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SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS


SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
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rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de


ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Francielle Jhessica Ferreira de Castro


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade tem como objetivo apresentar a importância do
trabalho para o ser humano, o processo evolutivo do trabalho na so-
ciedade e o surgimento dos conceitos de saúde ocupacional, demons-
trando as diretrizes, normas e conceitos relacionados a estes tópicos.
No primeiro momento, será explicado sobre o labor humano, os ris-
cos à saúde do trabalhador e o adoecimento relacionado ao trabalho.
Após, no segundo capítulo, estão apresentados alguns conceitos e
leis sobre os direitos e deveres dos trabalhadores, insalubridade e
periculosidade e o programa de gerenciamento de riscos. E por fim, no
último capítulo, serão tratados segurança e saúde do trabalhador bem
como alguns mecanismos legais que existem para assegurar que os
trabalhadores tenham os subsidios necessários para garantir sua saú-
de e segurança. Assim, espera-se que o aluno encontre neste material
teórico as informações necessárias para atuar na área de engenharia
de segurança do trabalho.
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Saúde Ocupacional. Labor Humano. Adoecimento. Engenharia de


Segurança do Trabalho.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
SAÚDE OCUPACIONAL

O Labor Humano: Processo Sócio-histórico do Trabalho _________ 13

Conceitos e Avanços da Saúde Ocupacional x Organização Inter-


nacional do Trabalho ____________________________________________ 17

Riscos envolvendo a Saúde Ocupacional do Trabalhador ________ 21

Adoecimento dos Trabalhadores e sua Relação com o Trabalho __ 25

Recapitulando ________________________________________________ 27

CAPÍTULO 02
DIRETRIZES RELACIONADAS AO TRABALHADOR

Direitos e Deveres dos Trabalhadores ___________________________ 31

Direitos Trabalhistas Assegurados ______________________________ 33


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Atividades Insalubres __________________________________________ 36

Gerenciamento de Riscos Ocupacionais ________________________ 42

Recapitulando _________________________________________________ 43

CAPÍTULO 03
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR

Segurança e Saúde no Trabalho _______________________________ 47

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Biossegurança no Contexto de Trabalho _________________________ 49

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA) ____ 52

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Me-


dicina do Trabalho (SESMT) _____________________________________ 54

Equipamento de Proteção Individual (EPI) _______________________ 57

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ________________________ 60

Recapitulando __________________________________________________ 61

Fechando a Unidade ____________________________________________ 65

Referências _____________________________________________________ 69
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Para garantir a sobrevivência, o homem começou a trabalhar
e o trabalho passou por diversas fases no decorrer da história. No prin-
cipio o homem trabalhava para garantir seu próprio sustento, e com
o passar do tempo, começou o sistema de trocas. Após, sugiram os
primeiros coméricios e assim foram evoluindo até que o sistema fosse
como nos dias atuais.
O processo de trabalho passou várias etapas ao longo da his-
tória da humanidade, que passam pelo feudalismo, pela escravidão, in-
dustrialização, trabalho remunerado, sindicalismo, entre outros.
O trabalho apresenta grande importância na vida das pessoas,
sendo ele fonte de renda das famílias, que garante que se tenha um lar,
mantimentos, vestimentas e qualidade de vida. Sendo assim, ele re-
presenta uma grande importância também ao sentimento humano, pois
quando o profissional se sente satisfeito e motivado em seu trabalho,
ele tende a ser produtivo e realizado.
Assim, o trabalho é compreendido como atividade do homem
que transforma a natureza e por ela é transformado, no intuito de suprir
as suas necessidades.
No entanto, a revolução industrial e os avanços tecnológicos
decorrentes dela, fizeram com que houvesse um crescimento do capita-
lismo e com isso surgiu um novo cenário de trabalho, no qual, os profis-
sionais que se encontram ali inseridos acabaram expostos à situações
prejudiciais à sua saúde.
Com isso, a partir do século XIX, medidas voltadas para a saú-
de do trabalhador começaram a ser discutidas e as empresas começa-
ram a implantar serviços de medicina para seus trabalhadores.
Neste momento, percebeu-se que o trabalho e a saúde estão in-
terligados. Entao, a partir daí começaram a ser implantadas as medidas de
prevenção aos agravos nos ambientes de trabalho, entre estas a regula-
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mentação da lei no 8.080/90, que “dispõe sobre as condições para a pro-


moção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamen-
to dos serviços correspondentes e dá outras providência”. (BRASIL, 1990).
Para cuidar da saúde dos trabalhadores e cumprir a lei, garan-
tindo melhores condições de trabalho aos trabalhadores, surgiu a saúde
ocupacional, que seria responsável por desenvolver e executar ações
voltadas à promoção da saúde dos trabalhadores no seu labor. A partir
de então, os trabalhadores começaram a ser vistos como individuos
que necessitavam de auxilio médico especializado e que as empresas
de fato deveriam investir em medidas de protenção para evitar não só
acidentes, como as doenças ocupacionais.
Nesta unidade serão apresentados o processo sócio históri-
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co do trabalho, o adoecimento dos trabalhadores e sua relação com o
ambiente de trabalho e as formas e métodos de prevenção à saúde e
segurança do trabalhador.
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SAÚDE OCUPACIONAL

O LABOR HUMANO: PROCESSO SÓCIO-HISTÓRICO DO TRABALHO SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

O trabalho é compreendido como um ponto fundamental na


construção da identidade social dos indivíduos, considerando que este
ato favorece a sobrevivência e a produção econômica da população
(OLIVEIRA, 2010).
Em português a palavra trabalho se origina do latim tripalium,
que por sua vez, era um instrumento feito de três paus aguçados, no
qual os agricultores batiam os cereais para processá-los (ALBORNOZ,
2004, p.10). Entretanto, a maioria dos dicionários registra tripalium ape-
nas como instrumento de tortura.
Para se contextualizar a saúde do trabalhador se faz necessá-
rio conhecer sobre a história e entender que o trabalho caminhou junto
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com o desenvolvimento da sociedade, fazendo parte de diferentes civi-
lizações e dos diversos períodos históricos do mundo. Assim, desde a
antiguidade, o homem se relacionou e/ou subordinou às mais variadas
formas e condições de trabalho, sejam eles escravos, servos ou arte-
sãos (VERA, 2006; ATÍDE, 2012).
Neste aspecto, a história do trabalho pode ser discutida em diver-
sos pontos históricos como a escravidão, a evolução do trabalho, a indus-
trialização, o assalariamento, o sindicalismo, entre outros (VERA, 2006).
Portanto, ao se buscar uma definição da origem da palavra “tra-
balho”, pode-se observar que a ela vem do latim tripalium, que por sua
vez era um instrumento de tortura composto por três (tri) paus (pallium)
que tinha como objetivo torturar réus e segurar cavalos por ocasião de
ferrar (SOIBELMAN,1981).
Neste sentido, considerava-se o trabalho como um método de
punição aos servos que não aderiam às atribuições impostas para cada in-
divíduo. O ato de trabalhar era visto como uma submissão, onde os traba-
lhadores derrotados nas batalhas se tornavam escravizados, considerando
que o trabalho não dignificava o homem. Assim, a escravidão estava asso-
ciada como um ato justo e necessário para a alta sociedade (ATÍDE, 2012).
Ao analisar o desenvolvimento do trabalho no Brasil, observa-
mos que ele se divide em três pontos históricos: sendo o primeiro carac-
terizado pela independência do Brasil até a abolição da escravatura em
1888, onde o sistema de trabalho era desumano e violento aos trabalha-
dores/escravos; o segundo se constituiu da abolição até a era Getúlio
Vargas em 1930, neste período foi implementado o modo de produção
assalariado e algumas leis, no entanto, essas não asseguravam benefí-
cios ao trabalhador. Apenas no início do século XX que foram surgir mo-
vimentos de organização do trabalho, tendo reivindicações mais expres-
sivas referentes às melhores condições de trabalho, redução da jornada
de trabalho e salários mais justos (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2005).
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E o terceiro momento entre a era Vargas até os dias atuais,


sendo um momento de grandes avanços e busca pelos direitos dos
trabalhadores, como a criação do ministério do trabalho e de diversos
decretos que passaram a regulamentar as relações de trabalho que es-
tão em vigor até os dias atuais (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2005).
Assim, o trabalho é compreendido como atividade do homem que
transforma a natureza e por ela é transformado, no intuito de suprir as suas
necessidades. Podemos constatar, então, que existe uma lógica dialética
entre trabalho e organização social da humanidade (ATÍDE, 2012).
No entanto, com o passar dos tempos à população foi se de-
senvolvendo e o trabalho cada vez mais presente no cotidiano das pes-
soas, pois, o mesmo é visto como algo necessário para suprir as neces-
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sidades humanas.
Desta forma, durante o período da Idade Média, o sistema de
trabalho e econômico era basicamente restrito ao feudalismo, onde as
riquezas da sociedade estavam interligadas a produção gerada pela
terra (MIRANDA, 2012).
Portanto, como não existiam mais escravos neste período, os
senhores feudais subdividiam suas terras em pequenas faixas para os
servos, que estes compartilhavam delas por meio de sua mão de obra.
Assim, os servos cultivavam e residiam nesse ambiente, no entanto,
entregavam as colheitas de suas faixas inteiramente para os senhores
feudais, considerando um ato apropriado, já que eles eram os donos da
terra (MIRANDA, 2012).
Com o evoluir da história e a chegada da revolução industrial o
modo de trabalho também se modificou, passando do processo agríco-
la e artesanal para um novo cenário de trabalho a industrialização nas
grandes capitais do mundo.
Neste sentido, após a revolução industrial o trabalho é consi-
derado como algo de estrema importância para o desenvolvimento do
homem, sendo que o mesmo define a identidade e a existência de cada
sujeito (MOREIRA, 2011).
De acordo com Ataíde (2012), o mesmo menciona que entre
as inúmeras funções envolvendo o trabalho, este desenvolve o cres-
cimento pessoal e individual das pessoas, por meio da capacidade de
pensar, sentir e se relacionar, ampliar e aperfeiçoar a sua inteligência e
suas relações sociais.
Vindo de encontro com o legado marxista, onde o mesmo
menciona que o trabalho se efetivará sempre como condição eterna do
homem de transformar a natureza para satisfazer suas necessidades,
sempre no interior e por meio de uma forma específica, historicamente
determinada, de organização social (MORAES, 2010).
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Segundo Marx (1996, p. 297) o conceito de trabalho como o


processo entre homem e natureza, no qual o homem por sua própria
ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Assim,
a partir da revolução industrial, houve um êxodo rural e um crescimento
exagerado nos centros urbanos, alterando assim o metabolismo do ho-
mem, o que condicionou o trabalhador a suportar péssimas condições
de trabalho, gerando um enriquecimento das indústrias, perante a ex-
ploração da mão de obra barata (CAVALCANTE, 2008).
Neste sentido, frente aos avanços das tecnologias e uma pro-
dução acelerada voltada para o capitalismo o cenário de trabalho come-
ça a repercutir em danos relacionados à saúde do trabalhador.
A preocupação com a saúde do trabalhador só passou a ser
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discutido no século XIX, onde um proprietário de uma fábrica pre-
ocupado com o desenvolvimento dos seus trabalhadores implementou
um serviço médico para atender seus funcionários.
A partir dos anos 70 e 80, inicia-se um processo de redemo-
cratização no Brasil, contudo, surgem movimentos de reforma sanitária,
visando novas vertentes para a saúde pública da população, incluindo
a saúde do trabalhador como um eixo temático entre as discussões
(BRASIL, 2006; SOUZA; VIRGENS, 2013).
Assim, o trabalho e o processo saúde/doença se interligam des-
de a antiguidade, mas só com a revolução industrial que este ganha uma
maior atenção no âmbito da saúde, até a consolidação como saúde do
trabalhador esta temática passou por um processo de construção e mu-
danças na terminologia, onde as primeiras discussões surgiram como
medicina do trabalho, depois saúde ocupacional e, por último, saúde do
trabalhador (LOURENÇO; BERTANI, 2007; SANTO; FREITAS, 2009).
No entanto, a saúde do trabalhador só ganhou legitimidade a
partir da Constituição Federal de 1988, com a regulamentação da lei
no 8.080/90, onde incorporou que é dever do Sistema Único de Saúde
(SUS) atuar na assistência, vigilância e no controle de agravos à saúde
relacionados ao trabalho, sendo que esta assistência deve ser imple-
mentada na esfera municipal e coordenado regionalmente (QUILIÃO;
FASSA; RESTREPO, 2013; SOUZA; VIRGENS, 2013).

Indicação de leitura: Lei n° 8.080/90


Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/
lei/1990/lei-8080-19-setembro- 1990-365093-normaatualizada-pl.pdf
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Portanto, a terminologia saúde do trabalhador é um eixo temá-


tico da saúde pública, que visa compreender cientificamente as rela-
ções entre o trabalho e o processo saúde/doença (BRASIL, 2001). As-
sume que saúde do trabalhador é campo de práticas e conhecimentos
cujo enfoque teórico-metodológico, no Brasil, emerge da saúde coletiva,
buscando conhecer e intervir nas relações trabalho e saúde-doença,
tendo como referência central o surgimento de um novo ator social: a
classe operária industrial, numa sociedade que vive profundas mudan-
ças políticas, econômicas e sociais (GOMEZ; LACAZ, 2005).
Neste sentido, Souza e Virgens (2013) caracterizam a saúde
do trabalhador como um campo de práticas e conhecimentos que bus-
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cam conhecer e intervir nas relações de trabalho e saúde-doença.
O processo de promoção e proteção da saúde consiste em um
conjunto de ações promovidas pelo serviço de saúde em conjunto com
a população com objetivo de promover melhores condições de saúde
ao indivíduo e a comunidade. (CAVALCANTE et al. 2008).

CONCEITOS E AVANÇOS DA SAÚDE OCUPACIONAL X ORGANIZA-


ÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

Assim, a saúde ocupacional só começa a ganhar ênfase quando


o mundo passa pelo processo da revolução industrial e por meio deste
marco, identificou-se a necessidade do desenvolvimento de métodos vol-
tado para a mitigação dos acidentes e lesões relacionados ao trabalho.
Por meio desta necessidade e frente as irregularidades asso-
ciadas ao trabalho, em 1919 a partir do Tratado de Versailles foi criado
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) tendo sua criação como
um grande marco histórico para o mundo, pois auxiliou no fim da primei-
ra Guerra Mundial. Com a implantação da OIT a mesma surgiu devido
a necessidade da implantação de um plano político visando assegurar
a paz mundial e sobretudo ofertar melhores condições humanas e qua-
lidade de vida no trabalho para a população.
A criação da OIT teve como intuito promover a justiça social
da população e, seu principal foco embasou-se no respeito dos direitos
humanos referente a classe trabalhadora.

Leitura recomendada:
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Tratado de Versailles:
Disponível em: https://idi.mne.gov.pt/images/pdf/primeira-
-guerra/TVersailes.pdf
Organização Internacional do Trabalho:
Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/
lang--pt/index.htm
Saúde ocupacional e saúde do trabalhador:
Disponível em:
https://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arqui-
vos/0568_0865_02.pdf

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Portanto, considera-se a OIT como uma organização tripartite
(envolvendo três esferas), tendo como base na sua formação indivíduos
que estão incluídos em diversos setores da sociedade como: órgãos
governamentais, trabalhadores e representantes dos trabalhadores, or-
ganização esta que desenvolve políticas, convenções, recomendações
e orientações voltadas para o bem estar dos trabalhadores.
Visando uma melhor aplicabilidade na prática dentro das insti-
tuições de trabalho a OIT desenvolve dois tipos de normas relacionadas
ao trabalho às convenções e recomendações. Apenas as convenções
podem ser ratificadas e, consequentemente, se transformam em dis-
positivos legais que devem ser respeitados pelos estados membros.
Já, as recomendações são utilizadas com mais frequência como com-
plementos de convenções, dando mais detalhes sobre o conteúdo de
uma norma ou estabelecendo uma norma superior à convenção. En-
fatiza-se que, as empresas/organizações empregatícias devem seguir
estas recomendações que são estabelecidas pela OIT.
Com a criação da OIT iniciam-se as discussões perante as
condições de trabalho e a saúde dos trabalhadores das empresas/in-
dústrias. Assim, surge a saúde ocupacional em 1950, após a criação da
saúde ocupacional a mesma, ao longo dos anos passou por diferentes
definições e conceitos.
Assim, inicialmente a saúde ocupacional era compreendida
como uma área especifica da medicina do trabalho, no qual, era vol-
tado para curar os agravos relacionados com o ambiente laboral, não
existindo medidas de prevenção e promoção da saúde destes traba-
lhadores. No entanto, com a expansão das tecnologias das empresas
fez com que os trabalhadores tivessem uma maior exposição aos fato-
res negativos relacionados ao trabalho e consequentemente um maior
adoecimento, fazendo com que, fossem desenvolvidas novas medidas
visando a prevenção e proteção dos trabalhadores.
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Portanto, surge um novo conceito de saúde ocupacional, o


qual deixa de ser uma área especifica da medicina do trabalho e passa
englobar uma atuação multiprofissional, visando a redução de riscos
nestes ambientes de trabalho.
Por meio da Conferência Internacional do Trabalho, em 1953,
foi elaborado a Recomendação no 97 documento este destinado a pro-
teção da saúde dos trabalhadores no seu contexto laboral.

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A saúde ocupacional nasceu com a Revolução Industrial
e é, em grande parte, fruto dos movimentos trabalhistas ingleses
que, principalmente após o "Massacre de Peterloo", resultou, em
1802, na primeira lei de proteção aos trabalhadores, a "Lei de Saú-
de e Moral dos Aprendizes". Não obedecida, por falta de um orga-
nismo fiscalizador, resultou, finalmente, na "Lei das Fábricas" de
1833, onde se cria o "Inspetorado de Fábricas", órgão governa-
mental que, pela primeira vez entra no interior das fábricas para
verificar se a saúde do trabalhador estava sendo protegida contra
os agravos do trabalho (NOGUEIRA, 1984).

Neste sentido, define-se saúde ocupacional como o desenvol-


vimento de ações visando a prevenção, promoção e redução de riscos
associados a saúde dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho,
bem como, promover o bem estar físico e psíquico e social destes tra-
balhadores. A saúde ocupacional é definida pela OMS e pela OIT, como:

A área que se dedica à promoção e manutenção do mais elevado padrão de


bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todos os setores de ativi-
dade, à prevenção das alterações de saúde provocadas pelas suas condições
de trabalho, à proteção dos trabalhadores contra os riscos resultantes de fatores
adversos, no seu local de trabalho, a proporcionar ao trabalhador, um ambiente
de trabalho adaptado ao seu equilíbrio fisiológico e psicológico (ISPUP, 2009).

De acordo com Moniz (2016), a principal atribuição/finalidade


dos serviços voltados a saúde ocupacional no contexto laboral é promo-
ver condições favoráveis de trabalho e assim, garantir/preservar e propor-
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cionar um ambiente com uma alta qualidade de vida no trabalho, proteger


a saúde dos trabalhadores, neste sentido, assegura-se que, os mesmo
possuam um bem-estar físico, psíquico e social, o que implicará na pre-
venção e controle dos acidentes de trabalho e nas doenças ocupacionais
por meio da redução dos riscos associados ao seu ambiente de labora.
E a terminologia relacionada a higiene ocupacional é compre-
endida como uma área destina a desenvolver atividades e ações visan-
do promover e proteger a saúde dos profissionais que se encontram
inseridos no ambiente trabalho aplicando medidas preventivas com o
intuito de minimizar acidentes.
Salienta-se que, a higiene ocupacional exerce uma importante
função no reconhecimento, avaliação e controle relacionado aos riscos
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associados aos ambientes laborais sejam eles químicos, físicos, bioló-
gicos e ergonômicos.

Norma regulamentadora – NR 7 - Estabelece a obrigatorie-


dade de elaboração e implementação, por parte de todos os em-
pregadores e instituições que admitam trabalhadores como em-
pregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
- PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos seus trabalhadores.
Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora
de serviço informar a empresa contratada dos riscos existentes e
auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de
trabalho onde os serviços estão sendo prestados.
Mais informações em: http://www.feg.unesp.br/Home/
cipa998/norma-regulamentadora-7.pdf

Estas recomendações foram estipuladas e elaborado pela OIT


e OMS o qual é assegurada pela Recomendação no 112, sendo esta
implementada as “Recomendações para os Serviços de Saúde Ocupa-
cional” garantindo assim, a proteção dos trabalhadores que estivem ou
não expostos a quaisquer riscos advindo do seu ambiente de trabalho.
A recomendação no 112 da OIT e da OMS sugere:

Proteger o trabalhador contra qualquer risco à sua saúde e que decorra do


trabalho ou das condições em que ele é cumprido. Concorrer para o ajusta-
mento físico e mental do trabalhador a suas atividades na empresa, através
da adaptação do trabalho ao homem e pela colocação deste em setor que
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atenda às suas aptidões. Contribuir para o estabelecimento e manutenção


do mais alto grau possível de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

Frente a estas medidas implementadas pela OIT e OMS o Brasil


em 1972, elabora uma Portaria no 3.237 no qual atribui obrigatoriedade
nas empresas com mais de 100 funcionários que seja assegurado serviço
de segurança e medicina do trabalho em todas as empresas em nível na-
cional, dando inicio assim a segurança do trabalhador (LIMA et al., 2017).
Assim, o Ministério da Saúde (2003) menciona que saúde ocu-
pacional é compreendida com um conjunto de ações, recomendações
e instruções elaboradas com o intuito de proteger, diminuir os riscos no
ambiente de trabalho e contudo, garantir uma boa qualidade de vida e
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saúde destes trabalhadores.
Por meio, destas constatações pode-se compreender que exis-
tem diversas definições concretas referente a saúde ocupacional, no
entanto, o que se deve considerar é que a saúde ocupacional é uma
área da saúde que deve desenvolver ações visando a minimização de
riscos para a saúde do trabalhador, por meio de ações de prevenção
de acidentes, medidas que auxiliam os trabalhadores a ter uma melhor
qualidade de vida dentro do seu ambiente de trabalho.
Vale enfatizar que a OIT é uma organização que está ligado a
Secretaria de Relações do Trabalho.

RISCOS ENVOLVENDO A SAÚDE OCUPACIONAL DO TRABALHA-


DOR

Sabe-se que, as condições de trabalho refletem positivamen-


te ou negativamente quanto ao processo saúde-doença do trabalhador
e muitas vezes quando este encontra-se inserido em um ambiente não
protetor, o trabalhador encontra-se exposto a um potencial adoecimento.
Portanto, compreende-se que, todo o processo de trabalho
apresenta alguma situação de risco, no qual pode expor o profissional a
acidente de trabalho e consequentemente o adoecimento do profissional.
Assim, é imprescindível que tenhamos uma noção referente aos
riscos ocupacionais, neste sentido, entende-se por risco ocupacional todas
as situações envolvendo o contexto de trabalho que de alguma forma pos-
sa interferir no equilíbrio físico, mental e social do trabalhador, ressalta-se
que, desta forma risco ocupacional não envolve apenas as situações que
possam gerar acidentes (CAMELO; GALON; MARZIALE, 2012).
No entanto, quanto aos fatores de risco ocupacional, deve-se
levar em consideração as seguintes características relacionadas com o
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ambiente de trabalho, como a intensidade da exposição do trabalhador,


o tempo de exposição naquele setor, a organização temporal da ativi-
dade desenvolvida, a duração do ciclo de trabalho, a distribuição dos
intervalos na jornada de trabalho ou a estrutura de horários (SERVILHA;
LEAL; HIDAKA, 2010).

Vale considerar que, entre os profissionais da área da saú-


de, a enfermagem é a classe profissional que apresenta uma maior
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concentração de trabalhadores e, consequentemente a que mais se
expõe aos riscos ocupacionais dentro das instituições de saúde,
seja na atenção primária, secundária ou terciaria. Portanto, essa ex-
posição se associa pelo fato da enfermagem ser uma categoria com
um maior número de profissionais, efetuam uma assistência direta
com o paciente e familiar, realizam cuidados diariamente/contínuo
utilizando esforços físicos, elevada carga de trabalho, equipamen-
tos inapropriados ou de difícil manuseio e a exposição direta aos
materiais: biológicos, químicos e físicos (RODRIGUES et al., 2017).

Também deve-se considerar que, entre os trabalhadores, prin-


cipalmente os que estão inseridos na área da saúde, estes estão ex-
postos diariamente aos riscos ocupacionais como os riscos químicos,
físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
Neste sentido, para que ocorra uma maior compreensão rela-
cionada aos riscos ocupacionais exemplifica-se que, riscos químicos são
aquele que envolve fatos associados as substâncias, produtos ou compos-
tos que penetrem no organismo do trabalhador, risco físico, ruídos, calor,
frio, pressão, umidades, iluminação, vibração, risco biológicos, bactérias,
fungos, vírus “materiais biológicos”, risco ergonômicos, repetitividade na
execução das atividades, levantamento de peso, postura inadequada, rit-
mo excessivo de trabalho, mecânicos quedas, objetos cortantes, aciden-
tes, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, como também os
riscos associados a saúde mental (SOUZA; CORTEZ; CARMO, 2017).
Frente a estes riscos foram criadas e desenvolvidas normas regu-
lamentadoras. A Norma Regulamentadora nº 32 contém medidas de pro-
teção à saúde dos profissionais da área de saúde e contém as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à
saúde desses profissionais, tanto em hospitais e similares, quanto daque-
les que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

No Brasil e no mundo, essa é a primeira norma criada para estabelecer


diretrizes básicas para a implementação das medidas de proteção à se-
gurança e à saúde dos trabalhadores na área da saúde (BRASIL, 2005).
Assim, a NR 32 apresenta os seguintes conceitos para o risco
biológico, neste sentido considera-se risco biológico quando o profissio-
nal possui uma vulnerabilidade ocupacional e agente biológicos.
Considera-se risco biológico a probabilidade da exposição ocu-
pacional a agentes biológicos: os microrganismos, geneticamente modifi-
cados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons.
Quanto ao risco químico é compreendido como a exposição do
trabalhador a agentes químicos entre estes destacam-se substâncias,
compostos ou produtos químicos sejam elas líquida, sólida, plasma, va-
22
por, poeira, névoa, neblina, gasosa e fumo, drogas de risco (aquelas
que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicida-
de e toxicidade séria e seletiva sobre órgãos e sistemas, p. ex.: gases
e vapores anestésicos e quimioterápicos antineoplásicos), podemos
também acrescentar nessa lista o talco e o látex pela alta incidência de
reações do tipo alérgica.
Também se conceitua risco físico, quando o profissional se
expõe no seu ambiente laboral as diferentes formas de energia como
ruído, vibrações, pressão anormal, iluminação, temperaturas extremas,
radiações ionizantes e não ionizante (BRASIL, 2005).
Já o risco ergonômico é compreendido quando a atividade la-
boral desencadeia problemas associados a integridade física ou mental
do trabalhador, o que gerará desconforto e um agravo a saúde. Portanto
os fatores que estão associados ao risco ergonômico são esforço físico,
levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produ-
tividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada
de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade e imposição de rotina
intensa (MESQUITA et al., 2016).
Risco psicológico podem ser definidos como um potencial agra-
vo que afeta a saúde física, mental e social do trabalhador, tendo como
fator de origem as condições de trabalho no qual o trabalhador encon-
tra-se inserido, seja por meio dos fatores organizacionais e relacionais
que podem interagir com o funcionamento mental e bem-estar psicos-
social do trabalhador. Portanto, o risco psicossocial está associado com
a interação entre o trabalho, ambiente e a satisfação do trabalhador
com seu ambiente de trabalho e as condições físicas e organizacionais.

SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Para melhor compreensão referente às normas regulamen-


tadoras sugere-se a leitura na íntegra da NR2 link. http://trabalho.
gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR32.pdf.
Assim, realize a seguinte reflexão:
Quais são as medidas de proteção eficazes para os profis-
sionais quanto aos riscos biológicos, químicos e físicos?

Vale ressaltar que, quando as instituições empregadoras não


possuem medidas preventivas para promover um ambiente de trabalho
mais harmonioso e com uma maior qualidade de vida do trabalhador es-
tes encontram-se mais expostos para apresentarem afastamentos pre-
23
coce das suas atividades laborais, perda parcial ou total da sua capaci-
dade em desenvolver a sua função dentro daquela instituição e muitas
vezes levando ao absentismo ou para o presenteísmo. Considerando
que o ambiente ocupacional da área da saúde é insalubre e o profissio-
nal sempre estará exposto a riscos oriundo da sua prática profissional,
existem medidas que podem minimizar a exposição a estes riscos
como a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Acidente de trabalho – efeito danoso para a pessoa, verifi-


cado pelo exercício do trabalho. Isto é, tudo quanto, por este exer-
cício, venha a determinar, direta ou indiretamente, lesão corporal,
perturbação funcional ou doença;
Lesão - Qualquer alteração de uma estrutura orgânica, que
pode evoluir para redução de mobilidade, sequela provisória ou per-
manente, ou o óbito, porém diferenciando-se de patologia ou afecção;
Riscos ocupacionais – todas as situações de trabalho que
podem romper o equilíbrio físico, mental e social das pessoas, e
não somente as situações que causem acidentes e enfermidades;
Serviços de saúde - qualquer edificação destinada à pres-
tação de assistência à saúde da população, e todas as ações de
promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde
em qualquer nível de complexidade.

Vale ressaltar que, as patologias associadas ao ambiente de


trabalho estão organizadas segundo a taxonomia da Classificação In-
ternacional de Doenças (CID- 10).
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

De acordo com dados da Previdência Social no ano de


2013 foram registrados cerca de 737 mil acidentes do trabalho no
Brasil. Entre estes casos aproximadamente 14.837 acarretou em
incapacidade permanente, tendo que se afastar das atividades la-
borais e 2.797 desencadeou em óbitos (ARCANJO et al., 2018).

Conceitua-se acidente de trabalho como aquele que acontece


24
no exercício do trabalho a serviço da empresa, o qual pode provocar
lesão corporal ou perturbação funcional, e assim, causar morte, perda,
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
Também é considerado acidente de trabalho aquele que ocorre
quando o trabalhador está prestando serviço por ordem da empresa,
seja ele dentro ou fora dela, no trajeto entre a casa do trabalhador e o
local de trabalho, em viagem a serviço da empresa ou as doenças oca-
sionadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições de trabalho.

Toda vez que ocorrer um acidente, ele deve ser avaliado,


analisado e investigado, a fim de identificar as causas e possíveis
providências para evitar sua reincidência. Todo acidente é causa-
do e não simplesmente acontece.

O acidente de trabalho se deve principalmente a duas causas:


o ato inseguro e a condição insegura, combinados ou não. Vários são
os casos de acidente de trabalho, podem ocorrer por condição insegura
ou por falta cometida pelo empregado contra as regras de segurança.

ADOECIMENTO DOS TRABALHADORES E SUA RELAÇÃO COM O


TRABALHO

O trabalho possui um importante papel dentro de uma socie-


dade e na vida do ser humano, e este muitas vezes se associa a uma
satisfação pessoal e realização ocupacional, no entanto, o trabalho ele
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

pode desencadear fatores positivos para o trabalhador como o prazer


em exercer suas atribuições, contudo, também pode gerar estresse, alie-
nação, insatisfação, angústia e sofrimento psíquico. Todos estes fatores
negativos favorecem e deixam o profissional vulnerável para o adoeci-
mento ocupacional. Ressalta-se que, quando ocorre um sofrimento no
contexto de trabalho este se associa a “uma falha na intermediação entre
as expectativas do trabalhador e a realidade imposta pela organização de
trabalho” (FERREIRA; MEDEIROS; CARVALHO, 2017).

De acordo com Brey et al., (2017), o adoecimento ocupacional


esta associado com a forma com que o processo de trabalho é organi-
zado e realizado dentro das instituições.
25
O adoecimento ocupacional é um fator tão preocupante e cada
vez mais presente no contexto atual que, muitas vezes estes profissionais
não identificam que se encontram em sofrimento laboral por não consegui-
rem identificar precocemente seus sintomas de adoecimento ou exaustão,
ou pelo fato de muitas vezes estarem inseridos na rotina que não se lem-
bram de cuidar de si mesmo, não percebendo assim, o adoecimento.
Somado a isso, outros fatores favorecem para o aumento do
adoecimento dos trabalhadores como o aumento da violência, seja ela
física ou verbal, sobrecarga mental (ansiedade, insatisfação, exaustão e
estresse) e física, baixos salários, condições precárias de trabalho e os
problemas na organização do trabalho (MONTEIRO et al., 2013). Todos
estes fatores podem favorecer para o adoecimento ou gerar ausências
do ambiente de trabalho por meio de licenças médicas ou o absenteísmo.
Entre as principais causas de afastamento dos trabalhadores
evidenciam-se os problemas de origem mental, causa esta que vem
aumento nos últimos anos devido a exposição psicológica que muitos
trabalhadores sofrem no cotidiano laboral.

A Organização Mundial da Saúde mostra que os transtor-


nos mentais podem atingir até 40% dos trabalhadores, sendo que
30% são considerados transtornos “menores”, e entre 5% e 10%
são de nível grave (SILVA; BERNARDO; SOUZA, 2016).
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

26
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
(ANO: 2020 BANCA: ADM&TEC ÓRGÃO: PREFEITURA DE ÁGUA
BRANCA - AL PROVA: ADM&TEC - 2020 - PREFEITURA DE ÁGUA
BRANCA - AL - VIGILANTE ESCOLAR)
I. Quando o colaborador se sente seguro em seu ambiente de tra-
balho, ele aumenta as chances de desempenhar suas atividades
com mais foco e sem outras preocupações com sua segurança, de
acordo com o texto.
II. Investindo na prevenção, consequentemente a organização re-
duz o número de acidentes, garantindo assim a integridade mental
e física do trabalhador, de acordo com o texto.
Marque a alternativa CORRETA:
a) As duas afirmativas são verdadeiras.
b) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
c) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
d) As duas afirmativas são falsas.

QUESTÃO 02
(ANO: 2020 BANCA: INSTITUTO BRASILEIRO DE APOIO E DESEN-
VOLVIMENTO EXECUTIVO – IBADE PROVA: IBADE - PREFEITURA
- FISCAL - 2020)
Seja no dia a dia com a família ou na rotina do trabalho, é necessário
dar especial atenção às boas práticas de higiene ao bom comporta-
mento pessoal, pois muitos microrganismos habitam o nosso corpo.
São hábitos essenciais para manter a higiene pessoal:
I- usar uniformes sempre limpos.
II- usar sempre sandálias abertas.
III- usar os cabelos sempre protegidos com toucas ou redes.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

IV- barbear-se (homens) pelo menos uma vez por semana.


V- tomar banho diariamente.
Dos itens acima descritos, estão corretos, apenas:
a) I, II.
b) II, III.
c) III, IV, V.
d) I, III, V.
e) II, IV, V.

QUESTÃO 03
(ANO: 2018 BANCA: CEV-URCA ÓRGÃO: PREFEITURA DE MILA-
GRES - CE PROVA: CEV-URCA - 2018 - PREFEITURA DE MILA-
27
GRES - CE - TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)
(Concurso Milagres/2018) A área de segurança do trabalho é multi-
disciplinar, sendo composta por profissionais de vários níveis: en-
genheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermei-
ro do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho e técnico em
segurança do trabalho. Esses profissionais deverão desempenhar
as seguintes funções, EXCETO:
a) Eliminar e neutralizar os riscos existentes nos ambientes de trabalho
promovendo constantemente a saúde dos funcionários.
b) Determinar o uso de equipamentos de proteção individual quando,
após todos os meios técnicos disponíveis, não for possível a eliminação
dos riscos.
c) Exigir o pagamento de horas – extra para os funcionários e insalubri-
dade perante os riscos químicos e biológicos.
d) Desenvolver campanhas educativas dentro das empresas, visando a
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
e) Orientar quanto à correta aplicação de todas as normas regulamen-
tadoras aplicadas às empresas.

QUESTÃO 04
(ANO: 2021 BANCA: CESPE / CEBRASPE ÓRGÃO: SEED-PR PRO-
VA: CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEED-PR - PROFESSOR - PRO-
DUÇÃO INDUSTRIAL)
Conjunto de atividades que se destina, por meio das ações de vi-
gilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e à pro-
teção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação
e à reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e
agravos advindos das condições de trabalho.
O texto apresenta o conceito legal de
a) saúde ocupacional.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

b) qualidade de vida no trabalho (QVT).


c) medicina do trabalho.
d) gestão ocupacional.
e) saúde do trabalhador.

QUESTÃO 05
(ANO: 2022 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRT - 4ª REGIÃO (RS) PROVA:
FCC - 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ESPE-
CIALIDADE: MEDICINA (DO TRABALHO))
A organização deve adotar medidas de prevenção para eliminar,
reduzir ou controlar os riscos ocupacionais, obedecendo a hierar-
quia recomendada pelas normas regulamentadoras. A última medi-
28
da prevista nesta hierarquia é a
a) adoção de medidas de caráter administrativo.
b) adoção de medidas de proteção coletiva.
c) utilização de equipamento de proteção individual.
d) adoção de medidas de organização do trabalho.
e) eliminação do risco com mudança do processo produtivo.

QUESTÃO DISSERTATIVA
Diferencie os tipos de riscos ocupacionais apresentados nessa unidade
e exemplifique-os.

TREINO INÉDITO
O Programa de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional (PCM-
SO) está regulamentado por qual norma?
a) NR 32
b) NR 7
c) NR 6
d) NR 5
e) NR 4

NA PRÁTICA
Agora que você entende a importância da saúde ocupacional e a res-
ponsabilidade da empresa diante dela, saiba que é fundamental unir as
práticas ocupacionais a saúde assistencial. Essa é a melhor maneira de
garantir um programa de saúde integrado e efetivo.
Para isso, existem algumas ações que podem ser realizadas nas em-
presas. Veja alguns exemplos:
1. Não existe empresa saudável e segura que não leve em conta as ques-
tões ergonômicas. Uma equipe que trabalha por um longo tempo sentada,
por exemplo, precisa de um mobiliário específico e ajustes ergonômicos
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

adequados para minimizar os riscos de desenvolver doenças ocupacio-


nais. De maneira semelhante, os profissionais que carregam peso durante
a atividade laboral precisam de equipamentos e orientações ergonômicas
para evitar problemas na coluna ou outras doenças ocupacionais.
2. Realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SI-
PAT). Ela é organizada pela CIPA e ocorre, obrigatoriamente, uma vez por
ano na empresa. Esse é um momento adequado para reforçar medidas
protetivas de segurança, como uso de EPIs, assim como promover a re-
ciclagem dos conhecimentos, promover questões relacionadas à saúde.
3. Realizar a ginástica laboral é uma excelente alternativa e pode ser
feita coletivamente e no próprio local de trabalho. Podem ser feitas no
DDS ou em pequenas pausas durante o trabalho, e são fundamentais
29
para evitar problemas nos músculos e articulações, mesmo em ambien-
tes ergonomicamente adequados.
4. Criar um programa de acompanhamento nutricional e promover medidas
para uma alimentação saudável, é fundamental na promoção da saúde.
5. A realização dos exames médicos ocupacionais, é prevista por lei,
mas a empresa pode optar por realizar exames complementares aos
exames ocupacionais.

NA MÍDIA
OIT DEFENDE A ADOÇÃO DE SISTEMAS DE SEGURANÇA E SAÚ-
DE OCUPACIONAL RESILIENTES PARA LIDAR COM FUTURAS
EMERGÊNCIAS
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, é necessário
melhorar as políticas nacionais de segurança e saúde no trabalho, bem
como os respectivos quadros institucionais e normativos, e facilitar sua
integração com as medidas de resposta a crises.
Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
publicado para o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho (28 de
abril), é necessário que os países implementem sistemas de segurança
e saúde no trabalho (SST) robustos e resilientes, a fim de mitigar os ris-
cos enfrentados por todas as pessoas no mundo do trabalho em futuras
emergências de saúde.
Isso requer investimentos em infraestruturas de SST e a sua integração
aos planos gerais de preparação e de resposta a crises nacionais, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e das traba-
lhadoras, e a facilitar a continuidade dos negócios das empresas.
Saiba mais lendo a notícia na integra.
Fonte: OIT Brasília
Data: 27 abr. 2021.
Leia a notícia na íntegra:
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_783763/lang--pt/index.htm

30
DIRETRIZES RELACIONADAS AO
TRABALHO

DIREITOS E DEVERES DOS TRABALHADORES SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

A legislação trabalhista abrange considerações gerais das prin-


cipais normas trabalhaistas a que os profissionais da área de segurança
e medicina do trabalho devem atentar-se, uma vez que envolvem regra-
mentos de proteção a saúde do trabalhador.
Sabe-se que o trabalho faz parte do contexto social do ser hu-
mano em uma sociedade, neste sentido, é de extrema importância que
os trabalhadores tenham consciência de seus direitos e deveres dentro
das instituições de trabalho.
Frente a este aspecto, se faz necessário compreender que,
uma atividade laboral deve-se iniciar por meio de um contrato de traba-
lho, contrato este que é quando ocorre um acordo de vontade entre dois
3131
individuos: o empregado (quem vai prestar o serviço) e o empregador
(aquele que irá oferecer o local de trabalho, podendo ser uma pessoa fí-
sica, uma empresa, uma forma individual, uma associação, ou qualquer
outra espécie de organização). Ressalta-se que, é por meio deste con-
trato que o empregado e o empregador irão decidir quais as atribuições
o empregado terá que cumprir naquela instituição.

Leitura recomendada:
Artigo: Direitos trabalhistas no Brasil: uma aproximação
crítica
Link: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/hand-
le/123456789/180026/101_00256.pdf?seque nce=1&isAllowed=y

Existem alguns tipos de contrato de trabalho:


- Contrato por tempo determinado;
- Contrato por tempo indeterminado;
- Contrato de trabalho eventual;
- Contrato de estágio;
- Contrato de experiência;
- Contrato de teletrabalho;
- Contrato intermitente;
- Contrato de trabalho autônomo.
Nesta unidade, vamos discorrer sobre três desses tipos de
contratos, o contrato por tempo indetermindado, por tempo determinado
e de experiência.
- Contrato por tempo indeterminado: é definido quando o em-
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

pregado possui uma data estipulada de entrada naquele emprego, no


entanto, não existe um período de encerramento deste contrato, o tra-
balhador permanece até que ocorra algum evento que leve ao desliga-
mento ou o mesmo entre com o pedido de desligamento/encerramento
de contrato.
- Contrato de trabalho por tempo determinado: caracterizado
pela existência de um período determinado para o encerramento do
contrato com o empregado; existe um período pré-estabelecido com
data de início e término. Enfatiza-se que, quando o empregado for exo-
nerado sem justa causa/identificação do motivo que levou ao desliga-
mento o empregador tem obrigação em pagar uma indenização no valor
da metade dos salários que seriam pagos até o término deste contrato.
32
- Contrato de experiência: este é um contrato destinado a iden-
tificar se o funcionário/empregado possui o perfil ou as características
laborais que o empregador busca para contemplar aquela vaga. Salien-
ta-se que, o contrato de experiência não deve exceder o prazo máximo
de 90 dias.
Assim, o contrato de trabalho é o pacto de execução sucessiva
estabelecido para durar no tempo, sujeito a certas mutalidades, em inte-
resse das partes. É evidente que as alterações do contrato de trabalho
são possíveis desde que não resultem em prejuízos do próprio trabalha-
dor, sob pena de nulidade segundo se infere do artigo 468 da CLT, mes-
mo que o trabalhador tenha consentido na alteração. Isso se explica pelo
fato de que enquanto pendente o contrato e a necessidade do trabalho,
posto que reflete a subsistência do trabalhador, sua concodância vem
viaciada por medo e insegurança quanto à manutenção do emprego.

DIREITOS TRABALHISTAS ASSEGURADOS

Salário é o valor pago referente aos serviços prestados pelo


empregado para o empregador, este pode ser estabelecido por unidade
de tempo (mês, semana, dia ou hora), por unidade de produção (ou
de obra), por peça produzida, por comissão sobre venda ou por tarefa,
sendo que este salário/valor não pode ser pago inferior ao fixado por lei
“salário mínimo”; este deve ser pago/efetuado até o 5º dia útil de cada
mês (CLT art. 459, §1º).
Jornada de trabalho é caracterizado pelo período de tempo em
que o empregado permanece em seu ambiente de trabalho/prestando
serviço para a instituição. O empregado possui um período de no má-
ximo 8 horas diárias de trabalho ou em regime de 44 horas semanais.
A jornada de trabalho vem explicitada não por parâmetros de
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

horários de entrada e saída, disciplina que apresenta algumas variações


a depender de cada organização empresarial, mas pelo limite de labor
imposto pela norma celetista, essa explicitada no artigo 58 da CLT, que
dispõe: “A duração normal de trabalho para os empregados em qualquer
atividade privada não excederá de oito horas diárias, desde que não seja
fixado expressamente outro limite”. O outro limite a que se refere o texto
legal acima transcrito é aquele que se ajusta entre empregado e empre-
gador segundo o interesse de ambos, porém, atende sempre ao limite
de oito horas diárias. Nada impede que determinado profissional ajuste
contrato com tempo de atividade de 6, 7 ou menos horas de trabalho,
porém, jamais em tempos superior a 8 horas. Há casos em que a própria
lei estabelece limite menor que oito horas, dada a atipicidade a que são
33
inerentes as funções, como é o caso, entre outros, da telefonista.
Intervalos durante o período em que o empregado desenvolve
suas atividades laborais o mesmo possui o direito de realizar intervalos
para repouso e alimentação “intervalo intrajornada”. Este período de in-
tervalo intrajornada é estipulado pela carga horária diária que o trabalha-
dor executa na instituição. Portanto, para jornadas de 8 horas, intervalo
de 1 a 2 horas e jornadas de 6 horas o intervalor deve ser de 15 minutos.
A manutenção do intervalo mínimo interjornada encontra res-
paldo no fato de que o trabalho desenvolvido longamente pode levar à
fadiga física e psíquica, o que conduz à insegurança do trabalhador e,
considerada a natureza de certas atividades, à insegurança de tercei-
ros e do patrimônio das empresas e do Estado, sendo que a redução
de acidentes do trabalho está relacionada à capacidade de atenção do
trabalhador no serviço (SAVAREGO; LIMA, 2013).

Mães com filhos pequenos em fase de aleitamento têm di-


reitos a intervalos especiais para amamentarem seus filhos.

Horas extras é constituído quando o trabalhador se mantém no


ambiente laboral além da jornada contratual. Deve-se considerar que,
quando o profissional realiza hora extra o mesmo não deve ultrapassar
duas horas, exceto nos casos de força maior ou necessidade imperiosa.
Em caso de prorrogação do horário normal há que se atentar
para que o preceitua o artigo 384 da CLT, com relação ao trabalho da
mulher: “Em caso de prorrogação do horário normal, será obrigatório
um descanso de 15 (quinze) minutos no mínimo, antes do início do pe-
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

ríodo extraordinários do trabalho.

Na prorrogação do trabalhão do empregado do sexo mas-


culino não se exige um descanso de 15 minutos.

Trabalho noturno é quando o trabalho é realizado no período


noturno entre as 22:00h as 05:00h, este trabalhador possui o direito de
receber um bônus devido a sua jornada de trabalho.
34
Hora noturna: A hora normal tem a duração de 60 minutos
e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é
computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. Assim sen-
do, considerando o horário das 22h às 05h, temos 7 horas-relógio
que correspondem a 8 horas de trabalho noturno.
Valor da hora trabalhada: Acréscimo (chamado adicional
noturno) de 20% sobre as horas trabalhadas. Quando o trabalhador
recebe o adicional noturno, esta percentagem também será incorpo-
rada nos demais recebimentos como férias, 13º salário, FGTS, etc.

Considera-se o trabalho noturno mais desgastante e incompatí-


vel com a natureza humana. Daí se justifica que a hora do trabalho notur-
no será computada como de 52 minutos e 30 segundos. O horário notur-
no é o executado entre as 22 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte.
As condições em que o trabalho é desenvolvido, nesse perío-
do, devem merecer especial atenção por parte dos empregados e dos
profissionais que militam na área de segurança e medicina do trabalho.
O trabalhador noturno deve merecer, por parte das empresas, atenção
especial, pois está mais sujeito ao desgaste que a maioria dos demais
trabalhadores e essa situação pode conduzi-lo a atitude inseguras, por
vezes desmedidas, mediante o estresse desencadeado pelo sistema e
horário de trabalho (SAVAREGO; LIMA, 2013).
Férias após um ano de trabalho, todo o trabalhador passa a ter
direito a um período de até 30 dias para descanso e lazer, sem deixar de
receber seu salário. Se o funcionário completar dois anos sem sair de
férias, ele passa a ter o direito de recebê-la em dinheiro. Nestes casos,
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

receberá pelas férias vencidas e não tiradas, duas vezes o valor de seu
salário. Este também tem o direito de receber uma remuneração de pelo
menos, dois terços a mais do que seu salário normal.

Se o trabalhador não tiver mais de 5 faltas injustificadas no


ano, terá direito à 30 dias de férias. Quando houver mais de 5 faltas
injustificadas, o trabalhador terá seu período de férias reduzido.
6 a 14 faltas: 24 dias corridos de férias;
35
15 a 23 faltas: 18 dias corridos de férias;
24 a 32 faltas: 12 dias corridos de férias;
Acima de 32 faltas: não tem direito às férias.

Décimo terceiro salário é implementado como um direito do traba-


lhador que por meio do art.7º da Constituição Federal de 1988, tendo este
como o pagamento de um salário extra ao trabalhador no final de cada
ano, que muitas vezes este é divido em 2 parcelas, bem como deverá ser
proporcional na cessação do vínculo empregatício resultante da aposenta-
doria do trabalhador, o qual, deve ser verificada antes de dezembro.
Licença-maternidade (ou licença-gestante) é benefício garanti-
do pelo 7º, XVII da Constituição, sendo que por meio desta a gestante
tem o direito da licença remunerado de 120 a 180 dias estabelecido pela
Lei 11.770/08;

ATIVIDADES INSALUBRES

Entende-se por atividades insalubres quando o empregado/


trabalhador por qualquer fator, natureza, condições ou métodos de tra-
balho, se exponha a agentes que nocivos à saúde em seu ambiente
ocupacional. Esta exposição insalubre se caracteriza quando o traba-
lhador encontra-se exposto acima dos limites de tolerância e tempo de
exposição aos seus efeitos.
A atividade de insalubridade caracteriza-se por meios dos cri-
térios de classificação dos agentes nocivos, limites de tolerância e o
tempo máximo de exposição, assegurado pela NR 15. Esta eliminação
ou neutralização da insalubridade ocorrerá quando:
– As medidas aplicadas para a adoção de um ambiente de tra-
balho seguro esteja dentro dos limites de tolerância (NR9);
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

– Ocorrer a aderência e utilização dos equipamentos de prote-


ção individual pelos trabalhadores, por meio desta utilização, ocorrerá
uma diminuição da intensidade dos agentes agressivos e ao limite de
tolerância (NR6).
Cada tipo de trabalho existe suas próprias características e con-
sequentemente podem expor o profissional a diferentes riscos ou levar
até a morte de acordo com cada ambiente de trabalho. Portanto, quando
o profissional exerce sua função laboral que possui riscos, o empregador
deve adicionar os adicionais como insalubridade ou periculosidade.
Insalubridade é a exposição do trabalhador a um ambiente de
trabalho que possui característica que podem prejudicar à saúde do
trabalhador sendo que neste ambiente o funcionário se expõe a ruído
36
excessivo, a produtos químicos tóxicos, a agentes biológicos (como o
lixo hospitalar ou o manuseio de insumos hospitalares).
A realização de trabalho exposto a agentes nocivos à saúde
obriga o empregador ao pagamento adicional de insalubridade, a fim
de compensar os danos causados ao empregador. O adicional varia de
acordo com a gravidade do agente a que o empregado está exposto.

Referente ao direito do empregado a receber o adicional


de insalubridade ou periculosidade este acabará quando ocorrer
à eliminação do fator de risco associado ao ambiente de trabalho,
ou seja, este cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física.

São consideradas atividades ou operações insalubres aqueles


que se desenvolvem:
- Acima dos limites de tolerância nas atividades que envolvam
ruído contínuo ou intermitente, ruídos de impacto;
- Em exposição a calor, radiações ionizantes, agentes quími-
cos, poeiras minerais;
- Sob pressões hiperbáricas, agentes químicos específicos,
agentes biológicos;
- Em ambientes de radiações não ionizantes, vibrações, frio e umi-
dade, comprovadas por meio de laudo de inspeção do local de trabalho.
Para os fins da determinação ou não da insalubridade, enten-
de-se por limite de tolerância a concentração, ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Portanto, quando o profissional encontra-se inserido em um


ambiente que o expõe aos riscos laborais, este deve implantar dentro
das empresas a identificação do “limite de tolerância” ou mensurar a
concentração/intensidade mínima ou máxima
de exposição que o ambiente ocupacional expõe o trabalha-
dor, sendo este, caracterizada pela “natureza da exposição (qual tipo de
exposição que este trabalhador está exposto), tempo/duração da expo-
sição ou o agente”. Todos estes fatores devem ser avaliados para men-
surar potenciais riscos e assim, conseguir identificar a insalubridade.
Assim, ao realizar a caracterização do trabalhador a estes
agentes faz-se a percepção do adicional ao salário do mesmo, sendo,
utilizada a seguinte equivalência:
37
- 40%(quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
- 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
- 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

Insalubridade de Grau Máximo (40%)

Trabalhos ou operações em contato permanente com:


- Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas,
bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados;
- Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couro, pelos e
dejetos de animas portadores de doenças infectocontagiosas (carbun-
culose, brucelose, tuberculose);
- Esgotos (galeria e tanques);
- Lixo urbano (coleta e industrialização).

Insalubridade de Grau Médio (20%)

Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes,


animais ou com material infecto contagiante em:
- Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulató-
rios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos
cuidados de saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que te-
nha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos
de uso desses paciente, não previamente esterilizados);
- Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros esta-
belecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (apli-
ca-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
- Contato em laboratórios com animais destinados ao preparo
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

de soro, vacinas e outros produtos;


- Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se
apenas ao pessoal técnico);
- Gabinetes de autópsias, anatomia e histopatologia (aplica-se
apenas ao pessoal técnico);
- Cemitérios (exumação de corpos);
- Estábulos e cavalaria;
- Resíduos de animais deteriorados.
- Contato permanente com pacientes, animais ou material in-
fecto contagiante é o trabalho resultante de prestação de serviço contí-
nuo e obrigatório, decorrente de exigências firmada no próprio contrato
de trabalho, com exposição permanente aos agentes insalubre.
38
Os adicionais de insalubridade e periculosidade, previstos
na Lei nº 8.112/90, devem ser pagos ao empregador durante o tem-
po que enquanto durarem as condições ou os riscos que deram
causa à sua concessão.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a


cessação do pagamento do adicional. A eliminação ou neutralização
pode ocorrer:
- Com a adoção de medidas de ordem geral, que conservem o
ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
- Com a utilização de equipamento de proteção individual.
A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracte-
rizada por meio da avaliação pericial, por órgão competente, que com-
prove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
Vale ressaltar que, para o empregado receber o adicional de
insalubridade o mesmo deve passar por um laudo pericial, assim, o em-
pregado terá o direito respaldo de receber este adicional de acordo com
a classificação da atividade
insalubre, sendo esta estabelecida pela relação oficial disponi-
bilizada pelo Ministério do Trabalho.
Fica estipulado para o empregador e aos sindicatos dos tra-
balhadores requerem ao Ministério do Trabalho, por meio da Delegacia
Regional do Trabalho (DRT) a aplicação e realização de pericias nos
estabelecimentos da empresa bem como nos setores, tendo como ob-
jetivo que sejam aplicados as características daquele setor e determinar
e aplicar as atividade insalubres.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Periculosidade, o profissional irá receber este adicional em


seu salário quando o mesmo possui no ambiente ocupacional exposi-
ção a produtos inflamáveis (como gasolina, álcool, entre outros), explo-
sivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Assim,
deve-se realizar um adicional de 30% sobre a remuneração, devendo-
-se enfatizar que este não deve ser realizado sobre o salário mínimo.
São consideradas atividades ou operações perigosas, na for-
ma da regulamentação aprovada pelo MTb, aquelas que, por sua na-
tureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
O adicional de periculosidade é equivalente a 30% do salário
39
do empregado. Para caracterização da periculosidade são necessários
três condições:
- Existência do agente periculoso;
- Contato com o agente;
- Condições de risco acentuado.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, conside-
ra-se atividades perigosas ou periculosidade, aquelas que, apresentam
risco acentuado ao profissional no seu ambiente de trabalho relaciona-
do a sua natureza ou métodos de trabalho. Assim, destacam-se alguma
atividades que se enquadram como atividades perigosa/periculosidade:
- Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
- Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
Como medida preventiva para os profissionais da área da saú-
de, no ato da contração o mesmo deve comprovar em carteira de vacina
as seguintes imunizações: contra tétano, difteria e hepatite B. Tendo
esta como uma medida de prevenção obrigatória para trabalhadores
desses serviços.

Norma Regulamentara n. 15 – insalubridade Norma Regu-


lamentara n. 16 – periculosidade
Faça uma leitura das principais caracteristicas que são
consideradas como ambiente insalubre e com caracteristicas de
periculosidade.
Acesso o link:
NR 15 - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

nr15.htm
NR 16 - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/
nr16.htm

A legislação não dá ao empregado o direito de usufruir conco-


mitantemente do adicional de periculosidade e do adicional de insalubri-
dade. Assim, caso o empregado exerça suas funções, simultaneamen-
te, em ambiente perigoso e insalubre, ele poderá optar pelo adicional
de insalubridade, evidentemente, quando o valor deste for superior ao
de periculosidade.

40
Para melhor visualização das atividades e operações de insa-
lubridade, seguem, de forma sucinta, os anexos constantes na NR15:
Anexo 1 – limites de tolerância para ruído contínuo ou in-
termitente. Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os
fins de aplicação de limites de tolerância, o ruído que não seja ru-
ído impacto;
Anexo 2 – limites de tolerância para ruídos de impacto.
Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de
energia acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos su-
periores de 1 segundo;
Anexo 3 – limites de tolerância para exposição ao calor. A
exposição ao calor deve ser avaliada por meio do “Índice de Bulbo
Úmido – Termômetro de Globo”;
Anexo 5 – limites de tolerância para radiações ionizantes.
Nas atividades ou operações em que trabalhadores ficam expostos
a radiações ionizantes, os limites de tolerância são os constantes;
Anexo 6 – trabalho sob pressões hiperbáricas. Trabalho
sob ar comprimido efetuado em ambientes onde o trabalhador é
obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se
exige cuidadosa descompressão;
Anexo 7 – radiações não ionizantes. São radiações não io-
nizantes as micro-ondas, os ultravioletas e o laser;
Anexo 8 – vibrações. As operações e atividades que ex-
ponham os trabalhadores, sem proteção adequada, às vibrações
localizadas ou de corpo inteiro, realizadas no local de trabalho;
Anexo 9 – frio. As atividades ou operações executadas no
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem con-


dições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem pro-
teção adequada;
Anexo 10 – umidade. As atividades ou operações executa-
das em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva,
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores;
Anexo 11 – agentes químicos cuja insalubridade é caracte-
rizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho. As
atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expos-
tos a agentes químicos;
Anexo 12 – limites de tolerância para poeiras minerais.
Anexo 13 – agentes químicos. Relaciona as atividades e
41
operações envolvendo agente químicos, como: arsênico, carvão,
chumbo, cromo, fósforo, hidrocarbonetos e outros compostos de
carbono. Mercúrio, siliatos, substâncias cancerígenas;
Anexo 14 – agentes biológicos. Relacionado as atividades
e operações que envolvem agentes biológicos.

GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS

A Norma regulamentadora nº1 (Disposições Gerais e Geren-


ciamento de Riscos Ocupacionais) estabelece os conceitos de GRO
– Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e de PGR – Programa de
Riscos Ocupacionais.
O GRO é o conjunto de ações de prevenção coordenadas, cujo
objetivo é garantir aos trabalhadores condições e ambientes de trabalho
seguro e saudáveis. O GRO deve constituir o PGR que é o documento
físico ou digital que contém todas essas ações de prevenção, bem como
as demais informações necessárias sobre o gerenciamento dos riscos.
O PGR deve ser composto, no mínimo, por dois documentos:
- Inventário de Riscos Ocupacionais, que compreende as eta-
pas de Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos, de modo a esta-
belecer a necessidade de medidas de prevenção;
- Plano de Ação, onde se estabelecem as medidas de preven-
ção a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, de modo a elimi-
nar, reduzir ou controlar os riscos ocupacionais.
O PGR deve ser elaborado por todos os empregadores
quem mantenham trabalhadores como empregados (CLT) exceto o Mi-
croempreendedor Individual – MEI, as microempresas e empresas de
pequeno porte, graus de risco 1 e 2, que no levantamento preliminar de
perigos não identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos,
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

químicos e biológicos, em conformidade com a NR9.


O PGR deve acompanhar continuamente as atividades da em-
presa por meio da execução das medidas previstas no plano de ação.
Inclusive, deve refletir eventuais mudanças no ambiente de trabalho
que alterem as características dos riscos ocupacionais.
A avaliação de riscos do PGR - que é uma das etapas desse
programa - deve ser revista no máximo a cada dois anos. No caso de or-
ganizações que possuam certificações em sistema de gestão de SSO,
esse prazo pode ser de até três anos.
O inventário de riscos do PGR deve indicar para cada risco o
nível de risco ocupacional, determinado pela combinação da severidade
dos possíveis agravos à saúde com a probabilidade de sua ocorrência.
42
QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(ANO: 2021 BANCA: AVANÇA SP ÓRGÃO: PREFEITURA DE RIO
CLARO - SP PROVA: AVANÇA SP - 2021 - PREFEITURA DE RIO
CLARO - SP - ANALISTA DE GESTÃO MUNICIPAL)
Com relação ao direito às férias, julgue os itens a seguir e, ao final,
assinale a alternativa correta:
Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de traba-
lho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I – 30 dias corridos, quando não tiver faltado ao serviço mais de
cinco vezes.
II – 24 dias corridos, quando houver tido de 8 a 14 faltas.
III – 18 dias corridos, quando houver tido de 12 a 25 faltas.
a) Apenas o item I é verdadeiro.
b) Apenas o item II é verdadeiro.
c) Apenas o item III é verdadeiro.
d) Apenas os itens II e III são verdadeiros.
e) Todos os itens são verdadeiros.

QUESTÃO 02
(ANO: 2019 BANCA: OBJETIVA ÓRGÃO: PREFEITURA DE VALE
VERDE - RS PROVA: OBJETIVA - 2019 - PREFEITURA DE VALE
VERDE - RS - ANALISTA DE DEPARTAMENTO PESSOAL)
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETA-
MENTE:
O exercício de trabalho em condições _______________, acima
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Traba-
lho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%,
20% e 10% do salário-mínimo regional. Já as atividades realizadas
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

em condições ______________ asseguram a percepção do adicio-


nal de 30% da remuneração mensal.
a) negligentes - perigosas
b) perigosas - insalubres
c) insalubres - perigosas
d) imprudentes – insalubres

QUESTÃO 03
(ANO: 2022 BANCA: INSTITUTO ACCESS ÓRGÃO: CELEPAR - PR
PROVA: INSTITUTO ACCESS - 2022 - CELEPAR - PR - ADVOGADO
PLENO)
No que se refere ao adicional noturno dos trabalhadores urbanos,
43
assinale a alternativa correta.
a) Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho
noturno terá remuneração superior à do diurno, e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna.
b) Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho
noturno terá remuneração superior à do diurno, e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos,
sobre a hora diurna.
c) A hora do trabalho noturno será computada como de 60 minutos.
d) Considera-se noturno o trabalho executado entre as 20 horas de um
dia e as 5 horas do dia seguinte.
e) Considera-se noturno o trabalho executado entre as 21 horas de um
dia e as 6 horas do dia seguinte.

QUESTÃO 04
(ANO: 2018 BANCA: FCC ÓRGÃO: CÂMARA LEGISLATIVA DO DIS-
TRITO FEDERAL PROVA: FCC - 2018 - CÂMARA LEGISLATIVA DO
DISTRITO FEDERAL - MÉDICO DO TRABALHO)
As atividades laborais que exigem a utilização de motocicleta, no
deslocamento de trabalhador em vias públicas, asseguram ao tra-
balhador a percepção de adicional de
a) 40% por periculosidade.
b) 40% por insalubridade grau máximo.
c) 30% por periculosidade.
d) 20% por insalubridade grau médio.
e) 10% por insalubridade grau mínimo.

QUESTÃO 05
(ANO: 2022 BANCA: FCC ÓRGÃO: TRT - 4ª REGIÃO (RS) PROVA:
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

FCC - 2022 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ESPE-


CIALIDADE: MEDICINA (DO TRABALHO))
O Programa de Gerenciamento de Risco Ocupacional (PGR) deve
a) indicar para cada risco o nível de risco ocupacional, determinado
pela combinação da severidade dos possíveis agravos à saúde com a
probabilidade de sua ocorrência.
b) realizar o levantamento de perigos e riscos, considerando somente
os agentes físicos, químicos e biológicos.
c) conter, no mínimo, os documentos de relatório analítico e plano de ação.
d) ser implementado sempre por estabelecimento.
e) ser atualizado pelo menos uma vez ao ano, independente de mudan-
ças dos processos de trabalho.
44
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Existem basicamente três tipos de contrato de trabalho: contrato de tra-
balho por tempo indeterminado, contrato de trabalho por tempo determi-
nado e contrato de experiência. Explique-os e diferencie-os.

TREINO INÉDITO
Assinale a alternativa que define corretamente contrato de traba-
lho por tempo determidado.
a) Contrato de trabalho por tempo determinado é definido quando o empre-
gado possui uma data estipulada de entrada naquele emprego, no entan-
to, não existe um período de encerramento deste contrato, o trabalhador
permanece até que ocorra algum evento que leve ao desligamento ou o
mesmo entre com o pedido de desligamento / encerramento de contrato.
b) Contrato de trabalho por tempo determinado é caracterizado pela
existência de um período determinado para o encerramento do contra-
to com o empregado; existe um período pré-estabelecido com data de
início e término.
c) Contrato de trabalho por tempo determinado é um contrato destinado
a identificar se o funcionário / empregado possui o perfil ou as caracte-
rísticas laborais que o empregador busca para contemplar aquela vaga.
Salienta-se que, o contrato não deve exceder o prazo máximo de 90 dias.
d) Contrato de trabalho por tempo determinado é um documento que
formaliza as atividades de trabalho do estudante dentro das empresas.
Contrato de trabalho por tempo determinado

NA PRÁTICA
Sabe-se que, o Programa de Gereciamento de Riscos (PGR) tem como
objetivo a preservação da saúde e da integridade física e psíquica dos
profissionais que exercem suas atividades laborais dentro das instituições
empregadoras. Bem como realizar ações voltadas para a antecipação,
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

reconhecimento, avaliação e controle das ocorrências. Também, este irá


caracterizar a atividades e o tipo de exposição. Neste sentido, pense sobre
de quais formas os profissionais que atuam neste programa podem estar
atuando efetivamente junto à equipe de enfermagem? Como estes profis-
sionais podem auxiliar a equipe de enfermagem a minimizar os riscos as-
sociados aos acidentes de trabalho? Como o PGR se relaciona com PCM-
SO e de que forma isso auxilia na prevenção de doenças ocupacionais?

NA MÍDIA
LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO: SECRETARIA DE SAÚDE DO
RECIFE REFORÇA OS CUIDADOS COM SAÚDE OCUPACIONAL
DOS TRABALHADORES
45
No dia 28 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional de Prevenção às
Lesões por Esforço Repetitivo.
Em Recife, entre 2020 e 2022, foram registrados 161 casos dessa na-
tureza. Dor, formigamento e até limitação de movimentos podem ser
sintomas que indicam uma Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou Dis-
túrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). E, para lem-
brar a importância de reconhecer esses indícios e evitar o adoecimento
por essa causa, nesta terça-feira (28), quando é celebrado o Dia Inter-
nacional de Prevenção às Lesões por Esforço Repetitivo, o Centro de
Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest Recife), ligado à
Secretaria de Saúde (Sesau) do município, reforça os cuidados que os
trabalhadores devem ter para preservar a saúde ocupacional.
Fonte: Secretaria de Saúde de Recife
Data: 28 de fev. 2023
Leia a notícia na íntegra:
https://www2.recife.pe.gov.br/noticias/28/02/2023/lesao-por-esforco-re-
petitivo-secretaria-de-saude-do-recife-reforca-os-cuidados
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

46
SEGURANÇA E SAÚDE DO
TRABALHADOR

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Compreende-se que, em um ambiente de trabalho ocorrem di-


versos fenômenos que expõe o trabalhador a inúmeros fatores que podem
levar a consequências negativas para a saúde, sejam esses fenômenos
físicos, biológicos, psicológicos, culturais e sociais (CARDELLA, 2016).
Assim, cita-se exemplos desses fenômenos: (a) físico: movi-
mento de máquina, passagem de corrente elétrica, transferência de ca-
lor, emissão de luz e ruído, choque mecânico; (b) biológico: movimento
de pessoas, respiração, suor, digestão, batimento cardíaco, enfermi-
dade, sangramento, hematoma, morte; (c) psicológico: desconfiança,
agressão, medo, alegria, raiva; (d) cultural: saudação, vestimenta, can-
4747
to, ritual; (e) social: greve, ausência em feriado, eleição. Pelo princípio
do núcleo conceitual da abordagem holística, todos esses fenômenos
são inter-relacionados e interdependentes (CARDELLA, 2016).
Portanto, para garantir uma maior dignidade e respeito a pes-
soa humana/trabalhador, se faz necessário que seja garantido um am-
biente ocupacional com maior segurança e qualidade de vida (com uma
minimização dos riscos ocupacionais por meio de normas que visam
garantir saúde, higiene e segurança ao trabalhador independente da
sua área de atuação).
O ambiente de trabalho possui caracteristicas que podem in-
fluenciar diretamente na prática ocupacional dos trabalhadores de forma
positiva como também negativa, portanto, se faz necessário que seja
garantido um ambiente laboral com caractistica positivas, pois quando
o trabalhador possui uma satisfação laboral este possui um maor rendi-
mento, ocorre uma diminução das doenças ocupacionais como também
um menor risco de acidentes de trabalho.
Estudo desenvolvido por Scholze et al., (2017) no qual traba-
lhou com enfermeiros menciona que, quando o profissional/enfermei-
ro desenvolve suas atividades em um ambiente com precarização das
condições de trabalho e do sistema de saúde, evidenciado na escassez
de recursos humanos e materiais, na superlotação das unidades e na
fragmentação do processo de trabalho, estes encontram-se mais ex-
postos ao acidente de trabalho como também para o adoecimento e
desenvolvimento do estresse ocupacional.
Assim, para que esse direito do trabalhador seja garantido, o
Ministério do Trabalho por meio da Portaria n. 3.214 de 8 de junho de
1978, aprovou as normas regulamentadoras (NRs) voltadas para pro-
mover à segurança e medicina no trabalho, compreendendo que atual-
mente existem 36 diferentes normas regulamentadoras. Sendo que, as
mais importantes são:
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

- NR1 (disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupa-


cionais);
- NR2 (inspeção prévia);
- NR 4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança
e em Medicina do Trabalho (SESMT);
- NR5 (comissão interna de prevenção de acidentes e assédio);
- NR6 (equipamentos de proteção individual – EPI);
- NR7 (programas de controle médico de saúde ocupacional);
- NR9 (programas de prevenção de riscos ambientais);
- NR15 (atividades e operações insalubres);
- NR16 (atividades e operações perigosas).
Portanto, estas normas regulamentadoras tem como objetivo
48
minimizar os riscos e garantir uma prevenção de riscos e acidentes no
ambiente de trabalho. Assim, acidente de trabalho é quando ocorre um
evento durante a atividade laboral no ambiente de trabalho podendo
provocar lesão corporal ou pertubação funcional que evolua a morte ou
a perda/redução, permanente ou temporal da capacidade de trabalho.
O conjunto de medidas adotas que visam a minimizar os aci-
dentes de trabalho, as doenças ocupacionas, proteger a integridade e
a capacidade de trabalho do trabalhador e a Segurança do Trabalho,
a qual é definida por normas e leis. Também são consideradas como
acidente de trabalho:
- Doença profissional: é quando o ambiente de trabalho desen-
cadeia um agravo a saúde do profissional;
- Doença do trabalho: entendida quando o profissional adquire
ou desencadeia um agravo em função da condição especifica daquela
atividade desenvolvida diretamente.
Também deve-se levar em consideração o acidente relaciona-
do ao trabalho, mas que este não tenha sido a única causa, mas que
tenha contribuido de forma direta ou indiretamente.
Considera-se também, acidente de trabalho aquele desenca-
deado quando o profissional encontra-se em refeição e descanso ou por
outras ocasiões que esteja em horário de serviço.
Assim, para minimizar estes riscos e buscar medidas de pre-
venção serão apresentados algumas medidas. Portanto, têm-se tam-
bém a Vigilância em Saúde do Trabalhador, tendo esta como um setor
que deve prestar atenção nas constantes mudanças ocorridas nos pro-
cessos de saúde/doença e na atuação da saúde pública em geral, e por
fim, desenvolver ações curativas e preventivas no ambiente de trabalho.

BIOSSEGURANÇA NO CONTEXTO DE TRABALHO SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

A biossegurança pode ser compreendida como um conjunto de


ações voltadas para a prática de prevenção, controle ou de eliminação
de riscos associados ao ambiente de trabalho que de alguma forma
afete, interfira ou comprometa a qualidade de vida, saúde do ser huma-
no ou do meio ambiente no qual o mesmo está inserido ou exerce sua
prática laboral.
Nesta vertente, a biossegurança exerce um papel fundamental
para a elaboração de estratégia, sendo essencial para o desenvolvi-
mento saudável e sustentável no ambiente de trabalho, considerando
que, a biossegurança irá prevenir possíveis riscos inerentes ao ambien-
te de trabalho relacionado as tecnologias de saúde.
49
De acordo com a Lei n. 11.105 de 24 de março de 2005, a mesma
menciona que a bissegurança é definida como “uma condição de seguran-
ça alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, reduzir ou
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde
humana, animal, vegetal e o ambiente”. Assim, esta lei estabelece:

Normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção,


o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a im-
portação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização,
o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos ge-
neticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o
estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a
proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do
princípio da precaução para a prote- ção do meio ambiente (BRASIL, 2005).

Também, a biossegurança tem a finalidade de realizar ativida-


des voltadas para promover uma melhor qualidade de vida e proteger
os empregados de possíveis riscos, sendo este um direito que deve
ser assegurado pelos órgãos governamentais por meio de políticas de
saúde pública destinada a saúde do trabalhador.
Esta preocupação referente a biossegurança dos profissionais da
área da saúde se iniciou a partir da década 1980, devido aos questiona-
mentos dos profissionais da área da saúde em relação aos riscos que os
mesmos estavam expostos devido ao surgimento do vírus da imunodefici-
ência humana. Este marco teórico se caracterizou por um montante de pa-
cientes que estavam contaminados pelo vírus nos quais os profissionais da
saúde realizam uma assistência direta a estes pacientes. E consequente-
mente, os profissionais encontravam na linha de frente a exposição e con-
taminação pelos vírus por meio dos procedimentos invasivos realizados.
Portanto, com o início destas discussões acerca dos riscos
ocupacionais envolvendo os trabalhadores da área da saúde e com a
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

implementação da biossegurança nos ambientes de trabalham inicia-se


o desenvolvimento de medidas voltadas para a diminuição dos aciden-
tes ocupacionais e consequentemente os
serviços passam a oferecer um ambiente laboral com uma
maior segurança para o trabalhador.
Atualmente, a biossegurança no Brasil se desenvolve em duas
grandes áreas uma voltada para a manipulação de DNA e pesquisas com
células-troncos embrionária e a segunda englobando as instituições de
saúde, os quais os profissionais encontram-se expostos aos agentes quí-
micos, físicos, biológicos, ergonômicos e psicossoais os quais estão pre-
sentes diariamentes no contexto ocupacional destes profissionais.
Perante este risco envolvendo os profissionais da área da saú-
50
de, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desenvolve Normas Re-
gulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalhado, voltado para
este cenário de trabalho. Assim, elabora-se uma NR especifica para este
contexto, denominado de NR 32, tendo como objetivo principal a “Segu-
rança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde”, pois sabe-se que, os
profissionais as área da saúde se encontram inseridos nestes ambientes
de trabalhos e são expostos diariamente a uma série de riscos.
Portanto, para minimizar estes riscos, evidencia a necessidade
da implantação de medidas relacionadas a implantação de um Plano de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, para que assim,
reduza-se os riscos associados aos descartes de diferentes tipos de
materiais, principalmente os perfurocortantes.

Relacionado a lavagem das mãos, quando a mão do profis-


sional da enfermagem durante sua assistência não estiver visivel-
mente sujas ou contaminadas com fluídos corpóreos, antes de rea-
lizar o contato direto com o paciente, indica-se que o mesmo aplique
fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico preferencialmente a
70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina.

Acidentes no ambiente hospitalar envolvem os profissionais da


área da saúde, assim, como os pacientes, os visitantes, as instalações
e os equipamentos. Muitos acidentes acarretam vários tipos de prejuí-
zos, sendo que desses alguns dão origem a ações legais movidas entre
os envolvidos. Sobre diagnóstico incial da segurança no ambiente hos-
pitalar, o principal objetivo de um hospital é a preservação de serviços
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

na área da saúde, como qualidade, eficiência e eficácia.

Qualidade: aplicação apropriada do conhecimento disponível, bem como da


tecnologia, no cuidado da saúde; Eficiência: habilidade de obtenção do máxi-
mo de saúde com um mínimo custo; Eficácia: habilidade do cuidado, em seu
máximo para incrementar saúde (SAVARENGO; LIMA, 2013).

O hospital deve desenvolver continuamente esta política, asse-


gurando que gerentes e funcionários estejam cientes de suas responsa-
bilidades na redução de riscos e acidentes. Deve-se promover e reforçar
práticas seguras de trabalho e proporcionar ambientes livres de riscos, de
acordo com as obrigatoriedades das legislaçãoes municipais, estaduais e
51
federais, considerando que a grande complexidade de um ambiente hos-
pitalar exige profissionais multidisciplinares para a conteção dos riscos.

As obrigações legais da segurança do trabalho:


• Profissionais da área clínica capazes de operar os equi-
pamentos adequadamente;
• Programas de treinamento;
• Equipe de manutenção;
• Sistema de combate a incêndios;
• Eletricidade de emergência;
• Custos com acidentes;
• Equipamentos de segurança;
• SESMT no hospital;
• Planos de emergência.

COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E ASSÉDIO


(CIPA)

A CIPA é praticamente a Norma Regulamentadora mais co-


nhecida. A NR5, se bem instruída, acompanhada e treinada, é um dos
mais importantes mecanismos de prevenção de acidentes e de doenças
relacionadas ao trabalho, pois tem como objetivo ajustar o trabalho à
preservação da integridade física e à saúde do trabalhador. Ela é uma
exigência legal.
A CIPA dentro das instituições possui como objetivo desenvol-
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

ver medidas que busquem a prevenção de acidentes e doenças rela-


cionado com o ambiente de trabalho, bem como tornar um ambiente
salubre, visando a preservação da vida e consequente uma melhor pro-
moção da saúde dos trabalhadores.
Toda empresa ou instituição empregatícia que se enquandre
no quadro (número de funcionários) deve possuir uma CIPA vigente no
estabelecimento empregatício, seja esta privada, pública, sociedades
de economia mista, órgãos de administração direta e indireta, institui-
ções beneficientes, associações recreativas, cooperativas ou qualquer
outra instituição que gere o vínculo empregatício com o trabalhador e
deve implantar e desenvolver ações voltadas para a proteção do traba-
lhador e minimizar os riscos inerentes da prática de trabalho.
52
Atribuições da CIPA:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e
avaliação de riscos bem como a adoção de medidas de prevenção
implementadas pela organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em
conformidade com o subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de
risco ou outra técnica ou ferramenta apropriada à sua escolha, sem
ordem de preferência, com assessoria do Serviço Especializado em
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visan-
do identificar situações que possam trazer riscos para a segurança
e saúde dos trabalhadores; 7
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite
a ação preventiva em segurança e saúde no trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de pro-
gramas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacio-
nadas ao trabalho, nos termos da NR-1 e propor, quando for o caso,
medidas para a solução dos problemas identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre questões
relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo as
Comunicações de Acidente de Trabalho - CAT emitidas pela orga-
nização, resguardados o sigilo médico e as informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a
análise das condições ou situações de trabalho nas quais conside-
re haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalha-
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

dores e, se for o caso, a interrupção das atividades até a adoção


das medidas corretivas e de controle; e
i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde
houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
- SIPAT, conforme programação definida pela CIPA.

Assim, para que uma empresa possa implementar a CIPA na


instituição e mantê-la em pleno funcionamento deve-se levar em consi-
deração as seguintes carcateristicas, possuir no mínimo 20 (vinte) em-
pregados por instituição/empresa ou no caso de comércio varejista está
deve ser implementada a partir de 50 (cinquenta) funcionários.
Esta comissão deve ser composta por respresentantes da ins-
53
tituição e pelos empregados, de forma paritária (minímo de dois). Sendo
que, entre os empregados, titulares e suplentes deve ocorrer uma vota-
ção, o qual será escolhido o representante pelos próprios empregados.
O mandato da CIPA tem duração de um ano e é permitida uma
reeleição. O empregador designará, o Presidente da CIPA, e os empre-
gados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

A realização da eleição deve ocorrer no prazo minímo de 30 (trinte) dias antes


do término do mandato da CIPA, quando houver; a eleição deve ocorrer em
dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que
possibilite a participação da maioria dos empregados. Vale ressaltar que, o
voto é secreto e a apuração dos votos deve ser realizada em horário normal,
com acompanhamento de representantes do empregador e dos empregados,
em número a ser definido pela comissão eleitoral (SAVAREGO; LIMA, 2013).

As reuniões da CIPA devem ocorrer no mínimo uma vez ao


mês, em um local fornecido pela empresa, mas caso ocorra algum im-
previsto poderá ocorrer reuniões extraordinária quando:
- Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que
deter-mine aplicação de medidas corretivas de emergência;
- Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
- Houver solicitação expressa de uma das representações.
Também para que seja oficializado estes encontros, toda a
reunião deve ser elaborado uma ATA referente as discussões acerca
das atividades desenvolvidaspela CIPA ou decisões tomadas juntas aos
membros. Esta ATA deve ser elaborada pelos próprios representantes
e assinado por eles.
Para que as medidas de segurança e ações voltadas a favo-
recer o trabalhador sejam eficazes, a CIPA e os Serviços Especializa-
dos em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
devem desenvolver um trabalho multidisciplinar. O SESMT tem como
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

atribuição, estudar as observações e as solicitações da CIPA, propondo


soluções corretivas e preventivas.

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA


E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT)

É um serviço especializado tendo como objetivo promover a


saúde e proteger a integridade dos trabalhadores no ambiente ocupa-
cional, sendo este um serviço no qual, os membros devem ser especia-
listas na área visando assim, um maior preparo técnico para a execução
da aplicabilidade e consequentemente um maior benefício aos trabalha-
54
dores. Neste sentido, a principal atuação do SESMT é evitar acidente
de trabalho por meio do desenvolvimento de ações e mapas de risco
ocupacional, com o auxilio de profissionais qualificados para estarem
atuando na área. E tem como objetivo promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho.
Portanto, o SESMT é considerado como um órgão técnico das
empresas constituído por profissionais qualificados e com formação em
segurança e medicina do trabalho, sendo estes habilitados para esta-
rem exercendo suas funções junto aos setores e trabalhadores.
Neste sentido, o SESMT foi implementada por meio da Portaria n°
3.214 de junho de 1978, sob a Norma Regulamentadora n° 4, tendo uma
última reestruturação em 2009. A implementação do SESMT fica estabele-
cido para as empresas que possuem mais de 50% dos seus funcionários
que exerçam algumas atividades cuja exponha o trabalhador a risco.
Fazem parte da equipe mínima que compõe o SESMT: Enge-
nheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho, Técnico de Segurança no Trabalho e Auxiliar de Enfermagem
do Trabalho. Cada profissional possui uma função específica que foi
estabelecida pela NR 4, destacadas logo abaixo:
- Engenheiro de Segurança do Trabalho: engenheiro ou arqui-
teto, que possua certificado de conclusão de curso de especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação. Esse
profissional tem como tarefas: prestar assessoria a empresas; examinar
os postos de trabalho e as atividades com avaliação de segurança preve-
nindo acidentes; realizar inspeções nas estruturas prediais e orientar sobre
sistemas de combate a incêndios; se responsabilizar pela promoção do
uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e adaptação do traba-
lhador a máquinas e equipamentos; trabalhar com campanhas educativas
e divulgação de materiais para promoção de cultura preventiva; realizar
avaliações de insalubridades e periculosidades nas tarefas realizadas por
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

trabalhadores; realizar pesquisas teóricas e práticas; analisar acidentes


para evitar reincidências e prevenção de novos casos; (PINHEIRO, 2012)
- Médico do Trabalho: médico portador de certificado de conclu-
são de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de
pós-graduação ou portador de certificado de residência médica em área
de concentração em saúde do trabalhado ou denominação equivalente,
reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério
da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que man-
tenha curso de graduação em Medicina. É responsável pela elaboração do
PCMSO – Plano de Controle Médico Ocupacional - das empresas; realiza
exames periódicos, instrui e orienta os empregados e empregadores sobre
temas referentes à saúde e a atividade ocupacional; coordena campanhas
55
de saúde e vacinações dentro das empresas e outras funções referentes à
insalubridade e periculosidade; (PINHEIRO, 2012)
- Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de
conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em
nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que
mantenha curso de graduação em enfermagem. É responsável por fa-
zer inspeções nos locais de trabalho dando orientações e treinamentos
para funcionários, com o objetivo de evitar acidentes e buscar melhorias
nos postos de trabalho; realiza atendimento nos postos ambulatoriais
das empresas realizando primeiros socorros e curativos; participa de
campanhas e programas de higiene e saúde nas empresas; realiza ati-
vidades de promoção à saúde; supervisiona os serviços de enfermagem
prestados pelas auxiliares e técnicas de enfermagem, além de treinar
e dar instruções referentes à utilização de vestimentas e equipamentos
aos trabalhadores com objetivo de prevenção de acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais; (PINHEIRO, 2012)
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem
ou técnico de enfermagem portador de certificado de conclusão de cur-
so de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado
por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério
da Educação – esse profissional está presente principalmente em fábri-
cas e indústrias, desempenha tarefas similares às de auxiliar de enfer-
magem em geral; (PINHEIRO, 2012)
- Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de com-
provação de Registro Profissional expedido pelo Ministério do Trabalho
- Responsável por inspeções de segurança, meio ambiente e qualidade
nos locais de trabalho com objetivo de prevenir acidentes, pela conser-
vação de manutenção do sistema de combate a incêndio nas empresas
garantindo sua funcionalidade. Elabora pareceres técnicos de máqui-
nas e equipamentos e faz análises e registro de acidentes ocorridos e ir-
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

regularidades recomendando medidas corretivas e preventivas. Asses-


sora empresas e trabalhadores, dá instruções e treinamentos conforme
as normas de segurança e divulga materiais disseminando hábitos de
saúde e segurança no trabalho (PINHEIRO, 2012).
Esses profissionais são responsáveis por dar segurança aos
trabalhadores, reduzindo os riscos à sua saúde fazendo com que se
cumpra a NR e diminuindo, assim, os riscos de acidentes de trabalho e
as doenças de trabalho.
Quando o trabalhador faz parte da CIPA, fica vedada a dispen-
sa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para o cargo de
direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura, até um ano após
o término de seu mandato, uma vez que fica assegurada sua perma-
56
nência nesta empresa sem prejuízo a ele.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Os EPIs são considerados ferramentas de trabalho que servem


para proteger a saúde do trabalhador, reduzindo, assim, os riscos de
acidentes decorrentes do trabalho. São destinados a ser utilizados pelo
trabalhador contra os prossíveis riscos ameaçadores de sua saúde ou
segurança durante o exercício de uma atividade relacionada ao trabalho.
A utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) en-
contra-se prevista nas leis de consolidação do trabalho (CLT) tendo a
regulamentação por meio da norma regulamentadora n° 6, sendo sua
utilização prevista de modo obrigatório.
O uso de EPI tem como objetivo proteger a integridade física e
psíquica dos trabalhadores durante a sua prática laboral (manipulação
dos instrumentos de trabalho) e contribuiu para a prevenção de aci-
dentes relacionado ao ambiente de trabalho. Ressalta-se que, qualquer
ambiente laboral gerará riscos e perigo a saúde do trabalhador, sendo
estes que podem ser minimizados ou até mesmo eliminados quando
ocorre a utilização dos EPIs (MARTINS et al., 2013).
De acordo com Marziale et al., (2012), os principais EPIs que
devem ser utilizados pela equipe de enfermagem em qualquer contexto
assistência é máscaras para proteção respiratória, óculos para amparar
os olhos contra impactos, radiações e substâncias, luvas para proteger
contra riscos biológicos e físicos; avental ou capote descartável e gorro
para evitar aspersão de partículas dos cabelos e do couro cabeludo.
Em estudo desenvolvido com condutores que desenvolvem
sua prática profissional em serviços de urgência e emergência 53%
consideram importante utilizar luvas durante os procedimentos e aten-
dimento as vítimas (VALIM; PINTO; MARZIALE, 2017).
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Além da utilização dos EPIs a Agência Nacional de Vigilância


Sanitária (ANVISA), específica a Precaução Padrão (PP), sendo esta
caracterizado por uma medida voltada para a proteção que os profis-
sionais da área da saúde devem ter quando estão realizando a sua
prática laboral, entre estas medidas destacam-se: higienize as mãos
antes e após o contato com o paciente, use óculos, máscara cirúrgica
e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções e
descartar adequadamente os perfuro-cortantes.

57
Estudo identificou que, independentemente do ambiente
de trabalho, os trabalhadores são expostos a riscos, doenças e
acidentes ocupacionais. Adotar medidas de prevenção é, portanto,
fundamental, sendo essencial o emprego de práticas seguras para
reduzir os riscos de acidentes (MARTINS et al., 2013).

Enfatiza-se que, a entrega e fornecimento dos EPIs são de


responsabilidade do empregador, tendo este também, a obrigação de
fiscalizar e de promover treinamentos destinados a conscientização dos
trabalhadores a utilizar os EPIs bem como sua importância na prática.
O fornecimento dos EPI deve ser realizado gratuitamente e os
mesmos devem estar em um bom estado para uso (conservação e for-
necimento) e em quantidade suficiente para suprir a necessidade do
setor e dos funcionários.
Também salienta que, compete ao SESMT, junto/ouvida a CIPA
e aos trabalhadores dos setores das empresas recomendar solicitar ao
empregador o EPI que melhor supra as necessidades para prevenção ao
risco existente na prática laboral. A NR 6, oferece uma listagem completa
dos EPIs e das atividades que devem ser utilizada de modo obrigatório.
Também quando o funcionário recusa-se a utilizar o EPI este ato é consi-
derado como faltoso. Revisando pontos importantes sobre o EPI:
- Fica a caráter obrigatório da empresa/instituição fornecer ao tra-
balhador, de forma gratuita e em perfeito estado de conservação os EPI;
- Mesmo sendo descartável ou não, os EPI’s necessitam estar
disponíveis nos setores em quantidade suficiente para suprir as neces-
sidade dos trabalhadores e este quando for descartável deve ser repos-
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to imediato ao acabar;
- O equipamento de proteção só poderá ser utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Norma Regulamentadora 6 - NR 6
ANEXO I - Lista de equipamentos de proteção individual
Link: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6_
anexoI.htm
58
Realize uma leitura da lista de equipamentos de proteção
individual e identifique os principais equipamentos que deve ser
utilizado em um ambiente hospitalar para realizar uma punção ve-
nosa periférica.

Assim, deve-se considerar algumas medidas importante quan-


to as obrigação de cada órgão referente a utilização, disponibilização e
fiscalização da utilização do EPI.

Cabe ao empregador:
a) adquirir o EPI adequado ao risco da atividade;
b) tornar obrigatório o seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo
órgão nacional competente;
d) orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso, guarda
e conservação;
e) substituir imediatamente quando extraviado ou danifi-
cado;
f) responsabilizar por sua manutenção e higienização pe-
riódica;
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Cabe ao empregado:
a) usar o equipamento, utilizando-o apenas para a finalida-
de a que se destina;
b) responsabilizar por sua guarda e conservação;
c) comunicar qualquer alteração que o torne impróprio
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre seu
uso adequado.
Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego:
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e à quali-
dade do EPI;
b) recolher amostras de EPI;
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades
cabíveis pelo descumprimento das normas relativas a EPI.

59
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)

Caracteriza-se como EPC todo o equipamento que é disponibi-


lizado e utilizado dentro das empresas que tem como objetivo atender a
vários funcionários ao mesmo tempo/único momento, sendo esta, uma
medida destinada à proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ame-
aça a segurança e a saúde do trabalhador em seu ambiente ocupacional.
Assim, estes equipamentos têm como foco beneficiar e proteger
um grupo de trabalhadores que estão exercendo sua prática laboral. A
implementação destes equipamentos promovem uma redução dos riscos
na própria fonte causadora do risco. Cita-se como uma medida de pro-
teção coletiva um dispositivo de silenciar instalado em automóveis com
o foco de reduzir o ruído provocado pelo promotor, ou também, enclau-
suramento acústico de fontes de ruído, ventilação dos locais de trabalho,
exaustores para gases e vapores, ar-condicionado/aquecedor para locais
frios, placas sinalizadoras, avisos, sinalizações, sensores de máquinas,
corrimão, fitas antiderrapantes de degrau de escada, iluminação, piso an-
tiderrapante, barreiras de proteção contra luminosidade e radiação, sire-
ne de alarme incêndio, chuveiro e lava olhos de emergência.
Estes equipamentos também devem ser ofertados e implemen-
tados pela empresa/instituição que contrata o trabalhador, visando assim,
que ocorra uma minimização dos riscos associados ao ambiente de traba-
lho ou quando este ocorra, o profissional tenha a possibilidade de agir de
modo seguro e rápido para diminuir as lesões associadas aos acidentes.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

60
QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
(ANO: 2019 BANCA: INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO E
CAPACITAÇÃO – IBFC PROVA: IBFC - MGS - TÉCNICO EM SEGU-
RANÇA DO TRABALHO – 2019)
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
é um programa que especifica procedimentos e condutas a serem
adotados pelas empresas em função dos riscos aos quais os em-
pregados se expõem no ambiente de trabalho. Seu objetivo é pre-
venir, detectar precocemente, monitorar e controlar possíveis da-
nos à saúde do empregado. Das responsabilidades competentes
ao empregador quanto ao PCMSO, assinale a alternativa correta.
a) Garantir a elaboração e parcial implementação do PCMSO, bem
como zelar pela sua eficácia.
b) Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador não po-
derá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
c) Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenha-
ria de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um
coordenador responsável pela execução do PCMSO.
d) Custear, com ônus para o empregado, todos os procedimentos rela-
cionados ao PCMSO.

QUESTÃO 02
(ANO: 2021 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: PREFEITURA DE FERRAZ
DE VASCONCELOS - SP PROVA: VUNESP - 2021 - PREFEITURA DE
FERRAZ DE VASCONCELOS - SP - ELETRICISTA PREDIAL)
Entende-se por segurança no trabalho, no exercício profissional,
a) o conjunto de medidas que são adotadas para minimizar o risco e a
ocorrência de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como
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para proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.


b) a presença de profissionais dedicados, responsáveis pela proteção
patrimonial e dos recursos humanos, com capacidade física para dou-
trinar a correta integridade e as condições de trabalho do trabalhador.
c) a sensação de um trabalhador, em seu local de exercício, de estar
completamente resguardado de quaisquer riscos, sem que precise de
preocupar ou zelar por sua segurança ou de seus colegas.
d) as políticas governamentais de estabilidade e manutenção dos em-
pregos, sem as quais a integridade e a capacidade de trabalho do pro-
fissional não existem.
e) o conjunto de estratégias de mitigação dos efeitos maléficos ocasio-
nados por acidentes não fatais, para expor a integridade e a capacidade
61
do trabalhador à sociedade.

QUESTÃO 03
(ANO: 2021 BANCA: IDIB ÓRGÃO: PREFEITURA DE VERDEJANTE
- PE PROVA: IDIB - 2021 - PREFEITURA DE VERDEJANTE - PE -
AGENTE ADMINISTRATIVO)
Analise as afirmativas a seguir sobre o ambiente de trabalho:
I. No ambiente de trabalho, repudia-se qualquer forma de agressão
física, exceto quando ocorrer violência física por questão de gêne-
ro, permitindo-se que o sexo mais frágil se defenda com o uso de
força bruta.
II. Se o funcionário for convocado pela CIPA, significa que sua con-
duta está incompatível com a higiene do trabalho.
III. Em caso de incêndio no ambiente de trabalho, deve-se utilizar
os extintores, ao invés de baldes ou mangueiras de água.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se nenhuma a afirmativa estiver correta.

QUESTÃO 04
(ANO: 2023 BANCA: AVANÇA SP ÓRGÃO: PREFEITURA DE AME-
RICANA - SP PROVA: AVANÇA SP - 2023 - PREFEITURA DE AMERI-
CANA - SP - ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO)
O que significa a sigla SIPAT?
a) Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho
b) Sistema Integrado de Prevenção de Acidentes no Trabalho.
c) Semana Integrada de Prevenção de Acidentes no Trabalho.
d) Sistema Interno de Prevenção de Acidentes no Trabalho.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

e) Sistema Interno de Prevenção Ambientais no Trabalho.

QUESTÃO 05
(ANO: 2019 BANCA: PLANEXCON ÓRGÃO: PREFEITURA DE TATUÍ
- SP PROVA: PLANEXCON - 2019 - PREFEITURA DE TATUÍ - SP –
ENFERMEIRO)
Assinale a alternativa correta que relaciona os agentes de riscos
químicos, físicos, biológicos e ergonômicos, respectivamente:
a) Radiação ionizante; gases; fungos; esforço físico.
b) Neblina; esforço físico; estresse; postura inadequada.
c) Gases; radiação ionizante; protozoários; esforço físico.
d) Poeiras; vapores; estresse; ruídos.
62
e) Bactérias; umidade; animais peçonhentos; jornadas de trabalho.

QUESTÃO INÉDITA
São atribuições da CIPA, exceto:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de
riscos bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas
pela organização;
b) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar
situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos tra-
balhadores;
c) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação pre-
ventiva em segurança e saúde no trabalho;
d) participar no desenvolvimento e implementação de programas rela-
cionados à segurança e saúde no trabalho;
e) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao tra-
balho, nos termos da NR-9 e propor, quando for o caso, medidas para a
solução dos problemas identificados;

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A equipe que compõe o SESMT possui uma importante função dentro
das empresas quanto ao desenvolvimento de ações voltada para a pre-
venção de acidentes em ambiente laboral. Neste sentido, escolha uma
função e descreva-a.

NA MÍDIA
VOCÊ TEM O COSTUME DE USAR FONE DE OUVIDO? SAIBA
COMO O MAU USO PODE CAUSAR PERDA AUDITIVA
Os avanços tecnológicos aumentaram a qualidade de vida da popula-
ção. No entanto, algumas dessas novas tecnologias, se não usadas
moderadamente, podem trazer danos à saúde.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

O tempo gasto com fones de ouvido, por exemplo, é um risco para a


audição, principalmente se utilizado de forma contínua e em volumes
altos. Isso porque as células auditivas, que são insubstituíveis, vibram
intensamente ao receber o estímulo sonoro e o excesso dessa vibração
pode diminuir o tempo de vida das células. O risco aumenta nos casos
de fones intra-auriculares — com saída de som dentro do ouvido — e
sem isolamento acústico, pois para compensar o som externo o ouvinte
tende a aumentar ao máximo o volume do aparelho.
Com o tempo, o estímulo excessivo de ruídos sonoros pode acarre-
tar na chamada perda auditiva adquirida. Diferente da perda congênita,
que está presente desde o nascimento, a perda adquirida ocorre nos
casos em que o sujeito nasce com audição dentro dos padrões de nor-
63
malidade, mas perde capacidade auditiva ao longo da vida. Saiba mais
lendo a notícia completa.
Fonte: Ministério da Saúde
Data: 03 março 2023.
Leia a notícia na íntegra: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/no-
ticias/2023/marco/voce-tem-o-costume-de-usar-fone-de-ouvido-saiba-
-como-o-mau-uso-pode-causar-perda-auditiva

NA PRÁTICA
Analise a imagem abaixo e visualize os erros presentes no cenário expos-
to, no que se refere aos equipamentos de proteção individual e coletiva.
Fonte: Escola da Prevenção

No que diz respeito aos EPIs, observa-se todos sem capacete e sem
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

luvas, mulher operando equipamento sem luvas, sem óculos de prote-


ção, sem capacete e sem protetor auricular. O rapaz que está fumando
não está usando o calçado de segurança. Além disso, pode-se observar
descumprimentos de regras básicas como o uso de adornos, fumar em
local proibido, andar no raio de ação de carga suspensa, área desorga-
nizada, com risco de queda, risco de escorregamento, fios no local de
passagem, materiais espalhados no chão e pessoa carregando exces-
so de carga sozinha com postura incorreta. Te desafio a encontrar mais
riscos escondidos na imagem.

64
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Risco biológico é a probabilidade da exposição ocupacional a agentes


biológicos: os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as
culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons. Risco químico
é compreendido como a exposição do trabalhador a agentes químicos
entre estes destacam-se substâncias, compostos ou produtos químicos
sejam elas líquida, sólida, plasma, vapor, poeira, névoa, neblina, gasosa
e fumo, drogas de risco (aquelas que possam causar genotoxicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade séria e seletiva sobre
órgãos e sistemas, p. ex.: gases e vapores anestésicos e quimioterápi-
cos antineoplásicos), podemos também acrescentar nessa lista o talco
e o látex pela alta incidência de reações do tipo alérgica.
Também se conceitua risco físico, quando o profissional se expõe no
seu ambiente laboral as diferentes formas de energia como ruído, vibra-
ções, pressão anormal, iluminação, temperaturas extremas, radiações
ionizantes e não ionizante. Já o risco ergonômico é compreendido quan-
do a atividade laboral desencadeia problemas associados a integridade
física ou mental do trabalhador, o que gerará desconforto e um agravo
a saúde. Portanto os fatores que estão associados ao risco ergonômico
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

são esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle


rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período no-
turno, jornada de trabalho prolongada, monotonia, repetitividade e im-
posição de rotina intensa. E por ultimo, riscos psicológicos, que podem
ser definidos como um potencial agravo que afeta a saúde física, mental
e social do trabalhador, tendo como fator de origem as condições de
trabalho no qual o trabalhador encontra-se inserido.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

65
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Contrato por tempo indeterminado – é definido quando o empregado


possui uma data estipulada de entrada naquele emprego, no entanto,
não existe um período de encerramento deste contrato, o trabalhador
permanece até que ocorra algum evento que leve ao desligamento ou o
mesmo entre com o pedido de desligamento/encerramento de contrato.
Contrato de trabalho por tempo determinado – caracterizado pela exis-
tência de um período determinado para o encerramento do contrato com
o empregado, existe um período pré-estabelecido com data de início e
término. Enfatiza-se que, quando o empregado for exonerado sem justa
causa/ identificação do motivo que levou ao desligamento o emprega-
dor tem obrigação em pagar uma indenização no valor da metade dos
salários que seriam pagos até o termino deste contrato.
Contrato de experiência – este é um contrato destinado a identificar se o
funcionário/empregado possui o perfil ou as características laborais que
o empregador busca para contemplar aquela vaga. Salienta-se que, o
contrato de experiência não deve exceder o prazo máximo de 90 dias.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

66
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

Engenheiro de Segurança do Trabalho - Responsável pela promoção


do uso de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e adaptação
do trabalhador a máquinas e equipamentos. Trabalha com campanhas
educativas e divulgação de materiais para promoção de cultura preven-
tiva. Realiza avaliações de insalubridades e periculosidades nas tarefas
realizadas por trabalhadores. Faz pesquisas teóricas e práticas, analisa
acidentes para evitar reincidências e prevenção de novos casos.
Médico do Trabalho - Responsável pela elaboração do PCMSO, reali-
za exames periódicos, dá instruções e orientações para empregados
e empregadores referentes à saúde e a atividade ocupacional de cada
trabalhador. Coordena campanhas de saúde e vacinações dentro das
empresas e outras funções referente à insalubridade e periculosidade.
Enfermeiro do Trabalho - Faz inspeções nos locais de trabalho dando
orientações e treinamentos para funcionários com o objetivo de evitar aci-
dentes e buscar melhorias nos postos de trabalho. Presta atendimento nos
postos ambulatoriais das empresas realizando primeiros socorros e cura-
tivos. Também participa de campanhas e programas de higiene e saúde
nas empresas, supervisiona os serviços de enfermagem prestados pelas
auxiliares e técnicas de enfermagem além de treinar e dar instruções refe-
rentes à utilização de vestimentas e equipamentos aos trabalhadores com
objetivo de prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - presente principalmente em fá-


bricas e indústrias, desempenha tarefas similares às de auxiliar de en-
fermagem em geral.
Técnico de Segurança do Trabalho - Responsável por inspeções de se-
gurança, meio ambiente e qualidade nos locais de trabalho com objetivo
de prevenir acidentes, pela conservação de manutenção do sistema de
combate a incêndio nas empresas garantindo sua funcionalidade. Ela-
bora pareceres técnicos de máquinas e equipamentos e faz análises e
registro de acidentes ocorridos e irregularidades recomendando medi-
das corretivas e preventivas. Assessoras empresas e trabalhadores dão
instruções e treinamentos conforme as normas de segurança e divulga
materiais disseminando hábitos de saúde e segurança no trabalho.
67
SAÚDE OCUPACIONAL - GRUPO PROMINAS

Gabarito: E
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