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PARAUAPEBAS – PA
2019
JOÃO VICTOR SILVA CALDAS
PARAUAPEBAS – PA
2019
Caldas, João Victor Silva
Estratégias de colheita e adubação para produção eficiente de capim
Mombaça no sudeste paraense / João Victor silva Caldas – Parauapebas,
2019.
45 f.
CDD – 633.202098115
Dedico este trabalho ao meu pai Osmair dos Santos
Caldas e minha mãe Aluizia José Silva Caldas por
terem me proporcionado a vida e por me ajudarem
em tudo que faço. Vocês são meu alicerce, tudo
que me proporcionaram fez com que eu evoluísse
para o homem que sou hoje.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me proporcionado forças para chegar até
aqui.
Agradeço aos meus pais por terem me dado condições emocionais, financeiras e
por todo o empenho que eles fizeram para me manter até aqui, mesmo muitas vezes se
sacrificando, não pouparam esforços para ver o filho oficialmente como Engenheiro
Agrônomo. A gratidão será eterna.
Agradeço a Universidade Federal Rural da Amazônia por ter me proporcionado
o ambiente ideal para obtenção do conhecimento necessário para adquirir esse título.
Além de ter me propiciado a evolução pessoal fazendo com que eu observasse o mundo
com outra perspectiva tendo mais tolerância, respeito e uma definição abstrata do que é
a vida.
Agradeço ao meu orientador Perlon Maia dos Santos e meu parceiro de trabalho
Mestrando Fernando Henrryck Leal Sousa pelos ensinamentos passados, pela paciência
que tiveram comigo, pelos “puxões de orelha” quando foram necessários, pelos
momentos de descontração no meio do Mombaça, por toda essa parceria.
Agradeço a minha namorada Wslena Rayane Bonfim Gonçalves pela sua
paciência comigo nos momentos que passei debruçado sobre o computador estudando e
escrevendo, além do apoio que me deu ao longo desta caminhada.
Agradeço ao meu amigo Francisco Romildo Xavier Idelfonso pelas conversas
produtivas sobre o Agronegócio Brasileiro, a parceria no plantio de tomate e nas demais
empreitadas que tivemos nestes 5 anos, um grande parceiro de lida.
Agradeço aos parceiros de experimento que tornaram este trabalho possível e
melhor de ser feito. Um trabalho árduo que muitas vezes o sol nos castigou, mas
vencemos graças ao empenho de cada um. Deixo registrada uma menção honrosa de
agradecimento mista com orgulho ao casal “formado no Mombaça” por Bruno e Danny
Negri que além de ter uma contribuição imensa a este trabalho nos trouxeram muita
felicidade.
Agradeço aos meus amigos Carlos Eduardo, Daniel Souza, Rauberth Reis,
Charlles Julião, Tiago Santiago, Cleiton Abreu, Joás Carvalho, Gabriel Souza, Daniel
Vitor, Ícaro Matos, Crissogno Mesquita por terem me proporcionado momentos de
descontração que fizeram com que eu superasse essa fase com menos dificuldades.
Além das conversas sobre o capitalismo, religião, política, principalmente sobre o
Agronegócio Brasileiro.
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RESUMO
ABSTRACT
The objective of the study was to evaluate in the Mombaça grass different
fertilization strategies combined with defoliation heights for the maximum productive
efficiency of the forage. The morphogenic and agronomic characteristics of the
Mombaça grass (Panicum maximum Jacq. Cv. Mombaça) were evaluated during 3
production cycles, with a randomized block design in a 5 x 2 factorial scheme with 10
treatments: T1: No fertilization + defoliation height 70 cm; T2: No fertilization +
defoliation height 90 cm; T3: Replacement strategy + defoliation height of 70 cm; T4:
Reposition strategy + defoliation height 90 cm; T5: Strategy of 5 ° Approach +
defoliation height of 70 cm; T6: Strategy 5 ° Approach + defoliation height of 90 cm;
T7: Strategy Adapted from Michaelis-Menten + defoliation height of 70 cm; T8:
Strategy Adapted from Michaelis-Menten + deflection height of 90 cm; T9: Strategy P
elevation at 80 mg / dm³ + defoliation height 70 cm; T10: Strategy P elevation at 80 mg
/ dm³ + defoliation height at 90 cm. The morphogenic attributes were evaluated 3 times
during each cycle and the agronomic attributes only on the day of the cut. The
treatments Elevation of P to 80 mg / dm³ with defoliation height of 70 cm and 5 °
Approach with defoliation height of 70 cm were more effective than the others because
they reached 5 cycles of production during the period of the experiment with higher
average yield of dry matter. The most efficient form of production of the Mombaça
grass, with higher productivity and more rational application of the inputs, is obtained
with the strategy 5º approach with defoliation height of 70 cm because besides
increasing the number of grazing cycles per year uses efficiently fertilizers. The use of
the fertilization strategy P elevation at 80 mg / dm³ combined with the defoliation height
of 70 cm provided a high MS production index and an increase in the number of grazing
cycles.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 8
2. OBJETIVOS .......................................................................................... 10
2. 1 Objetivos Gerais ................................................................................................. 10
2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 11
3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................ 11
3.1 O uso de forragem para pecuária de leite/corte em âmbito nacional ............ 11
3.2 Megathyrsus maximus cv. Mombaça ................................................................ 12
3.3 Manejo de altura para forrageiras tropicais cultivadas .................................. 13
3.4 Uso da adubação nitrogenada ............................................................................ 13
3.5 Uso da adubação fosfatada................................................................................. 14
3.6 Uso da adubação potássica ................................................................................. 16
4. MATERIAIS E MÉTODOS................................................................. 16
4.1 Caracterização da área ....................................................................................... 16
4.2 Preparo da área ................................................................................................... 18
4.4 Avaliações Agronômicas e Morfogênicas ......................................................... 22
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................ 23
6. CONCLUSÃO ....................................................................................... 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 35
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1. INTRODUÇÃO
O padrão espaço-temporal de crescimento do rebanho bovino brasileiro sugere
que, no futuro, a região amazônica deverá ter papel predominante na produção de
bovinos no País (DIAS-FILHO, 2015). Assim, devem ser traçadas estratégias de manejo
do pastejo e da fertilidade do solo, que se apresentam como mitigadoras de impactos
para manutenção a longo prazo de sistema de produção animal a pasto, afim de se ter
uma pecuária rentável. (ALMEIDA, 2011).
O estado do Pará vem se destacando na produção de proteína animal, sendo a
bovinocultura de corte e de leite uma das principais atividades. No ano de 2017 foi o 5°
maior rebanho bovino do país com 20.661.996 animais (MAPA, 2017).
Em relação ao consumo de fertilizantes no estado do Pará já se nota uma
crescente elevação do uso. Em 2011 foram utilizadas 241.007.000 toneladas e já em
2017 o consumo chegou a 460.812.000 toneladas (ANDA, 2018) mostrando assim um
crescimento na intensificação produtiva das áreas deste estado.
Atualmente existe uma preocupação por parte dos pecuaristas com os índices
zootécnicos dos rebanhos, e estes vem buscando tecnologias que melhorarem os
sistemas de produção, podendo ser destacados o manejo de adubação, a utilização de
pastagens de alto valor nutritivo e alta produtividade, que, em última análise é de
extrema importância para o sucesso produtivo (MACÊDO, 2013). Uma das
características que influencia na manutenção da produtividade e resiliência do pasto é o
manejo da altura de entrada e saída dos animais, uma vez que a elevação da altura do
dossel é acompanhada de uma redução na densidade de perfilhos e aumento no tamanho
de perfilhos o que compromete a perenidade da gramínea (ALEXANDRINO, 2011).
Em sistemas de produção animal a pasto mais tecnificados adota-se de correção
e adubação do solo, principalmente na forma de reposição dos nutrientes exportados, em
especial macronutrientes. As dosagens empregadas buscam a utilização racional de
insumos em quantidade, forma e época de aplicação, visando a elevação e manutenção
dos teores de nutrientes no solo e a otimização de retornos econômicos das culturas
(CQFS, 2004). Existem metodologias com resultados satisfatórios, mas que
desconsideram as condições edafoclimáticas regionais, podendo ocasionar baixa
eficiência da adubação, seja pela toxicidade (altas doses) ou baixa resposta das plantas à
fertilização (baixas doses). Adicionalmente as elevadas doses implicam na poluição
ambiental e ineficiência no aproveitamento dos insumos e exaustão de reservas.
9
2. OBJETIVOS
2. 1 Objetivos Gerais
Testar diferentes recomendações de adubação para Panicum maximum Jacq. cv.
Mombaça na região amazônica, afim de obter uma estratégia que apresente produção
mais eficiente de forragem.
Comparar as alturas de corte de 70 cm e 90 cm para determinar o correto manejo
e o número de ciclos de produção; ainda relacionar ao manejo de adubação sob a
produtividade da forrageira podendo, assim, determinar uma combinação de porte e
fertilização mais eficientes.
11
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 O uso de forragem para pecuária de leite/corte em âmbito nacional
A pecuária, em particular a de corte, é uma atividade possível de ser implantada
e conduzida, com relativo sucesso, sem que seja necessário o preparo mais cuidadoso da
área, ou o uso mais intensivo de insumos, de tecnologia e de mão de obra. Isto é, na
pecuária é possível produzir, embora com baixa eficiência, de forma
predominantemente extensiva (DIAS-FILHO, 2014). Esta facilidade se dá pela grande
adaptabilidade e persistência das gramíneas mesmo em áreas degradas e, segundo
Zanine (2005), as pastagens cultivadas, utilizadas em pastejo, constituem a forma mais
econômica de fornecer alimentação abundante e de qualidade aos animais. No entanto
por ser um sistema extrativista o fracasso a longo prazo se torna iminente devido à
exaustão nutritiva e desestruturação física do solo trazendo assim prejuízos econômicos,
sociais e ambientais.
A adoção de sistemas mais intensivos do uso do solo e da forragem,
compreendem técnicas de manejo que visam à manutenção da qualidade do solo através
do uso de fertilizantes e práticas conservacionistas, associadas ao manejo correto de
pastagem, com ajuste de carga visando manter a pressão de pastejo num nível ideal, sem
afetar o desenvolvimento da gramínea conservando sua longevidade e produtividade
(RODRIGUES, 2017).
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Com uma cadeia baseada na produção a pasto o Brasil se beneficia com sua
localização geográfica. Por estar numa faixa tropical as gramíneas forrageiras tem
potencial produtivo durante todo o ano, com 70% da produção nas estações primavera-
verão (ASSIS et al., 1997).
Com o lançamento de novas cultivares mais produtivas e resistentes aos fatores
bióticos e abióticos, o uso de uma adubação eficiente e uma colheita eficaz a pecuária
brasileira tem proporcionado maiores produtividades e produtos com mais qualidade
dando destaque para o país que em 2015 se posicionou com o maior rebanho comercial
bovino do mundo (209 milhões de cabeças), o segundo maior consumidor (38,6
kg/habitante/ano) e o segundo maior exportador (1,9 milhões de toneladas de carcaça)
tendo uma representatividade de 3% em todas as exportações brasileiras (GOMES et al.,
2017).
respectivamente. Além disso o teor de proteína bruta (PB) também teve crescimento
linear em relação a adubação chegando a atingir 16,5% na dose máxima de N.
Observa-se uma evolução no número de pesquisas afim de se aprimorar a
eficiência do uso desta gramínea. Sua adaptabilidade permite intensificação em sistema
de pastejo continuo, mas, principalmente, em sistema rotacionado (GOMIDE et al.,
2016). Atributos como manejo de altura de entrada e saída dos animais e fertilização
devem ser testados em experimentos científicos nas mais diferentes condições e regiões
do país afim de se aumentar os índices de produtividade desta forragem.
bastante deficientes neste nutriente, pode-se dizer que a prática de adubação assume
papel fundamental para o estabelecimento e manutenção das pastagens (CECATO et al.,
2008).
Considerando que o fósforo desempenha importante papel no desenvolvimento
radicular e no perfilhamento das gramíneas, a sua deficiência passa a limitar a
capacidade produtiva das pastagens. Um dos maiores problemas no estabelecimento e
na manutenção de pastagens nos latossolos brasileiros reside nos níveis extremamente
baixos de P disponível e total (IEIRI et al., 2010)
A fertilização fosfatada é fundamental para o estabelecimento das pastagens nos
solos tropicais pois está relacionada com a formação das plantas e o desenvolvimento
do sistema radicular das gramíneas possibilitando o aumento da área de exploração do
solo e absorção de nutrientes (RODRIGUES et al., 2009) trazendo, assim, incremento
na produtividade como constatou Ieiri et al (2010) que uma dose de 150 kg ha-¹ de
P2O5, na forma de superfosfato triplo proporcionou uma elevação na produtividade
média de que foi de 2997 kg ha-¹ de MS por corte em Brachiaria decumbens.
Nas regiões tropicais e subtropicais, como acontece no Brasil, o P é o elemento
cuja falta no solo mais frequentemente limita a produção (MELOS, 2016). Assim como
o nitrogênio, o P está envolvido em muitos processos vitais para o desenvolvimento das
plantas. A função mais essencial está no armazenamento e transferência de energia. Os
di e trifosfatos de adenosina (ADP e ATP) agem como “moedas de energia” dentro das
plantas. Quando moléculas fosfáticas tanto do ADP como do ATP se quebram, é
liberado energia. A energia proveniente da fotossíntese e do metabolismo de
carboidratos é estocada em compostos fosfáticos para subsequente uso nos processos
vegetativos e reprodutivos (MELOS, 2016).
Buscar sistemas de produção e manejo da adubação fosfatada que possibilitem
maior eficiência de uso do fósforo do fertilizante aplicado ao solo se torna uma questão
de sobrevivência econômica da propriedade bem como do homem que dela depende
(NUNES, 2014).
O uso fontes de fósforo, na adubação de pastagens, não é recente, mas vem
adquirindo maior importância nos últimos anos, devido a difusão do fertilizante no meio
agrícola com um leque grande de fontes como Fosfato Monoamônio (50% de P205),
Fosfato Diamônio (40% de P205), Superfosfato Simples (18% de P205), Superfosfato
Triplo (45% de P205), Fosfato Natural Reativo (28% de P205), dentre outras fontes
16
(CQFS, 2004) que podem ser aplicadas em sulco de plantio ou a lanço que facilita a
distribuição em grandes áreas diminuindo assim os custos.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Caracterização da área
O presente trabalho foi conduzido na área experimental do Setor de
Forragicultura na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus
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Universitário de Parauapebas, (06º 04’ 16,4” S e 49º 08’ 8,3” O, 270 m) que possui
dimensão de 1,8 hectares. O experimento foi conduzido entre os períodos de agosto de
2017 a julho de 2018. As avaliações apresentadas neste trabalho foram realizadas de 19
de março a 7 de julho de 2018, sendo referente a três ciclos de produção.
A área experimental (Figura 1) foi caracterizada por relevo movimentado a
ondulado e o solo é classificado como Argissolo vermelho-amarelo (EMBRAPA,
2006). O clima da região é do tipo “Am” Tropical com período seco de maio a outubro
e período úmido acentuado com presença de chuvas de novembro a abril, assim, estação
seca e chuvosa bem definidas (KÖPPEN, 1928). Durante o período do experimento
obteve-se média de temperatura do ar de 26,74 °C e de 1146,35 mm de precipitação
pluviométrica acumulada. Esta foi mensurada com a estação meteorológica instalada no
Campus da UFRA Parauapebas.
Tabela 1. Características do solo da área experimental, nas camadas de 0,0 - 0,2 e 0,2 -
0,4 m de profundidade. Parauapebas, 2018.
cmolc/dm³ mg/dm³ pH Textura
Amostras
Ca Mg Al H+Al K P (Melich) CaCl2 Argila Limo Areia
(cm)
0 - 20 2,2 0,7 0,2 2,2 0,31 0,8 4,6 310 80 610
20 - 40 1,2 0,4 0,2 2,2 0,26 0,8 4,6 260 70 670
4.3 Semeadura
A semeadura foi realizada em dezembro de 2017 e utilizou-se sementes de
Panicum maximum Jacq. cv. Mombaça com valor vultural (VC) de 24%. O processo foi
efetuado de maneira semi-mecanizada com um pulverizador da marca Stihl (Figura 4)
tendo uma aplicação de 25 kg/há de semente comerciais. No entanto devido ao alto grau
de impurezas das sementes utilizadas foi necessária uma segunda aplicação em janeiro
de 2018 para se ter um melhor stand de plantas na área. Foram adquiridas sementes
incrustradas com VC de 80% e o método de semeadura foi manual. No total foi
utilizado 8 kg/ha de sementes puras viáveis.
Uma adubação de implantação foi feita 30 dias antes do início das análises
morfogênicas e agronômicas seguindo as indicações do Manual de Recomendações de
Adubação e Calagem do Estado do Pará (Cravo et al., 2007) tendo como base a análise
de solo da área que o experimento foi implantado. Na área experimental com dimensão
de 756 m² (36 m x 21 m), foram utilizados 10 kg de ureia (4,5 kg de nitrogênio), 5 kg de
KCl (3 kg de K2O) e 20 kg de superfosfato simples (3,6 kg de P2O5). No entanto este
último a recomendação foi de 33 kg.
Com a área estabelecida e em pleno desenvolvimento vegetativo efetuou-se a
análise do número de plantas/m² com 60 repetições. Para a contagem das plantas foi
utilizado um quadrado metálico de 60 cm x 100 cm que foi lançado ao acaso dentro do
perímetro das linhas determinadas e em seguida feita a contagem das plantas. A partir
do resultado de, em média, 10 plantas/m² foi possível determinar a área mais uniforme
para implantação do experimento.
Para o primeiro corte, com a intenção de homogeneização e estabelecimento
para indução do perfilhamento, foram utilizadas 2 roçadeiras motorizadas da marca
Stihl e a ação foi realizada na área do experimento. A altura de resíduo determinada foi
de 30 cm, determinada pela EMBRAPA (2014).
Com a gramínea ainda em baixa estatura foi delimitada as parcelas
experimentais. Com um arranjo fatorial 2 x 5, consistindo de 10 tratamentos com 6
repetições, totalizando 60 parcelas experimentais. Cada parcela apresentava dimensão
de 9 m² (3 m x 3 m). Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com 6 blocos
que foram dispostos no sentido Norte – Sul, transversais ao declive, com 10 parcelas em
cada (Figura 5).
4.3 Tratamentos
Os tratamentos consistiram em quatro estratégias de adubações e uma
testemunha sem adubação (Tabela 2), juntamente com as duas alturas de desfolha a
serem trabalhadas (70 e 90 cm) visando determinar o grau de interação entre as alturas
com cada adubação durante o período de 3 ciclos de avaliações agronômicas e
morfogênicas da forrageira. Os tratamentos foram determinados da seguinte forma:
T1 = Sem adubação + Manejo de 70 cm;
T2 = Sem adubação + Manejo de 90 cm;
T3 = Adubação de reposição + Manejo de 70 cm: considerando a seguinte fórmula:
“Adubação = (Exigência - Fornecimento) + Fator” onde a Exigência refere-se aos
nutrientes extraídos e exportados pela forrageira; Fornecimento é o conjunto de estoque
de nutrientes do solo, adubo e corretivo; Fator simboliza as perdas por lixiviação,
fixação, erosão e volatilização (BRASIL et al., 1999).
T4 = Adubação de reposição + Manejo de 90 cm: considerando a seguinte fórmula:
“Adubação = (Exigência - Fornecimento) + Fator” onde a Exigência refere-se aos
nutrientes extraídos e exportados pela forrageira; Fornecimento é o conjunto de estoque
de nutrientes do solo, adubo e corretivo; Fator simboliza as perdas por lixiviação,
fixação, erosão e volatilização (BRASIL et al., 1999).
T5 = Adubação 5° aproximação (Minas Gerais) + Manejo de 70 cm: exatamente de
acordo com o manual e nível tecnológico
T6 = Adubação 5° aproximação (Minas Gerais) + Manejo de 90 cm: exatamente de
acordo com o manual e nível tecnológico.
T7 = Adubação adaptada de Michaelis + Manejo de 70 cm: determinada com a metade
da dose de fertilizante que proporcionou a máxima produção teórica de forragem.
T8 = Adubação adaptada de Michaelis + Manejo de 90 cm: determinada com a metade
da dose de fertilizante que proporcionou a máxima produção teórica de forragem.
T9 = Adubação para elevar os teores de P à 80 mg/dm³ + Manejo de 70 cm: devido ao
baixo nível de fósforo presente no solo essa recomendação veio com o intuito de elevar
o patamar ao final do experimento tendo sua aplicação parcelada em três ciclos.
T10 = Adubação para elevar os teores de P à 80 mg/dm³ + Manejo de 90 cm: devido ao
baixo nível de fósforo presente no solo essa recomendação veio com o intuito de elevar
o patamar ao final do experimento tendo sua aplicação parcelada em três ciclos.
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Sem Adubação 0 0 0
Adubação 5° Aproximação 350 175 350
Adubação Reposição 150 16 60
Adubação Adaptada de Michaelis-Menten 100 40 80
Adubação para elevação dos teores de P 420 560 420
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para o atributo índice de área foliar (IAF) observou-se interação entre as alturas
de desfolha e estratégias de adubação, em que verificou que as estratégias Reposição e
Sem Adubação no manejo a 70 cm resultaram em um desenvolvimento inferior,
comparadas as demais alturas de desfolhas e outras estratégias. A recomendação 5°
Aproximação comparada as estratégias no manejo de 70 cm apresentou
desenvolvimento de IAF superior. Para os demais não se observou diferenças
significativas (Tabela 3).
Tabela 3. Índice de Área Foliar (IAF) do capim Mombaça (Megathyrsus maximus cv.
Mombaça) submetido a duas alturas de desfolha e 5 estratégias de adubação. Valores médios de
3 ciclos referentes aos meses de março a julho ano de 2018 no período chuvoso.
Alturas de desfolha (cm)
Estratégias de Adubação 70 90 Médias
Sem Adubação 3,41 bB 5,02 aA 4,21
Devido à altura de resíduo ter sido a mesma para todos os tratamentos (30 cm)
não houve diferenças entre os manejos de desfolha, pois, o corte retirou-se a dominância
de das gemas apicais dos perfilhos impulsionando o perfilhamento das gemas basais não
atribuindo diferença estatística. Entretanto quando comparadas as estratégias de
adubação observou um aumento significativo de NP nas estratégias 5° Aproximação 70
cm e Elevação de P a 90 cm, tendo a elevação sido proporcionada pelo maior
incremento de N e P, minerais que, em doses crescentes propiciam resposta positiva no
vigor da rebrota e na rápida recuperação da planta quando submetida ao pastejo (HILL;
WASTON, 1989; CECATO et al., 1994; CECATO et al., 2000).
Piotto (2012) ao analisar doses crescentes de N em capim Mombaça e Cecato et
al (2000) verificando os efeitos de doses crescente de P e N observaram uma elevação
linear no número de perfilhos de acordo com o aumento do fornecimento de N e P.
Neste experimento esta afirmativa também se mostrou válida podendo assim determinar
que para uma longevidade da pastagem é necessário se manter um bom stand de
perfilhos sendo possível através do uso da adubação nitrogenada e fosfatada.
26
Para o atributo matéria seca total (MS) observou-se interação entre as estratégias
de adubação e manejos de altura de corte. Verificou-se que dentro do manejo de corte
de 70 cm a estratégia de adubação Elevação de P diferenciou-se significativamente,
sendo superior ao tratamento Sem Adubação na mesma altura de desfolha. Notou-se
também uma interação entre as alturas dentro da estratégia de adubação Adaptada de
Michaelis-Menten e Sem Adubação com uma superioridade significativa do manejo de
corte a 90 cm. Os demais valores não se diferenciaram estatisticamente (Tabela 5).
Tabela 5. Matéria Seca Total (kg/ha) do capim Mombaça (Megathyrsus maximus cv.
Mombaça) submetido a duas alturas de desfolha e 5 estratégias de adubação. Valores médios de
3 ciclos referentes aos meses de março a julho ano de 2018 no período chuvoso.
Alturas de desfolha (cm)
Estratégias 70 90 Médias
Sem Adubação 1424,61 bB 2565,47 aA 1995,04
Reposição 1838,02 abA 2435,98 aA 2137
5° Aproximação 1966,48 abA 2403,2 aA 2184,84
Adaptada de Michaellis-Menten 1752,16 abB 2542,34 aA 2147,25
Elevação de P 2468,68 aA 2464,5 aA 2466,59
Médias 1889,99 2482,298
C.V.: 27,03% DMS (5%): 969,5241
a: comparação de valores dentro da mesma coluna; A: comparação de valores dentro da mesma linha; Sem adubação:
estratégia testemunha que não se tem nenhum incremento a fertilidade existente no solo; Reposição: estratégia de
adubação que visa a restituição dos nutrientes exportados e perdidos das diferentes formas; 5° Aproximação:
estratégia de adubação que segue as recomendações de uso de corretivos e fertilizantes do estado de Minas Gerais;
Adaptada de Michaellis-Menten: estratégia que visa o fornecimento de fertilizantes para se atingir metade da
produtividade máxima da planta; Elevação de P: estratégia que tem como base o incremento de fósforo no solo até o
nível de 80 mg/dm³; 70: manejo de desfolha que visa o corte quando a média do dossel forrageiro atinge a altura de
70 cm; 90: manejo de desfolha que visa o corte quando a média do dossel forrageiro atinge a altura de 90 cm; C.V.:
coeficiente de variação; DMS: diferença mínima significativa;
Tabela 6. Número de Dias Ciclo-1 do capim Mombaça (Megathyrsus maximus cv. Mombaça) submetido a duas alturas de desfolha e 5 estratégias de
adubação.
Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Total de Ciclos
Alturas de Desfolha (cm) Alturas de Desfolha (cm) Alturas de Desfolha (cm) Alturas de Desfolha (cm)
Estratégias 70 90 Médias 70 90 Médias 70 90 Médias 70 90
Sem Adubação 26 28 27 20 29 24,5 26 72 49 5 3
Reposição 26 28 27 18 29 23,5 17 72 44,5 5 3
5° Aproximação 26 28 27 18 22 20 17 25 21 5 4
Adaptada de Michaellis-Menten 26 28 27 20 29 24,5 29 72 50,5 4 3
Elevação de P 26 28 27 20 22 21 20 24 22 5 4
Médias 26 28 - 19,2 26,2 - 21,8 53 - 4,8 3,4
a: comparação de valores dentro da mesma coluna; A: comparação de valores dentro da mesma linha; Sem adubação: estratégia testemunha que não se tem nenhum incremento a fertilidade
existente no solo; Reposição: estratégia de adubação que visa a restituição dos nutrientes exportados e perdidos das diferentes formas; 5° Aproximação: estratégia de adubação que segue as
recomendações de uso de corretivos e fertilizantes do estado de Minas Gerais; Adaptada de Michaellis-Menten: estratégia que visa o fornecimento de fertilizantes para se atingir metade da
produtividade máxima da planta; Elevação de P: estratégia que tem como base o incremento de fósforo no solo até o nível de 80 mg/dm³; 70: manejo de desfolha que visa o corte quando a média
do dossel forrageiro atinge a altura de 70 cm; 90: manejo de desfolha que visa o corte quando a média do dossel forrageiro atinge a altura de 90 cm; C.V.: coeficiente de variação; DMS:
diferença mínima significativa;
30
proporcionou a elevação da TAlC pode ter sido o sombreamento causado pela maior
TAlF (tabela 8) e IAF (Tabela 3) registrados nas estratégias 5° Aproximação e Elevação
de P levando ao estiolamento de alguns perfilhos menores afim de obterem acesso a luz
plena.
Maia et al. (2014) trabalhando com capim Mombaça constatou que a adição de
NPK 10, 80, 60 como adubação de base e NPK 100, 0, 20 como cobertura possibilitou o
incremento na TAlC de 6,5 mm/perfilho/dia que demonstra ser bastante acima das
médias encontradas neste experimento para este atributo. Embora o alongamento de
colmo favoreça o aumento da produtividade de massa seca, ele influencia
negativamente a eficiência de pastejo e o valor nutritivo da forragem (MACEDO et al.,
2010) além de se mostrar como um limitador de consumo dos animais (Arias et al.,
1990) levando a conclusão que uma menor TAlC é desejável por manter em um bom
patamar as características nutricionais e estruturais da forragem.
O atributo taxa de alongamento foliar (TAlF) apresentou interação significativa
entre as alturas de corte e estratégias de adubação. As estratégias de adubação Elevação
de P e 5° Aproximação com alturas de desfolha à 90 cm demonstram superioridade
significativa. Entre as alturas de corte observa-se diferença significativa das estratégias
Sem Adubação, Reposição e 5° Aproximação observando um ganho significativos na
desfolha a 70 cm. Os demais tratamentos não apresentaram diferença significativa
(Tabela 8).
adubação que visa a restituição dos nutrientes exportados e perdidos das diferentes formas; 5° Aproximação:
estratégia de adubação que segue as recomendações de uso de corretivos e fertilizantes do estado de Minas Gerais;
Adaptada de Michaellis-Menten: estratégia que visa o fornecimento de fertilizantes para se atingir metade da
produtividade máxima da planta; Elevação de P: estratégia que tem como base o incremento de fósforo no solo até o
nível de 80 mg/dm³; 70: manejo de desfolha que visa o corte quando a média do dossel forrageiro atinge a altura de
70 cm; 90: manejo de desfolha que visa o corte quando a média do dossel forrageiro atinge a altura de 90 cm; C.V.:
coeficiente de variação; DMS: diferença mínima significativa;
6. CONCLUSÃO
A forma mais eficiente de produção do capim Mombaça, com maior
produtividade e aplicação mais racional dos insumos, é obtida com a estratégia 5º
35
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