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Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
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CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes,
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
4
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
CAPÍTULO 01
DO CONTRATO DE TRABALHO: APONTAMENTOS INICIAIS
Recapitulando_________________________________________________ 31
CAPÍTULO 02
CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Empregado Rural_________________________________________ 56
O empregado doméstico___________________________________ 59
O empregado aprendiz_____________________________________ 65
Recapitulando_________________________________________________ 76
Fechando a Unidade_______________________________________ 80
Referências_____________________________________________________ 82
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O presente módulo tem por objetivo analisar com acuidade os
apontamentos iniciais necessários para a existência e desenvolvimento
do contrato de trabalho.
Para tanto, será estudado, incialmente, os princípios atinentes
ao tema, ou seja, aqueles que estão intimamente ligados ao contrato de
trabalho, desde sua concepção até sua manutenção e proteção.
Tais princípios se destacam como sendo os casos da proteção
ao empregado na relação jurídica de emprego que, por si só, acaba por
ser naturalmente desigual, fazendo, portanto, pender a balança para o
lado do empregado, para que esse venha a se equalizar. Tem-se ainda
os casos dos princípios da irrenunciabilidade de direitos, da continuida-
de da relação jurídica de emprego e da primazia da realidade.
A questão principiológica é bastante importante, uma vez que
ligada aos dispositivos presentes em todo o ordenamento jurídico, ser-
vindo de substrato para que o legislador possa criar ou alterar a le-
gislação posta, sem, contudo, que seja acarretada a perda de direitos
anteriormente preestabelecidos, notadamente àqueles previstos no art.
7º da Constituição Federal.
Serão analisadas ainda, as características do contrato de tra-
balho, bem como os elementos formadores da relação jurídica de em-
pregado, tais como a necessidade de pessoa física como empregado,
a pessoalidade, a onerosidade, a habitualidade ou não eventualidade e
a subordinação.
Será realizada uma diferenciação entre trabalho ilícito e traba-
lho proibido, sendo analisados, portanto, as hipóteses de nulidade que
acometem os contratos de trabalho.
Serão abordadas as questões atinentes às modalidades ou
classificação do contrato de trabalho, sendo analisados os casos de
contrato de trabalho por prazo determinado, por prazo determinado a
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
que alude a Lei nº. 9.601/1998, bem como as figuras do contrato inter-
mitente do teletrabalho, trazidos pelo advento da Lei. 13.467/2017.
Serão estudados no capítulo três os contratos tidos por diferen-
ciados, como é o caso do contrato do aprendiz, do doméstico e do em-
pregado rural que, por mais que possuam os direitos resguardados pelo
Legislador Constituinte, encontram em suas respectivas leis específicas
uma série de particularidades que merecem ser estudas.
Por fim, serão analisados os efeitos decorrentes do contrato
de trabalho, sendo os casos de alteração, notadamente a unilateral e
sua possibilidade em determinados casos, bem como as hipóteses de
suspensão e interrupção do contrato de trabalho, além de sua diferen-
ciação.
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DO CONTRATO DE
TRABALHO
APONTAMENTOS INICIAIS
PRINCÍPIOS ATINENTES AO CONTRATO DE TRABALHO
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Destacam-se os seguintes princípios:
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Veja-se a súmula 51 do TST:
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ou de menor proteção destinada ao empregado. Isto se explica pelas crises
financeiras mundiais, pelo aumento do desemprego e pelo cenário político
favorável. Alguns autores chegam a afirmar que este princípio não existe (e
nunca existiu), e outros acreditam na necessidade de sua futura extinção,
em face da dificuldade econômica que atravessa o país, agravada pela crise
mundial e, por isso, advogam a ausência total do Estado nesta relação entre
particulares.
Realmente, é visível a crise enfrentada que enfraquece, e muito, o princípio
da proteção ao trabalhador, o que pode ser facilmente constatado pela ju-
risprudência e súmulas mais recentes dos tribunais trabalhistas, que já não
mais defendem ferozmente o trabalhador como outrora o faziam, permitindo,
em alguns casos, a redução de seus direitos ou a alteração in pejus de suas
condições de trabalho. A chamada Reforma Trabalhista trouxe uma série de
exceções aos princípios trabalhistas.
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Tabela 1 – Exceções ao princípio da aplicação da norma mais favorável
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Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos
ciabilidade de Direitos:
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Princípio da Continuidade da Relação de Emprego
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o art. 104 do CC, conforme art. 8º, § 3º, da CLT.
e) COMPENSAÇÃO DE FERIADOS NA JORNADA 12X36:
Houve a alteração pela reforma trabalhista na jornada 12x36, passando
a ser considerados compensados os feriados trabalhados, contudo aqui
resta nítido a prevalência da lei sobre a realidade, vez que os feriados
somente são compensados por mera ficção legislativa, já que os empre-
gados submetidos a esse regime trabalham o mesmo número de dias
que nos meses que não têm feriado4.
f) TRABALHADOR HIPERSUFICIENTE: no caso de emprega-
dos portadores de diploma de nível superior e que recebam salário igual
ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime
Geral da Previdência Prevalência, as cláusulas contratuais desde que
versem sobre os direitos previstos no art. 611-A da CLT5 poderão ser
amplamente estipuladas pelas partes, sobrepondo-se esta igualmente
sobre a realidade fática. Assim, imagine o caso em que o empregado
acorda com seu empregador que este exercerá cargo de confiança, isso
4 Art. 59-A da CLT: Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado
às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de
descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo
abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em fe-
riados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
5 Art. 611-A da CLT: A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
seis horas;
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro
de 2015; CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remune-
ração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades com-
petentes do Ministério do Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de
incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.
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acaba por o afastar do capítulo atinente à jornada de trabalho, não per-
cebendo estes pelas horas extras eventualmente realizadas.
g) TERMO DE QUITAÇÃO ANUAL: nos moldes do art. 507-
B da CLT6 é plenamente possível a realização da quitação anual en-
tre empregado e empregador com homologação do sindicato obreiro.
Ocorre, contudo, que muitas vezes o pagamento pode ter de fato nunca
acontecido, servindo a quitação apenas para amparar o empregador de
eventual reclamação trabalhista.
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b) Não Eventualidade ou Habitualidade: este requisito traz
basicamente a necessidade da realização do trabalho de forma não
eventual, ou seja, o trabalho não pode ser ocasional. Isso porque, sen-
do o contrato de trabalho de trato sucessivo, impende a continuidade do
trabalho no tempo. Aqui ocorre a expectativa do empregador no retorno
do empregado a seu posto de trabalho.
Importante destacar que, dizer que um trabalho é habitual não
significa dizer que ele é diário, vez que é plenamente possível a contra-
tação de um empregado para trabalhar uma ou duas vezes por semana
ou mesmo apenas nos finais de semana, sem que isso descaracterize
o vínculo de emprego. Em outras palavras habitualidade não significa
continuidade.
Não se pode confundir ainda o mencionado acima com a “faxi-
neira” ou “diarista” como exceção ao trabalho doméstico. Isso porque a
LC 150/2015 pacificou essa celeuma ao estabelecer em seu art. 1º que
o trabalho doméstico é aquele desempenhado em período superior a
duas vezes na semana7. Logo, caso os serviços sejam realizados até
duas vezes por semana temos a figura da “diarista” (trabalhadora au-
tônoma), se superior a isto existe vínculo empregatício de empregado
doméstico.
Por fim, resta consignar que com o advento da Reforma Traba-
lhista houve a criação de uma nova modalidade de contrato de trabalho
– a prestação de serviços intermitente (art. 443, §3º da CLT). Ocorre
que, mesmo diante de períodos de atividade e de inatividade do empre-
gado intermitente, este não terá sua habitualidade corrompida, vez que
a continuidade em si não é requisito da relação de emprego8.
c) Onerosidade: partindo do pressuposto de que quem traba-
lha o faz visando uma contraprestação (salário), tem-se caracterizado
o requisito da onerosidade. Logo a prestação de serviços é onerosa,
pois impende o pagamento de salário pelos serviços prestados pelo CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
empregado.
d) Subordinação: talvez seja esse o principal requisito da re-
lação de emprego, pois temos aqui a submissão jurídica do empregado
ao empregador, caracterizando de forma cabal a existência ou não de
um vínculo empregatício. De forma resumida, tem-se a presença no
7 Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de for-
ma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
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empregador como o responsável por todos os riscos do seu empreen-
dimento, lucros ou prejuízos, (princípio da alteridade), e em decorrência
disso cabe a ele o poder de organizar e dirigir a prestação de serviços
(jus variandi) submetendo empregado as suas ordens.
Assim, se em determinada relação há submissão de uma às
ordens da outra, como horário de trabalho, consecução de tarefas, apli-
cações de sanções etc., resta caracterizada um relação de emprego.
A subordinação pode ser subdividida em três correntes:
(i) Subordinação Jurídica: para esta corrente a subordinação
do empregado em relação ao empregador decorre de lei. Logo, uma vez
aceito o emprego este se submete às regras estipuladas pelo patrão.
Essa é a corrente majoritária e aceita atualmente.
(ii) Subordinação Técnica: para esta corrente a subordinação
estará presente, tendo em vista que o empregador detém todos os
meios técnicos para o desempenho das funções do empregado. Ocorre,
contudo, que não são raras as vezes em que o empregado é contratado
justamente por possuir um conhecimento específico que o seu próprio
empregador não o possui. É o caso de um dono de clínica de estética
que contrata médicos e fisioterapeutas.
(iii) Subordinação Econômica: por esta corrente existe a subor-
dinação, pois o empregado depende de seu salário para viver. O que
não se mostra verdade absoluta em todos os casos, vez que é muito
comum hoje um empregado ter mais de um emprego ou fonte de renda.
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uma relação de emprego, mas toda relação de emprego é necessaria-
mente uma relação de trabalho.
Destarte, tem-se a relação de emprego como sendo a consti-
tuída entre empregado e empregador em observância aos artigos 2º e
3º da CLT.
Importante não se confundir com o termo “contrato de traba-
lho”, título a propósito da presente unidade, com relação de emprego.
Isso porque o termo é utilizado de forma quase que uníssona para con-
figurar a instrumentalização da relação de emprego.
É necessário ainda não confundir o contrato de trabalho com
os seguintes contratos:
(i) Prestação de serviços: aquele que pode englobar qualquer
espécie de trabalho lícito, material ou imaterial, mediante contrapres-
tação (art. 594 do CC). É o caso dos trabalhadores autônomos. Nes-
te contrato não está presente principalmente a subordinação, vez que
como o próprio nome sugere, há autonomia do prestador de serviços na
consecução do trabalho contratado.
(ii) Empreitada: neste contrato o empreiteiro se compromete a
realizar determinada obra e entregar pronta ao contratante. Nesse caso
todos os riscos do negócio são assumidos pelo empreiteiro, pelo que
igualmente não resta caracterizada a relação de emprego. Além disso a
direção dos serviços é igualmente realizada pelo empreiteiro.
(iii) Representação comercial: neste contrato também tem-se
a presença da autonomia do represente comercial que comercializada
produtos ou serviços mediante valor ou porcentagem previamente acor-
dado nos termos da Lei 4.886/1965. Aqui não está presente a subordi-
nação jurídica.
(iv) Mandato: elencado nos arts. 653 e seguintes do Código
Civil, o contrato de mandato objetiva a outorga de poderes de uma pes-
soa a outra para que esta realize em nome daquela determinados atos CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
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do, nem do sindicato, nem do OGMO ou quem o tenha contratado, fal-
tando-lhe, portanto, a pessoalidade, mas o art. 7º, XXXIV da CF10 con-
fere ao trabalhador avulso todos os direitos previstos aos empregados,
fazendo assim jus a férias, décimo terceiro, depósitos de FGTS, etc.
É importante saber que o trabalhador avulso pode ser: a) por-
tuário (Lei 12.815/2013), quando o trabalhador se dirige até os portos
para concorrer à escala de trabalho, havendo a existência do Órgão
Gestor de Mão de Obra (OGMO) com a finalidade de gerenciar e admi-
nistrar a mão de obra, além do operador portuário que é o responsável
pela exploração da atividade ligada aos portos; e b) não portuário (Lei
12.023/2009), que é aquele que sua atividade não é intermediada pelo
órgão gestor de mão de obra, mas sim pelo sindicato da categoria pro-
fissional respectiva.
D) Trabalhador voluntário: previsto na Lei 9.608/1998, nesta
modalidade não há o requisito da onerosidade, ou seja, o voluntário
trabalha sem qualquer contraprestação.
E) Cooperado: Segundo CORREIA (2018, p. 302) cooperativa
é a junção ou sociedade de pessoas com o intuito de alcançar um ob-
jetivo em comum, utilizando-se para tanto de esforços conjuntos. Nesta
modalidade é aplicada a Lei 12.690/2012, a Lei 5.764/70. Não há vín-
culo de emprego entre a cooperativa e os cooperados, conforme art.
442, parágrafo único da CLT: “Qualquer que seja o ramo de atividade
da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e
seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela”.
F) Estagiário: com regramento na Lei 11.788/2008, também
não é caso de vínculo de emprego. O objetivo do estágio é propiciar ao
estudante a complementação da formação escolar colando o conhe-
cimento em prática e facilitando o ingresso no mercado de trabalho.
Embora o estagiário reúna os requisitos da relação de emprego, por
vontade do legislador excluiu-se o estagiário das normas da CLT, se- CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
guindo regramento próprio, assim não faz jus a qualquer direito inerente
aos empregados em geral, fará jus tão somente ao que estiver previsto
em regramento próprio (Lei 11.788/2008).
Importante não confundir estagiário com aprendiz, vez que
este último é empregado, e possui todos os direitos trabalhistas e previ-
denciários resguardados, além, inclusive, de limitações como a idade, o
que não ocorre com o estagiário.
Por fim, salienta-se que o estágio quando exercido de forma
irregular, ou seja, com prejuízo da legislação específica, muitas vezes
10 Art. 7º da CF: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social: [...] XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vín-
culo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
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com o objetivo de fraudar a legislação para não adimplir com direitos
trabalhistas, ocorrerá o reconhecimento de vínculo de emprego.
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realizado com empregado determinado, notadamente em razão de seus
atributos pessoais, como qualificação técnica e experiência. Logo essa
característica somente está presente em relação ao empregado. Essa
característica decorre da pessoalidade que rege o contrato de trabalho,
e é justamente ela quem impede que um empregado se faça substi-
tuir por outro na vigência do contrato de trabalho a seu próprio alvitre.
O mesmo não se verifica em relação ao empregador, vez que mesmo
diante da mudança da estrutura da empresa não haverá prejuízo aos
contratos de trabalho em vigor, conforme art. 10 e 448 da CLT12.
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– objeto lícito – não é permitido que o contrato de trabalho tenha como
objeto ilícito penal.
Importante dentro desse tema fazer a diferenciação entre tra-
balho proibido e trabalho ilícito.
Trabalho proibido
Trabalho ilícito
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Nesses casos o contrato será declarado nulo, em outras pala-
vras, jamais existiu vínculo de emprego não ensejando qualquer paga-
mento de verbas contratuais ou rescisórias.
Não há que se cogitar aqui sobre incidência ou não dos requisi-
tos da relação de emprego (pessoa física, pessoalidade, habitualidade,
onerosidade e subordinação), pois sendo o objeto ilícito a perfectibiliza-
ção do contrato jamais ocorreu.
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ROMAR, Carla Tereza Martins. Direito do Trabalho. Coorde-
nador Pedro Lenza. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
(Coleção esquematizado).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CES-
GRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Direito
O contrato de trabalho individual, ao estabelecer uma remuneração
mensal ao empregado, caracteriza o requisito contratual indicado
pela doutrina atinente à:
A) produtividade
B) subordinação
C) estruturação
D) consensualidade
E) Onerosidade
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: PGE-AP Prova: FCC - 2018 - PGE-AP
- Procurador do Estado
Em relação ao contrato individual de trabalho, conforme regras
contidas na Consolidação das Leis do Trabalho,
A) para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a
emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a seis
meses no mesmo tipo de atividade.
B) poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por
escrito, por prazo determinado ou indeterminado, não se incluindo a
prestação de trabalho intermitente, que deve ser por escrito.
C) o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipu-
lado por mais de um ano, sujeito a duas prorrogações, por igual período.
D) considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: CESPE - 2018 -
EMAP - Analista Portuário - Área Jurídica
Conforme as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), julgue o seguinte item.
O contrato individual de trabalho poderá ser celebrado de forma
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tácita ou expressa, verbal ou escrita; poderá ter prazo indetermina-
do ou determinado; e poderá destinar-se à prestação de trabalho
intermitente.
(A) Certo
(B)Errado
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: CES-
GRANRIO - 2018 - LIQUIGÁS - Assistente Administrativo
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) será obrigato-
riamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empre-
gador que o admitir, para que nela se anotem, especificamente, a
data de admissão, a remuneração e, caso existam, as condições
especiais de trabalho.
Há, ainda, outras anotações necessárias que devem ser feitas
A) a qualquer tempo, por decisão do empregador, para efetuar quais-
quer anotações desabonadoras à conduta do empregado que tiverem
sido objeto de sanção disciplinar.
B) por ordem da Justiça do Trabalho, para efetuar anotações das san-
ções disciplinares que recebe o empregado quando infringe as normas
internas da empresa.
C) nas datas de suspensão do contrato de trabalho, a cada convenção
coletiva de trabalho, para registro dos direitos garantidos pelas cláusu-
las sociais e no caso de rescisão contratual.
D) anualmente, por ordem do Ministério do Trabalho, para registro dos
exames periódicos, férias e promoções, nas datas de dissídio e nos
acordos coletivos de trabalho.
E) na data-base, a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador, no
caso de rescisão contratual ou necessidade de comprovação perante a
Previdência Social.
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PauliPrev - SP Prova: VUNESP -
2018 - PauliPrev - SP - Procurador Autárquico
Assinale a alternativa que define corretamente o contrato de tra-
balho.
A) Ato jurídico negocial em que o empregado, pessoa natural ou jurídi-
ca, presta serviços de forma pessoal, subordinada e não eventual ao
empregador, recebendo, como contraprestação, sua remuneração.
B) Negócio jurídico bilateral em que o empregado, pessoa natural, pres-
ta serviços de forma impessoal, subordinada e eventual ao empregador,
recebendo, como contraprestação, sua remuneração.
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C) Negócio jurídico em que o empregado, pessoa natural, presta ser-
viços de forma pessoal, subordinada e não eventual ao empregador,
recebendo, como contraprestação, sua remuneração.
D) Ato jurídico negocial bilateral em que o empregado, pessoa natural,
presta serviços de forma pessoal, insubordinada e eventual ao empre-
gador, recebendo, como contraprestação, sua remuneração.
E) Negócio jurídico em que o empregado, pessoa natural, presta ser-
viços de forma pessoal, subordinada e não eventual ao empregador,
dispensada a contraprestação, sua remuneração.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
Fonte: G1
Data: 26 jan. 2018.
Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/economia/noticia/go-
verno-registra-criacao-de-56-mil-vinculos-de-trabalho-intermitente-
-em-2017.ghtml
NA PRÁTICA
34
CLASSIFICAÇÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
CLASSIFICAÇÕES DOS CONTRATOS DE TRABALHO
O contrato de trabalho, conforme visto no capítulo anterior, via CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
Art. 443 da CLT: O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita
ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
35
Nesse caso cabe analisar as nuances do contrato por prazo
determinado e figura do contrato intermitente trazido pela Reforma Tra-
balhista.
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Por fim, tem-se o caso da alínea c que versa sobre o contrato
de experiência. Em tal contrato, como o nome sugere, a finalidade é
justamente a análise pelo empregado e pelo empregador se ambos irão
corresponder às expectativas um do outro. Em outras palavras, se o
empregado irá se adaptar com a função desempenhada e se mostrar
satisfeito com a contraprestação recebida e por outro lado se o empre-
gador bem avaliará o desempenho do empregado.
Diferentemente dos demais, esse contrato terá prazo de 90
(noventa) dias, havendo a possibilidade de uma única prorrogação
desde que o prazo não seja desrespeitado. Assim é possível a contra-
tação de um empregado à título de experiência por 30 dias e prorrogar
por outros 60, ou 45 + 45, 50 + 40, enfim não é necessário também que
os prazos de ambos os períodos sejam idênticos, apenas que sejam
observados o prazo máximo de 90 dias e uma única prorrogação.
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tagens e direitos estarão asseguradas ao empregado durante o período
de experiência, sejam elas de natureza salarial ou indenizatória.
A esse respeito o TST por meio do informativo nº. 25 decidiu
que o empregado mesmo contratado a título de experiência tem direito
à percepção de cesta básica:
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Como fica a questão da estabilidade no contrato por prazo deter-
minado?
39
entende não ser possível, vez que a possibilidade do empregador ava-
liar o empregado já se escoou, não sendo, possível, portanto, novo pe-
ríodo de testes.
Impende, porém, mencionar que a CLT não traz essa proibi-
ção, sendo este o entendimento de parte majoritária da doutrina, com o
que existem posicionamentos favoráveis.
É o caso de Sério Pinto Martins (2008, p. 390) que admite nova
contratação desde que seja em outro cargo, logo se justificaria uma
nova fase de avaliação, mas ainda assim observado prazo mínimo de
seis meses para a nova contratação para se evitar fraudes.
Em suas palavras:
Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder,
dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se
a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da
realização de certos acontecimentos.
41
à metade da remuneração que teria direito até o fim do contrato de
trabalho, além da multa de 40% sobre o saldo FGTS.
Art. 479 da CLT: Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador
que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a
titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o
termo do contrato.
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula as-
securatória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajus-
tado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os
princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
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E com relação ao trabalhador doméstico, a mesma dinâmica é ob-
servada no término do contrato de trabalho?
44
Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando
o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista
no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas se-
guintes hipóteses:
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o apren-
diz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de
tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas ativi-
dades;
II – falta disciplinar grave;
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou
IV – a pedido do aprendiz.
45
§ 1º As partes estabelecerão, na convenção ou acordo coletivo referido neste
artigo:
I - a indenização para as hipóteses de rescisão antecipada do contra-
to de que trata este artigo, por iniciativa do empregador ou do empre-
gado, não se aplicando o disposto nos arts. 479 e 480 da CLT;
II - as multas pelo descumprimento de suas cláusulas.
§ 2º Não se aplica ao contrato de trabalho previsto neste artigo o disposto no
art. 451 da CLT.
§ 4º São garantidas as estabilidades provisórias da gestante; do dirigente
sindical, ainda que suplente; do empregado eleito para cargo de direção de
comissões internas de prevenção de acidentes; do empregado acidentado,
nos termos do art 118 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, durante
a vigência do contrato por prazo determinado, que não poderá ser
rescindido antes do prazo estipulado pelas partes.
Contrato Intermitente
46
para manter sua proficiência e assim aumentar a segurança do voo
(Correia, 2018, p. 566).
TELETRABALHO
48
figura do empregado que desenvolve suas atividades preponderante-
mente fora da sede da empresa, com utilização de tecnologia e de co-
municação.
Caso haja a necessidade de comparecimento à empresa para
a realização de atividades determinadas que demandem a presença do
empregado, isso por si não irá descaracterizar o regime de teletrabalho.
49
Com relação à saúde e segurança do empregado o art. 75-C
da CLT limitou a responsabilidade do empregado em “instruir os em-
pregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a
tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho”. Sendo neces-
sário ainda, conforme parágrafo único que o empregado deverá assine
“termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções
fornecidas pelo empregador”.
Além de ser necessário a contratação no regime de teletraba-
lho de forma expressa este poderá voltar a para o regime presencial,
não sendo, portanto, algo definitivo. É necessário apenas o mútuo con-
sentimento das partes e aditamento contratual.
Caso não ocorra o mútuo consentimento e seja vontade do em-
pregador a alteração do regime este será possível desde que seja dado
prazo de transição mínima ao empregado de 15 dias.
50
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: APEX Brasil Prova: IADES - 2018 -
APEX Brasil - Analista - Jurídico
Acerca do contrato de trabalho intermitente, assinale a alternativa
correta.
A) Aplica-se a qualquer tipo de atividade do empregado ou empregador,
exceto para os aeronautas.
B) Pode ser celebrado de forma escrita ou verbal, tácita ou expressa.
C) Ao receber a convocação para a prestação do serviço, o empregado
terá o prazo de três dias corridos para responder ao chamado.
D) Durante o período de inatividade, o empregado receberá pelo perío-
do, pois se trata de interrupção do contrato de trabalho.
E) Não há possibilidade de usufruir férias nessa hipótese de contrata-
ção.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: COMPERVE Órgão: UFRN Prova: COMPERVE -
2018 - UFRN - Engenheiro - Engenharia Civil
O engenheiro civil é capaz de realizar algumas de suas atribuições
profissionais à distância, ou seja, fora das dependências da em-
presa. A Lei 13.467 de 13 julho de 2017, que produziu a chamada
“Reforma Trabalhista”, altera a Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT) aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1 de maio de 1943, e
apresenta, em seus Arts.75-A a 75-E, critérios quanto à prestação
de serviços pelo empregado na modalidade de teletrabalho. Quan-
to à conceituação do regime jurídico que rege essa modalidade,
aceita-se que CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: FUMARC - 2018
- COPASA - Analista de Saneamento - Psicólogo
A legislação trabalhista permite aos empregadores contratar em-
pregados por dois períodos de experiência. Nesse contexto, pode-
-se concluir, EXCETO que:
A) Ao término de cada contrato de experiência, a chefia imediata deverá
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: CELESC Prova: FEPESE - 2018
52
- CELESC - Advogado
É correto afirmar acerca do contrato de trabalho:
A) O contrato de experiência não poderá exceder 180 dias.
B) O contrato de trabalho verbal não poderá ser estipulado por mais de
dois anos.
C) O contrato por prazo determinado somente será válido se suceder,
dentro de seis meses, a outro contrato por prazo determinado.
D) O somatório de prorrogações do contrato de trabalho temporário não
poderá exceder a dois anos.
E) O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expres-
samente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem deter-
minação de prazo.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
53
Com a modernização das tecnologias, novas ferramentas da informação
e o ingresso das telecomunicações nas relações de trabalho, o “home
office ou teletrabalho” ganha cada vez mais espaço, transformando as
clássicas relações laborais. Nesse viés, surgem novas formas de traba-
lho, impondo um novo ritmo de progresso das atividades.
É inevitável, portanto, o reconhecimento pela legislação trabalhista
da relação de trabalho caracterizada pela utilização de tecnologia da
informação e comunicação no desenvolvimento de suas atividades,
surgindo assim, o teletrabalho, como fruto do desenvolvimento das
tecnologias da informação e telecomunicação nas relações de trabalho
modernas.
Nesse cenário, a Lei n.º 13.467, de 13 de julho de 2017 (a Reforma
Trabalhista), alterou significativamente o panorama trabalhista brasileiro
provocando profundas mudanças na Consolidação das Leis do Traba-
lho (CLT).
[...]
Parece evidente que o atual artigo 75-E e seu respectivo parágrafo úni-
co, da CLT, introduzidos pela Reforma Trabalhista, não obrigam (nem
desobrigam) o empregador a prevenir acidentes ou fazer cumprir as
normas mínimas de saúde e segurança do trabalhador (seja pela utiliza-
ção de equipamentos de proteção ou melhores condições), tornando-se
medida de finalidade duvidosa.
[...]
Logo, o descumprimento das normas de saúde e segurança por parte
do empregador tem sim o condão de estabelecer culpa por negligência
no caso de doenças ou acidentes de trabalho. Este entendimento já es-
tava consolidado pela jurisprudência antes da Reforma Trabalhista e até
que nova corrente venha a surgir, deve ser observado, não tendo sido
esclarecido pelo dispositivo artigo 75-E, da CLT da Reforma Trabalhista.
Fonte: Estadão
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
NA PRÁTICA
55
CONTRATOS
DIFERENCIADOS E EFEITOS
DECORRENTES DO CONTRATO
DE TRABALHO
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
EMPREGADO RURAL
56
Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural,
sob a dependência deste e mediante salário.
57
(ii) Intervalo Intrajornada
A lei em análise explana que a concessão do intervalo para
repouso e alimentação (intrajornada) será de acordo com os usos e cos-
tumes da região. Por questão de segurança jurídica o TST por meio da
súmula 437 disciplinou que o empregado rural que labore mais de seis
horas diárias possui direito a no mínimo uma hora diária como intervalo
intrajornada.
Evidente que a alteração trazida pela Reforma Trabalhista, no-
tadamente pelo art. 611-A, III da CLT, que permitiu que referido adicional
fosse reduzido para 30 minutos por acordo ou convenção coletiva de
trabalho surtirá efeitos em referido entendimento do TST.
Com relação à supressão do intervalo deverá ser analisado
o art. 71, §4º da CLT, sendo devido apenas o período suprimido como
acréscimo de 50% sem reflexos posto a natureza indenizatória.
58
vidades na lavoura e na pecuária, conforme art. 7º da Lei do Rural. Fri-
sa-se que o menor de 18 não pode realizar jornada noturna.
Art. 16. Além das hipóteses de determinação legal ou decisão judicial, somen-
te poderão ser efetuados no salário do empregado os seguintes descontos:
I - até o limite de 20% (vinte por cento) do salário-mínimo regional, pela ocu-
pação da morada;
II - até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do salário-mínimo regional,
pelo fornecimento de alimentação;
O EMPREGADO DOMÉSTICO
59
portanto, ser pessoa jurídica.
(iv) Prestação de serviços deve ocorrer em âmbito residencial
da pessoa ou família, não necessariamente a principal residência, va-
lendo aqui sítios, casas de praia etc.
Tudo isso de acordo com o que dispõe o art. 1º da Lei Com-
plementar 150/2015: “Ao empregado doméstico, assim considerado
aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e
pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o
disposto nesta Lei”.
Importante ressaltar ainda que, conforme art. 1º, parágrafo úni-
co da LC 150/2015, o menor de 18 anos não pode trabalhar como em-
pregado doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481,
de 12 de junho de 2008, sendo caso de trabalho proibido, portanto.
Os direitos dos trabalhadores domésticos estão no parágrafo
único do art. 7º da CF, com as alterações acarretadas pela Emenda
Constitucional 72/2013.
60
de compensação de horas, mediante acordo escrito entre emprega-
dor e empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado
em outro dia.
§5º No regime de compensação previsto no § 4o:
I - será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma
do § 1o, das primeiras 40 (quarenta) horas mensais excedentes ao
horário normal de trabalho;
II - das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser dedu-
zidas, sem o correspondente pagamento, as horas não trabalhadas,
em função de redução do horário normal de trabalho ou de dia útil
não trabalhado, durante o mês;
III - o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas
mensais de que trata o inciso I, com a dedução prevista no inciso II,
quando for o caso, será compensado no período máximo de 1 (um)
ano.
§ 6º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma
do § 5o, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de
rescisão.
§ 7º Os intervalos previstos nesta Lei, o tempo de repouso, as horas
não trabalhadas, os feriados e os domingos livres em que o empre-
gado que mora no local de trabalho nele permaneça não serão com-
putados como horário de trabalho.
§ 8º O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados
deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao
repouso semanal.
61
pre, nas mesmas funções, tempo integral.
§2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo
parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto nos
§§2º e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias.
§3º Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de
12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado
terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 18 (dezoito) dias, para a duração do trabalho semanal superior a
22 (vinte e duas) horas, até 25 (vinte e cinco) horas;
II - 16 (dezesseis) dias, para a duração do trabalho semanal superior
a 20 (vinte) horas, até 22 (vinte e duas) horas;
III - 14 (quatorze) dias, para a duração do trabalho semanal superior
a 15 (quinze) horas, até 20 (vinte) horas;
IV - 12 (doze) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10
(dez) horas, até 15 (quinze) horas;
V - 10 (dez) dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5
(cinco) horas, até 10 (dez) horas;
VI - 8 (oito) dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior
a 5 (cinco) horas.
62
vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado.
Art. 6º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do
art. 4o, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado é
obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, metade da remunera-
ção a que teria direito até o termo do contrato.
Art. 7º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do
art. 4o, o empregado não poderá se desligar do contrato sem justa
causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos pre-
juízos que desse fato lhe resultarem.
Parágrafo único. A indenização não poderá exceder aquela a que teria direito
o empregado em idênticas condições.
Art. 8º Durante a vigência dos contratos previstos nos incisos I e II do art. 4o,
não será exigido aviso prévio.
63
§1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem
será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as par-
tes.
§2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25%
(vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal.
§3º O disposto no § 2o deste artigo poderá ser, mediante acordo,
convertido em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério
do empregado.
O EMPREGADO APRENDIZ
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
65
aprendizes portadores de deficiência.
A contratação de aprendizes, contudo, deve priorizar jovens
entre 14 e 18 anos. Porém, em se tratando de atividades insalubres, pe-
rigosas ou aquelas incompatíveis com o desenvolvimento físico e moral
dos adolescentes, ficarão a cargo dos aprendizes a partir dos 18 anos.
Vejamos as disposições contidas na CLT com as devidas alte-
rações da lei supramencionada.
DEFICIÊNCIA
FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL
66
IDADE MÁXIMA PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA
A COMPROVAÇÃO DA ESCOLARIDADE
profissional.
67
§ 2º Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas
de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (SINASE) nas condições a serem
dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os
estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento
Socioeducativo locais.
68
Parágrafo único. Aos candidatos rejeitados pela seleção profissional
deverá ser dada, tanto quanto possível, orientação profissional para
ingresso em atividade mais adequada às qualidades e aptidões que
tiverem demonstrado.
§1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias
para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental,
se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem
teórica.
§2º Revogado.
69
EFEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO
Alteração do Contrato de Trabalho
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre es-
tipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às dis-
posições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo apli-
ca-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma
eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de
empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário men-
sal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social.
70
empregado, e remuneração por desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia
das autoridades competentes do Ministério do Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos
em programas de incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.
Art. 611-A, §3º da CLT: Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a
jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão pre-
ver a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo
de vigência do instrumento coletivo.
71
sendo este o caso de alterações excepcionais vez que necessário au-
torização legal ou jurisprudencial, como o caso de alteração do período
noturno para o diurno (diminui o salário, mas é mais benéfico para a
saúde do empregado), reversão para o cargo anterior, retirando-se a
gratificação de função de confiança, etc.
§2º A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo,
não assegura ao empregado o direito à manutenção do paga-
mento da gratificação correspondente, que não será incorpo-
rada, independentemente do tempo de exercício da respectiva
função.
72
No caso de transferência de empregados, este também é caso
de alteração contratual, com o que deve ser analisado com cautela pelo
empregador caso a caso, e mesmo estando dentro do jus variandi do
empregador, via de regra a alteração unilateral é vedada, como é o caso
da transferência do trabalhador eleito dirigente sindical nos termos do
art. 543 da CLT.
Tem-se, contudo, algumas hipóteses que autorizam a trans-
ferência do empregado de forme unilateral pelo empregador. São os
casos de: (i) empregados de confiança (art. 61, II da CLT), desde que
o empregador motive a necessidade da transferência; (ii) extinção do
estabelecimento do empregador para evitar a extinção do contrato de
trabalho e oportunizar ao empregado a manutenção de seu emprego,
caso se negue será caso de pedido de demissão; (iii) empregados que
possuam contrato com cláusula explicita ou implícita de necessidade
de transferência, desde que o empregador comprove a real necessida-
de da transferência; e (iv) transferência provisória por necessidade do
serviço, sendo provisória haverá adicional de 25% sobre o salário do
empregado.
73
2 dias durante o período de gravidez da esposa ou compa-
nheira gestante para acompanhamento a consultas médicas e exames
complementares;
1 dia por ano para acompanhar filho de até 6 anos em consulta
médica, tanto para o empregado como para a empregada;
Pelo período necessário para: (i) o cumprimento das exigências
do serviço militar; (ii) provas de exame vestibular; (iii) comparecimento
em juízo (testemunha, júri, etc); e (iv) para o representante de entidade
sindical que estiver participando de reunião oficial de organismo interna-
cional do qual o Brasil seja membro.
Durante a paralisação da empresa por motivos acidentais ou
não;
Afastamento da empresa por doença ou acidente nos primei-
ros 15 dias);
Redução da jornada do trabalho no aviso prévio (2 horas por
dia ou 7 dias ao final do aviso, ou 1 dia por semana no caso do empre-
gado rural);
Férias;
Descanso Semanal Remunerado (DSR) e feriados;
Intervalos Intrajornadas remunerados;
Licença paternidade de 5 dias, nos termos do art. 473 da CLT
e 10, §1º do ADCT da CF, podendo ser estendida por mais 15 dias, nos
termos da Lei 13.257/2016 (Políticas Públicas para a Primeira Infância)
e 11.770/2008 (Empresa Cidadã);
Tempo necessário para a gestante realizar consultas médicas,
no mínimo seis consultas e demais exames médicos complementares;
Afastamento do empregado para participação em Comissão de
Conciliação Prévia;
Nos casos de Prontidão e Sobreaviso;
Participação do empregado em atividades do conselho curador
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
do FGTS;
Paralisação das atividades por iniciativa do empregador (lo-
ckout);
Outras hipóteses que sejam previstas em Acordo ou Conven-
ção Coletiva de Trabalho
75
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: APEX Brasil Prova: IADES - 2018 -
APEX Brasil - Analista - Jurídico
As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na em-
presa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de
serviço e contratante regem-se pela Lei nº 6.019/74.
Com base nessa lei, assinale a alternativa correta.
A) Com o término da contratação temporária, o trabalhador temporário
poderá ser colocado à disposição do mesmo tomador de serviços, sem
intervalo, para novo período de contratação.
B) Após a prestação de serviços como trabalhador temporário ao toma-
dor de serviços, poderá haver sua contratação pelo tomador, aplicando-
-se ao trabalhador o contrato de experiência previsto na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT).
C) O contrato não poderá ser superior a 180 dias, consecutivos ou não.
D) O trabalho temporário pode ser prestado por pessoa física ou jurídi-
ca.
E) A responsabilidade pela garantia das condições de segurança, higie-
ne e salubridade dos trabalhadores é da empresa de trabalho tempo-
rário.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: Gestão Concurso Órgão: EMATER-MG Prova:
Gestão Concurso - 2018 - EMATER-MG - Assessor Jurídico
Referente ao Contrato Individual de Trabalho, conforme disposto
na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), é correto afirmar que
A) para fins de contratação, o empregador poderá exigir do candidato
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: CETREDE Órgão: EMATERCE Prova: CETREDE
- 2018 - EMATERCE - Agente de ATER - Direito
Sobre interrupção e suspensão do contrato de trabalho, marque
(V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) O contrato de trabalho é interrompido quando o empregado passa a
perceber benefício previdenciário de auxilio doença, após o 15º dia de
afastamento.
( ) Falta justificada é hipótese de suspensão do contrato de trabalho. CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
77
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: APEX Brasil Prova: IADES - 2018 -
APEX Brasil - Analista - Jurídico
Isabel sofreu violência doméstica e o juiz, para preservar sua inte-
gridade física, assegurou o seu afastamento do local de trabalho
por cinco meses. Thiago foi aposentado por invalidez. Maria ficou
dois meses participando de curso de qualificação profissional ofe-
recido pelo empregador mediante previsão em convenção coletiva
de trabalho e aquiescência formal da empregada.
Nesses casos hipotéticos, os contratos de Isabel, Thiago e Maria,
ficarão
A) interrompido, suspenso e suspenso, respectivamente.
B) suspensos.
C) suspenso, interrompido e suspenso, respectivamente.
D) interrompidos.
E) suspenso, suspenso e interrompido, respectivamente.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
Fonte: O Globo
Data: 12 mar. 2019.
Leia a notícia na íntegra: https://oglobo.globo.com/economia/pro-
grama-jovem-aprendiz-ajudou-reduzir-numero-de-nem-nem-diz-pes-
quisa-23515942
NA PRÁTICA
79
GABARITOS
CAPÍTULO 01
Questões de concursos
01 02 03 04 05
E A CERTO E C
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
CAPÍTULO 02
Questões de concursos
01 02 03 04 05
A C A D E
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
80
§1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de
teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado
em aditivo contratual.
TREINO INÉDITO
Gabarito: V, V, F
CAPÍTULO 03
Questões de concursos
01 02 03 04 05
C B B B B
Art. 468, §2º A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem
justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do
pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
81
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São
Paulo: LTr, 2015.
82
83
CONTRATO DE TRABALHO - GRUPO PROMINAS