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CÓDIGO:
2822023217
TIPO DE MATERIAL:
E-book
NOME:
Questões Comentadas de Direito Eleitoral
Concurso Unificado TSE + TREs
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
3/2023
Sumário
Direito Eleitoral..............................................................................................................4
Alistamento Eleitoral....................................................................................................89
Sistemas Eleitorais.......................................................................................................92
Da Diplomação..............................................................................................................131
Nulidades da Votação...................................................................................................136
Recursos Eleitorais.......................................................................................................146
GABARITO.........................................................................................................................276
QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
WESLEI MACHADO
DIREITO ELEITORAL
A matéria eleitoral poderia ser apreciada pela câmara municipal, nos termos da CF vi-
gente, enquanto a matéria criminal, não.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal, a União tem competência legislativa
privativa para legislar sobre Direito Eleitoral. Logo, os municípios, o Distrito Federal e os
estados-membros não têm competência para tratar sobre crimes eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. Para Joel José Cândido (2006, p. 23), Direito Eleitoral é:
O ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e
das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares de mandatos
eletivos e das instituições de Estado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, I, da Constituição Federal, compete privativamente à União legislar
sobre Direito Eleitoral, não cabendo aos estados-membros e ao Distrito Federal expedir
normas sobre essa matéria.
Desse modo, as leis estaduais não são fontes do Direito.
As demais alternativas contêm exemplos de fontes do Direito Eleitoral.
COMENTÁRIO
O Código Eleitoral disciplina a competência da Justiça Eleitoral, o exercício dos direitos
políticos, fixa as regras de alistamento, dos sistemas eleitorais, de registro de candidaturas,
de atos preparatórios, da apuração, da diplomação dos eleitos, dos crimes eleitorais e do
processo penal eleitoral.
Esse diploma legislativo foi editado em 1965, muito antes, portanto, da entrada em vigor
da CF/1988. Com a edição do novo texto constitucional foi possível observar que algumas
disposições do diploma eleitoral eram com ele incompatíveis, e, por essa razão, foram
revogadas.
Para ilustrar essa incompatibilidade, basta observar o disposto no art. 5º do CE, que veda o
exercício de direitos políticos aos analfabetos. Esse dispositivo do CE viola o texto constitucio-
nal que permite aos analfabetos, de forma facultativa, o exercício dos direitos políticos ativos, e
por essa razão, não foi recepcionado pela nova ordem constitucional instaurada pelo CF/1988.
Da mesma forma, entende-se que não é compatível a proibição de aquisição da cidadania
aos brasileiros que não saibam exprimir-se em língua nacional, prevista no art. 5º, II, do
CE. Segundo esse dispositivo, um índio, por exemplo, que tenha a nacionalidade brasi-
leira, mas que não saiba exprimir-se em língua nacional, não poderia adquirir a cidadania
brasileira. Contudo, a CF/1988, ao atribuir a cidadania, não exigiu a fluência em língua
portuguesa.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A partir da análise do art. 7º do Código Eleitoral, que estabelece as consequências jurídicas
impostas aos eleitores que descumprirem o seu dever de votar, não justifica a ausência
nem paga a multa, inexiste a proibição para aqueles que não possuem quitação eleitoral
proporem ações populares.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
Segundo o art. 7º, § 1º, do Código Eleitoral, sem a prova de que votou na última eleição,
pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 126 da Resolução-TSE n. 23.659/2021, o eleitor que deixar de votar e
não se justificar perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da eleição incorrerá
em multa imposta pelo juiz eleitoral.
A seu turno, para eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito, o prazo de que
trata o caput será de 30 dias, contados do seu retorno ao país, segundo o art. 126, I, b, da
Resolução-TSE n. 23.659/2021.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O sufrágio censitário, concedido a cidadãos que preencham critérios econômi-
cos, não é adotado na ordem jurídica brasileira. Na verdade, a Constituição Federal previu
que o sufrágio é universal.
b. Errado. Segundo o art. 2º da Lei n. 9.709/1998, o referendo é convocado com posterio-
ridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou
rejeição. Por sua vez, o plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou admi-
nistrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
c. Errado. A Justiça Eleitoral exerce as seguintes funções:
a. jurisdicional;
b. regulamentar;
c. consultiva; e,
d. administrativa.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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e. Errado. De acordo com o art. 22, I, b, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior
Eleitoral processar e julgar, originariamente, os conflitos de competência entre tribunais
regionais eleitorais e juízes eleitorais de estados diferentes.
COMENTÁRIO
A Banca Examinadora IBFC, na definição do gabarito, levou em consideração disposições
legais contidas no art. 5º do Código Eleitoral que não foram recepcionadas pela Consti-
tuição Federal. Apesar da revogação dos incisos I e II do art. 5º do Código Eleitoral, esse
dispositivo foi levado em consideração para a definição do gabarito. O art. 5º do Código
Eleitoral dispõe que:
Por sua vez, inexiste restrição para a aquisição da cidadania pelos cidadãos militares.
Com isso, o gabarito oficial considerou a literalidade do art. 5º do Código Eleitoral, porém,
ressalto que esse dispositivo foi parcialmente revogado pela Constituição Federal.
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COMENTÁRIO
A Banca Examinadora IBFC, na definição do gabarito, levou em consideração disposições
legais contidas no art. 6º do Código Eleitoral que não foram recepcionadas pela Constitui-
ção Federal. Com efeito, o tema facultatividade e obrigatoriedade do alistamento eleitoral
atualmente está regulado pelo art. 14, § 1º, da Constituição Federal, estando revogadas as
disposições legais com ele incompatíveis revogadas.
Apesar disso, houve a cobrança da literalidade do art. 6º do Código Eleitoral, segundo o qual:
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a. os inválidos;
b. os maiores de 70 (setenta) anos;
c. os que se encontrem fora do país;
II – quanto ao voto:
a. os enfermos;
b. os que se encontrem fora do seu domicílio;
c. os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.
A alternativa correta baseou-se nessa disposição legal, considerando apenas a sua li-
teralidade.
COMENTÁRIO
Apesar da divergência doutrinária quanto à recepção do art. 6º do Código Eleitoral, a Ban-
ca Examinadora Consulplan cobrou a literalidade desse dispositivo legal, razão pela qual
o reproduzo a seguir:
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a. os inválidos;
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COMENTÁRIO
Jailma, em razão de não cumprir suas obrigações eleitorais, ou seja, não votou, não justi-
ficou sua ausência e nem pagou a multa eleitoral, não poderá, nos termos do art. 7º, § 1º,
II e V, do Código Eleitoral:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 7º, § 1º, V, do Código Eleitoral, dentre outras consequências, sem a
prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou de-
vidamente, não poderá o eleitor: obter passaporte ou carteira de identidade.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º do Código Eleitoral, qualquer cidadão pode pretender investidura
em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e in-
compatibilidade. Em outras palavras, para concorrer a cargos eletivos, o cidadão deve
preencher todas as condições de elegibilidade e não incidir em nenhuma das hipóteses de
inelegibilidade.
I – Não podem alistar-se eleitores os que não saibam exprimir-se na língua nacional.
II – O alistamento é obrigatório para os inválidos.
III – O voto não é obrigatório para os que se encontrarem fora do seu domicílio.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Apesar da divergência doutrinária quanto à recepção dos arts. 5º e 6º do Código Eleitoral
pela Constituição Federal, a Banca Examinadora FCC cobrou a literalidade desse disposi-
tivo legal, razão pela qual o reproduzo a seguir:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Os eleitores obrigados ao exercício do voto, que estiverem em território nacional, possuem
o prazo de até 60 dias após a data das eleições para justificarem as suas ausências, sendo
que a ausência ou recusa da justificativa eleitoral tem como consequência a imposição de
multa eleitoral.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:
Atente-se para o fato de que, apesar de a assertiva considerada certa mencionar apenas a
possibilidade de o TRE compor-se de um juiz membro do TRF, mas, nas unidades federati-
vas em que não há TRF, o membro da Justiça Federal integrante do TRE é um juiz federal,
membro do primeiro grau de jurisdição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A competência para o registro de diretório estadual de partido político é do Tri-
bunal Regional Eleitoral.
II – Certo. Segundo o art. 28 do Código Eleitoral, os tribunais regionais deliberam por
maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Desse
modo, essa assertiva está certa.
III – Certo. De acordo com o art. 30, IX, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo esta
divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribu-
nal Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:
A partir dessa disposição constitucional, verifica-se que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A Justiça eleitoral não tem uma carreira própria de membros e, a depender da
classe a que pertença o membro, o órgão responsável pela escolha diferencia.
b, d) Errados. Majoritariamente, afirma-se que os tribunais regionais eleitorais possuem
uma composição fixa de sete membros, dentre os quais:
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais,
salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biê-
nios consecutivos.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste participação de membros do Ministério Público na composição dos tri-
bunais regionais eleitorais. Por sua vez, os advogados, membros do tribunal regional elei-
toral, têm direito a voto.
b. Errado. Os tribunais regionais eleitorais têm existência permanente, independentemente
de se tratar de anos eleitorais.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
COMENTÁRIO
Dentre as características de sua jurisdição, tem-se a inexistência de magistratura própria.
Com efeito, os órgãos da Justiça Eleitoral, são compostos por membros de outros órgãos
do Poder Judiciário, advogados e cidadãos.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Há, na composição dos tribunais eleitoral, membros de diversos órgãos do Po-
der Judiciário, dentre eles, por exemplo, do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal
de Justiça, dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais.
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:
Por sua vez, a Procuradoria Regional Eleitoral constitui órgão do Ministério Público que
oficia perante os Tribunais Regionais Eleitoral, ou seja, não integra a Justiça Eleitoral.
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal Superior,
assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de
partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições
ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.
Assim, no caso, para a emissão da decisão sobre perda de diploma, exige-se o quó-
rum completo.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral são
compostos por sete juízes, dentre os quais:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 119, II, da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compõe-
-se, dentre outros, por dois juízes, nomeados pelo Presidente da República, dentre seis
advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribu-
nal Federal.
Destaque-se, neste ponto, que, apesar de a Constituição Federal prescrever que a no-
meação a ser feita pelo chefe do Poder Executivo dá-se entre seis advogados, inexiste
formação de lista sêxtupla. Na verdade, para cada vaga, exige-se a formação de uma lista
tríplice e o seu encaminhamento para a presidência da república.
Apesar disso, a Banca Examinadora Cespe/Cebraspe considerou correta a afirmação de
que a nomeação dar-se-ia em uma lista sêxtupla formada pelo Supremo Tribunal Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 16, § 1º, do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tribunal
Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco consanguíneo ou afim, até o
quarto grau, excluindo neste caso o que tiver sido escolhido por último.
b. Errado. Nos termos do art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do
Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e
cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem
anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença
de todos os seus membros.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado. Conforme o art. 16, § 2º, do Código Eleitoral, a nomeação de advogados pelo
Presidente da República para integrarem o Tribunal Superior Eleitoral não pode recair so-
bre quem seja ocupante de cargo eletivo federal, estadual, distrital ou municipal.
e. Errado. Segundo o art. 40, IV, do Código Eleitoral, compete às juntas eleitorais a expe-
dição de diplomas para os eleitos para cargos municipais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, III, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral
compõem-se, dentre outros, de dois juízes nomeados pelo Presidente da República dentre
seis advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal
de Justiça.
Por essa disposição constitucional, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a, b, d) Certos. De acordo com o art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Re-
gionais Eleitorais compor-se-ão:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 23, XII, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Eleitoral res-
ponder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político.
No mesmo sentido, o art. 30, VIII, do Código Eleitoral, dispõe que compete aos Tribunais
Regionais Eleitoral responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas,
em tese, por autoridade pública (inclusive federal) ou partido político (também por seu ór-
gão de direção nacional).
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, desde a convenção partidária até
a diplomação dos eleitos e nos feitos decorrente do processo eleitoral, não podem servir
como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consan-
guíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscri-
ção. Assim, juiz eleitoral não pode servir se tiver parentesco com candidato a cargo eletivo
municipal, na zona em que exerce suas funções jurisdicionais. Por sua vez, se o paren-
tesco do juiz eleitoral se der com candidato a cargo eletivo federal ou estadual, inexiste
impedimento para o exercício de suas funções jurisdicionais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Errado. De acordo com o entendimento firmado pelo TSE, no julgamento da LT n. 586, ine-
xiste proibição para que membros da advocacia pública, desde que preenchidos os demais
requisitos, possam ser indicados para compor a lista tríplice para integrar tribunais eleitorais.
c. Errado. Em caso de cometimento de crimes comuns conexos a crimes eleitorais, a Justiça
Eleitoral exerce a vis atractiva e atrai a competência para o julgamento dos crimes comuns.
e. Errado. Nos termos do art. 36, § 3º, IV, do Código Eleitoral, os que pertençam ao serviço
eleitoral não podem ser nomeados para comporem as juntas eleitorais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29, I, e, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Regionais Eleitorais
processar e julgar originariamente o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os tribunais de justiça por crime de
responsabilidade e, em grau de recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 73 do Código Eleitoral, no caso de exclusão, a defesa pode ser
feita pelo interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
b. Errado. Nas eleições para senadores da república, aplica-se o sistema eleitoral majori-
tário por maioria simples.
d. Errado. De acordo com o art. 8º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, para a realização das con-
venções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar gratuitamente pré-
dios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.
e. Errado. Para o art. 76 da Lei n. 9.504/1997, o ressarcimento das despesas com o uso de
transporte oficial pelo Presidente da República e sua comitiva em campanha eleitoral será
de responsabilidade do partido político ou coligação a que esteja vinculado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A Justiça Eleitoral tem a circunscrição de atuação de cada um de seus órgãos tendo por
parâmetro a organização federativa brasileira. Assim, no país, tem-se a atuação do Tribu-
nal Superior Eleitoral; em cada estado-membro e no Distrito Federal, há um tribunal regio-
nal eleitoral; e, no âmbito municipal, há a atuação dos juízes eleitorais e juntas eleitorais
em espaços geográficos denominados de juntas eleitorais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29, II, b, do Código Eleitoral, compete aos Tribunais Regionais Eleito-
rais, julgar os recursos interpostos das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 35, XVI do Código Eleitoral, compete ao juiz eleitoral provi-
denciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras.
b. Errado. Segundo o art. 105, I, a, da Constituição Federal, compete ao Superior Tribunal
de Justiça processar e julgar nos crimes comuns (crime eleitoral é um crime comum para
fins de definição da competência dos tribunais superiores) os juízes de Tribunais Regionais
Eleitorais.
c. Errado. Conforme o art. 22, I, a, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Elei-
toral o registro e cassação de registro de partidos políticos e dos seus diretórios nacionais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado. Para o art. 35, XVIII, do Código Eleitoral, compete aos juízes eleitorais fornecer
aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alista-
mento, um certificado que os isente das sanções legais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 25, § 2º, do Código Eleitoral, no processo de indicação dos advogados
da Justiça Eleitoral, não se admite que a lista tríplice contenha nome de magistrado ou
membro do Ministério Público aposentados, ainda que inscritos na Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB.
Caso haja a inclusão de magistrado ou membros do Ministério Público na lista tríplice para
a composição de membros da classe dos advogados, o Tribunal Superior Eleitoral deve
divulgar a lista por meio de edital, podendo os partidos políticos, no prazo de 5 (cinco) dias,
impugná-la com fundamento em incompatibilidade (art. 25, § 3º, do Código Eleitoral).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A atribuição para a formação da lista tríplice é do tribunal de justiça da unidade
federativa em que sediado o Tribunal Regional Eleitoral. Formada a lista tríplice, há o seu
encaminhamento ao Tribunal Superior Eleitoral para homologação (art. 25, § 1º, do Código
Eleitoral).
b. Errado. Na composição dos tribunais regionais eleitorais, inexiste a participação de
membros do Ministério Público.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado. De acordo com o art. 25, § 6º do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tri-
bunal Regional Eleitoral pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade,
até o quarto grau. Atente-se para o fato de que o filho do primo não é parente, já que, na
ordem jurídica brasileira, o parentesco somente é contado até o quarto grau (por exemplo,
os primos são parentes em quarto grau, não existindo primo em segundo grau).
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 3º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22, II, do Código Eleitoral, compete ao Tribunal Superior Eleitoral julgar
os recursos interpostos contra as decisões (colegiadas) proferidas pelos Tribunais Regio-
nais Eleitoral, inclusive quando versarem sobre matéria administrativa.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais
eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de
dois biênios consecutivos. Nesse caso, conforme se vê no art. 14, § 4º, do Código Eleitoral,
no caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades
indispensáveis à primeira investidura.
b. Errado. Segundo o art. 26, § 1º, do Código Eleitoral, as atribuições do corregedor regio-
nal serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar,
pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.
c. Errado. Conforme o art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-
-Geral Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Superior Eleitoral. Há, ainda, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral, designado pelo
Procurador Geral eleitoral, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, para substi-
tuí-lo em seus impedimentos, oficiando perante o Tribunal Superior Eleitoral. Além disso,
o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Ministério
Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. Para o art. 19 do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por maioria de vo-
tos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. Entretanto, todas as
decisões do TSE devem ser tomadas por maioria de votos, em sessão pública, com a pre-
sença da maioria de seus membros. Entretanto, as decisões do Tribunal Superior, assim na
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de parti-
dos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou
perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Não podem ser nomeados como membros das Juntas Eleitorais:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Dessa forma:
• João, agente policial, não pode integrar junta eleitoral;
• José, ocupante de cargo público de provimento efetivo no município, pode integrar juntas
eleitorais;
• Pedro, pertencente ao serviço eleitoral, não pode integrar juntas eleitorais;
• Paulo, parente por afinidade de até segundo grau de candidato a cargo eletivo, não pode
compor juntas eleitorais;
• Luiz, advogado, pode compor juntas eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Não podem ser nomeados como membros das Juntas Eleitorais:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Dessa forma:
• João, agente policial, não pode integrar junta eleitoral.
• José, ocupante de cargo em comissão no Poder Executivo, não pode integrar junta
eleitoral.
• Pedro, advogado, não está impedido de ser designado como membro de junta eleitoral.
I – Os membros das juntas eleitorais serão nomeados pelo presidente do TSE, depois da
aprovação do respectivo tribunal regional eleitoral.
II – Os servidores que integram o serviço eleitoral não podem ser nomeados membros
das juntas eleitorais, escrutinadores ou auxiliares.
III – As juntas eleitorais são órgãos colegiados de primeira instância, sendo compostos
por um juiz de direito, que atua como presidente, e dois ou quatro cidadãos de notória
idoneidade.
IV – As zonas eleitorais podem ter mais de uma junta, limitadas ao número máximo de
cinco juntas por município.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Nos termos do art. 36, §1º do Código Eleitoral, os membros das juntas eleito-
rais serão nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal
Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
II – Certo. Os pertencentes ao serviço eleitoral estão impedidos de comporem as juntas
eleitorais, conforme prescrição contida no art. 36, § 3º, IV do Código Eleitoral.
III – Certo. De acordo com o art. 36, caput do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas
eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos
de notória idoneidade. Destarte, esse item está correto.
IV – Errado. Poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o número de juízes de
direito em exercício na comarca, mesmo que não sejam juízes eleitorais. Por essa razão,
esse item está errada.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Os órgãos da Justiça Eleitoral possuem composição híbrida, mas não há a par-
ticipação de membros do Ministério Público.
II – Certo. Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleito-
rais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias
e serão inamovíveis.
III – Errado. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que con-
trariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. O presidente da junta eleitoral é o juiz de Direito que o integra.
II – Errado. As autoridade e os agentes policiais não podem ser nomeados para compor
as juntas eleitorais.
III – Certo. Os que pertençam ao serviço eleitoral não podem compor as juntas eleitorais,
motivo pelo qual essa assertiva está correta.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Para fins de definição dos limites territoriais em que os órgãos da Justiça Eleitoral exercem
a sua jurisdição, tem-se as seguintes circunscrições:
a. Tribunal Superior Eleitoral – a circunscrição em que exerce as suas funções é o país;
b. Tribunais Regionais Eleitorais – a circunscrição em que exercem as suas funções é o
Estado-membro e o Distrito Federal;
c. juízes e juntas eleitorais– a circunscrição em que exerce as suas funções é a zona
eleitoral.
Assim, pode-se afirmar que o menor espaço territorial em que há a atuação de órgãos da
Justiça Eleitoral é a zona eleitoral. Aliás, os estados membros e o Distrito Federal são di-
vididos em zonas eleitorais.
COMENTÁRIO
Note que, diversamente da composição do TSE, em que a CF/1988 previu “no mínimo”
sete membros, o legislador constitucional estabeleceu o número exato, e não um mínimo
de juízes, para compor o TRE.
Com efeito, a composição do TSE pode ser acrescida de membros pela legislação infra-
constitucional, no caso por Lei Complementar, enquanto a do TRE, por disposição consti-
tuição, é inalterável, seja para mais, seja para menos.
Sobre essa afirmação, veja a posição do Cespe-Cebraspe em um concurso público:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Contudo, essa não foi a posição adotada pela Fundação Carlos Chagas – FCC, no concur-
so do TRE-SP, realizado em 2017. Para essa banca organizadora, nessa matéria, aplica-
-se a previsão inscrita no art. 13 do Código Eleitoral, segundo o qual:
Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
Nessa compreensão, embora não se admita proposição legislativa para reduzir o número
de juízes dos tribunais regionais eleitorais, é permitida a apresentação de projeto de Lei
Complementar pelo TSE para aumentar, para no máximo 9 juízes, a composição daquelas
cortes regionais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de
um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória
idoneidade.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As juntas eleitorais devem apurar, no prazo de até 10 (dez) dias, as eleições
realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
A partir desse dispositivo constitucional, pode-se concluir que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Supremo Tribunal Federal não integra a Justiça Eleitoral.
b. Errado. Compõem os Tribunais Regionais Eleitoral, por nomeação, pelo Presidente da
República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
d. Errado. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça, membros do Tribunal Superior Elei-
toral, são eleitos por meio de voto secreto pelo tribunal ao qual integram.
e. Errado. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre
os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do
Superior Tribunal de Justiça.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral: a) o Tribu-
nal Superior Eleitoral; b) os Tribunais Regionais Eleitorais; c) os Juízes Eleitorais; e d) as
Juntas Eleitorais.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As resoluções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral são expedidas com a
finalidade de regulamentar as leis eleitorais e, desse modo, devem ser expedidas de acor-
do com elas (secundum legem). Aliás, o art. 105 da Lei n. 9.504/1997, de forma expressa,
dispõe que as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral não podem restringir direitos ou
estabelecer sanções distintas das legalmente estabelecidas.
b. Errado. O princípio da anterioridade eleitoral, previsto na Constituição Federal com a
finalidade de garantir segurança jurídica ao processo eleitoral e permitindo aos eleitores,
candidatos e partidos políticos tenham ciência, com antecedência, quais as normas que
regerão um determinado pleito. Assim, as leis que alterem o processo eleitoral entram em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
d. Errado. A transferência de domicílio do eleitor, a adoção de medidas para coibir a prá-
tica de propaganda eleitoral irregular e a emissão de segunda via do título eleitoral são
exemplos de funções administrativas da justiça eleitoral que devem ser apreciadas por juiz
eleitoral, com atuação na respectiva zona eleitoral.
e. Errado. Não há proibição para que se modifiquem as normas jurídico-eleitorais, desde
que observado o devido processo legislativo. Na verdade, a segurança jurídica nas elei-
ções dá-se por meio da aplicação do princípio da anterioridade eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A Justiça Eleitoral é um ramo do Poder Judiciário da União que, além da função jurisdicional
típica, possui, ainda, de forma típica, as funções administrativa, regulamentar e consultiva.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Dentre outras, são características do voto: pessoalidade, obrigatoriedade, liber-
dade, caráter secreto, forma direta, periodicidade, igualdade e universalidade.
b. Errado. No Brasil, a regra é a realização de eleições pelo voto direto. Essa característi-
ca foi alçada à condição de cláusula pétrea, nos termos do art. 60, § 4º, da CF/1988. Em
nosso ordenamento jurídico, existem duas situações excepcionais que acolhem a forma
indireta de eleição: a) art. 81, § 1º, da CF/1988; e b) o art. 224, § 3º e 4º, II, do CE.
d. Errado. Nas hipóteses previstas no art. 121, § 4º da Constituição Federal, admite-se a
interposição de recursos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais Eleito-
rais, quais sejam:
Art. 121, § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá re-
curso quando:
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou
estaduais;
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado
de injunção.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 26, § 2º, do Código Eleitoral, no desempenho de suas atribuições o
Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 40, II, do Código Eleitoral, compete à Junta Eleitoral resolver as impug-
nações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores
são competências do juiz eleitoral.
c. Errado. Providenciar a solução para as ocorrências que se verificarem nas Mesas Re-
ceptoras é competência do juiz eleitoral.
d. Errado. Dividir a Zona em Seções Eleitorais, expedir títulos eleitorais e conceder trans-
ferência de eleitores são competências do juiz eleitoral.
e. Errado. Fornecer aos que não votaram por motivo justificado um certificado que os isen-
te das sanções legais é competência do juiz eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Por essa norma constitucional, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Os juízes de tribunais eleitorais podem servir por até dois biênios consecutivos.
b. Errado. Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos
feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Elei-
torais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo
grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
d. Errado. Segundo o entendimento doutrinário majoritário, a composição dos Tribunais
Regionais Eleitorais é fixa de sete membros.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A zona eleitoral é a área geográfica em que o Juiz Eleitoral exerce suas funções jurisdicio-
nais. Uma zona eleitoral pode abranger mais de um município, assim como um município
pode conter mais de uma zona eleitoral.
Assim, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições estaduais e distritais, a circunscrição corresponde ao Estado-mem-
bro e ao Distrito Federal, que não é denominado de zona eleitoral.
b. Errado. O núcleo de organização de eleitorais, para fins de exercício do direito ao voto,
denomina-se seção eleitoral.
d. Errado. A divisão dos Estados-membros e do Distrito Federal em zonas eleitorais é com-
petência dos Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. As juntas eleitorais compreende a figura de um Juiz de Direito, seu Presidente,
e 2 (dois) a 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade, com a função de expedir os boletins
de apuração.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de um
juiz de direito, que será o presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
Por essa disposição legal, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b. Certo. De acordo com o art. 36, § 3º, III, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados
membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares as autoridades e agentes policiais, bem
como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo.
d. Certo. Segundo o parágrafo único do art. 40 do Código Eleitoral, nos municípios onde
houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presi-
dida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.
e. Certo. Para o art. 70 da Lei n. 9.504/1997, o Presidente de Junta Eleitoral que deixar
de receber ou de mencionar em ata os protestos recebidos, ou ainda, impedir o exercício
de fiscalização, pelos partidos ou coligações, deverá ser imediatamente afastado, além de
responder pelos crimes previstos na Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
As juntas eleitorais são órgãos colegiados do primeiro grau de jurisdição da Justiça Eleitoral.
Assim, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Nos termos do art. 36, § 3º, I, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados para
comporem as juntas eleitorais os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até
o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge.
b. Certo. A expedição de diplomas aos eleitos para cargos municipais é competência das
Juntas Eleitorais, conforme prescrição contida no art. 40, IV, do Código Eleitoral.
d. Certo. De acordo com o art. 36, caput, do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas elei-
torais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de
notória idoneidade.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
As juntas eleitorais são órgãos colegiados integrantes do primeiro grau de jurisdição da
Justiça Eleitoral e possuem competências diretamente relacionadas à apuração das elei-
ções e à diplomação dos eleitos para cargos municipais.
Assim, por serem órgãos do primeiro grau de jurisdição, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Os candidatos, assim também os seus parentes consanguíneos ou afins até o
segundo grau ou por doção, não podem compor as juntas eleitorais.
b. Certo. As juntas eleitorais possuem competência para a expedição de diplomas aos elei-
tos para cargos municipais (prefeito, vice-prefeito e vereador).
d. Certo. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e
de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, do Código Eleitoral, os biênios serão contados,
ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de
licença, férias, ou licença especial, salvo o período de afastamento em razão de parentes
de juízes eleitorais ou membros de tribunais eleitorais concorrerem a cargos eletivos na
circunscrição em que exercem suas funções jurisdicionais.
c. Errado. De acordo com o art. 14, § 2º, do Código Eleitoral, os juízes afastados por motivo
de licença, férias e licença especial, de suas funções na Justiça Comum, ficarão automa-
ticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com
períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento
de alistamento.
d. Errado. Conforme o art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva
convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não
poderão servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o
parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Ocorridas situações configuradoras de impedimento, dado o grau de prejuízo à imparciali-
dade, ainda que, depois de manifestada a causa, o excipiente pratique ato que importe em
aceitação do arguido, deve o órgão competente declarar o impedimento.
Por sua vez, se se tratar de suspeição, o art. 20, parágrafo único, dispõe que:
Art. 20, Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou,
depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Certo. Segundo o art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal
Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação
de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação
geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos
os seus membros.
c. Certo. Nos termos do art. 20 do Código Eleitoral, perante o Tribunal Superior, qualquer
interessado poderá arguir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do procurador-
-geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na Lei Processual Civil ou
Penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.
e. Certo. Conforme o art. 17, § 2º, do Código Eleitoral, no desempenho de suas atribuições,
o corregedor-geral se locomoverá para os estados e territórios nos seguintes casos:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Apesar de o Código Eleitoral foi editado originalmente sob a forma de lei ordinária, a Cons-
tituição Federal o recepcionou, em parte, sob a forma de lei complementar. Isso se deu em
razão de a Carta Constitucional exigir, em seu art. 121, a edição de lei complementar para
tratar sobre organização e competências da Justiça Eleitoral.
Assim, somente os artigos da codificação que cuidam dessas matérias – principalmente os
artigos 12 a 41 – passaram a ter status de lei complementar, permanecendo os demais sob
a roupagem de lei ordinária.
Entretanto, a parte do Código Eleitoral referente ao pessoal da Justiça Eleitoral não tem
status de lei ordinária, já que somente a parte sobre organização e competências da Justi-
ça Eleitoral foi recepcionada como lei complementar.
Portanto, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “e”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. De acordo com o art. 121, § 1º, da Constituição Federal, os membros dos tribu-
nais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas fun-
ções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.
b. Certo. Segundo o art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleito-
rais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois
biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo
processo, em número igual para cada categoria.
c. Certo. Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as deci-
sões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as dene-
gatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.
d. Certo. Conforme o art. 121, §4º, IV, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais
Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: anularem diplomas ou decretarem a
perda de mandatos eletivos federais ou estaduais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 19 do Código Eleitoral, o Tribunal Superior delibera por maioria de vo-
tos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.
Entretanto, exige-se quórum completo nas situações em que o Tribunal Superior Eleitoral
for decidir sobre:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Tribunal Superior Eleitoral compõe-se de ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral, ministros do Superior Tribunal de Justiça e advogados.
b. Errado. De acordo com o art. 119, parágrafo único, da Constituição Federal, o Tribunal
Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Su-
premo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal
de Justiça.
c. Errado. Dentre os membros dos Tribunais Regionais Eleitorais, apenas os advogados
são nomeados pelo Presidente da República, após a indicação pelo Tribunal de Justiça do
respectivo estado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados sessenta dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional Elei-
toral, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e
de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
b. Errado. Os servidores públicos, desde que não ocupantes de cargos em comissão no
Poder Executivo, podem ser nomeados para compor as Juntas Eleitorais, desde que te-
nham notória idoneidade.
d. Errado. Os pedidos de registro de candidatura nas eleições municipais são processados
e julgados pelos juízes eleitorais.
e. Errado. Segundo o art. 36, § 2º, do Código Eleitoral, até 10 (dez) dias antes da nome-
ação, os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão
oficial do estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição funda-
mentada, impugnar as indicações.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Os advogados que tenham um notável saber jurídico e idoneidade moral podem integrar os
seguintes órgãos da Justiça Eleitoral:
a. Tribunal Superior Eleitoral – na composição do Tribunal Superior Eleitoral, há dois advo-
gados, que tenham notável saber jurídico e idoneidade moral;
b. Tribunais Regionais Eleitorais – na composição do Tribunal Superior Eleitoral, há dois
advogados, que tenham notável saber jurídico e idoneidade moral;
c. Juntas eleitorais – na composição das juntas eleitorais, há dois ou quatro cidadãos de
notória idoneidade, motivo pelo qual também podem ser advogados.
A partir da avaliação dessa situação, pode-se concluir que Claudomiro, advogado com
notável saber jurídico e idoneidade moral, pode integrar o Tribunal Superior Eleitoral, os
Tribunais Regionais Eleitorais e as juntas eleitorais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, §3º, I, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas, escrutinadores ou auxiliares os candidatos e seus parentes, ainda que por afinida-
de, até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 36, §3º, III do Código Eleitoral, não podem ser nomeados mem-
bros das juntas, escrutinadores ou auxiliares as autoridades e os juízes eleitorais.
c, d) Errados. O juiz de direito, membro da junta eleitoral, é o seu presidente, nos termos
do art. 36 do Código Eleitoral.
e. Errado. Conforme o art. 36, §3º, IV, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados mem-
bros das juntas, escrutinadores ou auxiliares os que pertencerem ao serviço eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, integram o Tribunal Superior Eleitoral:
Assim:
I – Certo. Gael, ministro do Supremo Tribunal Federal, pode integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
II – Certo. Felícia, advogada, com notável saber jurídico e idoneidade moral, pode integrar
o Tribunal Superior Eleitoral.
III – Errado. Rocco, apesar de ser advogado, ocupa cargo em comissão, motivo pelo qual
não pode integrar o Tribunal Superior Eleitoral;
IV – Errado. Cleiton, por ser diretor de empresa beneficiada por isenção em contrato a
Administração Pública, ainda que seja advogado, não pode integrar o Tribunal Superior
Eleitoral.
Logo, dentre os indicados nas assertivas, Gael e Felícia integram o Tribunal Superior
Eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119, § 1º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados presidentes
e mesários:
I – os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive,
e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos desde que exerçam função executiva;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como funcionários no desempenho de car-
gos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Por essa disposição legal, Luiz, investigador de Polícia, e Pedro, pertencente ao servidor
da Justiça Eleitoral, não podem compor mesas receptoras de votos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados presidentes
e mesários:
I – os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive,
e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos desde que exerçam função executiva;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como funcionários no desempenho de car-
gos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Por outro lado, o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, prescreve que os mesários serão no-
meados, de preferência, entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados
em escola superior, os professores e os serventuários da Justiça.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral, os membros das juntas eleitorais serão
nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional,
pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A Justiça Eleitoral compõe-se do Tribunal Superior Eleitoral, dos Tribunais Re-
gionais Eleitorais, das juntas eleitorais e dos juízes eleitorais.
b. Errado. Não há a participação de membros do Ministério Público nos órgãos da Justiça
Eleitoral. Na verdade, as juntas eleitorais compor-se-ão de um juiz de direito, que será o
presidente, e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade.
c. Errado. O juiz de direito, membro da junta eleitoral, automaticamente, o presidente da
junta eleitoral.
e. Errado. Aqueles que pertençam ao serviço eleitoral não podem ser nomeados como
membros das juntas, escrutinadores ou auxiliares, conforme se vê no art. 36, § 3º do Có-
digo Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 119 da Constituição Federal, o Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á,
no mínimo, de sete membros, escolhidos:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 14 do Código Eleitoral, os juízes dos Tribunais Eleitorais,
salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois
biênios consecutivos.
b. Errado. A vedação para o exercício de funções eleitorais por membros da Justiça Eleito-
ral somente se dá se houver parentesco com candidato a cargo eletivo e não com ocupante
de cargo eletivo.
c. Errado. Os membros de Tribunais Eleitorais podem ser reconduzidos para um único
biênio subsequente.
d. Errado. Os biênios dos membros da Justiça Eleitoral são contados ininterruptamente
e não há o desconto em razão de férias, licenças ou afastamentos. O único desconto no
cômputo do biênio ocorre nos casos de afastamento em razão do parentesco com candi-
dato a cargo eletivo na circunscrição em que o juiz exerce suas funções eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitorais
compor-se-ão:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
Atente-se que o item considerado correto afirma que os juízes dos Tribunais Regionais
Eleitorais podem ser reconduzidos por dois biênios consecutivos. Na verdade, somente
podem ser reconduzidos uma única vez e ocupar o cargo de membro do Tribunal Regional
Eleitoral por até dois mandatos consecutivos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. Errado. Nos termos do art. 32 do Código Eleitoral, cabe a jurisdição de cada uma das
zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto
legal. Por sua vez, os juízes federais não exercem funções eleitorais no primeiro grau de
jurisdição.
c. Errado. As regras do quinto constitucional não se aplicam à Justiça Eleitoral, não haven-
do na composição dos Tribunais Eleitorais membros do Ministério Público.
d. Errado. Nos termos do art. 120, § 2º, da Constituição Federal, o Tribunal Regional Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores. A definição
do ocupante do cargo de corregedor regional eleitoral cabe ao regimento interno de cada
tribunal regional eleitoral.
e. Errado. No Acre, não há Tribunal Regional Federal. Assim, dentre os membros do Tribu-
nal Regional Eleitoral do Acre há um juiz federal, escolhido pelo Tribunal Regional Federal
da 1ª Região.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 12 do Código Eleitoral, são órgãos da Justiça Eleitoral:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120, § 1º, da Constituição Federal, os Tribunais Regionais Eleitoral
compõem-se de:
A partir dessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Compõem os Tribunais Regionais Eleitorais dois advogados de notório saber
jurídico e idoneidade moral.
b. Errado. Dois desembargadores do Tribunal de Justiça integram os Tribunais Regionais
Eleitorais.
c. Errado. Inexiste, na composição dos Tribunais Regionais Eleitorais, membros do Minis-
tério Público.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 33, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas zonas eleitorais onde houver mais
de uma serventia de Justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o anexo da
escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.
Nesse caso, não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de demissão, o membro
de diretório de partido político, nem o candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente
consanguíneo ou afim até o segundo grau.
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
Entretanto, destaque-se que, atualmente, inexiste escrivão eleitoral. Na verdade, de acor-
do com as disposições da Lei n. 10.842/2004, nos cartórios eleitorais há o chefe de cartó-
rio, um servidor da Justiça Eleitoral designado para o exercício dessa função.
Por ser servidor da Justiça Eleitoral, o chefe de cartório não pode exercer atividade políti-
co-partidária, sob pena de demissão, nos termos do art. 366 do Código Eleitoral.
Apesar disso, o examinador considerou como vigente a disposição contida no art. 33 do
Código Eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 2º, da Constituição Federal, os juízes dos tribunais eleitorais, sal-
vo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo,
em número igual para cada categoria.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16, § 1º, do Código Eleitoral, não podem fazer parte do Tribunal Su-
perior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o
quarto grau, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.
Assim, em razão da existência de parentesco entre Kiara e Glauber, não se admite a esco-
lha de Glauber para integrar o Tribunal Superior Eleitoral, ainda que preencha os requisitos
para ser escolhido ministro dessa corte eleitoral, na classe dos juristas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 118 da Constituição Federal, são órgãos da Justiça Eleitoral:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36, § 3º, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados membros das
juntas, escrutinadores ou auxiliares:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”, pois parentes de can-
didatos a cargos eletivos não podem ocupar esse órgão da Justiça Eleitoral.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste proibição para que bancários e empregados públicos ocupem as juntas
eleitorais.
b. Errado. Proíbe-se a participação de servidores da Justiça Eleitoral na composição das
Justiça Eleitoral.
c. Errado. Os membros de diretórios de partidos políticos não podem compor as juntas
eleitorais, nos termos do art. 36, § 3º. II do Código Eleitoral.
d. Errado. Ocupantes de cargo em comissão no Poder Executivo estão impedidos de inte-
grar a junta eleitoral conforme se vê no art. 36, § 3º, III do Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120 da Constituição Federal, haverá um Tribunal Regional Eleitoral
na capital de cada estado e no Distrito Federal. Logo, há vinte e sete tribunais regionais
eleitorais, os quais, na sua denominação, possuem a referência ao estado em que es-
tão sediados.
Inexiste um Tribunal Regional Eleitoral com exercício em mais de uma unidade federativa,
e tampouco um denominado Tribunal Regional Eleitoral da Sexta Região.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 37 do Código Eleitoral, em cada zona eleitoral, admite-se a organização
de mais de uma zona eleitoral, desde que o número de juízes de direito na comarca per-
mitam. Na verdade, poderão ser organizadas tantas juntas quantas permitir o número de
juízes de direito, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
Nas eleições municipais realizadas em zonas eleitorais que tiverem mais de uma junta
eleitoral, a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo juiz eleitoral mais
antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição, conforme se vê no art. 40,
parágrafo único, do Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 36 do Código Eleitoral, compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
Por outro lado, não podem ser nomeados para compor as juntas eleitorais, conforme se vê
no art. 36, § 3º, do Código Eleitoral:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusi-
ve, e bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos políticos devidamente registrados e cujos no-
mes tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de
cargos de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”, pois ine-
xiste proibição para que advogados, se tiverem idoneidade moral, poderão ser nomeados
para compor as juntas eleitorais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, do Código Eleitoral, da homologação da respectiva convenção
partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão
servir como juízes nos tribunais eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na cir-
cunscrição.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 23, XIV do Código Eleitoral, compete privativamente ao Tribunal
Superior Eleitoral requisitar força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas pró-
prias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, e para garantir a
votação e a apuração.
b. Errado. Inexiste previsão constitucional sobre quem pode ser escolhido para ocupar o
cargo de corregedor regional eleitoral, cabendo ao regimento interno definir quem poderá
ser escolhido para essa função.
c. Errado. Note que, diversamente da composição do TSE, em que a Constituição Federal
previu “no mínimo” sete membros, o legislador constitucional estabeleceu o número exato,
e não um mínimo de juízes, para compor o TRE.
Com efeito, a composição do TSE pode acrescida de membros pela legislação infraconsti-
tucional, no caso por Lei Complementar, enquanto a do TRE, por disposição constituição,
é inalterável, seja para mais, seja para menos.
Sobre essa afirmação, em outro concurso, o Cespe-Cebraspe adotou a seguinte posição:
Contudo, essa não foi a posição adotada pelo próprio CESPE nesse concurso do TRE-MG,
realizado em 2009. Nessa questão, o examinador adotou como válida a previsão inscrita
no art. 13 do Código Eleitoral, segundo o qual:
Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser
elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
Nessa compreensão, embora não se admita proposição legislativa para reduzir o número
de juízes dos tribunais regionais eleitorais, é permitida a apresentação de projeto de Lei
Complementar pelo TSE para aumentar, para no máximo 9 juízes, a composição daquelas
cortes regionais.
e. Errado. Independentemente do número de habitantes, haverá um Tribunal Regional Elei-
toral na capital de cada estado e do Distrito Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O membro do Ministério Público com atribuição eleitoral pode atuar e exercer suas funções
independentemente do início do período eleitoral. Aliás, em caso de prática de condutas
tendentes a afetar, por exemplo, a normalidade e a legitimidade das eleições antes do
início do processo eleitoral, o Ministério Público Eleitoral poderá propor medidas judiciais
para a cessação ou suspensão da conduta ilícita, a partir da propositura de um pedido de
tutela de urgência antecipada requerida em caráter antecedente.
COMENTÁRIO
Os procuradores regionais eleitorais, órgãos do Ministério Público com atuação perante os
Tribunais Regionais Eleitorais, possuem atribuição para, na esfera judicial, propor as ações
cíveis eleitorais nas eleições federais e estaduais.
Assim, os procuradores regionais eleitorais poderão propor ações judiciais, na seara cível,
contra candidatos a governador e senador, motivo pelo qual a presente assertiva está certa.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 73 da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador-Geral Eleitoral é o
Procurador-Geral da República. Ou seja, trata-se de caso de acumulação de cargo público.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do Ministério
Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Elei-
toral. Nesse caso, o promotor eleitoral será o membro do Ministério Público local, ou seja,
o promotor de justiça que atua perante o juiz de direito incumbido do exercício das funções
de juiz eleitoral.
Atente-se que o promotor eleitoral oficia perante o juiz e as juntas eleitorais nos feitos judi-
ciais relativos às eleições municipais, mas também no processo de apuração e fiscalização
das eleições estaduais, federais e presidenciais perante a junta eleitoral.
Por fim, apesar da perplexidade gerado pelo texto dessa questão, recorde-se que quem
atua perante o juiz eleitoral é o promotor eleitoral, não o promotor de justiça. É bem ver-
dade que os promotores eleitorais são designados dentre os promotores de justiça, mas
deve-se distinguir a sua atuação na Justiça Comum e na Justiça Eleitoral: na justiça eleito-
ral, atua o promotor eleitoral; na justiça comum, o promotor de justiça, cada um deles com
atribuições distintas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Na estrutura do Ministério Público Eleitoral, tem-se a atuação dos seguintes órgãos:
a. Procurador-Geral Eleitoral – oficia perante o Tribunal Superior Eleitoral e tem atribuição
para atuar nas ações relativas às eleições para Presidente e Vice-Presidente da República;
b. os Procuradores Regionais Eleitorais – oficiam perante os Tribunais Reginais Eleitorais
e tem atribuição para atuar nas ações relativas às eleições estaduais e federais (deputado
estadual, governador, vice-governador, deputado federal e senador da República);
c. os Promotores Eleitorais – oficiam perante os juízes e a juntas eleitorais e tem atribuição
para atuar nas ações relativas às eleições municipais (prefeito, vice-prefeito e vereador).
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 77 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador Re-
gional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as atividades do setor.
Desse modo, verifica-se que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993, na inexis-
tência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento ou recusa
justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional Eleitoral o
substituto a ser designado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
As eleições gerais envolvem as disputas para os cargos de Presidente, Vice-Presidente,
Governador e Vice-Governador, Deputado Federal, Senador da República, Deputado Es-
tadual e Deputado Distrital.
Nas eleições para cargos federais (salvo presidente e vice-presidente) e estaduais, inclu-
sive na etapa da diplomação, há a atuação, na qualidade de fiscal da ordem jurídica e do
regime democrático, do Procurador Regional Eleitoral.
Por sua vez, o promotor eleitoral somente atua nas eleições municipais, motivo pelo qual a
alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas faltas, ausências ou impedimentos do procurador regional eleitoral, há a
atuação do seu substituto, devidamente designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, não do
promotor eleitoral.
b, c, d) Errados. Nas eleições estaduais e federais não há a atuação do Promotor Eleitoral,
nem de forma subsidiária ou concorrente, mas apenas do Procurador Regional Eleitoral ou
do seu substituto legal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Segundo o art. 79 da Lei Complementar n. 75/1993, o Promotor Eleitoral será o membro do
Ministério Público local (promotor de justiça) que oficie junto ao Juízo incumbido do serviço
eleitoral de cada Zona.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 3º, § 2º, da Lei Complementar n. 64/1990, não poderá impugnar o
registro de candidato o representante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos ante-
riores, tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou exercido atividade
político-partidária.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para a propositura da ação de in-
vestigação judicial eleitoral em razão da prática de abuso de poder político, abuso de poder
econômico ou uso indevido dos meios de comunicação social, conforme se vê no art. 22 da
Lei Complementar n. 64/1990.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do Ministério
Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais (1º grau da Justiça Eleitoral) serão
exercidas pelo Promotor Eleitoral, sendo que será promotor eleitoral membro do Ministério
Público Estadual que oficie perante o juízo incumbido do serviço eleitoral de cada zona
(promotor de justiça).
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas
causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Esta-
do, as atividades do setor. Esse procurador regional eleitoral, juntamente com o seu subs-
tituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais
da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores
da República vitalícios, para um mandato de dois anos (arts. 76 e 77 da Lei Complementar
n. 75/1993).
Por essas disposições legais, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-
-Geral Eleitoral exercer as funções do Ministério Público nas causas de competência do
Tribunal Superior Eleitoral.
c. Certo. As funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas
Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral, que será um promotor de justiça desig-
nado pelo Procurador Regional Eleitoral, conforme prescrição contida nos arts. 78 e 79 da
Lei Complementar n. 75/1993.
d. Certo. De acordo com o art. 120, § 2º, da Constituição Federal, o Tribunal Regional Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores.
e. Certo. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão por sete membros, dentre os
quais, por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados
de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado. Segundo o art. 18, II, h, da Lei Complementar n. 75/1993, são prerrogativas pro-
cessuais dos membros do Ministério Público: receber intimação pessoalmente nos autos
em qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar. Diante dessa
prerrogativa processual, aplicável aos membros do Ministério Público Eleitoral, o Tribunal
Superior Eleitoral entendeu que “a intimação do Parquet deve ser feita por mandado, ini-
ciando-se o prazo recursal com o recebimento dos autos na Secretaria do Ministério Públi-
co Eleitoral” (RESPE n. 28511, Rel. Min. Felix Fischer, DJ de 5.6.2008).
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 80 da Lei Complementar n. 75/1993, a filiação a partido político impede
o exercício de funções eleitorais por membro do Ministério Público até 2 (dois) anos do seu
cancelamento.
Assim, caso um membro do Ministério Público seja designado para o exercício das fun-
ções eleitorais há menos de dois anos da data do cancelamento de sua filiação partidária,
admitir-se-á a impugnação da escolha e o impedimento para que oficie perante a Justiça
Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A competência da Justiça Eleitoral diz respeito ao julgamento de litígios que envolvam
a aplicação das normas relativas ao exercício dos direitos políticos. Logo, os processos
sobre o alistamento eleitoral até a diplomação dos eleitos são da competência da Justiça
Eleitoral.
Discussões posteriores relacionadas ao exercício do mandato não devem ser tratadas no
âmbito da Justiça Eleitoral, salvo se se tratar de discussão sobre a fidelidade partidária,
conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI n. 3.999.
Sobre a incompetência da Justiça Eleitoral para processar e julgar as ações sobre a su-
cessão no Poder Legislativo, veja o seguinte julgado proferido pelo Tribunal Regional Elei-
toral de Goiás:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
No primeiro grau de jurisdição, perante os juízes e as juntas eleitorais, as funções de Minis-
tério Público são exercidas pelo promotor eleitoral, que é um promotor de justiça. Ou seja,
o membro do Ministério Público que exerce as funções de Ministério Público Federal na
Justiça Eleitoral, na primeira instância, integra o Ministério Público dos Estados.
As suas atribuições estão diretamente relacionadas às eleições municipais.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Perante os Tribunais Regionais Eleitorais, as funções de ministério Público são
exercidas pelos Procuradores Regionais Eleitorais, que são escolhidos dentre os Procura-
dores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre
os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos. Suas atribuições
estão relacionadas às eleições estaduais e federais.
b. Errado. O Procurador Regional Eleitoral é um Procurador Regional da República, onde
houver, ou um procurador da República, ou seja, as funções eleitorais nos Tribunais Regio-
nais Eleitorais são exercidas por membros do Ministério Público Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 24, III, do Código Eleitoral, constitui atribuição do Procurador-Geral Elei-
toral oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Procurador-Geral Eleitoral é o membro do Ministério Público que atua nas
causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral, não substituindo os membros desse
tribunal. Aliás, na composição de tribunais eleitorais inexiste membros do Ministério Públi-
co, não se aplicando as regras do quinto constitucional.
b. Errado. Segundo o art. 24, II, do Código Eleitoral, constitui atribuição do procurador-geral
eleitoral, como chefe do Ministério Público Eleitoral: assistir às sessões do Tribunal Supe-
rior e tomar parte nas discussões.
d. Errado. Nesse ponto, destaque-se que, atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral não
possui competência penal originária. Se houver a instituição de competência penal para o
Tribunal Superior Eleitoral, competirá ao Procurador-Geral Eleitoral exercer a ação pública
e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do Tribunal.
e. Errado. O Procurador-Geral Eleitoral expede instruções aos órgãos do Ministério Público
junto aos Tribunais Regionais Eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O Ministério Público, em razão da sua função de defesa do regime democrático, tem legi-
timidade para propor todas as ações eleitorais e, naquelas em que não propuser, atuará
como fiscal da ordem jurídica (custos juris).
Destaque-se, ainda, que, nas ações eleitorais propostas pelos demais legitimados, se
houver desistência das partes, em razão do interesse público ínsito às lides eleitorais, o
Ministério Público assumirá a titularidade da ação e atuará como substituto processual,
conforme entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do RESPE
n. 15085, DJ de 15.5.1998.
Além disso, nos crimes eleitorais, todos sujeitos à ação penal pública incondicionada, a
titularidade para o oferecimento da denúncia será do Ministério Público, nos termos do art.
129, I, da Constituição Federal, além de ter a atribuição para requisitar a instauração de
investigações policiais.
Claro que, em caso de desídia do Ministério Público na propositura da ação penal, o ofen-
dido poderá propor a ação penal privada subsidiária da pública.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A atuação dos membros do Ministério Público, na seara eleitoral, fica sujeita às
normas de organização do ente ministerial.
c. Errado. Apesar de o examinador ter considerado esse item incorreto, atualmente, o
Tribunal Superior Eleitoral entende a instauração de inquérito civil, desde que não apenas
para a apuração de ilícitos eleitorais, conforme se vê a seguir:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 75, IV, da Lei Complementar n. 75/1993, incumbe ao Procurador-Geral
Eleitoral requisitar servidores da União e de suas autarquias, quando o exigir a necessida-
de do serviço, sem prejuízo dos direitos e vantagens inerentes ao exercício de seus cargos
ou empregos.
Por essa disposição legal, verifica-se que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não existe Ministério Público Eleitoral, sendo as funções eleitorais de Ministério
Público exercidas pelo Ministério Público Federal, conforme prescrição contida no art. 72
da Lei Complementar n. 75/1993.
c. Errado. Segundo o art. 76 da Lei Complementar n. 75/1993, o Procurador Regional
Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral,
dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde
não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de dois anos.
d, e) Errados. De acordo com o art. 79, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993,
na inexistência de Promotor que oficie perante a Zona Eleitoral, ou havendo impedimento
ou recusa justificada, o Chefe do Ministério Público local indicará ao Procurador Regional
Eleitoral o substituto a ser designado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 74 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador-Geral Elei-
toral, que é o Procurador-Geral da República, exercer as funções do Ministério Público nas
causas de competência do Tribunal Superior Eleitoral. O Procurador-Geral Eleitoral desig-
nará, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral,
que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o
provimento definitivo.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 78 da Lei Complementar n. 75/1993, as funções eleitorais do
Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Pro-
motor Eleitoral.
b. Errado. De acordo com o art. 74, parágrafo único, da Lei Complementar n. 75/1993, além
do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral poderá designar, por necessidade
de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação,
perante o Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. A incompatibilidade do membro do Ministério Público para participar das elei-
ções e concorrer a cargos eletivos ocorrerá se ocupar o seu cargo público dentro dos 6
(seis) meses antes da data das eleições. Assim, se o membro do Ministério Público não
se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições, será
considerado inelegível.
e. Errado. Conforme o art. 77 da Lei Complementar n. 75/1993, compete ao Procurador
Regional Eleitoral, designado dentre os Procuradores Regionais da República, onde hou-
ver, ou dentre os procuradores da república vitalícios, exercer as funções do Ministério Pú-
blico nas causas de competência do Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir,
no Estado, as atividades do setor.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 40, II, do Código Eleitoral, compete à junta eleitoral a resolver as impug-
nações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração.
Alistamento Eleitoral
COMENTÁRIO
Constatada a ocorrência de uma situação fática geradora do cancelamento da inscrição
eleitoral, deve-se instaurar o processo de exclusão e garantir ao eleitoral o direito de am-
pla defesa.
Ao término da tramitação do processo, se o juiz eleitoral determinar o cancelamento da
inscrição eleitoral, o cartório eleitoral deverá adotar as seguintes providências com a finali-
dade de efetivar a ordem judicial:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A transferência do domicílio eleitoral, ou seja, o deferimento do pedido de alteração do do-
micílio eleitoral, depende do preenchimento dos seguintes requisitos:
Assim, Caio, em razão de ter efetuado o seu alistamento originário a menos de dez meses,
não poderá transferir o seu domicílio eleitoral, já que é exigível o transcurso de prazo de,
pelo menos, 1 (um) ano do alistamento originário ou da última transferência.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A ocorrência de quaisquer das causas de cancelamento da inscrição eleitoral autoriza o
juiz eleitoral a instaurar de ofício o processo de exclusão, conforme se vê no art. 72, § 1º,
do Código Eleitoral:
Art. 72, § 1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste artigo acarretará a
exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex officio, a requerimento de delegado de
partido ou de qualquer eleitor.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Certo. De acordo com o art. 288 do Código Eleitoral, nos crimes eleitorais cometidos por
meio da imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se exclusivamente as normas deste
código e as remissões a outra lei nele contempladas.
e. Certo. No Código Eleitoral, dos arts. 283 e seguintes, há a previsão de normas gerais
dos crimes eleitorais, mas, em caso de omissão, aplica-se subsidiariamente, as normas do
Código Penal.
Sistemas Eleitorais
COMENTÁRIO
Na definição da forma de eleição para os cargos eletivos, tem-se os seguintes modelos de
sistemas eleitorais:
a. sistema eleitoral majoritário, por meio do qual considera-se eleito o candidato que obtiver
a maioria dos votos;
b. sistema eleitoral proporcional, a partir do qual se terá a definição dos eleitos na propor-
ção dos votos obtidos por cada agremiação partidária na disputa eleitoral; quanto mais
votos, mais candidatos eleitos por cada partido político;
c. sistema eleitoral distritão, segundo o qual, para a definição dos eleitos, usa-se as regras
do sistema eleitoral majoritário.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para os seguintes cargos eletivos:
a. deputados federais (membros da Câmara dos Deputados);
b. deputados estaduais (membros das Assembleia Legislativas);
c. deputados distritais (membros da Câmara Legislativa do Distrito Federal);
d. vereadores (membros das Câmaras Municipais).
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
Por outro lado, pode-se afirmar que há a aplicação do sistema eleitoral majoritário nas
eleições para:
a. Presidente e Vice-Presidente da República;
b. Governador e Vice-Governador;
c. Prefeito e Vice-Prefeito;
d. Senador da República.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Adotar-se-á o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: Presidente e Vice-Presiden-
te da República, Governador e Vice-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito e Senador da
República.
Por outro lado, adota-se o sistema eleitoral proporcional para as eleições de: deputado
federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador.
COMENTÁRIO
Nas eleições para Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Prefeito e
Vice-Prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, considera-se eleito o can-
didato que, em primeiro turno, obtiver a maioria absoluta dos votos. Ou seja, nessas elei-
ções, adota-se o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Na eleição para os membros da Câmara dos Deputados, das Assembleias Le-
gislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, aplica-se o sistema eleitoral
proporcional.
b. Errado. Nas eleições para os membros das Assembleias Legislativas, aplica-se o siste-
ma eleitoral proporcional.
c. Errado. Nas eleições para prefeito municipal, somente há a aplicação do sistema elei-
toral majoritário por maioria absoluta quando, no município, houver mais de duzentos mil
eleitores.
d. Errado. Nas eleições para a Câmara dos Deputados, aplica-se o sistema eleitoral
proporcional.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. Nas eleições para Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador,
Prefeito e Vice-Prefeito de municípios com mais de duzentos mil eleitores, considera-se
eleito o candidato que, em primeiro turno, obtiver a maioria absoluta dos votos. Ou seja,
nessas eleições, adota-se o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta.
II – Errado. Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral
dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um,
se superior.
III – Certo. De acordo om o art. 46 da Constituição Federal, o Senado Federal compõe-se
de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritá-
rio. Essa representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
IV – Certo. Com a finalidade de que os diversos segmentos sociais possam ser represen-
tados na formação das casas legislativas e interferirem na formação da vontade política do
Estado, houve a adoção do sistema eleitoral proporcional. Nesse sistema, diferentemente
do sistema majoritário, as minorias, na proporção dos votos atribuídos aos partidos políti-
cos representantes de suas ideologias.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 111 do Código Eleitoral, se nenhum partido ou coligação alcançar o
quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os
candidatos mais votados.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 9º da Lei n. 9.504/1997, para concorrer às eleições, o candidato
deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de 6 (seis) meses
e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
c. Errado. De acordo com o art. 29, I, a, do Código Eleitoral, compete aos tribunais regio-
nais eleitorais processar e julgar originariamente os pedidos de registro e a cassação de
registro de candidatos aos cargos de deputados federais, senadores da república, gover-
nador, vice-governador e deputados estaduais.
d. Errado. Conforme o art. 5º da Lei n. 9.504/1997, nas eleições proporcionais, contam-se
como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas
partidárias.
e. Errado. Para o art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições presidenciais, a circunscrição
será o país; nas eleições federais e estaduais, o estado; e, nas municipais, o respectivo
município.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A Constituição Federal, no título da organização dos poderes, previu que o Congresso Na-
cional compõe-se de duas casas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes populares, os deputados federais;
o Senado Federal, de representantes dos Estados-membros, os Senadores da República.
Na eleição para deputados federais, aplica-se o sistema eleitoral proporcional; na eleição
para senadores da república, aplica-se o sistema eleitoral majoritário.
Com a finalidade de dar aplicabilidade a essas normas constitucionais, o Código Eleitoral,
em seus arts. 82 e ss., disciplinou o processos de escolha dos eleitos para os cargos regi-
dos pelo sistema eleitoral proporcional e majoritário.
Há, assim, uma relação entre o Código Eleitoral e as normas constitucionais instituidoras
do sistema bicameral federativo.
COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
I– Senador.
II – Deputado Estadual.
III – Deputado Federal.
IV – Prefeito.
V– Vereador.
COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).
COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal
(Câmara dos Deputados), deputado estadual (Assembleia Legislativa), deputado distrital
(Câmara Legislativa do Distrito Federal) e vereador (Câmara Municipal).
COMENTÁRIO
No Brasil, aplica-se o sistema eleitoral majoritário nas eleições para: presidente, vice-presi-
dente, governador, vice-governador, prefeito, vice-prefeito e senador da república.
Por sua vez, aplica-se o sistema eleitoral proporcional nas eleições para deputado federal,
deputado estadual, deputado distrital e vereador.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º c/c o art. 3º, § 2º, ambos da Lei n. 9.504/1997, aplica-se o sistema
eleitoral majoritário por maioria absoluta nas eleições para presidente, vice-presidente da
república, governador e vice-governador e prefeito de municípios que tenham mais de du-
zentos mil eleitores.
Por sua vez, nas eleições para prefeito e vice-prefeito, nos municípios com até duzentos
mil eleitores, aplica-se o sistema eleitoral majoritário por maioria simples.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições:
a. presidenciais (Presidente e Vice-Presidente da República) – a circunscrição do cargo
eletivo é o país;
b. nas eleições federais (Senador da República e Deputado Federal) e nas eleições esta-
duais (Governador, Vice-Governador e Deputado Estadual) – a circunscrição é o estado-
-membro e o Distrito Federal;
c. nas eleições municipais (Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador) – a circunscrição é o
município.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se
o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição
eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.
Walter C. Porto. A mentirosa urna. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 121 (com adaptações).
A partir das informações do texto acima, julgue os itens que se seguem, acerca do sis-
tema eleitoral brasileiro nas eleições para deputado e vereador.
Conforme as regras brasileiras, o voto conferido a um candidato é unipessoal e intrans-
ferível, e, por essa razão, não pode colaborar na eleição de outro candidato.
COMENTÁRIO
Nas eleições para os cargos regidos pelo sistema proporcional, os votos obtidos pelos
candidatos são computados para a definição do quociente partidário e, por consequência,
na definição dos candidatos eleitos.
Assim, os votos de um candidato podem impactar a eleição de outros candidatos de sua
agremiação partidária. Aliás, o quociente partidário corresponde à divisão dos votos obtidos
pelos candidatos filiados a um partido mais os votos de legenda pelo quociente eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Haverá a realização de segundo turno de votação das eleições de presidente,
governador e prefeitos de municípios com mais de duzentos mil eleitorais quando, em pri-
meiro turno de votação, nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos.
II – Errado. O quociente eleitoral é definido a partir da divisão do número de votos vá-
lidos, excluídos os votos em branco e os votos nulos, pelo número de lugares a serem
preenchidos.
III – Certo. Nos termos do art. 46, § 2º, da Constituição Federal, a representação de cada
Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por
um e dois terços.
IV – Certo. O sistema eleitoral proporcional tem a finalidade de permitir que os diversos
segmentos sociais, inclusive as minorias, sejam representados nas Casas Legislativas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 11 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações solicitarão à Justiça
Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano
em que se realizarem as eleições. Trata-se de prazo improrrogável.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições para prefeito, vice-prefeito e senador da República aplica-se o
sistema eleitoral majoritário.
b. Errado. Na eleição para a Câmara dos Deputados, para as Assembleias Legislativas,
para a Câmara Legislativa do Distrito Federal e para as Câmaras Municipais aplica-se o
sistema eleitoral proporcional.
c. Errado. De acordo com o art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas
simultaneamente as eleições:
e. Errado. Segundo o art. 8º da Lei n. 9.504/1997, a escolha dos candidatos pelos partidos
e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto
do ano em que se realizarem as eleições.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 111 do Código Eleitoral, se nenhum Partido ou coligação alcançar o quo-
ciente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos os lugares, os can-
didatos mais votados, com a desconsideração das regras do sistema eleitoral proporcional.
Desse modo, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O quociente partidário indica o número de vagas que poderão ser alcançadas
pelos partidos políticos. De acordo com o art. 107 do Código Eleitoral, determina-se para
cada Partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o
número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, despre-
zada a fração.
b. Errado. Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral di-
vidindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada
circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um,
se superior.
c. Errado. Na eleição para o Senado Federal, há a aplicação do sistema eleitoral majoritá-
rio, não sendo cabível falar em quociente eleitoral na distribuição das vagas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 108 do Código Eleitoral, estarão eleitos, entre os candidatos registrados
por um partido que tenham obtido votos em número igual ou superior a 10% (dez por cento)
do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário indicar, na ordem
da votação nominal que cada um tenha recebido.
A partir dessa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. As vagas não preenchidas em razão da exigência da votação nominal mínima
serão preenchidas com a aplicação das regras da técnica da maior média, inscrita no art.
109 do Código Eleitoral.
c. Errado. Desde a edição da Emenda à Constituição n. 97/2017, não se admite a formação
de coligações para as eleições proporcionais.
d. Errado. Na aplicação das regras do sistema eleitoral, consideram-se eleitos os candida-
tos que tenham obtidos votação nominal mínima correspondente a, pelo menos, 10% do
quociente eleitoral, desde que dentro do número correspondente ao quociente partidário
do partido pelo qual tenha concorrido.
e. Errado. O sistema eleitoral proporcional é aplicável às eleições para Deputado Federal,
Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 1º, parágrafo único, I, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas simulta-
neamente as eleições, para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e
Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital.
Assim, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nas eleições para os cargos de senador da República, de governador e vice-go-
vernador aplica-se o sistema eleitoral majoritário.
b. Errado. A eleição para os cargos de deputado federal e de deputado estadual aplica-se
o sistema eleitoral proporcional.
d. Errado. Nos termos do art. 82 do Código Eleitoral, o sufrágio e universal e direto; o voto,
obrigatório e secreto.
e. Errado. Nas eleições para os senadores da República, aplica-se o sistema eleitoral ma-
joritário; nas eleições para Deputado Federal, o sistema proporcional.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 225 do Código Eleitoral, nas eleições para presidente e vice-presidente
da República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 86 do Código Eleitoral, nas eleições presidenciais, a cir-
cunscrição serão País; nas eleições federais (deputado federal e senador) e estaduais
(governador, vice-governador e deputado estadual), o Estado; e nas municipais (prefeito,
vice-prefeito e vereador), o respectivo município.
c. Errado. As regras sobre sistema eleitoral podem ser modificadas por meio da edição de
lei ordinária. Em Direito Eleitoral, exige-se a edição da lei complementar para tratar sobre a
organização e as competências da Justiça Eleitoral e para a instituição de novas hipóteses
de inelegibilidade.
d. Errado. Domicílio eleitoral é o local em que o alistando (servidor ou não) tem moradia
ou residência e, se tiver mais de uma, considerar-se-á domicílio eleitoral qualquer delas.
e. Errado. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras
Municipais, obedecerá ao princípio da representação proporcional. Por sua vez, na elei-
ção direta para o Senado Federal, para Prefeito e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio
majoritário.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão está desatualizada em razão do entendimento firmado pelo Supremo Tribu-
nal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucional n. 5420.
A distribuição das vagas, nos cargos proporcionais, depende da aplicação de fórmulas
matemáticas, inscritas nos arts. 106 e ss. do Código Eleitoral.
Inicialmente, deve-se calcular o quociente eleitoral, que estabelecerá o número mínimo de
votos que um partido político tem que alcançar para participar da distribuição das vagas na
fase do quociente partidário.
Segundo o art. 106 do Código Eleitoral, determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição elei-
toral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior.
Em seguida, calcula-se o quociente partidário, o qual determina o número de vagas que a
agremiação partidária poderá alcançar, desde que tenha candidatos com votação mínima,
correspondente a, pelo menos, 10% do quociente eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
De acordo com o art. 107 do Código Eleitoral, determina-se para cada partido ou coligação
o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos da-
dos sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração.
Por fim, as vagas não distribuídas na fase do quociente partidário, denominadas de sobras
eleitorais, são distribuídas com base na técnica da maior média. Nessa fase:
a. inicialmente calcula-se a média de voto de todos os partidos que disputaram as eleições,
inclusive daqueles que não alcançaram o quociente eleitoral, a partir da divisão do número
de votos da agremiação pelo número de votos alcançados pelo número de cargos alcan-
çados mais um;
b. o partido político que obtiver a maior média conquistará a vaga, desde que tenha candi-
dato com votação nominal mínima;
c. repete-se a operação até que todas as vagas sejam distribuídas aos partidos com can-
didatos com votação nominal mínima, considerando-se a vaga conquistada pelo partido na
etapa anterior;
d. quando não houver mais partidos políticos com candidatos com votação nominal míni-
ma, as cadeiras deverão ser distribuídas aos partidos políticos que apresentem as maio-
res médias.
No julgamento da ADI n. 5.420, o Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente proceden-
te o pedido de declaração de inconstitucionalidade do art. 109, I, do Código Eleitoral, ape-
nas para afirmar que não é compatível com a distribuição proporcional das vagas, prevista
no art. 45, § 1º, da Constituição Federal, com a definição das médias a partir da divisão do
número de votos do partido pelo quociente partidário mais um. De acordo com essa deci-
são proferida pelo Supremo Tribunal Federal:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Quociente eleitoral
Quociente eleitoral = 90.000 (votos válidos)/5 (cadeiras em disputa)
Quociente eleitoral = 18.000
Quociente partidário
Partido A = 60.000 (votos do partido)/18.000 (quociente eleitoral)
Partido A =3,33
Partido A = 3 (a fração deve ser desprezada)
Partido B = 21.000 (votos do partido)/18.000 (quociente eleitoral)
Partido B = 1,16
Partido B = 1 (a fração deve ser desprezada)
Partido C = não alcançou o quociente eleitoral. Logo, não participa da distribuição das va-
gas nessa etapa
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Desse modo, apesar de ter a maior média de votos, o partido político A não conquistará a
primeira sobra, pois não tem candidato com votação nominal mínima. Por sua vez, o parti-
do B, segunda maior média de votos, tem candidato com votação mínima, motivo pelo qual
conquistará a vaga.
Resultado da Eleição
Partido Político A – Elegeu 2 candidatos
Candidato A1
Candidato A2
Partido Político B – Elegeu 3 candidatos
Candidato B1
Candidato B2
Candidato B3
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nas seguintes eleições, será aplicável o sistema eleitoral. Sendo assim:
a. vereador (Câmara Municipal) – sistema eleitoral proporcional;
b. prefeito e vice-prefeito (Prefeitura) – sistema eleitoral majoritário;
c. Deputado Federal (Câmara dos Deputados) – sistema eleitoral proporcional;
d. Senador da República (Senado Federal) – sistema eleitoral majoritário.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. Segundo o art. 142 do Código Eleitoral, no dia marcado para a eleição, às 7h, o
presidente da mesa receptora, os mesários e os secretários verificarão se no lugar desig-
nado estão em ordem o material remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher os votos,
bem como se estão presentes os fiscais de partido. A seguir, às 8h, supridas as deficiên-
cias declarará o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em seguida à votação,
que começará pelos candidatos e eleitores presentes, encerrando, salvo a existência de
eleitores na fila, às dezessete horas.
II – Certo. Nos termos do art. 153 do Código de Processo Civil, às 17h, o presidente fará
entregar as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os convidará, em voz
alta, a entregar à mesa seus títulos, para que sejam admitidos a votar. Nessa situação, a
votação continuará na ordem numérica das senhas, e o título será devolvido ao eleitor, logo
que tenha votado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
III – Errado. Conforme o art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um pre-
sidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados
pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo
menos com 5 (cinco) dias de antecedência.
IV – Errado. De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa recep-
tora de votos e ao juiz eleitoral cabe a polícia nos trabalhos eleitorais. Por sua vez, o art.
123, § 3º, do Código Eleitoral prescreve que poderá o presidente, ou membro da mesa que
assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes, os que forem neces-
sários para completar a mesa.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 123, § 3º, do Código Eleitoral, prescreve que poderá o presidente, ou
membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presen-
tes, os que forem necessários para completar a mesa.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um presi-
dente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados
pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo
menos com 5 (cinco) dias de antecedência.
b. Certo. De acordo com o art. 127, II, do Código Eleitoral, compete ao presidente da mesa
decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem.
c. Certo. Conforme o art. 125, § 2º, do Código Eleitoral, o transporte da urna e dos docu-
mentos da seção será providenciado pelo presidente da mesa, mesário ou secretário que
comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa que ele designar para esse fim, acompanhan-
do-a os fiscais que o desejarem.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 120 do Código Eleitoral, constituem a mesa receptora um presidente,
um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente, nomeados pelo juiz
eleitoral 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública, anunciada pelo menos
com 5 (cinco) dias de antecedência.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 35, XIV, do Código Eleitoral, compete aos juízes eleitorais a no-
meação dos membros das mesas receptoras de votos.
b. Errado. De acordo com o art. 120, § 1º, III, do Código Eleitoral, não podem ser nomeados
presidentes e mesários as autoridades e agentes policiais.
c. Errado. Conforme o art. 120 do Código Eleitoral, os membros das mesas receptora de
votos devem ser nomeadas sessenta dias antes da data das eleições.
d. Errado. Para o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os mesários serão nomeados, de
preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados em escola
superior, os professores e os serventuários da Justiça.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 140 do Código Eleitoral, somente podem permanecer no recinto da
mesa receptora os seus membros, os candidatos, um fiscal, um delegado de cada partido
e, durante o tempo necessário à votação, o eleitor.
Apesar da presença de todas essas pessoas no recinto da mesa receptora de votos, o
presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior, fará retirar do re-
cinto ou do edifício quem não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral (art. 140, § 1º, do Código Eleitoral).
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao
juiz eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
b. Errado. Das decisões proferidas pelas juntas eleitorais durante a apuração dos votos,
será cabível a interposição de recurso, de forma imediata. Interposto o recurso, o recorren-
te poderá fundamente o recurso no prazo de vinte e quatro horas (art. 169, § 2º, do Código
Eleitoral).
d. Errado. De acordo com o art. 171 do Código Eleitoral, não será admitido recurso contra
a apuração, se não tiver havido impugnação perante a junta, no ato da apuração, contra
as nulidades arguidas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
e. Errado. Conforme o art. 131 do Código Eleitoral, Cada partido poderá nomear 2 (dois)
delegados em cada município e 2 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora, funcionando
um de cada vez.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. Nos termos do art. 143 do Código Eleitoral, às 8h, supridas as deficiências
declarará o presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, que
começará pelos candidatos e eleitores presentes.
II – Errado. Segundo o art. 153 do Código Eleitoral, às 17h, havendo eleitores na fila, não
há o encerramento da votação, mas seu prosseguimento até a votação de todos eles.
III – Certo. De acordo com o art. 153 do Código Eleitoral, às 17h, o presidente fará entregar
as senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os convidará, em voz alta, a en-
tregar à mesa seus títulos, para que sejam admitidos a votar. Desse modo, essa assertiva
está certa.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 65, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, diante do princípio da autonomia parti-
dária (art. 17, § 1º, da Constituição Federal), as credenciais de fiscais e delegados serão
expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coligações.
I – O fiscal não poderá ser nomeado para fiscalizar mais de uma Seção Eleitoral no
mesmo local de votação.
II – As credenciais de fiscais e delegados só terão validade após serem visadas pelo Juiz
Eleitoral.
III – Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do processo de votação
e apuração das eleições, bem como o processamento eletrônico da totalização dos
resultados.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 65, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, o fiscal poderá ser nomeado
para fiscalizar mais de uma seção eleitoral, no mesmo local de votação.
II – Errado. Segundo o art. 65, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, as credenciais de fiscais e de-
legados serão expedidas, exclusivamente, pelos partidos ou coligações. Não há necessi-
dade de juiz eleitoral chancelar, conferir ou homologar as credenciais, eis que os partidos
políticos têm autonomia.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
III – Certo. Nos termos do art. 66 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações poderão
fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processa-
mento eletrônico da totalização dos resultados.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• João é Delegado de Polícia – de acordo com o art. 120, § 1º, III, do Código Eleitoral, as
autoridades e os agentes policiais não podem compor as mesas receptoras de votos;
• José pertence ao serviço eleitoral – segundo o art. 120, § 1º, IV, do Código Eleitoral, os
que pertencem ao serviço eleitoral não podem compor as mesas receptoras de votos;
• Paulo é professor – nos termos do art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os mesários se-
rão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre estes, os
professores;
• Mário é diplomado em escola superior – conforme o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral, os
mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre
estes, os diplomados em escola superior;
• Pedro é serventuários da Justiça do Trabalho – para o art. 120, § 2º, do Código Eleitoral,
os mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre
estes, os serventuários da Justiça.
Desse modo, podem ser nomeados para compor a mesa receptora de votos Pedro, Má-
rio e Paulo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 135, § 5º, do Código Eleitoral, não poderão ser localizadas seções
eleitorais em fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo existindo no
local prédio público.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas apresentam espécies de locais em que é possível a instalação de
local de votação.
COMENTÁRIO
Segundo o art. 135, § 2º, do Código Eleitoral, a propriedade particular será obrigatória e
gratuitamente cedida para a utilização como local de votação.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, c) Errados. Para o art. 135, §§ 7º e 8º, do Código Eleitoral, da designação dos lugares de
votação poderá qualquer partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de 3 (três) dias a contar
da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de 48 horas. Nesse caso, da deci-
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
são do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três)
dias, devendo, no mesmo prazo, ser resolvido.
b. Errado. De acordo com o art. 135, § 2º, do Código Eleitoral, da designação do local de
votação, dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendo-se aos particulares se fal-
tarem aqueles em número e condições adequadas.
e. Errado. Conforme o art. 135, § 4º, do Código Eleitoral, é expressamente vedado o uso de
propriedade pertencente a candidato, membro de diretório de partido, delegado de partido
ou autoridade policial, bem como dos respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou
afins, até o 2º grau, inclusive.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 139 do Código Eleitoral, ao presidente da mesa receptora e ao juiz
eleitoral cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
Desse modo, verifica-se que a alternativa correta é a letra “c”.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A competência para a apuração deve ser exercida pelos seguintes órgãos:
a. nas eleições municipais (nos cargos de prefeito e vice-prefeito), a competência é das
juntas eleitorais;
b. nas eleições estaduais e federais (nos cargos de deputado federal, senador da repúbli-
ca, governador, vice-governador, deputado estadual e deputado distrital), a competência é
dos Tribunais Regionais Eleitorais;
c. nas eleições presidenciais (presidente e vice-presidente da república), a competência é
do Tribunal Superior Eleitoral.
I– Presidente da República.
II – Vice-Presidente da República.
III – Senador.
IV – Deputado Federal.
V– Deputado Estadual.
VI – Governador de Estado.
VII – Vice-Governador de Estado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Compete ao Tribunal Superior Eleitoral a apuração apenas das eleições para os cargos
indicados em:
a. I e II.
b. I, II e III.
c. I, II, III e IV.
d. III, VI e VII.
e. IV, V, VI e VII.
COMENTÁRIO
A competência para a apuração deve ser exercida pelos seguintes órgãos:
a. nas eleições municipais (nos cargos de prefeito e vice-prefeito), a competência é das
juntas eleitorais;
b. nas eleições estaduais e federais (nos cargos de deputado federal, senador da repúbli-
ca, governador, vice-governador, deputado estadual e deputado distrital), a competência é
dos Tribunais Regionais Eleitorais;
c. nas eleições presidenciais (presidente e vice-presidente da república), a competência é
do Tribunal Superior Eleitoral.
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão refere-se à apuração das eleições manuais, não sendo aplicável as disposi-
ções contidas no art. 59 da Lei n. 9.504/1997.
Nos termos do art. 176 do Código Eleitoral, nas eleições proporcionais, contar-se-á o voto
apenas para a legenda partidária:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
O caso narrado na questão não se refere a nenhuma das hipóteses contidas nesse dispo-
sitivo, cabendo à Junta Eleitoral, de acordo com as circunstâncias fáticas, definir o destino
do voto tratado no item.
I – Considera-se nulo o voto que venha a ser o único registrado na urna eletrônica, em
virtude do comparecimento de apenas um eleitor à seção eleitoral, pois prevalece, no
caso, a garantia constitucional do voto secreto.
II – A falha na urna eletrônica, que impede a continuidade da votação antes que o segundo
eleitor conclua seu voto, autoriza considerar insubsistente o voto já emitido pelo pri-
meiro eleitor.
III – Caso ocorra, após as dezessete horas do dia do pleito, defeito na urna eletrônica que
impeça a continuidade da votação e falte apenas o voto de um eleitor presente na
seção, a votação será encerrada sem o voto desse eleitor, entregando-se-lhe o com-
provante de votação, com o registro dessa ocorrência na ata.
IV – Não havendo êxito nos procedimentos de contingência adotados em razão de falha
na urna eletrônica, a votação terá continuidade mediante o uso de cédulas, sendo
cabível, a qualquer tempo, a retomada do sistema eletrônico caso nova urna devida-
mente lacrada seja providenciada pela Justiça Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento
do PA n. 1089-06, na difícil hipótese de haver, na urna eletrônica, um único voto, dá-se o
cômputo, ainda que isso implique, em tese, o afastamento do sigilo.
II – Certo. Conforme o art. 95, § 2º, da Resolução-TSE n. 23.399, na hipótese de ocorrer
falha na urna que impeça a continuidade da votação eletrônica antes que o segundo eleitor
conclua seu voto, esgotadas as possibilidades previstas no artigo anterior, deverá o primei-
ro eleitor votar novamente, em outra urna ou em cédulas, sendo o voto sufragado na urna
danificada considerado insubsistente.
III – Certo. Se após às 17h, ocorrer falha na urna eletrônica e esse defeito seja capaz
de impedir o processo de votação e falte apena o voto de um eleitor presente na seção,
a votação será encerrada sem o voto desse eleitor e a ele será entregue o comprovante
de votação.
IV – Certo. Após iniciado o processo de votação por meio de cédulas, não se admite o
retorno do processo de votação com o uso de urnas eletrônicas na mesma seção eleitoral.
Dessa forma, esse item está certo.
COMENTÁRIO
Aos eleitores em trânsito no território nacional, mas que estejam dentro da unidade fede-
rativa em que possuem domicílio eleitoral, poderão votar nas eleições para Presidente da
República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Dis-
trital, nos termos do art. 233-A, § 1º, III, do Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 169 do Código Eleitoral, à medida que os votos forem sendo apurados
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os candidatos, apresentar impug-
nações que serão decididas de plano pela junta.
Além desses legitimados descritos nesse dispositivo legal, o Ministério Público Eleitoral,
defensor do regime democrático e legitimado ativo para atuar em todas as fases eleitorais,
poderá apresentar impugnação à apuração.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 169 do Código Eleitoral, à medida que os votos forem sendo apurados,
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os candidatos, apresentar impug-
nações que serão decididas de plano pela junta.
Entretanto, se não tiver sido apresentada impugnação perante a junta, no ato da apuração,
não será admitido recurso contra a apuração (art. 171 do Código Eleitoral).
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “c”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a, d) Errado. Segundo o art. 158 do Código Eleitoral, a apuração (e os atos corresponden-
tes) compete:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nas eleições estaduais e federais, para a apuração, os Tribunais Regionais Eleitoral cons-
tituem uma comissão apuradora composta por três de seus membros.
Concluído o trabalho de apuração, conforme se vê no art. 199, § 5º, do Código Eleitoral, a
comissão apuradora apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais da apuração e um
relatório, que mencione:
I – o número de votos válidos e anulados em cada junta eleitoral, relativos a cada eleição;
II – as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada uma;
III – as seções anuladas, os motivos por que o foram e o número de votos anulados ou
não apurados;
IV – as seções onde não houve eleição e os motivos;
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 197, V, do Código Eleitoral, na apuração, compete aos Tribunais Regio-
nais Eleitorais fazer a apuração parcial das eleições para presidente e vice-presidente da
República.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 197, III, do Código Eleitoral, na apuração, compete ao
Tribunal Regional Eleitoral determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem como a
distribuição das sobras.
b. Errado. Segundo o art. 236 do Código Eleitoral, nenhuma autoridade poderá, desde
5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição,
prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença cri-
minal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
c. Errado. De acordo com o art. 141 do Código Eleitoral, a força armada conservar-se-á a
100 (cem) metros da seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou
nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.
Da Diplomação
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 19, parágrafo único, do Código Eleitoral, as decisões do Tribunal
Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação
de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação
geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos
os seus membros.
Aliás, a observância desse quórum para julgamento de processos em que se tenha a perda
de diplomas é exigido inclusive para a análise de eventuais embargos de declaração, sob
pena de nulidade. A esse respeito, de acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal
Superior Eleitoral, no julgamento do ED-ED-RO n. 0600508-68, “a inobservância pelo TSE
do quórum completo de julgamento, mesmo em embargos de declaração de deliberação
que importou perda de diploma, acarreta a nulidade da decisão”.
COMENTÁRIO
O Tribunal Superior Eleitoral tem competência para diplomar os eleitos para os cargos de
presidente e vice-presidente da república, sendo que o diploma expedido é subscrito pelo
presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Os diplomas dos candidatos a governador, vice-governador, senador da república, depu-
tado federal e deputado estadual são expedidos pelos Tribunais Regionais Eleitorais e o
diploma expedido é assinado pelo presidente dos Tribunais Regionais Eleitorais.
Por fim, a competência para a diplomação aos eleitos para cargos municipais de prefeito,
vice-prefeito e vereador é da junta eleitoral.
Definida a competência para a diplomação, o art. 215 do Código Eleitoral elenca quem será
diplomado, nos seguintes termos:
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado
pelo presidente do Tribunal Superior, do Tribunal Regional ou da junta eleitoral, con-
forme o caso.
Desse modo, Túlio, suplente de deputado federal, será diplomado pelo Tribunal Regional
Eleitoral do respetivo estado.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Paulo foi eleito Senador – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais expedir os diplomas
para os eleitos para o cargo de Senador da República;
• José foi eleito Deputado Federal – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais a expedi-
ção de diploma aos eleitos para o cargo de Deputado Federal;
• Pedro ficou na condição de suplente de Deputado Estadual – compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais a expedição de diploma aos suplentes ao cargo de Deputado Estadual.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Paulo foi eleito Senador – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais expedir os diplomas
para os eleitos para o cargo de Senador da República;
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
• Pedro foi eleito Deputado Federal – compete aos Tribunais Regionais Eleitorais a expedi-
ção de diploma aos eleitos para o cargo de Deputado Federal;
• Plínio ficou na condição de suplente de Deputado Estadual – compete aos Tribunais Re-
gionais Eleitorais a expedição de diploma aos suplentes ao cargo de Deputado Estadual.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não decidir o
recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato
em toda a sua plenitude.
Em razão de conter a exata redação do dispositivo legal, a alternativa “b” está correta.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, c) Errados. A competência para a expedição de diploma, nas eleições municipais, é da
junta eleitoral (art. 40, IV, do Código Eleitoral).
d. Errado. Ainda que haja a propositura de recurso contra a diplomação, o diplomado exer-
cerá o mandato em toda a sua plenitude até a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não
tendo, nesse caso, o recurso efeito suspensivo dos efeitos do diploma.
e. Errado. O julgamento de ação penal pela prática de crime doloso contra a vida não tem
efeito automático no diploma expedido ao candidato eleito, devendo ser observada a dis-
posição sobre perda do mandato por condenação criminal contida na Constituição Federal
e nas leis aplicáveis à espécie.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A diplomação possui natureza jurídica de ato administrativo, realizado pela Justiça Elei-
toral, cuja finalidade é atestar que o candidato foi validamente eleito e está apto a ser
empossado.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Ainda que a pessoa preencha todos os requisitos constitucionais para o alista-
mento obrigatório, não se admite a realização de alistamento de ofício.
c. Errado. Na Justiça Eleitoral, não há um quadro próprio de magistrados. Nos órgãos da
Justiça Eleitoral, já membros do Poder Judiciário da União, do Poder Judiciário dos Esta-
dos e advogados. No âmbito do Ministério Público, há a atuação de membros do Ministério
Público Federal e dos Ministérios Públicos dos Estados.
d. Errado. A vitaliciedade não se aplica aos membros que exercer funções nos órgãos da
Justiça Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Nulidades da Votação
I – Se a nulidade da votação atingir mais de metade dos votos do País nas eleições pre-
sidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais, ou do Município, nas elei-
ções municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal marcará
dia para nova eleição, dentro do prazo de 10 (dez) a 60 (sessenta) dias.
II – Na aplicação da lei eleitoral, o Juiz atenderá sempre aos fins e resultados a que ela
se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo; ade-
mais, a declaração de nulidade não poderá ser arguida pela parte que lhe deu causa
nem a ela aproveitar.
III – Se a Convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coliga-
ções, às diretrizes legitimamente estabelecidas pela convenção nacional, os órgãos
superiores do partido poderão, nos termos do respectivo estatuto, anular a delibera-
ção e os atos dela decorrentes.
IV – São causas de cancelamento da inscrição eleitoral a ocorrência de qualquer das
seguintes hipóteses: quando solicitada por quem se encontre impedido de alistar-
-se (v.g. os que não saibam exprimir-se na língua nacional); quando solicitada por
quem detenha domicílio eleitoral; a suspensão ou perda dos direitos políticos; a plu-
ralidade de inscrições; o falecimento do eleitor; deixar de votar em 3 (três) eleições
consecutivas.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 224 do Código Eleitoral, se a nulidade atingir a mais de
metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e
estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais
votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40
(quarenta) dias.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
II – Certo. Segundo o art. 219 do Código Eleitoral, na aplicação da lei eleitoral, o juiz aten-
derá sempre aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades
sem demonstração de prejuízo, sendo que a declaração de nulidade não poderá ser reque-
rida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar.
III – Certo. Nos termos do art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se a convenção partidária de
nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente esta-
belecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse
órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.
IV – Errado. Conforme o art. 71 do Código Eleitoral, são causas de cancelamento da ins-
crição eleitoral:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 220, I, do Código Eleitoral, constitui hipótese de nulidade, a realização
de votação perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral ou constituída com ofensa à le-
tra da lei.
Dessa forma, a assertiva correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 219 do Código Eleitoral, não há declaração de nulidade
sem a efetiva demonstração de prejuízo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 127 do Código Eleitoral, compete ao Presidente da Mesa Receptora de
Votos manter a ordem, para o que disporá da força pública necessária. Para tanto, deve
coibir o emprego de processo ou de propaganda ou captação de sufrágio vedado por lei,
tais como boca de urna e carro de som no dia das eleições, sob pena de anulabilidade da
votação (art. 222 do Código Eleitoral).
Dessa forma, a assertiva correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Caso ausentes mesários convocados, deve o presidente da mesa ou quem o
substituir, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes, os que forem necessários para
completar a mesa receptora de votos (art. 123, § 3º, do Código Eleitoral).
b. Errado. Os fiscais de partidos políticos podem permanecer no recinto da mesa receptora
de votos (art. 140 do CE).
c. Errado. O encerramento da votação ocorrerá às 17h, salvo em caso de eleitores presen-
tes na fila de votação nesse horário.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
PORQUE
II – “A nulidade será comunicada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus
efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso
das partes.”
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Errado. Nos termos do art. 166, § 1º, do Código Eleitoral, a incoincidência entre o nú-
mero de votantes e o de cédulas oficiais encontradas na urna não constituirá motivo de
nulidade da votação, desde que não resulte de fraude comprovada.
II – Certo. De acordo com o art. 220, parágrafo único, do Código Eleitoral, a nulidade será
pronunciada quando o órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e o encontrar
provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja consenso das partes.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 220 do Código Eleitoral, são nulas a votação: quando feita perante
mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou constituída com ofensa à letra da lei; quando efe-
tuada em folhas de votação falsas; quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do
designado ou encerrada antes das 17h; quando preterida formalidade essencial do sigilo
dos sufrágios; quando a seção eleitoral tiver sido localizada em fazendas, sítios ou outras
propriedade rurais privadas.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A manifestação apolítica dos eleitores por meio da anulação voluntária dos votos
não tem como efeito a necessidade de realização de novas eleições.
c. Errado. Nos termos do art. 222 do Código Eleitoral, poderá ser anulada a eleição em
razão do emprego de propaganda vedada por lei, circunstância que pode ser verificada em
caso de realização de propaganda eleitoral no dia das eleições (proibida e também consi-
derada crime eleitoral).
d. Errado. Conforme o art. 222, III, b, do Código Eleitoral, é anulável a votação quando
votar eleitor de outra seção eleitoral, salvo nos casos de voto fora da seção.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Caso haja necessidade de realização de novas eleições para o cargo de prefeito, deve o
Tribunal Regional Eleitoral, no prazo legal, marcar a data e adotar as medidas necessárias
para a sua ocorrência.
Caso haja omissão no cumprimento do dever de realização de uma nova disputa, o Pro-
curador Regional deve provocar o Procurador-Geral Eleitoral para que, junto ao Tribunal
Superior Eleitoral, seja designada data para a realização das eleições.
Assim, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Município, em sua lei orgânica, deve prever a linha de substituição do chefe
do poder executivo local nos casos de morte, renúncia ou cassação. Trata-se de manifes-
tação da autonomia local desse ente federativo. Assim, o Presidente da Câmara apenas
substituirá o prefeito até a realização de novas eleições se essa for a previsão contida na
Lei Orgânica.
b. Errado. Em caso de indeferimento do registro de candidatura e necessidade de realiza-
ção de novas eleições, as novas eleições serão realizadas às expensas da Justiça Eleito-
ral, nos termos do art. 224, § 4º, do Código Eleitoral.
d. Errado. A fixação da data da ocorrência e as normas para a realização de eleições su-
plementares para o cargo de prefeito é competência dos Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. A realização de novas eleições, em caso de indeferimento do registro de candi-
datura, cassação do diploma ou decretação de perda do mandato do prefeito e do gover-
nador independe do número de votos por eles obtidos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224, § 3º, do Código Eleitoral, a decisão da Justiça Eleitoral que importe
o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidatos
eleitoras para cargos de Chefe do Poder Executivo (exceto nas eleições para Presidente
da República) acarreta, após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, inde-
pendentemente do número de votos anulados. Nesse caso, a eleição correrá a expensas
da Justiça Eleitoral e será: I – indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de 6 (seis)
meses do final do mandato; II – direta, nos demais casos.
Assim, a assertiva correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Em caso de eleições no exterior, as mesas receptoras serão organizadas pelo
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal mediante proposta dos chefes de missão
diplomática e cônsules-gerais, que ficarão investidos, no que for aplicável, nas funções
administrativas do juiz eleitoral.
b. Errado. De acordo com o art. 127, III, do Código Eleitoral, compete ao presidente da
mesa receptora de votos manter a ordem e, se for o caso, poderá requisitar a entrada da
fora pública.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
c. Errado. Segundo o art. 13, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, tanto nas eleições majoritárias
quanto nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado
até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a
substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
d. Errado. Conforme o art. 220, III, do Código Eleitoral, é nula a votação quando realizada
em dia, hora ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas.
COMENTÁRIO
A manifestação apolítica do eleitoral, hipótese em que o eleitor voluntariamente ou por erro
anula o voto ou vota em branco, não atrai a incidência das disposições contidas no art. 224
do Código Eleitoral, segundo o qual devem ser feitas novas eleições.
Na verdade, a necessidade de realização de novas eleições somente ocorre quando mais
de 50% dos votos forem nulos em razão da prática de ilícitos eleitorais.
Desse modo, pode-se afirmar que não é nula a eleição quando a maioria dos eleitores vota
nulo, situação em que a definição dos eleitos ocorrerá com base nos votos válido.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral e do entendimento firmado pelo Tribunal Su-
perior Eleitoral, nas hipóteses em que, em decorrência da prática de ilícitos eleitorais, a
Justiça Eleitoral declarar a nulidade de votos e essa invalidade alcançar mais de metade
deles, deverão ser realizadas novas eleições.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
b. Errado. A partir das modificações promovidas pela Lei n. 13.165/2015, independente-
mente do número de votos anulados, as decisões da Justiça Eleitoral que importarem em
indeferimento do registro, cassação do diploma ou perda do mandato de candidato eleito
em pleito majoritário acarreta, nas eleições de governador e prefeito, faz-se novas elei-
ções, ainda que haja um segundo colocado.
c. Errado. Nas eleições municipais, independentemente do número de eleitores que com-
pareceram às urnas, faz-se novas eleições: a) nas eleições majoritárias, se houver o inde-
ferimento do registro, cassação do diploma ou perda do mandato de candidato eleito; e b)
nas eleições proporcionais, quando mais da metade dos votos forem nulos em decorrência
da prática de ilícitos eleitorais.
d. Errado. A nulidade decorrente da manifestação apolítica dos eleitorais não impacta o
percentual de votos necessários para fins de definição da realização de novas eleições,
mas apenas aqueles decorrentes da prática de ilícito eleitoral.
e. Errado. A manifestação apolítica de eleitores, por meio da anulação do voto ou do voto
em branco, não atrai a incidência da disposição contida no art. 224 do Código Eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral, quando mais da metade dos votos forem nulos
em razão de invalidade decretada pela Justiça Eleitoral considera-se nula a eleição e deve
ser feita uma nova eleição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
É assente o posicionamento desta Corte de que o candidato que deu causa à anulação
do pleito não poderá participar das novas eleições, em respeito ao princípio da razoabili-
dade (Ac. de 29.9.2009 no REspe n. 35.901, rel. Min. Min. Marcelo Ribeiro).
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 219, parágrafo único, do Código Eleitoral, em razão da adoção do prin-
cípio do interesse, a declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe
deu causa nem a ela aproveitar.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 225 do Código Eleitoral, nas eleições para presidente e vice-pre-
sidente da República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
b. Errado. De acordo com o art. 227 do Código Eleitoral, as mesas receptoras serão organizadas
pelo Tribunal Regional do Distrito Federal mediante proposta dos chefes de missão e cônsules-
-gerais, que ficarão investidos, no que for aplicável, das funções administrativas de juiz eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
c. Errado. A nulidade decorrente da manifestação apolítica do eleitor não tem como efeito a
necessidade de realização de novas eleições. Na verdade, nos termos do art. 224 do Có-
digo Eleitoral, faz-se novas eleições quando mais de 50% dos votos de uma determinada
eleição forem nulos em razão da prática de ilícitos eleitorais.
d. Errado. Conforme o art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não de-
cidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o
mandato em toda a sua plenitude.
Recursos Eleitorais
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento contido na Súmula 72 do Tribunal Superior Eleitoral, é
inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na
decisão recorrida nem foi objeto de embargos de declaração.
Trata-se da exigência do prequestionamento, como requisito para o conhecimento dos
embargos de declaração, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, é indispensável o esgo-
tamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral.
c. Errado. Nos termos da Súmula 31 do Tribunal Superior Eleitoral, não cabe recurso espe-
cial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar.
d. Errado. Conforme a Súmula n. 34 do Tribunal Superior Eleitoral, não compete ao Tribu-
nal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro de
Tribunal Regional Eleitoral.
e. Errado. Para a Súmula 24 do Tribunal Superior Eleitoral, não cabe recurso especial elei-
toral para simples reexame do conjunto fático-probatório.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 279 do Código Eleitoral, em caso de decisão de negativa de seguimento
de recurso especial eleitoral, o recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três) dias, agravo
(chamado de instrumento, mas atualmente processado nos próprios autos).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
a. Errado. Inexiste previsão de cabimento de recurso contra a decisão do presidente de
Tribunal Regional Eleitoral que admitir recurso especial eleitoral.
b. Errado. Segundo o art. 279, § 3º, do Código Eleitoral, deferida a formação do agravo,
será intimado o recorrido para, no prazo de 3 (três) dias, apresentar as suas razões e indi-
car as peças dos autos que serão também trasladadas.
c. Errado. De acordo com o art. 279, § 4º, do Código Eleitoral, concluída a formação do
instrumento o presidente do Tribunal determinará a remessa dos autos ao Tribunal Supe-
rior, podendo, ainda, ordenar a extração e a juntada de peças não indicadas pelas partes.
d. Errado. O agravo não se sujeita a juízo de admissibilidade perante o presidente do
Tribunal Regional Eleitoral. Com efeito, conforme o art. 279, § 5º, do Código Eleitoral, o
presidente do Tribunal não poderá negar seguimento ao agravo, ainda que interposto fora
do prazo legal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão está desatualizada.
Vamos à análise das assertivas:
a. Errado. Nos termos do art. 259 do Código Eleitoral, são preclusivos os prazos para inter-
posição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
b. Errado. Segundo o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo es-
pecial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
c. Certo. De acordo com o art. 262 do Código Eleitoral, o recurso contra expedição de
diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza cons-
titucional e de falta de condição de elegibilidade.
d. Errado. Conforme o art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não têm efeito
suspensivo.
e. Errado. Os art. 279 e 282 do Código Eleitoral preveem a possibilidade de interposição
de recurso, o agravo, contra as decisões dos presidentes de Tribunal Regional Eleitoral e
do Tribunal Superior Eleitoral que nega seguimento ao recurso especial e ao recurso ex-
traordinário.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as decisões do Tri-
bunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 121, § 4º, I, da Constituição Federal, dentre outras situações, das de-
cisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando forem proferidas
contra disposição expressa desta Constituição ou de lei.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 121, § 4º, II, da Constituição Federal, dentre outras situações,
das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando ocorrer
divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. Errado. De acordo com o art. 121 da Constituição Federal, lei complementar disporá
sobre a organização e competências da Justiça Eleitoral.
d. Errado. Conforme o art. 121, § 4º, da Constituição Federal, dentre outras situações,
será cabível a interposição de recurso contra as decisões dos Tribunais Regionais Eleitoral
quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou
estaduais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 276, II, do Código Eleitoral, as decisões dos tribunais regionais são ter-
minativas. Entretanto, será cabível a interposição de recurso ordinário contra os acórdãos
dos Tribunais Regionais Eleitorais quando:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 171 do Código Eleitoral, não será admitido recurso contra a apuração,
se não tiver havido impugnação perante a junta, no ato da apuração, contra a nulida-
des arguidas.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 169, § 3º, do Código Eleitoral, o recurso, quando ocorrerem elei-
ções simultâneas, indicará expressamente a eleição a que se refere.
b. Errado. De acordo com o art. 169, § 4º, do Código Eleitoral, afigura-se possível a inter-
posição de recurso contra a apuração de forma verbal, hipótese em que constará também
da certidão o trecho correspondente do boletim.
d. Errado. As impugnações e os recursos contra a apuração podem ser propostos pelos
fiscais e delegados de partidos políticos, assim também pelos candidatos.
e. Errado. Conforme o art. 169, § 4º, do Código Eleitoral, os recursos serão instruídos de
ofício, com certidão da decisão recorrida.
COMENTÁRIO
Segundo o art. 121, § 3º, da Constituição Federal, em regra, as decisões do Tribunal Supe-
rior Eleitoral são irrecorríveis. Entretanto, em caso de violação de normas constitucionais,
será cabível a interposição de recurso extraordinário e de denegação da ordem de habeas
corpus ou de mandado de segurança, recurso ordinário. Em ambas as situações os recur-
sos serão endereçados ao Supremo Tribunal Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Para o art. 121, § 4º, V, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais Regionais
Eleitorais que denegarem a ordem de mandado de segurança será cabível a interposição
de recurso ordinário ao Tribunal Superior Eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Não há a previsão de cabimento de recurso ordinário contra recursos que ver-
sarem sobre a expedição de diplomas nas eleições municipais, mas apenas nas eleições
estaduais e federais.
b. Errado. Inexiste previsão de cabimento contra as decisões dos TREs que concederem
habeas corpus.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
d. Errado. As decisões dos TREs que forem proferidas contra expressa disposição de lei
poderão ser impugnadas por meio de recurso especial eleitoral, nos termos do art. 121, §
4º, I, da Constituição Federal.
e. Errado. Em caso de divergência jurisprudencial entre Tribunais Eleitorais, na interpreta-
ção de lei é autorizada a interposição de recurso especial eleitoral, conforme se vê no art.
121, § 4º, II, da Constituição Federal.
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Esta questão foi anulada.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O art. 265 do Código Eleitoral dispõe sobre o meio de impugnação de decisões proferidas
pelos juízes e pelas juntas eleitorais. Esse meio de impugnação é denominado pela dou-
trina de recurso inominado e pode ser manejado para a impugnação das decisões cíveis-
-eleitorais dos juízes e das juntas eleitorais.
Se se tratar de processo criminal-eleitoral, o recurso cabível está previsto no art. 361 do
Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
I – Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três)
dias da publicação do ato, resolução ou decisão.
II – Os recursos eleitorais terão efeito suspensivo, suspendendo-se a eficácia de ato,
resolução ou decisão.
III – Feita a distribuição do recurso a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos à Pro-
curadoria Regional, que deverá emitir parecer no prazo de 15 (quinze) dias.
IV – Em regra, no julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as decisões anteriores sobre
questões de Direito constituem prejulgados para os demais casos.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo
especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
II – Errado. De acordo com o art. 257 do Código Eleitoral, em regra, os recursos eleitorais
não terão efeito suspensivo.
III – Errado. Segundo o art. 269, § 1º, do Código Eleitoral, após a distribuição dos recursos
interpostos contra as decisões dos juízes e das juntas eleitorais, a Secretaria do Tribunal
Regional Eleitoral deve abrir vista dos autos à Procuradoria Regional Eleitoral para a emis-
são de parecer no prazo de 5 (cinco) dias.
IV – Certo. Conforme o art. 263 do Código Eleitoral, no julgamento de um mesmo pleito
eleitoral, as decisões anteriores sobre questões de direito constituem prejulgados para os
demais casos, salvo se contra a tese votarem dois terços dos membros do Tribunal. Por
essa disposição legal, esse item foi considerado correto. Apesar disso, segundo o entendi-
mento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral no Processo n. 12.501/1992, este dispositivo
afigura-se inconstitucional desde a Constituição Federal de 1946.
Superada a inconstitucionalidade do dispositivo desconsiderada pelo examinador, chega-
-se à conclusão de que a alternativa correta é a letra “a”.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
São hipóteses de cabimento de recurso ordinário contra as decisões dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais ao Tribunal Superior Eleitoral quando:
COMENTÁRIO
Após a interposição de recurso eleitoral contra a decisão que defira o pedido de alistamen-
to eleitoral, o juiz intimará o recorrido para, querendo, apresentar contrarrazões, as quais
serão ou não acompanhadas de novos documentos.
Na hipótese em que o recorrido apresente novos documentos, o recorrente será intimado
para, no prazo de 48 horas manifestar-se sobre eles, nos termos do art. 267, § 5º, do Có-
digo de Processo Civil.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o re-
curso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as decisões do Tri-
bunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de
habeas corpus ou mandado de segurança.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 94 da Lei n. 9.504/1997, os feitos eleitorais, no período entre
o registro das candidaturas até 5 (cinco) dias após a realização do segundo turno das elei-
ções, terão prioridade para a participação do Ministério Público e dos juízes de todas as jus-
tiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança.
c. Errado. Nas situações previstas em lei, os recursos eleitorais possuirão efeito suspensivo.
Por exemplo, nas hipóteses previstas no art. 257, § 12º, do Código Eleitoral. Além disso, em
caso de interposição de recurso, abre-se prazo para o recorrido apresentar contrarrazões.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. O recurso interposto contra a decisão (acórdão) de Tribunal Regional Eleitoral
que decretar a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais será julgado pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
II – Certo. O recurso interposto contra a decisão (acórdão) de Tribunal Regional Eleitoral
que discuta matéria constitucional será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
III – Errado. Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
originária para processar e julgar a própria exceção e não apenas o agravo regimental
da decisão do relator, na Corte de Origem, que liminarmente a rejeitara: incidente, em
tal hipótese, o art. 102, I, “n”, CF, não cabe declinar da competência questionada para o
TSE, ainda que, em recurso pendente e de sua competência, se tenha preliminarmente
alegado a suspeição objeto da exceção anterior. (AO n. 202 QO, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Tribunal Pleno, DJ de 11.3.1994).
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 121, § 4º, da Constituição Federal, das decisões dos Tribunais Regio-
nais Eleitorais somente caberá recurso quando:
COMENTÁRIO
As decisões do Tribunal Superior Eleitoral são irrecorríveis, salvo quando contrariarem a
Constituição Federal ou denegarem a ordem de habeas corpus ou de mandado de segu-
rança, conforme prescrição contida no art. 121, § 3º, da Constituição Federal.
Desse modo, se houver uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que declarar a invalida-
de de uma lei federal, não caberá a interposição de recurso.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
A partir da aplicação das regras legais, assim como do entendimento doutrinário e jurispru-
dencial aplicável à espécie, essa questão não teria alternativa correta.
Entretanto, a Banca Examinadora considerou correta a alternativa “b” e, apesar dos diver-
sos recursos, a questão não foi anulada.
Vamos lá!
Os recursos eleitorais possuem efeito devolutivo e, em regra, não possuem efeito suspen-
sivo. Os recursos eleitorais somente terão efeito suspensivo nas hipóteses expressamente
previstas em lei.
Vamos à análise das assertivas:
a, d) Em regra, os recursos eleitorais possuem efeito suspensivo.
b. Os recursos eleitorais possuem efeito devolutivo, mas somente nas hipóteses expressa-
mente previstas em lei terão efeito suspensivo.
c. Salvo disposição em contrário, os recursos eleitorais devem ser interpostos no prazo de
3 (três) dias.
e. Nos termos do art. 261 do Código Eleitoral, os recursos parciais, entre os quais não se
incluem os que versarem matéria referente ao registro de candidatos, interpostos para os
Tribunais Regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no caso de
eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada nas respecti-
vas Secretarias. Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso parcial pendente de
decisão em outra instância, será consignado que os resultados poderão sofrer alterações
decorrentes desse julgamento.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Os recursos interpostos contra as decisões proferidas pelo juiz eleitoral, previstos no art.
265 do Código Eleitoral, são dotados de efeito regressivo, ou seja, permitem ao prolator da
decisão a possibilidade de revê-la por meio do exercício do juízo de retratação, nos termos
do art. 265, § 7º, do Código Eleitoral.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 121, § 3º, da Constituição Federal, são irrecorríveis as
decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as
denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. Nessas situações, o recurso
será endereçado ao Supremo Tribunal Federal.
b. Errado. Conforme a Súmula 728 do STF, é de 3 (três) dias o prazo para a interposição
de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for
o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento.
c. Errado. Os recursos eleitorais interpostos contra as decisões dos juízes eleitorais não se
sujeitam a juízo de admissibilidade perante a primeira instância, mas apenas perante os
Tribunais Regionais Eleitorais.
e. Errado. Em regra, os recursos eleitorais são recebidos no efeito devolutivo, mas apenas
nas hipóteses expressamente previstas nas leis eleitorais.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O Código Eleitoral não possui regras sobre os efeitos em que serão recebidos os recursos
de apelação criminal interpostos contra a sentença penal condenatória.
Diante dessa lacuna, deve-se aplicar a disposição contida no art. 364 do Código de Pro-
cesso Penal, segundo o qual, no processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos co-
muns que lhes forem conexos, assim como nos recursos e na execução que lhes digam
respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
Assim, aplicável à espécie o art. 597 do Código de Processo Penal, segundo o qual a
apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, motivo pelo qual a alternativa
correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A apelação criminal, se interposta contra a sentença penal condenatória, possui
efeito suspensivo.
c. Errado. Se a apelação for interposta contra a sentença absolutória, terá apenas o efeito
devolutivo.
d. Errado. A apelação, no âmbito penal eleitoral, deve ser interposta no prazo de 10 (dez)
dias, nos termos do art. 362 do Código Eleitoral.
e. Errado. A apelação contra a sentença criminal eleitoral deve ser interposta perante o juiz
eleitoral, que intimará o recorrido para apresentar as contrarrazões. Em seguida, os autos
serão encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral para julgamento.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento sumulado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
Súmula 11. No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não
tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria
constitucional.
Nesse ponto, destaque-se que essa posição sumulada não se aplica ao Ministério Públi-
co, defensor do regime democrático, motivo pelo qual, ainda que não tenha impugnado o
registro de candidatura, caberá recurso ministerial contra a decisão proferida nos autos do
processo de registro de candidatura.
Por essa súmula, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Conforme o art. 265 do Código Eleitoral, dos atos, resoluções ou despachos dos
juízes ou juntas eleitorais, caberá recurso para o Tribunal Regional Eleitoral.
c. Errado. Nos termos do art. 216 do Código Eleitoral, enquanto o Tribunal Superior não
decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o
mandato em toda a sua plenitude.
d. Errado. Segundo o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo es-
pecial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução
ou despacho.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 261 do Código Eleitoral, os recursos parciais, entre os quais não se
incluem os que versarem matéria referente ao registro de candidatos, interpostos
para os tribunais regionais no caso de eleições municipais, e para o Tribunal Superior no
caso de eleições estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada nas
respectivas secretarias.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 45, § 7º, do Código Eleitoral, do despacho que indeferir
o requerimento de inscrição caberá recurso interposto pelo alistando e do que o deferir
poderá recorrer qualquer delegado de partido. Nesse caso, o recurso, em caso de indefe-
rimento, deve ser interposto no prazo de 5 (cindo) dias; no caso de deferimento, no prazo
de 10 (dez) dias.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Errado. Segundo o art. 135, §§ 7º e 8º, do Código Eleitoral, da designação dos lugares
de votação poderá qualquer partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de 3 (três) dias a
contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de 48 horas. Da decisão do
juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias,
devendo, no mesmo prazo, ser resolvido.
c. Errado. Para o art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não terão efeito sus-
pensivo. Nesse ponto, recorde-se que, nos casos previstos em lei, os recursos eleitorais
terão efeito suspensivo. Por exemplo, o recurso ordinário interposto contra decisão proferi-
da por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral que resulte em cassação de registro,
afastamento do titular ou perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal competente
com efeito suspensivo. No que se refere ao prazo para a interposição de recurso, sempre
que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publi-
cação do ato, resolução ou despacho (art. 258 do Código Eleitoral).
e. Errado. Conforme o art. 58, § 5º, da Lei n. 9.504/1997, da decisão sobre o exercício do
direito de resposta cabe recurso às instâncias superiores, em 24 horas da data de sua pu-
blicação em cartório ou sessão, assegurado ao recorrido oferecer contrarrazões em igual
prazo, a contar da sua notificação.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o re-
curso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 39-A da Lei n. 9.504/1997, constitui direito, no dia das eleições, a ma-
nifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido político, coligação ou
candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados. Segundo o art. 39, § 5º, II, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia da
eleição, a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna.
c, d) Errados. Nos termos do art. 39, § 5º, II, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia
da eleição, o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício
ou carreata.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 360 do Código Eleitoral, ouvidas as testemunhas da acusação e da
defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou orde-
nadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias a cada uma das partes – acusação e
defesa – para alegações finais.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Errado. Para o art. 362 do Código Eleitoral, das decisões finais de condenação ou ab-
solvição cabe recurso para o Tribunal Regional a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias.
c. Errado. De acordo com o art. 357 do Código Eleitoral, verificada a infração penal, o Mi-
nistério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
d. Errado. Conforme o art. 359 do Código Eleitoral, recebida a denúncia, o juiz designará
dia e hora para o depoimento pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notifica-
ção do Ministério Público. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para ofere-
cer alegações escritas e arrolar testemunhas.
e. Errado. Segundo o art. 361 do Código Eleitoral, decorrido esse prazo, e conclusos os
autos ao juiz dentro de 48 horas, terá o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença.
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 312 do Código Eleitoral, constitui crime violar ou tentar violar o sigilo
do voto, punível com pena de detenção de até 2 (dois) anos.
Nesse caso, tutela-se o bem jurídico liberdade para o exercício do direito ao voto, motivo
pelo qual se pode afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. O crime eleitoral inscrito no art. 312 do Código Eleitoral é doloso e não se mani-
festa na forma culposa.
c. Errado. A prática desse crime independe da ocorrência de resultado naturalístico ou de
um fim especial de agir, mas basta que se vote ou tente votar mais de uma vez.
d. Errado. Qualquer eleitor, titular do direito ao voto, poderá ser o sujeito passivo desse
crime eleitoral.
e. Errado. Trata-se de um crime formal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 317 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral violar ou tentar violar
o sigilo da urna ou dos invólucros, punido com pena de reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 318 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral a mesa receptora
efetuar a contagem dos votos da urna quando qualquer eleitor houver votado sob impug-
nação, punido com pena de detenção de até um mês ou multa.
c. Errado. Nos termos do art. 319 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral subscrever o
eleitor mais de uma ficha de registro de um ou mais partidos, punido com pena de detenção
de até 1 (um) ano e multa.
d. Errado. Conforme o art. 312 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral violar ou tentar
violar o sigilo do voto, punido com pena de detenção de até 2 (dois) anos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, firmado no julgamento do RES-
PE n. 21295, apesar de os crimes eleitorais sujeitarem-se à ação penal pública incondicio-
nada, admite-se o cabimento da ação penal privada subsidiária da pública.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Em razão da independência das instâncias, a eventual improcedência de even-
tual demanda no âmbito cível ou administrativo-eleitoral não possui reflexo eleitoral. A
esse respeito:
A improcedência da ação eleitoral não obsta a propositura da ação penal pelos mesmos
fatos, já que a instância criminal é independente da cível-eleitoral [...] (Ac. de 3.9.2014
no RHC n. 43822, rel. Min. Luciana Lóssio; no mesmo sentido o Ac. de 26.8.2010 no HC
n. 31828, Rel. Min. Cármen Lúcia.)
c. Errado. Segundo o art. 78, IV do Código de Processo Penal e art. 35, II do Código
Eleitoral:
O art. 35, II, do Código Eleitoral – que segue a sistemática do art. 78, IV, do CPP – é
expresso quanto à competência desta Justiça Especializada para processar e julgar os
crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. [...] (Ac. de 3.5.2018 no HC
060434813, rel. Min. Jorge Mussi.).
d. Errado. Nos termos do entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julga-
mento do RESpe n. 22484, os discursos tidos como ofensivos com afirmações apenas
genéricas não configuram delito contra a honra eleitoral.
e. Errado. Conforme o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para a prática dos
atos processuais indicados apenas em:
a. I, III e IV.
b. II e III.
c. I e IV.
d. I, II e III.
e. II e IV.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. No processo penal eleitoral, o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público
deve ocorrer no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 357 do Código Eleitoral.
II – Certo. No processo penal eleitoral, o oferecimento de alegações escritas e apresen-
tação de rol de testemunhas pelo réu ou seu defensor deve ser oferecida no prazo de 10
(dez) dias, segundo o art. 359, parágrafo único, do Código Eleitoral.
III – Errado. No processo penal eleitoral, a interposição de recurso para o Tribunal Regio-
nal competente da decisão final de condenação ou absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral
ocorrerá no prazo de 10 (dez) dias, de acordo com o art. 361 do Código Eleitoral.
IV – Errado. No processo penal eleitoral, o oferecimento de alegações finais para cada
uma das partes − acusação e defesa deve ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias, conforme o
art. 360 do Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 354-A do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral:
Por sua vez, manter, movimentar ou utilizar qualquer recurso ou valor paralelamente à
contabilidade exigida pela legislação eleitoral pode configurar o ilícito cível-eleitoral arreca-
dação e gastos ilícitos de recursos em campanhas eleitorais, previsto no art. 30-A da Lei n.
9.504/1997, mas não constitui crime eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 33, § 4º, da Lei n. 9.504/1997, a divulgação de pesquisa fraudu-
lenta constitui crime, punível com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa no valor
de cinquenta mil a cem mil UFIR.
b. Errado. Nos termos do art. 39, § 5º, IV, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime eleitoral, no
dia das eleição, a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas
aplicações de internet de propaganda eleitoral, podendo ser mantidos em funcionamento
as aplicações e os conteúdos publicados anteriormente.
d. Errado. Conforme o art. 40 da Lei n. 9.504/1997, o uso, na propaganda eleitoral, de
símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão de
governo, empresa pública ou sociedade de economia mista constitui crime.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Em razão do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do In-
quérito n. 4.435, os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais são processados e jul-
gados pela Justiça Eleitoral.
A esse respeito, veja a notícia sobre o julgado contida no Informativo n. 933 do Supremo
Tribunal Federal:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
A partir desse julgado, conclui-se que os crimes comuns conexos aos crimes eleitorais,
ainda que da competência da Justiça Federal, serão processados e julgados pela Justiça
Eleitoral, que exerce a vis atractiva.
Logo, Armando deverá ser processado e julgado pelo crime de furto e pelo crime de trans-
porte irregular de eleitores perante a Justiça Eleitoral, a qual exerce a vis atractiva.
COMENTÁRIO
O art. 354-A do Código Eleitoral, com a redação dada pela Lei n. 13.488/2017, prescreve
ser crime apropriar-se o candidato, o administrador financeiro da campanha, ou quem de
fato exerce essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao financiamento eleito-
ral, em proveito próprio ou alheio.
A prática dessa conduta sujeita o infrator a pena de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
anos, e multa.
Com isso, Nivaldo, ao apropriar-se de valores destinados ao financiamento de sua cam-
panha eleitoral, independentemente da finalidade a ser dada aos recursos apropriados,
pratica essa conduta e estará sujeito à pena de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O crime de corrupção eleitoral pode ser classificado como:
a. doloso (não admite a modalidade culposa);
b. formal (sua ocorrência independe do resultado naturalístico do voto, da abstenção ou do
resultado das eleições);
c. de ação múltipla (pode ser realizado por diferentes ações);
d. de forma livre (pode ser praticado por diversos meios);
e. comissivo (exige a realização de uma conduta por parte do agente);
f) comum, na modalidade ativa (pode ser praticado por qualquer pessoa); e
g) próprio, na modalidade passiva (só pode ser praticado pelo eleitor).
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
• De acordo com o art. 301 do Código Eleitoral, configura crime eleitoral o fato de alguém
usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determi-
nado candidato ou candidato, ainda que os fins visados não sejam alcançados. Com isso,
a conduta de João se amolda ao tipo penal inscrito no art. 301 do Código Eleitoral.
• Segundo o art. 306 do Código Eleitoral, considera-se crime eleitoral a não observância da
ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar. Desse modo, Carolina praticou o
crime eleitoral previsto no art. 306 do Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Constitui crime eleitoral, conforme previsto no art. 312 do Código Eleitoral, a violação ou
a tentativa de violação do sigilo do voto. A prática dessa conduta tem como consequência
uma pena de detenção até 2 (dois) anos.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas alternativas estão incorretas pelas seguin-
tes razões:
a. Errado. De acordo com o art. 284 do Código Eleitoral, a ausência de previsão de pena
mínima nos crimes eleitorais têm como consequência: em caso de crime punido com reclu-
são, será de 1 (um) ano; em caso de crime punido com detenção, será de 15 (quinze) dias.
b. Errado. Segundo o art. 284 do Código Eleitoral, em caso de previsão legal de incidência
de causa agravante ou atenuante de pena, sem a previsão de quantum, deve o juiz estabe-
lecê-lo entre um quinto e um terço, sem que a pena, nessa etapa, possa ser fixada acima
do máximo ou aquém do mínimo.
c. Errado. Em caso de condenação por crime eleitoral, a pena de multa, se o juiz verificar
que o valor da sanção será ineficaz, mesmo que imposta no seu máximo, ele poderá, con-
siderada a situação econômica do condenado, aumentá-la até o triplo, embora não possa
exceder a 300 dias-multa.
d. Errado. Nos termos do art. 91, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, o fato de o título
eleitoral ou do comprovante de votação ser retido constitui crime eleitoral, com a previsão
de pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, admitindo-se a substituição da pena priva-
tiva de liberdade pela restritiva de direitos de prestação de serviços à comunidade, e multa.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Considere que Antônio ofereceu a Carlos um emprego para que ele votasse em Rodri-
go e tentasse convencer seus conhecidos a fazerem o mesmo, e que Carlos aceitou a
proposta. Nessa situação, tanto Antônio quanto Carlos cometeram crime eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral dar, oferecer, prometer,
solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem,
para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não
seja aceita:
Assim, o fato de Antônio ter oferecido uma vantagem em troca do voto a ser dado a terceiro
configura crime eleitoral. Da mesma forma, o fato de Carlos receber vantagem em troca
de seu voto também atrai a incidência da conduta inscrita no art. 299 do Código Eleitoral.
COMENTÁRIO
Após a conclusão de um inquérito policial instaurado para a apuração de crime eleitoral, os
autos são encaminhados ao membro do Ministério Público para a formação de sua opinio
delicti, podendo adotar uma das seguintes medidas:
a. oferecer a denúncia, caso entenda presentes os indícios de autoria e prova da materia-
lidade delitiva;
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. pugnar pela devolução dos autos à Autoridade Policial, com requisição de realização de
novas diligências; e
c. requerer o arquivamento do inquérito policial.
Segundo o art. 357, § 1º, do Código Eleitoral, se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de con-
siderar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao procurador
regional, e este oferecerá a denúncia, designará outro promotor para oferecê-la, ou insisti-
rá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Assim, ainda que não concorde com a manifestação de arquivamento formulada pelo Pro-
curador Regional Eleitoral, está o juiz eleitoral obrigado a arquivar os autos do inquéri-
to policial.
I – Como regra, as infrações penais definidas no Código Eleitoral são de ação pública.
II – Reza o art. 356 do Código Eleitoral: “Todo cidadão que tiver conhecimento de infração
penal deste Código deverá comunicá-la ao Juiz Eleitoral da Zona onde a mesma se
verificou”. Quando a comunicação for verbal, mandará a autoridade judicial reduzi-la
a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao órgão
do Ministério Público local.
III – A execução de qualquer acórdão da Justiça Eleitoral será feita imediatamente; por via
de consequência, os recursos eleitorais têm efeito suspensivo.
IV – São preclusivos os prazos para a interposição de recurso eleitoral, salvo quando neste
se discutir matéria constitucional. Ademais, sempre que lei não fixar prazo especial,
os recursos devem ser interpostos em, no máximo, 48 horas da publicação do ato,
resolução ou despacho.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Certo. De acordo com o art. 355 do Código Eleitoral, os crimes eleitorais são de ação
penal pública.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
II – Certo. Segundo o art. 356 do Código Eleitoral, todo cidadão que tiver conhecimento
de infração penal eleitoral deverá comunicá-la ao juiz eleitoral da zona em que o crime
ocorreu. Nesse caso, se a comunicação for verbal, mandará a autoridade judicial reduzi-la
a termo, assinado pelo apresentante e por duas testemunhas, e a remeterá ao órgão do
Ministério Público local. Desse modo, pode-se afirmar que essa assertiva está certa.
III – Nos termos do art. 257 do Código Eleitoral, os recursos eleitorais não têm efeito sus-
pensivo. Desse modo, essa assertiva está errada.
IV – Conforme o art. 258 do Código Eleitoral, sempre que a lei não fixar prazo especial, o
recurso deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato, resolução ou despa-
cho. Desse modo, essa assertiva está errada.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
I – Certo. De acordo com o art. 283 do Código Eleitoral, para fins penais, consideram-se
membros e funcionários da Justiça Eleitoral: a) os magistrados que, mesmo não exercen-
do funções eleitorais, estejam presidindo juntas apuradoras ou se encontrem no exercício
de outra função por designação de Tribunal Eleitoral; b) os cidadãos que temporariamente
integram órgãos da Justiça Eleitoral; c) os cidadãos que hajam sido nomeados para as me-
sas receptoras ou juntas apuradoras; d) os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral.
II – Errado. Segundo o art. 283, IV, do Código Eleitoral, considera-se, para fins penais,
membros e funcionários da Justiça Eleitoral, os funcionários requisitados pela Justiça
Eleitoral.
III – Certo. Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, considera-se crime de corrupção
eleitoral dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dá-
diva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer
abstenção, ainda que a oferta não seja aceita.
IV – Certo. Conforme o art. 41-A da Lei n. 9.504/1997, constitui captação de sufrágio, ve-
dada por esta lei, o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de
obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou
função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de
multa eleitoral e cassação do registro ou do diploma.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Oferecimento da denúncia – nos termos do art. 357 do Código Eleitoral, verificada a in-
fração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 10 (dez) dias.
• Oferecimento de alegações escritas e para arrolar testemunhas pelo réu e seu defensor –
segundo o art. 359, parágrafo único, do Código Eleitoral, o réu ou seu defensor terá o prazo
de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 39, § 5º, I, da Lei n. 9.504/1997, constitui crime, no dia das eleições,
o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata.
Atente-se para o fato que durante todo o dia da eleições, desde a 0h até às 23h59 Min, a
realização de qualquer desses atos constitui crime eleitoral.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. A prática das condutas tipificadas no art. 39, § 5º, da Lei n. 9.504/1997, em qual-
quer horário do dia das eleições, ainda que após o encerramento do horário de votação,
constitui crime eleitoral.
c, d, e) Errados. Segundo o art. 39, § 9º, da Lei n. 9.504/1997, a promoção de carretas e
passeatas é admitida até às 22h do dia que antecede as eleições.
COMENTÁRIO
Segundo o art. 300 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral valer-se o servidor públi-
co de sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato
ou partido.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Induzir ou instigar alguém a se filiar a partidos políticos não constitui crime
eleitoral.
c. Errado. No alistamento eleitoral, configura crime, conforme se vê no art. 290 do Código
Eleitoral, induzir alguém a se inscrever em afrontas às normas do Código Eleitoral. Inexiste
tipo penal com a previsão de que a facilitação à inscrição eleitoral configura crime eleitoral.
d. Errado. Além de existir crimes eleitorais relacionados ao ato de impedir ou embaraçar as
eleições, outras condutas, inclusive sem relação com as eleições, são consideradas crimes
eleitorais.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 300 do Código Eleitoral, constitui crime eleitoral valer-se o servidor
público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou a não votar em determinado can-
didato ou partido político.
Nesse caso, segundo o parágrafo único dessa disposição legal, se o autor do crime é
membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime prevalecendo-se do cargo, a
pena deve ser agravada.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b, d, e) Errados. O fato de o autor do crime ser servidor da Justiça Eleitoral e praticar o
crime prevalecendo-se dele, há razão para o agravamento da pena.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
c. Errado. A causa agravante desse tipo penal somente incide se o autor do crime for mem-
bro ou funcionário da Justiça Eleitoral, não havendo que se falar em agravamento da pena
se o crime for praticado por outros tipos funcionários públicos.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 25 da Lei Complementar n. 64/1990, constitui crime eleitoral a arguição
de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito por interferência do po-
der econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, deduzida de forma temerária ou
de manifesta má-fé.
Trata-se de crime eleitoral não previsto no Código Eleitoral, mas, sim, na Lei das Inele-
gibilidades.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, e) Errados. Trata-se de crime eleitoral.
b. Errado. Essa conduta não é crime previsto no Código Penal, mas, sim, na Lei das Ine-
legibilidades.
d. Errado. Trata-se de crime próprio que somente pode ser praticado pelos legitimados ao
ajuizamento da ação de impugnação ao registro de candidatura.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 299 do Código Eleitoral, constitui crime de corrupção eleitoral dar, ofe-
recer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer
outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que
a oferta não seja aceita.
Por essa disposição legal, vê-se que a conduta corrupção eleitoral, na sua forma ativa e
passiva, é considerada crime eleitoral e recebe o mesmo tratamento sancionatório, qual
seja: reclusão de até 4 (quatro) anos e pagamento de multa eleitoral de 5 a 15 dias-multa.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O crime de corrupção eleitoral, na sua modalidade ativa, pode ser cometido por
qualquer pessoa, ou seja, não é exigível que o corruptor seja aquele que irá auferir a van-
tagem eleitoral.
b. Errado. Para o crime de corrupção eleitoral, nas suas formas ativa e passiva, há a mes-
ma sanção penal.
c. Errado. O crime de corrupção eleitoral, na sua forma ativa, é crime comum e pode ser
cometido por qualquer pessoa, ao passo que, na modalidade passiva, é crime próprio e só
pode ser cometido pelo próprio eleitor.
e. Errado. No crime de corrupção eleitoral, exige-se, para a sua configuração, dolo especí-
fico, qual seja: “para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção”.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O art. 299 do Código Eleitoral prescreve que configura crime eleitoral dar, oferecer, prome-
ter, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vanta-
gem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta
não seja aceita.
A prática desse crime eleitoral tem como pena reclusão até 4 (quatro) anos e pagamento
de 5 a 15 dias-multa.
Esse crime eleitoral é formal e, para a sua configuração, não admitindo a forma tentada e
eventual aceitação ou cumprimento de promessa constitui mero exaurimento da conduta
criminosa (Ac.-TSE, de 27.11.2007, no Ag n. 8905).
Assim, o fato de Fabrício oferecer vantagem (pagamento da faculdade de Direito) a Mirtes,
ainda que a oferta não seja aceita, configura crime eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
O exercício da capacidade eleitoral ativa depende do prévio alistamento eleitoral, ou seja,
de requerimento de inscrição eleitoral perante a Justiça. Assim, a alistabilidade garantirá
ao cidadão a possibilidade de votar, participar de referendo plebiscito, propor ações popu-
lares por iniciativa popular de lei e, inclusive, preenchidos outros requisitos, participar das
eleições e concorrer a cargos eletivos.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 2º, da Constituição Federal, o alistamento e o voto são vedados
aos conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b, d, e) Errados. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para: i) os analfabetos; ii)
os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos; iii) os maiores de 70 (se-
tenta) anos.
c. Errado. O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (de-
zoito) anos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 6º, II, do Código Eleitoral, dispensa-se o voto dos: a) enfermos; b) que
se encontrem fora de seu domicílio; c) funcionários públicos civis e militares, em serviço
que os impossibilite de votar.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 7º, § 1º, V, do Código Eleitoral, sem a prova de que votou na
última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá
o eleitor obter passaporte ou carteira de identidade. Inexiste proibição para a realização de
viagens ao exterior.
c. Errado. De acordo com o art. 6º, II, do Código Eleitoral, a dispensa do voto será conce-
dida aos: a) enfermos; b) que se encontrem fora de seu domicílio; c) funcionários públicos
civis e militares, em serviço que os impossibilite de votar.
d. Errado. Segundo o art. 16, parágrafo único, da Resolução-TSE n. 21.538/2003, se o
analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à
multa. Nesse caso, inexiste a previsão de um prazo legal para o seu alistamento para que
não haja a aplicação da multa eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto
dos analfabetos são facultativos. Entretanto, apesar de poderem exercer sua capacidade
eleitoral ativa, os analfabetos, segundo se vê no art. 14, § 4º, da Constituição Federal, são
inelegíveis para qualquer cargos
Desse modo, a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O plebiscito constitui um dos institutos de exercício direto de poder pelo povo.
b. Errado. Os analfabetos, ainda que alistados, são inelegíveis para qualquer cargos.
c. Errado. Conforme o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o
voto são facultativos para os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos,
assim como para os maiores de 70 (setenta) anos.
d. Errado. Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das situações:
• Tício – de acordo com o art. 14, § 1º, I, da Constituição Federal, o alistamento e o voto são
obrigatórios para os brasileiros, maiores de 18 (dezoito), menores de 70 (setenta) anos e
alfabetizados. Desse modo, seu alistamento e voto são obrigatórios.
• Paulus – segundo o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto
são facultativos para os analfabetos. Ou seja, o alistamento e voto de Paulus é facultativo.
• Petrus – nos termos do art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento e voto são
facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos. Dessa forma, o alistamento eleitoral de
Petrus é facultativo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral
e o voto são facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos, para os analfabetos e para
os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos.
II – Certo. O direito ao sufrágio garante ao cidadão o direito de participar da formação da
vontade política do estado por meio do voto, da elegibilidade, do plebiscito, do referendo,
da iniciativa popular de leis e da propositura de ações populares.
III – Certo. Nos termos do art. 14 da Constituição Federal, são espécies de direitos políti-
cos: o voto, o referendo, o plebiscito, a iniciativa popular de leis e a propositura de ações
populares. Por sua vez, a alistabilidade é a característica daquele que preenche os requisi-
tos e pode requerer a sua inscrição como eleitor. Por fim, o direito de participar e organizar
partidos políticos, de forma majoritária, não é considerado um direito político, mas uma es-
pécie própria de direitos fundamentais. Apesar disso, essa assertiva foi considerada certa
pelo examinador.
IV – Errado. Segundo o art. 14, § 2º, da Constituição Federal, não podem se alistar como
eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
V – Errado. Conforme o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 3º, I e V, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade
a nacionalidade brasileira e a filiação partidária.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Para participar das eleições para o cargo de vereador, exige-se a idade mínima
de 18 (dezoito) anos.
c. Errado. Para participar das eleições para o cargo de governador e vice-governador, exi-
ge-se a idade mínima de 30 (trinta) anos.
d. Errado. Para participar das eleições para o cargo de Presidente, Vice-Presidente e Se-
nador da República, exige-se a idade mínima de 35 (trinta e cinco) anos.
COMENTÁRIO
O exercício do direito à elegibilidade depende do preenchimento, dentre outros requisitos,
da filiação partidária. Assim, para participar das eleições, o candidato deve ter o seu pedido
de registro de candidatura formulado pelo partido político ao qual se encontra filiado, con-
forme se vê no art. 11 da Lei n. 9.504/1997.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 3º, da Constituição Federal, dentre outras, são condições de
elegibilidade o domicílio eleitoral e a filiação partidária. Essas condições de elegibilidade
podem ser tratadas por meio de lei ordinária, sendo o art. 14, § 3º, da Constituição Federal,
uma norma constitucional de eficácia limitada.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamen-
to do MS n. 27938, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 29.4.2010, o reconhecimento da justa
causa para transferência de partido político afasta a perda do mandato eletivo por infideli-
dade partidária.
b. Errado. Nos termos do entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmado no julga-
mento da ADI n. 2938, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 9.12.2005, é válida a dispensa, por lei
estadual que discipline os procedimentos necessários à realização das eleições para im-
plementação da justiça de paz, de filiação partidária para os candidatos a juiz de paz.
c. Errado. Segundo o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, contido na
Súmula Vinculante n. 18, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
As condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3º) e as hipóteses de inelegibilidade (CF, art.
14, §§ 4º a 8º), inclusive aquelas decorrentes de legislação complementar (CF, art. 14,
§ 9º), aplicam-se de pleno direito, independentemente de sua expressa previsão na lei
local, à eleição indireta para Governador e Vice-Governador do Estado, realizada pela
Assembleia Legislativa em caso de dupla vacância desses cargos executivos no último
biênio do período de governo.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, c, da Constituição Federal, para concorrer ao cargo de depu-
tado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito, vice-prefeito e juiz de paz, o cidadão
deve ter, pelo menos, 21 (vinte e um) anos.
Com isso, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Exige-se a idade mínima de 35 (trinta e cinco) anos para que o cidadão possa
participar das eleições para presidente e vice-presidente da república.
b. Errado. Exige-se a idade mínima de 30 (trinta) anos para que o cidadão possa participar
das eleições para governador e vice-governador.
d. Errado. Exige-se a idade mínima de 18 (dezoito) anos para que o cidadão possa partici-
par das eleições para o cargo de vereador.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 8º, da Constituição Federal, o militar alistável é elegível, atendidas
as seguintes condições:
Por essa disposição constitucional, verifica-se que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegíveis.
b. Errado. Conforme o art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o
voto são facultativos para os maiores de 70 (setenta) anos.
c. Errado. De acordo com o art. 14, § 1º, I, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral
e o voto são obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos.
e. Errado. Para o art. 14, § 3º, VI, b, da Constituição Federal, exige-se a idade mínima de
30 (trinta) anos para que o cidadão possa participar das eleições para governador e vice-
-governador.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
b. trinta anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito,
vice-prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para vereador.
Por essa disposição constitucional, vê-se que a filiação partidária não é dispensável (pres-
cindível), mas indispensável. Com efeito, inexiste candidatura avulsa.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibilidade:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
b. trinta anos para governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito,
vice-prefeito e juiz de paz;
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
Por essa disposição constitucional, vê-se que para concorrer ao cargo de governador e
vice-governador, o cidadão deve ter, pelo menos, trinta anos de idade.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, VI, a, da Constituição Federal, para concorrer ao cargo de Se-
nador da República, o cidadão deve ter, pelo menos, trinta e cinco anos de idade.
Além disso, inexiste candidatura avulsa, exigindo-se de todos os cidadãos que queiram
participar das eleições a prévia filiação partidária.
Desse modo, Fernando não poderá participar das eleições, pois não tem a idade mínima
constitucional exigida nem possui filiação partidária.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, e) Errados. Fernando não possui a idade mínima constitucional para participar
das eleições.
b. Errado. Fernando não preenche a idade mínima constitucional e a filiação partidária.
d. Errado. Para concorrer ao cargo de Presidente e Vice-Presidente da República, o cida-
dão, dentre outros requisitos, deve possuir trinta e cinco anos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Os cidadãos que preencherem os requisitos constitucionais e legais possuem a capaci-
dade eleitoral passiva, podendo exercer o seu direito à elegibilidade e concorrer a cargos
públicos eletivos.
Assim, a capacidade eleitoral passiva diz respeito ao direito à elegibilidade, motivo pelo
qual a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O direito de participar de partidos políticos não figura como um direito político,
sendo, inclusive, tratado em capítulo distinto da Constituição Federal.
b. Errado. A alistabilidade constitui a característica das pessoas que preenchem os requi-
sitos para ser tornarem cidadãos.
d, e) Errados. O plebiscito e o referendo constituem direitos políticos ativos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 3º, I, da Constituição Federal, para o exercício do direito à elegibi-
lidade, exige-se a nacionalidade brasileira, inexistindo, em regra, distinção entre brasileiros
para que se participe das eleições.
Entretanto, especificamente no que se refere aos cargos de Presidente e Vice-Presidente
da República, somente poderá participar das eleições aqueles que sejam brasileiros natos.
Desse modo, brasileiro naturalizado poderá concorrer ao cargo de Senador da República,
mas, se eleito, não poderá ser escolhido como presidente do Senado Federal, conforme
se vê no art. 12, § 3º, da Constituição Federal, motivo pelo qual a alternativa correta é a
letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 15 da Constituição Federal, não se admite a cassação de Direitos
Políticos no Brasil.
b. Errado. De acordo com o art. 14, § 3º, V, da Constituição Federal, dentre as condições
de elegibilidade, tem-se a filiação partidária e, na ordem jurídica atual, inexiste candida-
tura avulsa.
c. Errado. Conforme o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
d. Errado. Para o art. 14, § 3º, VI, da Constituição Federal, constitui condição de elegibili-
dade a idade mínima de:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Desde a edição da Emenda à Constituição n. 16/1997, com a finalidade de viabilizar a apli-
cação do princípio da continuidade político-administrativa, houve a introdução do direito à
reeleição para os titulares de cargos de no Poder Executivo.
Com efeito, de acordo com o art. 14, § 5º, da Constituição, o Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver suce-
dido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subsequente.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Desse modo, para que Z, chefe do Poder Executivo, participe de eleições para outros car-
gos eletivos, precisa renunciar ao seu mandato.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no julgamento do
RO n. 060247518, a aferição da alfabetização deve ser feita com o menor rigor possível,
não podendo ser considerado analfabeto o candidato que possuir capacidade mínima de
escrita e leitura.
Assim, os semianalfabetos, ainda que tenha condições precárias de escrita e de leitura,
são elegíveis, motivo pelo qual a alternativa incorreta é a letra “a”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Com a finalidade de aferir a alfabetização do candidato, admite-se a realização
de instrução probatória nos autos de processo de registro de candidatura.
c. Errado. Segundo o entendimento contido na Súmula n. 15 do Tribunal Superior Eleito-
ral, o exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a
condição de alfabetizado do candidato. Ou seja, o fato de o candidato ter exercido função
pública, por si só, não constitui comprovação de sua alfabetização.
d. Errado. com a finalidade de aferir a alfabetização, o juiz eleitoral poderá realizar testes
de alfabetização, desde que de forma individual e reservada.
e. Errado. O analfabeto e os inalistáveis são inelegíveis, para qualquer cargo, por previsão
constitucional.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Desse modo, para que Regiane e Fabrício, chefes do Poder Executivo, possam participar
da eleição para outro cargo (Presidente da República), devem renunciar aos seus manda-
tos no prazo de até 6 (seis) meses antes das eleições.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Os parentes do chefe do Poder Executivo (seja cônjuge, parentes consanguíneos ou afins
até o segundo grau ou por adoção) são inelegíveis na circunscrição em que o titular para-
digma exercer o seu mandato, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
Assim, Manoel, filho do prefeito e candidato à reeleição, não pode concorrer ao cargo de
vereador no município em que seu pai exerce o mandato dentro dos 6 (seis) meses antes
da data das eleições. Apenas poderia se já fosse ocupante de cargo eletivo e se candida-
tasse à reeleição.
Considerando o texto acima e com base nas disposições constitucionais e legais sobre
elegibilidade e inelegibilidade, assinale a opção incorreta.
a. Deputado estadual irmão de governador em exercício não pode ser candidato ao
Senado Federal pelo mesmo estado.
b. O vice-prefeito pode candidatar-se a prefeito, ainda que tenha, em qualquer período
do mandato, substituído o titular, desde que provisoriamente.
c. A arguição de inelegibilidade de candidato a senador deve ser feita perante o Tribunal
Regional Eleitoral.
d. Para candidatar-se ao cargo de governador, o chefe do Gabinete Civil deve afastar-se
do cargo 6 (seis) meses antes do pleito.
e. Diretor do Banco Central pode candidatar-se a deputado federal caso se afaste do
cargo 6 (seis) meses antes do pleito.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
O vice-prefeito, que tenha substituído ou sucedido o prefeito no curso do mandato, pode
concorrer às eleições para prefeito no período imediatamente subsequente. Assim, ainda
que haja sucessão, mudança definitiva do cargo de chefe do Poder Executivo, admite-se
que o sucessor concorra à reeleição, para um único mandato subsequente.
Desse modo, a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. O deputado estadual, irmão de governador, poderá concorrer ao cargo de se-
nador na mesma circunscrição em que o seu parente exerce o mandato, desde que haja
desincompatibilização no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
c. Certo. A competência para o julgamento das ações de impugnação ao pedido de registro
de candidatura de cargos federais, deputado federal e senador da república é dos Tribu-
nais Regionais Eleitorais.
d. Certo. Nos termos do art. 1º, III, b, 1, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis
para governador e vice-governador até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente
de seus cargos os chefes dos gabinetes civil e militar do governador de estado ou do Dis-
trito Federal.
e. Certo. De acordo com o art. 1º, VII, a, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis
para o cargo de deputado federal os diretos de autarquias (Banco Central), empresas pú-
blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e mantidas pelo Poder Público.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
O chefe do Poder Executivo, seja Presidente, Governador ou Prefeito, para concorrer a
outro cargo eletivos, deve renunciar ao seu mandato no prazo de até 6 (seis) meses antes
da data das eleições com a finalidade de se desincompatibilizarem, nos termos do art. 14,
§ 6º, da Constituição Federal.
Assim, Tício, Governador, para concorrer ao cargo de Presidente da República, deve re-
nunciar ao seu mandato no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
Da mesma forma, Graça, Prefeita, para concorrer ao cargo de Governadora, também de-
verá se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Em linhas gerais, o fato de titulares de cargos eletivos no Poder Executivo estarem no
exercício do primeiro mandato constitui requisito para a não incidência de uma das causas
de inelegibilidade.
A seu turno, para concorrer à reeleição, o candidato deve estar no exercício do mandato,
motivo pelo qual parcela da doutrina aponta esse fato como condição de elegibilidade.
COMENTÁRIO
Sobre esse tema, o Tribunal Superior Eleitoral manifestou-se, nos seguintes termos:
No caso, o candidato, com deficiência visual adquirida, comprovou sua alfabetização por
meio de declaração de escolaridade de próprio punho, firmada na presença de servidor
da Justiça Eleitoral. Ficou demonstrado, portanto, que possui capacidade mínima de
leitura e escrita. (RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS em
18.9.2018)
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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A aferição da alfabetização deve ser feita com o menor rigor possível. Sempre que o can-
didato possuir capacidade mínima de escrita e leitura, ainda que de forma rudimentar, não
poderá ser considerado analfabeto para fins de incidência da inelegibilidade em questão
(RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, PSESS em 18.9.2018).
c. Errado.
Consoante decidido por esta Corte Superior, não é facultada a aplicação de teste cole-
tivo para aferir a alfabetização de candidato (REspe n. 22884, Rel. Min. Caputo Bastos,
PSESS em 20.9.2004).
e. Errado.
Não há que se exigir alfabetização em braille de candidato deficiente visual para fins de
participação no pleito. Para promover o acesso das pessoas com deficiência aos cargos
eletivos, deve–se aceitar e facilitar todos os meios, formas e formatos acessíveis de co-
municação, à escolha das pessoas com deficiência (RO n. 0602475-18.2018, Rel. Min.
Luís Roberto Barroso, PSESS em 18.9.2018).
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
a. De acordo com a Súmula n. 12 do Tribunal Superior Eleitoral, são inelegíveis, no municí-
pio desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha subs-
tituído, dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. A Súmula n. 7 do Tribunal Superior Eleitoral foi cancelada, mas é importante destacar que,
de acordo com o atual entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a irmã da com-
panheira (concubina) do atual chefe do Poder Executivo é inelegível. Trata-se da incidência
da inelegibilidade reflexa também aos integrantes de uma família decorrente de união estável.
c. Conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, na edição da Súmula
6, o afastamento definitivo por meio da renúncia do Chefe de Poder Executivo tem o efeito
de afastamento da inelegibilidade de seus parentes, não havendo que se falar em incidên-
cia da inelegibilidade inscrita no art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
d. Segundo a Súmula n. 19 do Tribunal Superior Eleitoral, o prazo de inelegibilidade decor-
rente da condenação por abuso do poder econômico ou político (oito anos) tem início no dia
da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
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COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. As condições de elegibilidade próprias, também chamadas de condições de
elegibilidade constitucionais, são: a) a nacionalidade brasileira; b) o pleno exercício dos
direitos políticos; c) o alistamento eleitoral; d) o domicílio eleitoral na circunscrição; e) a
filiação partidária; f) a idade mínima.
II – Certo. Nos termos do art. 11, § 10, da Lei n. 9.504/1997, as condições de elegibilidade
e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido
de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes
ao registro que afastem a inelegibilidade.
III – Errado. De acordo com o art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo
poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude. Essa ação tramita em segredo de justiça (mas seu julgamento é público) e o autor
responderá, na forma da lei, de atuar de forma temerária ou de má-fé.
IV – Errado. Segundo o art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, são inelegíveis, para qualquer cargo,
os inalistáveis. Consideradas as disposições constitucionais, pode-se afirmar que não po-
dem se alistar: os estrangeiros; os conscritos, durante o período do serviço militar obriga-
tório; quem incidir em uma das hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos; e,
os menores de dezesseis anos.
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COMENTÁRIO
Com a finalidade de garantir a observância do princípio republicano, que exige a alternân-
cia de poder, o Supremo Tribunal Federal decidiu que, para a aplicação da proibição de
reeleição por mais de dois mandatos consecutivos, deve-se considerar o cargo e não a
circunscrição.
Assim, um cidadão eleito para o cargo de prefeito pode se reeleger uma única vez, ainda
que mude o seu domicílio eleitoral para circunscrição diversa.
Diante de tais considerações, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O chefe do Poder Executivo somente pode se reeleger para um único mandato
consecutivo, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
b, d, e) Errados. O cidadão ocupante do cargo de prefeito, se já em segundo mandato,
ainda que mude o seu domicílio eleitoral e se desincompatibilize no prazo de até 6 (seis)
meses antes da data das eleições, não pode mais concorrer para esse cargo eletivo.
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COMENTÁRIO
Não podem concorrer a cargos eletivos, por não serem/poderem ser titulares de direitos
políticos, os estrangeiros, os menores de 16 (dezesseis) anos, os conscritos, durante o
período do serviço militar obrigatório. Da mesma forma, não podem concorrer a cargos
públicos eletivos aqueles que estejam com seus direitos políticos suspensos ou perdidos.
Tais hipóteses de inelegibilidade são classificadas por inelegibilidade absoluta, pois quem
nelas incidir não podem concorrer a nenhum cargo público eletivo. Além disso, são chama-
das de inelegibilidades inatas, pois não se trata de uma causa impeditiva do exercício do
direito à elegibilidade, mas, sim, de ausência de elegibilidade.
I – Candidato que possua documento público de escolaridade, mas que não atinja apro-
veitamento em teste de alfabetização, é inelegível.
II – A rejeição de contas de campanha implica em ausência de quitação eleitoral e conse-
quente falta de condição de elegibilidade
III – A condenação por crime culposo contra a vida em que haja conversão da pena restri-
tiva de liberdade em pena restritiva de direito implica em inelegibilidade
IV – O demitido do serviço público em processo administrativo é inelegível, independente-
mente da causa da demissão.
COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.
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COMENTÁRIO
O grau de parentesco apto a atrair a incidência da inelegibilidade reflexa, inscrita no art.
14, § 7º, da Constituição Federal, é de segundo grau. A esse respeito, veja o teor da norma
constitucional:
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b. Errado. Segundo o art. 14, § 2º, da Constituição Federal, são inalistáveis: os estrangei-
ros; e os conscritos durante o período do serviço militar obrigatório.
c. Errado. Nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal, são condições de elegibili-
dade, na forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a. trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b. trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c. vinte e 1 (um) anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice-Prefeito e juiz de paz;
d. dezoito anos para Vereador.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, com a finalidade de evitar o abuso
de poder político e para garantir a igualdade de oportunidades entre os candidatos, para
concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis)
meses antes do pleito.
Atente-se, por oportuno, que, para concorrer à reeleição (mesmo cargo), não é exigível a
desincompatibilização.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, dispõe que o cônjuge, bem como os
parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção dos chefes do Poder
Executivo são inelegíveis no território em que o titular paradigma exerce o seu mandato.
Destaque-se que não há que se falar em inelegibilidade reflexa ou decorrente do parentes-
co se o vínculo parental for com o vice, desde que ele não substitua o titular dentro dos 6
(seis) meses antes da data das eleições.
Desse modo, Amália, parente de vice-governador, que não substituiu o titular durante os 6
(seis) meses antes da data das eleições, pode concorrer ao cargo de vereador na capital
do estado em que seu esposo exerce o mandato, não havendo que se falar em restrição
de sua elegibilidade.
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COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A inelegibilidade reflexa é uma hipótese de inelegibilidade relativa, pois os pa-
rentes do chefe do Poder Executivo apenas são inelegíveis no território em que o titular
paradigma exercem o seu mandato. Em circunscrição diversa, não há que se falar em
inelegibilidade.
II – Certo. A inelegibilidade reflexa é uma hipótese de inelegibilidade relativa e, em caso de
desincompatibilização do chefe do Poder Executivo no prazo de até 6 (seis) meses antes
da data das eleições, restará afastado o impedimento para que os seus parentes partici-
pem das eleições, inclusive, na circunscrição em que exerciam o mandato. Assim, esse
item está certo.
III – Certo. A inelegibilidade reflexa alcança o parentesco decorrente do vínculo conju-
gal (cônjuges), mas também aqueles oriundos de uniões estáveis (heteroafetivas e ho-
moafetivas).
IV – Errado. A inelegibilidade reflexa se aplica aos parentes do Presidente, Governador e
Prefeito, bem como aos parentes dos substitutos que, nos 6 (seis) meses antes da data
das eleições, exerçam a chefia do Poder Executivo.
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COMENTÁRIO
Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, contido na Súmula Vinculante n.
18, a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a
inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da Constituição Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Conforme o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os inalistáveis são inelegíveis.
Por sua vez, nem todo inelegível é inalistável.
c. Errado. Nos termos do art. 15, V, da Constituição Federal, a condenação transitada em
julgado pela prática de ato de improbidade administrativa, se houver expressa disposição
na sentença condenatória, acarreta a suspensão dos direitos políticos.
d. Errado. O alistamento eleitoral constitui um dos requisitos para o exercício do direito
à elegibilidade, mas não basta ser alistado para concorrer a cargos eletivos. Com efeito,
além do alistamento eleitoral, há outros requisitos de elegibilidade inscritos no art. 14, § 3º,
da Constituição Federal.
e. Errado. Segundo o art. 15, III, da Constituição Federal, a condenação criminal transitada
em julgado, enquanto durarem os seus efeitos, gera a suspensão dos direitos políticos.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, no território de juris-
dição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Assim, Marcos Silva, filho do Prefeito do Município Esplendor Dourado, ainda que seja de
partido de oposição, não pode concorrer a cargos eletivos na circunscrição em que seu pai
exerce o mandato eletivo em razão da inelegibilidade reflexa.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegíveis.
Desse modo, se um cidadão analfabeto requerer o registro de sua candidatura, poderá
contra ele ser proposta a ação de impugnação ao registro de candidatura para o indeferi-
mento de seu registro de candidatura ou o juiz poderá fazê-lo de ofício.
Entretanto, por se tratar de inelegibilidade constitucional, a não arguição do analfabetismo
na fase do registro de candidatura não tem como efeito a preclusão da matéria, podendo o
analfabetismo ser arguido na fase da propositura do recurso contra a expedição de diplo-
ma, nos termos do art. 262 do Código Eleitoral. Essa ação eleitoral pode ser proposta após
a diplomação dos eleitos, no prazo decadencial de 3 (três) dias.
COMENTÁRIO
A inelegibilidade constitui uma situação impeditiva para o exercício do direito à elegibilida-
de. Sua instituição, conforme se vê no art. 14, § 9º, da Constituição Federal, dá-se com a
finalidade de proteger a normalidade e a legitimidade das eleições, a moralidade para o
exercício de mandato eletivo considerada a vida pregressa e a probidade administrativa.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal e os Pre-
feitos para concorrerem a outros cargos eletivos, segundo o art. 14, § 6º, da Constituição Fede-
ral, devem se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da data das eleições.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Errado. Nos termos do art. 1º, I, g, da Lei Complementar n. 64/1990, são inelegíveis para
qualquer cargo os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções
públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade
administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito)
anos seguintes, contados a partir da data da decisão.
d. Errado. As inelegibilidades constitucionais, inscritas no art. 14, §§ 4º e 5º, da Constitui-
ção, são normas constitucionais de eficácia plena, ou seja, possuem eficácia imediata e
impedem aqueles que incidirem nessas situações de concorrerem a cargos eletivos, inde-
pendentemente da edição de norma infraconstitucional.
e. Errado. Doutrinariamente, afirma-se que norma infraconstitucional não pode criar inele-
gibilidades absolutas, mas somente a própria Constituição Federal.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 8º, da Constituição Federal, os militares alistáveis são elegíveis,
independentemente da instituição militar a que pertença, da patente ou de sua situação. A
seu turno, o único militar inelegível é o conscrito durante o período do serviço militar obri-
gatório, pois é considerado inalistável, conforme o art. 14, § 2º, da Constituição Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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A condição de ter se casado com Maria Rita e de ser filho do Prefeito de Rio Novo, re-
centemente falecido, impede José Maria de ser candidato a cargo eletivo no Legislativo
do Município de Rio Doce.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, na circunscrição em
que o titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Fe-
deral, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Atente-se para o fato de que a inelegibilidade reflexa somente alcança os parentes do che-
fe do Poder Executivo no território em que ele exerça o mandato eletivo. Assim, parentes
do Prefeito ficam inelegíveis apenas no município em que o titular exerce o mandato; os
parentes do govenador, no Estado; os parentes do Presidente da República, no país inteiro.
Além disso, destaque-se que o parentesco com membros do Poder Legislativo não atrai
a incidência da inelegibilidade reflexa, salvo em caso de substituição do chefe do Poder
Executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições.
No caso, José Maria é parente do Prefeito do Município de Rio Novo. Logo, essa cir-
cunstância não o impede de participar das eleições no Município de Rio Doce, município
diverso. Também não o impede de participar das eleições o fato de ter mantido relação
convivencial com Maria Rita, vereadora e presidente da Câmara Municipal.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal, são inelegíveis, na circunscrição em
que o titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da República, de governador de estado ou território, do Distrito Fe-
deral, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Atente-se para o fato de que a inelegibilidade reflexa somente alcança os parentes do che-
fe do Poder Executivo no território em que ele exerça o mandato eletivo. Assim, parentes
do Prefeito ficam inelegíveis apenas no município em que o titular exerce o mandato; os
parentes do govenador, no Estado; os parentes do Presidente da República, no país inteiro.
Além disso, destaque-se que o parentesco com membros do Poder Legislativo não atrai
a incidência da inelegibilidade reflexa, salvo em caso de substituição do chefe do Poder
Executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições.
No caso, José Maria é parente do Prefeito do Município de Rio Novo. Logo, essa circuns-
tância o impede de participar das eleições no Município de Rio Novo, mas não o torna
inelegível para concorrer a cargo eletivo no município de Rio Doce.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por essa norma constitucional, verifica-se que o exercício do cargo de chefe do poder
executivo dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições tem como consequência a
inelegibilidade decorrente da incompatibilidade.
Assim, se o vice não exerceu o cargo de chefe do Poder Executivo dentro dos 6 (seis) meses
antes da data das eleições, independentemente de renunciar ao seu cargo, não há impedi-
mento para que participe das eleições e concorra a cargos eletivos diversos do que ele ocupa.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 5º, da Constituição Federal, o chefe do Poder Executivo e quem
o houver sucedido ou substituído no curso do mandato poderá concorrer à reeleição para
um único mandato consecutivo.
Ao interpretar esse dispositivo, no julgamento do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
do Recurso Extraordinário n. 344.882, Rel. Sepúlveda Pertence, definiu que, nas hipóteses
em que o titular do cargo de chefe do Poder Executivo for reelegível, os seus parentes po-
derão concorrer ao mesmo cargo eletivo por ele ocupado.
Por consequência, se o chefe do Poder Executivo já estiver no seu segundo mandato con-
secutivo, nem ele, nem ninguém do seu grupo familiar poderá concorrer à reeleição.
Nesse caso, para evitar a quebra da normalidade e da legitimidade das eleições, o chefe
do Poder Executivo deverá se desincompatibilizar no prazo de até 6 (seis) meses antes da
data das eleições para que os seus parentes não sejam considerados inelegíveis, confor-
me prescrição contida no art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
Assim, em razão de Dráuzio estar no seu primeiro mandato eletivo de Presidente da Repú-
blica, Maria, sua esposa, poderá concorrer à eleição para o cargo por ele indicado, desde
que este se afaste definitivamente de seu cargo no prazo de até 6 (seis) meses antes da
data das eleições.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 1º, II, da Constituição Federal, o alistamento eleitoral e o voto são
facultativos para os analfabetos, tendo essa classe de pessoas a possibilidade de exercício
da capacidade eleitoral ativa.
Entretanto, conforme o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos são inelegí-
veis e não podem concorrer a cargos públicos eletivos.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por essa disposição constitucional, o exercício chefia do Poder Executivo, pelo titular do
cargo ou por seu substituto, dentro dos 6 (seis) meses antes da data das eleições tem
como consequência a inelegibilidade do cidadão para concorrer a outros cargos eletivos.
Logo, o vice-governador que não substituiu o chefe do Poder Executivo dentro dos 6 (seis)
meses antes da data das eleições não precisa se desincompatibilizar do seu cargo eletivo
e não será considerado inelegível.
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COMENTÁRIO
ATENÇÃO
Essa questão foi anulada.
O STF, sob o regime da repercussão geral, firmou o entendimento de que o art. 14, § 5º,
da Constituição deve ser interpretado no sentido de que a proibição da segunda reelei-
ção torna inelegível para o cargo de chefe do Poder Executivo o cidadão que já exerceu
dois mandatos consecutivos em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da fede-
ração diverso (RE n. 637485, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. em 01.08.2012). Conforme o
entendimento da Corte, tal interpretação seria necessária, à luz do princípio republicano,
para impedir a perpetuação de uma mesma pessoa no poder, criando a figura do “prefei-
to itinerante. (RESPE n. 192-57.2016, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe de 12.8.2019)
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 64/1990, qualquer partido político, coliga-
ção, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, dire-
tamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e
circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou
abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos
ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
A título exemplificativo, se o candidato, na campanha eleitoral, disponibilizar transporte gra-
tuito de eleitores em ano eleitoral, cometerá o ilícito abuso de poder econômico, em razão
da gravidade da conduta e do impacto negativo na formação da vontade do eleitorado.
Nessa situação, pode-se afirmar que os legitimados poderão propor a ação de investiga-
ção judicial eleitoral para apurar o abuso de poder econômico, conforme se vê no art. 22
da Lei Complementar n. 64/1990. Nesse caso, se houver a procedência do pedido, o ór-
gão judicial eleitoral competente declarará a inelegibilidade do representado e de quantos
hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para
as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou,
além da cassação do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela inter-
ferência do poder econômico.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os analfabetos podem titularizar a
capacidade eleitoral ativa, mas não podem exercer a capacidade eleitoral passiva. Com
efeito, os analfabetos são inelegíveis para qualquer cargo, sendo, portanto, essa uma hi-
pótese de inelegibilidade absoluta.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 6º, da Constituição Federal, para concorrerem a outros cargos, o
presidente da República, os governadores de estado e do Distrito Federal e os prefeitos
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.
Por sua vez, o art. 1º, § 2º, da Lei Complementar n. 64/1990, o vice-presidente, o vice-go-
vernador e o vice-prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus
mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não
tenham sucedido ou substituído o titular.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 9º, da Constituição Federal, lei complementar estabelecerá outros
casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade admi-
nistrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do can-
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
As inelegibilidades, hipóteses impeditivas para o exercício do direito à elegibilidade, estão
previstas no art. 14, §§ 4º a 7º, da Constituição Federal.
Além dessas inelegibilidades constitucionais, admite-se a instituição das inelegibilidades
infraconstitucionais por meio de lei complementar, a fim de proteger a probidade adminis-
trativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candi-
dato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Quanto à origem, a inelegibilidade pode ser classificada em inata ou cominada:
a. Inelegibilidade inata ou originária – é aquela que decorre do status ocupado pelo cida-
dão, independentemente de qualquer conduta, lícita ou ilícita, de sua parte ou de terceiros
em seu proveito. Como exemplo característico temos a inelegibilidade do analfabeto.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, a lei eleitoral X, que diz respeito às eleições (tanto que o advogado queria aplicá-la
em favor do candidato que representava perante a Justiça Eleitoral), não pode ser aplicada
às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data das eleições.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, a lei eleitoral X, que diz respeito às eleições (tanto que o advogado queria aplicá-la
em favor do candidato que representava perante a Justiça Eleitoral), não pode ser aplica-
da às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data das eleições. Ou seja, não pode ser
aplicada às eleições de 2002, mas somente às eleições que ocorram após 1 (um) ano da
data de sua vigência.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, em razão da incidência do princípio da an-
terioridade eleitoral, as leis eleitorais que modifiquem o processo eleitoral entram em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando às eleições que ocorram até 1 (um) ano da
data de sua vigência.
Assim, nem todas as leis eleitorais sofrem a incidência das disposições legais sobre vigên-
cia e aplicabilidade das leis previstas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. O princípio da anterioridade eleitoral constitui um direito individual do cidadão,
dos candidatos e dos partidos políticos, resguarda a segurança jurídica e impede mudan-
ças casuísticas a menos de 1 (um) ano antes da data das eleições. Por se tratar de um
direito individual, o princípio da anterioridade eleitoral é uma cláusula pétrea e não pode
ser abolido.
II – Errado. As leis sobre inelegibilidades modificam o processo eleitoral e, de acordo com
o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 633.703,
se sujeitam ao princípio da anterioridade eleitoral.
III – Certo. De acordo com o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADI n. 3345:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
O princípio da Anterioridade Eleitoral tem previsão no art. 16 da CF/1988.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
(...) nele a preocupação é especialmente de evitar que se mudem as regras do jogo que
já começou, como era frequente, com os sucessivos “casuísmos”, no regime autoritário”.
(ADI n. 2.628, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 5.3.2004).
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, que institui o princípio da anterioridade elei-
toral, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência.
Por essa norma constitucional, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, d) Errados. As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral não se sujeitam ao princípio da
anterioridade eleitoral.
b. Errado. O princípio da anterioridade eleitoral condiciona a aplicação de leis sobre pro-
cesso eleitoral às eleições que ocorrem após 1 (um) ano após a data de sua vigência.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, as leis que alteram o processo eleitoral
entram em vigor da data de sua publicação, não possuindo vacatio legis. Porém, não se
aplicam às eleições que ocorram até 1 (um) ano da data de sua vigência.
Essa questão trata das modificações promovidas pela Lei n. 12.891/2013 e da sua aplica-
bilidade às eleições de 20140.
Sobre a aplicação das modificações da Lei n. 12.891/2013 às eleições de 2014, o Tribunal
Superior Eleitoral, no julgamento da Consulta n. 100.075, Rel. Min. João Otávio Noronha,
Rel. para o Acórdão Min. Gilmar Mendes, entendeu ser inaplicável as disposições dessa
reforma eleitoral de 2013 às eleições de 2014 em razão da alteração do processo eleitoral
a menos de 1 (um) ano da data das eleições, devendo incidir na espécie o princípio da
anterioridade eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que alterar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano
da data de sua vigência.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Destaque-se, por oportuno, que, a partir dessa norma constitucional, as leis que alterarem
o processo eleitoral não possuem vacatio legis, entrando em vigor no dia em que publicar,
apenas não se aplicando a eventuais eleições que ocorram no prazo de até 1 (um) ano
após o início da vigência.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que alterar o processo eleitoral entra
em vigor na data de sua publicação, mas não se aplica às eleições que ocorram até 1 (um)
ano da data de sua vigência. Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.
No caso, há a menção a uma lei que entrou em vigor no ano eleitoral, motivo pelo qual não
pode ser aplicada às eleições que ocorram no mesmo ano.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 16 da Constituição Federal, a lei que altera o processo eleitoral entra
em vigor na data de sua publicação, mas não se aplica às eleições que ocorram até 1 (um)
ano da data de sua vigência. Trata-se do princípio da anterioridade eleitoral.
Desse modo, as leis eleitorais que alterem o processo eleitoral, apesar da vigência imedia-
ta, não possuem eficácia imediata.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante à Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
COMENTÁRIO
Por expressa exigência constitucional, contida no art. 14, § 11, da Constituição Federal,
a ação de impugnação de impugnação de mandato eletivo deve tramitar em segredo de
justiça. Entretanto, conforme o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no
AC 31/1998, apesar do processamento da ação de impugnação de mandato eletivo deva
se dar em segredo de justiça, o seu julgamento é público.
COMENTÁRIO
De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, são legitimados à proposi-
tura da ação de impugnação de mandato eletivo: o Ministério Público, os partidos políticos,
as coligações e os candidatos.
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
A ação de impugnação de mandato eletivo é a única ação eleitoral de índole constitucional.
Tem natureza de ação pública, de ordem cível eleitoral e pode ser proposta nas situações
em que a escolha do mandatário foi comprometida por vício decorrente de abuso de poder
econômico, corrupção e fraude.
COMENTÁRIO
De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, firmado no julgamento do
RESPE n. 3611, em caso de prática de abuso de poder político, entrelaçado com abuso
de poder político, será possível a propositura da ação de impugnação de mandato eletivo.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, em caso de propositura da ação de
impugnação de mandato eletivo, a sua tramitação de se dar em segredo de justiça (com a
finalidade de evitar instabilidade para o exercício do mandado pelo eleito enquanto perdu-
rar a tramitação dessa ação eleitoral).
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo, segundo o art. 14, § 10, da Cons-
tituição Federal, deve ser proposta no prazo de até 15 (quinze) dias, a contar da data da
diplomação.
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser
impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação,
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser proposta no prazo decaden-
cial de 15 (quinze) dias, a contar da data da diplomação.
c. Errado. Segundo o art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de man-
dato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária
ou de manifesta má-fé.
d. Errado. De acordo com o art. 22 da Lei Complementar n. 64/1990, qualquer partido
político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça
Eleitoral, diretamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e indicando provas,
indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido,
desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de
veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de
manifesta má-fé.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo pode ser proposta no prazo de 15
(quinze) dias a contar da data da diplomação.
b. Errado. A competência para o julgamento da ação de impugnação de mandato eletivo
proposta contra deputado federal é do Tribunal Regional Eleitoral.
c. Errado. A legitimidade para o ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo foi
conferida ao Ministério Público Eleitoral, ao partidos político, à coligação e aos candidatos.
e. Errado. Em caso de improcedência ou procedência dos pedidos formulados na ação
de impugnação de mandato eletivo, caberá a interposição de recurso, de acordo com as
hipóteses recursais previstas no Código Eleitoral.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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PORQUE
II – “O abuso de poder político quebra o equilíbrio nas eleições, eis que ínsita à con-
duta vem abuso de poder econômico, razão pela qual a Justiça Eleitoral, de forma
tópica, deve especificá-los, claramente, mediante parâmetros metrificados, para que
a norma possa transbordar o fosso entre a subsunção teórica e a faticidade.”
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, admite-se a propositura
da ação de impugnação de mandato eletivo pode ser proposta no caso de abuso de poder
econômico, desde que grave.
A esse respeito, veja o seguinte julgado proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral:
Para a configuração do abuso do poder econômico em sede de AIME, devem ser obser-
vadas as diretrizes estabelecidas pelo art. 22, XVI, da LC n. 64/90, de modo a ser exigí-
vel, também na ação constitucional, a demonstração do requisito da gravidade do ato,
o qual deve ser suficiente para comprometer a igualdade de chances entre os concor-
rentes (REspe n. 1-42,2017, Rel. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, DJe de 17.12.2019).
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral, contido na Súmula n.
38, as ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato (caso da ação de
impugnação de mandato eletivo), há litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o
respectivo vice da chapa majoritária.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “c”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. O eleitor não tem legitimidade para a propositura da ação de impugnação de
mandato eletivo.
b. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser proposta no prazo decaden-
cial de 15 (quinze) dias a contar da data da diplomação.
d. Errado. Aplica-se o procedimento ordinário previsto para a tramitação da ação de impug-
nação ao registro de candidatura, inscrito no art. 3º e ss. da Lei Complementar n. 64/1990.
e. Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve tramitar em segredo de justiça,
mas seu julgamento é público.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Proposta a ação, exige-se que sua tramitação se dê em segredo de justiça, devendo o au-
tor ser responsabilizado em caso de atuação temerária ou com manifesta má-fé.
Assim, a impugnação do mandato eletivo de candidato eleito para Deputado Federal pode-
rá ser impugnado perante o Tribunal Regional Eleitoral em razão da prática de corrupção
durante a campanha eleitoral.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 224 do Código Eleitoral, se mais da metade dos votos forem nulos, de-
ve-se realizar novas eleições. Para fins de aplicação dessa disposição, apenas devem ser
consideradas, para fins do cômputo do percentual suficiente para a realização de novas
eleições, as nulidades decorrentes ilícitos eleitorais.
Dentre os ilícitos eleitorais, tem-se a corrupção, o abuso de poder econômico e a fraude
eleitoral reconhecida em ação de impugnação de mandato eletivo. A esse respeito:
Devido ao liame indissolúvel entre o mandato eletivo e o voto, constitui efeito da decisão
pela procedência da AIME a anulação dos votos dados ao candidato cassado. Se a nu-
lidade atingir mais da metade dos votos, aplica-se o art. 224 do Código Eleitoral. (MS n.
3649, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 10.3.2008)
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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Atente-se para o fato de que esse entendimento não se aplica nas eleições municipais e
estaduais para a Chefia do Poder Executivo, hipótese em que a cassação tem como con-
sequência a realização de novas eleições, independentemente do número de votos alcan-
çados pelo candidato cassado.
Por essas razões, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. De acordo com a Súmula n. 38 do Tribunal Superior Eleitoral, nas ações que vi-
sem à cassação de registro, diploma ou mandato (caso da ação de impugnação de manda-
to eletivo), há litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa
majoritária.
b. Errado. Na Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, ante a ausência de previsão de
um rito em lei, aplica-se, de forma subsidiária, o rito ordinário previsto no art. 3º e ss. da
Lei Complementar n. 64/1990, ou seja, o procedimento aplicável na tramitação da ação de
impugnação ao registro de candidatura.
c. Errado. Os legitimados à propositura da ação de impugnação ao mandato eletivo e da
ação de investigação judicial eleitoral são os mesmos, ou seja, o Ministério Público Eleito-
ral, os partidos políticos, as coligações e os candidatos.
d. Errado. De acordo com o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
1. A litispendência entre feitos eleitorais pode ser reconhecida quando há identidade -da-
jurídica-base das demandas, não sendo possível afirmar apriorística mente e de forma
generalizada a impossibilidade de sua ocorrência.
2. As análises das situações fáticas e de direito que impõem o reconhecimento da litis-
pendência devem ser feitas à luz do caso concreto. A litispendência pode ser verificada
quando há plena identidade de fatos e provas já examinados pela instância: julgadora
em feito anterior, sem que se tenha elemento novo a ser considerado, como, por exem-
plo, quando descobertas novas provas ou se pretenda a reunião de fatos isolados que,
por si, podem ser insignificantes, mas no conjunto são aptos a demonstrar a quebra dos
princípios, constitucionais que regem as eleições. (REspe 3-48/MS, ReI – Min. Henrique
Neves, DJE de 10/12/2015)
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
A ação de impugnação de mandato eletivo, tratada no art. 14, § 10, da Constituição Fe-
deral, pode ser proposta se houver a prática dos ilícitos eleitorais de fraude, corrupção e
abuso de poder econômico.
Nessa situação, admite-se o ajuizamento da ação de impugnação de mandato eletivo no
prazo decadencial de 15 (quinze) dias, a contar da data da diplomação, que tramitará em
segredo de justiça.
A partir dessas disposições constitucionais, pode-se afirmar que a alternativa correta é a
letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Nos termos do art. 97 da Lei n. 9.504/1997, poderá o candidato, partido ou co-
ligação representar ao Tribunal Regional Eleitoral contra o juiz eleitoral que descumprir as
disposições desta lei ou der causa ao seu descumprimento, inclusive quanto aos prazos
processuais; neste caso, ouvido o representado em 24 horas, o Tribunal ordenará a obser-
vância do procedimento que explicitar, sob pena de incorrer o juiz em desobediência.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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b. Errado. Conforme o art. 262 do Código Eleitoral, o recurso contra expedição de diploma
caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional
e de falta de condição de elegibilidade.
c. Errado. O alistamento eleitoral e o voto são facultativos para: a) os analfabetos; b) os
maiores de 70 (setenta) anos; e c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (de-
zoito) anos.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Essa ação constitucional, prevista nesse dispositivo, é denominada ação de impugnação
de mandato eletivo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Essa ação constitucional, prevista nesse dispositivo, é denominada ação de impugnação
de mandato eletivo.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro dos atos
constitutivos da agremiação partidária no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas
do local de sua sede.
c. Errado. Os estrangeiros, naturalizados brasileiros no Brasil, não são estrangeiros, mas
brasileiros. Logo, se preenchido o requisito etário, poderão requerer o alistamento eleitoral.
d. Errado. Os parentes do chefe do Poder Executivo que já sejam ocupantes de cargos
eletivos têm o direito de concorrer à reeleição, não havendo que, nessa situação, se falar
em inelegibilidade reflexa, nos termos do art. 14, § 7º, da Constituição Federal.
e. Errado. A condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos,
tem como consequência a suspensão dos direitos políticos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
I – O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias
contados da proclamação dos resultados eleitorais.
II – A ação de impugnação de mandato é exercível por qualquer cidadão e se submete ao
princípio da mais completa publicidade.
III – É vedada a cassação de direitos políticos, enquanto que a perda ou suspensão de
direitos políticos decorrem de várias causas.
IV – Os casos de inelegibilidade previstos na Carta Republicana constituem
numerus clausus.
V – A vida pregressa do candidato pode ser considerada para fins de inelegibilidade.
VI – A impugnação do mandato eletivo não prescinde de provas de abuso do poder eco-
nômico, corrupção ou fraude.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo poderá ser proposta no prazo de 15
(quinze) dias, a contar da data da diplomação.
II – Errado. Tem legitimidade ativa para propositura da ação de impugnação de mandato
eletivo: a) os candidatos; b) os partidos políticos; c) as coligações; e, d) o Ministério Públi-
co Eleitoral. Após a propositura dessa ação constitucional, a sua tramitação ocorrerá em
segredo de justiça, mas o seu julgamento será público.
III – Certo. Nos termos do art. 15 da Constituição Federal, é vedada a cassação de direitos
políticos, ao passo que há diversas hipóteses de perda ou suspensão de direitos políticos.
IV – Errado. Além das hipóteses de inelegibilidade previstas na Constituição Federal, uma
lei complementar poderá criar outras hipóteses de inelegibilidade.
V – Certo. A criação de novas hipóteses de inelegibilidade deve ocorrer com a finalidade
de proteção: a) da probidade administrativa; b) a moralidade para o exercício de mandato
eletivo considerada a vida pregressa; e c) a normalidade e a legitimidade das eleições con-
tra a influência do abuso do poder político e do abuso de poder econômico.
VI – Certo.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Segundo o entendimento firmado pelo Tribunal Superior Eleitoral:
Embora não seja titular de mandato, o suplente encontra-se titulado a substituir ou su-
ceder quem o é. A ação de impugnação de mandato poderá, logicamente, referir-se,
também, ao como tal diplomado (AG n. 184-84.1999, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, DJ de
12.2.1999).
I – São fontes formais que moldam o perfil da ação de impugnação de mandato eletivo:
a Constituição da República, no Artigo 14, §§ 10 e 11; as leis específicas, as Resolu-
ções do TSE e a jurisprudência.
II – Uma das hipóteses de cabimento da ação de impugnação de mandato eletivo é a de
abuso de poder econômico.
III – No caso da ação de impugnação de mandato eletivo, em razão da matéria tratada na
demanda, a competência é da justiça comum.
IV – O procedimento adotado para a ação de impugnação de mandado eletivo é o previsto
na Lei Complementar 64/90, em seus Arts. 3º e seguintes.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise dos itens:
I – Certo. A ação de impugnação de mandato eletivo é regida pelo art. 14, §§ 10 e 11, da
Constituição Federal, pelas disposições contidas no art. 3º e ss. da Lei Complementar n.
64/1990 e pelas resoluções expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
II – Certo. São hipóteses de cabimento da ação de impugnação de mandato eletivo: abuso
do poder econômico, corrupção ou fraude.
III – Errado. A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser processada e julgada pe-
los seguintes órgãos da Justiça Eleitoral: a) juiz eleitoral, nas eleições municipais; b) tribu-
nais regionais eleitorais, nas eleições estaduais e federais; e c) Tribunal Superior Eleitoral,
nas eleições presidenciais.
IV – Certo. Para o processo e julgamento da ação de impugnação de mandato eletivo,
aplica-se o procedimento previsto no art. 3º e ss. da Lei Complementar n. 64/1990.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou se
manifesta má-fé.
Por essa disposição constitucional, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. O eleitor que se encontrar no exterior na data do pleito poderá justificar a sua
ausência no prazo de 30 (trinta) dias, contados do seu retorno ao país.
c. Errado. Segundo o art. 12, § 3º, da Constituição Federal, são privativos de brasileiro nato
os cargos:
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, o mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instru-
ída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
Por essa disposição constitucional, pode-se afirmar que a ação de impugnação de man-
dato eletivo deve ser proposta no prazo decadencial de 15 (quinze) dias, a contar da data
da diplomação.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 14, § 11, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato
eletivo deve tramitar em segredo de justiça. Nesse ponto, ressalta-se que o segredo de
justiça apenas é aplicável à tramitação do processo decorrente do ajuizamento da ação de
impugnação de mandato eletivo, mas o seu julgamento é público.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Com a reforma eleitoral de 2015, houve a diminuição do prazo de campanha eleitoral, com
o seu início definido para o dia 15 de agosto do ano das eleições. Anteriormente à refor-
ma, as campanhas eleitorais se iniciavam no dia 5 de julho do ano das eleições. Ou seja,
atualmente, as campanhas eleitorais são realizadas em um período aproximado de 45
(quarenta e cinco) dias, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.504/1997, serão realizadas simul-
taneamente as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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c. Errado. De acordo com o art. 57-B, IV, da Lei n. 9.504/1997, a propaganda eleitoral
poderá ser realizada por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas
e aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por: i) can-
didatos, partidos ou coligações; ou ii) qualquer pessoa natural, desde que não contrate
impulsionamento de conteúdo.
d. Errado. Inexiste vinculação entre voto e biometria.
e. Errado. De acordo com o art. 14, § 3º, V, da Constituição Federal, o exercício do direito
à elegibilidade depende da filiação partidária.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.504/1997, nas eleições proporcionais, contam-se como vá-
lidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e a legendas partidárias.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que que a alternativa correta é a letra “b”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 37 da Lei n. 9.504/1997, nos bens cujo uso dependa de cessão
ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, in-
clusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nas eleições para cargos regidos pelo sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta,
se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, faz-se um segundo turno de
votação entre os dois candidatos mais votados.
Entretanto, se remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma vota-
ção, qualificar-se-á o mais idoso. Ou seja, nas eleições majoritárias, o critério etário tem
utilização para fins de desempate, motivo pelo qual a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 1º da Lei n. 9.504/1997, as eleições para presidente e vice-presi-
dente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito
e vice-prefeito, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador
dar-se-ão, em todo o país, no primeiro domingo de outubro do respectivo ano.
b. Errado. De acordo com o art. 2º da Lei n. 9.504/1997, será considerado eleito o candida-
to a presidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados
os em branco e os nulos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 3º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, nos municípios com mais de 200.000
eleitores, nas eleições de prefeito e vice-prefeito, aplicam-se as regras do sistema eleitoral
majoritário por maioria absoluta/dois turnos.
Nesse caso, para que, em primeiro turno de votação, candidatos sejam considerados elei-
tos para os cargos de prefeito e de vice-prefeito, exige-se que alcancem a maioria absoluta
dos votos (50% dos votos válidos mais um voto), não computados os votos em branco e
os votos nulos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º da Lei n. 9.504/1997, será considerado eleito o candidato a pre-
sidente ou a governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em
branco e os nulos.
Nessa eleição, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais
votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Entretanto, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação,
sendo que, se permanecer mais de um candidato em segundo lugar com a mesma vota-
ção, convocar-se-á o mais idoso.
Por essas disposições legais, pode-se afirmar que na eleição tratada nessa questão, para
o segundo turno, concorrerão o candidato mais votado e, entre os remanescentes com
igual número de votos, o mais idoso.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
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COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas eleições para presidente e vice-
-presidente da república, governador e vice-governador de estado, se nenhum candidato
alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo
de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que
obtiver a maioria dos votos válidos.
Nesse caso, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
COMENTÁRIO
As eleições para os cargos de vereador são regidas pelo sistema eleitoral proporcional. Ou
seja, faz-se um único turno de votação.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Inexiste, em hipótese alguma, possibilidade de realização de segundo turno de
votação nas eleições para o cargo de vereador.
b, c, e) Errados. Aplicam-se as regras do sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta,
hipótese em que, se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta dos votos, faz-se um
segundo turno de votação nas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de muni-
cípios com mais de 200.000 eleitores.
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Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, nas eleições para presidente e vice-pre-
sidente da república, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação,
far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais
votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos
Nesse caso, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
Por essa razão, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “e”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a, b) Errados. Nas eleições para presidente e vice-presidente da república, adota-se o sis-
tema eleitoral majoritário por maioria absoluta, ou seja, considera-se eleito o candidato que
obtiver a maioria absoluta dos votos, não computados os votos em branco e nulos.
c. Errado. Segundo o art. 2º, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, se ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, antes de ser realizado o segundo turno, convocar-se-á,
dentre os remanescentes, o de maior votação.
d. Errado. De acordo com o art. 2º, § 3º, da Lei n. 9.504/1997, na hipótese em que haja
segundo turno e os candidatos em segundo lugar, no primeiro turno de votação, estiverem
empatados, qualificar-se-á para a disputa o mais idoso.
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COMENTÁRIO
De acordo com o art. 2º, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, no primeiro turno de votação para as
eleições de governador, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira vota-
ção, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos
mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
Por sua vez, se ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, antes de ser
realizado o segundo turno, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º da Lei Complementar n. 64/1990, caberá a qualquer candidato, par-
tido político, coligação ou Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publi-
cação do pedido de registro de candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “d”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 66 da Lei n. 9.504/1997, os partidos e coligações poderão fisca-
lizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processamento
eletrônico da totalização dos resultados. Para a fiscalização, poderão ser escolhidos fiscais
e delegados, desde que não sejam menores de 18 (dezoito) anos ou que, por nomeação
do juiz eleitoral, já faça parte da mesa receptora de votos.
b. Certo. De acordo o art. 66, § 1º, da Lei n. 9.504/1997, todos os programas de com-
putador de propriedade do Tribunal Superior Eleitoral, desenvolvidos por ele ou sob sua
encomenda, utilizados nas urnas eletrônicas para os processos de votação, apuração e
totalização, poderão ter suas fases de especificação e de desenvolvimento acompanhadas
por técnicos indicados pelos partidos políticos, Ordem dos Advogados do Brasil e Ministé-
rio Público, até 6 (seis) meses antes das eleições.
c. Certo. Conforme o art. 66, § 2º, da Lei n. 9.504/1997, uma vez concluídos os progra-
mas de computador utilizados no processo de votação, apuração e totalização, serão eles
apresentados, para análise, aos representantes credenciados dos partidos políticos e co-
ligações, até 20 (vinte) dias antes das eleições, nas dependências do Tribunal Superior
Eleitoral, na forma de programas-fonte e de programas executáveis, inclusive os sistemas
aplicativo e de segurança e as bibliotecas especiais, sendo que as chaves eletrônicas pri-
vadas e senhas eletrônicas de acesso manter-se-ão no sigilo da Justiça Eleitoral. Após a
apresentação e conferência, serão lacradas cópias dos programas-fonte e dos programas
compilados.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com o art. 17, § 1º, da Constituição Federal, é assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funciona-
mento. Apesar da autonomia, devem seus estatutos estabelecerem normas sobre discipli-
na e de fidelidade partidária.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 17, § 2º, da Constituição Federal, os partidos políticos, após ad-
quirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral.
c. Errado. Nos termos do art. 17, § 3º, da Constituição Federal, somente terão direito a
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os
partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cen-
to) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação,
com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos
um terço das unidades da Federação.
d. Errado. Conforme o art. 17, § 4º, da Constituição Federal, é vedada a utilização pelos
partidos políticos de organização paramilitar.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Somente se admite partidos políticos que tenham caráter nacional, conforme prescrição
constitucional contida no art. 17, I, da Constituição Federal. Os partidos políticos possuem
o órgão nacional, os órgãos estaduais/regionais e os órgãos municipais/zonais.
Não há partido político estadual ou municipal.
No sistema político brasileiro, é admissível a fusão entre dois partidos; não se admite,
porém, a incorporação de um partido por outro.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de de-
liberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 1º da Lei n. 9.096/1995, o partido político, pessoa jurídica de direito pri-
vado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do siste-
ma representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “b”.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de de-
liberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 14 da Lei n. 9.096/1995, observadas as disposições constitucio-
nais e as desta lei, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e
para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
c. Certo. De acordo com o art. 14, VI, da Lei n. 9.096/1995, o estatuto do partido político
deve conter, entre outras, normas sobre condições e forma de escolha de seus candidatos
a cargos e funções eletivas.
d. Certo. Conforme o art. 16 da Lei n. 9.096/1995, só pode filiar-se a partido o eleitor que
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 17, I, da Constituição Federal, todos os partidos políticos devem ter ca-
ráter nacional. Com efeito, não se admite que os partidos políticos tenham caráter estadual
ou municipal.
Desse modo, verifica-se que a alternativa incorreta é a letra “b”.
As demais alternativas estão corretas pelas seguintes razões:
a. Certo. Segundo o art. 14 da Lei n. 9.096/1995, observadas as disposições constitucio-
nais e as desta lei, o partido é livre para fixar, em seu programa, seus objetivos políticos e
para estabelecer, em seu estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento.
c. Certo. De acordo com o art. 14, VI, da Lei n. 9.096/1995, o estatuto do partido político
deve conter, entre outras informações, normas sobre condições e forma de escolha de
seus candidatos a cargos e funções eletivas.
d. Certo. Conforme o art. 16 da Lei n. 9.096/1995, só pode filiar-se a partido o eleitor que
estiver no pleno gozo de seus direitos políticos.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacional e é exer-
cida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos
estrangeiros.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 29 da Lei n. 9.096/1995, por decisão de seus órgãos nacionais de
deliberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só ou incorporar-se um ao outro.
c. Errado. De acordo com o art. 3º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
d, e) Errados. Conforme o art. 6º da Lei n. 9.096/1995, é vedado ao partido político minis-
trar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar
uniforme para seus membros.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 3º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político, autonomia
para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento.
Destaque-se, ainda, que o art. 17, I, da Constituição Federal, exige que todo partido político
tenha caráter nacional.
Com isso, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 6º da Lei n. 9.096/1995, é vedado ao partido político ministrar
instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar
uniforme para seus membros.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
b. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade com o registro de seus atos cons-
titutivos no cartório de registro civil do local de sua sede.
c. Errado. De acordo com o art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter na-
cional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades
ou governos estrangeiros.
e. Errado. Conforme o art. 7º, § 2º, da Lei n. 9.096/1995, só o partido que tiver registrado
seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral poderá participar do processo eleitoral, receber
recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão.
COMENTÁRIO
Segundo o art. 7º, § 3º, da Lei n. 9.096/1995, somente o registro do estatuto do partido
no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e sím-
bolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro
ou confusão.
Por essa disposição legal, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Segundo o art. 17, III, da Constituição Federal, todos os partidos políticos devem
ter caráter nacional.
b. Errado. De acordo com o art. 8º da Lei n. 9.096/1995, o requerimento do registro de
partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas do
local de sua sede, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a
101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
c. Errado. Conforme o art. 9º, § 1º, da Lei n. 9.096/1995, a prova do apoiamento mínimo
de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com menção ao número do respectivo
título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a veracidade das respectivas
assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral.
e. Errado. Para o art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacional e é
exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou go-
vernos estrangeiros.
COMENTÁRIO
Nos termos do art. 17 da Constituição Federal, é livre a criação, fusão, incorporação e ex-
tinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana.
Desse modo, pode-se afirmar que a alternativa correta é a letra “a”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
b. Errado. Segundo o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem ter
caráter nacional, não podendo ter caráter internacional, sob pena de ofensa à soberania
nacional. Além disso, todo partido deve estabelecer, em seu estatuto, normas sobre fideli-
dade partidária.
c. Errado. De acordo com o art. 17, § 2º, da Constituição Federal, após adquirirem perso-
nalidade jurídica na forma da lei civil, os partidos políticos devem registrar seus estatutos
no Tribunal Superior Eleitoral.
d. Errado. Conforme o art. 17, III, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
prestar contas à Justiça Eleitoral.
e. Errado. Para o art. 17, II, da Constituição Federal, os partidos políticos estão proibidos
de receberem recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou de subordi-
narem-se a estes.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
De acordo com os arts. 3º e 4º da Lei n. 9.096/1995, é assegurada, ao partido político,
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, tendo os seus
filiados iguais direitos e deveres.
Desse modo, a alternativa correta é a letra “d”.
As demais alternativas estão incorretas pelas seguintes razões:
a. Errado. Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com o registro de seus
atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede,
conforme se vê no art. 8º da Lei n. 9.096/1995.
b. Errado. Segundo o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem ter
caráter nacional.
c. Errado. Nos termos do art. 5º da Lei n. 9.096/1995, a ação do partido tem caráter nacio-
nal e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades
ou governos estrangeiros.
e. Errado. Para o art. 1º da Lei n. 9.096/1995, o partido político, pessoa jurídica de direi-
to privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade
do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constitui-
ção Federal.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. O partido político adquire personalidade jurídica com o registro dos seus atos
constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas do local de sua sede, confor-
me se vê no art. 8º da Lei n. 9.096/1995.
II – Certo. Nos termos do art. 7º, § 1º, da Lei n. 9.096/1995, só se admite o registro de par-
tidos políticos no Tribunal Superior Eleitoral que tenham caráter nacional.
III – Certo. Segundo o art. 7º, § 3º, da Lei n. 9.096/1995, somente o registro do estatuto do
partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla
e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a
erro ou confusão.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
I – caráter estadual.
II – proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangei-
ros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
COMENTÁRIO
Vamos à análise das assertivas:
I – Errado. De acordo com o art. 17, I, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
ter caráter nacional.
II – Certo. Segundo o art. 17, II, da Constituição Federal, os partidos políticos estão proi-
bidos de receberem recursos financeiros de entidades ou governos estrangeiros ou de
subordinação a estes.
III – Certo. Nos termos do art. 17, IV, da Constituição Federal, os partidos políticos devem
prestar contas à Justiça Eleitoral.
IV – Certo. Conforme o art. 17, IV, da Constituição Federal, os partidos políticos têm direito
ao funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
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QUESTÕES COMENTADAS DE DIREITO ELEITORAL
Professor: Weslei Machado
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E D C E A D D A E C B C A C D C E A C D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C B D A B E E C C C D C C E C D E A E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D D C A B D C C C C B C C A C C C A D E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E D C E B D A B C D C E C C X D D D A B
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C E C D C E E C E E D D E D B D B B A B
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
D C A B C C C B C B B A E C A E B E B B
121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
C E B E E C D D B D B A A B C D E C E C
141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160
B A C D B C C A E A A C C A D A C B B B
161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180
B A C D B A C E A A A E B E C D C A C B
181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200
C C C A A C E B D E E B D B A D E E A A
201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220
A B D C E D B E E C D D B A A B A C D E
221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240
A A A E A C A C D C D E D C C E C C A D
241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260
B C B B C D X A B C C C X D E B C B C C
261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280
C E E A C C D B X C C A C B B C E C E B
281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300
D C C C C E C E C C E C B C D A C D C E
301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320
D C A C B C A A C B B D C B C D E D D A
321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332
E E B B B A D D A D E D
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