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RESUMO PROCESSO DO TRABALHO

1923 – Conselho Nacional do Trabalho: vinculado ao Ministério da Agricultura,


para solucionar os conflitos da área rural.
 Até o momento só houveram órgãos executivos.
1930 – Departamento Nacional do Trabalho.
1932 – Juntas de Conciliação e Julgamento.
 Existiam 3 juízes atuando no Processo do Trabalho: um advogado, um
juiz classista (sindicatos) e juiz empregador.
 Atualmente, só existe um juiz togado para análise das ações, em prol da
imparcialidade jurisdicional, em razão disso é possível, no Direito do
Trabalho, pleitear nas ações, sem a presença do advogado.
1934 – O Direito do Trabalho ganha caráter constitucional.
 Foi na era Vargas que é criado normas procedimentais concentradas em
um código, denominado de Consolidação das Leis de Trabalho.
1946 – A Justiça do Trabalho passou a ser parte do PJ.
2015 – Reforma do Processo Civil.
2017 – Reforma Trabalhista.
Conceito de Processo do Trabalho
Leoni Pereira: “É um ramo de Ciência Jurídico que constitui como Direito do
Trabalho, princípios, regras, instituições e institutos próprios que regulam a
aplicação do Direito do Trabalho às lides trabalhistas (relação de emprego e de
trabalho), disciplinando as atividades da justiça dos operadores de Direito e das
partes, nos processos individuais coletivos e transindividuais do trabalho”.
 Dissídios coletivos: Sindicatos e MP.
Amauri Mascado: “Direito Processual é destinado à solução judicial dos
conflitos trabalhistas. As normas jurídicas nem sempre são cumpridas
espontaneamente, daí a necessidade de se pretender, perante os tribunais o
seu cumprimento sem o que a ordem jurídica tornar-se-ia um caos. A atuação
pelos tribunais também é ordenada pelo Direito, mediante leis coordenadas por
um sistema destinado a determinar a estrutura e o funcionamento dos órgãos
do Estado, aos quais é devida a função de resolver os litígios ocorridos na
sociedade, bem como os atos que podem ser praticados, não só por esses
órgãos, mas também pelas partes em juízo”.
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Conceito: É a expressão metafórica para os modos de formação de norma
jurídica, ou seja, sua entrada no sistema do ordenamento.
1- Significado

a) Origem:
b) Fundamentos de validade:
c) Exteriorização do Direito:
 É a forma de como validar as decisões no mundo jurídicos para se
tornar eficazes plenamente; através das sentenças, portarias e leis (...)

2- Influências
a) Movimentos Sociológicos:
 As fontes podem sofrer variações conforme os momentos sociais.
b) Movimentos Ecológicos
c) Princípios Ideológicos
d) Necessidades Locais
e) Forma de Governo: monarquia, presidencialista e democracia
f) Riqueza Econômica
 As tributações que incidem sobre as empresas.
Exemplo: Empresas multinacionais que deixam de se instalar aqui por haver
grandes tributações.
g) Crises
 Exemplo: A greve dos caminhoneiros que impulsionou as negociações
sobre o peso de combustíveis e a promoção da fiscalização.
Fontes Formais ou Meios Formais
 São os meios ou formas pelas quais a matéria que não é jurídica, mas
necessita de disciplina jurídica, transforma-se em jurídica.

1- Estatais
 No decorrer dos anos as fontes estatais tendem a diminuir, tendo em
vista a globalização.
2- Infra – Estatais
3- Supra Estatais
Podem ser de:
1- Direito Interno: produzido no BR.
2- Direito Comunitário: produzido pelas comunidades internacionais.
3- Direito Internacional.
Fontes:
1- Formas consuetudinárias: formadas pelo Estado, MP e decretos.
2- Formas legislativas: é a jurisprudência, costumes, as convenções
coletivas de trabalho, acordos coletivos.
3- Formas jurisprudenciais: advindas das decisões que geram precedentes,
bem como do Direito Comunitário atrelado ao Direito Internacional
(Mercosul, OIT...).
FONTES MATERIAIS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
 São as fontes potenciais do Direito Processual do Trabalho e emergem,
em regra, do próprio Direito Material do Trabalho.
Podem ser:
1- Próprias:
 CLT: que rege o procedimento dos processos trabalhistas.
2- Subsidiárias:
 NCPC: com caráter subsidiário (art. 769, CLT): “Nos casos omissos, o
direito processual comum será fonte subsidiária do direito
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível
com as normas deste Título.”
3- Organização, Competência, Ação, Processo e Procedimento
QUAIS SÃO AS FONTES?
a) Constituição Federal
 Competência da União para legislar, privativamente, acerca do Direito
do Trabalho.
Art. 22, CF. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
 Formação dos Tribunais e Magistratura em Geral (art. 93 – 96, CF).
 Normas de Composição na Justiça do trabalho (art. 111-116; 114-
competência material-, CF).
 Garantias concedidas pelo art. 5º da CF:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem;

b) Medidas Provisórias

 ADIN 4717, STF pub 14/02/2019

c) Tratados e Convenções Internacionais

 EC 45 (equivalente a emenda constitucional): mudou significativamente


a estrutura e os procedimentos da Justiça do Trabalho.

 Tratado de Itaipu

 Tratado de Roma: escravidão

d) Decretos
 Só podem ser assinados pelo Chefe do Poder Executivo,

 Pagamentos dos sucessores nos débitos judiciais.

 CLT

 NCPC

 Lei de Terceirização, do Aprendiz, do Trabalho Temporário, da


Competência do Tribunal do Trabalho.
e) Regimentos: Não são passíveis de ações de controle de
constitucionalidade.
f) Súmulas do TST

g) PNS: Orientação dos precedentes normativos que são tidos como


critérios para dissídios coletivos.

h) INS: Orientação para dissídios coletivos.

i) Provimentos da Corregedoria: Atos que devem ser obedecidos pelo


tribunal

j) Atos da Previdência

k) Orientações Jurisprudenciais

l) Sentenças Normativas: dar fim a dissídios coletivos.

m) Usos e costumes: continuidade, uniformidade, moralidade e


obrigatoriedade.

 Usos e costumes

Exemplo: Apresentação de contestação escrita, mas pode ser apresentada


de forma oral.

n) Regulamento Empresariais: podem justificar ou dar motivação de


possível demissão por justa causa.

o) Doutrina

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO

 Princípios são a lógica que guia legislador na elaboração da norma,


refletindo os enunciados culturais, políticos e econômicos.

Princípios informativos

a) Lógico: advinda de um sistema; uma estrutura lógica.


b) Jurídico

c) Político: o Estado tem competência para solucionar conflitos, após o


conhecimento da lide.

d) Econômico

Princípio da Igualdade (art. 5º CF e 139, I, NCPC)

 As pessoas recebem tratamentos de formas iguais

EXCEÇÕES:

 Prazo em dobro para a Fazenda Pública


 Isenção e custas para a Execução para a Fazenda e aos carentes no
processo.

 Isenção de honorários periciais; se deferido poderá ser descontado dos


créditos trabalhistas do empregado ou ser requisitado à União.

 Reexame Necessário: Súmula 303, TST:

FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência


do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na
vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública,
salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000
(mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de
direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os
Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos
para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de
direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior
do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
de assunção de competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer
ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho
está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao
ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da
SBDI-1 - inserida em 03.06.1996)
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na
relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte
prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de
figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito
privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73
da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).

Revelia-> empregado
Extinção sem resolução do mérito

Princípio do Contraditório e Ampla Defesa


 Direito da parte ser ouvida e perdura ao longo de todo o processo.

 A decisão só afeta as pessoas que são partes do processo.

Princípio da Triangulação

 A relação jurídica torna-se completa, somente, após a citação onde


todas as partes possuem ciências dos fatos do processo (autor, réu
e o estado).
 Sem a citação do réu no processo, não é possível o atingimento da
norma a outra parte que o desconhece.

A decisão só será prolatada após a oitiva das partes


 Depoimento pessoal.

Não pode existir decisão surpresa sem que haja a manifestação das partes

 Art. 10, NCPC


Exceções: tutela de evidência e urgência, produção antecipada de prova e
ação monitória.

Imparcialidade do Juiz

O juiz deve atuar com:


 Não havendo os 3 requisitos, o juiz não poderá ter a CAPACIDADE
SUBJETIVA para o julgamento mediante a imparcialidade exigida.
 Ocorrendo alguma hipótese de incapacidade subjetiva, o juiz deve se
declarar impedido/suspeito, no prazo de 15 dias, sem a necessidade de
justifica-la, e portanto deverá remeter a causa à outro juiz.
(Impedimentos art. 144 e 145 CPC)

a) Isenção de ânimo
 Não possui interesse na causa, e nem sobre nenhum lado das partes.
b) Lisura
 Probidade do Juiz
c) Probidade
 Análise do juiz sem que haja a pessoalidade, conforme os termos
pedidos em manifestação pelas partes.

Garantias do juiz (art. 95, cf): inamovibilidade, irredutibilidade de subsídio e


estabilidade.

Princípio da Publicidade e Motivação da decisões


 Art. 93, IX, CF: “IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em
casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no
sigilo não prejudique o interesse público à informação;” (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

 A publicação dos termos das decisões no Diário Oficial da Justiça.

 Fundamentação das decisões.

FUNÇÕES:
a) Oportunizar a interposição dos recursos.
b) Analisar do posicionamento dos Magistrados (caso de análise a
parcialidade ou imparcialidade).

PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL

 Citação e o conhecimento da acusação


 Rápido e público julgamento.
 Arrolamento das testemunhas
 Contraditório
 Plena igualdade
 Medidas ilegais de constrição ao patrimônio.
 Não ser acusado por provas ilegalmente obtidas.
 Provas ilegalmente obtida: podem ser mantida no processo, mas não
será por meio desta que será julgado e usado como fundamento.
 Direito à assistência judiciária.
 Juiz Natural.

Princípio do Duplo Grau de Jurisdição (art. 5º, LV, CF)


 Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;
“Re- Cursus” -> Retorno, Volta e Repetição.
Art. 8º, 2, h, Pacto de San José da Costa Rica. “Toda pessoa acusada de um
delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente
comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena
igualdade, às seguintes garantias mínimas:
h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior.”
 Decisão interlocutória: NÃO cabe recurso no Processo do Trabalho,
mas também não poderá gerar preclusão, podendo ser alegada
posteriormente.

 Analisada através de um RECURSO ORDINÁRIO ou a interposição de


MS.
PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO
 O processo deverá ser de forma célere, seguro para as partes litigantes
e com o menor custo/onerosidade.
Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário (CONTROLE
JURISDICIONAL)
 O Poder Judiciário não pode se isentar do julgamento dos processos,
devendo sempre prestar a chancela jurisdicional aos cidadãos.
PRINCÍPIOS COMUNS AO PROCESSO CIVIL E AO PROCESSO DO
TRABALHO
Princípio Inquisitivo ou Dispositivo
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I,
a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 Quando há verbas a serem recebidas pela empregador e há na
sentença a liquidez de verbas previdenciárias, sendo competente o juiz
para executá-las.
Art. 39, CLT - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado
versam sobre a não existência de relação de emprego ou sendo
impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o
processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse caso,
sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.
 No processo judicial afastamos qualquer conceito inquisitivo
Art. 878, CLT. “A execução será promovida pelas partes, permitida a
execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos
casos em que as partes não estiverem representadas por advogado.”
 A execução será dada mediante a provocação das partes, que devem
requerer o início da execução.
 Necessidade de provocação do juiz.
PRINCÍPIO DA LEALDADE
 Atualização dos endereços pelas partes
Art. 77, V, NCPC: “Além de outros previstos neste Código, são deveres das
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma
participem do processo:
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o
endereço residencial ou profissional onde receberão intimações,
atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer
modificação temporária ou definitiva;”

HIPÓTESE DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
 Não se aplica ao processo do trabalho.

Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como
reclamante, reclamado ou interveniente.
 O juiz pode aplicar uma sanção (pena) por litigância de má-fé.
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Princípio da Oralidade

Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.


§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio,
o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor,
a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
 A petição deverá ter pedido certo, líquido e determinado
ESPECIFICADAMENTE, com todas as verbas rescisórias e os seus
reflexos.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e
assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no
§ 1º deste artigo.
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão
julgados extintos sem resolução do mérito.

Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir
sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada
por ambas as partes.
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de
processo judicial eletrônico até a audiência.
 Não havendo acordo na audiência inicial, a parte poderá apresentar sua
defesa no mesmo ato por meio oral, em 20 minutos.
 Caso contrário, poderá se manifestar defesa escrita até a designação da
nova audiência de instrução.

Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais,


em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o
juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando
esta, será proferida a decisão.

Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio,


tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá
desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao
justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.

a) 1º momento de conciliação: Antes da apresentação da defesa


(contestação)
b) 2º momento de conciliação: No término da audiência de instrução, sob
pena de nulidade.
 Produção das razões finais orais (princípio da oralidade).

ECONOMIA PROCESSUAL

Art. 843, CLT - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o


reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de
seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações
de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo
Sindicato de sua categoria.

Art. 846, CLT - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a


conciliação.
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos
litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.

Art. 840, CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.


§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio,
o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a
data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e
assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no
§ 1º deste artigo.

Art. 849, CLT - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for
possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou
presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida,
independentemente de nova notificação.
 O processo deve ser o mais célere possível

Art. 57, NCPC. Quando houver continência e a ação continente tiver sido
proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida
sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão
necessariamente reunidas.

 Os processos que possuem identidade entre si, serão reunidos.


Art. 283.  O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos
atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem
necessários a fim de se observarem as prescrições legais.

Parágrafo único.  Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que


não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.

 Quando há indicação de nulidade de citação, as perícias e testemunhas


que não foram eivados de nulidade, serão mantidos.

Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo


réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença


com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver
requerimento de prova, na forma do art. 349.

 Julgamento antecipado da lide.

 O processo só admite prova documental.

PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE OU PRECLUSÃO

 A preclusão do pedido no decorrer do processo, não podendo haver


novas delegações possíveis, no momento adequado.
PRINCÍPIO DO ÔNUS DA PROVA

 Em regra, quem alega que prova.

PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA

 Impugnação especificadamente das alegações ventiladas, sob pena de


o Réu sofrer à revelia. Sendo necessário manifestar sobre TODAS as
manifestações levantadas.

 O princípio vale tanto para o Autor quanto ao Réu, porque se o Autor


não se manifestar sobre os fatos novos levantados pela parte adversa,
irá precluir do seu direito tornando-se revel. (Entendimento moderno da
doutrina).

PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE

 Mesmo após a citação pode haver o aditamento da petição e na


audiência inaugural poderia abrir prazo para a outra parte. Mas, após a
contestação não poderá mais novo pedido.

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS

1- Princípio Protetor

 In dubio pró operário

 Norma mais favorável: proteção da parte menos favorecida.

2- Busca pela verdade Real/ Primazia da Realidade

Exemplo: empregado que negocia cláusulas contratuais, quando é


hipossuficiente.

Ou quando há Convenção Coletiva pelos Sindicatos (possuem autonomia),


com acordos que possuam condições contrárias à legislação, quando for
norma coletiva, acerca dos direitos pleiteados pelos Sindicatos.

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm


prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para
jornadas superiores a seis horas;
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189,
de 19 de novembro de 2015;
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do
empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram como
funções de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo
empregado, e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo
empregado, e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das
autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em
programas de incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.

Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo


coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de


Trabalho e Previdência Social;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
IV - salário mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção
dolosa;
VIII - salário-família;
IX - repouso semanal remunerado;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50%
(cinquenta por cento) à do normal;

3- Princípio da Finalidade Social (coleta de provas)

 O juiz de ofício pode requerer as provas, para garantir a verdade das


provas.

4- Princípio da Indisponibilidade

 O empregado deve se adequar das medidas adequadas de que não


pode dispor dos seus direitos.

5- Princípio da Conciliação
 Momentos de conciliação: antes da contestação e ao término da
audiência de instrução.

6- Princípio da Normatização Coletiva

ESTUTURA ORGANIZACIONAL DO TRIBUNAL

Art. 65. São órgãos do Tribunal Superior do Trabalho:


I - Tribunal Pleno;
II - Órgão Especial;
III - Seção Especializada em Dissídios Coletivos;
IV - Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas
subseções;
V - Turmas.
Parágrafo único. São órgãos que funcionam junto ao Tribunal Superior do
Trabalho:
I - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do
Trabalho (ENAMAT);
II - Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); III - Centro de
Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal
Superior do Trabalho (CEFAST);
IV – Ouvidoria.

Art. 68. O Tribunal Pleno é constituído pela totalidade dos Ministros que
integram a Corte.
§ 1º Para o funcionamento do Tribunal Pleno é exigida a presença de, no
mínimo, 14 (quatorze) Ministros, sendo necessária a maioria absoluta para
deliberar sobre:
I - escolha dos nomes que integrarão a lista tríplice destinada à vaga de
Ministro do Tribunal, observado o disposto no art. 4.º, § 2.º, II, deste
Regimento;
II - aprovação de Emenda Regimental;
III - eleição dos Ministros para os cargos de direção do Tribunal;
IV - edição, revisão ou cancelamento de súmula, de orientação
jurisprudencial e de precedente normativo;
V - declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Poder
Público. § 2º Será tomada por 2/3 (dois terços) dos votos dos Ministros que
compõem o Tribunal Pleno a deliberação preliminar referente à existência
de relevante interesse público que fundamenta a proposta de edição,
revisão ou cancelamento de súmula, orientação jurisprudencial e
precedente normativo, observado o § 3.º do art. 702 da CLT.

Art. 69. O Órgão Especial é composto por 14 (quatorze) membros, sendo 7


(sete) por antiguidade e 7 (sete) por eleição, e 3 (três) suplentes.

§ 1º Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice-Presidente do


Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, juntamente com os
demais Ministros mais antigos e eleitos.
§ 2º Caso seja eleito para cargo de direção do Tribunal Ministro que não
figure dentre os 7 (sete) mais antigos aptos a integrar o Órgão Especial,
será ele considerado eleito para integrá-lo, promovendo-se a eleição
prevista no caput deste artigo, por escrutínio secreto, apenas para os
cargos remanescentes. § 3º O quórum para funcionamento do Órgão
Especial é de 8 (oito) Ministros, mas, para deliberar sobre disponibilidade ou
aposentadoria de Magistrado, exige-se a presença e votação convergente
da maioria absoluta.
§ 4º Para recompor o quórum em virtude da ausência de Ministro integrante
da metade mais antiga, será convocado o Ministro que o suceder na ordem
de antiguidade. No caso de não comparecimento de Ministro que compõe a
metade eleita, a convocação recairá sobre qualquer dos suplentes.

Art. 73. As Turmas são constituídas, cada uma, por 3 (três) Ministros, sendo
presididas de acordo com os critérios estabelecidos pelos arts. 91 e 92
deste Regimento. Parágrafo único. Para os julgamentos nas Turmas é
necessária a presença de 3 (três) Magistrados.

Art. 74. Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar, conciliar e


julgar, na forma da lei, em grau originário ou recursal ordinário ou
extraordinário, as demandas individuais e os dissídios coletivos que
excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais, os conflitos de direito
sindical, assim como outras controvérsias decorrentes de relação de
trabalho, e os litígios relativos ao cumprimento de suas próprias decisões,
de laudos arbitrais e de convenções e acordos coletivos.

Art. 75. Compete ao Tribunal Pleno:


I - eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal
Superior do Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete)
Ministros para integrar o Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os
membros do Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), o diretor e os
membros do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e
Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST); os Ministros membros
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e respectivos suplentes,
os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor e seu
substituto;
II - dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal
Superior do Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros
da direção e do Conselho Consultivo da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de
Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior
do Trabalho (CEFAST);
III - escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do
Tribunal;
IV - deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do
Tribunal Superior do Trabalho e o início do exercício;
V - determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;
VI - opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive
processual, quando entender que deve manifestar-se oficialmente;
VII - estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência
uniforme, pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços).
de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma
idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois terços) das turmas, em pelo
menos 10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por
maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no
Diário Oficial; VIII - julgar os incidentes de assunção de competência e os
incidentes de recursos repetitivos, afetados ao órgão;
IX - decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas
ou Turmas;
X - aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;
XI - processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua
competência e à garantia da autoridade de suas decisões e à observância
obrigatória de tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente
judicial de cumprimento obrigatório, por ele proferida.

Art. 76. Compete ao Órgão Especial:


I - em matéria judiciária:
a) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua
competência, à garantia da autoridade de suas decisões e à observância
obrigatória de tese jurídica firmada em decisão com eficácia de precedente
judicial de cumprimento obrigatório, por ele proferida;
b) julgar mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de
qualquer Ministro do Tribunal, ressalvada a competência das Seções
Especializadas;
c) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do
Trabalho em mandado de segurança de interesse de magistrados e servidores
da Justiça do Trabalho;
d) julgar os recursos interpostos contra decisão em matéria de concurso para a
Magistratura do Trabalho;
e) julgar os recursos ordinários em agravos internos interpostos contra
decisões proferidas em reclamações correicionais ou em pedidos de
providências que envolvam impugnação de cálculos de precatórios;
f) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em
mandado de segurança impetrado contra ato do Presidente de Tribunal
Regional em precatório;
g) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em
reclamações quando a competência para julgamento do recurso do processo
principal for a ele atribuída;
h) julgar os agravos internos interpostos contra decisões proferidas pelo
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho;
i) julgar os agravos internos interpostos contra decisões que denegam
seguimento a recurso extraordinário por ausência de repercussão geral da
questão constitucional debatida;
j) deliberar sobre as demais matérias jurisdicionais não incluídas na
competência dos outros órgãos do Tribunal.
II - em matéria administrativa:
a) proceder à abertura e ao encerramento do semestre judiciário;
b) eleger os membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho
e os das Comissões previstas neste Regimento, com observância, neste último
caso, do disposto nos §§ 1.º e 3.º de seu art. 53;
c) aprovar e emendar o Regulamento Geral da Secretaria do Tribunal Superior
do Trabalho, o Regimento da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, o
Regulamento da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, os Estatutos da
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho
(ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e
Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST), e o Regimento Interno
do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT);
d) propor ao Poder Legislativo, após a deliberação do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT), a criação, extinção ou modificação de Tribunais
Regionais do Trabalho e Varas do Trabalho, assim como a alteração de
jurisdição e de sede destes;
e) propor ao Poder Legislativo a criação, a extinção e a transformação de
cargos e funções públicas e a fixação dos respectivos vencimentos ou
gratificações;
f) escolher, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos
seus membros, Desembargador de Tribunal Regional do Trabalho para
substituir temporariamente Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;
g) aprovar a lista dos admitidos na Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho;
h) aprovar a lotação das funções comissionadas do Quadro de Pessoal do
Tribunal;
i) conceder licença, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal;
j) fixar e rever as diárias e as ajudas de custo do Presidente, dos Ministros e
servidores do Tribunal;
l) designar as comissões temporárias para exame e elaboração de estudo
sobre matéria relevante, respeitada a competência das comissões
permanentes;
m) aprovar as instruções de concurso para provimento dos cargos

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