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Pontuação é o conjunto de sinais que representam, na

16 – EMPREGO DOS SINAIS DE língua escrita, as pausas e a entonação da língua falada. Ela
PONTUAÇÃO é composta dos seguintes sinais de pontuação:
1. vírgula ,
2. ponto e vírgula ;
Agora, vamos estudar os principais empregos de alguns
sinais de pontuação. 3. ponto .
A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, 4. ponto de exclamação !
contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer 5. dois pontos :
dar ao texto.
6. ponto de interrogação ?
Há alguns sinais de pontuação cujo emprego, atualmente,
7. aspas " "
obedece a uma razoável disciplina, como a vírgula, o ponto
e vírgula, os dois-pontos e o ponto de interrogação. Outros 8. travessão ─
têm emprego mais livre, mais subjetivo, como o ponto de 9. reticências ...
exclamação e as reticências.
10. parênteses ( )
11. colchetes [ ]
PONTUAÇÃO GRÁFICA

VÍRGULA

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De um modo geral, a vírgula marca uma pausa de pequena
duração. Entretanto é bom frisar que, nem sempre, a pausa
respiratória corresponde à vírgula e, nem sempre também,
a vírgula é marcada, na fala, por uma pausa respiratória.
Nos exemplos abaixo, pode-se verificar isso:
a) Os excelentes bailarinos do balé Bolshoi foram
recepcionados pela embaixada de seu país.
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b) Aos noivos desejamos toda a felicidade possível.
c) Fizestes o almoço? Sim, senhora!
Nos exemplos a e b, não há vírgula, embora se possa até
fazer uma pausa, no nível da fala, após as palavras Bolshoi e
noivos.
No exemplo c, ao contrário, há vírgula (separando o
vocativo), mas, na cadeia da fala, ela é imperceptível.
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É proibido o uso da vírgula para separar:
1) sujeito e predicado
Exemplo
O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas
Sujeito
convocará uma reunião de emergência.
Predicado
É proibido o uso da vírgula para separar:
2) o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto)
Exemplo
Comunicamosao prezadíssimo amigo
V.T.D.I. OI
que estaremos a seu inteiro dispor.
OD
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
a) Para separar termos de mesma função sintática (de
mesma classe gramatical), que, normalmente, participam
de uma enumeração.
Exemplos
“Eu quis ficar mais um pouco e o teu corpo e o meu
tocavam inquietudes, caminhos, noites, números, datas.”
(Carlos Nejar. Casa dos arreios, Nas altas torres)
A sala era enorme, vazia, escura.
Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
b) Para isolar o aposto.
Exemplos
“... o Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme,
imberbe e cor de papoula.” (Eça de Queirós. Os Maias)
Da Vinci, espírito enciclopédico, foi a alma da Renascença.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
c) Para isolar o vocativo.
Exemplos
“Ao que aprecio também, chefe, a distinção minha desta
ocasião, de dar meu voto.” (J. Guimarães Rosa. Grande
sertão: veredas)
“Adeus, meu cajueiro!” (Humberto de Campos. Memórias)
Maria, por que não respondes?
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EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
d) Para isolar o adjunto adverbial deslocado (vírgula não
obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
“Diziam que, no velho cemitério da vila inundado, os
caixões boiavam.” (Dalcídio Jurandir. Três casas e um rio)
“Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste.”
(Olavo Bilac. A Pátria)
Durante a peça teatral, não se escutou um só ruído.
Explique, sem constrangimento, qual o seu problema.
OBSERVAÇÃO
Quando o adjunto adverbial for constituído de um só
termo, mesmo que esteja deslocado, não há necessidade de
vírgula. Porém, se se quiser enfatizar a expressão, pode-se-á
usar esse recurso de pontuação.
Exemplos
 Ali várias pessoas discutiam.
 Ali, várias pessoas discutiam.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
e) Para marcar a supressão do verbo.
Exemplos
Eu fui de ônibus e ela, de avião. (= ela foi de avião)
Nós tivemos só alegrias; eles, só tristezas. (= eles tiveram só
tristezas)
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
f) Para separar orações adjetivas explicativaS
OBSERVAÇÃO
1. Antes do pronome relativo, a vírgula (no caso de ser
restritiva a oração) é proibida:
Exemplos
 O aluno que é responsável não cria problemas.
 A água que contém agentes químicos e agrotóxicos
não deve ser ingerida.
 O homem que falou representou-me na Assembleia.
2. Se a oração for adjetiva e o verbo estiver no subjuntivo,
ela será forçosamente restritiva.
Exemplo
 Estou à procura de um apartamento que seja bem
localizado.
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
g) Para separar as orações adverbiais deslocadas
(reduzidas ou não), com exceção da comparativa e
conformativa (quando o verbo estiver elíptico).
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Passamos um certo trabalho na infância, porém hoje

Exemplos desfrutamos alguma segurança

Enquanto não arruma emprego, seu pai manda-lhe uma
mesada.
Sua casa, embora seja pequena, é bem ventilada.
Saciada a sede, ela deitou-se para descansar.
Ao vê-la triste, compreendeu que havia errado.
Cumprimentando pela formatura, envio-te um abraço.
Ela é tão inteligente como a irmã. (comparativa)
Ela sairá conforme o tempo. (conformativa)
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
j) Para separar as orações coordenadas (assindéticas,
adversativas e explicativas).
Exemplos
Vim, vi, venci. (assindéticas)
Estudou, mas não conseguiu aprovação. (adversativa)
Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva)
Vá de uma vez, porque vai chover. (explicativa)

OBSERVAÇÃO EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:

As orações substantivas, com exceção das apositivas, não k) VÍRGULA ANTES DA PALAVRA E
são virguladas por se constituírem em termos essenciais OBSERVAÇÃO
(sujeito, predicativo) ou integrantes (objeto, complemento
As conjunções e, nem e ou normalmente não são
nominal etc.)
virguladas. A vírgula poderá, no entanto, ser usada nos
Exemplos seguintes casos:
Urge que te apresses. a) E – com valor adversativo
núcleo do sujeito predicado Exemplo:
Eu quero que me leves ao teatro.  Fui ao cinema, e (= MAS) não encontrei os amigos.
Sujeito núcleo do objeto direto predicado b) E – se os sujeitos forem diferentes

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:

h) Para isolar o predicativo deslocado (vírgula não
obrigatória, mas aconselhável).
Exemplos
A mulher, desesperada, correu em seu socorro.
Desesperada, a mulher correu em seu socorro.
OBSERVAÇÃO
Se estivesse em ordem direta, o período ficaria assim:
A mulher correu desesperada em seu socorro.
Exemplo
 “Algumas autoridades avalizam o vandalismo, e o ódio
entre pobres e ricos vai aumentando.” (Revista Manchete,
25/8/90, p. 112)
c) E – se estiver repetido, formando polissíndeto
Exemplo:
 Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua.

EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: d) OU – se houver retificação ou alternativa.

i) Para separar as conjunções coordenativas adversativas e Exemplos

conclusivas deslocadas  Ou tudo, ou nada.
Exemplos  Se precisar de auxílio, ou a dor nas costas exigir
Estou doente; não contem, portanto, comigo. massagem, telefone para a clínica.

Durante o ano, trabalhamos muito; nas férias, porém,

descansaremos bastante. EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
Tudo não passou de um mal-entendido; façamos, pois, as l) Para isolar certas expressões (exemplificativas ou de
pazes. retificação) tais como: por exemplo, além disso, isto é, a
OBSERVAÇÃO saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim,
com efeito, etc.
Quando as conjunções vêm em sua posição normal, não se
coloca vírgula depois delas. Exemplo

Exemplo Observe, por exemplo, o edital publicado no Diário Oficial

de quinta-feira passada.

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Exemplos:
Duas coisas pretendo conseguir neste ano: um bom
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: emprego e uma vaga no curso de inglês.

m) Para separar o complemento do verbo (quando vier Comprou diversas mercadorias no supermercado: artigos
anteposto a esse e houver outro complemento – de limpeza, gêneros alimentícios e brinquedos.
pleonástico). c) Antes de uma explicação (letra minúscula após a
Exemplos pontuação):

“Fígado, melhor não tê-lo. “ Exemplos:

O.D. O.D. pleonástico Já não serei tão só, nem irás tão sozinha: há de ficar comigo
numa saudade tua, hás de levar contigo uma saudade
(Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Bom, Mau) minha.
O homem, fê-lo Deus à sua semelhança. Adaptado de Alceu Wamosy. Duas Almas.
O.D O.D pleonástico Quanto eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas
“Ao pobre, não lhe devo. Ao rico, não lhe peço.” notícias.
O.I. O.I pleonástico O.I O.I. pleonástico TRUQUE: para saber se é uma explicação, tenta-se
(Rodrigues Lobo) substituir os dois pontos por um “porque”.
d) Antes de uma complementação (letra minúscula após a
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS: pontuação).

n) Para separar a localidade da data e nos endereços. Exemplos:

Exemplos “O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.”

Porto Alegre, 29 de março de 2016. Luís Fernando Veríssimo. O Popular. Fígado e Coração.

Brasília, abril de 2016 Aquela mãe preocupa-se com uma coisa: o futuro dos
filhos.
Tomás Flores, 163
TRUQUE: para saber se é uma complementação, faz-se a
seguinte pergunta depois dos dois pontos: “Qual?”
EMPREGA-SE A VÍRGULA NOS SEGUINTES CASOS:
o) Para isolar os elementos repetidos.
e) Antes de uma conclusão (letra minúscula após a
Exemplo pontuação).
Verinha pulou, pulou, pulou neste carnaval até cansar. Exemplos:
O apartamento tinha poucas peças, e essas eram pequenas
 DOIS PONTOS e escuras: uma droga!
Os dois pontos marcam um suspensão de voz em uma frase O roteiro é lindo, a passagem e os hotéis estão baratos: não
ainda não terminada. podemos perder a oportunidade!
TRUQUE: para saber se é uma conclusão, tenta-se substituir
Emprega-se nos seguintes casos: os dois pontos por um “logo”.

a) Antes de uma citação (letra maiúscula após a

pontuação).  ASPAS
Exemplos: As aspas são empregadas nos seguintes casos:
“E o pastor prosseguiu: a) Citações ou transcrições literárias.
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu Exemplos:
sermão de hoje sobre a mentira.”
"Para ser grande, sê inteiro: nada
João Ribeiro. Cartas Devolvidas
Teu exagera ou exclui.
“... mas o baiano repetiu:
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
– Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!”
No mínimo que fazes.
J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo
Assim em cada lago a lua toda
b) Antes de uma enumeração (letra minúscula após a
Brilha, porque alta vive."
pontuação):
Fernando Pessoa. Odes de Ricardo Reis.

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b) Palavras ou expressões estrangeiras. ─ rijos, destemidos, velozes ─ entre Mariana e Serro Frio,
Exemplos: Vila Rica e Rio das Mortes."

O “slogan” anunciava ... Cecília Meirelles, Romanceiro da Incondifência.

Nestor de HoIanda. Gente Engraçada.

Quero uísque “on the rocks”. "Chamei Diadorim ─ e era um chamado com remorso ─ e
ele veio, se chegou."
J. Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.
c) Para realçar uma expressão com ironia.
Exemplo:
OBSERVAÇÃO:
João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”...
Às vezes, usa-se o travessão em lugar dos dois pontos.
Exemplo:
d) Para assinalar um termo que precisa ser realçado.
"Era mesmo o meu quarto ─ a roupa da escola no prego
Exemplo:
atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na
A palavra “que” pode ser analisada de diversas maneiras. estante de caixote que eu mesmo fiz – aliás precisava de
pintura.”
e) Para gírias e expressões de nível vulgar. José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto
Exemplo: FONÉTICA
O espetáculo de música “pop” estava uma “curtição”. CONCEITO
Ela estava apaixonada pelo “sordado”. “FONÉTICA é o estudo dos sons da fala. Considera a palavra
sob o aspecto sonoro.”
OBSERVAÇÕES: (Domingos Paschoal Cegalla).
1. Quando já há aspas numa citação ou numa transcrição,
usa-se aspa simples ou o negrito (ou o itálico). “A FONÉTICA é a parte da gramática que estuda a
Exemplos: formação, a evolução e a classificação dos sons da língua,
“Até já se falava em impeachment, quando aconteceu sons que tomam o nome especial de fonemas.”
homicídio na rua principal.” (Silveira Bueno)
“Até já se falava em ‘impeachment’, quando aconteceu
homicídio na rua principal."
FONEMAS
Nestor de Holanda, Gente Engraçada
FONEMAS são as menores unidades sonoras da fala.
 TRAVESSÃO
FONEMAS são os SONS.
O travessão é empregado nos seguintes casos:
OS FONEMAS são representados por sinais gráficos
a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor. denominados LETRAS.
Exemplo: NOTA:
" ─ Por que você não toca? ─ perguntei. Não confundir LETRA com FONEMA.
─ Eu queria, mas tenho medo. FONEMA é som.
─ Medo de quê? LETRA é sinal gráfico que representa o som.
─ Dos bichos-feras.
Nem sempre a cada FONEMA corresponde uma só letra;
─ Que bichos-feras?" nem sempre a cada letra corresponde um só FONEMA.
José J. Veiga. Os Cavalinhos de Platiplanto Sendo assim:
1 – A mesma letra (sinal gráfico) pode representar
b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como diferentes fonemas (sons).
desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se Veja esta sequência:
geralmente o travessão duplo).
eXercício, veXame, próXimo, fiXo, Carro, Cebola.
Exemplos:
Que temos aqui?
"Eles eram muitos cavalos,
A letra X (sinal gráfico) representando vários fonemas
(sons).

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O X tem som de Z em exercício, CH em vexame, S em
próximo, CS em fixo.
O mesmo ocorre com C que tem som de K em carro e de CÊ
em cebola.
ENTÃO – Mesma letra (sinal gráfico), diferentes fonemas
(sons).
2 – O mesmo Fonema pode ser representado por diferentes
letras. Vejamos agora esta sequência:
caSa, eXílio, coZinha, tiGela, laJe.
Aqui, o fonema Z é representado por diferentes letras: S em
casamento, X em exímio, Z em cozinha, assim como o
fonema GÊ é representado pelas letras: G em tigela e J em
laje.
3 – Um só Fonema pode ser representado por um grupo de
duas letras (DÍGRAFO).
É caso de CH em biCHo, LH em coLHer, NH em cuNHado, SS
em boSSa, RR em caRRo.
Observem que CH, LH, NH, SS, RR, embora sejam grupos de
duas letras, representam sempre um único SOM, portanto
um único fonema.
DÍGRAFO – DUAS LETRAS que, juntas, formam somente um
fonema.
Dígrafos Consonatais: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, qu, gu
Dígafos Vocálicos: a, e, i, o, u : seguidos de M ou N na
mesma sílaba, desde que não estejam no fim de palavra(aM
= aU; eM = eI, assim formam ditongos)
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4 – A letra X sozinha pode representar dois fonemas ao
mesmo tempo. É o caso de: táXi, seXo, tóraX, em que o X
representa os fonemas CS.
5 – Há letras que podem aparecer em certas palavras, sem
no entanto representar fonemas.
São exemplos:
saMba, teNda, pegUe.
As letras M e N aparecem nos vocábulos samba e tenda
somente para indicar a nasalização dos fonemas à e E. O U
aparece na palavra regue apenas para que não se pronuncie
reje.
Estas são, portanto, letras que não representam fonemas,
funcionando tão somente como notações léxicas.
6 – Há ainda letras puramente decorativas, já que nem
representam fonemas, nem funcionam como notações
léxicas.
Vejamos estes exemplos:
Hora, diScípulo, eXceto, qUeijo.
Pronunciando estas palavras, nós verificamos que as letras
em negrito poderiam perfeitamente estar ausentes sem
qualquer prejuízo para a palavra. São, portanto letras
puramente decorativas.
7 – Finalmente, há fonemas (SONS) que existem sem que
haja letras correspondentes.
Exemplos:
Bem (bei), batem (batei), falam (falãu).
Sílaba (Separação e Classificação)
SÍLABA
“SÍLABA é um fonema ou grupo de fonemas emitidos em
um só impulso de voz.” (Domingos Paschoal Cegalla).
Assim é que “a cada vogal ou grupo de sons pronunciados
numa só expiração damos o nome de sílaba.” (Celso
Cunha).
Na Língua Portuguesa, a sílaba, obrigatoriamente, terá uma
vogal à qual se agregam, semivogais e/ou consoantes.
Portanto, vogal sozinha pode ser sílaba, mas ao contrário,
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uma consoante sozinha não pode ser sílaba. Em resumo,
NÃO HÁ SÍLABA SEM VOGAL, PODENDO HAVER SEM
CONSOANTE.
CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
QUANTO AO NÚMERO DE SÍLABAS
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser:
MONOSSÍLABAS – Palavras que possuem uma só sílaba –
pá, pé, pó, vai, dói, dom.
DISSÍLABAS – Palavras que possuem duas sílabas – a-mor,
ca-sa, ro-sa, jar-dim.
TRISSÍLABAS – Palavras que possuem três sílabas – es-po-
sa, ca-ne-ta, ca-der-no.
POLISSÍLABAS – Palavras que possuem mais de três sílabas
- ca-sa-men-to, con-ca-te-na-ção.
DIVISÃO SILÁBICA
Para separar sílabas, temos de considerar as seguintes
regras:
1 – Não se separam letras que representam DITONGOS –
sau-dar (e não sa-u-dar); trei-no (e não tre-i-no).
2 – Não se separam letras que representam TRITONGOS –
Pa-ra-guai (e não Pa-ra-gu-ai); en-xu-guei (e não en-xu-gu-
ei).
3 – Não se separam os seguintes DÍGRAFOS: CH, LH, NH,
GU, QU – a-char (e não ac-har), o-lho (e não ol-ho), ni-nho
(e não nin-ho), pe-gue (e não peg-eu), pe-que (e não peq-
eu).
Divisão silábica???
Encontros consonantais
À sequência de fonemas consonantais numa mesma palavra dá-se o nome de encontro consonantal. Classificam-se em:
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4 – Os ENCONTROS CONSONANTAIS CL, PL, TR, GN, MN e
OS são inseparáveis. Observe os exemplos: claro, plural,
trazer, gnomo, mnemônico, pneumonia, psicologia.
5 – Separam-se as letras que representam HIATO – sa-ú-de,
sa-a-ra, sa-ída, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo.
6 – O X com som de cs junta-se à vogal seguinte – tá-xi, fi-
xar.
7 – As letras dos DÍGRAFOS RR, SS, SC, SÇ, XC são separadas
– car-ro, mis-sa, pis-ci-na, des-ça, ex-ce-ção.
NOTA:
Muito cuidado na divisão silábica de palavras
compostas pelo modo prefixação ou sufixação:
de-sa-ten-to(e não des-a-ten-to);
di-sen-te-ri-a(e não dis-en-te-ri-a);
tran-sa-tlân-ti-co(e não trans-a-tlân-ti-co);
su-ben-ten-di-do(e não sub-en-ten-di-do).
Os GRUPOS CONSONÂNTICOS separáveis são sempre
internos, até porque já vimos que é impossível uma sílaba
sem vogal. Como separar então um grupo consonântico no
início ou no final da palavra sem ferir esta regra?
Exemplo: A palavra psicólogo deverá ter sua separação
silábica assim: psi-có-lo-go e NUNCA p-si-có-lo-go, já que o
p não pode ser sílaba. O mesmo raciocínio se emprega para
palavras como pneumonia cujas sílabas se separam assim:
pneu-mo-nia.
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a) inseparáveis (PERFEITOS): pra-ga, bra-sa, te-tra.

3. A consoante inicial seguida de outra consoante: gno-mo, mne-mô-ni-co, psi-có-ti-co;
4. As letras com que se representam os ditongos: a-ni-mais, cá-rie, sá-bio, gló-ria, au-ro-ra, or-dei-ro, joi-a, réu;

Ditongo (dois fonemas)

É a sequência de semivogal e vogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. De acordo com a posição e a sonoridade dos fonemas, o
ditongo pode ser:
a) crescente – a semivogal figura antes da vogal: sé-rie, memó-ria, sé-rio;
b) decrescente – a semivogal figura depois da vogal: vô-lei, au-to, boi;
Os principais ditongos crescentes:
eA (á-rea, ní-vea) eO ( a-é-reo, es-pon-tâ-neo) iA ( his-tó-ria, gló-ria)
iE ( cá-rie, es-pé-cie) iO ( ca-ná- rio, lí-rio) oA ( má-goa, pás-coa)
uA ( á-gua, lé-gua) uE ( tê-nue, bi-lín-gue) uO ( as-sí-duo, mú-tuo).

Os principais ditongos decrescentes:

Ai ( vai-da-de, pai-sa-gem) Au ( cau-da, mau) Ão ( chão, car-rão)
Ei (rei, en-fei-tar) Ei ( pas-téis, as-sem-blei-a) Eu ( co-meu, vi-veu)
Iu ( sor-riu, viu) Ói ( cons-trói, Ni-te-rói) Oi ( a-çoi-te, a-noi-te-cer)
Ou ( es-tou-rar, pas-sou) Ui ( in-tui-to, cir-cui-to)

5. As letras com que se representam os tritongos:

sa-guão, Pa-ra-guai, u-ru-guai-a-na, ar-guiu, en-xá-guam.

Tritongo (três fonemas)

É a sequência de semivogal, vogal e outra semivogal, na mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal:
U-ru-guai – tritongo oral sa-guão – tritongo nasal a-de-quai
a-pa-zi-guei i-guais en-xa-guei
de-lin-quiu
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