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ESTRUTURA DA NORMA DE

CONFLITOS

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Estrutura da Norma de Conflito

As normas de Direito Internacional Privado


quanto à estrutura podem ser:
Unilaterais e Bilaterais
O Código de Napoleão, de 1804, art. 3º e
alínea 3ª, rege: “As leis concernentes ao
estado e à capacidade das pessoas regem
os franceses, mesmo residentes em país
estrangeiro”.

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Estrutura da Norma de Conflito
O Código Civil da Itália, de 1942 , art.17: “O estado e a
capacidade de pessoas e as relações de família são
regidas pela lei do Estado a que elas pertencem”.
Os Códigos de Napoleão e da Itália determinam a
aplicação da lei da nacionalidade para as questões de
estado e de capacidade.
A norma francesa é unilateral, incompleta, pois cuida
dos franceses.

Normas Bilaterais ou Completas


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Estrutura da Norma de Conflito
A norma italiana é multilateral, completa,
ocupa-se de todo o mundo.
O Código Civil de Moç., art.25: “O estado dos
indivíduos , a capacidade das pessoas, as
relações de família e as sucessões por
morte são regulados pela lei pessoal dos
respectivos sujeitos, salvas as restrições
estabelecidas na presente secção”.
Quais as restrições: arts.32; 48.

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Estrutura da Norma de Conflito
Norma francesa: cuida da extensão
geográfica da sua própria lei
(Unilateralista).
Norma italiana: cuida dos institutos do estado
e da capacidade das pessoas
(multilateralista).

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Estrutura da Norma de Conflito
Regra italiana, art.19: “ as relações patrimonias
entre cônjuges são reguladas pela lei
nacional do marido ao tempo da celebração
do casamento”.
Regra germânica, art.15: “ O regime patrimonial
de bens será regulado de acordo com as leis
alemãs quando marido, ao tempo da
celebração do casamento, for alemão”.
As duas regras expressam o princípio da
nacionalidade do marido à época do
casamento.
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Estrutura da Norma de Conflito
Código Civil, art.52, n.2: “ Não tendo os
cônjuges a mesma nacionalidade, é
aplicável a lei da sua residência habitual
comum e, na falta desta, a lei pessoal do
marido”.

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Estrutura da Norma de Conflito
Código Civil de Moç., art.53,n.2: “ Não tendo
os nubentes a mesma nacionalidade, é
aplicável a lei da sua residência habitual
comum à data do casamento e, se esta
faltar também, a lei pessoal do marido na
mesma data.
Está presente o princípio da nacionalidade.

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Estrutura da Norma de Conflito
A lei italiana responde à questão: Que lei se
aplica – legislador bilateralista;
A lei alemã responde à questão: quando se
aplica a lei alemã.- legislador unilateralista;
A lei moçambicana responde às questões: que
lei se aplica e quando se aplica a lei
moçambicana.
Significa que as normas de Direito
Internacional Privado quanto à estrutura,
também podem ser: Justapostas.
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Estrutura da Norma de Conflito
Legislador unilateralista: Quando se aplica a
minha lei – preocupação pela lex fori.
Seguida por diversos países e nos seus
conflitos.
Legislador bilateralista: que lei se aplica –
virada para o facto jurídico, procura da lei
mais apropriada para a solução.

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Estrutura da Norma de Conflito
Defensores do Unilateralismo
 O legislador só tem competência sobre a
aplicação de suas próprias leis, não lhe
cabendo atribuir competência sobre a lei de
outro legislador, pois só este dirá do
alcance de sua lei.
 O legislador apenas determina quando se
aplicará sua própria lei (DOLINGER).

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Estrutura da Norma de Conflito
Lacuna
Quando nenhuma outra lei se considera
competente na espécie: Por exemplo, um
inglês, cuja legislação não adopta a regra
da nacionalidade, mas a do domicílio, não
poderá ser aplicada à sua pessoa na
França (inglês, com domicílio na França).

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Estrutura da Norma de Conflito
Acúmulo
Quando mais de uma lei estrangeira se considerar
competente. Por exemplo, uma francesa,
casada com um cidadão belga, ambos com
domicílio na Inglaterra. Ela promove seu
divórcio contra o marido, fundamentando a
competência do tribunal francês.
As leis inglesa e a belga ambas são competentes.

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Estrutura da Norma de Conflito
- Os cônjuges têm domicílio na Inglaterra;
- A nacionalidade belga, por ser do marido.
Como poderá o juíz francês escolher entre
as duas leis estrangeiras?
Os tribunais aplicarão a lei inglesa, lei do
domicílo do casal (significa bilateralizar a
norma unilateral do Direito Internacional
Privado francês). Ver DOLINGER, p.58..

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Estrutura da Norma de Conflito
- Para o cidadão francês, tem competência a lei
francesa;
- Não aplicação da lei francesa
Não são franceses ambos os cônjuges;
Não têm domicílio em território francês;
As leis envolvidas: inglesa e belga consideram-se
competentes;
Lei inglesa – cônjuges com domicílio na Inglaterra.
Lei belga – nacionalidade do cônjuge varão;
nacionalidade do marido.

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Estrutura da Norma de Conflito
Ler o art.23 do CC de Moç. sobre
interpretação e averiguação do direito
estrangeiro.
O legislador moçambicano é bilateralista.

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Estrutura da Norma de Conflito
Defensores do Bilateralismo
 Repudia o argumento da competência
exclusiva do legislador estrangeiro de
limitar a aplicação de sua lei;
 Aplicar a lei de determinado Estado não
implica atribuir-lhe competência;
 A existência das regras de um Estado é
um facto no mundo jurídico.

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Estrutura da Norma de Conflito
Se a aplicabilidade de uma lei, estivesse
ligada à competência que a emana,
também deveria ser vedada a fixação da
aplicabilidade da sua lei no exterior.

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Regras de conexão
Existem regras de conexão do domicílio e da
nacionalidade na determinação do direito aplicável às
relações jurídicas relativas ao estado da pessoa,
capacidade e direitos da família (BASSO, p.159).
Lei da nacionalidade: mobilidade cada vez mais
frequente de pessoas; constituição de famílias
plurinacionais; desenvolvimento do comércio
internacional.
Lei do domicílio: critério adoptado para disciplinar o
estatuto pessoal.

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Regras de conexão
Regra de conexão para determinar o direito
aplicável ao estatuto pessoal
Valor humanista;
Preservação da autonomia individual (escolha
do local, da fixação da sua sede de
negócios, n.1 do art. 41 e art. 43 do CC de
Moç.);

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Normas Qualificadoras
Normas qualificadoras – são normas caracterizadas
pela não conflitualidade. São normas conceituais. Por
exemplo, as regras que definem o domicílio. Ver a
Convenção Interamericana sobre o domicílio de
Pessoas Físicas (aprovada na 2ª Conferência
Interamericana de Direito Internacional Privado,
Montevidéu, 1979).
O domicílio de pessoa física obedece as seguintes
circunstâncias: 1. O local de sua residência habitual;

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Normas Qualificadoras
2. O local de seu principal lugar de negócios;
3. Na ausência dos dois factores acima, o lugar de sua
residência;
4. Na ausência de sua residência, o lugar onde a pessoa se
encontra.
Portanto, o domicílio não é uma regra de conflito. É uma regra
definidora, qualificadora, que colabora com a norma
conflitual, que indica a lei do domicílio para reger
determinadas matérias (DOLINGER, pp. 51-52); art. 15 do
CC.

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Normas Indirectas
A norma de DIPr conflitual tem como objecto indicar
em situações conectadas com dois ou mais
sistemas jurídicos qual dentre eles deve ser aplicado.
Assim, determinará que ordenamento jurídico será
aplicado para questóes de capacidade, para os
Institutos do Direito da Família e do Direito das
Sucessões, para os contratos e demais obrigações e
para as questões de Direito Real.

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Normas Indirectas
A escolha é feita através dos pontos de contacto, nacionalidade
ou domicílio de pessoas, local da assinatura do contrato ou
local de cumprimento da obrigação, local da situação do
bem. Estes pontos são denominados regras de conexão.
Estas normas não dão solução a questão jurídica propriamente
dita. Não dizem:
- Se a pessoa é capaz ou incapaz;
- Se o contrato é válido ou não;
- Se o causador do dano é civilmente responsável ou não.

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Normas Indirectas
As normas de DIPr apenas indicam qual
dentre os sistemas jurídicos, ligados à
hipótese, deve ser aplicado.

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Normas Directas
São uma excepção das regras de DIPr.
Dão solução a quaestio juris.
Normas directas destacáveis: regras sobre a
nacionalidade e sobre a condição jurídica do
estrangeiro, as que detrminam os titulares de
nacionalidade de cada Estado, que regulam a
aquisição e a perda do nacionalidade (status),
determinam os direitos dos estrangeiros.
São regras sem conteúdo conflitual.
Nas Convenções de DIPr Uniformizado encontramos
normas indirectas ou directas.

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Qualificações
Qualificação – o acto pelo qual se delimita o objecto de conexão.
Cuida-se de acção anterior à escolha da norma aplicável.
Qualificar é classificar, definir. Em DIPr é determinar a forma pela
qual uma questão se enquadra no sistema jurídico de
determinado país.
Conceituar + Classificar = Qualificar
Temos o facto e dispomos da norma jurídica. Significa que o facto
e norma, a vida e a lei exigem classificação, enfim qualificação.

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Teoria das Qualificações
O Processo de Qualificação
É um processo técnico-jurídico. Classificam-
se ordenadamente os factos da vida
relativamente às instituições criadas pela
lei.
Teoria das Qualificações
Em DIPr liga-se o facto ou acto jurídico com algum
sistema jurídico.
- Qualificar a hipótese submetida à apreciação;
- Saber se a mesma constitui uma situação inerente:
estatuto pessoal do agente de direito; situação de
natureza contratual; uma questão de forma;
problema sucessório;
- Recorrer a regra de conexão correspondente;
- Aplicação do direito de um ou outro sistema.
Teoria das Qualificações
DIPr – Classifica a situação ou relação
jurídica – regra de conexão correspondente
– aplicação do direito.

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Conflito de Qualificações
Conflito de Qualificações
A qualificação pode dizer respeito:
- Um acontecimento jurídico;
- Acto ou facto;
- Uma regra de direito interno;
- Regra de conexão
A qualificação dada a estes elementos nem sempre
coincidirá nos sistemas jurídicos eventualmete
aplicáveis à quaestio juris.
Sendo assim, teremos um conflito de qualifi-

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Conflito de Qualificações
cações, dificuldade para uma solução a um
problema de conflito de leis.
A mesma questão poderá ser qualificada
numa jurisdição como relativa à capacidade
da pessoa e, noutra como atinente à
validade de um contrato; o domicílio como
regra de conexão, pode ser conceituado
aqui de uma forma, noutro lugar, outra.
Levanta-se uma questão:
Que qualificação deve ser obedeceida pelo
juiz - a qualificação do sistema do foro
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Conflito de Qualificações
ou a qualificação do sistema jurídico
aplicável à espécie indicada pela regra de
conexão?
“O conflito de qualificação pressupõe uma
situação litigiosa submetida a juízes de
Estados diferentes que possuem as mesmas
regras de conflito de leis, mas por não
atribuirem o mesmo significado aos conceitos
utilizados (estado da pessoa, sucessões)
acabarão conecctando a mesma situação a
sistemas jurídicos diferentes” (RIGAUX apud
DOLINGER).
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Conflito de Qualificações
Exemplo de Etienne Bartin, 1897, da
jusrisprudência francesa:
O Casamento do grego ortodoxo
Um grego ortodoxo contrai nupcias civis com
uma francesa na França, sem considerar a lei
de seu país que exige uma celebração
religiosa (até a lei grega promulgada em 1982).
Este casamento será válido ou não?
Dependerá da qualificação que se der ao
dispositivo do Código grego. Se o juiz
considerar a exigência da celebração religi-

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Conflito de Qualificações
giosa como condição de fundo, e como na França
se submete a validade das nupcias à lei
nacional, a lei grega seria aplicável e o
casamento sem validade, mas se a norma grega
for considerada como uma condição de forma, a
solução dependerá da lex loci celebrationis, e
a lei francesa será a competente, sendo
considerado válido o casamento.
Direito grego – a regra como condição de fundo do
casamento;
Direito Francês - simplês condição de forma.
Conflito de Qualificações
Direito grego – considerava a regra como
condição de fundo do casamento;
Direito Francês - classifica-o como simplês
condição de forma.
Formação do conflito de qualificações.
Determinação da Lei Qualificadora
Importa decidir que sistema jurídico irá
qualificar.
A lei qualificadora e a lei aplicável são
distintas.
É perfeitamente possível que a lei
qualificadora seja a do foro, e, partindo
dessa qualificação, se venha a aplicar a lei
material de outro sistema jurídico;
Também pode acontecer que a lei
estrangeira qualifique uma situação jurídica
e disto decorra a aplicação da lei do foro.
Determinação da Lei Qualificadora
Métodos de Classificar a Qualificação
Em DIPr temos três teorias principais sobre a
escolha da lei qualificadora:
1. Qualificação pela lex fori
O aplicador da lei, deparando-se com uma
questão jurídica que extravasa a sua própria
jurisdição; ligada também a outro sistema
jurídico; verificando que a qualificação da
matéria não é idêntica em seu direito e no
direito estrangeiro aplicável; começar para a
qualificação de seu próprio direito.
Determinação da Lei Qualificadora
No caso do casamento civil do grego na França:
Saber se a questão é de capacidade ou de
forma;
A lei grega não admitia o casamento civil para
os gregos;
Em França admite-se o casamento civil;
A Grécia qualificava a questão como pertinente
à capacidade da pessoa, enquanto na França
a questão é qualificada como matéria de
forma de acto jurídico.
Determinação da Lei Qualificadora
As legislações grega e francesa a capacidade
da pessoa é regida pela lei da nacionalidade
e, as formas de acto jurídico são regidas pela
lei do lugar de sua celebração.
Que qualificação deveria ser seguida?
- A grega que qualifica a questão como de
capacidade. – aplicando o direito grego
levaria a considerar o casamento nulo.
- A qualificação francesa considera a questão
como de forma. – aplicar a lei francesa
levaria a decidir pela validade do acto.
Determinação da Lei Qualificadora
O juiz francês, em DIPr, executa três etapas:
- Qualificar a questão;
- Escolher o sistema jurídico aplicável (segundo
as regras de DIPr);
- Aplicar a norma jurídica pertinente deste
sistema jurídico.

O direito grego será aplicável - quando se


tratar de questão de capacidade.
O direito francês será aplicável – quando se
tratar de questão de forma.
Determinação da Lei Qualificadora
Qualificar de acordo com o direito francês (lex
fori ) é o mais lógico e racional segundo a 1ª
teoria.
Lex fori - a maioria dos internacionalistas
indicam que para melhor solução deve
aplicar –se a lei do fori.
Determinação da Lei Qualificadora
2. Qualificação pela lex causae
Solicitar o direito estrangeiro eventualmente
aplicável a qualificação da relação jurídica
que constitui o objecto do letígio.
Tomando o exemplo do casamento do grego:
As regras de DIPr francês, a capacidade é
regida pela lei da nacionalidade da pessoa;
Cabe a esta lei dizer o que se encerra dentro
da capacidade;
Se a lei grega inclui a questão do casamento
(civil ou religioso), é esta a qualificação que
Determinação da Lei Qualificadora
deverá ser seguida, aplicando-se o direito
grego e anulando-se o matrimónio.

Lex fori - a maioria dos internacionalistas


indicam que para melhor solução deve
aplicar –se a lei do fori.
Lex causae – a lei do ordenamento jurídico
que potencialmente seria aplicado a causa.
Determinação da Lei Qualificadora
Crítica à 2ª teoria:
O DIPr francês só determina a aplicação da lei
da nacionalidade para a questão da
capacidade e não para questões que ela
considera como de forma;
O casamento civil ou religioso é qualificado na
França, como questão de forma;
O direito grego jamais deveria ser tomado em
consideração.
Determinação da Lei Qualificadora
Conceitos autonómos e universais
O juiz não deve ficar preso a qualificação de determinadas
leis, seja do foro, seja da causa. Deve utilizar o método
comparativo (ir em busca de conceitos autonomos ,
diferentes dos conceitos internos e dotados de carácter
universal).
Para saber como se classifica um determinado facto, há
uma investigação de todos os sistemas jurídicos e
verificar qual é a maioria segue em relação aquele facto,
daí, sigo aquele ordenamento.

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Determinação da Lei Qualificadora
Adoptando este método (3ª teoria) não há espaço,
eliminar-se-iam os conflitos de qualificações no
plano internacional.
Para este método deve-se construir e interpretar a
norma de conflitos em função de todos os sistemas
jurídicos.
Este método permitie a aplicação de determinados
institutos, vigentes em certas legislações e
desconhecidos em outras (por exemplo o trust do
sistema anglo-saxónico).
Determinação da Lei Qualificadora
Não se confunda a qualificação e a
interpretação da lei estrangeira(arts.14 e 23
do CC de Moç.
Noções Qualificadores em Textos
Convencionais
Dispositivos dos Tratados de Montevideu de natureza
qualificadora:
- Qualificações de regras de conexão (definições sobre o
domicílio – Tratado de Direito Civil, 1889, art.82 do CC
de Moç);
- Tratado de Direito Comercial Terrestre, 1940 ( O
domicílio comercial é o lugar em que o comerciante ou a
sociedade comercial tem o assento principal de seus
negócios, art.43 do CC de Moç).
Noções Qualificadores em Textos
-
Convencionais
Convenção Interamericana, 1979 (Domicílio de
Pessoas Físicas em DIPr – O domicíio das pessoas
incapazes é o de seus representantes legais,
excepto em caso de abandono); o domicílio conjugal
é o local onde os esposos vivem juntos, sem
prejuízo do direito de cada esposo – art.52 do CC de
Moç.
- Convenção de Haia, 1956 sobre o reconhecimento
da Personalidade Jurídica das sociedades,
associações (sede - lugar
Noções Qualificadores em Textos
da administração Convencionais
central).
- Convenção de Haia, 1970 sobre o reconhecimento de
Sentenças de Divórcio e de Separação- requisito (que
o réu tenha sua residência habitual).
- Convenção de Haia, 1973, sobre a Lei Aplicável à
Responsabilidade pela Fabricação de Produtos
(Produtos: naturais e industriais em estado bruto ou
manufactuirados; prejuízos: às pessoas ou bens;
Pessoas: jurídicas ou físicas).
Bibliografia
BASSO, Maristela. Curso de Direito
Internacional Privado. São Paulo, Editora
Atlas, 2008.
DOLINGER, Jacob. Direito Internacional
Privado. Parte Geral. 5ª ed., Rio de Janeiro,
Editora Renovar, 1997.

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