Gabarito letra E.
Maria foi convidada para integrar a Administração Pública direta do Município Beta.
Embora tenha ficado muito empolgada com o convite, já que, até então, não lograra êxito
em ser aprovada em um concurso para ocupar um cargo de provimento efetivo, teve sérias
dúvidas em relação ao respectivo regime previdenciário, caso viesse a desempenhar
trabalho temporário ou a ocupar cargo em comissão.
Ao se inteirar sobre a temática, Maria foi corretamente informada de que estaria sujeita ao
A
regime próprio de previdência social, se viesse a desempenhar trabalho temporário e, ao
regime geral de previdência social, caso viesse a ocupar cargo em comissão.
B
regime próprio de previdência social, se viesse a ocupar cargo em comissão e, ao regime
geral de previdência social, caso viesse a desempenhar trabalho temporário.
C
regime próprio de previdência social, em ambos os casos, se o Município Beta o tivesse
criado até a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 103/2019.
D
regime próprio ou geral de previdência social, conforme a opção realizada por Maria no
momento da nomeação.
E
regime geral de previdência social, em ambos os casos, o que não poderia ser
excepcionado pelo Município Beta.
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-AM
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual
Após sofrer uma sanção disciplinar aplicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria,
Juíza Federal, decidiu ingressar com uma ação visando à anulação da respectiva decisão, a
qual, ao se ver, teria afrontado diversos direitos fundamentais.
À luz dessa narrativa, o foro competente é
A
um Juiz Federal, mas apenas se Maria interpuser mandado de segurança.
B
o Supremo Tribunal Federal, mas apenas se Maria interpuser mandado de segurança.
C
um Juiz Federal, qualquer que seja a ação proposta por Maria, incluindo eventual ação
declaratória de nulidade ajuizada em face da União.
D
o Supremo Tribunal Federal, qualquer que seja a ação ajuizada por Maria, incluindo
eventual ação declaratória de nulidade ajuizada em face da União.
E
o Superior Tribunal de Justiça, que, por imposição constitucional, deve apreciar as ações
ajuizadas em detrimento das decisões disciplinares proferidas pelo CNJ.
16
Q1926390
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-AM
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual
Para permitir a ingerência do Poder Legislativo na escolha dos titulares dos cargos que
integram os órgãos de cúpula de determinadas autarquias especiais, foi aprovada a
Lei federal nº XX.
De acordo com esse diploma normativo, o Senado Federal deveria aprovar
previamente a escolha desses agentes, que seria realizada pelo Presidente da
República.
A Lei federal nº XX é
A
constitucional, pois a lei ordinária pode dispor sobre os cargos cujos titulares devem
ser previamente aprovados pela referida Casa Legislativa.
B
inconstitucional, pois somente a lei complementar pode dispor sobre os cargos cujos
titulares devem ser previamente aprovados pela referida Casa Legislativa.
C
inconstitucional, pois, embora a lei ordinária possa dispor sobre a matéria, a
competência para aprovar a escolha desses agentes é do Congresso Nacional, não de
uma de suas Casas.
D
inconstitucional, por afronta à separação dos poderes, pois, com exceção das
situações expressamente previstas na ordem constitucional, compete privativamente
ao Presidente da República realizar as nomeações, sem prévia aprovação.
E
constitucional, pois a Lei federal nº XX tão somente reproduziu, em parte, a
Constituição de 1988, já que qualquer nomeação para órgãos de cúpula da
administração indireta deve ser previamente aprovada pelo Senado Federal.
18
Q1926388
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-AM
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual
Um grupo de pessoas, com destacada vida pública e elevado prestígio social, decidiu
adotar as providências necessárias para constituir um partido político e lançar
candidatos nas eleições que seriam realizadas dois anos depois.
Um(a) advogado(a) informou corretamente ao grupo que, observados os demais
requisitos estabelecidos pela ordem jurídica, os partidos políticos
A
adquirem personalidade jurídica com o registro dos seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral, sendo a filiação partidária uma condição de elegibilidade.
B
adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo posteriormente
registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, sendo a filiação partidária uma
condição de elegibilidade.
C
adquirem personalidade jurídica com o registro dos seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral, sendo a filiação partidária condição de elegibilidade, mas não
requisito para o recebimento de cotas do fundo partidário.
D
adquirem personalidade jurídica com o seu reconhecimento pelo Tribunal Superior
Eleitoral, não sendo a filiação partidária uma condição de elegibilidade, mas requisito
para o recebimento de cotas do fundo partidário.
E
adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo comunicar o início de
atividades ao Tribunal Superior Eleitoral, sendo admitidas candidaturas autônomas,
sem filiação partidária, apenas para o Executivo.
A
pode se alistar como eleitora, mas não concorrer a cargo eletivo.
B
pode concorrer a qualquer cargo eletivo, em igualdade de condições com o brasileiro
nato.
C
pode concorrer a cargo eletivo se requerer sua naturalização de modo concomitante
com o alistamento eleitoral.
D
não pode concorrer a cargo eletivo, pois é, peremptoriamente, vedado a qualquer
estrangeiro o registro de candidatura.
E
pode concorrer a cargo eletivo, salvo nos casos previstos na Constituição de 1988, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros.
20
Q1926386
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-AM
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual
João, pessoa com deficiência, compareceu à Secretaria de Assistência Social do
Município Alfa e solicitou o acesso ao seu cadastro. Ato contínuo, constatou que seus
dados estavam incorretos, principalmente em relação à sua deficiência, o que o
impedia de participar dos programas assistenciais existentes.
Ao solicitar a retificação dos seus dados, foi surpreendido com a negativa do Diretor,
sob o argumento escrito de que não estavam sendo apreciados requerimentos de
pessoas não filiadas ao mesmo partido político do Prefeito Municipal. A decisão foi
mantida, pelo próprio Prefeito, após a interposição do recurso hierárquico cabível.
Por entender que a decisão era manifestamente ilegal, havendo prova pré-constituída
de sua existência, João consultou um(a) advogado(a) a respeito da ação constitucional
passível de ser ajuizada.
O(A) advogado(a) respondeu, corretamente, que a referida ação é
A
o mandado de segurança ou o habeas data, conforme a livre escolha de João.
B
o mandado de segurança.
C
o direito de petição.
D
o habeas data.
E
a reclamação.
GABARITO: D
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-AM
Auditor Fiscal do Tesouro Estadual
Maria e Joana, estudiosas do Direito Constitucional, travaram intenso debate a
respeito da força normativa das normas programáticas, concluindo corretamente, ao
fim, que normas dessa natureza
A
somente terão força normativa, produzindo algum efeito na realidade, após sua
integração pela legislação infraconstitucional.
B
somente adquirem eficácia após sua integração pela legislação infraconstitucional, não
ostentando, até então, a natureza de verdadeiras normas.
C
somente podem ser utilizadas, no controle de constitucionalidade, quando inexistir
norma de eficácia plena que possa ser utilizada como paradigma de confronto.
D
a exemplo de qualquer norma de eficácia contida, não ensejam o surgimento de
posições jurídicas definitivas, já que seu alcance será delineado pela legislação
infraconstitucional.
E
possuem eficácia, mas de modo limitado, devendo direcionar a interpretação dos
demais comandos da ordem jurídica, além de revogar as normas infraconstitucionais
preexistentes que se mostrem incompatíveis com elas.
Após o falecimento de João, servidor público estadual, Joana, que com ele vivera em
união por quase dez anos, com aparência de família, compareceu perante a
autoridade estadual competente e requereu o recebimento da pensão por morte.
Para sua surpresa, o requerimento foi indeferido, sob o argumento de que João era
casado, situação constituída em momento anterior ao início da união com Joana, e a
esposa, com a qual convivia de modo simultâneo, estava recebendo o referido
benefício previdenciário.
A
ilícita, pois afronta a liberdade de pesquisa científica e o sigilo assegurado nas
descobertas que sejam realizadas.
B
ilícita, pois a livre iniciativa não compactua com o exercício do poder de polícia sem a
notícia da prática de ilícito.
C
lícita, pois a fiscalização de atividades dessa natureza é uma imposição constitucional.
D
ilícita, pois a cultura e suas distintas formas de projeção devem ser fomentadas e
protegidas, não tolhidas com uma fiscalização dessa natureza.
E
lícita, já que compete ao Poder Público regulamentar e fiscalizar, em caráter contínuo,
todas as atividades privadas, independentemente de sua natureza.
FGV - 2022
Direito Constitucional
SEFAZ-BA
Agente de Tributos
A
constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União.
B
inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria.
C
inconstitucional, pois compete concorrentemente à União e ao Estado legislar sobre a
matéria.
D
constitucional, desde que o Município se limite a suplementar as normas editadas pela
União e pelo Estado.
E
constitucional, pois se trata de assunto de interesse local, o que atrai a competência
legislativa do Município.
Art. 225, § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
A
lícito, mas deve cumprir a prestação alternativa que estiver fixada em lei.
B
ilícito, pois ninguém pode deixar de cumprir obrigação legal de caráter geral.
C
lícito, pois ninguém pode ser compelido a exercer uma função pública contra a sua
vontade.
D
ilícito, pois apenas por motivo de crença religiosa poderia deixar de cumprir obrigação
legal de caráter geral.
E
lícito, pois a todos é assegurado o direito de não cumprir obrigação legal de caráter
geral, desde que seja cumprida prestação alternativa fixada em regulamento.
João nasceu em território brasileiro quando seus pais, de nacionalidade francesa, aqui
trabalhavam a serviço do governo francês, na respectiva embaixada. Poucos meses
após o nascimento, foi levado para a França e jamais retornou ao Brasil. Trinta anos
depois, casou, no território francês, com Maria, brasileira nata. Dessa União advieram
filhos, todos nascidos na França, sendo adquiridos bens imóveis naquele País e no
Brasil.
Com o falecimento de João, Maria e seus filhos procuraram um advogado e o
questionaram a respeito da lei aplicável na sucessão dos bens situados no território
brasileiro.
O advogado respondeu corretamente que, de acordo com a ordem constitucional,
A
João era brasileiro nato, logo, a sucessão será regulada pela lei brasileira.
B
João era estrangeiro, mas a sucessão será regulada pela lei brasileira em benefício de
Maria e seus filhos, caso lhes seja mais favorável.
C
João era brasileiro nato, logo, a sucessão será regulada pela lei brasileira, desde que
seja mais favorável a Maria e aos filhos que a lei francesa.
D
João era estrangeiro, mas a sucessão será regulada pela lei brasileira em benefício de
Maria, mas não em benefício de seus filhos, que têm nacionalidade francesa.
E
João era estrangeiro, mas a sucessão será regulada pela lei brasileira em benefício de
Maria e seus filhos, quer lhes seja mais favorável que a lei pessoal do de cujus, quer
não.
Procurei julgados nesse sentido, mas não achei, acho que a resposta está na CF
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
A
inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria, mas é
admitida, sob o prisma material, a concessão de subsídios na forma indicada.
B
inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria, além
de não ser admitida, sob o prisma material, a concessão de subsídios na forma
indicada.
C
constitucional, pois também compete ao Estado legislar sobre a matéria, desde que
observadas as normas gerais da União, sendo possível a concessão de subsídios na
forma indicada.
D
inconstitucional, pois, apesar de competir concorrentemente à União e aos Estados
legislar sobre a matéria, é vedado o direcionamento de recursos públicos para a
finalidade indicada.
E
constitucional, pois compete privativamente ao Estado legislar sobre as hipóteses de
estímulo ao acolhimento, mediante guarda, de crianças e adolescentes nas situações
indicadas.
O controle abstrato é aquele que, diante de um fato abstrato, ou seja, sem vinculação
com uma situação concreta, objetiva verificar se a lei ou ato normativo estão em
O Partido Político WW, que contava com representantes apenas na Câmara dos
Deputados, ajuizou, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), ação direta de
inconstitucionalidade (ADI), que tinha como objeto a Lei nº XX, do Estado Beta.
O Partido argumentou que esse diploma normativo teria afrontado determinadas
normas programáticas da Constituição da República de 1988, as quais, inclusive,
tinham sido reproduzidas na Constituição do Estado Beta.
Considerando a sistemática estabelecida na Constituição da República, é correto
afirmar que essa narrativa:
A
não apresenta qualquer incorreção, sendo possível que o STF conheça da ADI.
B
apresenta uma única incorreção, consistente na ilegitimidade do Partido Político WW
para o ajuizamento da ADI.
C
não apresenta incorreção, mas o processo no STF deve permanecer suspenso até que
a compatibilidade da Lei nº XX com a Constituição de Beta seja decidida no plano local.
D
apresenta uma única incorreção, consistente na impossibilidade de o STF conhecer a
ADI, isto em razão da incompatibilidade da Lei nº XX com a Constituição de Beta.
E
apresenta uma única incorreção, consistente na impossibilidade de as normas
programáticas da Constituição da República de 1988 serem utilizadas como paradigma
de confronto.
A alternativa "a" está correta, pois o art. 103, VIII, da CRFB aduz que tem legitimidade
para propor ADI o partido político com representação no Congresso Nacional,
bastando um deputado ou um senador. O art. 2º, VIII, da CRFB possui disposição
normativa similar.
A alternativa "b" está errada, pois o art. 103, VIII, da CRFB aduz que tem legitimidade
para propor ADI o partido político com representação no Congresso Nacional,
bastando um deputado ou um senador. O art. 2º, VIII, da CRFB possui disposição
normativa similar.
A alternativa "c" está errada, pois inexiste essa necessidade de prévia análise perante a
instância local.
A
constitucional, desde que sejam observadas as normas gerais editadas pela União.
B
inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre a matéria.
C
inconstitucional, pois compete concorrentemente à União e ao Estado legislar sobre a
matéria.
D
constitucional, desde que o Município se limite a suplementar as normas editadas pela
União e pelo Estado.
E
constitucional, pois se trata de assunto de interesse local, o que atrai a competência
legislativa do Município.
FGV - 2022
Direito Constitucional
Família, Criança, Adolescente e Idoso
SSP-AM
Técnico de Nível Superior
A
constitucional, considerando que a própria Constituição da República
autoriza o tratamento diferenciado, em prol da mulher, para se construir a
igualdade material com o homem.
B
constitucional, considerando que a educação de crianças e adolescentes
deve estar lastreada em uma base de valores humanitária, com
preeminência da igualdade de gênero.
C
constitucional, considerando a preeminência da posição materna, no
ambiente familiar, nas relações com crianças e adolescentes.
D
inconstitucional, pois a temática deve ser disciplinada exclusivamente em
lei complementar, não em lei ordinária.
E
inconstitucional, pois os direitos e deveres afetos à sociedade conjugal
devem ser exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
Responder
Resposta correta
Questão 8 de 1811
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A
aquela que venha a ser livremente escolhida pelo Presidente da República.
B
aquela escolhida pelo Presidente da República entre os Presidentes do Supremo
Tribunal Federal, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
C
o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal ou o do Supremo
Tribunal Federal, nessa ordem, que serão chamados ao exercício da Presidência.
D
aquela que venha a ser livremente escolhida pelo Presidente da República, entre os
Presidentes do Supremo Tribunal Federal, da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal.
E
o Presidente do Congresso Nacional, o da Câmara dos Deputados, o do Senado
Federal ou o do Supremo Tribunal Federal, nessa ordem, que serão chamados ao
exercício da Presidência.
Q1895522
FGV - 2022
Direito Constitucional
Organização Político-Administrativa do Estado
SSP-AM
Técnico de Nível Superior
Pedro, Deputado Estadual, consultou sua assessoria a respeito da constitucionalidade
formal de um projeto de lei que pretendia apresentar. Após analisá-lo, a assessoria
constatou que o projeto incursionava em matéria de competência legislativa privativa
da União, concluindo corretamente que
A
é peremptoriamente vedado ao Estado legislar sobre a matéria, o que significa dizer
que nem a União pode autorizálo.
B
o Estado somente pode legislar sobre a temática caso a lei ordinária da União, que a
discipline, o autorize de maneira expressa.
C
é vedado ao Estado legislar sobre a matéria, mas a União pode autorizá-lo, por meio
de lei complementar, em questões específicas.
D
o Estado pode apenas complementar as normas editadas pela União no exercício
dessa competência, as quais sempre terão preeminência.
E
o Estado pode legislar sobre a matéria apenas naquilo que diga respeito a interesse
unicamente local, contextualizado apenas em seu território.
GABARITO: C
(...)
A
pode concorrer ao cargo eletivo pretendido, desde que o faça em Estado diverso
daquele em que foi proferida a sua condenação.
B
pode concorrer ao cargo eletivo pretendido, já que a suspensão dos direitos políticos
não acarretou a sua inelegibilidade.
C
não pode concorrer ao cargo eletivo pretendido, já que os seus direitos políticos
passivos foram suspensos, mas não há óbice a que vote nas eleições.
D
não pode concorrer ao cargo eletivo pretendido ou mesmo votar na eleição, já que sua
condição de cidadã foi suspensa em razão da referida condenação.
E
pode concorrer ao cargo eletivo pretendido, salvo se a condenação expressamente a
impediu de participar da representação popular, que é um direito fundamental.
Assim, nos termos do art. 15, V da CF/88, a candidata está com seus direitos políticos
suspensos. Direitos políticos, explicam Mendes e Branco, abrangem o direito ao
sufrágio (direito de votar, relacionado à capacidade eleitoral ativa) e o de ser votado
(capacidade eleitoral passiva, diz respeito à possibilidade de alguém ser votado). Uma
vez que os direitos políticos de Joana estão suspensos, isso significa dizer que ela não
pode votar e nem ser votada durante o período da condenação; em outras palavras,
Joana não pode votar e, com maiores razões, também não pode ser votada, como
indica a alternativa D, que é a resposta correta.
A ação constitucional cabível, para que Maria tenha conhecimento das referidas
informações, é
A
o habeas data.
B
a ação popular.
C
o direito de petição.
D
o mandado de segurança.
E
a reclamação constitucional.
14
Q1894835
FGV - 2022
Direito Constitucional
Família, Criança, Adolescente e Idoso
MPE-BA
Estágio - Direito
Antônia e José, idosos com diversos problemas de saúde, estavam passando por
dificuldades em razão da impossibilidade de desenvolverem suas atividades
laborativas regulares. Em razão desse estado de coisas, tornaram público um
manifesto no qual afirmavam (I) ser da família, da sociedade e do Estado o dever de
garantir-lhes o direito à vida; (II) que o Estado deve executar os programas de amparo
aos idosos preferencialmente em seus lares; e (III) a necessidade de sua
inimputabilidade ser reduzida, dos atuais 65 anos, para 60 anos.
A
somente III;
B
somente I e II;
C
somente I e III;
D
somente II e III;
E
I, II e III.
stitucional
Controle de Constitucionalidade
MPE-BA
Estágio - Direito
Ao apreciar recurso de apelação, João, desembargador da 1ª Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado Alfa, entendeu que a Lei federal nº XX era formal e materialmente
incompatível com a Constituição da República de 1988.
Nesse caso:
A
João deve afastar, monocraticamente, a aplicação da Lei federal nº XX, encaminhando
a causa ao colegiado da Câmara sem levá-la em consideração;
B
somente o colegiado da 1ª Câmara Cível pode reconhecer a inconstitucionalidade da
Lei federal nº XX, deixando de aplicála ao caso concreto;
C
por se tratar de lei federal, o Tribunal de Justiça do Estado Alfa não pode deixar de
aplicar o diploma normativo, sob pena de afronta ao pacto federativo;
D
deve ser solicitada a manifestação do Supremo Tribunal Federal em relação à
constitucionalidade da lei, suspendendose o processo no Tribunal de Justiça;
E
a inconstitucionalidade da Lei federal nº XX somente pode ser reconhecida pelo voto
da maioria absoluta dos membros do Tribunal de Justiça ou dos membros do seu
órgão especial.
A
somente pode ingressar na casa de Antônio com o seu consentimento, inexistindo
exceção constitucional para a inviolabilidade do domicílio;
B
por ser policial, pode ingressar na casa de Antônio, ainda que sem o seu
consentimento, desde que durante o dia, vedada qualquer atividade noturna;
C
pode ingressar na casa de Antônio, sem o seu consentimento, entre outras situações,
no caso de desastre ou, durante o dia, por determinação judicial;
D
pode ingressar na casa de Antônio, ainda que sem o seu consentimento, durante o dia
ou à noite, mediante determinação judicial;
E
somente pode ingressar na casa de Antônio, sem o seu consentimento, mediante
determinação judicial e desde que durante o dia.
Com escopo de valorizar a carreira policial, foi editada em 2021 uma Lei
Complementar do Estado Gama que estabeleceu que é garantida a paridade e a
integralidade de vencimentos entre os policiais civis ativos e inativos.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, tal norma
é
inconstitucional, haja vista que, apesar de o atual texto constitucional estabelecer que
os proventos de aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, é vedada a
integralidade.
B
constitucional, haja vista que o atual texto constitucional estabelece que os proventos
de aposentadoria não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor no
cargo efetivo em que se deu a aposentadoria, mas são asseguradas a paridade e a
integralidade.
C
constitucional, haja vista que o atual texto constitucional estabelece que os proventos
de aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que
se modificar a remuneração dos servidores em atividade.
D
constitucional, haja vista que o atual texto constitucional estabelece que serão
estendidos aos aposentados quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente
concedidos aos servidores em atividade.
E
inconstitucional, haja vista que o atual texto constitucional não mais prevê paridade e
integralidade, mas estabelece que é assegurado o reajustamento dos benefícios para
preservarlhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos
em lei.
A Lei XX, do Município Alfa, dispôs sobre os requisitos a serem atendidos pelos meios
impressos de comunicação social para que possam ser publicados no território do
Município Alfa.
9
Q1893435
FGV - 2022
Direito Constitucional
Poder Legislativo
PC-AM
Delegado de Polícia
A Polícia Civil do Estado Alfa, em uma operação de rotina, constatou que o Deputado
Federal João estava em situação de flagrância na prática de determinada infração
penal.
FGV - 2022
Direito Constitucional
Organização Político-Administrativa do Estado
PC-AM
Delegado de Polícia
A Lei nº XX do Estado Alfa, com o objetivo de aumentar a eficiência da atuação
administrativa, disciplinou a atividade de despachante perante os órgãos públicos,
tanto do Estado como dos Municípios situados em seu território.
Considerando os balizamentos estabelecidos, que se estendiam dos requisitos de
escolaridade e habilitação a serem preenchidos até a forma como os atos deveriam
ser praticados, houve grande insatisfação de parte da categoria.
Para sua surpresa, poucos anos depois, foi aprovada a Lei nº XX, que:
A ADPF é uma espécie de controle concentrado no STF, que visa evitar ou reparar
lesão a preceito fundamental da Constituição em virtude de ato do Poder Público ou
de controvérsia constitucional em relação à lei ou ato normativo federal, estadual ou
municipal, inclusive anteriores à Constituição.
Segundo a doutrina, existem duas espécies de ADPF, as quais não estão propriamente
explicitadas na Consituição, mas se encontram na Lei nº9.882/99, que são: a Arguição
autônoma (visa evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição
resultante de ato ou Poder Público) e Arguição incidental (visa evitar ou reparar lesão à
preceito fundamental da Constituição em virtude de controvérsia constitucional em
relação à lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, inclusive anteriores à
Constituição).
Quanto aos efeitos da decisão da ADPF, a doutrina afirma que se o ato normativo
impugnado for posterior à Constituição haverá o enquadramento da decisão da ADPF
nas técnicas de controle concentrado via ADI e ADC. Porém, se ato impugnado for uma
norma anterior à Constituição, o STF deverá limitar-se a trabalhar a recepção ou não
da norma em face da normatividade constitucional superveniente.
Vale lembrar que, nos moldes da CF-88 e da Lei 9.868-99, em relação ao Poder
Legislativo, a decisão na ação direta de inconstitucionalidade não tem eficácia
mandamental, mas simplesmente declaratória. Entretanto, como exemplo de exceção
a essa regra, tem-se a decisão na ADO 25.
O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado. Isso também
tem como finalidade evitar a "fossilização da Constituição". Assim, o legislador, em
tese, pode editar nova lei com o mesmo conteúdo daquilo que foi declarado
inconstitucional pelo STF. Se o legislador fizer isso, não é possível que o interessado
proponha uma reclamação ao STF pedindo que essa lei seja automaticamente julgada
também inconstitucional (Rcl 13019 AgR, julgado em 19/02/2014).
Será necessária a propositura de uma nova ADI para que o STF examine essa nova lei e a
declare inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até mesmo mudar de opinião no
julgamento dessa segunda ação.
2)
Base constitucional
3) Base jurisprudencial
4)
Exame da assertiva e identificação da resposta
Consoante o
art. 52, X, da CF/88, compete privativamente ao Senado Federal suspender a
execução, no todo ou em parte, de
lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal
Federal.
Por oportuno,
é importante destacar o entendimento do STF acima transcrito de que “quando
o STF declara uma lei inconstitucional, mesmo em sede de controle difuso, a
decisão já tem efeito vinculante e erga omnes e o STF apenas comunica ao
Senado
com o objetivo de que a referida Casa Legislativa dê publicidade daquilo que
foi decidido".
Resposta:
D.
(1) Está correto, de acordo com o art. 49, XVIII, CF/88 – “É da competência
exclusiva do Congresso Nacional: XVIII – decretar o estado de calamidade
pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E,
167-F e 167-G desta Constituição (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021).”
(2) Está correto, de acordo com o art. 167-C, CF/88 – “Com o propósito
exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus efeitos sociais
e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal pode
adotar processos simplificados de contratação de pessoal, em caráter
temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem,
quando possível, competição e igualdade de condições a todos os
concorrentes, dispensada a observância do § 1º do art. 169 na contratação
de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição, limitada a
dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo do
controle dos órgãos competentes
(3) Está errado. O art. 167-D, CF/88, determina que “as proposições
legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de
enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com
vigência e efeitos restritos à sua duração, desde que não impliquem
despesa obrigatória de caráter continuado , ficam dispensados da
observância das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento de
despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício de
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021).”
(4) Está correto, de acordo com o art. 167-E, CF/88 – “Fica dispensada,
durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167
desta Constituição (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)”.
Veja o que diz o art. 167, CF/88: “São vedados: III – a realização de
operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.”
462
Rodrigo Lôbo
16/04/2022 às 16:15
436
Henrique Giribone
21/04/2022 às 10:21
MALDITA MÍDIA !
124
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27
Q1892777
FGV - 2022
Direito Constitucional
Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministros de
Estado.
TCU
Auditor Federal de Controle Externo
Em razão de um acontecimento de grande potencial lesivo para o ambiente
coletivo, de origem natural, que comprometeu gravemente a capacidade de
resposta dos serviços públicos essenciais, o presidente da República
debateu com os seus interlocutores mais próximos a possibilidade de ser
decretado estado de calamidade pública de âmbito nacional. Na ocasião, foi
afirmado por alguns interlocutores que a decretação (1) é de competência
do Congresso Nacional e, especificamente em relação ao atendimento das
necessidades decorrentes dos acontecimentos, permitiria (2) a adoção de
processo simplificado de contratação de pessoal, em caráter temporário e
emergencial; (3) o aumento de despesa obrigatória de caráter continuado; e
(4) a realização de operações de crédito em montante superior às despesas
de capital.
À luz da sistemática constitucional, estão corretas:
A
apenas a informação 1;
B
apenas as informações 2 e 3;
C
apenas as informações 3 e 4;
D
apenas as informações 1, 2 e 4;
E
as informações 1, 2, 3 e 4.
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Questão 27 de 1796
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Este é um tema muito interessante e que foi objeto de intensa discussão há pouco
tempo, quando do julgamento da ADI n. 4815, que trata das biografias não-
autorizadas. Na ocasião, o STF entendeu que:
A questão versa, de forma geral, sobre a fase da iniciativa, onde eventual desobediência as
regras do processo legislativo ligadas à competência para iniciativa da matéria, podem
levar a uma inconstitucionalidade formal do diploma produzido.
Assim, para solucionar a questão, é necessário que o candidato saiba distinguir se haveria
inconstitucionalidade formal em um projeto de lei apresentado por deputados estaduais
que crie sistema de distribuição de material didático em escolas públicas.
Para isso, o candidato deve ter o conhecimento sobre o tema tratado no ARE 878911, de
relatoria do ministro Gilmar Mendes, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário
Virtual do STF.
Assim, com base em tudo que foi exposto, deve-se organizar a sequência de
informações na seguinte ordem: a Lei nº XX é formalmente constitucional por prever
uma matéria não reservada ao chefe do Legislativo, uma vez que o STF entende
que não invade a competência privativa do chefe do Poder Executivo lei que, embora
crie despesa para os cofres municipais/estaduais, não trate da estrutura ou da
atribuição de órgãos do município nem do regime jurídico de servidores públicos.
a) ERRADO - É de competência concorrente legislar sobre educação, conforme artigo 24, IX,
CF/88.
Gabarito comentado
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Ramon
26/03/2022 às 10:11
2. o perdão da pena imposta aos condenados por certos crimes, que tenham
cumprido parte dela e preencham os demais requisitos exigidos. -> INDULTO
BASE LEGAL:
Gabarito: E
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Mike baguncinha
25/04/2022 às 17:12
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Q1888115
FGV - 2022
Direito Constitucional
Poder Legislativo
CGU
Auditor Federal de Controle Externo
João, deputado federal, solicitou que sua assessoria analisasse quais são os
órgãos competentes, de acordo com a ordem constitucional, para praticar
dois atos:
2. o perdão da pena imposta aos condenados por certos crimes, que tenham cumprido
parte dela e preencham os demais requisitos exigidos. -> INDULTO
BASE LEGAL:
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Gabarito: E
O Poder Judiciário brasileiro possui uma estrutura complexa, composta tanto por
órgãos encarregados precipuamente do exercício da função jurisdicional quanto por
órgãos dotados de atribuições eminentemente administrativas.
Integram a estrutura orgânica do Poder Judiciário nacional:
A
o Ministério da Justiça e o Conselho da República;
B
os Tribunais de Contas dos Municípios, dos Estados e da União;
C
o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho da Justiça Federal;
D
o Ministério Público e a Defensoria Pública, instituições essenciais à função
jurisdicional do Estado;
E
o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Superior da
Justiça do Trabalho.
Dentre as espécies normativas previstas na Constituição da República de 1988, talvez
sejam as medidas provisórias aquelas que mais desafios suscitam para a interpretação
e aplicação do sistema constitucional, sobretudo em face dos abusos cometidos ao
longo do tempo no manejo dessa importante ferramenta.
Sobre os limites impostos à edição de medidas provisórias, em conformidade com o
texto da Constituição da República de 1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que:
A
o texto constitucional não limita a possibilidade de prorrogação da vigência de uma
medida provisória, mas determina a sua entrada em regime de urgência, em cada uma das
Casas do Congresso Nacional, caso ela não seja apreciada em até 120 dias contados de
sua publicação;
B
não existe limitação constitucional quanto às matérias a serem disciplinadas por medida
provisória, de modo que tal espécie normativa pode abordar um amplo espectro de temas,
desde que presentes os pressupostos da relevância e da urgência;
C
caso a medida provisória não seja apreciada pelo Congresso Nacional em até 120 dias
contados de sua publicação, tem-se a conversão da medida em lei, haja vista a aplicação
do instituto da convalidação tácita na hipótese;
D
desde que presentes os pressupostos da relevância e da urgência, é permitida a
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada
pelo Congresso Nacional ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo;
E
conquanto os pressupostos da relevância e da urgência para a edição de medidas
provisórias se submetam ao controle judicial, o escrutínio neste particular tem
domínio estrito, justificando-se a invalidação da iniciativa presidencial apenas quando
atestada a manifesta inexistência desses requisitos.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.