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Núcleo de Educação a Distância
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.
Um abraço,
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OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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A presente unidade visa analisar a Organização Político-Ad-
ministrativa do Estado que se perfaz principalmente na relação entre
os três poderes estatais: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder
Judiciário. Desta forma, a fim de que o tema em estudo possa ser com-
preendido de forma geral e simplificada, optou-se por dividir a unidade
em três capítulos, abordando-se os principais assuntos decorrentes
da matéria em questão. Isto posto, a análise do tema possui embasa-
mento doutrinário e legislativo a fim de que se acompanhe em termos
práticos e em termos teóricos o assunto. Foca-se, portanto, na origem
da Separação dos Poderes, assim como, nas Funções Típicas e Atí-
picas; Estruturação de cada Função Estatal, Garantias e Vedações,
sempre distinguindo e destacando os tópicos do estudo, de capítulo
em capítulo, conforme as peculiaridades exigidas em cada conteúdo
abordado. Conclui-se que o estudo dos dispositivos constitucionais da
Organização dos Poderes, refletem em várias áreas do Direito. Desta
forma, para que o estudante possa adquirir melhor reflexão sociopolí-
tica e jurídica, torna-se essencial o conhecimento desta matéria.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
O PODER LEGISLATIVO
Recapitulando ________________________________________________ 38
CAPÍTULO 02
O PODER EXECUTIVO
Conselhos _____________________________________________________ 60
Recapitulando _________________________________________________ 63
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CAPÍTULO 03
O PODER JUDICIÁRIO
Recapitulando _________________________________________________ 95
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A Constituição Federal de 1988 estabeleceu diversas regras
referentes à organização do Estado. Quanto a isto, ressalta-se que o
Estado Constitucional Brasileiro, o qual garante a prevalência do Estado
Democrático de Direito, se manifesta em toda a Organização Político-
-Administrativa da República Federativa do Brasil.
Neste sentido, salutar é o desenvolvimento de conhecimento
sobre a Separação dos Poderes, que além de garantir a forma Federa-
lista e o Princípio Republicano pelo qual o Constituinte adotou em 1988,
também busca garantir a efetivação de todos os preceitos constitucio-
nais, diga-se, pilares de todo ordenamento jurídico.
A presente unidade exterioriza, portanto, a construção jurídica ge-
ral da Separação dos Poderes Estatais a fim de que possa ser compreen-
dida quais são as bases jurídicas para o funcionamento e movimentação
adequados da máquina estatal. Salienta-se que não se trata de matéria
que se infere apenas no âmbito das relações governamentais ou adminis-
trativas. É importante entender que todo ato estatal, ainda que meramente
administrativo que não se dirija diretamente a um cidadão, é realizado para
cumprir uma função, ou seja, busca-se sempre atingir o bem-comum.
Diante destas premissas, analisam-se as principais normas
constitucionais referentes aos Poderes: Legislativo, Executivo e Judi-
ciário para poder ser compreendida qual a essência e função que cada
um ocupa na sociedade.
Desde já, cumpre aludir que a palavra “Separação” não deve ser
entendida em sua forma primária, que designa a compreensão de que os
três poderes são totalmente independentes ou desassociados. Para que
o Estado cumpra os fins a que se destinada, é necessário que suas fun-
ções sejam bem distribuídas, mas, nunca desconectadas entre si. Assim,
denota-se que cada função estatal, de forma indireta ou em alguns casos
direta, se complementam e garantem a harmonização do sistema.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
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O PODER LEGISLATIVO
Vale, entretanto, notar que, qualquer que seja a forma ou o conteúdo dos atos do
Estado, eles são sempre fruto de um mesmo poder. Daí ser incorreto afirmar-se
a tripartição de poderes estatais, a tomar essa expressão ao pé da letra. É que
o poder é sempre um só, qualquer que seja a forma por ele assumida. Todas as
manifestações de vontade emanadas em nome do Estado reportam-se sempre
a um querer único que é o próprio das organizações políticas estatais.
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o grande pensador francês inovou dizendo que tais funções estariam inti-
mamente conectadas a três órgãos distintos, autônomos e independentes
entre si. Cada função corresponderia a um órgão, não mais se concentrando
nas mãos únicas do soberano. Essa teoria surge em contraposição ao Ab-
solutismo, servindo de base estrutural para o desenvolvimento de diversos
movimentos, como as revoluções americana e francesa, caracterizando-se,
na Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão, em seu art.
16, como verdadeiro dogma constitucional.
PODER LEGISLATIVO
Congresso Nacional
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A Constituição foi explícita ao determinar que a lei complementar deverá es-
tabelecer não apenas o número total de deputados federais no caso, como
citado, fixado em 513, como, também, a representação por Estado e pelo
DF. Ocorre que a LC n. 78/93, ao disciplinar o assunto, em seu art. 1.º, pa-
rágrafo único, delegou a segunda obrigação fixação da representação por
Estado e pelo DF ao TSE. O STF entendeu essa delegação como incons-
titucional. Trata-se de critério envolvendo juízo de valor a ser determinado
necessariamente pelo Parlamento, não se admitindo a transferência dessa
atribuição para o TSE ou para qualquer outro órgão. Na mesma assentada,
por conseguinte, os Ministros declararam a inconstitucionalidade da Res. n.
23.389/2013 do TSE que disciplinava o tamanho das bancadas para cada
Estado e para o DF. (LENZA, 2022, p. 872-873).
tada pelo Brasil, eleitos de forma majoritária, sendo atribuído três se-
nadores para cada Estado e para o Distrito Federal, dos quais, terão
o mandato de oito anos, cuja renovação se dará de maneira alternada
a cada quatro anos, por 1/3 e 2/3. Citado artigo, ainda, designa que os
senadores serão eleitos cada um, com dois suplentes.
No mais, explica Pinho (2016, p. 125) que quanto a represen-
tação do Senado Federal: “Em razão de sua finalidade constitucional,
todos os Estados-Membros da Federação possuem igual número de re-
presentantes. Como o Brasil é composto de vinte e seis Estados-Mem-
bros e do Distrito Federal, são oitenta e um Senadores”.
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Os Senadores são eleitos pelo Sistema Majoritário Sim-
ples, também aplicado para os Prefeitos com até 200.000 eleitores.
Vence o candidato com maior número de votos nas elei-
ções, excluídos votos em branco e nulos.
De acordo com os ensinamentos de Pinho (2016, p. 127):
“No Sistema Majoritário Simples, a eleição realiza-se em um único
turno, bastando à maioria relativa para a escolha do representante
da vontade popular. No Brasil, é adotado para a eleição de Senado-
res e Prefeitos e Vice-Prefeitos nos Municípios com duzentos mil
ou menos eleitores, arts. 46 e 29, II, CF.”
Ademais, observar-se que as eleições de Presidente da
República, Governador e Prefeitos de Municípios com mais de
200.000 eleitores, aplica-se o sistema majoritário absoluto ou tam-
bém chamado “majoritário por maioria absoluta” dois turnos. En-
sina Pinho (2016, p. 127) que: “É eleito o candidato que obtiver os
votos de mais da metade do eleitorado. São computados somente
os votos válidos. Votos válidos são considerados os dados para os
candidatos, excluindo-se os votos nulos e em branco, art. 77, § 2º,
CF. Caso nenhum candidato obtenha esta maioria em uma primeira
votação, realiza-se um segundo turno somente com os dois candi-
datos mais votados. Não há necessidade de realizar sempre dois
turnos, pois o candidato pode obter a aprovação por mais da me-
tade dos votos válidos já na primeira votação. No Brasil é utilizado
para a eleição do Presidente e Vice-Presidente da República, dos
Governadores e Vice-Governadores dos Estados e dos Prefeitos e
Vice-Prefeitos nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores,
arts. 77 e seus parágrafos, 28 e 29, II. CF”.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
Competências e Atribuições
Art. 57
§ 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de
1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros
e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
§ 5º A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Se-
nado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal.
Art. 58
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa. (BRASIL, 1988)
PROCESSO LEGISLATIVO
Procedimentos Legislativos
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Pre-
sidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a
promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente
do Senado fazê-lo. (BRASIL, 1988)
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Assim, devidamente promulgada, a lei será encaminhada para
Publicação no Diário Oficial, que em outros termos significa dar conhe-
cimento geral do texto normativo. Salienta-se, que a publicação “É o ato
pelo qual se leva ao conhecimento público a existência da lei. A partir da
publicação a lei se torna exigível, obrigatória”. (BASTOS, 2010, p. 366).
Estabelecido os atos do processo legislativo, importam analisar
o procedimento legislativo e suas três espécies. Inicialmente, estuda-se
o procedimento legislativo ordinário.
Disciplina o art. 65 da Constituição Federal que:
O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só tur-
no de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa
revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
(BRASIL, 1988)
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de projetos de sua iniciativa. (BRASIL, 1988)
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Diante de interpretação sistemática da Constituição Fede-
ral, a corrente majoritária de doutrinadores considera que a leitura
conjunta dos artigos 1º; 14 e 61, § 2º da Carta Magna são possíveis
ter Proposta De Emenda Constitucional (PEC) de iniciativa popular,
que deverá ser apresentada à Câmara dos Deputados com o projeto
subscrito no mínimo 01% do eleitorado distribuídos em 05 Estados
(no mínimo) com não menos de 3/10 dos eleitores de cada um deles.
Atos Normativos
(...) como o próprio nome diz, é aquele que completa a Constituição. O que
significa completar a Constituição? Significa que, levando-se em conta o fato
de nem todas as normas constitucionais terem o mesmo grau de aplicabili-
dade e a possibilidade de se tornarem imediatamente eficazes, demandam a
superveniência de uma lei que lhes confira esses elementos faltantes. Dá-se
o nome de lei complementar a essa norma que vem, na verdade, integrar a
Constituição. (BASTOS, 2010, p. 356).
A lei ordinária, ou simplesmente lei, é o ato normativo que edita normas ge-
rais e abstratas, ou seja, é o ato legislativo típico. É toda aquela que não traz
o adjetivo “complementar” ou “delegado” e da qual não se exige a maioria
absoluta para a sua aprovação.
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obrigações de natureza pecuniária.
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fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irre-
gularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências neces-
sárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apu-
rados.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2023 Banca: FUMARC Órgão: AL-MG Prova: Técnico de Apoio
Legislativo
O Poder Legislativo se organiza no plano estadual, conforme a
Constituição da República e a Constituição do Estado de Minas
Gerais, pelo sistema eleitoral definido como:
a) Indireto.
b) Majoritário.
c) Misto.
d) Proporcional.
QUESTÃO 2
Ano: 2023 Banca: Avança SP Órgão: DAE-Santa Bárbara d’Oeste
Prova: Mecânico de Veículos Pesados
A Constituição Federal prevê que aos estados é permitido legislar
sobre regiões metropolitanas. Prevê, ainda, que para a criação des-
tas regiões, exige-se a elaboração de uma lei complementar, sendo
vedada, portanto, a utilização de lei ordinária. Com base apenas
nestas informações, pode-se afirmar que é falsa a preposição que
diz que:
a) regiões metropolitanas não podem ser criadas por lei estadual ordi-
nária
b) lei ordinária poderá dispor sobre a criação de regiões metropolitanas
c) lei complementar estadual pode dispor sobre a criação de regiões
metropolitanas
d) não é proibido aos estados criar regiões metropolitanas por lei com-
plementar
QUESTÃO 3
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2022 Banca: Quadrix Órgão: PRODAM-AM Provas: Analista
Administrativo - Analista Técnico
Com relação aos elementos do Estado e às suas funções, assinale
a alternativa correta.
a) Os poderes da União desempenham exclusivamente as funções típi-
cas expressas na Constituição Federal de 1988 (CF).
b) O Ministério Público integra tacitamente o rol de poderes da União.
c) O julgamento do presidente da República pelo Senado Federal, no
caso de crime de responsabilidade, constitui função atípica do Poder
Legislativo.
d) A harmonia e a independência dos poderes da União impedem, de
forma absoluta, a interferência de um sobre o outro, quando o ato for
praticado no exercício de suas funções típicas.
QUESTÃO 5
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: Residência Jurídica
A respeito do processo legislativo e das espécies normativas, à luz
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QUESTÃO DISSERTATIVA
Quais são as duas funções típicas do Poder Legislativo?
TREINO INÉDITO
Para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), é indis-
pensável:
a) O requerimento de, no mínimo, dois terços dos membros da casa
legislativa.
b) O apontamento de fato determinado a ser investigado.
c) Que a iniciativa seja da Câmara dos Deputados, não podendo ser de
outra casa legislativa.
d) A fixação de prazo improrrogável para a conclusão do trabalho, inde-
pendentemente da complexidade do fato investigado.
e) Que o fato não esteja em apuração em instância policial ou judicial.
NA MÍDIA
"É uma invasão de competência do Poder Legislativo", diz Pacheco so-
bre julgamento da Lei Antidrogas
"A arena política é feita por políticos. É um equívoco grave", reforçou o
presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao se posicionar no Plenário,
nesta quarta-feira (2), sobre o julgamento de ação que questiona artigo
da Lei Antidrogas no Supremo Tribunal Federal (STF) e que foi suspen-
so após quatro ministros votarem, sem prazo para ser retomado. "O foro
de definição dessa realidade é o Congresso Nacional brasileiro", expli-
cou Pacheco ao se referir a qualquer análise e deliberação sobre a lei.
Fonte: TV Senado
Data: 02 ago. 2023
Leia a notícia na íntegra: https://www12.senado.leg.br/tv/programas/
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
noticias-1/2023/08/e-uma-invasao-de-competencia-do-poder-legislati-
vo-diz-pacheco-sobre-julgamento-da-lei-antidrogas
NA PRÁTICA
Alero recepciona e aprova texto corrigindo erro orçamentário do Poder
Executivo. Parlamentares demonstraram união e votaram mensagem
de lei do Governo de Rondônia. A Assembleia Legislativa de Rondônia
(Alero) recebeu na última terça-feira (1º) a mensagem de lei n.º 111, do
Governo de Rondônia, com o objetivo de corrigir a Lei Complementar
n.º 1180, de 14 de março. Os deputados estaduais se reuniram e apro-
varam o texto corrigindo o erro orçamentário do Poder Executivo. No
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texto anterior, a mensagem 24, de 14 de março deste ano, havia sido
enviada com o objetivo de reunir alterações necessárias para a estru-
tura político-administrativa do Estado, os quais permitiriam correções,
adequações visando a otimização organizacional do Poder Executivo.
Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia
Data: 01 ago. 2023
Leia a notícia na íntegra: https://www.al.ro.leg.br/noticias/alero-recep-
ciona-e-aprova-texto-corrigindo-erro-orcamentario-do-poder-executivo
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O PODER EXECUTIVO
Vale lembrar ainda que, quanto a sua origem que ocorreu pelo
liberalismo político, suas atividades baseavam-se no critério de menor
intervenção possível do Estado na ordem econômica e social, assim,
possuía dupla missão: defesa externa e segurança interna. Contudo,
com as evoluções da forma do Estado Liberal para o Social, verifica-se
maior intervenção do Estado na ordem econômica e, por conseguinte,
passa o Poder Executivo a acumular mais tarefas, pois, administra ativi-
dade econômica, obras de infraestrutura e provê atividades de assistên-
cia social, bem como uma ampla iniciativa legislativa nos mais variados
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NÃO CONFUNDA:
Forma de Estado: Federação
Regime Político: Democracia
Forma de Governo: República
Sistema de Governo: Presidencialismo
O Presidente da República
A eleição em dois turnos tem por finalidade assegurar que a pessoa eleita
para o cargo de Presidente da República, para exercer a Chefia do Estado
e do Governo Brasileiro, tenha obtido a maioria dos votos válidos, de forma
a não poder se questionar a legitimidade de sua investidura no cargo. Essa
eleição por maioria absoluta não significa necessariamente que seja realiza-
da em dois turnos. Se um dos candidatos obtiver já no primeiro turno mais
da metade dos votos, excluídos os nulos e os em branco, será considerado
eleito para o cargo de Presidente da República. Por interpretação sistemática
dos dispositivos constitucionais devem ser considerados inválidos os votos
nulos e os em branco. O segundo turno de votação entre os dois mais vota-
dos só ocorre se nenhum dos candidatos obtiver, já no primeiro turno, a maio-
ria absoluta de votos válidos. A eleição em dois turnos mantém a universali-
dade do sufrágio direto e secreto, pois eleitores que não tenham participado
do primeiro turno de votação poderão votar no segundo.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
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implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b)
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Vice-Presidente da República
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Crimes Comuns
“As regras procedimentais para o processamento dos cri-
mes comuns estão previstas na Lei n. 8.038/90 e nos arts. 230 a 246
do RISTF.
Da mesma forma como ocorre nos Crimes de Responsabi-
lidade, também haverá um controle político de admissibilidade, a
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
MINISTROS DE ESTADO
CONSELHOS
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de
idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo
Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com man-
dato de três anos, vedada a recondução.
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
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§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para
participar da reunião do Conselho, quando constar da pauta questão relacio-
nada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da Repú-
blica.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: SEAD-GO Provas: Analista Ambien-
tal - Direito
A República Federativa do Brasil tem três poderes, o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário. O poder Executivo tem o presidente da
República como chefe de Estado e de governo. Sobre as funções
básicas do presidente da República, assinale a alternativa incorreta.
a) Representar o país internacionalmente e manter relações e tratados
com países estrangeiros.
b) Propor políticas públicas ao Congresso e implantá-las.
c) Dirigir a Administração Pública Federal e garantir o cumprimento das
leis.
d) Poder de julgar as leis do país.
QUESTÃO 2
Ano: 2023 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Caucaia - CE Pro-
vas: Gestão em Acompanhamento, Suporte e Apoio na Área Edu-
cacional
O poder executivo no município de Caucaia é exercido pelo:
a) Presidente da República.
b) Governador do Estado.
c) Prefeito Municipal.
d) Deputado Estadual.
QUESTÃO 3
Ano: 2023 Banca: CETREDE Órgão: Câmara de Ipu - CE Provas:
Agente Administrativo
Os poderes EXECUTIVO e LEGISLATIVO no Município de Ipu são
exercidos, respectivamente, pela:
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QUESTÃO 4
Ano: 2021 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de São Miguel do
Oeste - SC Prova: Técnico Administrativo
Os Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário) são in-
dependentes e harmônicos entre si. Marque a alternativa que cons-
ta a função CORRETA do Poder citado.
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a) Poder Legislativo tem a função judicial
b) Poder Legislativo tem a função administrativa.
c) Poder Executivo tem a função administrativa.
d) Poder Executivo tem a função judicial.
QUESTÃO 5
Ano: 2021 Banca: CEV-URCA Órgão: Prefeitura de Crato - CE Pro-
va: Guarda Municipal
Com base no texto constitucional, são Poderes da União, o Legis-
lativo, o Executivo e o Judiciário:
a) Separados e dependentes entre si
b) Separados
c) Independentes
d) Independentes e harmônicos entre si
QUESTÃO DISSERTATIVA
Qual a possibilidade Constitucional de existir Eleições indiretas?
TREINO INÉDITO
No caso de Vacância do cargo de Presidente e nas situações hipo-
téticas a seguir, quem assume:
a) Caso o Vice-Presidente vague o cargo nos dois primeiros anos, o
Presidente da Câmara dos Deputados Federais, assume o cargo interi-
namente e realiza eleições indiretas dentro de 60 dias.
b) Caso o Vice-Presidente vague o cargo nos dois últimos anos, o Pre-
sidente da Câmara dos Deputados Federais, assume o cargo interina-
mente e realiza eleições diretas dentro de 180 dias.
c) Caso o Vice-Presidente esteja viajando, quem assume interinamente
é o Presidente do Senado.
d) Caso o Vice-Presidente e o Presidente da Câmara dos Deputados
Federais esteja viajando, quem assume interinamente é o Presidente
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
NA MÍDIA
Projeto do Poder Executivo torna crime hediondo ataque a escolas
A pena será maior se o agressor for parente, professor ou funcionário
da instituição. O Projeto de Lei 3613/23 torna crimes hediondos o homi-
cídio, a lesão corporal seguida de morte e a lesão corporal gravíssima
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cometidos no interior de instituições de ensino públicas ou privadas (in-
cluindo educação básica, superior, técnica, profissionalizante e cursos
de idiomas). Com a medida, o condenado não terá direito a fiança e
não poderá receber indulto, anistia e liberdade provisória, além de ter
progressão de regime mais lenta. O texto, em tramitação na Câmara
dos Deputados, altera a Lei dos Crimes Hediondos. A proposta também
modifica o Código Penal para tornar qualificado o homicídio cometido
no interior dessas instituições de ensino, com pena de reclusão de 12 a
30 anos. O projeto é do Poder Executivo e foi uma sugestão das famí-
lias vitimadas pelo ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau
(SC), ocorrido em abril deste ano. Na ocasião, um homem de 25 anos
matou quatro crianças com idade entre 5 e 7 anos com uma machadi-
nha.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Data: 27 jul. 2023
Leia a notícia na íntegra: https://www.camara.leg.br/noticias/981133-pro-
jeto-do-poder-executivo-torna-crime-hediondo-ataque-a-escolas/
NA PRÁTICA
Poderes Judiciário e Executivo Estadual e Municipal assinam acordo de
cooperação na área de saúde.
Um acordo de Cooperação Técnica foi firmado nesta quarta-feira entre
o Poder Judiciário e o Poder Executivo com o objetivo de auxiliar os
magistrados na tomada de decisão em processos que envolvem a saú-
de dos jurisdicionados. O presidente o Tribunal de Justiça da Paraíba,
desembargador João Benedito da Silva; o governador do Estado, João
Azevêdo Lins Filho; e o diretor da Justiça Federal na Paraíba, juiz Ma-
nuel Maia de Vasconcelos Neto assinaram um termo para implementa-
ção do Núcleo de Apoio Técnico do Judiciário da Paraíba – NatJus/PB.
Em seguida, um acordo semelhante foi assinado também pelo prefeito
de João Pessoa, Cícero Lucena Filho.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
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O PODER JUDICIÁRIO
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Garantias do Poder Judiciário
judiciária, art. 96, II, CF; f) Destinação das custas e emolumentos “Ex-
clusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas
da Justiça”, art. 98, § 2º, CF. (PINHO, 2016, p. 221).
2) Garantias Funcionais: encontram-se no artigo 95 da Cons-
tituição Federal, e visam a independência dos membros do poder judi-
ciário. Consistem em: a) Vitaliciedade: os membros do judiciário que já
passaram pelo estágio probatório 02 anos só poderão perder o cargo
por sentença judicial transitada em julgado do tribunal ao qual estão
vinculados ação civil. Lembre-se: só se torna membro vitalicio passado
dois anos de exercício do cargo existe um estágio probatório. Contudo,
membros de tribunais, não dependem de período probatório, a partir da
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posse tornam-se vitalícios. b) Inamovibilidade: trata-se de garantia que
impede que o membro do judiciário seja removido compulsoriamente
de um cargo para outro. Exceto, por motivo de interesse público, em
decisão por maioria absoluta de votos do tribunal ao qual estão vincu-
lados ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa,
e exige maioria absoluta para a deliberação. Atente-se que no caso da
inamovibilidade não é exigido o período de estágio probatório para aqui-
sição da mesma. É aplicável para todos os membros, vitalícios ou não.
c) Irredutibilidade de Subsídios: garantia financeira que veda a redução
de subsídios, contudo, vale lembrar que não é assegurado o reajuste
anual, garante-se, apenas, que não seja reduzido. Ou seja, protege-se
o valor nominal não sendo garantido o valor real, art. 37, XV, CF.
de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pes-
soas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções pre-
vistas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exone-
ração.
72
O Supremo Tribunal Federal já considerou incompatível a
acumulação do cargo de juiz com o desempenho de função na Jus-
tiça desportiva. De acordo com a Min. Carmem Lúcia: “As vedações
formais impostas constitucionalmente aos magistrados objetivam,
de um lado, proteger o próprio Poder Judiciário, de modo que seus
integrantes sejam dotados de condições de total independência e,
de outra parte, garantir que os juízes dediquem-se, integralmente, às
funções inerentes ao cargo, proibindo que a dispersão com outras
atividades deixe em menor valia e cuidado o desempenho da ativi-
dade jurisdicional, que é função essencial do Estado e direito fun-
damental do jurisdicionado”. (MS 25.938/DF). (PINHO, 2016, p. 223).
Art. 93, I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, me-
diante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito,
no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações,
à ordem de classificação. (BRASIL, 1988).
73
magistratura (Adin 160/TO, Rel. Min. Octavio Galotti). (PINHO, 2016, p.220).
O Quinto Constitucional
(...) o tribunal respectivo, federal ou estadual, forma uma lista tríplice, envian-
do-a ao Chefe do Poder Executivo, que, nos vinte dias seguintes, escolherá
um de seus integrantes para nomeação, art. 94, parágrafo único, CF. O Su-
premo Tribunal Federal entende que o Tribunal pode recusar listas sêxtuplas,
desde que fundada a recusa em razões objetivas, devidamente motivadas.
Mas não pode substituir listas, ainda que escolhendo nomes já indicados
em outras listas. A lista será devolvida, por não preenchimento dos requisi-
tos constitucionais exigidos, para que seja completada, conforme o número
de candidatos não considerados devidamente qualificados. (MS 25.624, Rel.
Min. Sepúlveda Pertence; e Recl. 5.413, Rel. Min. Menezes Direito).
cúpula do Poder Judiciário que nos termos do art. 102, caput é o “guar-
dião” da Carta Magna.
Ensina Ferreira Filho (1998, p. 265-266) que de forma diversa
do Poder Executivo, cujo chefe é o Presidente da República, art. 76, e
do Poder Legislativo, em que a “cabeça” é a Mesa do Congresso Na-
cional, presidida pelo Presidente do Senado Federal, art. 57, § 5º, no
Judiciário não existe determinado Chefe, e não existe de fato um único
órgão dirigente. Desta forma, na República, considera-se o STF como
órgão de cúpula, isto se reflete pelo fato de que o Presidente do órgão
encontra-se na linha sucessória do cargo do Presidente da República
art. 80, mas, também, porque é incumbido ao órgão a deliberação sobre
74
as questões da mais elevada importância. Ademais, observa o autor
que “Não se pode negar que à cúpula do Poder Judiciário pertençam ao
Conselho Nacional de Justiça, fiscal do Poder Judiciário, e o Superior
Tribunal de Justiça, guardião do direito infraconstitucional federal”.
Contudo, observa-se, ainda, que a defesa da Carta Política não
é tarefa exclusiva do STF. Cabe a todos os poderes constituídos assegu-
rar a supremacia da Constituição, diferencia-se o Judiciário pelo encargo
de exercer o controle da constitucionalidade de forma concentrada e em
abstrato ou difusa e em concreto nesta missão. (PINHO, 2016, p. 224).
Quanto à composição: Segundo o artigo 101 da Constituição
Federal, o STF é composto de 11(onze) Ministros, escolhidos dentre
cidadãos com mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 65 (sessenta e
cinco) anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Só
brasileiros natos podem integrar o STF, artigo 12, § 3º, IV da Consti-
tuição Federal. O Presidente do Supremo Tribunal Federal é também
o Presidente do Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B, inc. I, da
CF/1988, com a redação dada pela EC 61/2009).
Quanto à competência, enumera a CF/88 rol taxativo no artigo
102 da Constituição Federal sendo possível dividi-las em a) Competên-
cias Originárias: determinadas no inciso I alíneas de a) a r) das quais se
destaca: o Controle Concentrado de Constitucionalidade (a ação direta
de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e
a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo fe-
deral); Foro por Prerrogativa de Função (infrações penais comuns do
Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República
e infrações penais comuns e crime de responsabilidade dos Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáuti-
ca, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Su-
periores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente); litígio entre Estados (estrangeiro
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
75
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se de-
negatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Consti-
tuição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
77
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua ju-
risdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o dis-
posto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados
e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da auto-
ridade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias
da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de
outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora
for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração di-
reta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do
Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur
às cartas rogatórias. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
81
Os Estados, dentro da autonomia política própria das entidades federativas,
dispõem de seu próprio Poder Judiciário. Compete-lhes a organização da
estrutura de seu organismo judiciário estadual, observados os princípios
estabelecidos pela Constituição Federal. A Justiça Estadual é composta do
Tribunal de Justiça e de juízes de direito. Em primeira instância atuam ainda
o Tribunal do Júri, com competência constitucional para julgar de forma so-
berana os crimes dolosos contra a vida, art. 5º, XXXVIII, CF, e os Juizados
Especiais Cíveis e Criminais, art. 98, I, e Lei n. 9.099/95, CF.
92, inciso I-A da CF/88, ensina Ferreira Filho (2020, p. 269) que: foi criado
mediante a Emenda n. 45/2004, que foi fruto de uma luta de alguns anos,
promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil e por alguns grupos polí-
ticos, sob a argumentação de que o Poder Judiciário não possuía controle
externo, ou seja, não prestava contas a nenhum outro Poder, nem ao povo.
Desta forma, conforme esclarece Lenza (2022, p. 1336):
Em 09.12.2004 foi ajuizada a ADI 3.367 pela AMB — Associação dos Magis-
trados Brasileiros, questionando a constitucionalidade do CNJ por afronta aos
arts. 2.º e 18 da CF/88, além de vício formal. Em 13.04.2005, o STF, por unani-
midade, afastou o vício formal de inconstitucionalidade, como também não co-
nheceu da ação quanto ao § 8.º do art. 125. No mérito, o Tribunal, por maioria
82
(7 x 4), julgou totalmente improcedente a ação, considerando constitucional o
Conselho Nacional de Justiça (vide Inf. 383/STF). O Conselho foi instalado no
dia 14.06.2005, com a solenidade de posse de seus 15 integrantes.
85
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL
A Constituição Federal estabelece, no art. 5º, LIII, que “Nin-
guém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente”. Ao lado do tradicional princípio do juiz natural, inscre-
veu-se, como garantia individual, o princípio do promotor natural.
De acordo com este, as atribuições para atuação de um Promotor
de Justiça em determinado feito devem ser previamente fixadas.
O Procurador-Geral não pode escolher, por motivos aleatórios, um
Promotor para atuar em certo processo. Há critérios objetivos de
distribuição de atribuições que devem ser observados. A Lei do Es-
tatuto do Ministério Público da União, Lei Complementar n. 75/93 e a
Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, Lei n. 8.625/93 estabe-
lecem as hipóteses excepcionais em que o Procurador-Geral poderá
designar membro do Ministério Público para atuar em determinado
procedimento, devendo a escolha recair sobre membro da institui-
ção com atribuição, em tese, para oficiar no feito, segundo as regras
ordinárias de distribuição de serviços. Trata-se, por exemplo, da hi-
pótese da designação de um Promotor de Justiça para acompanhar
um inquérito policial ainda não distribuído em juízo.
O Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, tem re-
futado a existência deste princípio, que precisaria ser estabelecido
por lei (HC 67.759/RJ, DJ, 1º-7-1993, e HC 67.759/RJ, Rel. Min. Ellen
Gracie, DJ, 1º-8-2008, Informativo STF, n. 511). A Constituição veda
expressamente a nomeação de Promotor ad hoc, de pessoa estra-
nha à Instituição, para a prática de determinado ato processual,
reservada aos membros da Instituição. As funções do Ministério
Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, art.
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão
do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado
o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percenta-
gens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, sal-
vo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas fí-
sicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
88
É importante ressaltar que os Ministérios Públicos que
atuam junto aos Tribunais de Contas, muito embora recebam os
mesmos direitos, vedações e forma de investidura dos membros
dos demais Ministérios Públicos, não compõem o Ministério Pú-
blico Federal, nem os Ministérios Públicos Estaduais. O Supremo
Tribunal Federal firmou o entendimento de que o Ministério Públi-
co comum não tem legitimidade para atuar perante os Tribunais de
Contas. (PINHO, 2016, p. 265).
Leia-se: art. 130. Aos membros do Ministério Público junto
aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
90
de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
91
- Entre as funções essenciais à justiça apenas a Advocacia
Pública é instituída no âmbito Municipal.
- NÃO CONFUNDA
Promotores e Procuradores da República: membros do Mi-
nistério Público
Procuradores Estaduais e Procuradores Federais: Advo-
cacia Pública.
92
STATUS ESPECIAL DA OAB:
O Supremo Tribunal Federal reconheceu à OAB um status
especial: “A OAB não é uma entidade da Administração Indireta
da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria
ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito
brasileiro. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem
essas a que se tem referido como ‘autarquias especiais’ para pre-
tender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas
‘agências’. Por não consubstanciar uma entidade da Administra-
ção Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração,
nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não vincu-
lação é formal e materialmente necessária. (...) Não há ordem de
relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público. A
OAB, cujas características são autonomia e independência, não
pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização
profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades
corporativas. Possui finalidade institucional”. (STF, ADIn 3.026/DF,
Rel. Min. Eros Grau). (PINHO, 2016, p. 287-288).
94
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: SEAD-GO Provas: Analista Ambien-
tal - Direito
A República Federativa do Brasil tem três poderes, o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário. O poder Executivo tem o presidente da
República como chefe de Estado e de governo. Sobre as funções
básicas do presidente da República, assinale a alternativa incorreta.
a) Representar o país internacionalmente e manter relações e tratados
com países estrangeiros.
b) Propor políticas públicas ao Congresso e implantá-las.
c) Poder de julgar as leis do país.
d) Poder de propor leis ao Congresso, entre elas o Orçamento anual.
QUESTÃO 02
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RJ Prova: Dele-
gado de Polícia
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 2.º, adota a tradicional
separação de Poderes. Assim, o legislador constituinte garantiu
relativa independência a cada um dos Poderes Legislativo, Exe-
cutivo e Judiciário, como mecanismo apto a assegurar os funda-
mentos do Estado democrático de direito. Considerando que as
constituições escritas foram concebidas com o objetivo precípuo
de fixar instrumentos normativos de limitação do poder estatal, as-
sinale a opção correta.
a) A separação de Poderes está fundamentada no princípio da interde-
pendência funcional: apesar da especialização dos Poderes, existe uma
subordinação das funções executiva e jurisdicional ao Poder Legislati-
vo, em razão do que dispõe o art. 1.º da Constituição Federal de 1988,
ao estabelecer que a República Federativa do Brasil constitui-se em
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 03
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: DETRAN-AM Prova: Técnico Admi-
nistrativo
O Estado de Direito caracteriza-se pela separação de poderes: o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário, todos independentes e har-
mônicos entre si. Trata-se de uma divisão estabelecida constitu-
cionalmente de um poder estatal uno, indivisível e indelegável que
se desdobra no exercício de três funções: legislativa, administra-
tiva e jurisdicional. Assinale abaixo a alternativa que apresenta a
denominação do que é a emanação de atos de produção jurídica
complementares, em aplicação concreta do ato de produção jurídi-
ca primário e abstrato contido na lei.
a) Legislação
b) Jurisdição
c) Execução
d) Administração
QUESTÃO 04
Ano: 2022 Banca: UniRV - GO Órgão: Prefeitura de Rio Verde - GO
Prova: Analista Administrativo
A separação dos Poderes tem a função de evitar a concentração do
poder e, com isso, a tirania. Foi uma teoria que ganhou força du-
rante o absolutismo em resposta às monarquias europeias. A obra
de Montesquieu, “O Espírito das Leis”, influenciou significativa-
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 05
Ano: 2023 Banca: FUMARC Órgão: AL-MG Prova: Analista Legislati-
vo - Consultor Legislativo I - Desenvolvimento Econômico e Regional
A organização da separação de funções conformada pela Consti-
96
tuição da República Federativa do Brasil de 1988 proíbe a seguinte
hipótese:
a) Controle de constitucionalidade das leis pelo Poder Judiciário.
b) Controle de legalidade da função administrativa pelo Poder Judiciário.
c) Lei que autorize o chefe do Poder Executivo a legislar por decreto.
d) Sujeição da função Legislativa à Constituição.
QUESTÃO DISSERTATIVA
Mário, segurado da Previdência Social, em busca de reconhecimento
de benefício previdenciário que lhe é devido, pretende ajuizar ação ju-
dicial contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Contudo, em
sua cidade não há sede da Justiça Federal. Poderá Márcio ajuizar a
ação na Justiça Estadual?
TREINO INÉDITO
Com relação à composição do Conselho Nacional de Justiça, nos ter-
mos da Constituição da República de 1988, é correto afirmar que há:
a) 13 (treze) membros com mandato de 2 (dois) anos, vedada a recon-
dução.
b) 15 (quinze) membros com mandato de 3 (três) anos, vedada a recon-
dução.
c) 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida uma
recondução.
d) 15 (quinze) membros com mandato de 3 (três) anos, admitida uma
recondução. E) 17 (dezessete) membros com mandato de 2 (dois) anos,
admitida a recondução por iguais períodos.
NA MÍDIA
Plenário aprova projeto que altera lei sobre os fundos rotativos do Poder
Judiciário.
O Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, na tar-
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
NA PRÁTICA
3ª Vara Cível de Rio Branco realiza audiências de conciliação no lo-
cal que está em disputa judicial. Estacionado na rua Aroeira, no Bairro
Portal da Amazônia II, o ônibus do Programa Justiça sobre Rodas foi
palco de mais um episódio de aproximação entre o Poder Judiciário e
a sociedade. As audiências acontecem nesta quinta e sexta-feira, 3 e
4. Efetuar a missão de garantir justiça para a paz social, envolve que o
Judiciário se aproxime da comunidade. Isso foi feito pela equipe da 3ª
Vara Cível da Comarca de Rio Branco, nesta quinta-feira, 3, que foi até
o Bairro Portal da Amazônia II, utilizado o ônibus do Programa Justiça
sobre Rodas, do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), para promover
audiências de conciliação no processo n° 0009734-51.2012.8.01.0001,
de reintegração e manutenção de posse.
Fonte: Poder Judiciário do Estado do Acre
Data: 03 ago. 2023
Leia a notícia na íntegra: https://www.tjac.jus.br/2023/08/3a-vara-civel-
-de-rio-branco-realiza-audiencias-de-conciliacao-no-local-que-esta-em-
-disputa-judicial/
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
98
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
99
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS
100
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
101
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional - 22 ed. atual.
- São Paulo: Saraiva, 2010.
102
103
OS TRÊS PODERES - GRUPO PROMINAS