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NORMA TÉCNICA DO NTS 9-51

SISTEMA DE METROLOGIA
AEROESPACIAL primeira edição
1997

Procedimento para Calibração de


Manômetros - Genérica

Número de Referência
NTS 9-51:1997
NTS 9-51:1996 SISTEMA DE METROLOGIA AEROESPACIAL

Sumário

1 Objetivo
2 Referências Normativas
3 Definições
4 Condições Específicas
5 Condições Gerais
6 Equipamentos Necessários
7 Ficha de Calibração de Manômetros
8 Número de Pontos
9 Cálculo das Características do Manômetro
10 Incerteza da Medição
11 Execução
Anexo: Ficha de Calibração de Manômetros

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SISTEMA DE METROLOGIA AEROESPACIAL NTS 9-51:1996

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os princípios gerais e os procedimentos para a calibração de manômetros


genéricos tais como Manômetros, Vacuômetros e Manovacuômetros, do Sistema de Metrologia
Aeroespacial - SISMETRA.

2 Referências Normativas

2.1 Portaria INMETRO no 029 de 10 de Mar 95,Vocabulário Internacional de Termos


Fundamentais e Gerais de Metrologia.

2.2 NBR 8189 - Terminologia - Manômetro com sensor de elemento elástico.

2.3 NBR 12446 - Padronização - Manômetro.

2.4 NBR 11968 - Método de Ensaio - Manômetro - Verificação das características.

2.5 Pennwalt Corporation - Instrument Calibration Manual. Wallace e Tiernan Division. Book
no FIA - CAL-I-I. II-73.

3 Definições

3.1 Manômetro: Instrumento para medir e indicar pressão maior que a pressão ambiente ou menor
que a pressão ambiente (vacuômetro), ou ambas (manovacuômetro), usando a pressão ambiente
como ponto de referência(2.1). Aqui, pressão ambiente é a pressão atuante na parte externa do
elemento elástico.

3.2 Erro de Medição(2.5): Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro do mensurando.

Obs.:
1- Uma vez que o valor verdadeiro não pode ser determinado, utiliza-se, na prática, um valor
verdadeiro convencional.
2- Quando for necessário distinguir “erro” de “erro relativo”, o primeiro é, algumas vezes,
denominado erro absoluto da medição. Este termo não deve ser confundido com valor absoluto do
erro, que é o módulo do erro.

3.3 Erro Fiducial(2.1): Erro de um instrumento de medição dividido por um valor especificado para o
instrumento.

Obs.:
O valor especificado é geralmente denominado de valor fiducial, e pode ser, por exemplo,
a amplitude da faixa nominal ou o limite superior da faixa nominal do instrumento de medição.

3.4 Erro de Repetitividade(2.1): Diferença máxima entre um número consecutivo de indicações para
uma mesma pressão aplicada em iguais condições de operação, abordadas em um mesmo
sentido(2.1).

3.5 Repetitividade: A máxima diferença em leituras sucessivas quando o mesmo valor verdadeiro é
aproximado a partir da mesma direção, sob condições idênticas(2.4).

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3.6 Erro por Histerese(2.1): Diferença máxima entre as leituras ascendentes e descendentes em
qualquer ponto da escala, obtida durante a deflexão do elemento elástico e retorno completo do
ponteiro, após terem sido minimizados os erros por atrito(2.1).

3.7 Histerese (% fundo escala): Máxima diferença entre valores indicados quando o mesmo valor
verdadeiro determinado por padrões de precisão é aproximado primeiro a partir de um valor mais
baixo (carregamento) e depois a partir de um valor maior de pressão (descarregamento)(2.4).

3.8 Incerteza da Medição(2.5): Parâmetro, associado ao resultado de uma medição, que caracteriza a
dispersão dos valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um mensurando.

Obs.:
1- O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão (ou múltiplo dele), ou a metade de um
intervalo correspondente a um nível de confiança estabelecido.
2- A incerteza da medição compreende, em geral, muitos componentes. Alguns destes componentes
podem ser estimados, com base na distribuição estatística dos resultados das séries de medições e
podem ser caracterizados por desvios padrão experimentais. Os outros componentes, que também
podem ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por meio de distribuição de
probabilidades assumidas, baseadas na experiência ou em outras informações.
3- Entende-se que o resultado da medição é a melhor estimativa do valor do mensurando, e que
todos os componentes da incerteza, incluindo aqueles resultantes dos efeitos sistemáticos, como os
componentes associados com correções e padrões de referência, contribuem para a dispersão.

3.9 Nível de Confiança: o nível de confiança é expresso como porcentagem. É a probabilidade de


que o valor verdadeiro caia dentro da faixa representada pela incerteza.

4 Condições Específicas

4.1 Temperatura: (20 ± 1)°C.

4.2 Umidade do Ar: 30% a 60% UR.

5 Condições Gerais

5.1 Verificar o estado físico (conservação) e operacional do instrumento a ser calibrado.

5.2 Climatizar o instrumento a ser calibrado por um período mínimo de 4 horas anteriores a
calibração.

5.3 Todos os mecanismos de acionamento e de leitura (pinhão, roda-dentada, bourdon, escala,


ponteiro, mancais, etc.) devem estar em perfeitas condições de funcionamento. Verifique o estado
do mecanismo, deslocando o ponteiro diversas vezes em ambos os sentidos de utilização. Ao menor
sinal de travamento do ponteiro, não iniciar a calibração até que se tenha eliminado o problema.

6 Equipamentos Necessários

6.1 Padrão de Pressão tipo Peso Morto.

6.2 Manômetro Padrão.

7 Ficha de Calibração de Manômetro


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Impresso onde se fará as anotações referentes à calibração e que contem:

7.1 Informações gerais:

a) Laboratório;
b) Número do Procedimento;
c) Número da Ordem de Serviço;
d) Nome do Operador; e
e) Data da Calibração.

7.2 Informações sobre o Manômetro a ser calibrado:

a) Solicitante;
b) Fabricante;
c) Número de Série;
d) Identificação;
e) Unidade de Medição;
f) Faixa;
g) Resolução; e
h) Classe de Exatidão.

7.3 Informações sobre os instrumentos utilizados na calibração:

a) Nome do Instrumento;
b) Fabricante;
c) Modelo; e
d) Número de Série.

7.4 Tabela dos Resultados:

a) Valor Padrão da Massa aplicado;


b) Valor correspondente na unidade de medida do instrumento a ser calibrado;
c) Valor médio do carregamento;
d) Unidade de medida do carregamento;
e) Valor médio do descarregamento; e
f) Unidade de medida do descarregamento.

8 Número de Pontos
O número de pontos a ser calibrado é 10 (dez).

Obs.: O começo e o final da escala são pontos de medição.

9 Cálculo das características do Manômetro: Desvio, Repetitividade e Histerese

9.1 ERRO FIDUCIAL = Car - Valor Padrão * 100% = % (Eq.1)


Fundo de Escala

9.2 REPETITIVIDADE = 1º Car - 2º Car * 100% = % (Eq.2)


Fundo de Escala
ou
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REPETITIVIDADE = 1º Desc - 2º Desc * 100% = %


Fundo de Escala

9.3 HISTERESE = Car - Desc * 100% = % (Eq.3)


Fundo de Escala
Onde:

Car = Carregamento.
Desc = Descarregamento.

Obs.:
1 - Tais cálculos são realizados em todos os pontos calibrados, observando-se as maiores
diferenças.
2 - Um ciclo completo consiste em um carregamento e um descarregamento.
3 - Ao terminar o carregamento, iniciar imediatamente o descarregamento, ou seja, as leituras de
um ciclo devem ser contínuas.

10 Incerteza da Medição

10.1 Determinar a média X das 4 (quatro) leituras ( xi ,i=1,...,4 ) obtidas em cada um dos pontos de
calibração.

∑X
i =1
i
X = (Eq.3)
4

10.2 Determinar o desvio padrão S das 4 (quatro) leituras xi obtidas em cada um dos pontos de
calibração.

∑(X
i =1
i − X )2
S= (Eq.4)
4 −1

10.3 Calcular a incerteza total (UT) da medição a partir de expressão:

UT = A2 + B 2 (Eq.5)
onde:
A: incerteza do tipo A, correspondente ao maior desvio padrão encontrado segundo a Eq.4.
B: incerteza do tipo B, especificada no certificado de calibração do padrão de peso morto. Observar
qual o intervalo de confiança utilizado no certificado e dividir pelo correspondente fator de
cobertura. Por exemplo, se o certificado de calibração declara incerteza UT = 80 e o nível de
confiança empregado foi de 95%, isto implica um fator de cobertura 2; devemos então considerar a
incerteza do tipo B como sendo igual a 80 : 2 = 40.

10.4 Multiplicar o valor obtido em 9.3 pelo fator de cobertura correspondente ao nível de confiança
estabelecido, para obter a Incerteza da Calibração.

11 Execução

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11.1 Colocar o manômetro na posição vertical.

11.2 Aplicar a pressão máxima para verificação do funcionamento do manômetro; em seguida


aliviar a pressão. Novamente aplicar a pressão máxima por um intervalo de 15 (quinze) minutos.

11.3 Aliviar a pressão.

11.4. Iniciar a calibração com aplicação crescente de pressão (carregamento) até que o Padrão de
Referência estabilize em valores pré-determinados, lendo no Instrumento de Teste as pressões
correspondentes.

11.5 Aliviar a pressão gradativamente (leitura decrescente), procedendo as leituras como no item
anterior, desde que o descarregamento seja contínuo.

11.6 As operações 11.4 e 11.5 deverão ser feitas duas vezes.

11.7 Antes de cada leitura, bater levemente no instrumento afim de minimizar os erros de atrito.

Nota: Na emissão do Certificado de Calibração os resultados deverão ser lançados em formulários


específicos de forma a abranger os seguintes campos:

a) Dados da Instituição que executou o serviço;


b) Dados referentes ao Padrão utilizado;
c) Dados referentes ao instrumento calibrado;
d) Número da Ordem de Serviço;
e) Tabela de Valores encontrados;
f) Data;
g) Assinatura de quem executou o serviço de calibração; e
h) Assinatura do Chefe do Laboratório.

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Sistema de Metrologia Aeroespacial
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Origem: NTS 9-51 - Procedimento para Calibração de Manômetros - Genérica.

CDU: 389.14.004.

Descritores: Normalização básica. Leiaute. Calibração de Manômetros - Genérica.

Descriptors: Basic Standardization. Layout. Manometers Calibration Procedure.

6 páginas.

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