem entrada nas respectivas secretarias.
e. Da decisão sobre o exercício do direito de resposta cabe recurso às instâncias supe-
riores, em 24 horas da data de sua publicação em cartório ou sessão, assegurado ao
recorrido oferecer contrarrazões em igual prazo, a contar da sua notificação, e, nessa
matéria, as decisões devem ser proferidas pela justiça eleitoral, no prazo máximo
de 24 horas.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 261 do Código Eleitoral, os recursos parciais, entre os quais não se
incluem os que versarem matéria referente ao registro de candidatos, interpostos
para os tribunais regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no
caso de eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada nas
respectivas secretarias.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 45, § 7º, do Código Eleitoral, do despacho que indeferir
o requerimento de inscrição caberá recurso interposto pelo alistando e do que o deferir
poderá recorrer qualquer delegado de partido. Nesse caso, o recurso, em caso de indefe-
rimento, deve ser interposto no prazo de 5 (cindo) dias; no caso de deferimento, no prazo
de 10 (dez) dias.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. Errado. Segundo o art. 135, §§ 7º e 8º, do Código Eleitoral, da designação dos lugares
de votação poderá qualquer partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de 3 (três) dias a
contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de 48 horas. Da decisão do
juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias,
devendo, no mesmo prazo, ser resolvido.
c. Errado. Para o art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não terão efeito sus-
pensivo. Nesse ponto, recorde-se que, nos casos previstos em lei, os recursos eleitorais
terão efeito suspensivo. Por exemplo, o recurso ordinário interposto contra decisão proferi-
da por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro,
afastamento do titular ou perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente
com efeito suspensivo. No que se refere ao prazo para a interposição de recurso, sempre
que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publi-
cação do ato, resolução ou despacho (art. 258 do Código Eleitoral).
e. Errado. Conforme o art. 58, § 5º, da Lei n. 9.504/1997, da decisão sobre o exercício do
direito de resposta cabe recurso às instâncias superiores, em 24 horas da data de sua pu-
blicação em cartório ou sessão, assegurado ao recorrido oferecer contrarrazões em igual
prazo, a contar da sua notificação.

197. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SE/2015) No que se refe-


re aos recursos eleitorais, sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá
ser interposto no prazo, contado da publicação do ato, resolução ou despacho, de:
a. 15 dias.
b. 8 dias.
c. 5 dias.
d. 10 dias.
e. 3 dias.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o re-
curso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despacho.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

198. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/AL-PE/2014) Não constitui crime eleitoral, no dia


da eleição:
a. a propaganda de boca de urna.
b. a arregimentação de eleitor
c. o uso de autofalantes e amplificadores de som.
d. a promoção de comício ou carreata.
e. a manifestação individual e silenciosa de eleitor revelada pelo uso de broches
e adesivos.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 39-A da Lei n. 9.504/1997, constitui direito, no dia das eleições, a ma-
nifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou
candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados. Segundo o art. 39, § 5º, II, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia da
eleição, a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna.
c, d) Errados. Nos termos do art. 39, § 5º, II, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia
da eleição, o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício
ou carreata.

199. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/AL-PE/2014) No processo penal eleitoral, é de 5 (cin-


co) dias o prazo para:
a. as partes apresentarem alegações finais.
b. interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.
c. o Ministério Público apresentar a denúncia.
d. o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.
e. o Juiz proferir a sentença.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 360 do Código Eleitoral, ouvidas as testemunhas da acusação e da
defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou orde-
nadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes – acusação e
defesa – para alegações finais.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

b. Errado. Para o art. 362 do Código Eleitoral, das decisões finais de condenação ou ab-
solvição cabe recurso para o Tribunal Regional a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
c. Errado. De acordo com o art. 357 do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Mi-
nistério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
d. Errado. Conforme o art. 359 do Código Eleitoral, recebida a denúncia, o juiz designará
dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notifica-
ção do Ministério Público. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para ofere-
cer alegações escritas e arrolar testemunhas.
e. Errado. Segundo o art. 361 do Código Eleitoral, decorrido esse prazo, e conclusos os
autos ao juiz dentro de 48 horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença.

200. (VUNESP/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/2017)


Considerando o crime eleitoral de violar ou tentar violar o sigilo do voto, assinale a alter-
nativa correta.
a. O bem jurídico a ser tutelado é a liberdade eleitoral e o exercício do voto.
b. O elemento subjetivo é a culpa e o dolo.
c. É necessária a intenção do agente de obter alguma vantagem.
d. O sujeito passivo é o candidato.
e. É um crime material.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 312 do Código Eleitoral, constitui crime violar ou tentar violar o sigilo
do voto, punível com pena de detenção de até 2 (dois) anos.
Nesse caso, tutela-se o bem jurídico liberdade para o exercício do direito ao voto, motivo
pelo qual se pode afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. O crime eleitoral inscrito no art. 312 do Código Eleitoral é doloso e não se mani-
festa na forma culposa.
c. Errado. A prática desse crime independe da ocorrência de resultado naturalístico ou de
um fim especial de agir, mas basta que se vote ou tente votar mais de uma vez.
d. Errado. Qualquer eleitor, titular do direito ao voto, poderá ser o sujeito passivo desse
crime eleitoral.
e. Errado. Trata-se de um crime formal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

201. (FUNRIO/PROCURADOR/AL-RR/2018) Configura-se crime eleitoral, previsto com


pena de reclusão de 03 (três) a 05 (cinco) anos:
a. violar ou tentar violar o sigilo da urna ou invólucros.
b. efetuar a mesa receptora a contagem dos votos da urna, quando eleitor houver votado
sob impugnação.
c. subscrever o eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos.
d. violar ou tentar violar o sigilo do voto.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 317 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral violar ou tentar violar
o sigilo da urna ou dos invólucros, punido com pena de reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 318 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral a mesa receptora
efetuar a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor houver votado sob impug-
nação, punido com pena de detenção de até um mês ou multa.
c. Errado. Nos termos do art. 319 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral subscrever o
eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos, punido com pena de detenção
de até 1 (um) ano e multa.
d. Errado. Conforme o art. 312 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral violar ou tentar
violar o sigilo do voto, punido com pena de detenção de até 2 (dois) anos.

202. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-AP/2021) Consi-


derando o entendimento do TSE acerca dos crimes eleitorais e do processo penal elei-
toral, assinale a opção correta.
a. A improcedência de demanda na justiça eleitoral prejudica o processamento dos
mesmos fatos no âmbito criminal.
b. Admite-se queixa-crime em ação penal privada subsidiária quando caracterizada a
inércia absoluta do representante do Ministério Público.
c. A competência criminal da justiça eleitoral não se estende aos crimes conexos aos
crimes eleitorais.
d. Discurso ofensivo com afirmações genéricas contra a honra de candidato configura
crime de calúnia eleitoral.
e. É constitucional a exigência de prévia autorização judicial para instauração de inqué-
rito policial contra investigado com foro por prerrogativa de função.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, firmado no julgamento do RES-
PE n. 21295, apesar de os crimes eleitorais sujeitarem-se à ação penal pública incondicio-
nada, admite-se o cabimento da ação penal privada subsidiária da pública.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Em razão da independência das instâncias, a eventual improcedência de even-
tual demanda no âmbito cível ou administrativo-eleitoral não possui reflexo eleitoral. A
esse respeito:

A improcedência da ação eleitoral não obsta a propositura da ação penal pelos mesmos
fatos, já que a instância criminal é independente da cível-eleitoral [...] (Ac. de 3.9.2014
no RHC n. 43822, rel. Min. Luciana Lóssio; no mesmo sentido o Ac. de 26.8.2010 no HC
n. 31828, Rel. Min. Cármen Lúcia.)

c. Errado. Segundo o art. 78, IV do Código de Processo Penal e art. 35, II do Código
Eleitoral:

O art. 35, II, do Código Eleitoral – que segue a sistemática do art. 78, IV, do CPP – é
expresso quanto à competência desta Justiça Especializada para processar e julgar os
crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. [...] (Ac. de 3.5.2018 no HC
060434813, rel. Min. Jorge Mussi.).

d. Errado. Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julga-
mento do RESpe n. 22484, os discursos tidos como ofensivos com afirmações apenas
genéricas não configuram delito contra a honra eleitoral.
e. Errado. Conforme o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral:

2. O Supremo Tribunal Federal suspendeu a eficácia do art. 8º da Resolução-TSE n.


23.396/2013, por entender que, ‘ao condicionar a instauração de inquérito policial eleito-
ral a uma autorização do Poder Judiciário, a Resolução questionada institui modalidade
de controle judicial prévio sobre a condução das investigações, em aparente violação ao
núcleo essencial do princípio acusatório’ [...] 3. Diferentemente das autoridades sujeitas
ao regime de prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal, onde há norma regi-
mental expressa a condicionar a instauração do inquérito à determinação/autorização
do ministro relator (art. 21, XV, do RISTF), não existe disciplina normativa equivalente
em relação aos prefeitos municipais, que se sujeitam, quanto à instauração do inquérito,
às normas comuns do Código de Processo Penal. 4. No STJ, há muito se assentou a

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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desnecessidade de autorização judicial para a instauração de inquéritos contra prefeitos


municipais [...] 5. Em caso análogo, o TSE assentou, por unanimidade, inexistir ‘nulida-
de do inquérito policial ou da peça acusatória, uma vez que, na fase inquisitorial, não
foi praticado nenhum ato de caráter decisório nem foi adotada nenhuma providência
que estivesse protegida pela cláusula da reserva de jurisdição’[...]” (Ac. de 28.3.2019
no AgR-REspe n. 7470, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, red. designada Min.
Rosa Weber.).

203. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PB/2015) Considere:

I – Oferecimento de denúncia pelo Ministério Público.


II – Oferecimento de alegações escritas e apresentação de rol de testemunhas pelo réu
ou seu defensor.
III – Interposição de recurso para o Tribunal Regional competente da decisão final de con-
denação ou absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral.
IV – Oferecimento de alegações finais para cada uma das partes − acusação e defesa.

No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para a prática dos
atos processuais indicados apenas em:
a. I, III e IV.
b. II e III.
c. I e IV.
d. I, II e III.
e. II e IV.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. No processo penal eleitoral, o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público
deve ocorrer no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 357 do Código Eleitoral.
II – Certo. No processo penal eleitoral, o oferecimento de alegações escritas e apresen-
tação de rol de testemunhas pelo réu ou seu defensor deve ser oferecida no prazo de 10
(dez) dias, segundo o art. 359, parágrafo único, do Código Eleitoral.
III – Errado. No processo penal eleitoral, a interposição de recurso para o Tribunal Regio-
nal competente da decisão final de condenação ou absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral
ocorrerá no prazo de 10 (dez) dias, de acordo com o art. 361 do Código Eleitoral.
IV – Errado. No processo penal eleitoral, o oferecimento de alegações finais para cada
uma das partes − acusação e defesa deve ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias, conforme o
art. 360 do Código Eleitoral.

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204. (FUNDEP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG/2021) Correspondem a


hipóteses de crime eleitoral, exceto:
a. Divulgar pesquisa eleitoral fraudulenta.
b. Publicar novos conteúdos ou impulsionamento de conteúdos através da internet, no
dia da eleição.
c. Manter, movimentar ou utilizar qualquer recurso ou valor paralelamente à contabili-
dade exigida pela legislação eleitoral.
d. Usar, na propaganda eleitoral, símbolos, frases ou imagens, associados ou seme-
lhantes às empregadas por órgão de governo.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 354-A do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral:

Apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha, ou quem de fato


exerça essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral,
em proveito próprio ou alheio.

Por sua vez, manter, movimentar ou utilizar qualquer recurso ou valor paralelamente à
contabilidade exigida pela legislação eleitoral pode configurar o ilícito cível-eleitoral arreca-
dação e gastos ilícitos de recursos em campanhas eleitorais, previsto no art. 30-A da Lei n.
9.504/1997, mas não constitui crime eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 33, § 4º, da Lei n. 9.504/1997, a divulgação de pesquisa fraudu-
lenta constitui crime, punível com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa no valor
de cinquenta mil a cem mil UFIR.
b. Errado. Nos termos do art. 39, § 5º, IV, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime eleitoral, no
dia das eleição, a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas
aplicações de internet de propaganda eleitoral, podendo ser mantidos em funcionamento
as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.
d. Errado. Conforme o art. 40 da Lei n. 9.504/1997, o uso, na propaganda eleitoral, de
símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de
governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime.

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205. (IDECAN/PERITO CRIMINAL/PERÍCIA FORENSE DO ESTADO DO CEARÁ/2021) De


acordo com os artigos 10 e 11 da Lei n. 6.091/1974, constitui crime eleitoral o forne-
cimento de transporte irregular de eleitores. Nesse sentido, considere que Armando,
desempregado, furte um veículo no dia da eleição com a finalidade específica de uti-
lizar o bem para realizar transporte irregular de eleitores. Nessa hipótese, acerca da
competência e levando em conta a disposição legal sobre o tema, assinale a alternati-
va correta.
a. A hipótese é de separação obrigatória dos processos, de modo que o delito de furto
será de competência da Justiça Comum, enquanto que o delito de transporte irregular
de eleitores será de competência da Justiça Eleitoral.
b. A competência para julgamento dos dois delitos – furto e transporte irregular de elei-
tores – será da Justiça Comum, pois a Justiça Eleitoral não julga crimes.
c. Em virtude da conexão entre os delitos e tendo em conta a finalidade específica do
agente, a competência para julgamento de ambos – furto e transporte irregular de
eleitores – será do Supremo Tribunal Federal.
d. Não obstante a conexão, deve ocorrer separação dos processos, de modo que, pela
natureza de cada um dos delitos, o furto será julgado pela Justiça Comum, e o delito
de transporte irregular de eleitores será julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
e. O delito de furto é conexo ao delito eleitoral de transporte irregular de eleitores e,
nesse caso, ambos os delitos serão julgados pela Justiça Eleitoral.

COMENTÁRIO
Em razão do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do In-
quérito n. 4.435, os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais são processados e jul-
gados pela Justiça Eleitoral.
A esse respeito, veja a notícia sobre o julgado contida no Informativo n. 933 do Supremo
Tribunal Federal:

Em face da alegada prática de crime eleitoral e delitos comuns conexos, asseverou


ter-se caracterizada a competência da Justiça Eleitoral, considerado o princípio da es-
pecialidade. A Justiça especializada, nos termos do art. 35, II, do Código Eleitoral (1) e
do art. 78, IV, do Código de Processo Penal (CPP) (2), por prevalecer sobre as demais,
alcança os delitos de competência da Justiça comum. Ato contínuo, o relator observou
que a Constituição Federal (CF), no art. 109, IV (3), ao estipular a competência criminal
da Justiça Federal, ressalva, expressamente, os casos da competência da Justiça Elei-
toral e, consoante o caput do art. 121 (4), a definição da competência daquela Justiça
especializada foi submetida à legislação complementar. A ressalva do art. 109, IV, e a
interpretação sistemática dos dispositivos constitucionais afastam a competência da Jus-

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tiça comum, federal ou estadual, e, ante a conexão, implicam a configuração da compe-


tência da Justiça Eleitoral em relação a todos os delitos. O ministro ponderou ser inviável
a solução proposta pela PGR de desmembrar as investigações dos delitos comuns e
eleitorais, porquanto a competência da Justiça comum, estadual ou federal, é residual
quanto à Justiça especializada – seja eleitoral ou militar –, estabelecida em razão da
matéria, e não se revela passível de sobrepor-se à última. (Inq. n. 4435, Rel. Min. Marco
Aurélio, Tribunal Pleno, Informativo n. 933)

A partir desse julgado, conclui-se que os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais,
ainda que da competência da Justiça Federal, serão processados e julgados pela Justiça
Eleitoral, que exerce a vis atractiva.
Logo, Armando deverá ser processado e julgado pelo crime de furto e pelo crime de trans-
porte irregular de eleitores perante a Justiça Eleitoral, a qual exerce a vis atractiva.

206. (AOCP/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-PA/2021) Analise a seguinte situação


hipotética:
Nivaldo, candidato a Prefeito do Município “X”, apropriou-se de valores que deveriam
ser destinados ao financiamento de sua campanha eleitoral e, valendo-se desses va-
lores, comprou, em proveito próprio, uma nova casa em um condomínio de luxo. Con-
forme as disposições do Código Eleitoral, Nivaldo, caso venha a ser condenado, estará
sujeito à pena de:
a. reclusão, de um a três anos, e multa.
b. reclusão, de um a quatro anos, e multa.
c. reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
d. reclusão, de dois a seis anos, e multa.
e. reclusão, de três a oito anos, e multa.

COMENTÁRIO
O art. 354-A do Código Eleitoral, com a redação dada pela Lei n. 13.488/2017, prescreve
ser crime apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha, ou quem de
fato exerce essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleito-
ral, em proveito próprio ou alheio.
A prática dessa conduta sujeita o infrator a pena de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
anos, e multa.
Com isso, Nivaldo, ao apropriar-se de valores destinados ao financiamento de sua cam-
panha eleitoral, independentemente da finalidade a ser dada aos recursos apropriados,
pratica essa conduta e estará sujeito à pena de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

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207. (VUNESP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE ROSANA-SP/2016) O


crime de corrupção ativa e passiva eleitoral, tipificado no artigo 299 do Código Eleitoral, é:
a. crime material, tem como objetividade jurídica o livre exercício do voto, caracteriza-se
com a promessa de vantagem que precisa ser aceita e sua consumação depende do
resultado das eleições.
b. crime formal, caracteriza-se com a promessa de vantagem que não precisa ser aceita,
sendo necessária que a solicitação ou recebimento de dinheiro, dádiva ou qualquer
outra vantagem se vincule à promessa de voto e sua consumação independe do
resultado das eleições.
c. crime material, tem como objetividade jurídica o livre exercício do voto, caracteriza-se
com a promessa de vantagem que precisa ser aceita e sua consumação depende do
resultado das eleições.
d. crime material, sendo desnecessária que a solicitação ou recebimento de dinheiro,
dádiva ou qualquer outra vantagem se vincule à promessa de voto e sua consumação
independe do resultado das eleições.
e. crime formal, caracteriza-se com a promessa de vantagem que não precisa ser aceita,
sendo desnecessária que a solicitação ou recebimento de dinheiro, dádiva ou qual-
quer outra vantagem se vincule à promessa de voto e sua consumação independe do
resultado das eleições.

COMENTÁRIO
O crime de corrupção eleitoral pode ser classificado como:
a. doloso (não admite a modalidade culposa);
b. formal (sua ocorrência independe do resultado naturalístico do voto, da abstenção ou do
resultado das eleições);
c. de ação múltipla (pode ser realizado por diferentes ações);
d. de forma livre (pode ser praticado por diversos meios);
e. comissivo (exige a realização de uma conduta por parte do agente);
f) comum, na modalidade ativa (pode ser praticado por qualquer pessoa); e
g) próprio, na modalidade passiva (só pode ser praticado pelo eleitor).

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208. (VUNESP/AGENTE LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE BOITUVA-SP/2020) Su-


ponha que João usou de grave ameaça para coagir Luan a não votar em determinado
partido, mas o fim almejado não foi conseguido; e Carolina não observou a ordem em
que os eleitores deveriam ser chamados a votar. Considerando as situações hipotéticas
e o disposto no Código Eleitoral a respeito dos crimes eleitorais, é correto afirmar que:
a. Carolina não praticou nenhuma conduta típica, pois não é crime não observar a ordem
em que os eleitores devem ser chamados a votar.
b. João apenas teria cometido crime se houvesse atingido o fim por ele almejado.
c. Carolina somente teria incorrido em crime se – ao não observar a ordem em que
os eleitores deveriam ser chamados a votar – houvesse embaraçado o exercício
do sufrágio.
d. João somente teria cometido crime se houvesse usado de violência para coagir Luan
a não votar em determinado partido.
e. João e Carolina praticaram condutas típicas, previstas como crimes no Código
Eleitoral.

COMENTÁRIO
• De acordo com o art. 301 do Código Eleitoral, configura crime eleitoral o fato de alguém
usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determi-
nado candidato ou candidato, ainda que os fins visados não sejam alcançados. Com isso,
a conduta de João se amolda ao tipo penal inscrito no art. 301 do Código Eleitoral.
• Segundo o art. 306 do Código Eleitoral, considera-se crime eleitoral a não observância da
ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar. Desse modo, Carolina praticou o
crime eleitoral previsto no art. 306 do Código Eleitoral.

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209. (VUNESP/ANALISTA JURÍDICO/CÂMARA MUNICIPAL DE BOITUVA-SP/2020) Assi-


nale a alternativa correta quanto aos crimes eleitorais.
a. Quando a legislação eleitoral não indicar o grau mínimo da pena, entende-se que será
ele de trinta dias para a pena de detenção e de 6 (seis) meses para a de reclusão.
b. Quando a legislação eleitoral determina a agravação ou atenuação da pena sem
mencionar o quantum, deve o juiz fixá-la entre um sexto e metade, guardados os limi-
tes da pena cominada ao crime.
c. A multa pode ser aumentada até o quádruplo, embora não possa exceder o máximo
de 500 dias-multa, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do
condenado, é ineficaz a cominada, ainda que no máximo, ao crime de que se trate.
d. A retenção de título eleitoral ou do comprovante de alistamento eleitoral constitui
crime, punível com reclusão, de um a três anos, com a alternativa de prestação de
serviços à comunidade por igual período, e multa.
e. O crime de violação ou tentativa de violação do sigilo do voto é punível com pena de
detenção de até 2 (dois) anos.

COMENTÁRIO
Constitui crime eleitoral, conforme previsto no art. 312 do Código Eleitoral, a violação ou
a tentativa de violação do sigilo do voto. A prática dessa conduta tem como consequência
uma pena de detenção até 2 (dois) anos.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas alternativas estão incorretas pelas seguin-
tes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 284 do Código Eleitoral, a ausência de previsão de pena
mínima nos crimes eleitorais têm como consequência: em caso de crime punido com reclu-
são, será de 1 (um) ano; em caso de crime punido com detenção, será de 15 (quinze) dias.
b. Errado. Segundo o art. 284 do Código Eleitoral, em caso de previsão legal de incidência
de causa agravante ou atenuante de pena, sem a previsão de quantum, deve o juiz estabe-
lecê-lo entre um quinto e um terço, sem que a pena, nessa etapa, possa ser fixada acima
do máximo ou aquém do mínimo.
c. Errado. Em caso de condenação por crime eleitoral, a pena de multa, se o juiz verificar
que o valor da sanção será ineficaz, mesmo que imposta no seu máximo, ele poderá, con-
siderada a situação econômica do condenado, aumentá-la até o triplo, embora não possa
exceder a 300 dias-multa.
d. Errado. Nos termos do art. 91, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, o fato de o título
eleitoral ou do comprovante de votação ser retido constitui crime eleitoral, com a previsão
de pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, admitindo-se a substituição da pena priva-
tiva de liberdade pela restritiva de direitos de prestação de serviços à comunidade, e multa.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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210. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AL/2004)


Considerando que, nas eleições de 2004, Rodrigo será candidato à reeleição para pre-
feito de Trindade–AL, julgue os itens subsequentes.

Considere que Antônio ofereceu a Carlos um emprego para que ele votasse em Rodri-
go e tentasse convencer seus conhecidos a fazerem o mesmo, e que Carlos aceitou a
proposta. Nessa situação, tanto Antônio quanto Carlos cometeram crime eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral dar, oferecer, prometer,
solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem,
para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não
seja aceita:
Assim, o fato de Antônio ter oferecido uma vantagem em troca do voto a ser dado a terceiro
configura crime eleitoral. Da mesma forma, o fato de Carlos receber vantagem em troca
de seu voto também atrai a incidência da conduta inscrita no art. 299 do Código Eleitoral.

211. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RN/2005) Recebendo um in-


quérito policial relativo à infração penal eleitoral, o órgão do Ministério Público, ao invés
de apresentar denúncia, requereu o arquivamento. O Juiz Eleitoral, considerando im-
procedentes as razões invocadas, ordenou a remessa dos autos ao Procurador Regio-
nal Eleitoral, que, no entanto, insistiu no pedido de arquivamento. Nesse caso, o Juiz
Eleitoral:
a. remeterá os autos ao Ministério Público Estadual para oferecimento de denúncia.
b. poderá baixar Portaria para instauração de ação penal pela infração penal em questão.
c. ordenará a intimação da vítima para, querendo, oferecer queixa-crime, instaurando a
ação penal privada.
d. estará obrigado, mesmo contra a sua convicção, a atender e a determinar o arquiva-
mento dos autos.
e. devolverá os autos ao Procurador Regional Eleitoral que designará outro Promotor
Eleitoral para oferecer denúncia.

COMENTÁRIO
Após a conclusão de um inquérito policial instaurado para a apuração de crime eleitoral, os
autos são encaminhados ao membro do Ministério Público para a formação de sua opinio
delicti, podendo adotar uma das seguintes medidas:
a. oferecer a denúncia, caso entenda presentes os indícios de autoria e prova da materia-
lidade delitiva;

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b. pugnar pela devolução dos autos à Autoridade Policial, com requisição de realização de
novas diligências; e
c. requerer o arquivamento do inquérito policial.
Segundo o art. 357, § 1º, do Código Eleitoral, se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de con-
siderar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao procurador
regional, e este oferecerá a denúncia, designará outro promotor para oferecê-la, ou insisti-
rá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Assim, ainda que não concorde com a manifestação de arquivamento formulada pelo Pro-
curador Regional Eleitoral, está o juiz eleitoral obrigado a arquivar os autos do inquéri-
to policial.

212. (ESAG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2005) Leia com atenção


os enunciados abaixo.

I – Como regra, as infrações penais definidas no Código Eleitoral são de ação pública.
II – Reza o art. 356 do Código Eleitoral: “Todo cidadão que tiver conhecimento de infração
penal deste Código deverá comunicá-la ao Juiz Eleitoral da Zona onde a mesma se
verificou”. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade judicial reduzi-la
a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao órgão
do Ministério Público local.
III – A execução de qualquer acórdão da Justiça Eleitoral será feita imediatamente; por via
de consequência, os recursos eleitorais têm efeito suspensivo.
IV – São preclusivos os prazos para a interposição de recurso eleitoral, salvo quando neste
se discutir matéria constitucional. Ademais, sempre que lei não fixar prazo especial,
os recursos devem ser interpostos em, no máximo, 48 horas da publicação do ato,
resolução ou despacho.

Assinale a alternativa correta.


a. Somente os enunciados III e IV estão corretos.
b. Os enunciados I, II, III e IV estão corretos.
c. Somente os enunciados II e III estão corretos.
d. Somente os enunciados I e II estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. De acordo com o art. 355 do Código Eleitoral, os crimes eleitorais são de ação
penal pública.

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II – Certo. Segundo o art. 356 do Código Eleitoral, todo cidadão que tiver conhecimento
de infração penal eleitoral deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da zona em que o crime
ocorreu. Nesse caso, se a comunicação for verbal, mandará a autoridade judicial reduzi-la
a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao órgão do
Ministério Público local. Desse modo, pode-se afirmar que essa assertiva está certa.
III – Nos termos do art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não têm efeito sus-
pensivo. Desse modo, essa assertiva está errada.
IV – Conforme o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o
recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despa-
cho. Desse modo, essa assertiva está errada.

213. (ESAG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2005) Leia com atenção


os enunciados abaixo.

I – Para os efeitos penais são considerados membros e funcionários da Justiça Eleitoral:


os Magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais, estejam presidindo
Juntas Apuradoras ou se encontrem no exercício de outra função, por designação de
Tribunal Eleitoral; os cidadãos que temporariamente integram órgãos da Justiça Elei-
toral; os cidadãos que hajam sido nomeados para as Mesas Receptoras.
II – Para os efeitos penais, os servidores requisitados pela Justiça Eleitoral não são con-
siderados seus funcionários.
III – Entende-se por corrupção eleitoral o ato de dar, oferecer, prometer, solicitar ou rece-
ber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para
obter ou dar voto e para conseguir ou prometer a abstenção, ainda que a oferta não
seja aceita.
IV – Constitui captação de sufrágio, vedada pela Lei das Eleições, o candidato doar, ofe-
recer, prometer ou entregar, ao eleitor, com fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem
pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro
da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa e de cassação do
registro ou do diploma. Assinale a alternativa correta.

a. Somente os enunciados II, III e IV estão corretos.


b. Somente os enunciados I, III e IV estão corretos.
c. Somente os enunciados I e II estão corretos.
d. Os enunciados I, II, III e IV estão corretos.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:

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I – Certo. De acordo com o art. 283 do Código Eleitoral, para fins penais, consideram-se
membros e funcionários da Justiça Eleitoral: a) os magistrados que, mesmo não exercen-
do funções eleitorais, estejam presidindo juntas apuradoras ou se encontrem no exercício
de outra função por designação de Tribunal Eleitoral; b) os cidadãos que temporariamente
integram órgãos da Justiça Eleitoral; c) os cidadãos que hajam sido nomeados para as me-
sas receptoras ou juntas apuradoras; d) os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral.
II – Errado. Segundo o art. 283, IV, do Código Eleitoral, considera-se, para fins penais,
membros e funcionários da Justiça Eleitoral, os funcionários requisitados pela Justiça
Eleitoral.
III – Certo. Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, considera-se crime de corrupção
eleitoral dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dá-
diva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita.
IV – Certo. Conforme o art. 41-A da Lei n. 9.504/1997, constitui captação de sufrágio, ve-
dada por esta lei, o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de
obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou
função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de
multa eleitoral e cassação do registro ou do diploma.

214. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AP/2006) Nos processos das


infrações penais definidas no Código Eleitoral, os prazos para oferecimento de denún-
cia pelo Ministério Público, para o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e
arrolar testemunhas e para oferecimento de recurso para o Tribunal Regional das deci-
sões finais de condenação ou absolvição, serão de:
a. 10 dias, para todas as hipóteses.
b. 10 dias, 3 dias e 5 dias, respectivamente.
c. 15 dias, para todas as hipóteses.
d. 15 dias, 3 dias e 5 dias, respectivamente.
e. 15 dias, 10 dias e 15 dias, respectivamente.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Oferecimento da denúncia – nos termos do art. 357 do Código Eleitoral, verificada a in-
fração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
• Oferecimento de alegações escritas e para arrolar testemunhas pelo réu e seu defensor –
segundo o art. 359, parágrafo único, do Código Eleitoral, o réu ou seu defensor terá o prazo
de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.

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•Interposição de recurso para o Tribunal Regional das decisões finais de condenação ou


absolvição – de acordo com o art. 362 do Código Eleitoral, das decisões finais de conde-
nação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de
10 (dez) dias.

215. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MS/2007) Constitui crime a pro-


moção de comício ou carreata:
a. no dia da eleição, mesmo após o horário previsto para encerramento da votação.
b. no dia da eleição, até o horário previsto para encerramento da votação.
c. na véspera do dia das eleições, entre vinte e vinte e duas horas.
d. na véspera do dia das eleições, entre vinte e duas e vinte e quatro horas.
e. nos 5 (cinco) dias anteriores ao dia marcado para as eleições.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 39, § 5º, I, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia das eleições,
o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata.
Atente-se para o fato que durante todo o dia da eleições, desde a 0h até às 23h59 Min, a
realização de qualquer desses atos constitui crime eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A prática das condutas tipificadas no art. 39, § 5º, da Lei n. 9.504/1997, em qual-
quer horário do dia das eleições, ainda que após o encerramento do horário de votação,
constitui crime eleitoral.
c, d, e) Errados. Segundo o art. 39, § 9º, da Lei n. 9.504/1997, a promoção de carretas e
passeatas é admitida até às 22h do dia que antecede as eleições.

216. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2002) Constitui crime


eleitoral:
a. sugerir a alguém se inscrever no partido político para votar nesse partido;
b. valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar, ou não
votar, em determinado candidato ou partido;
c. facilitar, como servidor público, a inscrição requerida;
d. apenas os praticados com o objetivo de impedir as eleições.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 300 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral valer-se o servidor públi-
co de sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato
ou partido.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Induzir ou instigar alguém a se filiar a partidos políticos não constitui crime
eleitoral.
c. Errado. No alistamento eleitoral, configura crime, conforme se vê no art. 290 do Código
Eleitoral, induzir alguém a se inscrever em afrontas às normas do Código Eleitoral. Inexiste
tipo penal com a previsão de que a facilitação à inscrição eleitoral configura crime eleitoral.
d. Errado. Além de existir crimes eleitorais relacionados ao ato de impedir ou embaraçar as
eleições, outras condutas, inclusive sem relação com as eleições, são consideradas crimes
eleitorais.

217. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT/2010)


Conforme o art. 300 do Código Eleitoral, o servidor público que se valer do cargo para
coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido cometerá
crime, punido com detenção e multa. Assinale a opção cuja situação reflete o texto da
lei, para o caso de que tal crime seja cometido por membro ou funcionário da justiça
eleitoral.
a. A pena será agravada se o servidor da justiça eleitoral cometer o crime prevalecen-
do-se do cargo.
b. A pena será reduzida, em face da condição especial de servidor da justiça eleitoral.
c. Não há distinção entre servidores da justiça eleitoral e demais servidores públicos,
nesse caso.
d. A pena será agravada, em qualquer caso, pois o servidor da justiça eleitoral deve
ser isento.
e. A pena será mitigada, pois a função do servidor da justiça eleitoral é orientar o eleitor
na hora do voto.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 300 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral valer-se o servidor
público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou a não votar em determinado can-
didato ou partido político.
Nesse caso, segundo o parágrafo único dessa disposição legal, se o autor do crime é
membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a
pena deve ser agravada.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b, d, e) Errados. O fato de o autor do crime ser servidor da Justiça Eleitoral e praticar o
crime prevalecendo-se dele, há razão para o agravamento da pena.

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c. Errado. A causa agravante desse tipo penal somente incide se o autor do crime for mem-
bro ou funcionário da Justiça Eleitoral, não havendo que se falar em agravamento da pena
se o crime for praticado por outros tipos funcionários públicos.

218. (MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-BA/2018) A arguição temerá-


ria ou de má-fé de uma das causas de inelegibilidade, impedientes da disputa de cargo
eletivo, caracteriza-se por ser:
a. Somente uma infração de natureza eleitoral, que se esgota no processo de registro
do candidato, sem outra consequência.
b. Uma prática fraudulenta, com o objetivo de lesar a fé pública, tipificando crime comum
(Título X do CP).
c. Um crime especial, que protege o direito público subjetivo de disputar cargo eletivo,
mas que não tem previsão no Código Eleitoral.
d. Um crime especial, mas de sujeito ativo comum, visto que a impugnação é direito de
qualquer eleitor.
e. Apenas uma infração administrativa, sujeita a processo disciplinar.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 25 da Lei Complementar n. 64/1990, constitui crime eleitoral a arguição
de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito por interferência do po-
der econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou
de manifesta má-fé.
Trata-se de crime eleitoral não previsto no Código Eleitoral, mas, sim, na Lei das Inele-
gibilidades.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, e) Errados. Trata-se de crime eleitoral.
b. Errado. Essa conduta não é crime previsto no Código Penal, mas, sim, na Lei das Ine-
legibilidades.
d. Errado. Trata-se de crime próprio que somente pode ser praticado pelos legitimados ao
ajuizamento da ação de impugnação ao registro de candidatura.

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219. (MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-BA/2018) O crime de corrup-


ção eleitoral, tipificado no art. 299 do Código Eleitoral (diferente dos crimes de corrup-
ção previstos nos arts. 317 e 333 do Código Penal):
a. somente contempla a chamada corrupção ativa, por parte de quem deseja alcançar a
vantagem eleitoral.
b. abrange, a um só tempo, mas com pena diferenciada entre uma e outra, tanto a cor-
rupção ativa quanto a corrupção passiva.
c. exige sempre sujeito ativo especial, seja a corrupção ativa ou passiva.
d. contém pena idêntica, na estrutura única do tipo, para as formas ativa e passiva de
corrupção eleitoral.
e. é tipo penal que exige apenas o dolo genérico, pois a execução da conduta não se
vincula a um fim especial de agir.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, constitui crime de corrupção eleitoral dar, ofe-
recer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer
outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que
a oferta não seja aceita.
Por essa disposição legal, vê-se que a conduta corrupção eleitoral, na sua forma ativa e
passiva, é considerada crime eleitoral e recebe o mesmo tratamento sancionatório, qual
seja: reclusão de até 4 (quatro) anos e pagamento de multa eleitoral de 5 a 15 dias-multa.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O crime de corrupção eleitoral, na sua modalidade ativa, pode ser cometido por
qualquer pessoa, ou seja, não é exigível que o corruptor seja aquele que irá auferir a van-
tagem eleitoral.
b. Errado. Para o crime de corrupção eleitoral, nas suas formas ativa e passiva, há a mes-
ma sanção penal.
c. Errado. O crime de corrupção eleitoral, na sua forma ativa, é crime comum e pode ser
cometido por qualquer pessoa, ao passo que, na modalidade passiva, é crime próprio e só
pode ser cometido pelo próprio eleitor.
e. Errado. No crime de corrupção eleitoral, exige-se, para a sua configuração, dolo especí-
fico, qual seja: “para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção”.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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220. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PR/2017) Fabrício, candidato a


Senador, ofereceu pagar a faculdade de Direito da eleitora Mirtes, em troca de seu voto.
Mirtes, porém, não aceitou a proposta. De acordo com o Código Eleitoral, Fabrício:
a. cometeu tentativa de corrupção eleitoral punível apenas com reclusão de até 2 anos.
b. cometeu crime eleitoral punível com detenção de até 4 anos e pagamento de 5 a 15
dias-multa.
c. não cometeu crime eleitoral, uma vez que a proposta não foi aceita por Mirtes.
d. cometeu tentativa de corrupção eleitoral punível com detenção de até 4 anos e paga-
mento de 5 a 15 dias-multa.
e. cometeu crime eleitoral punível com reclusão de até 4 anos e pagamento de 5 a 15
dias-multa.

COMENTÁRIO
O art. 299 do Código Eleitoral prescreve que configura crime eleitoral dar, oferecer, prome-
ter, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vanta-
gem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita.
A prática desse crime eleitoral tem como pena reclusão até 4 (quatro) anos e pagamento
de 5 a 15 dias-multa.
Esse crime eleitoral é formal e, para a sua configuração, não admitindo a forma tentada e
eventual aceitação ou cumprimento de promessa constitui mero exaurimento da conduta
criminosa (Ac.-TSE, de 27.11.2007, no Ag n. 8905).
Assim, o fato de Fabrício oferecer vantagem (pagamento da faculdade de Direito) a Mirtes,
ainda que a oferta não seja aceita, configura crime eleitoral.

Direitos Políticos – Alistamento e Voto

221. (INAZ DO PARÁ/ADVOGADO/FUNDAÇÃO VOVÓ MOCINHA/2017) A capacidade elei-


toral ativa traduz-se no direito de poder votar, de participar de referendos, plebiscito,
de propor ação popular e de apresentar projeto de lei popular. Ou seja, intervenções
ativas diretas do cidadão na vida política do país, a qual depende de inscrição na justiça
eleitoral.

Assinale o direito político a qual o enunciado acima se refere.


a. Alistabilidade.
b. Elegibilidade.
c. Inelegibilidade.
d. Votabilidade.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
O exercício da capacidade eleitoral ativa depende do prévio alistamento eleitoral, ou seja,
de requerimento de inscrição eleitoral perante a Justiça. Assim, a alistabilidade garantirá
ao cidadão a possibilidade de votar, participar de referendo plebiscito, propor ações popu-
lares por iniciativa popular de lei e, inclusive, preenchidos outros requisitos, participar das
eleições e concorrer a cargos eletivos.

222. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PE/2004) É incorreto afir-


mar que o alistamento e o voto são:
a. obrigatórios para os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório.
b. facultativos para os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos.
c. obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos.
d. facultativos para os analfabetos.
e. facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 2º, da Constituição Federal, o alistamento e o voto são vedados
aos conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b, d, e) Errados. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para: i) os analfabetos; ii)
os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos; iii) os maiores de 70 (se-
tenta) anos.
c. Errado. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (de-
zoito) anos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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223. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) O alistamento e o


voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo.
Assim, assinale a alternativa correta.
a. Estão dispensados de votar os enfermos, os que se encontrem fora de seu domicílio
e os funcionários civis e militares em serviço que os impossibilite de votar.
b. Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se
justificou devidamente, não poderá o eleitor obter passaporte e tampouco empreen-
der viagem ao exterior.
c. Estão dispensados de votar os inválidos, os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos e
os que se encontrem no exterior.
d. O brasileiro que deixou de ser analfabeto e não se alistou até 1 (um) ano depois da
escolarização, incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o valor do salário, com
a devida atualização legal.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 6º, II, do Código Eleitoral, dispensa-se o voto dos: a) enfermos; b) que
se encontrem fora de seu domicílio; c) funcionários públicos civis e militares, em serviço
que os impossibilite de votar.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 7º, § 1º, V, do Código Eleitoral, sem a prova de que votou na
última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá
o eleitor obter passaporte ou carteira de identidade. Inexiste proibição para a realização de
viagens ao exterior.
c. Errado. De acordo com o art. 6º, II, do Código Eleitoral, a dispensa do voto será conce-
dida aos: a) enfermos; b) que se encontrem fora de seu domicílio; c) funcionários públicos
civis e militares, em serviço que os impossibilite de votar.
d. Errado. Segundo o art. 16, parágrafo único, da Resolução-TSE n. 21.538/2003, se o
analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à
multa. Nesse caso, inexiste a previsão de um prazo legal para o seu alistamento para que
não haja a aplicação da multa eleitoral.

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224. (FUNCAB/COMUNICAÇÃO SOCIAL/MINISTÉRIO DA JUSTIÇA/2015) Segundo a


Constituição Federal vigente e suas disposições sobre direitos políticos:
a. o plebiscito é uma forma democrática de participação popular indireta.
b. os analfabetos são elegíveis desde que maiores e alistáveis.
c. o voto é facultativo para os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 70 (setenta) anos.
d. para concorrer a outros cargos, prefeitos devem renunciar ao mandato três meses
antes do pleito eleitoral.
e. o voto das pessoas analfabetas, que são também inelegíveis, é facultativo.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto
dos analfabetos são facultativos. Entretanto, apesar de poderem exercer sua capacidade
eleitoral ativa, os analfabetos, segundo se vê no art. 14, § 4º, da Constituição Federal, são
inelegíveis para qualquer cargos
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O plebiscito constitui um dos institutos de exercício direto de poder pelo povo.
b. Errado. Os analfabetos, ainda que alistados, são inelegíveis para qualquer cargos.
c. Errado. Conforme o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o
voto são facultativos para os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos,
assim como para os maiores de 70 (setenta) anos.
d. Errado. Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

225. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2006) Tício é brasilei-


ro naturalizado, alfabetizado e tem 40 anos de idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18
anos de idade, mas é analfabeto. Petrus é brasileiro nato, alfabetizado e tem 72 anos
de idade. O alistamento eleitoral e o voto são:
a. obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus.
b. facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus.
c. facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus.
d. obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus.
e. facultativos para Tício, Paulus e Petrus.

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COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Tício – de acordo com o art. 14, § 1º, I, da Constituição Federal, o alistamento e o voto são
obrigatórios para os brasileiros, maiores de 18 (dezoito), menores de 70 (setenta) anos e
alfabetizados. Desse modo, seu alistamento e voto são obrigatórios.
• Paulus – segundo o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto
são facultativos para os analfabetos. Ou seja, o alistamento e voto de Paulus é facultativo.
• Petrus – nos termos do art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento e voto são
facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos. Dessa forma, o alistamento eleitoral de
Petrus é facultativo.

226. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRT 20ª REGIÃO/2006) Considere


as assertivas abaixo:

I – O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de 65


anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos de idade.
II – O sufrágio é um direito público subjetivo de natureza política, que tem o cidadão de
eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder estatal.
III – São direitos políticos, além de outros, a alistabilidade, a iniciativa popular de lei, a
ação popular e a organização e participação de partidos políticos.
IV – Podem alistar-se como eleitores, dentre outros, os conscritos, durante o período do
serviço militar obrigatório.
V – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge, viúvo ou viúva e os
parentes consanguíneos, até o terceiro grau ou por adoção, dos detentores de cargos
no executivo ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores
ao pleito.

Está correto apenas o que se afirma em:


a. I, II e V.
b. I, III e IV.
c. II e III.
d. II, IV e V.
e. III e IV.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral
e o voto são facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos, para os analfabetos e para
os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos.
II – Certo. O direito ao sufrágio garante ao cidadão o direito de participar da formação da
vontade política do estado por meio do voto, da elegibilidade, do plebiscito, do referendo,
da iniciativa popular de leis e da propositura de ações populares.
III – Certo. Nos termos do art. 14 da Constituição Federal, são espécies de direitos políti-
cos: o voto, o referendo, o plebiscito, a iniciativa popular de leis e a propositura de ações
populares. Por sua vez, a alistabilidade é a característica daquele que preenche os requisi-
tos e pode requerer a sua inscrição como eleitor. Por fim, o direito de participar e organizar
partidos políticos, de forma majoritária, não é considerado um direito político, mas uma es-
pécie própria de direitos fundamentais. Apesar disso, essa assertiva foi considerada certa
pelo examinador.
IV – Errado. Segundo o art. 14, § 2º, da Constituição Federal, não podem se alistar como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
V – Errado. Conforme o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Direitos Políticos – Condições de Elegibilidade

227. (IBFC/PROCURADOR JURÍDICO/CÂMARA DE ARARAQUARA-SP/2017) Assinale a


alternativa correta. São condições de elegibilidade, dentre outras:
a. a nacionalidade brasileira e a filiação partidária
b. o pleno exercício dos direitos políticos e a idade mínima de vinte e 1 (um) anos
para Vereador
c. o alistamento eleitoral e a idade mínima de vinte e cinco anos para Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal
d. o domicílio eleitoral na circunscrição e a idade mínima de trinta anos para Presidente
e Vice-Presidente da República e Senador.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 3º, I e V, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade
a nacionalidade brasileira e a filiação partidária.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Para participar das eleições para o cargo de vereador, exige-se a idade mínima
de 18 (dezoito) anos.
c. Errado. Para participar das eleições para o cargo de governador e vice-governador, exi-
ge-se a idade mínima de 30 (trinta) anos.
d. Errado. Para participar das eleições para o cargo de Presidente, Vice-Presidente e Se-
nador da República, exige-se a idade mínima de 35 (trinta e cinco) anos.

228. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AL/2004) No


que se refere ao registro de candidatos, julgue os itens que se seguem.
Para concorrer a certo cargo de eleição proporcional, o postulante tem de ser registrado
como candidato por um partido político, ao qual deve estar filiado na circunscrição em
que pretende concorrer.

COMENTÁRIO
O exercício do direito à elegibilidade depende do preenchimento, dentre outros requisitos,
da filiação partidária. Assim, para participar das eleições, o candidato deve ter o seu pedido
de registro de candidatura formulado pelo partido político ao qual se encontra filiado, con-
forme se vê no art. 11 da Lei n. 9.504/1997.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

229. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-ES/2011) À luz da juris-


prudência do STF, assinale a opção correta a respeito de direitos políticos e partidos
políticos.
a. O reconhecimento da justa causa para transferência de partido político afasta a perda
do mandato eletivo por infidelidade partidária e transfere ao novo partido do detentor
do mandato o direito de sucessão à vaga.
b. É válida a dispensa, por lei estadual que discipline os procedimentos necessários à
realização das eleições para implementação da justiça de paz, de filiação partidária
para os candidatos a juiz de paz.
c. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal no curso do mandato de determi-
nado prefeito afasta a inelegibilidade prevista na CF para o cônjuge de prefeito.
d. O domicílio eleitoral na respectiva circunscrição e a filiação partidária constituem con-
dições de elegibilidade que podem ser disciplinadas por lei ordinária.
e. Para a aplicação das condições de elegibilidade referentes à eleição indireta para
governador e vice-governador de estado — realizada pela assembleia legislativa
em caso de dupla vacância desses cargos executivos no último biênio do período
de governo – previstas no art. 14 da CF, faz-se necessária expressa previsão em
lei estadual.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 3º, da Constituição Federal, dentre outras, são condições de
elegibilidade o domicílio eleitoral e a filiação partidária. Essas condições de elegibilidade
podem ser tratadas por meio de lei ordinária, sendo o art. 14, § 3º, da Constituição Federal,
uma norma constitucional de eficácia limitada.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamen-
to do MS n. 27938, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 29.4.2010, o reconhecimento da justa
causa para transferência de partido político afasta a perda do mandato eletivo por infideli-
dade partidária.
b. Errado. Nos termos do entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmado no julga-
mento da ADI n. 2938, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 9.12.2005, é válida a dispensa, por lei
estadual que discipline os procedimentos necessários à realização das eleições para im-
plementação da justiça de paz, de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz.
c. Errado. Segundo o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, contido na
Súmula Vinculante n. 18, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

e. Errado. Para o entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmado no julgamento da


ADI-MC n. 1057, Rel. Min. Celso de Mello:

As condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3º) e as hipóteses de inelegibilidade (CF, art.
14, §§ 4º a 8º), inclusive aquelas decorrentes de legislação complementar (CF, art. 14,
§ 9º), aplicam-se de pleno direito, independentemente de sua expressa previsão na lei
local, à eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, realizada pela
Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos executivos no último
biênio do período de governo.

230. (FAFIPA/ADVOGADO/CÂMARA DE CAMPINA GRANDE DO SUL-PR/2018) No que


tange à idade mínima como condições de elegibilidade, assinale a alternativa correta.
a. Quarenta anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador.
b. Trinta e cinco anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal.
c. Vinte e 1 (um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz.
d. Vinte anos para Vereador.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, c, da Constituição Federal, para concorrer ao cargo de depu-
tado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito, vice-prefeito e juiz de paz, o cidadão
deve ter, pelo menos, 21 (vinte e um) anos.
Com isso, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Exige-se a idade mínima de 35 (trinta e cinco) anos para que o cidadão possa
participar das eleições para presidente e vice-presidente da república.
b. Errado. Exige-se a idade mínima de 30 (trinta) anos para que o cidadão possa participar
das eleições para governador e vice-governador.
d. Errado. Exige-se a idade mínima de 18 (dezoito) anos para que o cidadão possa partici-
par das eleições para o cargo de vereador.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

231. (IBADE/PRAÇA/POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE/2019) Sobre os direi-


tos políticos na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que:
a. os analfabetos são elegíveis.
b. o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de sessenta anos,
c. o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 16 (dezes-
seis) anos.
d. o militar alistável s elegível, atendidas determinadas condições que dependem da
quantidade de anos de serviço.
e. é condição de elegibilidade a idade mínima de trinta e cinco anos para Governador e
Vice-Governador de Estado.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 8º, da Constituição Federal, o militar alistável é elegível, atendidas
as seguintes condições:

I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;


II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

Por essa disposição constitucional, verifica-se que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegíveis.
b. Errado. Conforme o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o
voto são facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos.
c. Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, I, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral
e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos.
e. Errado. Para o art. 14, § 3º, VI, b, da Constituição Federal, exige-se a idade mínima de
30 (trinta) anos para que o cidadão possa participar das eleições para governador e vice-
-governador.

232. (FACET CONCURSOS/ASSISTENTE JURÍDICO/PREFEITURA DE CAPIM-PB/2020)


São condições de elegibilidade, na forma da lei, exceto:
a. A nacionalidade brasileira.
b. O pleno exercício dos direitos políticos.
c. O alistamento eleitoral.
d. O domicílio eleitoral na circunscrição.
e. Prescindibilidade de filiação partidária.

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Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade:

I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
b. trinta anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito,
vice-prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para vereador.

Por essa disposição constitucional, vê-se que a filiação partidária não é dispensável (pres-
cindível), mas indispensável. Com efeito, inexiste candidatura avulsa.

233. (ECT/ADVOGADO/ECT/2007) Considera-se com condição de elegibilidade, a assertiva


pela qual encontra-se incorreta:
a. a filiação partidária.
b. o alistamento eleitoral.
c. o pleno exercício dos direitos políticos.
d. a idade mínima de trinta e cinco anos para governador e vice-governador de Estado.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade:

I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
b. trinta anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito,
vice-prefeito e juiz de paz;

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Professor: Weslei Machado

d. dezoito anos para vereador.

Por essa disposição constitucional, vê-se que para concorrer ao cargo de governador e
vice-governador, o cidadão deve ter, pelo menos, trinta anos de idade.

234. (FACET CONCURSOS/ASSISTENTE JURÍDICO/PREFEITURA DE CAPIM-PB/2020)


Fernando, em pleno gozo de seus direitos políticos, com 30 anos de idade, decidiu se
candidatar ao cargo de Senador da República pelo Estado da Paraíba. Por conta de
suas convicções filosóficas, Fernando afirmou em uma entrevista numa rádio de João
Pessoa, que não se filiaria a nenhum partido político, por ter incompatibilidade ideoló-
gica com todos, afirmando ainda, que este é o diferencial de sua campanha. Com base
no relato acima, Fernando:
a. Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, desde que se filie a algum partido.
b. Poderá concorrer ao cargo de Senador da República, visto que preenche todos os
requisitos necessários.
c. Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por não preencher o requi-
sito etário, além de não possuir filiação partidária.
d. Poderá concorrer aos cargos de Senador ou Vice-presidente da República, mas não
ao de Presidente.
e. Não poderá concorrer ao cargo de Senador da República, por ausência de filiação
partidária, sendo este o único requisito que falta preencher.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, VI, a, da Constituição Federal, para concorrer ao cargo de Se-
nador da República, o cidadão deve ter, pelo menos, trinta e cinco anos de idade.
Além disso, inexiste candidatura avulsa, exigindo-se de todos os cidadãos que queiram
participar das eleições a prévia filiação partidária.
Desse modo, Fernando não poderá participar das eleições, pois não tem a idade mínima
constitucional exigida nem possui filiação partidária.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, e) Errados. Fernando não possui a idade mínima constitucional para participar
das eleições.
b. Errado. Fernando não preenche a idade mínima constitucional e a filiação partidária.
d. Errado. Para concorrer ao cargo de Presidente e Vice-Presidente da República, o cida-
dão, dentre outros requisitos, deve possuir trinta e cinco anos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

235. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRT 2ª REGIÃO/2008) A capacidade


eleitoral passiva é concernente ao direito político classificado por:
a. participação partidária.
b. alistabilidade.
c. elegibilidade.
d. plebiscito.
e. referendo.

COMENTÁRIO
Os cidadãos que preencherem os requisitos constitucionais e legais possuem a capaci-
dade eleitoral passiva, podendo exercer o seu direito à elegibilidade e concorrer a cargos
públicos eletivos.
Assim, a capacidade eleitoral passiva diz respeito ao direito à elegibilidade, motivo pelo
qual a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O direito de participar de partidos políticos não figura como um direito político,
sendo, inclusive, tratado em capítulo distinto da Constituição Federal.
b. Errado. A alistabilidade constitui a característica das pessoas que preenchem os requi-
sitos para ser tornarem cidadãos.
d, e) Errados. O plebiscito e o referendo constituem direitos políticos ativos.

236. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MT/


2010) Com relação às regras atinentes às condições de elegibilidade, assinale a op-
ção correta.
a. A legislação eleitoral estabelece regras para cassação, perda e suspensão dos direi-
tos políticos, e, em qualquer dos casos, impõe ao cidadão punido a condição de ine-
legibilidade.
b. A filiação partidária não é considerada condição de elegibilidade. Assim, se no ano
eleitoral um candidato pedir a desfiliação do partido ao qual é filiado, poderá concor-
rer como candidato autônomo.
c. Na legislação pátria, não há previsão de inelegibilidade por parentesco e, por isso,
o cônjuge do prefeito pode candidatar-se a qualquer cargo, sem a necessidade de
renúncia nos 6 (seis) meses que antecedem ao pleito.
d. A previsão legal de idade mínima para candidatar-se refere-se apenas aos cargos
de presidente e vice-presidente da República, caso em que o candidato deve ter, no
mínimo, 35 anos de idade.
e. O brasileiro naturalizado pode candidatar-se ao Senado Federal, mas não poderá
presidi-lo.

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Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, I, da Constituição Federal, para o exercício do direito à elegibi-
lidade, exige-se a nacionalidade brasileira, inexistindo, em regra, distinção entre brasileiros
para que se participe das eleições.
Entretanto, especificamente no que se refere aos cargos de Presidente e Vice-Presidente
da República, somente poderá participar das eleições aqueles que sejam brasileiros natos.
Desse modo, brasileiro naturalizado poderá concorrer ao cargo de Senador da República,
mas, se eleito, não poderá ser escolhido como presidente do Senado Federal, conforme
se vê no art. 12, § 3º, da Constituição Federal, motivo pelo qual a alternativa correta é a
letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 15 da Constituição Federal, não se admite a cassação de Direitos
Políticos no Brasil.
b. Errado. De acordo com o art. 14, § 3º, V, da Constituição Federal, dentre as condições
de elegibilidade, tem-se a filiação partidária e, na ordem jurídica atual, inexiste candida-
tura avulsa.
c. Errado. Conforme o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
d. Errado. Para o art. 14, § 3º, VI, da Constituição Federal, constitui condição de elegibili-
dade a idade mínima de:

a. trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;


b. trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para Vereador.

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Professor: Weslei Machado

Direitos Políticos – Inelegibilidades Constitucionais

237. (CESPE-CEBRASPE/AUXILIAR MINISTERIAL ESPECIALIZADO/MP-TO/2006) A res-


peito do processo eleitoral brasileiro, julgue os seguintes itens.

A reeleição é um instituto que foi incorporado ao processo político brasileiro.

COMENTÁRIO
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 16/1997, com a finalidade de viabilizar a apli-
cação do princípio da continuidade político-administrativa, houve a introdução do direito à
reeleição para os titulares de cargos de no Poder Executivo.
Com efeito, de acordo com o art. 14, § 5º, da Constituição, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver suce-
dido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente.

238. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ENGENHARIA/TRE-RS/2007) Z, Governador do Estado


Y, desejando concorrer a outro cargo eletivo, deve:
a. se afastar do cargo, trinta dias antes do pleito, podendo retornar caso não seja eleito.
b. permanecer no cargo, caso cumprido um terço do seu mandato.
c. renunciar ao respectivo mandato até 6 (seis) meses antes do pleito.
d. pedir licença à Assembleia Legislativa do respectivo Estado, até dois meses antes
do pleito.
e. solicitar ao Tribunal Regional Eleitoral do respectivo Estado, até três meses antes do
pleito, autorização para concorrer à eleição, facultada a sua permanência no cargo.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Desse modo, para que Z, chefe do Poder Executivo, participe de eleições para outros car-
gos eletivos, precisa renunciar ao seu mandato.

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239. (FGV/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MS/2018) Com relação aos analfabetos, é


incorreto afirmar que:
a. a condição de semianalfabeto, em que o interessado apenas assina e lê o nome,
torna o candidato inelegível.
b. é legítima a diligência judicial que, de ofício, busca apurar a condição de alfabetizado
do candidato.
c. o exercício de função pública não afasta a inelegibilidade do candidato analfabeto.
d. é válida a aplicação de teste sumário para aferir o requisito de alfabetização do
candidato.
e. o artigo 14, § 4º, da CF, consagra presunção juris et de jure de incapacidade para o
exercício do mandato.

COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do
RO n. 060247518, a aferição da alfabetização deve ser feita com o menor rigor possível,
não podendo ser considerado analfabeto o candidato que possuir capacidade mínima de
escrita e leitura.
Assim, os semianalfabetos, ainda que tenha condições precárias de escrita e de leitura,
são elegíveis, motivo pelo qual a alternativa incorreta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Com a finalidade de aferir a alfabetização do candidato, admite-se a realização
de instrução probatória nos autos de processo de registro de candidatura.
c. Errado. Segundo o entendimento contido na Súmula n. 15 do Tribunal Superior Eleito-
ral, o exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a
condição de alfabetizado do candidato. Ou seja, o fato de o candidato ter exercido função
pública, por si só, não constitui comprovação de sua alfabetização.
d. Errado. com a finalidade de aferir a alfabetização, o juiz eleitoral poderá realizar testes
de alfabetização, desde que de forma individual e reservada.
e. Errado. O analfabeto e os inalistáveis são inelegíveis, para qualquer cargo, por previsão
constitucional.

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240. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRT 19ª REGIÃO/2008) Para


concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até:
a. oito meses antes do pleito.
b. quatro meses antes do pleito.
c. dois meses antes do pleito.
d. 6 (seis) meses antes do pleito.
e. três meses antes do pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

241. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-RO/2013) Considere as


seguintes situações hipotéticas: Regiane é Governadora do Estado de Rondônia e Fa-
brício é prefeito da cidade de São João da Baliza. Regiane e Fabrício pretendem se
candidatar ao cargo de Presidente da República. Nestes casos, de acordo com a Cons-
tituição Federal brasileira:
a. apenas Regiane possui obrigatoriedade de renunciar ao respectivo mandato até 1
(um) ano antes do pleito.
b. Regiane e Fabrício deverão renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses
antes do pleito.
c. Regiane deverá renunciar ao respectivo mandato até 1 (um) ano antes do pleito e
Fabrício até 6 (seis) meses.
d. apenas Regiane possui obrigatoriedade de renunciar ao respectivo mandato até 6
(seis) meses antes do pleito.
e. Regiane e Fabrício deverão renunciar aos respectivos mandatos até 1 (um) ano antes
do pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Desse modo, para que Regiane e Fabrício, chefes do Poder Executivo, possam participar
da eleição para outro cargo (Presidente da República), devem renunciar aos seus manda-
tos no prazo de até 6 (seis) meses antes das eleições.

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242. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AL/2004)


Considerando que, nas eleições de 2004, Rodrigo será candidato à reeleição para pre-
feito de Trindade–AL, julgue os itens subsequentes.

Se Manoel é filho de Rodrigo e completou 18 anos de idade em 2003, é correto afirmar


que Manoel não poderá ser candidato a vereador de Trindade nas eleições de 2004.

COMENTÁRIO
Os parentes do chefe do Poder Executivo (seja cônjuge, parentes consanguíneos ou afins
até o segundo grau ou por adoção) são inelegíveis na circunscrição em que o titular para-
digma exercer o seu mandato, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
Assim, Manoel, filho do prefeito e candidato à reeleição, não pode concorrer ao cargo de
vereador no município em que seu pai exerce o mandato dentro dos 6 (seis) meses antes
da data das eleições. Apenas poderia se já fosse ocupante de cargo eletivo e se candida-
tasse à reeleição.

243. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MT/2005) Para


que alguém, entre nós, possa concorrer a uma função eletiva, é necessário que preen-
cha certos requisitos legais, denominados condições de elegibilidade, e que não incida
em nenhuma das inelegibilidades que precisamente constituem impedimento à capa-
cidade eleitoral passiva. As condições de elegibilidade e as inelegibilidades variam em
razão da natureza ou do tipo de mandato pretendido.

Considerando o texto acima e com base nas disposições constitucionais e legais sobre
elegibilidade e inelegibilidade, assinale a opção incorreta.
a. Deputado estadual irmão de governador em exercício não pode ser candidato ao
Senado Federal pelo mesmo estado.
b. O vice-prefeito pode candidatar-se a prefeito, ainda que tenha, em qualquer período
do mandato, substituído o titular, desde que provisoriamente.
c. A arguição de inelegibilidade de candidato a senador deve ser feita perante o Tribunal
Regional Eleitoral.
d. Para candidatar-se ao cargo de governador, o chefe do Gabinete Civil deve afastar-se
do cargo 6 (seis) meses antes do pleito.
e. Diretor do Banco Central pode candidatar-se a deputado federal caso se afaste do
cargo 6 (seis) meses antes do pleito.

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COMENTÁRIO
O vice-prefeito, que tenha substituído ou sucedido o prefeito no curso do mandato, pode
concorrer às eleições para prefeito no período imediatamente subsequente. Assim, ainda
que haja sucessão, mudança definitiva do cargo de chefe do Poder Executivo, admite-se
que o sucessor concorra à reeleição, para um único mandato subsequente.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. O deputado estadual, irmão de governador, poderá concorrer ao cargo de se-
nador na mesma circunscrição em que o seu parente exerce o mandato, desde que haja
desincompatibilização no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
c. Certo. A competência para o julgamento das ações de impugnação ao pedido de registro
de candidatura de cargos federais, deputado federal e senador da república é dos Tribu-
nais Regionais Eleitorais.
d. Certo. Nos termos do art. 1º, III, b, 1, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis
para governador e vice-governador até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente
de seus cargos os chefes dos gabinetes civil e militar do governador de estado ou do Dis-
trito Federal.
e. Certo. De acordo com o art. 1º, VII, a, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis
para o cargo de deputado federal os diretos de autarquias (Banco Central), empresas pú-
blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e mantidas pelo Poder Público.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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244. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2017) Considere as


situações hipotéticas abaixo:

I – Tício é Governador e deseja se candidatar ao cargo de Presidente da República.


II – Graça, eleita Vice-Prefeita, sucedeu o Prefeito falecido três meses antes do pleito e
deseja se candidatar ao cargo de Governadora.

Nesses casos, e considerando apenas os dados fornecidos, Tício:


a. deverá renunciar ao mandato 6 (seis) meses antes do pleito para se candidatar ao
cargo pretendido e Graça deverá renunciar ao mandato quatro meses antes do pleito
para se candidatar ao cargo pretendido.
b. e Graça deverão renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do
pleito, para se candidatarem a esses cargos.
c. e Graça são inelegíveis, não podendo candidatar-se a qualquer cargo até o final do
mandato, sob pena de suspensão dos direitos políticos, salvo os casos de reeleição.
d. e Graça deverão renunciar aos respectivos mandatos até três meses antes do pleito,
para se candidatarem a esses cargos.
e. deverá renunciar ao mandato quatro meses antes do pleito para se candidatar ao
cargo pretendido e Graça não precisará se desincompatibilizar para se candidatar ao
cargo pretendido.

COMENTÁRIO
O chefe do Poder Executivo, seja Presidente, Governador ou Prefeito, para concorrer a
outro cargo eletivos, deve renunciar ao seu mandato no prazo de até 6 (seis) meses antes
da data das eleições com a finalidade de se desincompatibilizarem, nos termos do art. 14,
§ 6º, da Constituição Federal.
Assim, Tício, Governador, para concorrer ao cargo de Presidente da República, deve re-
nunciar ao seu mandato no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
Da mesma forma, Graça, Prefeita, para concorrer ao cargo de Governadora, também de-
verá se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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245. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014) A


titularidade de mandato eletivo e a candidatura à reeleição, quando cumuladas, atuam,
no ordenamento jurídico brasileiro, como condições de elegibilidade.

COMENTÁRIO
Em linhas gerais, o fato de titulares de cargos eletivos no Poder Executivo estarem no
exercício do primeiro mandato constitui requisito para a não incidência de uma das causas
de inelegibilidade.
A seu turno, para concorrer à reeleição, o candidato deve estar no exercício do mandato,
motivo pelo qual parcela da doutrina aponta esse fato como condição de elegibilidade.

246. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA/2019) A aferição da alfa-


betização como requisito de elegibilidade:
a. segue critérios rígidos, podendo ser considerado analfabeto o candidato que possuir
capacidade mínima de escrita e leitura.
b. segue critérios rígidos, exigindo-se domínio pleno da leitura e da escrita.
c. pode ser realizada coletivamente em audiência pública.
d. pode ser realizada, no caso de candidato com deficiência visual adquirida, mediante
declaração de escolaridade feita a próprio punho pelo candidato e firmada na pre-
sença de servidor da justiça eleitoral.
e. exige alfabetização em braile no caso de candidato com deficiência visual adquirida.

COMENTÁRIO
Sobre esse tema, o Tribunal Superior Eleitoral manifestou-se, nos seguintes termos:

No caso, o candidato, com deficiência visual adquirida, comprovou sua alfabetização por
meio de declaração de escolaridade de próprio punho, firmada na presença de servidor
da Justiça Eleitoral. Ficou demonstrado, portanto, que possui capacidade mínima de
leitura e escrita. (RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS em
18.9.2018)

Diante desse julgado, a alternativa correta é a letra “d”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados.

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A aferição da alfabetização deve ser feita com o menor rigor possível. Sempre que o can-
didato possuir capacidade mínima de escrita e leitura, ainda que de forma rudimentar, não
poderá ser considerado analfabeto para fins de incidência da inelegibilidade em questão
(RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS em 18.9.2018).

c. Errado.

Consoante decidido por esta Corte Superior, não é facultada a aplicação de teste cole-
tivo para aferir a alfabetização de candidato (REspe n. 22884, Rel. Min. Caputo Bastos,
PSESS em 20.9.2004).

e. Errado.

Não há que se exigir alfabetização em braille de candidato deficiente visual para fins de
participação no pleito. Para promover o acesso das pessoas com deficiência aos cargos
eletivos, deve–se aceitar e facilitar todos os meios, formas e formatos acessíveis de co-
municação, à escolha das pessoas com deficiência (RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min.
Luís Roberto Barroso, PSESS em 18.9.2018).

247. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2016) Acerca das inelegi-


bilidades, segundo a jurisprudência dominante condensada em súmulas do Tribunal
Superior Eleitoral, é incorreto afirmar que:
a. São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não Instalado, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do
município­mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro dos. 6 (seis) meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.
b. É Inelegível para o cargo de prefeito a irmã da concubina do atual titular do mandato.
c. É Inelegível, para o cargo de prefeito, o cônjuge e os parentes indicados no § 7º do
art. 14 da Constituição, do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao
cargo há mais de 6 (seis) meses do pleito.
d. O prazo de Inelegibilidade de três anos, por abuso de poder econômico ou político, é
contado a partir da data da eleição em que se verificou.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
a. De acordo com a Súmula n. 12 do Tribunal Superior Eleitoral, são inelegíveis, no municí-
pio desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha subs-
tituído, dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.

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b. A Súmula n. 7 do Tribunal Superior Eleitoral foi cancelada, mas é importante destacar que,
de acordo com o atual entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a irmã da com-
panheira (concubina) do atual chefe do Poder Executivo é inelegível. Trata-se da incidência
da inelegibilidade reflexa também aos integrantes de uma família decorrente de união estável.
c. Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, na edição da Súmula
6, o afastamento definitivo por meio da renúncia do Chefe de Poder Executivo tem o efeito
de afastamento da inelegibilidade de seus parentes, não havendo que se falar em incidên-
cia da inelegibilidade inscrita no art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
d. Segundo a Súmula n. 19 do Tribunal Superior Eleitoral, o prazo de inelegibilidade decor-
rente da condenação por abuso do poder econômico ou político (oito anos) tem início no dia
da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.

248. (IBFC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PA/2020) As condições


de elegibilidade são requisitos positivos que devem estar presentes para que deter-
minado cidadão se candidate nas eleições, representando uma capacidade eleitoral
passiva. As inelegibilidades consistem no conjunto de causas que impedem o exercício
da capacidade eleitoral passiva. Diante disso, analise as afirmativas abaixo e dê valores
Verdadeiro (V) ou Falso (F).

I – ( ) São condições próprias de elegibilidade a nacionalidade brasileira, o pleno exercí-


cio dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição,
a filiação partidária e a idade mínima prevista para ocupação do cargo.
II – ( ) As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alte-
rações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
III – ( ) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de trinta
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econô-
mico, corrupção ou fraude. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
IV – ( ) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes con-
sanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República,
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.


a. V, V, F, F.
b. V, V, V, F.
c. V, V, V, V.
d. F, F, V, F.

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COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. As condições de elegibilidade próprias, também chamadas de condições de
elegibilidade constitucionais, são: a) a nacionalidade brasileira; b) o pleno exercício dos
direitos políticos; c) o alistamento eleitoral; d) o domicílio eleitoral na circunscrição; e) a
filiação partidária; f) a idade mínima.
II – Certo. Nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido
de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes
ao registro que afastem a inelegibilidade.
III – Errado. De acordo com o art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo
poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude. Essa ação tramita em segredo de justiça (mas seu julgamento é público) e o autor
responderá, na forma da lei, de atuar de forma temerária ou de má-fé.
IV – Errado. Segundo o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

249. (VUNESP. 2011JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RJ) Sobre as inelegibilidades, as-


sinale a alternativa correta.
a. A inelegibilidade de Prefeito que concorre à cadeira no Poder Legislativo sem renun-
ciar ao cargo 6 (seis) meses antes do pleito deverá ser arguida na fase de registro da
candidatura, sob pena de preclusão.
b. Vice-Prefeito que não tenha substituído o titular em ambos os mandatos pode se
candidatar ao cargo de Prefeito, sendo-lhe facultada, ainda, a reeleição ao cargo de
Chefe do Poder Executivo por um único período.
c. Na hipótese de rejeição de contas relativas ao exercício de cargos e funções públi-
cas, a Justiça Eleitoral só poderá decidir pela não incidência de causa de inelegibili-
dade mediante prévia desconstituição da decisão de rejeição das contas, obtida na
Justiça Comum.
d. Independentemente de eventual decisão desconstitutiva do Poder Judiciário, a demis-
são do serviço público, imposta em processo administrativo, não constitui causa de
inelegibilidade.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Consulta. Possibilidade. Vice-Prefeito reeleito. Candidatura. Prefeito. Eleições subse-


quentes. O vice-prefeito reeleito que tenha substituído o titular em ambos os mandatos
poderá se candidatar ao cargo de prefeito na eleição subsequente, desde que as subs-
tituições não tenham ocorrido nos 6 (seis) meses anteriores ao pleito (TSE – Res. no
22.815 – DJ 24-6-2008, p. 20).

Por esse entendimento, a alternativa correta é a letra “b”


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O chefe do Poder Executivo, para concorrer às eleições para outros cargos, pre-
cisa de desincompatibilizar, conforme prescrição contida no art. 14, § 6º, da Constituição
Federal, sob pena de serem considerados inelegíveis em razão da incompatibilidade. Essa
inelegibilidade constitucional deve ser arguida no registro de candidatura, mas, se não for
suscitada, não preclui. Poderá ser arguida em momento posterior, após a diplomação, por
meio da propositura do recurso contra a expedição de diploma.
c. Errado. Ainda que haja a rejeição de contas em razão do exercício de cargo ou função
pública, cabe à Justiça Eleitoral analisar se a razão da desaprovação configura uma irregu-
laridade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa.
d. Errado. Conforme o art. 1º, I, o, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis, para
qualquer cargo, os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo
administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato
houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário.

250. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014)


São absolutamente inelegíveis os indivíduos que tenham menos de dezesseis anos de
idade, os estrangeiros, os privados temporariamente dos seus direitos políticos e todos
aqueles que não puderem se alistar como eleitores.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, são inelegíveis, para qualquer cargo,
os inalistáveis. Consideradas as disposições constitucionais, pode-se afirmar que não po-
dem se alistar: os estrangeiros; os conscritos, durante o período do serviço militar obriga-
tório; quem incidir em uma das hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos; e,
os menores de dezesseis anos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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251. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-BA/2012) Considerando as


normas legais brasileiras concernentes à possibilidade de reeleição ao cargo de prefei-
to municipal, assinale a opção correta.
a. O TSE admite a reeleição em cada município, em respeito ao princípio da soberania
popular, sem restrições de mandatos.
b. Considere que Jonas, que cumpre o segundo mandato de prefeito municipal, pre-
tenda candidatar-se a prefeito da cidade vizinha. Nessa situação, a candidatura é
permitida pelo TSE, pelo fato de se tratar de circunscrição diversa.
c. O prefeito de uma cidade no exercício do primeiro mandato pode candidatar-se à pre-
feitura de outra, desde que transfira o seu domicílio eleitoral em tempo hábil.
d. O impedimento legal a um terceiro mandato consecutivo restringe-se à circunscrição
na qual o prefeito exerce o seu mandato.
e. O TSE admite uma terceira candidatura na hipótese de o prefeito renunciar ao cargo
6 (seis) meses antes da data das eleições.

COMENTÁRIO
Com a finalidade de garantir a observância do princípio republicano, que exige a alternân-
cia de poder, o Supremo Tribunal Federal decidiu que, para a aplicação da proibição de
reeleição por mais de dois mandatos consecutivos, deve-se considerar o cargo e não a
circunscrição.
Assim, um cidadão eleito para o cargo de prefeito pode se reeleger uma única vez, ainda
que mude o seu domicílio eleitoral para circunscrição diversa.
Diante de tais considerações, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O chefe do Poder Executivo somente pode se reeleger para um único mandato
consecutivo, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
b, d, e) Errados. O cidadão ocupante do cargo de prefeito, se já em segundo mandato,
ainda que mude o seu domicílio eleitoral e se desincompatibilize no prazo de até 6 (seis)
meses antes da data das eleições, não pode mais concorrer para esse cargo eletivo.

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252. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO/CÂMA-


RA DOS DEPUTADOS/2014) São absolutamente inelegíveis os indivíduos que tenham
menos de dezesseis anos de idade, os estrangeiros, os privados temporariamente dos
seus direitos políticos e todos aqueles que não puderem se alistar como eleitores.

COMENTÁRIO
Não podem concorrer a cargos eletivos, por não serem/poderem ser titulares de direitos
políticos, os estrangeiros, os menores de 16 (dezesseis) anos, os conscritos, durante o
período do serviço militar obrigatório. Da mesma forma, não podem concorrer a cargos
públicos eletivos aqueles que estejam com seus direitos políticos suspensos ou perdidos.
Tais hipóteses de inelegibilidade são classificadas por inelegibilidade absoluta, pois quem
nelas incidir não podem concorrer a nenhum cargo público eletivo. Além disso, são chama-
das de inelegibilidades inatas, pois não se trata de uma causa impeditiva do exercício do
direito à elegibilidade, mas, sim, de ausência de elegibilidade.

253. (TJ/-SC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SC/2013) A respeito das seguintes propo-


sições, assinale a alternativa correta:

I – Candidato que possua documento público de escolaridade, mas que não atinja apro-
veitamento em teste de alfabetização, é inelegível.
II – A rejeição de contas de campanha implica em ausência de quitação eleitoral e conse-
quente falta de condição de elegibilidade
III – A condenação por crime culposo contra a vida em que haja conversão da pena restri-
tiva de liberdade em pena restritiva de direito implica em inelegibilidade
IV – O demitido do serviço público em processo administrativo é inelegível, independente-
mente da causa da demissão.

a. Somente as proposições I e II estão corretas.


b. Somente as proposições II e III estão corretas.
c. Somente as proposições II, III e IV estão corretas.
d. Somente as proposições III e IV estão corretas.
e. Todas as proposições estão corretas.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.

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Professor: Weslei Machado

Vamos à análise dos itens:


I – A alfabetização poderá ser comprovada por meio de declaração de escolaridade, de-
claração de próprio punho, firmada na presença de servidor da Justiça Eleitoral, teste de
alfabetização. Se não restar comprovada a alfabetização, o candidato será considerado
inelegível.
II – Somente a não prestação de contas de campanha eleitoral tem o efeito de impedir
a emissão de certidão de quitação eleitoral. Com efeito, a desaprovação das contas não
afeta o quitação eleitoral.
III – A inelegibilidade decorrente da vida pregressa não se aplica aos condenados por
crimes culposos, aos crimes definidos como de menor potencial ofensivo, bem como aos
crimes sujeitos à ação penal privada.
IV – São considerados inelegíveis para qualquer cargo aqueles que forem demitidos do
serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, conforme se vê no
art. 1º, I, o, da Lei Complementar n. 64/1990.

254. (UFPR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2013) Assinale a alternativa incorreta.


a. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos
e facultativo para os analfabetos, maiores de 70 (setenta) anos e para os maiores de
16 (dezesseis) anos e menores de 18 (dezoito) anos.
b. Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período de serviço
militar obrigatório, os conscritos.
c. São condições de elegibilidade na forma da lei a nacionalidade brasileira, o pleno
exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circuns-
crição, filiação partidária; idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
-Presidente da República, Senador; trinta anos para Governador e Vice-Governador
dos Estados e do Distrito Federal; vinte e 1 (um) anos para Deputado Federal, Depu-
tado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz; 18 (dezoito) anos
para vereador.
d. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

COMENTÁRIO
O grau de parentesco apto a atrair a incidência da inelegibilidade reflexa, inscrita no art.
14, § 7º, da Constituição Federal, é de segundo grau. A esse respeito, veja o teor da norma
constitucional:

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Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da Repúbli-
ca, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de
mandato eletivo e candidato à reeleição.

Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “d”.


As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nos termos do art. 14, § 1º, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e
o voto são:

I – obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos;


II – facultativos para:
i) os analfabetos;
ii) os maiores de setenta anos;
iii) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

b. Errado. Segundo o art. 14, § 2º, da Constituição Federal, são inalistáveis: os estrangei-
ros; e os conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
c. Errado. Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibili-
dade, na forma da lei:

I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b. trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para Vereador.

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255. (VUNESP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RJ/2019) No que se refere à inelegibili-


dade relativa por motivo funcional, é correto afirmar que:
a. para concorrem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até 6 (seis) meses antes da diplomação.
b. para concorrem aos mesmos cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem licenciar-se aos respectivos man-
datos até 4 (quatro) meses antes do pleito.
c. para concorrem aos mesmos cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até 1 (um) mês antes da diplomação.
d. para concorrem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até a data da diplomação.
e. para concorrem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos manda-
tos até 6 (seis) meses antes do pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, com a finalidade de evitar o abuso
de poder político e para garantir a igualdade de oportunidades entre os candidatos, para
concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis)
meses antes do pleito.
Atente-se, por oportuno, que, para concorrer à reeleição (mesmo cargo), não é exigível a
desincompatibilização.

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256. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2012) Patrício,


brasileiro, casado, aos 34 anos, vice-governador de um estado da federação brasileira,
nunca tendo assumido o cargo de chefe do executivo estadual, pretende uma candida-
tura à Presidência da República, antes de terminar seu atual mandato. Contagiada pelo
espírito político do marido, Amália decide também concorrer a um cargo político, qual
seja, de vereadora na capital do mesmo estado em que seu marido é o vice-governador.
Preocupados com as implicações legais de uma possível decisão precipitada, o casal
procura o assessor jurídico do partido, para dirimir algumas dúvidas sobre procedimen-
to e possíveis vedações. Acerca das dúvidas sobre a possibilidade da candidatura:
a. para que Amália possa concorrer ao cargo pretendido, Patrício deve renunciar ao res-
pectivo mandato até 6 (seis) meses antes do pleito.
b. mesmo sendo cônjuge de Patrício, Amália será considerada elegível independente do
afastamento de Patrício.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, dispõe que o cônjuge, bem como os
parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção dos chefes do Poder
Executivo são inelegíveis no território em que o titular paradigma exerce o seu mandato.
Destaque-se que não há que se falar em inelegibilidade reflexa ou decorrente do parentes-
co se o vínculo parental for com o vice, desde que ele não substitua o titular dentro dos 6
(seis) meses antes da data das eleições.
Desse modo, Amália, parente de vice-governador, que não substituiu o titular durante os 6
(seis) meses antes da data das eleições, pode concorrer ao cargo de vereador na capital
do estado em que seu esposo exerce o mandato, não havendo que se falar em restrição
de sua elegibilidade.

257. (UFMT. 2014PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MT) Quanto às inelegibili-


dades no sistema eleitoral brasileiro, analise as assertivas a seguir, considerando que
atinjam cidadãos que não sejam detentores de mandato eletivo ainda.

I – É caso de inelegibilidade reflexa absoluta a que impede candidatura de cônjuges e


parentes consanguíneos até o segundo grau ou por adoção na jurisdição do titular de
chefia do Executivo que não renunciarem em até 6 (seis) meses antes da eleição.
II – É caso de inelegibilidade reflexa relativa a que impede candidatura de cônjuges e
parentes consanguíneos até o segundo grau ou por adoção na jurisdição do titular de
chefia do Executivo que não renunciarem em até 6 (seis) meses antes da eleição.

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III – A inelegibilidade que impede a candidatura de cônjuges na jurisdição do titular de


chefia do Executivo que não renunciarem em até 6 (seis) meses antes da eleição
atinge também as uniões estáveis hetero ou homoafetivas.
IV – A inelegibilidade que impede a candidatura de cônjuges e parentes consanguíneos
até o segundo grau ou por adoção na jurisdição do titular de chefia do Executivo não
se aplica à sucessão dos titulares após o segundo mandato, desde que renunciem 6
(seis) meses antes da eleição.

Estão corretas as assertivas:


a. I e IV, apenas.
b. I, II, III e IV.
c. II e III, apenas.
d. I e II, apenas.
e. II, III e IV, apenas.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A inelegibilidade reflexa é uma hipótese de inelegibilidade relativa, pois os pa-
rentes do chefe do Poder Executivo apenas são inelegíveis no território em que o titular
paradigma exercem o seu mandato. Em circunscrição diversa, não há que se falar em
inelegibilidade.
II – Certo. A inelegibilidade reflexa é uma hipótese de inelegibilidade relativa e, em caso de
desincompatibilização do chefe do Poder Executivo no prazo de até 6 (seis) meses antes
da data das eleições, restará afastado o impedimento para que os seus parentes partici-
pem das eleições, inclusive, na circunscrição em que exerciam o mandato. Assim, esse
item está certo.
III – Certo. A inelegibilidade reflexa alcança o parentesco decorrente do vínculo conju-
gal (cônjuges), mas também aqueles oriundos de uniões estáveis (heteroafetivas e ho-
moafetivas).
IV – Errado. A inelegibilidade reflexa se aplica aos parentes do Presidente, Governador e
Prefeito, bem como aos parentes dos substitutos que, nos 6 (seis) meses antes da data
das eleições, exerçam a chefia do Poder Executivo.

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258. (MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE-BA/2015) Acerca das condi-


ções de elegibilidade, marque a alternativa CORRETA:
a. Nem todo inalistável é inelegível, mas todo inelegível é inalistável.
b. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta
a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal (artigo 14. A
soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (…). § 7º São inelegíveis,
no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído
dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição).
c. A prática de ato de improbidade administrativa é causa de perda dos direitos políticos.
d. Todos os que tiverem feito alistamento eleitoral serão elegíveis.
e. A condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, gera a
perda dos direitos políticos.

COMENTÁRIO
Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, contido na Súmula Vinculante n.
18, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os inalistáveis são inelegíveis.
Por sua vez, nem todo inelegível é inalistável.
c. Errado. Nos termos do art. 15, V, da Constituição Federal, a condenação transitada em
julgado pela prática de ato de improbidade administrativa, se houver expressa disposição
na sentença condenatória, acarreta a suspensão dos direitos políticos.
d. Errado. O alistamento eleitoral constitui um dos requisitos para o exercício do direito
à elegibilidade, mas não basta ser alistado para concorrer a cargos eletivos. Com efeito,
além do alistamento eleitoral, há outros requisitos de elegibilidade inscritos no art. 14, § 3º,
da Constituição Federal.
e. Errado. Segundo o art. 15, III, da Constituição Federal, a condenação criminal transitada
em julgado, enquanto durarem os seus efeitos, gera a suspensão dos direitos políticos.

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259. (IESES/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MA/2015) Jorge Silva é pre-


feito, pelo partido da Vida, do município de Esplendor Dourado e seu filho Marcos Silva
é presidente do partido da Ação, principal partido de oposição no município, sem exer-
cer mandato eletivo. Na próxima eleição municipal Jorge Silva se candidata a reeleição
ao cargo de prefeito e Marcos Silva concorre a prefeito como candidato de oposição.
Com relação ao tratamento das inelegibilidades é correto afirmar:
a. Marcos Silva poderá concorrer ao cargo de prefeito em razão de ser líder de partido
de oposição e não se beneficiar do fato de Jorge Silva, seu pai, ser o prefeito, inexis-
tindo assim inelegibilidade reflexa.
b. Marcos não poderá concorrer ao cargo de prefeito em razão de ser ocupante de pre-
sidência de partido no mesmo território em que Jorge Silva, seu pai, exercer a função
de prefeito, sendo neste caso inelegível por ocupar a presidência do partido da Ação.
c. Marcos Silva é inelegível para concorrer ao cargo de prefeito do município de Esplen-
dor Dourado em razão de Jorge Silva, seu pai, ser ocupante do cargo de prefeito
neste município, ocorrendo incidência da inelegibilidade reflexa.
d. Marcos Silva poderá concorrer em razão de Jorge Silva, seu pai, já ser titular de man-
dato eletivo e estar concorrendo a reeleição, sendo este um caso de inaplicabilidade
da inelegibilidade reflexa.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território de juris-
dição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Assim, Marcos Silva, filho do Prefeito do Município Esplendor Dourado, ainda que seja de
partido de oposição, não pode concorrer a cargos eletivos na circunscrição em que seu pai
exerce o mandato eletivo em razão da inelegibilidade reflexa.

260. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO. CÂMA-


RA DOS DEPUTADOS/2014) Os analfabetos são absolutamente inelegíveis, sendo
possível o reconhecimento do analfabetismo mesmo depois de o candidato ter sido
eleito e diplomado.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegíveis.
Desse modo, se um cidadão analfabeto requerer o registro de sua candidatura, poderá
contra ele ser proposta a ação de impugnação ao registro de candidatura para o indeferi-
mento de seu registro de candidatura ou o juiz poderá fazê-lo de ofício.
Entretanto, por se tratar de inelegibilidade constitucional, a não arguição do analfabetismo
na fase do registro de candidatura não tem como efeito a preclusão da matéria, podendo o
analfabetismo ser arguido na fase da propositura do recurso contra a expedição de diplo-
ma, nos termos do art. 262 do Código Eleitoral. Essa ação eleitoral pode ser proposta após
a diplomação dos eleitos, no prazo decadencial de 3 (três) dias.

261. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-PI/2016)


Acerca de inelegibilidade, assinale a opção correta.
a. Ausente qualquer causa de inelegibilidade, o governador de estado não está obri-
gado à desincompatibilização, pela renúncia ao cargo, para concorrer à vaga de pre-
sidente da República.
b. A rejeição, por irregularidade insanável, das contas prestadas por quem exerceu
função pública acarreta a inelegibilidade para as eleições que se realizarem nos três
anos subsequentes à decisão proferida pelo tribunal de contas competente.
c. A inelegibilidade consiste na ausência de capacidade eleitoral passiva, e sua finali-
dade é proteger a normalidade e a legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adminis-
tração pública.
d. Os casos de inelegibilidade previstos na CF, não tendo eficácia plena e aplicabilidade
imediata, foram regulamentados por lei complementar.
e. Lei complementar pode estabelecer hipóteses de inelegibilidade absoluta, ampliando
o rol originalmente previsto no texto constitucional.

COMENTÁRIO
A inelegibilidade constitui uma situação impeditiva para o exercício do direito à elegibilida-
de. Sua instituição, conforme se vê no art. 14, § 9º, da Constituição Federal, dá-se com a
finalidade de proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, a moralidade para o
exercício de mandato eletivo considerada a vida pregressa e a probidade administrativa.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal e os Pre-
feitos para concorrerem a outros cargos eletivos, segundo o art. 14, § 6º, da Constituição Fede-
ral, devem se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.

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b. Errado. Nos termos do art. 1º, I, g, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis para
qualquer cargo os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito)
anos seguintes, contados a partir da data da decisão.
d. Errado. As inelegibilidades constitucionais, inscritas no art. 14, §§ 4º e 5º, da Constitui-
ção, são normas constitucionais de eficácia plena, ou seja, possuem eficácia imediata e
impedem aqueles que incidirem nessas situações de concorrerem a cargos eletivos, inde-
pendentemente da edição de norma infraconstitucional.
e. Errado. Doutrinariamente, afirma-se que norma infraconstitucional não pode criar inele-
gibilidades absolutas, mas somente a própria Constituição Federal.

262. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LEGISLATIVO/CÂMA-


RA DOS DEPUTADOS/2014) É inelegível o servidor público militar da Força Aérea Bra-
sileira reformado por idade ou por incapacidade física.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 8º, da Constituição Federal, os militares alistáveis são elegíveis,
independentemente da instituição militar a que pertença, da patente ou de sua situação. A
seu turno, o único militar inelegível é o conscrito durante o período do serviço militar obri-
gatório, pois é considerado inalistável, conforme o art. 14, § 2º, da Constituição Federal.

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263. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2012/


ADAPTADO) José Maria, nascido em dezembro de 1992, filho do Prefeito de Rio Novo,
eleito para a gestão 2009/2012, possui domicílio eleitoral na cidade circunvizinha de Rio
Doce e pretende se candidatar a um cargo eletivo nas próximas eleições municipais de
2012. Em janeiro de 2011, José Maria contraiu núpcias com Maria Rita, vereadora do
município de Rio Bonito. Em fevereiro de 2011, a vereadora Maria Rita foi eleita Pre-
sidente da Câmara de seu município e, em julho de 2011, separou-se de fato de José
Maria. No mês seguinte, José Maria finalizou o curso técnico em Topografia e constituiu
união estável com Adriana Cláudia, servidora pública efetiva do município de Rio Novo.
Em janeiro de 2012, o prefeito de Rio Novo veio a falecer. Permanecendo a situação
acima descrita com todos os vínculos dos envolvidos acima mantidos (civil, funcional
e eleitoral), e tendo todos os três municípios menos de 10.000 habitantes, conforme
último censo divulgado, responda às questões de número 48 a 50, de acordo com a
legislação pertinente.

A condição de ter se casado com Maria Rita e de ser filho do Prefeito de Rio Novo, re-
centemente falecido, impede José Maria de ser candidato a cargo eletivo no Legislativo
do Município de Rio Doce.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, na circunscrição em
que o titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Fe-
deral, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Atente-se para o fato de que a inelegibilidade reflexa somente alcança os parentes do che-
fe do Poder Executivo no território em que ele exerça o mandato eletivo. Assim, parentes
do Prefeito ficam inelegíveis apenas no município em que o titular exerce o mandato; os
parentes do govenador, no Estado; os parentes do Presidente da República, no país inteiro.
Além disso, destaque-se que o parentesco com membros do Poder Legislativo não atrai
a incidência da inelegibilidade reflexa, salvo em caso de substituição do chefe do Poder
Executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições.
No caso, José Maria é parente do Prefeito do Município de Rio Novo. Logo, essa cir-
cunstância não o impede de participar das eleições no Município de Rio Doce, município
diverso. Também não o impede de participar das eleições o fato de ter mantido relação
convivencial com Maria Rita, vereadora e presidente da Câmara Municipal.

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264. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TSE/2012)


José Maria, nascido em dezembro de 1992, filho do Prefeito de Rio Novo, eleito para
a gestão 2009/2012, possui domicílio eleitoral na cidade circunvizinha de Rio Doce e
pretende se candidatar a um cargo eletivo nas próximas eleições municipais de 2012.
Em janeiro de 2011, José Maria contraiu núpcias com Maria Rita, vereadora do muni-
cípio de Rio Bonito. Em fevereiro de 2011, a vereadora Maria Rita foi eleita Presidente
da Câmara de seu município e, em julho de 2011, separou-se de fato de José Maria.
No mês seguinte, José Maria finalizou o curso técnico em Topografia e constituiu união
estável com Adriana Cláudia, servidora pública efetiva do município de Rio Novo. Em
janeiro de 2012, o prefeito de Rio Novo veio a falecer. Permanecendo a situação acima
descrita com todos os vínculos dos envolvidos acima mantidos (civil, funcional e elei-
toral), e tendo todos os três municípios menos de 10.000 habitantes, conforme último
censo divulgado, responda às questões de número 48 a 50, de acordo com a legislação
pertinente.

José Maria poderá candidatar-se a vereador na cidade de:


a. Rio Doce.
b. Rio Novo.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, na circunscrição em
que o titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Fe-
deral, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Atente-se para o fato de que a inelegibilidade reflexa somente alcança os parentes do che-
fe do Poder Executivo no território em que ele exerça o mandato eletivo. Assim, parentes
do Prefeito ficam inelegíveis apenas no município em que o titular exerce o mandato; os
parentes do govenador, no Estado; os parentes do Presidente da República, no país inteiro.
Além disso, destaque-se que o parentesco com membros do Poder Legislativo não atrai
a incidência da inelegibilidade reflexa, salvo em caso de substituição do chefe do Poder
Executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições.
No caso, José Maria é parente do Prefeito do Município de Rio Novo. Logo, essa circuns-
tância o impede de participar das eleições no Município de Rio Novo, mas não o torna
inelegível para concorrer a cargo eletivo no município de Rio Doce.

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265. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TSE/2012) Marco Túlio da


Silva, vice-prefeito da cidade de Campo das Flores, que até hoje sempre se manteve
nesta função, pretende se candidatar a vereador nas próximas eleições. Para garantir
plenas condições para participar do pleito, é correto afirmar que Marco Túlio da Silva:
a. deverá renunciar ao cargo até 6 (seis) meses antes da disputa eleitoral.
b. mesmo se tiver substituído o titular nos últimos 6 (seis) meses antes do pleito, poderá
se candidatar.
c. se não tiver substituído o titular nos últimos 6 (seis) meses antes do pleito, não neces-
sitará renunciar.
d. se não tiver substituído o titular nos últimos 6 (seis) meses antes do pleito, deverá se
licenciar 30 dias antes do pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por essa norma constitucional, verifica-se que o exercício do cargo de chefe do poder
executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições tem como consequência a
inelegibilidade decorrente da incompatibilidade.
Assim, se o vice não exerceu o cargo de chefe do Poder Executivo dentro dos 6 (seis) meses
antes da data das eleições, independentemente de renunciar ao seu cargo, não há impedi-
mento para que participe das eleições e concorra a cargos eletivos diversos do que ele ocupa.

266. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2017) Considere a


seguinte situação hipotética: Dráuzio está no seu primeiro mandato como Presidente
da República no Brasil. Sua esposa, Maria, deseja se candidatar ao mesmo cargo que
seu marido nas próximas eleições. Nesse caso, Maria:
a. poderá se candidatar ao cargo de Presidente da República apenas se Drauzio falecer,
renunciar ou se afastar temporariamente do seu cargo até 6 (seis) meses antes do pleito.
b. é inelegível, pois deseja se candidatar a cargo a ser exercido no mesmo território de
jurisdição que seu cônjuge e, portanto, não poderá se candidatar em nenhuma hipótese.
c. poderá se candidatar ao cargo de Presidente da República apenas se Drauzio fale-
cer, renunciar ou se afastar definitivamente do seu cargo até 6 (seis) meses antes
do pleito.
d. é inelegível por ser cônjuge do Presidente da República e, poderá se candidatar ao
mesmo cargo apenas se Drauzio falecer 6 (seis) meses antes do pleito.
e. poderá se candidatar ao cargo de Presidente da República apenas se Drauzio falecer,
renunciar ou se afastar definitivamente do seu cargo até três meses antes do pleito.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 5º, da Constituição Federal, o chefe do Poder Executivo e quem
o houver sucedido ou substituído no curso do mandato poderá concorrer à reeleição para
um único mandato consecutivo.
Ao interpretar esse dispositivo, no julgamento do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
do Recurso Extraordinário n. 344.882, Rel. Sepúlveda Pertence, definiu que, nas hipóteses
em que o titular do cargo de chefe do Poder Executivo for reelegível, os seus parentes po-
derão concorrer ao mesmo cargo eletivo por ele ocupado.
Por consequência, se o chefe do Poder Executivo já estiver no seu segundo mandato con-
secutivo, nem ele, nem ninguém do seu grupo familiar poderá concorrer à reeleição.
Nesse caso, para evitar a quebra da normalidade e da legitimidade das eleições, o chefe
do Poder Executivo deverá se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da
data das eleições para que os seus parentes não sejam considerados inelegíveis, confor-
me prescrição contida no art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
Assim, em razão de Dráuzio estar no seu primeiro mandato eletivo de Presidente da Repú-
blica, Maria, sua esposa, poderá concorrer à eleição para o cargo por ele indicado, desde
que este se afaste definitivamente de seu cargo no prazo de até 6 (seis) meses antes da
data das eleições.

267. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-PI//2016) Assi-


nale a opção correta de acordo com as normas relativas à elegibilidade.
a. A aferição das condições de elegibilidade deve ser realizada até a data da eleição.
b. O número do candidato, tanto quanto o seu nome, tem por fim identificá-lo, e será
sorteado a cada convenção partidária, mesmo no caso de candidato à reeleição.
c. Ser brasileiro nato constitui condição de elegibilidade para o cargo de governador
de estado.
d. Os analfabetos são inelegíveis em qualquer hipótese, apesar de serem alistáveis.
e. Exige-se que o candidato, no prazo mínimo de 1 (um) ano antes de sua inscrição para
o pleito, fixe sua residência na circunscrição em que pretende se candidatar.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto são
facultativos para os analfabetos, tendo essa classe de pessoas a possibilidade de exercício
da capacidade eleitoral ativa.
Entretanto, conforme o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegí-
veis e não podem concorrer a cargos públicos eletivos.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.

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As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:


a. Errado. Segundo o art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade e as
causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de
registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao
registro que afastem a inelegibilidade.
b. Errado. De acordo com o 15, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, os candidatos de coligações, nas
eleições majoritárias, serão registrados com o número de legenda do respectivo partido e,
nas eleições proporcionais, com o número de legenda do respectivo partido acrescido do
número que lhes couber, de acordo com as regras estabelecidas pelo estatuto partidário.
c. Errado. Exige-se a nacionalidade originária apenas para que o cidadão possa concorrer
aos cargos eletivos de presidente e vice-presidente da República. Para os demais cargos
eletivos, basta que o cidadão seja brasileiro nato ou naturalizado.
e. Errado. Conforme o art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses
e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

268. (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO/2014) O


Vice-Governador que não substituiu o Governador, nem o sucedeu nos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, para candidatar-se a Vice-Governador:
a. deverá afastar-se do cargo até 6 (seis) meses antes do pleito.
b. não estará sujeito ao prazo de desincompatibilização.
c. deverá afastar-se do cargo até cinco meses antes do pleito.
d. deverá afastar-se do cargo até quatro meses antes do pleito.
e. deverá afastar-se do cargo até três meses antes do pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por essa disposição constitucional, o exercício chefia do Poder Executivo, pelo titular do
cargo ou por seu substituto, dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições tem
como consequência a inelegibilidade do cidadão para concorrer a outros cargos eletivos.
Logo, o vice-governador que não substituiu o chefe do Poder Executivo dentro dos 6 (seis)
meses antes da data das eleições não precisa se desincompatibilizar do seu cargo eletivo
e não será considerado inelegível.

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269. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-GO/2015) Nos


termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o cidadão que exercer dois
mandatos consecutivos como prefeito de determinado município ficará inelegível para
cargo da mesma natureza em qualquer outro município da Federação.

COMENTÁRIO

ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.

Em razão da necessidade de alternância no poder, dada a adoção do princípio republicano


pela ordem constitucional brasileira, o chefe do poder executivo somente pode ser reeleito
para um único mandato consecutivo. Ao fim do segundo mandato consecutivo, o chefe
do Poder Executivo não pode concorrer, no mandato imediatamente subsequente, para o
cargo por ele ocupado, ainda que em circunscrição diversa. Trata-se da proibição do fenô-
meno conhecido como prefeito itinerante ou profissão prefeito.
Com essa conclusão, veja o seguinte trecho da ementa de um acórdão proferido pelo Tri-
bunal Superior Eleitoral:

O STF, sob o regime da repercussão geral, firmou o entendimento de que o art. 14, § 5º,
da Constituição deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda reelei-
ção torna inelegível para o cargo de chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu
dois mandatos consecutivos em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da fede-
ração diverso (RE n. 637485, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. em 01.08.2012). Conforme o
entendimento da Corte, tal interpretação seria necessária, à luz do princípio republicano,
para impedir a perpetuação de uma mesma pessoa no poder, criando a figura do “prefei-
to itinerante. (RESPE n. 192-57.2016, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe de 12.8.2019)

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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270. (CESPE-CEBRASPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) Augus-


to é o atual governador do Paraná pelo Partido Branco (PB), exercendo seu primeiro
mandato, e pretende concorrer a reeleição, sendo que ele não se desvinculará de seu
cargo eletivo até o fim do mandato. No mesmo pleito, Bartolomeu, irmão de sua esposa,
pretende candidatar-se a seu primeiro mandato como vereador do município de Para-
naguá–PR, pelo Partido Vermelho (PV).

Com base na situação hipotética descrita, julgue os itens a seguir.


Se Augusto vier a ser reeleito e o PV obtiver fortes indícios de que, na data do pleito
em que concorria à reeleição, Augusto utilizou veículos de propriedade do estado para
proporcionar transporte a seus eleitores e cabos eleitorais, então será cabível que o
PV ingresse, antes da diplomação de Augusto, com representação ao TRE–PR, solici-
tando abertura de investigação judicial eleitoral, representação que poderá resultar na
decretação da inelegibilidade de Augusto, tanto na referida eleição como nas eleições
realizadas nos três anos subsequentes à data da realização desse pleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 64/1990, qualquer partido político, coliga-
ção, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, dire-
tamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou
abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos
ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
A título exemplificativo, se o candidato, na campanha eleitoral, disponibilizar transporte gra-
tuito de eleitores em ano eleitoral, cometerá o ilícito abuso de poder econômico, em razão
da gravidade da conduta e do impacto negativo na formação da vontade do eleitorado.
Nessa situação, pode-se afirmar que os legitimados poderão propor a ação de investiga-
ção judicial eleitoral para apurar o abuso de poder econômico, conforme se vê no art. 22
da Lei Complementar n. 64/1990. Nesse caso, se houver a procedência do pedido, o ór-
gão judicial eleitoral competente declarará a inelegibilidade do representado e de quantos
hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para
as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou,
além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela inter-
ferência do poder econômico.

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271. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO/TRE-RJ/2012)


Os analfabetos, mesmo aqueles que se tenham alistado, são inelegíveis para qual-
quer cargo.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos podem titularizar a
capacidade eleitoral ativa, mas não podem exercer a capacidade eleitoral passiva. Com
efeito, os analfabetos são inelegíveis para qualquer cargo, sendo, portanto, essa uma hi-
pótese de inelegibilidade absoluta.

272. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/PGR/2012) Assinale a alternativa correta.


a. ao contrário do Presidente da República dos Governadores de Estado e do Distrito
Federal e dos Prefeitos, que para concorrerem a outros cargos devem renunciar aos
respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito, o Vice- Presidente, o Vice-
-Governador e o Vice-Prefeito poderão se candidatar a outros cargos, preservando
seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao
pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular;
b. o sobrinho do prefeito é inelegível para o cargo de vereador no mesmo município,
salvo se for candidato à reeleição ou se o prefeito se afastar definitivamente do seu
cargo até 6 (seis) meses antes da eleição;
c. aos originários de países de língua portuguesa com residência permanente no pais,
se houver reciprocidade em favor dos brasileiros no respectivo pais de origem, podem
ser atribuído pela lei, independentemente de naturalização, os direitos inerentes ao
brasileiro, inclusive o gozo dos direitos políticos, respeitados os cargos reservados
pela Constituição aos brasileiros natos;
d. será declarada a perda da nacionalidade, e a consequente perda dos direitos polí-
ticos, do brasileiro que adquirir outra nacionalidade em face de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por sua vez, o art. 1º, § 2º, da Lei Complementar n. 64/1990, o vice-presidente, o vice-go-
vernador e o vice-prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus
mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não
tenham sucedido ou substituído o titular.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:


b. Errado. O grau de parentesco entre tio e sobrinho é de terceiro grau, motivo pelo qual
o sobrinho do prefeito não é inelegível na circunscrição em que seu tio exerce o cargo
eletivo. Isso porque a inelegibilidade reflexa somente alcança os parentes consanguíneos
ou afins até o segundo grau ou por adoção, conforme se vê no art. 14, § 7º, da Constitui-
ção Federal.
c. Errado. Admite-se a atribuição da cidadania brasileira aos portugueses, desde que te-
nham residência permanente no país e haja reciprocidade, nos termos do art. 12, § 1º, da
Constituição Federal. Por sua vez, as pessoas originárias dos demais países de língua
portuguesa, se não adquirirem a nacionalidade derivada, são estrangeiros e, por conse-
quência, não podem titularizar direitos políticos no Brasil, de acordo com o art. 14, § 2º, da
Constituição Federal.
d. Errado. Em caso de atribuição da nacionalidade estrangeira por disposição legal, não há
perda da nacionalidade brasileira. Na verdade, nos termos do art. 12, § 4º, II, da Constitui-
ção Federal, haverá a perda da nacionalidade do brasileiro que, de forma voluntária, adqui-
rir a nacionalidade estrangeira. Em caso de perda da nacionalidade brasileira, como conse-
quência, há a perda dos direitos políticos, nos termos do art. 15, I da Constituição Federal.

273. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/PGR/2011) Com base nas disposições constitu-


cionais sobre eleições, nacionalidade e direitos políticos, assinale a alternativa correta.
a. a lei que alterar o processo eleitoral publicada no dia 10 (dez) de dezembro somente
entrará em vigor no primeiro dia do ano seguinte ao de sua publicação, podendo ser
aplicada à eleição que ocorrer em outubro deste mesmo ano.
b. o Presidente e o Vice-Presidente da República são eleitos segundo o sistema majori-
tário (princípio majoritário), enquanto os membros do Congresso Nacional são eleitos
pelo sistema proporcional.
c. a lei complementar que dispuser sobre casos de inelegibilidade não poderá esta-
belecer distinções entre brasileiros natos e naturalizados além das previstas na
Constituição.
d. a eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito se dará pelo sistema majoritário (princípio
majoritário), e nos municípios com mais de duzentos mil habitantes ficará sujeita a
dois turnos de votação entre os dois candidatos mais votados, se no primeiro turno
nenhum dos candidatos alcançar maioria absoluta de votos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 9º, da Constituição Federal, lei complementar estabelecerá outros
casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade admi-
nistrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do can-

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didato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico


ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
Essa lei instituidora de novas hipóteses de inelegibilidade, por consequência da prescrição
contida no art. 12, § 2º, da Constituição Federal, não pode estabelecer distinção entre bra-
sileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos pela própria Constituição Federal.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 16 da Constituição Federal, a lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1
(um) ano da data de sua vigência.
b. Errado. Nos termos do art. 46 da Constituição Federal, os Senadores da República,
membros do Congresso Nacional, são eleitos pelas regras do sistema eleitoral majoritário.
d. Errado. Nos termos do art. 29, II, da Constituição Federal, as eleições para os cargos de
prefeito e de vice-prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores são regidas
pelas disposições do sistema eleitoral majoritário de dois turnos, também conhecido como
sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta.

274. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/PGR/2008) As inelegibilidades:


a. são restrições a direitos políticos que somente podem ser estabelecidas no próprio
texto da Constituição ou no Código Eleitoral;
b. podem ser constitucionais ou infraconstitucionais, sendo que estas são previstas em
lei complementar para proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exer-
cício do mandato e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na adminis-
tração direta ou indireta;
c. implicam restrições à capacidade eleitoral ativa e passiva, impedindo, como restri-
ções dos direitos políticos, o direito de votar e de ser votado;
d. devem ser interpretadas de forma extensiva e analógica visando a restringir direitos
políticos ativos e passivos de participação no processo eleitoral, inclusive o alista-
mento e o voto.

COMENTÁRIO
As inelegibilidades, hipóteses impeditivas para o exercício do direito à elegibilidade, estão
previstas no art. 14, §§ 4º a 7º, da Constituição Federal.
Além dessas inelegibilidades constitucionais, admite-se a instituição das inelegibilidades
infraconstitucionais por meio de lei complementar, a fim de proteger a probidade adminis-
trativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candi-
dato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico

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ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta,


conforme se vê no art. 14, § 9º, da Constituição Federal.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não é exigível que as hipóteses de inelegibilidade estejam previstas no Código
Eleitoral, mas, sim, em lei complementar.
c. Errado. As inelegibilidades constituem hipóteses de restrição da capacidade eleito-
ral passiva.
d. Errado. Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

A jurisprudência do Tribunal é pacífica no sentido de que as restrições que geram as


inelegibilidades são de legalidade estrita, vedada a interpretação extensiva (Processo n.
4248-39.2008.6.25.0029, Rel. Min. Arnaldo Versiani, DJe de 4.9.2012).

275. (MP-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-MG/2009) As inelegibilidades


em matéria eleitoral são disciplinamentos, regras restritivas que vão implicar condições
obstativas ou excludentes da participação passiva na atividade de sufrágio, reconheci-
dos privados de concorrer a cargos eletivos. Dentre essas, é incorreto afirmar:
a. O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Pre-
feitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subsequente.
b. Inata é a inelegibilidade resultante do ordenamento jurídico, que apanha o nacional
em situação para as quais não tenha contribuído com um comportamento antijurídico.
Não se trata de sanção, mas meio de equilíbrio da disputa eleitoral. Tal impedimento
alcança os parentes do Chefe do Poder Executivo, até 3º grau.
c. Cominada é a inelegibilidade sanção. Quem comete um crime de tráfico de entor-
pecentes e tem contra si sentença condenatória transitada em julgado não pode se
candidatar.
d. Os conscritos não podem sequer se alistarem.
e. Na inelegibilidade cominada potencial há projeção de inelegibilidade por algum tempo
no futuro, caso em que o impedimento alcançará outras eleições, além daquela em
que o ilícito foi cometido.

COMENTÁRIO
Quanto à origem, a inelegibilidade pode ser classificada em inata ou cominada:
a. Inelegibilidade inata ou originária – é aquela que decorre do status ocupado pelo cida-
dão, independentemente de qualquer conduta, lícita ou ilícita, de sua parte ou de terceiros
em seu proveito. Como exemplo característico temos a inelegibilidade do analfabeto.

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b. inelegibilidade cominada ou inelegibilidade sanção – é aquela que decorre da prática


de ilícitos e é decretada na própria decisão condenatória. É o que ocorre no caso de pro-
cedência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral, prevista no art. 22 da LC n. 64/1990.
Dentre as hipóteses de inelegibilidade inata, tem-se a inelegibilidade reflexa, inscrita no
art. 14, § 7º, da Constituição Federal, segundo a qual, na circunscrição em que o chefe do
poder executivo e quem o substituir nos 6 (seis) meses antes da data das eleições, o seu
cônjuge/companheiro(a) e os seus parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau
ou por adoção.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Nos termos do art. 14, § 5º, da Constituição Federal, o presidente da República,
os governadores de estado e do Distrito Federal, os prefeitos e quem os houver sucedi-
do ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente.
c. Certo. Dentre os exemplos de inelegibilidade cominada, tem-se a inelegibilidade decor-
rente da vida pregressa, a qual incide, por exemplo, em caso de condenação criminal tran-
sitada em julgado ou proferida por órgão colegiado pela prática de crime de tráfico lícito de
entorpecentes, conforme se vê no art. 1º, I, e, da Lei Complementar n. 64/1990.
d. Certo. Os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, são inalistáveis e
inelegíveis.
e. Certo. A inelegibilidade cominada potencial faz com que o cidadão fique inelegível por
período posterior aquele em que o ilícito eleitoral gerador do impedimento eleitoral para
participar das eleições foi praticado.

Direitos Políticos – Princípio da Anterioridade Eleitoral

276. (CESPE-CEBRASPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) Julgue


os itens subsequentes.
Uma lei que altere o processo eleitoral entra em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando, no entanto, à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.

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277. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Car-


los, advogado eleitoral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições
desse ano, aplicou a lei eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor
do candidato a governador que representava junto à justiça eleitoral.

Acerca da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.


Há dispositivo na CF de 1988 que, excepcionalmente, permitiria a aplicação da lei elei-
toral X nos termos da apreciação feita por Carlos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, a lei eleitoral X, que diz respeito às eleições (tanto que o advogado queria aplicá-la
em favor do candidato que representava perante a Justiça Eleitoral), não pode ser aplicada
às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data das eleições.

278. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS//2003) Car-


los, advogado eleitoral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições
desse ano, aplicou a lei eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor
do candidato a governador que representava junto à justiça eleitoral.
Acerca da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.
A lei eleitoral X não poderia ser aplicada na eleição de 2002, mas, estando ainda em
vigor, poderá ser aplicada na eleição subsequente.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, a lei eleitoral X, que diz respeito às eleições (tanto que o advogado queria aplicá-la
em favor do candidato que representava perante a Justiça Eleitoral), não pode ser aplica-
da às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data das eleições. Ou seja, não pode ser
aplicada às eleições de 2002, mas somente às eleições que ocorram após 1 (um) ano da
data de sua vigência.

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279. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS//2003) Car-


los, advogado eleitoral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições
desse ano, aplicou a lei eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor
do candidato a governador que representava junto à justiça eleitoral.

Acerca da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.


No âmbito da legislação eleitoral, vigora o preceito da Lei de Introdução ao Código Civil
de que as normas eleitorais têm aplicação imediata.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, nem todas as leis eleitorais sofrem a incidência das disposições legais sobre vigên-
cia e aplicabilidade das leis previstas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

280. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2013) Sobre o alcance do


princípio constitucional da anterioridade eleitoral, julgue, com base na jurisprudência
dominante do Supremo Tribunal Federal, as assertivas seguintes:

I – O princípio da anterioridade eleitoral, previsto no art. 16 da Constituição da Repú-


blica, é direito fundamental e cláusula pétrea, que também abrange, na sua extensão,
as emendas constitucionais.
II – Leis complementares veiculadoras de novas hipóteses de inelegibilidade não se sub-
metem ao princípio da anterioridade eleitoral, notadamente quando vocacionada a
restrição à capacidade eleitoral passiva, nelas traduzida, à proteção da moralidade
para o exercício de mandato,
III – Na interpretação do texto do art. 16 da Constituição da República, a locução “pro-
cesso eleitoral” aponta para a realidade que se pretende proteger, pelo princípio da
anterioridade eleitoral, de deformações oriundas de modificações que, casuistica-
mente introduzidas pelo Parlamento, culminem por romper a necessária igualdade de
chances dos protagonistas – partidos políticos e candidatos – no pleito iminente.
IV – O princípio da anterioridade eleitoral condiciona a vigência da lei eleitoral a que não
haja eleição a menos de 1 (um) ano de sua publicação.

a. As assertivas I e II estão corretas.


b. As assertivas I e III estão corretas.
c. As assertivas III e IV estão corretas.
d. As assertivas II e IV estão corretas.

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COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. O princípio da anterioridade eleitoral constitui um direito individual do cidadão,
dos candidatos e dos partidos políticos, resguarda a segurança jurídica e impede mudan-
ças casuísticas a menos de 1 (um) ano antes da data das eleições. Por se tratar de um
direito individual, o princípio da anterioridade eleitoral é uma cláusula pétrea e não pode
ser abolido.
II – Errado. As leis sobre inelegibilidades modificam o processo eleitoral e, de acordo com
o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 633.703,
se sujeitam ao princípio da anterioridade eleitoral.
III – Certo. De acordo com o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADI n. 3345:

A norma consubstanciada no art. 16 da Constituição da República, que consagra o pos-


tulado da anterioridade eleitoral (cujo precípuo destinatário é o Poder Legislativo), vincu-
la-se, em seu sentido teleológico, à finalidade ético-jurídica de obstar a deformação do
processo eleitoral mediante modificações que, casuisticamente introduzidas pelo Parla-
mento, culminem por romper a necessária igualdade de participação dos que nele atuam
como protagonistas relevantes (partidos políticos e candidatos), vulnerando-lhes, com
inovações abruptamente estabelecidas, a garantia básica de igual competitividade que
deve sempre prevalecer nas disputas eleitorais.

IV – Errado. Somente as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral. Destaque-se,


ainda, que as leis eleitorais sobre processo eleitoral não possuem a vigência impactada
pelo princípio da anterioridade eleitoral, entrando em vigor imediatamente, apenas não se
aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data de sua vigência.

281. (TJ-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2012) No que consiste o princípio da


anualidade eleitoral?
a. As leis eleitorais têm validade de apenas 01 (hum) ano a partir de sua publicação,
razão pela qual existem as Resoluções do TSE a cada eleição.
b. As leis eleitorais valem apenas para o ano da eleição para a qual foram editadas e
publicadas e são complementadas pelas Resoluções do TSE.
c. As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral somente entram em vigor 01 (hum)
ano depois da eleição para a qual foi publicada.
d. As leis eleitorais que alteram o processo eleitoral entram em vigor na data de sua
publicação e não se aplicam à eleição que ocorra até 01 (hum) ano da data de
sua vigência.

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COMENTÁRIO
O princípio da Anterioridade Eleitoral tem previsão no art. 16 da CF/1988.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.

Esse princípio constitucional, cujo nascedouro repousa no princípio da segurança jurídica,


busca garantir a estabilidade das normas que disciplinam o processo eleitoral, estabele-
cendo que as leis que entrarem em vigor no período de até 1 (um) ano antes do pleito não
sejam nele aplicadas.
Acerca do propósito legislativo, o STF assentou que:

(...) nele a preocupação é especialmente de evitar que se mudem as regras do jogo que
já começou, como era frequente, com os sucessivos “casuísmos”, no regime autoritário”.
(ADI n. 2.628, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 5.3.2004).

282. (TJ/SP. 2014JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SP) Sobre a legislação eleitoral, assi-


nale a opção correta.
a. A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um)
ano da data de sua vigência.
b. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra no exercício seguinte à sua publicação.
c. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
d. A lei ou Resolução do TSE que alterar ou regulamentar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra no exer-
cício seguinte à sua publicação.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, que institui o princípio da anterioridade elei-
toral, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
Por essa norma constitucional, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, d) Errados. As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral não se sujeitam ao princípio da
anterioridade eleitoral.
b. Errado. O princípio da anterioridade eleitoral condiciona a aplicação de leis sobre pro-
cesso eleitoral às eleições que ocorrem após 1 (um) ano após a data de sua vigência.

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283. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-


-GO/2015) Uma das principais características do direito eleitoral é a constante modifica-
ção de regras que estabelecem o funcionamento do processo eleitoral e de tudo que o
cerca. Julgue o próximo item, referente a essa característica e à propaganda partidária.
No que diz respeito à propaganda política, as novas regras criadas recentemente pelas
chamadas minirreformas eleitorais, que trouxeram importantes alterações em vários
pontos da legislação eleitoral, não foram aplicadas nas eleições de 2014.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, as leis que alteram o processo eleitoral
entram em vigor da data de sua publicação, não possuindo vacatio legis. Porém, não se
aplicam às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data de sua vigência.
Essa questão trata das modificações promovidas pela Lei n. 12.891/2013 e da sua aplica-
bilidade às eleições de 20140.
Sobre a aplicação das modificações da Lei n. 12.891/2013 às eleições de 2014, o Tribunal
Superior Eleitoral, no julgamento da Consulta n. 100.075, Rel. Min. João Otávio Noronha,
Rel. para o Acórdão Min. Gilmar Mendes, entendeu ser inaplicável as disposições dessa
reforma eleitoral de 2013 às eleições de 2014 em razão da alteração do processo eleitoral
a menos de 1 (um) ano da data das eleições, devendo incidir na espécie o princípio da
anterioridade eleitoral.

284. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/PGR/2008) A lei que alterar o processo eleitoral:


a. entrará em vigor na data de sua publicação e terá aplicação imediata, devendo o Tri-
bunal Superior Eleitoral comunicar aos Partidos Políticos as alterações ocorridas em
até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
b. somente entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação, não tendo qualquer
efeito durante o período de vacatio legis.
c. entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando á eleição que ocorra até
1 (um) ano da data de sua vigência.
d. terá vigência imediata se vier a aprimorar o sistema político partidário, de acordo com
entendimento do Tribunal Superior Eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que alterar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano
da data de sua vigência.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Destaque-se, por oportuno, que, a partir dessa norma constitucional, as leis que alterarem
o processo eleitoral não possuem vacatio legis, entrando em vigor no dia em que publicar,
apenas não se aplicando a eventuais eleições que ocorram no prazo de até 1 (um) ano
após o início da vigência.

285. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Car-


los, advogado eleitoral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições
desse ano, aplicou a lei eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor
do candidato a governador que representava junto à justiça eleitoral.
Acerca da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.
Não há, no Código Eleitoral, dispositivo relacionado ao caso em análise e que permita
a aplicação da legislação referida.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que alterar o processo eleitoral entra
em vigor na data de sua publicação, mas não se aplica às eleições que ocorram até 1 (um)
ano da data de sua vigência. Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.
No caso, há a menção a uma lei que entrou em vigor no ano eleitoral, motivo pelo qual não
pode ser aplicada às eleições que ocorram no mesmo ano.

286. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-RS/2003) Car-


los, advogado eleitoral, no ano de 2002, ao apreciar a legislação eleitoral das eleições
desse ano, aplicou a lei eleitoral X, que entrou em vigor em fevereiro de 2002, em favor
do candidato a governador que representava junto à justiça eleitoral.
Acerca da situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.
Toda lei que foi regularmente votada e aprovada pelo Congresso tem eficácia imediata
após a sua vigência, independentemente da sua matéria.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que altera o processo eleitoral entra
em vigor na data de sua publicação, mas não se aplica às eleições que ocorram até 1 (um)
ano da data de sua vigência. Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.
Desse modo, as leis eleitorais que alterem o processo eleitoral, apesar da vigência imedia-
ta, não possuem eficácia imediata.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Direitos Políticos – Ação de Impugnação de Mandato Eletivo

287. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPSC/2021) Acerca


da ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), Julgue os itens subsequentes.
O prazo para o ajuizamento da AIME é de até 15 dias contados da data da diplomação.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante à Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

288. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPSC/2021) Acerca


da ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), Julgue os itens subsequentes.
Dada a natureza jurídica da AIME, dispensa-se sua tramitação em segredo de justiça.

COMENTÁRIO
Por expressa exigência constitucional, contida no art. 14, § 11, da Constituição Federal,
a ação de impugnação de impugnação de mandato eletivo deve tramitar em segredo de
justiça. Entretanto, conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no
AC 31/1998, apesar do processamento da ação de impugnação de mandato eletivo deva
se dar em segredo de justiça, o seu julgamento é público.

289. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-SC/2021) Acerca


da ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), Julgue os itens subsequentes.
São igualmente legitimados à propositura da AIME os candidatos, as coligações e os
partidos políticos.

COMENTÁRIO
De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, são legitimados à proposi-
tura da ação de impugnação de mandato eletivo: o Ministério Público, os partidos políticos,
as coligações e os candidatos.

290. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPSC/2021) Acerca


da ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), julgue os itens subsequentes.
A AIME é ação pública, constitucional, de natureza desconstitutiva e de caráter cível e
eleitoral.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
A ação de impugnação de mandato eletivo é a única ação eleitoral de índole constitucional.
Tem natureza de ação pública, de ordem cível eleitoral e pode ser proposta nas situações
em que a escolha do mandatário foi comprometida por vício decorrente de abuso de poder
econômico, corrupção e fraude.

291. (CESPE-CEBRASPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-SC/2021) Acerca


da ação de impugnação de mandato eletivo (AIME), Julgue os itens subsequentes.
A AIME destina-se a impugnar mandato eleitoral conquistado com abuso de poder eco-
nômico, não se aplicando aos casos em que há, ainda, abuso de poder político.

COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, firmado no julgamento do
RESPE n. 3611, em caso de prática de abuso de poder político, entrelaçado com abuso
de poder político, será possível a propositura da ação de impugnação de mandato eletivo.

292. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2019) Sobre a Ação de Im-


pugnação de Mandato Eletivo–AIME, é correto afirmar:
a. Deverá ser proposta no prazo de 15 (quinze) dias a contar do esgotamento do prazo
para a interposição de recurso contra a diplomação.
b. Pode ter como causa de pedir, inclusive, causas de inelegibilidade ou falta de condição
de elegibilidade de índole constitucional, supervenientes ao registro de candidatura.
c. Deve tramitar em segredo de justiça.
d. Segundo entendimento do TSE, é cabível tutela provisória de urgência na Ação de
Impugnação de Mandato Eletivo, com o fim de sustar o ato de diplomação do candi-
dato eleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, em caso de propositura da ação de
impugnação de mandato eletivo, a sua tramitação de se dar em segredo de justiça (com a
finalidade de evitar instabilidade para o exercício do mandado pelo eleito enquanto perdu-
rar a tramitação dessa ação eleitoral).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo, segundo o art. 14, § 10, da Cons-
tituição Federal, deve ser proposta no prazo de até 15 (quinze) dias, a contar da data da
diplomação.

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Professor: Weslei Machado

b. Errado. A causa de pedir da ação de impugnação de mandato eletivo são os seguintes


ilícitos eleitorais: a) abuso de poder econômico; b) corrupção eleitoral; e c) fraude eleitoral.
d. Errado. De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no jul-
gamento do RMS n. 803245, Rel. Min. Marcelo Ribeiro, DJe de 1º.2.2011:
A concessão de tutela antecipada em sede de AIME, antes da apresentação de defesa,
impossibilitando a posse da impugnada no cargo, não se coaduna com as garantias do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.

293. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) A Ação de Impug-


nação de Mandato Eletivo:
a. poderá ser proposta perante a Justiça Eleitoral durante o exercício do mandato do
parlamentar ou do titular do cargo eletivo do Executivo, a qualquer tempo, fundada
em provas de corrupção e fraude eleitoral.
b. poderá ser proposta no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instruída
com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
c. não tramitará em segredo de justiça, dado o manifesto interesse de toda a sociedade.
d. somente o partido político, a coligação e os candidatos podem representar à Justiça
Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando
provas, indícios e circunstâncias, e pedir abertura de investigação judicial para apurar
desvio do poder econômico ou do poder político, ou utilização indevida de veículos ou
meios de comunicação em benefício de candidato ou de partido político.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser proposta no prazo decaden-
cial de 15 (quinze) dias, a contar da data da diplomação.
c. Errado. Segundo o art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de man-
dato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária
ou de manifesta má-fé.
d. Errado. De acordo com o art. 22 da Lei Complementar n. 64/1990, qualquer partido
político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça
Eleitoral, diretamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas,
indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido,
desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.

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294. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-SC/2005) O mandato eletivo


poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral:
a. até a diplomação.
b. no prazo de 10 (dez) dias, contados da diplomação.
c. no prazo de 15 (quinze) dias, contados da diplomação.
d. no prazo de vinte dias, contados da diplomação.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

295. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-CE/2012) A ação de impugna-


ção de mandato eletivo:
a. pode ser ajuizada contra candidato eleito, até a diplomação.
b. contra deputados federais deve ser ajuizada perante o Tribunal Superior Eleitoral.
c. só pode ser ajuizada por partido político ou coligação.
d. deve tramitar em segredo de justiça.
e. comporta recurso somente quando for julgada improcedente.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de
manifesta má-fé.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo pode ser proposta no prazo de 15
(quinze) dias a contar da data da diplomação.
b. Errado. A competência para o julgamento da ação de impugnação de mandato eletivo
proposta contra deputado federal é do Tribunal Regional Eleitoral.
c. Errado. A legitimidade para o ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo foi
conferida ao Ministério Público Eleitoral, ao partidos político, à coligação e aos candidatos.
e. Errado. Em caso de improcedência ou procedência dos pedidos formulados na ação
de impugnação de mandato eletivo, caberá a interposição de recurso, de acordo com as
hipóteses recursais previstas no Código Eleitoral.

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296. (CONSULPLAN/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA/2018) Avalie as seguintes as-


serções e a relação proposta entre elas.

I – “É cabível a propositura da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) na hipó-


tese de abuso de poder praticado por ato de viés econômico grave.”

PORQUE

II – “O abuso de poder político quebra o equilíbrio nas eleições, eis que ínsita à con-
duta vem abuso de poder econômico, razão pela qual a Justiça Eleitoral, de forma
tópica, deve especificá-los, claramente, mediante parâmetros metrificados, para que
a norma possa transbordar o fosso entre a subsunção teórica e a faticidade.”

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a. A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b. A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.
c. As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
d. As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, admite-se a propositura
da ação de impugnação de mandato eletivo pode ser proposta no caso de abuso de poder
econômico, desde que grave.
A esse respeito, veja o seguinte julgado proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Para a configuração do abuso do poder econômico em sede de AIME, devem ser obser-
vadas as diretrizes estabelecidas pelo art. 22, XVI, da LC n. 64/90, de modo a ser exigí-
vel, também na ação constitucional, a demonstração do requisito da gravidade do ato,
o qual deve ser suficiente para comprometer a igualdade de chances entre os concor-
rentes (REspe n. 1-42,2017, Rel. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 17.12.2019).

II – Errado. O abuso de poder político e o abuso de poder econômico quebram a normali-


dade e a legitimidade das eleições, retirando a igualdade de oportunidades que deve reger
a disputa eleitoral entre os candidatos. O abuso de poder político resta configurado quando
há o uso da máquina administrativa em favor de campanhas eleitorais. Nesse ponto, des-
taque-se que é possível que o abuso de poder político tenha viés econômico. Entretanto,
nem todo abuso de poder político configura abuso de poder econômico ou possui viés
econômico. Além disso, destaque-se que não existe parâmetros definidos por uma norma,
mas, a cada situação e eleição, deve-se verificar se a conduta é grave.

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297. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-CE/2018) No âmbito da jus-


tiça eleitoral, ação de impugnação de mandado eletivo de governador de estado obtido
mediante corrupção eleitoral;
a. pode ser ajuizada por qualquer eleitor do respectivo estado.
b. deve ser ajuizada dentro do prazo prescricional de quinze dias, contados da diploma-
ção do governador.
c. gera litisconsórcio passivo com o vice-governador, caso tenham sido eleitos por
chapa única.
d. tem natureza de ação civil-eleitoral constitucional, devendo, portanto, seguir o proce-
dimento comum ordinário do CPC.
e. deverá tramitar em segredo de justiça e o seu julgamento será sigiloso.

COMENTÁRIO
Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, contido na Súmula n.
38, as ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato (caso da ação de
impugnação de mandato eletivo), há litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o
respectivo vice da chapa majoritária.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O eleitor não tem legitimidade para a propositura da ação de impugnação de
mandato eletivo.
b. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser proposta no prazo decaden-
cial de 15 (quinze) dias a contar da data da diplomação.
d. Errado. Aplica-se o procedimento ordinário previsto para a tramitação da ação de impug-
nação ao registro de candidatura, inscrito no art. 3º e ss. da Lei Complementar n. 64/1990.
e. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve tramitar em segredo de justiça,
mas seu julgamento é público.

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298. (MP-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-SP/2017) O mandato eletivo


pode ser impugnado perante a Justiça Eleitoral:
a. no prazo de trinta dias da eleição, verificada a ocorrência de abuso político ou
econômico.
b. a qualquer tempo, em razão da condenação transitada em julgado por crime hediondo
ou equiparado.
c. até a data da diplomação, sempre que ocorrer crime, abuso do poder econômico
ou fraude.
d. no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, por abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude.
e. no prazo de 15 (quinze) dias da eleição, quando da ocorrência de fraude ou viola-
ção de urna.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

299. (FCC/ADVOGADO JÚNIOR/METRÔ-SP/2012) Gilson, líder de determinado partido


político, deseja impugnar o mandato eletivo de Deputado Federal do seu rival políti-
co, Alexandre, ante a Justiça Eleitoral, sob a alegação de corrupção. Nesse caso, Gil-
son terá que:
a. solicitar ao Senado Federal autorização para representar Alexandre perante a Câmara
dos Deputados no prazo de trinta dias, contados da diplomação, cuja representação,
se autorizada, deverá ser apresentada sob pena de Gilson responder por perdas e
danos em prol de Alexandre.
b. protocolar pedido de instauração de inquérito perante o Congresso Nacional no prazo
de trinta dias, contados da diplomação, que, por sua vez, instaurará Comissão Parla-
mentar de Inquérito para investigar as acusações e aplicar sanção ético-disciplinar a
Alexandre.
c. ingressar com a ação de impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, contados da
diplomação, cujo processo tramitará em segredo de justiça, instruída com provas da
alegada corrupção, sob pena de responder, na forma da lei, se temerária ou de mani-
festa má-fé.
d. interpor recurso ordinário no Superior Tribunal de Justiça para que o mandato eletivo
de Alexandre seja cassado.
e. interpor recurso ordinário no Supremo Tribunal Federal para que o mandato eletivo de
Alexandre seja cassado.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Proposta a ação, exige-se que sua tramitação se dê em segredo de justiça, devendo o au-
tor ser responsabilizado em caso de atuação temerária ou com manifesta má-fé.
Assim, a impugnação do mandato eletivo de candidato eleito para Deputado Federal pode-
rá ser impugnado perante o Tribunal Regional Eleitoral em razão da prática de corrupção
durante a campanha eleitoral.

300. (MP-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-BA/2018) Sobre a ação de im-


pugnação ao mandato eletivo (AIME), que tem como objetivo impedir o abuso de poder
político, econômico, a corrupção ou a fraude, é correto afirmar que;
a. não gera litisconsórcio passivo unitário e necessário entre o titular e o vice do cargo,
pois são situações subjetivas distintas.
b. tem o mesmo rito processual da ação de impugnação eleitoral (AIJE), sem qualquer
outra peculiaridade, tendo em vista a identidade de finalidade entre ambas as ações.
c. não há coincidência entre os legitimados ativos para as duas ações.
d. não pode gerar litispendência entre ela, a AIME, e a ação de investigação judicial elei-
toral (AIJE).
e. traz como consequência a anulação dos votos dados ao candidato e, se a nulidade
atingir menos da metade dos votos, será dada posse ao segundo colocado, ou, caso
contrário, realiza-se nova eleição.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral, se mais da metade dos votos forem nulos, de-
ve-se realizar novas eleições. Para fins de aplicação dessa disposição, apenas devem ser
consideradas, para fins do cômputo do percentual suficiente para a realização de novas
eleições, as nulidades decorrentes ilícitos eleitorais.
Dentre os ilícitos eleitorais, tem-se a corrupção, o abuso de poder econômico e a fraude
eleitoral reconhecida em ação de impugnação de mandato eletivo. A esse respeito:

Devido ao liame indissolúvel entre o mandato eletivo e o voto, constitui efeito da decisão
pela procedência da AIME a anulação dos votos dados ao candidato cassado. Se a nu-
lidade atingir mais da metade dos votos, aplica-se o art. 224 do Código Eleitoral. (MS n.
3649, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 10.3.2008)

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Atente-se para o fato de que esse entendimento não se aplica nas eleições municipais e
estaduais para a Chefia do Poder Executivo, hipótese em que a cassação tem como con-
sequência a realização de novas eleições, independentemente do número de votos alcan-
çados pelo candidato cassado.
Por essas razões, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com a Súmula n. 38 do Tribunal Superior Eleitoral, nas ações que vi-
sem à cassação de registro, diploma ou mandato (caso da ação de impugnação de manda-
to eletivo), há litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa
majoritária.
b. Errado. Na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, ante a ausência de previsão de
um rito em lei, aplica-se, de forma subsidiária, o rito ordinário previsto no art. 3º e ss. da
Lei Complementar n. 64/1990, ou seja, o procedimento aplicável na tramitação da ação de
impugnação ao registro de candidatura.
c. Errado. Os legitimados à propositura da ação de impugnação ao mandato eletivo e da
ação de investigação judicial eleitoral são os mesmos, ou seja, o Ministério Público Eleito-
ral, os partidos políticos, as coligações e os candidatos.
d. Errado. De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

1. A litispendência entre feitos eleitorais pode ser reconhecida quando há identidade -da-
jurídica-base das demandas, não sendo possível afirmar apriorística mente e de forma
generalizada a impossibilidade de sua ocorrência.
2. As análises das situações fáticas e de direito que impõem o reconhecimento da litis-
pendência devem ser feitas à luz do caso concreto. A litispendência pode ser verificada
quando há plena identidade de fatos e provas já examinados pela instância: julgadora
em feito anterior, sem que se tenha elemento novo a ser considerado, como, por exem-
plo, quando descobertas novas provas ou se pretenda a reunião de fatos isolados que,
por si, podem ser insignificantes, mas no conjunto são aptos a demonstrar a quebra dos
princípios, constitucionais que regem as eleições. (REspe 3-48/MS, ReI – Min. Henrique
Neves, DJE de 10/12/2015)

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301. (PUC-PR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2010) Assinale a alternativa correta.


a. Quando o Juiz Eleitoral descumpre as disposições da Lei Federal n. 9.504/1997 ou
dá causa ao seu descumprimento, inclusive quanto aos prazos processuais, o can-
didato, o partido ou a coligação deverão representar ao Tribunal Regional Eleitoral
que, ouvido o representado em 24 (vinte e quatro) horas, ordenará a observância do
procedimento que explicitar, sob pena de incorrer o Juiz em desobediência.
b. De acordo com o previsto no artigo 262 do Código Eleitoral (Lei Federal n. 4.737/65),
somente caberá recurso contra a expedição de diploma nos casos de: inelegibilidade
ou incompatibilidade de candidato; errônea interpretação da lei quanto à aplicação
do sistema de representação proporcional; e erro de direito ou de fato na apuração
final, quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de votos
e classificação de candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda.
c. Estão desobrigados do alistamento eleitoral os brasileiros de um e outro sexo: invá-
lidos, portadores de deficiência cuja natureza e situação impossibilitem ou tornem
extremamente oneroso o exercício de suas obrigações eleitorais, maiores de 70
(setenta) anos e os que se encontrarem fora do País.
d. A ação de impugnação de mandato eletivo, que tramita em segredo de justiça, deverá
ser apresentada perante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da
diplomação, já devidamente instruída com provas de abuso do poder econômico, cor-
rupção ou fraude.

COMENTÁRIO
A ação de impugnação de mandato eletivo, tratada no art. 14, § 10, da Constituição Fe-
deral, pode ser proposta se houver a prática dos ilícitos eleitorais de fraude, corrupção e
abuso de poder econômico.
Nessa situação, admite-se o ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo no
prazo decadencial de 15 (quinze) dias, a contar da data da diplomação, que tramitará em
segredo de justiça.
A partir dessas disposições constitucionais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a
letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nos termos do art. 97 da Lei n. 9.504/1997, poderá o candidato, partido ou co-
ligação representar ao Tribunal Regional Eleitoral contra o juiz eleitoral que descumprir as
disposições desta lei ou der causa ao seu descumprimento, inclusive quanto aos prazos
processuais; neste caso, ouvido o representado em 24 horas, o Tribunal ordenará a obser-
vância do procedimento que explicitar, sob pena de incorrer o juiz em desobediência.

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b. Errado. Conforme o art. 262 do Código Eleitoral, o recurso contra expedição de diploma
caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional
e de falta de condição de elegibilidade.
c. Errado. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para: a) os analfabetos; b) os
maiores de 70 (setenta) anos; e c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (de-
zoito) anos.

302. (FUNCAB/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-PA/2016) Ação prevista constitucional-


mente, a ser proposta ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude. Trata-se de:
a. ação de impugnação de registre de candidatura.
b. representação na pesquisa eleitoral.
c. ação de impugnação de mandato eletivo.
d. recurso contra a diplomação.
e. ação de investigação eleitoral.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Essa ação constitucional, prevista nesse dispositivo, é denominada ação de impugnação
de mandato eletivo.

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303. (CESPE-CEBRASPE/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TRF 5ª REGIÃO/2009) Com re-


lação aos partidos políticos, ao alistamento, à eleição e aos direitos políticos, assinale a
opção correta.
a. Considere que Petrônio tenha sido eleito e diplomado no cargo de prefeito de certo
município no dia 1º/1/2008. Nessa situação hipotética, o mandato eletivo de Petrônio
poderá ser impugnado ante a justiça eleitoral, no prazo de 15 dias a contar da diplo-
mação, por meio de ação instruída com provas de abuso do poder econômico, cor-
rupção ou fraude.
b. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com registro dos seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral.
c. É vedado aos estrangeiros, ainda que naturalizados brasileiros, o alistamento como
eleitores.
d. Suponha que Pedro, deputado federal pelo estado X, seja filho do atual governador
do mesmo estado. Nessa situação hipotética, Pedro é inelegível para concorrer à ree-
leição para um segundo mandato parlamentar pelo referido estado.
e. A condenação criminal com trânsito em julgado ensejará a perda dos direitos políticos
do condenado.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Essa ação constitucional, prevista nesse dispositivo, é denominada ação de impugnação
de mandato eletivo.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro dos atos
constitutivos da agremiação partidária no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
do local de sua sede.
c. Errado. Os estrangeiros, naturalizados brasileiros no Brasil, não são estrangeiros, mas
brasileiros. Logo, se preenchido o requisito etário, poderão requerer o alistamento eleitoral.
d. Errado. Os parentes do chefe do Poder Executivo que já sejam ocupantes de cargos
eletivos têm o direito de concorrer à reeleição, não havendo que, nessa situação, se falar
em inelegibilidade reflexa, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
e. Errado. A condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos,
tem como consequência a suspensão dos direitos políticos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

304. (VUNESP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-SP/2011) Leia atentamente as asserti-


vas a seguir.

I – O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias
contados da proclamação dos resultados eleitorais.
II – A ação de impugnação de mandato é exercível por qualquer cidadão e se submete ao
princípio da mais completa publicidade.
III – É vedada a cassação de direitos políticos, enquanto que a perda ou suspensão de
direitos políticos decorrem de várias causas.
IV – Os casos de inelegibilidade previstos na Carta Republicana constituem
numerus clausus.
V – A vida pregressa do candidato pode ser considerada para fins de inelegibilidade.
VI – A impugnação do mandato eletivo não prescinde de provas de abuso do poder eco-
nômico, corrupção ou fraude.

São corretas apenas as assertivas:


a. I, II e III.
b. II, III e IV.
c. III, V e VI.
d. I, IV e V.
e. III, IV e VI.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo poderá ser proposta no prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data da diplomação.
II – Errado. Tem legitimidade ativa para propositura da ação de impugnação de mandato
eletivo: a) os candidatos; b) os partidos políticos; c) as coligações; e, d) o Ministério Públi-
co Eleitoral. Após a propositura dessa ação constitucional, a sua tramitação ocorrerá em
segredo de justiça, mas o seu julgamento será público.
III – Certo. Nos termos do art. 15 da Constituição Federal, é vedada a cassação de direitos
políticos, ao passo que há diversas hipóteses de perda ou suspensão de direitos políticos.
IV – Errado. Além das hipóteses de inelegibilidade previstas na Constituição Federal, uma
lei complementar poderá criar outras hipóteses de inelegibilidade.
V – Certo. A criação de novas hipóteses de inelegibilidade deve ocorrer com a finalidade
de proteção: a) da probidade administrativa; b) a moralidade para o exercício de mandato
eletivo considerada a vida pregressa; e c) a normalidade e a legitimidade das eleições con-
tra a influência do abuso do poder político e do abuso de poder econômico.
VI – Certo.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

305. (UFPR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PR/2013) Tratando-se de ação de impug-


nação de mandato eletivo, assinale a alternativa incorreta.
a. Nos termos da Constituição Federal, a ação tramitará sob segredo de justiça.
b. A ação de impugnação de mandato eletivo não pode ser manejada contra o suplente
diplomado, porque este não exerce mandato.
c. A ação deverá ser ajuizada no prazo de 15 dias contados da diplomação, e deverá ser
instruída com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
d. O prazo para ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo é decadencial.

COMENTÁRIO
Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:

Embora não seja titular de mandato, o suplente encontra-se titulado a substituir ou su-
ceder quem o é. A ação de impugnação de mandato poderá, logicamente, referir-se,
também, ao como tal diplomado (AG n. 184-84.1999, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, DJ de
12.2.1999).

Por esse entendimento jurisprudencial, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a


letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. A AIME deve tramitar em segredo de justiça, nos termos do art. 14, § 11, da Cons-
tituição Federal.
c, d) Certos. A Ação de Impugnação de Mandato Eletivo deve ser proposta no prazo deca-
dencial de 15 (quinze) dias.

306. (FUNDEP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-MG/2014) Analise as afirmativas


seguintes.

I – São fontes formais que moldam o perfil da ação de impugnação de mandato eletivo:
a Constituição da República, no Artigo 14, §§ 10 e 11; as leis específicas, as Resolu-
ções do TSE e a jurisprudência.
II – Uma das hipóteses de cabimento da ação de impugnação de mandato eletivo é a de
abuso de poder econômico.
III – No caso da ação de impugnação de mandato eletivo, em razão da matéria tratada na
demanda, a competência é da justiça comum.
IV – O procedimento adotado para a ação de impugnação de mandado eletivo é o previsto
na Lei Complementar 64/90, em seus Arts. 3º e seguintes.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

A partir da análise, conclui-se que estão corretas:


a. I e III, apenas.
b. II e III, apenas.
c. I, II e IV, apenas.
d. III e IV, apenas.

COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. A ação de impugnação de mandato eletivo é regida pelo art. 14, §§ 10 e 11, da
Constituição Federal, pelas disposições contidas no art. 3º e ss. da Lei Complementar n.
64/1990 e pelas resoluções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
II – Certo. São hipóteses de cabimento da ação de impugnação de mandato eletivo: abuso
do poder econômico, corrupção ou fraude.
III – Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser processada e julgada pe-
los seguintes órgãos da Justiça Eleitoral: a) juiz eleitoral, nas eleições municipais; b) tribu-
nais regionais eleitorais, nas eleições estaduais e federais; e c) Tribunal Superior Eleitoral,
nas eleições presidenciais.
IV – Certo. Para o processo e julgamento da ação de impugnação de mandato eletivo,
aplica-se o procedimento previsto no art. 3º e ss. da Lei Complementar n. 64/1990.

307. (VUNESP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-PA/2014) Assinale a alternativa correta.


a. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
b. O eleitor inscrito em Zona Eleitoral do Brasil, maior de 18 anos e até 70 anos, que se
encontrar em trânsito no exterior na data do pleito, terá o prazo de 90 dias para justi-
ficar sua ausência em cada turno das eleições em que deixou de exercer o sufrágio,
ou até 60 dias contados da data do retorno ao Brasil.
c. São privativos de brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Repú-
blica; de Presidente da Câmara dos Deputados; de Presidente do Senado Federal; de
Ministro do Supremo Tribunal Federal; da carreira diplomática; de oficial das Forças
Armadas; de Ministro de Estado da Defesa e de Governadores de Estado.
d. Compete aos Tribunais Regionais Eleitorais decidirem e conhecerem as arguições
de inelegibilidade, quando se tratar de candidato a Governador e Vice-Governador
de Estado e do Distrito Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital e Prefeito e
Vice-Prefeito.
e. São casos de perda dos direitos políticos: o cancelamento da naturalização por sen-
tença transitada em julgado, a recusa em cumprir prestação alternativa estipulada na
escusa de consciência e a condenação criminal proferida por órgão colegiado.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou se
manifesta má-fé.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. O eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito poderá justificar a sua
ausência no prazo de 30 (trinta) dias, contados do seu retorno ao país.
c. Errado. Segundo o art. 12, § 3º, da Constituição Federal, são privativos de brasileiro nato
os cargos:

I – de Presidente e Vice-Presidente da República;


II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas.
VII – de Ministro de Estado da Defesa.

Por essa disposição constitucional, verifica-se que o cargo de governador de Estado e do


Distrito Federal não é privativo de brasileiro nato.
d. Errado. As arguições de inelegibilidade propostas contra os candidatos a prefeito e vice-
-prefeito são processadas e julgadas pelo juiz eleitoral.
e. Errado. A condenação criminal somente acarreta a suspensão dos direitos políticos após
o trânsito em julgado da sentença. Antes o trânsito em julgado e a partir do momento em
que houver uma condenação do colegiado, poderá incidir a inelegibilidade decorrente da
vida pregressa, desde que seja um dos crimes listados no art. 1º, I, e, da Lei Complementar
n. 64/1990.

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Professor: Weslei Machado

308. (VUNESP/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/TJ-RJ/2019) No que se refere à Ação de


Impugnação de mandato eletivo, prevista na Constituição Federal, é correto afirmar que
o mandato eletivo poderá ser impugnado ante à:
a. Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instruída a
ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
b. Justiça Eleitoral, no prazo de 5 (cinco) dias contados da posse, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
c. Justiça Eleitoral, no prazo de 10 (dez) dias contados da posse, instruída a ação com
provas de irregularidade insanável na prestação de contas.
d. Justiça Eleitoral, no prazo de 10 (dez) dias contados da diplomação, instruída a ação
com provas de irregularidade insanável na prestação de contas.
e. Justiça Comum, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da posse, instruída
a ação com provas de fato superveniente de inelegibilidade constitucional.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Por essa disposição constitucional, pode-se afirmar que a ação de impugnação de man-
dato eletivo deve ser proposta no prazo decadencial de 15 (quinze) dias, a contar da data
da diplomação.

309. (MP-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MP-GO/2019) Sobre a Ação de Im-


pugnação de Mandato Eletivo – AIME é correto afirmar:
a. Deverá ser proposta no prazo de 15 (quinze) dias a contar do esgotamento do prazo
para a interposição de recurso contra a diplomação.
b. Pode ter como causa de pedir, inclusive, causas de inelegibilidade ou falta de condição
de elegibilidade de índole constitucional, supervenientes ao registro de candidatura.
c. Deve tramitar em segredo de justiça.
d. Segundo entendimento do TSE, é cabível tutela provisória de urgência na Ação de
Impugnação de Mandato Eletivo, com o fim de sustar o ato de diplomação do candi-
dato eleito.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
eletivo deve tramitar em segredo de justiça. Nesse ponto, ressalta-se que o segredo de
justiça apenas é aplicável à tramitação do processo decorrente do ajuizamento da ação de
impugnação de mandato eletivo, mas o seu julgamento é público.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.


As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação ao mandato eletivo deve ser proposta no prazo decaden-
cial de 15 (quinze) dias, a contar da data da diplomação.
b. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo poderá ser proposta nas hipóteses de
abuso de poder econômico, corrupção eleitoral e fraude eleitoral.
d. Errado. Conforme o entendimento firmado pelo MS n. 2.351, Rel. Min. Antônio de Pá-
dua Ribeiro:

Não é possível conceder-se cautelar preparatória da ação de impugnação de mandato,


sustando a diplomação de candidato, pois pressuposto daquela demanda e a diploma-
ção. sustada esta, torna-se impossível o ajuizamento daquela ação. A cautelar visa asse-
gurar a eficácia da decisão a ser proferida na ação de impugnação do mandato. não há
como acautelar-se decisão a ser proferida em ação, impedindo-se o ajuizamento desta.

Lei n. 9.504/1997 – Disposições Gerais

310. (FCC/AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR/PREFEITURA DE CAMPINAS-


-SP/2016) Em outubro de 2016, as eleições municipais para prefeito, vice-prefeito
e vereadores, em todo o país, deverão obedecer às regras estabelecidas na Lei n.
13.165/2015, conhecida como Reforma Eleitoral de 2015. De acordo com os novos
dispositivos legais:
a. a votação para prefeito e vice-prefeito será feita separadamente.
b. o tempo de campanha eleitoral foi reduzido de 90 para 45 dias
c. a campanha eleitoral não poderá ser feita pelas redes sociais.
d. o cadastramento biométrico é condição para o eleitor votar.
e. os candidatos não precisam ser filiados a partidos.

COMENTÁRIO
Com a reforma eleitoral de 2015, houve a diminuição do prazo de campanha eleitoral, com
o seu início definido para o dia 15 de agosto do ano das eleições. Anteriormente à refor-
ma, as campanhas eleitorais se iniciavam no dia 5 de julho do ano das eleições. Ou seja,
atualmente, as campanhas eleitorais são realizadas em um período aproximado de 45
(quarenta e cinco) dias, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas simul-
taneamente as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador.

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Professor: Weslei Machado

c. Errado. De acordo com o art. 57-B, IV, da Lei n. 9.504/1997, a propaganda eleitoral
poderá ser realizada por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas
e aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por: i) can-
didatos, partidos ou coligações; ou ii) qualquer pessoa natural, desde que não contrate
impulsionamento de conteúdo.
d. Errado. Inexiste vinculação entre voto e biometria.
e. Errado. De acordo com o art. 14, § 3º, V, da Constituição Federal, o exercício do direito
à elegibilidade depende da filiação partidária.

311. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREAADMINISTRATIVA/TRE-MA/2005)


Acerca da legislação vigente sobre eleições, assinale a opção correta.
a. É vedada a fixação de placas, estandartes, faixas, com propaganda eleitoral em
postes de iluminação pública, viadutos, passarelas e pontes.
b. Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candi-
datos regularmente inscritos e às legendas partidárias.
c. Para as eleições proporcionais, cada coligação, independentemente do número de
partidos que a integrem, ou cada partido poderá registrar, até o dobro do número
de lugares a preencher, candidatos para a Câmara dos Deputados, para a Câmara
Legislativa, para as assembleias legislativas e câmaras municipais.
d. A partir do registro dos comitês financeiros, pessoas físicas poderão fazer doações
em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para campanhas eleitorais, limitadas a 10%
dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição, mas a pró-
pria lei admite doação de quantia que ultrapasse o limite porque não estabelece qual-
quer penalidade em caso de excesso.
e. É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coliga-
ções para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas. Neste último caso, veda-
-se a formação de mais de uma coligação para a eleição proporcional entre os parti-
dos que integram a coligação para o pleito majoritário.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.504/1997, nas eleições proporcionais, contam-se como vá-
lidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e a legendas partidárias.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 37 da Lei n. 9.504/1997, nos bens cujo uso dependa de cessão
ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, in-
clusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandar-


tes, faixas, cavaletes, bonecos e assemelhados.
c, e) Errado. Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, houve a proibição de
formação de coligações para as eleições proporcionais.
d. Errado. Desde a edição da Lei n. 13.165/2015, houve a extinção dos comitês financeiros.
Na verdade, desde o recebimento de inscrição no CNPJ pela Justiça Eleitoral, os candi-
datos estão autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e realizar as
despesas necessárias à campanha eleitoral.

312. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-TO/2005)


A Lei Eleitoral brasileira (Lei n. 9.504/1997) é considerada a mais importante atualiza-
ção do Código Eleitoral. Sua característica fundamental é ser uma lei eleitoral perma-
nente. A partir dela, não é mais necessária a elaboração de uma lei para cada eleição,
como ocorria até então. Com base nessa lei, assinale a opção correta.
a. As eleições devem ser realizadas sempre no dia 3 de outubro.
b. O candidato a governador é eleito em primeiro turno na hipótese de maioria simples.
c. O candidato deve estar filiado ao partido político 6 (seis) meses antes da eleição, mas
pode desincompatibilizar-se do domicílio eleitoral até quatro meses antes do pleito.
d. Na eleição majoritária, o critério da idade é utilizado para desempatar, na definição do
participante do segundo turno, quando dois candidatos têm a mesma votação.
e. A lei eleitoral proíbe coligações partidárias para deputado federal, ao dispor sobre
verticalização.

COMENTÁRIO
Nas eleições para cargos regidos pelo sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta,
se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, faz-se um segundo turno de
votação entre os dois candidatos mais votados.
Entretanto, se remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma vota-
ção, qualificar-se-á o mais idoso. Ou seja, nas eleições majoritárias, o critério etário tem
utilização para fins de desempate, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 1º da Lei n. 9.504/1997, as eleições para presidente e vice-presi-
dente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito
e vice-prefeito, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador
dar-se-ão, em todo o país, no primeiro domingo de outubro do respectivo ano.
b. Errado. De acordo com o art. 2º da Lei n. 9.504/1997, será considerado eleito o candida-
to a presidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados
os em branco e os nulos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

c. Errado. Conforme o art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato


deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses
e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo. Por sua vez, a Lei Comple-
mentar n. 64/1990 prescreve que, nas hipóteses nela definidas, exigir-se-á do candidato ao
cargo de governador para participar das eleições pelo prazo de 3 (três) ou 6 (seis) meses,
a depender da circunstância fática.
e. Errado. Na ordem jurídica vigente, adota-se o princípio da liberdade de formação de co-
ligações (tendo sido, desde a Emenda à Constituição n. 52/2006, abolida a verticalização
das coligações), mas não se admite a formação de coligações para cargos proporcionais.

313. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA DE SISTEMAS/TRE-MG/2005) Cinco candi-


datos concorrem à eleição para Prefeito Municipal de Município com trezentos mil elei-
tores. Nesse caso, será considerado eleito, na primeira votação, o candidato:
a. que obtiver a maioria absoluta de votos, computados os em branco e os nulos.
b. que obtiver a maioria absoluta de votos, computados os em branco.
c. que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
d. que obtiver a maioria absoluta de votos, computados os nulos.
e. mais votado, porque nos municípios com até trezentos mil eleitores não há
segundo turno.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 3º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, nos municípios com mais de 200.000
eleitores, nas eleições de prefeito e vice-prefeito, aplicam-se as regras do sistema eleitoral
majoritário por maioria absoluta/dois turnos.
Nesse caso, para que, em primeiro turno de votação, candidatos sejam considerados elei-
tos para os cargos de prefeito e de vice-prefeito, exige-se que alcancem a maioria absoluta
dos votos (50% dos votos válidos mais um voto), não computados os votos em branco e
os votos nulos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

314. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Numa eleição


para Governador do Estado, nenhum candidato alcançou a maioria absoluta de votos.
O primeiro teve 35% dos votos; o segundo, 30% dos votos; os dois restantes tiveram
exatamente a mesma votação. Antes da realização do segundo turno, ocorreu a morte
do segundo colocado. Nesse caso:
a. o segundo turno será disputado entre o primeiro colocado e os dois candidatos que
tiveram a mesma votação.
b. o segundo turno será disputado entre o primeiro colocado e o mais idoso dos dois
restantes que tiveram a mesma votação.
c. será realizada nova eleição para definir quem disputará o segundo turno com o
mais votado.
d. não será realizado o segundo turno, proclamando-se eleito o primeiro colocado no
primeiro turno.
e. o segundo turno será disputado entre o primeiro colocado e o candidato a vice da
chapa do candidato a governador falecido.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei n. 9.504/1997, será considerado eleito o candidato a pre-
sidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em
branco e os nulos.
Nessa eleição, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais
votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Entretanto, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação,
sendo que, se permanecer mais de um candidato em segundo lugar com a mesma vota-
ção, convocar-se-á o mais idoso.
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que na eleição tratada nessa questão, para
o segundo turno, concorrerão o candidato mais votado e, entre os remanescentes com
igual número de votos, o mais idoso.

315. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS/TRE-MG/2005) Se,


antes da realização do segundo turno das eleições para Governador de Estado, ocorrer
morte, desistência ou impedimento legal de um dos dois candidatos que a disputam:
a. considerar-se-á eleito o outro.
b. convocar-se-á, dentre os remanescentes, o mais idoso.
c. convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
d. far-se-á nova eleição com reabertura do prazo para registro de candidatos.
e. far-se-á nova eleição entre os que participaram do primeiro turno.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas eleições para presidente e vice-
-presidente da república, governador e vice-governador de estado, se nenhum candidato
alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo
de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que
obtiver a maioria dos votos válidos.
Nesse caso, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

316. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AP/2006) Em eleições muni-


cipais para:
a. Vereadores poderá ser realizado, excepcionalmente, o segundo turno a critério dos
Tribunais Regionais Eleitorais.
b. Prefeito e Vice-Prefeito o segundo turno será realizado apenas nas Capitais
dos Estados.
c. Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores o segundo turno será realizado se o Estado tiver
mais de 500.000 eleitores.
d. Vereadores, não poderá, em qualquer hipótese, haver o segundo turno.
e. Prefeito, o segundo turno será realizado se requerido pela maioria dos partidos
políticos.

COMENTÁRIO
As eleições para os cargos de vereador são regidas pelo sistema eleitoral proporcional. Ou
seja, faz-se um único turno de votação.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste, em hipótese alguma, possibilidade de realização de segundo turno de
votação nas eleições para o cargo de vereador.
b, c, e) Errados. Aplicam-se as regras do sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta,
hipótese em que, se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, faz-se um
segundo turno de votação nas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de muni-
cípios com mais de 200.000 eleitores.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

317. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SP/2006) A respeito das


eleições presidenciais, é correto afirmar que:
a. será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, compu-
tados os votos nulos.
b. será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, compu-
tados os votos em branco.
c. se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, convocar-se-á,
dentre os remanescentes, o mais idoso.
d. se, houver necessidade de segundo turno e remanescer em segundo lugar mais
de um candidato com a mesma votação, far-se-á sorteio organizado pela Justiça
Eleitoral.
e. se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, convocar-se-á,
dentre os remanescentes, o de maior votação.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas eleições para presidente e vice-pre-
sidente da república, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação,
far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais
votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos
Nesse caso, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Por essa razão, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados. Nas eleições para presidente e vice-presidente da república, adota-se o sis-
tema eleitoral majoritário por maioria absoluta, ou seja, considera-se eleito o candidato que
obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos em branco e nulos.
c. Errado. Segundo o art. 2º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, antes de ser realizado o segundo turno, convocar-se-á,
dentre os remanescentes, o de maior votação.
d. Errado. De acordo com o art. 2º, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, na hipótese em que haja
segundo turno e os candidatos em segundo lugar, no primeiro turno de votação, estiverem
empatados, qualificar-se-á para a disputa o mais idoso.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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318. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MS/2007) Numa determinada


eleição e antes de realizado o segundo turno, ocorreu a morte do candidato a Presiden-
te da República. Nesse caso:
a. abrir-se-á o prazo de vinte dias para o alistamento de candidatos ao cargo, para nova
eleição em turno único.
b. será declarado eleito, na mesma fase da eleição, o candidato remanescente.
c. far-se-á nova eleição em até trinta dias da data prevista para o segundo turno, com
todos os candidatos remanescentes.
d. convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
e. inexistindo candidato remanescente será convocado o Presidente do Senado Fede-
ral e no seu impedimento o Presidente da Câmara dos Deputados, para concorrer ao
segundo turno.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, no primeiro turno de votação para as
eleições de governador, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira vota-
ção, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos
mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Por sua vez, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

319. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) Leia com atenção


as alternativas, assinalando a incorreta.
a. Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do processo eleitoral de
votação e apuração das eleições e o processamento eletrônico da totalização dos
resultados, sendo que a escolha de Fiscais e Delegados, pelos partidos e coligações,
não poderá recair em menores de 18 (dezoito) anos ou em quem, por indicação do
Juiz Eleitoral, já faça parte da Mesa Receptora.
b. Todos os programas de computador de propriedade do Tribunal Regional Eleitoral,
desenvolvidos por ele ou sob sua encomenda, utilizados nas urnas eletrônicas para
os processos de votação, apuração e totalização, poderão ter suas fases de especifi-
cação e desenvolvimento acompanhadas por técnicos indicados pelos partidos políti-
cos, pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Ministério Público.
c. Uma vez concluídos os programas de computador, serão eles apresentados aos repre-
sentantes credenciados dos partidos políticos e coligações até 20 (vinte) dias antes das
eleições, nas dependências do Tribunal Superior Eleitoral. Após a apresentação e con-
ferência, serão lacradas as cópias dos programas-fonte e dos programas compilados.
d. No prazo de 3 (três) dias a contar da data da apresentação dos programas aos repre-
sentantes dos partidos políticos e coligações, estes poderão apresentar impugnação
fundamentada à Justiça Eleitoral.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n. 64/1990, caberá a qualquer candidato, par-
tido político, coligação ou Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publi-
cação do pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 66 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações poderão fisca-
lizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processamento
eletrônico da totalização dos resultados. Para a fiscalização, poderão ser escolhidos fiscais
e delegados, desde que não sejam menores de 18 (dezoito) anos ou que, por nomeação
do juiz eleitoral, já faça parte da mesa receptora de votos.
b. Certo. De acordo o art. 66, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, todos os programas de com-
putador de propriedade do Tribunal Superior Eleitoral, desenvolvidos por ele ou sob sua
encomenda, utilizados nas urnas eletrônicas para os processos de votação, apuração e
totalização, poderão ter suas fases de especificação e de desenvolvimento acompanhadas
por técnicos indicados pelos partidos políticos, Ordem dos Advogados do Brasil e Ministé-
rio Público, até 6 (seis) meses antes das eleições.
c. Certo. Conforme o art. 66, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, uma vez concluídos os progra-
mas de computador utilizados no processo de votação, apuração e totalização, serão eles
apresentados, para análise, aos representantes credenciados dos partidos políticos e co-
ligações, até 20 (vinte) dias antes das eleições, nas dependências do Tribunal Superior
Eleitoral, na forma de programas-fonte e de programas executáveis, inclusive os sistemas
aplicativo e de segurança e as bibliotecas especiais, sendo que as chaves eletrônicas pri-
vadas e senhas eletrônicas de acesso manter-se-ão no sigilo da Justiça Eleitoral. Após a
apresentação e conferência, serão lacradas cópias dos programas-fonte e dos programas
compilados.

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Lei n. 9.096/1995 – Disposições Preliminares

320. (FUNRIO/PROCURADOR/AL-RR/2018) A respeito dos partidos políticos e a previsão


constitucional, pode-se afirmar que:
a. é assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, orga-
nização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e
disciplina partidárias.
b. os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei, registra-
rão seus estatutos no Tribunal Regional Eleitoral.
c. os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio, à televisão e à internet, na forma da lei.
d. é permitida, em caráter excepcional, a utilização pelos partidos políticos de organiza-
ção paramilitar.

COMENTÁRIO
De acordo com o art. 17, § 1º, da Constituição Federal, é assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funciona-
mento. Apesar da autonomia, devem seus estatutos estabelecerem normas sobre discipli-
na e de fidelidade partidária.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 17, § 2º, da Constituição Federal, os partidos políticos, após ad-
quirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
c. Errado. Nos termos do art. 17, § 3º, da Constituição Federal, somente terão direito a
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente:

I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cen-
to) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.

d. Errado. Conforme o art. 17, § 4º, da Constituição Federal, é vedada a utilização pelos
partidos políticos de organização paramilitar.

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321. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA DIGITAÇÃO/TRE-AL/2004) Acer-


ca dos direitos constitucional, administrativo e eleitoral, julgue os itens a seguir.

Existem partidos políticos municipais, estaduais e nacionais, sendo que os primeiros


somente podem registrar candidatos a eleições para vereador e prefeito.

COMENTÁRIO
Somente se admite partidos políticos que tenham caráter nacional, conforme prescrição
constitucional contida no art. 17, I, da Constituição Federal. Os partidos políticos possuem
o órgão nacional, os órgãos estaduais/regionais e os órgãos municipais/zonais.
Não há partido político estadual ou municipal.

322. (CESPE-CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-AL/2004) No


que se refere aos partidos políticos, julgue os itens seguintes.

No sistema político brasileiro, é admissível a fusão entre dois partidos; não se admite,
porém, a incorporação de um partido por outro.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de de-
liberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.

323. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) O partido político:


a. é pessoa jurídica de direito público, com a finalidade de assegurar o regime democrá-
tico e defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
b. é pessoa jurídica de direito privado, que se destina a dar autenticidade ao sistema
representativo democrático e a defender os direitos fundamentais fixados na Carta
Constitucional.
c. adquire personalidade jurídica após o registro de seu estatuto no Tribunal Superior
Eleitoral.
d. pode participar do processo eleitoral, mesmo que não tenha registrado seu estatuto
no Tribunal Superior Eleitoral, e receber recursos do Fundo Partidário.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 1º da Lei n. 9.096/1995, o partido político, pessoa jurídica de direito pri-
vado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do siste-
ma representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.

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As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:


b. Errado. Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado.
c. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro de seus
atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede.
d. Errado. Segundo o art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.096/1995, só o partido que tiver registrado
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral poderá participar do processo eleitoral, receber
recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão.

324. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-SC/2005) Analise as


alternativas abaixo, relativas aos partidos políticos, e assinale a incorreta.
a. têm autonomia para fixar em seu programa seus objetivos políticos e para estabele-
cer sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seu estatuto fixar as
normas de fidelidade e disciplina partidárias.
b. por decisão de seus órgãos municipais de deliberação, 2 (dois) ou mais partidos
poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
c. o seu estatuto deve conter as condições de escolha de seus candidatos a cargos e
funções eletivas.
d. somente pode filiar-se o eleitor que estiver em pleno gozo de seus direitos políticos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de de-
liberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 14 da Lei n. 9.096/1995, observadas as disposições constitucio-
nais e as desta lei, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e
para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
c. Certo. De acordo com o art. 14, VI, da Lei n. 9.096/1995, o estatuto do partido político
deve conter, entre outras, normas sobre condições e forma de escolha de seus candidatos
a cargos e funções eletivas.
d. Certo. Conforme o art. 16 da Lei n. 9.096/1995, só pode filiar-se a partido o eleitor que
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.

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325. (FAPEU/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-SC/2005) Analise as alterna-


tivas abaixo, relativas aos partidos políticos, e assinale a incorreta.
a. Têm autonomia para fixar em seu programa seus objetivos políticos e para estabele-
cer sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seu estatuto fixar as
normas de fidelidade e disciplina partidárias.
b. Devem ter caráter estadual, sendo vedada a criação de partidos de base apenas
municipal.
c. O seu estatuto deve conter as condições de escolha de seus candidatos a cargos e
funções eletivas.
d. Somente pode filiar-se o eleitor que estiver em pleno gozo de seus direitos políticos.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 17, I, da Constituição Federal, todos os partidos políticos devem ter ca-
ráter nacional. Com efeito, não se admite que os partidos políticos tenham caráter estadual
ou municipal.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 14 da Lei n. 9.096/1995, observadas as disposições constitucio-
nais e as desta lei, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e
para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
c. Certo. De acordo com o art. 14, VI, da Lei n. 9.096/1995, o estatuto do partido político
deve conter, entre outras informações, normas sobre condições e forma de escolha de
seus candidatos a cargos e funções eletivas.
d. Certo. Conforme o art. 16 da Lei n. 9.096/1995, só pode filiar-se a partido o eleitor que
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.

326. (CESPE-CEBRASPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-MA/2005)


Acerca dos partidos políticos, assinale a opção correta.
a. A ação de um partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e
seu programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.
b. A incorporação de um partido político por outro depende de prévia decisão judicial.
c. O partido político não pode definir sua estrutura e organização internas de acordo
com os princípios do parlamentarismo.
d. É permitido ao partido político ministrar instrução militar, mas lhe é proibido utilizar-se
de organização de natureza militar.
e. Um partido político pode adotar uniforme para seus membros.

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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacional e é exer-
cida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos
estrangeiros.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de
deliberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
c. Errado. De acordo com o art. 3º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
d, e) Errados. Conforme o art. 6º da Lei n. 9.096/1995, é vedado ao partido político minis-
trar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar
uniforme para seus membros.

327. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/TRE-MG/2005) Os partidos políticos:


a. podem adotar uniformes para seus membros, mas lhes é vedado ministrar instrução
militar ou paramilitar.
b. só adquirem personalidade jurídica após o registro de seus estatutos no Tribunal
Regional Eleitoral competente.
c. atuam de acordo com o seu estatuto e programa e poder ser subordinados a entida-
des estrangeiras.
d. têm autonomia para definir sua estrutura interna, órgãos e funcionamento, e só podem
ter caráter nacional.
e. têm acesso gratuito ao rádio e à televisão, independentemente do registro de seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, e podem receber recurso do fundo partidário.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político, autonomia
para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Destaque-se, ainda, que o art. 17, I, da Constituição Federal, exige que todo partido político
tenha caráter nacional.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 6º da Lei n. 9.096/1995, é vedado ao partido político ministrar
instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar
uniforme para seus membros.

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b. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade com o registro de seus atos cons-
titutivos no cartório de registro civil do local de sua sede.
c. Errado. De acordo com o art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter na-
cional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades
ou governos estrangeiros.
e. Errado. Conforme o art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.096/1995, só o partido que tiver registrado
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral poderá participar do processo eleitoral, receber
recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão.

328. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) A respeito da


criação e funcionamento dos partidos políticos, é certo que:
a. o requerimento do registro deve ser dirigido ao respectivo Tribunal Regional Eleitoral,
se o partido político tiver caráter estadual.
b. o requerimento do registro de partido político deve ser subscrito por seus fundadores,
em número não inferior a 50, com domicílio eleitoral em um quarto dos Estados.
c. a prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita através apenas de suas assinatu-
ras, dispensando-se seja atestada a veracidade destas.
d. somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos.
e. a subordinação a entidades ou governos estrangeiros depende de prévia autorização
do Ministério das Relações Exteriores.

COMENTÁRIO
Segundo o art. 7º, § 3º, da Lei n. 9.096/1995, somente o registro do estatuto do partido
no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e sím-
bolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro
ou confusão.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 17, III, da Constituição Federal, todos os partidos políticos devem
ter caráter nacional.
b. Errado. De acordo com o art. 8º da Lei n. 9.096/1995, o requerimento do registro de
partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas do
local de sua sede, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a
101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados.

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c. Errado. Conforme o art. 9º, § 1º, da Lei n. 9.096/1995, a prova do apoiamento mínimo
de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com menção ao número do respectivo
título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a veracidade das respectivas
assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral.
e. Errado. Para o art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacional e é
exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou go-
vernos estrangeiros.

329. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Em relação aos


partidos políticos, é correto afirmar que:
a. é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
b. podem ter caráter nacional e internacional, resguardado o regime democrático e o
pluripartidarismo, e é vedada a fidelidade partidária.
c. deverão registrar seus estatutos no Senado Federal.
d. prestarão suas contas ao Congresso Nacional, que as aprovarão por maioria abso-
luta dos seus membros.
e. poderão receber recursos financeiros de organização paramilitar e entidade ou
governo estrangeiros desde que devidamente contabilizado.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 17 da Constituição Federal, é livre a criação, fusão, incorporação e ex-
tinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem ter
caráter nacional, não podendo ter caráter internacional, sob pena de ofensa à soberania
nacional. Além disso, todo partido deve estabelecer, em seu estatuto, normas sobre fideli-
dade partidária.
c. Errado. De acordo com o art. 17, § 2º, da Constituição Federal, após adquirirem perso-
nalidade jurídica na forma da lei civil, os partidos políticos devem registrar seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. Conforme o art. 17, III, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
prestar contas à Justiça Eleitoral.
e. Errado. Para o art. 17, II, da Constituição Federal, os partidos políticos estão proibidos
de receberem recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou de subordi-
narem-se a estes.

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330. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRE-AP/2006) Os partidos


políticos:
a. só adquirem personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no Tribunal Supe-
rior Eleitoral.
b. podem ter caráter estadual ou apenas municipal, se assim permitirem seus estatutos.
c. podem funcionar livremente, mesmo que subordinados a entidades ou governos
estrangeiros.
d. têm autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e
todos os seus filiados têm iguais direitos e deveres.
e. são pessoas jurídicas de direito público interno e podem adotar uniforme e outros
sinais identificativos para seus membros.

COMENTÁRIO
De acordo com os arts. 3º e 4º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, tendo os seus
filiados iguais direitos e deveres.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro de seus
atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede,
conforme se vê no art. 8º da Lei n. 9.096/1995.
b. Errado. Segundo o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem ter
caráter nacional.
c. Errado. Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacio-
nal e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades
ou governos estrangeiros.
e. Errado. Para o art. 1º da Lei n. 9.096/1995, o partido político, pessoa jurídica de direi-
to privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade
do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constitui-
ção Federal.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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331. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/ENGENHARIA/TRE-MS/2007) Considere:

I – O partido político adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no


Tribunal Superior Eleitoral.
II – Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional.
III – Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos.

É correto o que se afirma apenas em:


a. I.
b. III.
c. I e II.
d. I e III.
e. II e III.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. O partido político adquire personalidade jurídica com o registro dos seus atos
constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede, confor-
me se vê no art. 8º da Lei n. 9.096/1995.
II – Certo. Nos termos do art. 7º, § 1º, da Lei n. 9.096/1995, só se admite o registro de par-
tidos políticos no Tribunal Superior Eleitoral que tenham caráter nacional.
III – Certo. Segundo o art. 7º, § 3º, da Lei n. 9.096/1995, somente o registro do estatuto do
partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla
e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a
erro ou confusão.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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332. (FACET CONCURSOS/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PREFEITURA DE CAPIM-


-PB/2020) Ao disciplinar o tema dos partidos políticos, a Constituição Federal de 1988
estabeleceu o seguinte:

I – caráter estadual.
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangei-
ros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I e II.
b. I, III e IV.
c. III e IV.
d. II, III e IV.
e. I, II, III e IV.

COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
ter caráter nacional.
II – Certo. Segundo o art. 17, II, da Constituição Federal, os partidos políticos estão proi-
bidos de receberem recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou de
subordinação a estes.
III – Certo. Nos termos do art. 17, IV, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
prestar contas à Justiça Eleitoral.
IV – Certo. Conforme o art. 17, IV, da Constituição Federal, os partidos políticos têm direito
ao funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E D C E A D D A E C B C A C D C E A C D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C B D A B E E C C C D C C E C D E A E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D D C A B D C C C C B C C A C C C A D E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E D C E B D A B C D C E C C X D D D A B
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C E C D C E E C E E D D E D B D B B A B
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
D C A B C C C B C B B A E C A E B E B B
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
C E B E E C D D B D B A A B C D E C E C
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160
B A C D B C C A E A A C C A D A C B B B
161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180
B A C D B A C E A A A E B E C D C A C B
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200
C C C A A C E B D E E B D B A D E E A A
201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220
A B D C E D B E E C D D B A A B A C D E
221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240
A A A E A C A C D C D E D C C E C C A D
241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260
B C B B C D X A B C C C X D E B C B C C
261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280
C E E A C C D B X C C A C B B C E C E B
281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300
D C C C C E C E C C E C B C D A C D C E
301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320
D C A C B C A A C B B D C B C D E D D A
321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332
E E B B B A D D A D E D

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