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DIREITO CONSTITUCIONAL PARA CONCURSOS

| PROFª. MALU ARAGÃO


270-EP

01. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã) O Presidente
da República foi informado por um assessor sobre a conveniência de serem editadas três medidas provisórias, cujos objetos
seriam, respectivamente, os de:
I. reforçar dotação orçamentária correspondente a determinado programa social;
II. estabelecer regras para a concessão de garantias pelas entidades públicas; e
III. disciplinar uma cláusula comum aos contratos de franquia.

Considerando os balizamentos a serem observados pelo Presidente da República na edição de medidas provisórias e com
abstração dos requisitos de relevância e urgência, é correto afirmar, em relação aos objetos alvitrados para as medidas
provisórias, que

A) os três são compatíveis com essa espécie legislativa.


B) apenas o objeto I é compatível com essa espécie legislativa.
C) apenas o objeto III é compatível com essa espécie legislativa.
D) apenas os objetos I e II são compatíveis com essa espécie legislativa.
E) apenas os objetos I e III são compatíveis com essa espécie legislativa.

02. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã) Os partidos
políticos Alfa e Beta debateram a possibilidade de conferirem apoio à instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
no âmbito da Câmara dos Deputados. Ao seu ver, a medida seria necessária para apurar os crimes que viessem a ser
praticados em detrimento da União, de modo paralelo à sua apuração pelos órgãos competentes, sendo esse o objeto da CPI.
Além disso, a Comissão deveria determinar a interceptação telefônica de certas autoridades, as quais, ao ver dos
debatedores, seriam as responsáveis pelo incremento da impunidade em relação aos referidos crimes. Por fim, deveria ser
determinada a quebra do sigilo fiscal de outras autoridades, considerando que apresentavam um estilo de vida incompatível
com a sua renda regular.

À luz dos balizamentos constitucionais, é correto afirmar, em relação aos três pontos de debate, concebidos em sua
individualidade, de modo independente uns dos outros, que

A) todos são compatíveis com a ordem constitucional.


B) apenas a quebra do sigilo fiscal é compatível com a ordem constitucional.
C) apenas o objeto alvitrado para a CPI é compatível com a ordem constitucional.
D) apenas a interceptação telefônica e a quebra do sigilo fiscal são compatíveis com a ordem constitucional.
E) apenas o objeto alvitrado para a CPI e a interceptação telefônica são compatíveis com a ordem constitucional.

03. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) A súmula vinculante pode ser aprovada mediante decisão de dois terços dos
ministros do STF para que, a partir de sua publicação, tenha efeito vinculante sobre:

A) demais instâncias do Poder Judiciário;


B) Administração Pública direta e demais instâncias do Poder Judiciário;
C) Administração Pública direta e indireta na esfera federal e os demais órgãos do Poder Judiciário;
D) demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal;
E) os órgãos deliberativos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

04. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) Determinada Lei do Estado Beta prevê a adoção do maior tempo de serviço público
como critério de desempate para a promoção na carreira da magistratura estadual.

Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a referida norma é:

A) inconstitucional, pois compete à União, mediante lei complementar de iniciativa reservada ao presidente da República,
legislar sobre a organização da magistratura nacional;
B) constitucional, pois compete ao Estado, mediante lei complementar de iniciativa reservada ao presidente do Tribunal de
Justiça local, legislar sobre a organização da magistratura estadual;
C) inconstitucional, pois compete à União, mediante lei complementar de iniciativa reservada ao Supremo Tribunal Federal,
legislar sobre a organização da magistratura nacional;
D) constitucional, pois enquanto a lei nacional não é editada, permanece sob a competência do Estado legislar sobre matéria
que disciplina o regime jurídico da magistratura estadual;
E) constitucional, pois repete as disposições e regras previstas na Lei Orgânica da Magistratura, as quais devem ser seguidas
por todos os legisladores estaduais e do Distrito Federal.
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05. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Informática Legislativa - Manhã) Maria, servidora pública
federal ocupante de cargo de provimento efetivo, após cumprir os requisitos para a aposentadoria voluntária, teve sua
aposentadoria deferida pela autoridade federal competente.

Essa autoridade, seguindo orientação de um assessor, encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU), dias depois, o
processo administrativo que resultou no ato de aposentação. O Tribunal, ao apreciar o caso no ano seguinte, identificou o
não preenchimento do requisito do tempo de contribuição mínimo e se negou a realizar o registro do ato, sem ter ouvido
previamente Maria.

Considerando os termos dessa narrativa, à luz dos balizamentos estabelecidos pela Constituição da República de 1988, é
correto afirmar que

A) a negativa de registro foi irregular, considerando a não observância da garantia do contraditório.


B) o ato de aposentação de Maria somente produziria efeitos financeiros após o seu registro no TCU, o que não ocorreu.
C) por não ter identificado os requisitos exigidos para o ato de aposentação, o TCU agiu corretamente ao negar o registro.
D) o TCU só deveria apreciar a juridicidade do ato de aposentação se tivesse sido impugnado, o que não ocorreu.
E) o processo administrativo não deveria ter sido encaminhado ao TCU, considerando que Maria ocupava cargo em
comissão.

06. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Informática Legislativa - Manhã) Pedro, Deputado Federal,
recebeu, na última semana, diversos representantes do funcionalismo público nos segmentos estadual, distrital e municipal,
ocasião em que solicitaram a apresentação de projeto de lei ordinária dispondo sobre a disciplina a ser observada pelos
entes federativos que desejassem instituir regimes próprios de previdência social.

Após ouvir todos os segmentos interessados, Pedro concluiu corretamente, à luz da sistemática constitucional, que a
proposição

A) seria inconstitucional, pois a instituição dos regimes alvitrados é vedada.


B) deve ter a forma de lei complementar, por veicular normas nacionais a respeito da referida temática.
C) é de iniciativa privativa do Presidente da República, por dizer respeito aos servidores públicos de outras unidades
federativas.
D) seria inconstitucional, pois a instituição dos regimes próprios deve ser realizada por cada ente federativo, em razão de
sua autonomia política.
E) pode ser de iniciativa parlamentar, considerando que o regime previdenciário não apresenta correlação necessária com o
regime jurídico dos servidores públicos.

07. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) O Presidente da República, em
determinada legislatura, recebeu a sugestão de um assessor para que apresentasse proposição legislativa disciplinando
determinada temática de grande relevância para a população. Ao sopesar as forças políticas em evidência em ambas as Casas
do Congresso Nacional, o referido assessor sugeriu que a discussão legislativa tivesse início no Senado Federal, onde seriam
maiores as chances de aprovação, daí decorrendo a possibilidade de maior envolvimento da opinião pública.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a sugestão do assessor

A) não destoa da ordem constitucional, qualquer que seja a natureza e a matéria da proposição.
B) destoa da ordem constitucional, pois qualquer proposição legislativa deve ter sua discussão iniciada pela Câmara dos Deputados.
C) depende de prévia aquiescência do Presidente do Congresso Nacional, que definirá a Casa iniciadora à luz da natureza da
proposição ofertada.
D) somente se mostra correta em se tratando de proposta de emenda à Constituição, em que há liberdade de escolha da
Casa Legislativa iniciadora.
E) não se ajusta à exigência constitucional de que os projetos apresentados pelo Chefe do Poder Executivo federal sempre
tenham início na Câmara dos Deputados.

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08. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) Após ampla mobilização popular, que
almejava a contenção do crescimento do gasto público, a Constituição do Estado Beta foi emendada, passando a estabelecer
limitadores para o quantitativo de secretarias nos Municípios situados no território do referido Estado. O quantitativo, fixado
de modo objetivo, variava conforme a população e a arrecadação de cada Município. Irresignados com a inovação, que, ao
seu ver, prejudicaria a sua atuação, um grupo de Prefeitos Municipais consultou um advogado a respeito da temática.

Foi corretamente esclarecido ao grupo de Prefeitos que, na perspectiva da Constituição da República, a emenda à
Constituição Estadual é

A) constitucional, pois os Municípios devem observar as normas da Constituição Estadual.


B) constitucional, pois o limitador já está previsto na Constituição da República.
C) inconstitucional, pois somente lei complementar nacional poderia incursionar na matéria.
D) inconstitucional, pois a Constituição Estadual não pode reduzir a autonomia política dos Municípios.
E) inconstitucional, pois o Estado Beta somente poderia ter tratado da matéria se tivesse recebido delegação da União.

09. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) Juliana foi instada por sua professora de
Direito Constitucional a apresentar três características da Constituição da República Federativa do Brasil. Em resposta, Juliana
afirmou que essa ordem constitucional é: (1) unitextual, não havendo norma constitucional fora do corpo permanente e do
ato das Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; (2) está sujeita ao processo informal de modificação conhecido
como mutação constitucional; e (3) possui contornos compromissórios.

A professora respondeu corretamente, em relação às afirmações de Juliana, que

A) todas estão certas.


B) apenas as afirmações 1 e 2 estão certas.
C) apenas as afirmações 2 e 3 estão certas.
D) apenas a afirmação 1 está certa.
E) apenas a afirmação 3 está certa.

10. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) A Associação dos Magistrados do Estado Alfa
requereu administrativamente o reconhecimento de determinado direito estatutário em benefício dos seus associados. Em
razão da prolação de decisão denegatória, pelo órgão competente do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, foi requerido ao
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que reformasse essa decisão, com o correlato reconhecimento do direito almejado. O CNJ,
no entanto, negou-se a reformar a decisão prolatada, sob o argumento de que não vislumbrava nenhuma afronta à juridicidade.

Considerando os balizamentos oferecidos pela Constituição da República, é correto afirmar que a decisão do CNJ

A) deve ser impugnada perante o Supremo Tribunal Federal caso seja ajuizada uma ação ordinária, na qual a União figure no
polo passivo.
B) deve ser impugnada perante o Supremo Tribunal Federal, qualquer que seja a ação judicial utilizada.
C) só pode ser impugnada perante o Supremo Tribunal Federal caso seja manejada uma ação constitucional.
D) deve ser impugnada perante a Justiça Federal de primeira instância, qualquer que seja a ação judicial utilizada.
E) não pode ser impugnada perante o Supremo Tribunal Federal.

11. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) Um grupo de vinte e cinco Senadores
apresentou proposta de Emenda à Constituição, que tinha por objeto a instituição de um Estado de Direito regional, nos qual
as competências legislativas seriam centralizadas na União e exercidas pelas regiões nos termos da delegação que viessem a
receber. Essa proposta foi aprovada por cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por três quintos dos
votos dos respectivos membros. Ao final, foi sancionada e promulgada pelo Presidente da República.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que essa narrativa

A) não apresenta irregularidade.


B) somente apresenta irregularidades em relação à iniciativa da proposta, ao objeto e à sanção e promulgação.
C) somente apresenta irregularidades em relação à aprovação e à sanção e promulgação.
D) somente apresenta irregularidades em relação à iniciativa e ao objeto.
E) somente apresenta irregularidade em relação à aprovação.

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12. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) Com o objetivo de viabilizar a mobilidade
intrínseca da federação, o Presidente da República editou a Medida Provisória nº XX, disciplinando o período em que é
possível a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios. Essa Medida Provisória recebeu parecer de
uma Comissão Mista de Deputados e Senadores, sendo apreciada, ato contínuo, em sessão conjunta das duas Casas do
Congresso Nacional. Por fim, foi convertida, sem alterações, na Lei nº YY, promulgada diretamente pela Mesa do Congresso
Nacional.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que a referida narrativa

A) não apresenta irregularidade.


B) somente apresenta irregularidade em relação à promulgação direta pela Mesa do Congresso Nacional.
C) somente apresenta irregularidade em relação à forma de apreciação pelas Casas do Congresso Nacional.
D) somente apresenta irregularidade em relação ao objeto da Medida Provisória e à forma de apreciação pelas Casas do
Congresso Nacional.
E) somente apresenta irregularidade em relação à apreciação pela Comissão Mista e à promulgação direta pela Mesa do
Congresso Nacional.

13. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã) Em razão de
um grande movimento da sociedade civil organizada, foi editada, no âmbito do Estado Alfa, a Lei estadual nº X, que limitou a
extração de recursos minerais no território de Alfa, com o alegado objetivo de preservar as notórias paisagens naturais ali
existentes. Apesar de muito comemorada pela população de Alfa, foi grande a insatisfação das sociedades empresárias que
estavam explorando essa atividade econômica.
Sensível aos impactos da Lei estadual nº X no ambiente sociopolítico, o Partido Político Sigma, com legitimidade para
deflagrar o controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, solicitou que sua assessoria
jurídica analisasse a existência, ou não, de alguma incompatibilidade desse diploma normativo com a Constituição da
República de 1988.

Foi corretamente esclarecido ao Partido Político Sigma que

A) a Lei estadual nº X versa sobre típico interesse local, o que atrai a competência legislativa municipal, logo, é
inconstitucional.
B) o Estado Alfa tem competência legislativa concorrente com a União para legislar sobre meio ambiente, logo a Lei estadual
nº X é constitucional.
C) em razão da natureza do bem explorado economicamente, a competência legislativa é privativa da União, de modo que a
Lei estadual nº X é inconstitucional.
D) a constitucionalidade da Lei estadual nº X deve ser aferida na perspectiva de existir, ou não, lei anterior da União a
respeito da temática, sendo que, na ausência, a competência legislativa do Estado é plena.
E) apesar de a matéria ambiental ser de competência legislativa privativa da União, o Estado tem competência concorrente
com esse ente para legislar sobre direito econômico, sendo constitucional a Lei estadual nº X.

14. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã) Em razão de
divergências quanto à alíquota do imposto de importação de determinado produto, o que aumentou a sua oferta no território
nacional com preços competitivos, empresários e trabalhadores envolvidos na produção do similar nacional, que teve expressiva
redução das vendas, iniciaram uma forte onda de manifestações em determinada região do País. Esse estado de coisas resultou
em perturbação da paz social, gerando grande insatisfação junto à população atingida por essas manifestações.
Em razão do ocorrido, diversos partidos políticos solicitaram ao Presidente da República que adotasse as providências cabíveis
com o uso dos instrumentos constitucionais disponíveis e, se possível, eventual restrição a algum direito fundamental.

Observados os demais requisitos exigidos, é correto afirmar que o Presidente da República pode

A) decretar apenas o estado de sítio, o que deve ser previamente autorizado pelo Congresso Nacional.
B) decretar apenas o estado de defesa, sendo o respectivo decreto e sua justificação submetidos ao Congresso Nacional em
momento posterior.
C) optar pela decretação do estado de defesa ou do estado de sítio, opção que será influenciada pelo nível de restrição que
se pretende impor aos direitos fundamentais.
D) decretar apenas o estado de calamidade pública, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, que
não será superior a 30 (trinta) dias, prorrogável uma vez.
E) decretar a intervenção federal na respectiva região, o que deve ser previamente autorizado pelo Congresso Nacional,
podendo restringir o direito de reunião durante a medida.

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15. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Contador - Manhã) Antony nasceu
no território brasileiro quando seus pais, Peter, de nacionalidade inglesa, e Ingrid, de nacionalidade alemã, aqui se
encontravam a serviço da embaixada indiana. Poucos dias após o nascimento, a família passou a residir no território russo, ali
permanecendo desde então.

À luz da sistemática estabelecida na Constituição da República de 1988, é correto afirmar que Antony

A) é brasileiro nato, a exemplo de todos que nascem no território brasileiro.


B) é estrangeiro e, caso pretenda se naturalizar, deve atender aos requisitos previstos para a generalidade das pessoas.
C) é estrangeiro, mas será considerado brasileiro nato caso venha a residir na República Federativa do Brasil e opte pela
nacionalidade brasileira após atingir a maioridade.
D) será considerado brasileiro nato caso venha a residir na República Federativa do Brasil e opte pela nacionalidade
brasileira após atingir a maioridade.
E) deve ser considerado brasileiro nato, o que não é afetado pela situação funcional dos seus pais à época do nascimento.

16. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) Maria, moradora do Município Alfa, não conseguiu efetuar a matrícula do filho de 2
anos em estabelecimento de educação infantil municipal próximo de sua residência. Ao questionar o motivo da
impossibilidade, o Município alegou que a rede municipal não tinha vaga para crianças da idade de seu filho, já que não havia
legislação municipal que fornecesse tal garantia.

Diante do exposto e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:

A) a municipalidade não tem o dever de efetuar a matrícula do filho de Maria, pois às crianças entre 0 e 5 anos de idade o
atendimento em creche e pré-escola não é obrigatório e necessita de regulamentação pelo Poder Legislativo;
B) Maria não poderá exigir judicialmente do Município a matrícula de seu filho na escola municipal, pois a norma que
garante a concretização desse direito fundamental é de eficácia contida sem aplicabilidade imediata;
C) o Município Alfa tem o dever constitucional de assegurar ao filho de Maria o atendimento em creche e pré-escola. A
educação infantil é direito subjetivo assegurado no próprio texto constitucional, mediante norma de aplicabilidade direta
e eficácia plena;
D) o Município Alfa não tem o dever constitucional de assegurar ao filho de Maria o atendimento em creche e pré-escola. A
educação infantil não é direito subjetivo, pois é norma programática e depende de implementação pelo poder público;
E) o Município Alfa tem o dever de assegurar ao filho de Maria o atendimento em pré-escola (4 a 5 anos), mas não em
creche (0 a 3 anos), pois apenas a educação básica é direito subjetivo previsto na Constituição.

17. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) O Tribunal de Contas do Estado de Goiás recebeu, para apreciação, as contas de
gestão apresentadas pelo prefeito do Município Alfa. Após avaliação do corpo técnico e detida análise dos conselheiros,
concluiu, corretamente, que parte das despesas alegadamente realizadas não foi comprovada, havendo provas insofismáveis
de desvio de recursos públicos.

Nesse caso, à luz da sistemática vigente, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás deve:

A) emitir parecer prévio, não julgar as contas do prefeito, munus da Câmara Municipal de Alfa, desde que o ilícito praticado
tenha correlação com as contas de governo;
B) julgar as contas do prefeito de Alfa, sendo que o Município Alfa é o único legitimado para a execução da multa que venha
a ser aplicada e para o ressarcimento dos danos;
C) emitir parecer prévio, não julgar as contas do prefeito, o qual será vinculante para a Câmara Municipal de Alfa caso seja
demonstrada a prática de ato doloso de improbidade;
D) emitir parecer prévio, não julgar as contas do prefeito, munus da Câmara Municipal de Alfa, que somente poderá deixar
de acolher o referido parecer por decisão de dois terços dos vereadores;
E) julgar as contas do prefeito de Alfa, sendo que o Município Alfa é o único legitimado para requerer em juízo o
ressarcimento dos danos, enquanto o Estado de Goiás deve executar a multa que venha a ser aplicada.

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18. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) João, solteiro convicto, tinha o sonho de ser pai. Com esse objetivo, procurou uma
clínica especializada no exterior e realizou a técnica de fertilização in vitro. A gestação por substituição, por sua vez, foi
realizada por Marie, pessoa com a qual João não mantinha qualquer relação afetiva. Logo após o parto, a criança XX foi
entregue a João, que retornou ao território brasileiro e a registrou apenas em seu nome.
Como João é servidor público, requereu ao Departamento de Recursos Humanos da repartição pública a fruição de licença-
maternidade, considerando o ônus que assumiria, de cuidar, sozinho, de XX.

Ao analisar a ordem constitucional, a autoridade competente explicou corretamente a João que ele:

A) não faz jus à referida licença, pois não poderia ser equiparado à mãe na medida em que XX possuía mãe conhecida;
B) faz jus à licença-maternidade, desde que seja demonstrado que Marie não requereu a fruição de benefício similar no
exterior;
C) não faz jus à licença-maternidade, pois a igualdade entre homens e mulheres é excepcionada pelas situações previstas na
ordem constitucional;
D) somente faria jus à licença-maternidade caso a legislação expressamente o autorizasse, o que decorria do princípio da
legalidade estrita que deve reger a Administração Pública;
E) faz jus à licença-maternidade, considerando que XX deve ser protegida com absoluta prioridade, além de os direitos
sociais da mulher também se destinarem à proteção da criança.

19. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) A sociedade empresária Alfa ingressou com ação ordinária em face do Estado Beta,
visando a desconstituir crédito tributário relativo ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
desonerando-a igualmente de recolhimentos futuros. O argumento era o de que a Lei nº X, utilizada pelo fisco para constituir
o crédito, apresentava vício de inconstitucionalidade. Alfa obteve êxito em sua pretensão, inclusive com o reconhecimento,
em sede incidental, pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado Beta, de que o referido diploma normativo era
incompatível com a Constituição da República. Três anos após o trânsito em julgado do acórdão favorável a Alfa, o Supremo
Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade da Lei nº X.

Nesse caso, à luz da sistemática vigente, é correto afirmar que:

A) Alfa está amparada pelos efeitos da coisa julgada, logo, o reconhecimento posterior da constitucionalidade da Lei nº X
pelo STF não produz efeitos em relação a ela, quer esse reconhecimento tenha ocorrido em sede de controle
concentrado, quer em controle difuso;
B) caso o STF tenha reconhecido a constitucionalidade da Lei nº X em sede de controle difuso ou concentrado, essa decisão
somente irá se sobrepor à coisa julgada que se formou em favor de Alfa com o manejo da ação rescisória, produzindo
efeitos a partir da decisão favorável obtida pelo fisco nesta última;
C) caso o STF tenha reconhecido a constitucionalidade da Lei nº X em sede de controle concentrado, essa decisão se
sobrepõe automaticamente à coisa julgada que se formou em favor de Alfa, autorizando que o Estado Beta cobre todos
os créditos devidos por esta sociedade empresária, anteriores e posteriores à referida decisão;
D) caso o STF tenha reconhecido a constitucionalidade da Lei nº X em sede de controle difuso, com repercussão geral
reconhecida, serão automaticamente interrompidos os efeitos da coisa julgada formada em favor de Alfa, mas isto
apenas para o futuro, observadas, ainda, as limitações constitucionais ao poder de tributar;
E) caso o STF tenha reconhecido a constitucionalidade da Lei nº X em sede de controle difuso, ainda que sem repercussão
geral, essa decisão se sobrepõe automaticamente à coisa julgada que se formou em favor de Alfa, de modo que o Estado
Beta cobre os créditos devidos por esta sociedade empresária, constituídos em momento anterior à decisão.

20. (FGV - 2023 - TJ-GO - Juiz Substituto) A sociedade empresária Sigma explorava a atividade de transmissão e recepção de
dados e voz, por meio de torres e antenas situadas no território do Município Beta. Em razão da atividade desenvolvida em
solo municipal, esse ente federativo editou a Lei nº X, instituindo a taxa de funcionamento das respectivas estações, com
estrita observância das denominadas “limitações constitucionais ao poder de tributar”.

À luz da ordem constitucional, é correto afirmar que a Lei nº X é:

A) inconstitucional, considerando a natureza da atividade explorada por Sigma, o que afasta a competência de Beta para
instituir a referida taxa;
B) constitucional, considerando que Beta tem competência para suplementar a legislação federal e a estadual, de modo a
atender às peculiaridades locais;
C) constitucional, considerando que a ocupação do solo urbano é típico interesse local, a justificar a competência legislativa
privativa de Beta para instituir a taxa;

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D) inconstitucional, considerando que as atividades já exploradas, com contribuintes previamente identificados, não
configuram fato gerador da taxa, face à ausência de serviço público específico e divisível;
E) constitucional, considerando se tratar de matéria com nítidos reflexos no meio ambiente, em que prevalece a
competência concorrente entre os entes federativos, observados os balizamentos estabelecidos pela União.

21. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Informática Legislativa - Manhã) Maria e Helena, estudiosas
do direito constitucional, travaram intenso debate a respeito da possibilidade, ou não, de o não pagamento da dívida pública
ensejar a decretação de intervenção federal, pelo Presidente da República, em algum Estado da Federação.

Maria defendia que a suspensão do pagamento da dívida pública, desde que flutuante, poderia ensejar essa medida, que se
daria na modalidade de intervenção espontânea. Helena, por sua vez, apregoava que a suspensão do pagamento da dívida
pública, desde que consolidada, permitiria a adoção dessa medida, que observaria a modalidade de intervenção provocada.

A) ambas estavam totalmente certas.


B) ambas estavam totalmente erradas.
C) Maria e Helena estavam parcialmente certas.
D) Helena estava completamente certa e Maria, parcialmente certa.
E) Maria estava completamente certa e Helena, parcialmente certa.

22. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Informática Legislativa - Manhã) Ingo, de nacionalidade
alemã, era casado com Brigitte, de nacionalidade austríaca. Dessa união, nasceu Júlia, que se naturalizou mexicana. Ingo
tinha um apartamento no Brasil, onde a família passava férias regularmente e que passou a ser a residência de Júlia nos três
últimos anos, considerando a sua afinidade com a cultura brasileira.

Com o falecimento de Ingo, Júlia consultou um advogado a respeito da aplicação, ou não, da lei brasileira, na disciplina da
sucessão do referido apartamento.

À luz da Constituição da República de 1988, o advogado respondeu corretamente que a sucessão do referido apartamento

A) a exemplo do que se verifica com qualquer bem situado no Brasil, sempre será regida pela lei brasileira.
B) será regida pela lei brasileira caso não seja mais favorável a Brigitte e a Júlia a lei pessoal do de cujus.
C) será regida, ou não, pela lei brasileira, conforme a opção de Brigitte e de Júlia;
D) em razão das circunstâncias do caso concreto, será regida pela lei brasileira.
E) sempre será regida pela lei do país do último domicílio do de cujus.

23. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XI - Tarde) João, tão logo fora empossado no cargo de
Governador do Estado Alfa, determina que a sua equipe técnica lhe apresente, em dez dias, um parecer técnico, versando
sobre a constitucionalidade de dois decretos que este pretende implementar. Por intermédio do Decreto X, busca-se criar
uma unidade de conservação em âmbito estadual. Por outro lado, o Decreto Y tem a finalidade de extinguir um espaço
territorial especialmente protegido já existente. O Governador afirma, para justificar as medidas, ser necessário
compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico e a preservação do meio ambiente.

Nesse cenário, considerando as disposições da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que

A) o Decreto X é compatível com a Constituição Federal de 1988, ao ampliar a proteção conferida ao meio ambiente. Por
outro lado, o Decreto Y viola a Carta da República, pois esta veda a supressão de espaços territoriais especialmente
protegidos já existentes.
B) o Decreto X é compatível com a Constituição Federal de 1988, ao ampliar a proteção conferida ao meio ambiente. Por
outro lado, o Decreto Y viola a Carta da República, pois a supressão de espaços territoriais especialmente protegidos
exige a edição de lei em sentido formal.
C) os Decretos X e Y não são compatíveis com a Constituição Federal de 1988, porquanto os espaços territoriais
especialmente protegidos somente podem criados, alterados ou suprimidos por lei em sentido formal.
D) os Decretos X e Y são compatíveis com a Constituição Federal de 1988, porquanto os espaços territoriais especialmente
protegidos podem ser criados, alterados e suprimidos por lei em sentido formal ou por decreto.
E) os Decretos X e Y não são compatíveis com a Constituição Federal de 1988, porquanto os espaços territoriais
especialmente protegidos somente podem criados, alterados ou suprimidos pela União Federal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL PARA CONCURSOS
| PROFª. MALU ARAGÃO
270-EP

24. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XI - Tarde) Roberto e Silvério são produtores rurais no
Estado Alfa. Roberto obteve, perante as autoridades competentes, a autorização pertinente para a caça de certo animal
silvestre que é uma espécie exótica invasora que está prejudicando a agricultura e a saúde da população local, enquanto
Silvério se apresenta como caçador profissional.

Considerando que o mencionado Estado Alfa fez editar uma lei que proíbe a caça de animais silvestres em seu território sob
qualquer pretexto, à luz da orientação do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que

A) o Estado Alfa não tem competência para legislar sobre caça, diante da competência privativa da União para editar leis
acerca da matéria.
B) a vedação em questão não pode abarcar o exercício da caça profissional realizada por Silvério, na medida em que se trata
de prática expressamente autorizada pela legislação federal, nas condições nela determinadas.
C) o Estado Alfa tem competência concorrente para legislar sobre a matéria em questão, sendo viável a vedação da caça sob
qualquer pretexto, inclusive em relação às espécies para a qual Roberto tinha autorização.
D) deve ser conferida interpretação conforme à Constituição Federal de 1988 à vedação imposta pelo Estado Alfa no
exercício de sua competência legislativa sobre caça, na medida em que a legislação federal autoriza a designada caça de
controle, realizada por Roberto.
E) a vedação imposta pelo Estado Alfa no exercício de sua competência legislativa apenas não poderia prevalecer para a
designada caça de coleta de animais silvestres para fins científicos, expressamente autorizada pela legislação federal para
tal finalidade específica, que não é a situação de Roberto, nem de Silvério.

25. (FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo - Área XX - Tarde) Maria compareceu a uma repartição
pública federal e solicitou certidão de inteiro teor do edital e do contrato da obra pública que estava sendo realizada próximo
à sua residência. De acordo com os motivos que declinou, iria utilizar as informações para ingressar com uma ação judicial
pedindo a paralisação da obra, que estava acarretando a inundação da sua casa. O requerimento, no entanto, foi negado sob
o argumento de que o requerimento de Maria não encontra amparo na Constituição da República.

À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que

A) O requerimento de Maria foi corretamente indeferido.


B) Maria pode impetrar um mandado de segurança ou um habeas data para obter as informações almejadas.
C) Maria pode impetrar um mandado de segurança, não um habeas data, para obter as informações almejadas.
D) Maria pode impetrar um habeas data, não um mandado de segurança, para obter as informações almejadas.
E) Maria pode impetrar um mandado de segurança, mas apenas se ainda não decorridos cento e vinte dias desde a prolação
da decisão, caso contrário, só caberá o habeas data.

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