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INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
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ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo


importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professor: André Luiz Fidelis Lima


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade tem o objetivo de compreender a enfermagem
em neonatologia em unidade de terapia intensiva (UTI). O enfermeiro
neonatologista é o profissional formado e qualificado para desenvolver
as suas atribuições em todas as áreas da saúde da criança, com ên-
fase no recém-nascido. Essas atribuições podem ser do tipo assisten-
cial, gerencial, docente e em pesquisa, para mais, coordena e super-
visiona a equipe de enfermagem, executando os planejamentos dos
cuidados para com os pacientes recém-nascidos, ou ainda, chamados
de neonatos. É importante dizer que o enfermeiro organiza as rotinas
do recém-nascido e da visita familiar, ajudando a mãe a compreen-
der os primeiros 28 dias de vida dessa criança, desde os cuidados
simples, como banho e amamentação, até cuidados mais complexos,
como alívio da dor e necessidades especiais. Para que você possa
adentrar no mundo da Neonatologia, focamos o estudo da unidade te-
mática em três capítulos, de forma didática e simples, levando em con-
sideração a assistência de enfermagem ao neonato, desde o momen-
to do parto até o nascimento, perpassando aos cuidados imediatos,
mediatos, de rotina e características gerais dos recém-nascidos, para
que possamos sistematizar um processo de trabalho de enfermagem
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humanizado, holístico, baseado em todos os níveis de atenção, desde


um nascimento saudável até o nascimento com riscos potenciais de
adoecimento, internação e admissão em unidade de terapia intensiva
especializadas para os pacientes neonatais.

Neonato em UTI. Assistência de Enfermagem. Sistematização. Internet.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
ASSISTÊNCIA AO NEONATO: DO PARTO AO NASCIMENTO

Fundamentos da Neonatologia: Parto e Nascimento ____________ 13

História, Conceitos e Pressupostos da Enfermagem Neonatológica 20

Conceitos e Classificações dos Recém-Nascidos ________________ 24

Recapitulando ________________________________________________ 29

CAPÍTULO 02
ASSISTÊNCIA AO NEONATO: CARACTERÍSTICA E ROTINA

Processo de Trabalho em Enfermagem: Neonatologia ___________ 32

Abordagem sobre os Principais Aspectos para a Compreensão da


Rotina dos Cuidados Neonatais: Imediatos ______________________ 39

Abordagem sobre os Principais Aspectos para a Compreensão INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

da Rotina dos Cuidados Neonatais: Mediatos ____________________ 43

Recapitulando _________________________________________________ 47

CAPÍTULO 03
ASSISTÊNCIA AO NEONATO: DA ADMISSÃO ATÉ A ASSISTÊNCIA

Noções Gerais da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica ______ 50

Critérios de Recepção e Admissão do Recém-Nascido na UTI ____ 56

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Avaliação e Controle da Dor no Período Neonatal x Mitos: Dificul-
dades e Perspectivas ____________________________________________ 60

Recapitulando __________________________________________________ 65

Fechando a Unidade ____________________________________________ 68

Referências _____________________________________________________ 71
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O ramo ou área das ciências da saúde: Neonatologia é consi-
derada uma especialidade da Medicina, em que o enfermeiro também
poderá exercer as suas atribuições com crianças recém-nascidas, per-
durando até o vigésimo oitavo dia de vida, no mundo externo à barriga
da mãe. Logo após esses primeiros 28 dias de vida, toda a responsabi-
lidade será dos profissionais que se especializaram na área principal da
saúde da criança, denominada de pediatria.
Os profissionais neonatologistas necessitam ter uma maior
sensibilidade para o ato do cuidar, porque estamos atuando nos cuida-
dos específicos com os recém-nascidos ou neonatos, que podem ser
saudáveis ou apresentarem disfunções orgânicas que possivelmente
necessitarão de cuidados especializados em unidade de terapia inten-
siva, como os prematuros.
Para compreender esta área, faz-se necessário ter o conheci-
mento de inúmeros conceitos anatômicos, fisiológicos, bioquímicos, ce-
lulares do corpo dos recém-nascidos, porque precisamos compreender
que estes indivíduos estão em processos adaptativos, contínuos, em
que o organismo deles tenta manter constante a homeostase necessá-
ria para a sua sobrevivência, prevenindo diferenciações e disfunções do
organismo ao nível de células, tecido, órgão e sistema.
Sabendo disso, é preciso compreender que a Enfermagem é
uma área da saúde que se compromete com a elaboração, planejamen-
to e liderança da assistência prestada ao paciente ou cliente neonato,
nos diversos contextos sócio, ambientais e culturais em resolução das
necessidades desta criança, mãe e família.
O cuidado do profissional enfermeiro e da sua equipe de enfer-
magem é pautado na visão integral e holística da profissão, envolvendo as
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áreas dos conhecimentos sociais e humanos, executados pelos profissio-
nais na prática social e cotidiana da assistência, gerencia, ensino, educa-
ção, extensão e pesquisa para assistência qualificada aos recém-nascidos.
É neste contexto do conhecimento que o enfermeiro especiali-
zado em neonatologia se torna responsável por se dedicar ao planeja-
mento de saúde baseado em um processo chamado de sistematização
da assistência de enfermagem (SAE), regulamentada nacionalmente,
como um instrumento científico que organiza a parte laboral da pro-
fissão, possibilitando a implementação do processo de enfermagem,
sendo organizado em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de en-
fermagem, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem.
A utilização desse instrumento garante ao profissional a qualifi-
cação do gerenciamento do cuidado e o planejamento de suas ativida-
des, além de servir como guia para suas ações.
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Nesta perspectiva, a utilização do processo de trabalho e siste-
matização da assistência de enfermagem ao paciente neonato concede
uma prestação da assistência de forma individual, com uma maior visão
das necessidades reais da criança hospitalizada e acometida por agra-
vos, e por diversas anormalidades orgânicas, além de proporcionar um
olhar integral, humanizado e holístico para os recém-nascidos, que mui-
tas vezes se encontram fragilizados por estarem se adaptando fora da
barriga da mãe, em um universo totalmente diferenciado do oferecido
pelo período gestacional.
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ASSISTÊNCIA AO NEONATO:
DO PARTO AO NASCIMENTO

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FUNDAMENTOS DA NEONATOLOGIA: PARTO E NASCIMENTO

Antes de adentrar no mundo dos recém-nascidos, ou neona-


tos, faz-se necessário recordar o significado do termo “Neonatologia”.
Esse termo vem do Latim, e significa “ne(o)” direcionado ao sentido de
“novo”, e “nat(o)” direcionado ao sentido de nascimento, e “logia” que
significa estudo (SANTINI; APARECIDA, 2017).
Concluímos que a Neonatologia é a área da Medicina, chama-
da de Pediatria, que se objetiva em estudar as crianças no momento de
seu nascimento até os primeiros vinte e oito (28) dias de idade ou vida
fora da barriga da mãe, e é neste momento que a criança deixa de ser
chamada de recém-nascida e passa a ser denominada de lactentes.
Para o Ministério da Saúde (2013), o termo lactente é dire-
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cionado para a criança que está sendo amamentada, para a qual se
recomenda o ato do aleitamento materno até meados do segundo ano
de vida ou mais desse indivíduo. Não confunda: lactente com lactante,
porque o segundo termo é direcionado para as mulheres ou mães que
estão em pleno exercício da amamentação (Figura 1).

Figura 1: Amamentação: lactente e lactante

Fonte: FREEPIK. Acesso em 2021.

Seguindo o mesmo raciocínio do contexto anterior, o termo


“parto” (Figura 2) vem do Latim, e significa “parere” que é direcionado
ao sentindo de “dar à luz”, e o termo “partir” que é direcionado ao sen-
tindo de “partire”, “dividir em partes, separar”, derivado do termo “pars”,
que significa “parte”. Então, entendemos que o significado remete a
“afastar-se de algo, mover-se para outro lugar” (BRASIL, 2017).
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Figura 2: Parto Normal

Fonte: FREEPIK. Acesso em 12/06/2021.


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Então, chegamos à conclusão de que a palavra “parto” é di-
recionada ao momento em que a criança, recém-nascido ou neonato,
deixa o útero da genitora, finalizando o período gestacional, tratando-se
do nascimento do recém-nascido (BRASIL, 2017).
Vamos relembrar a importância do pré-natal para um desen-
volvimento embriológico e fetal adequado para, possivelmente, ter um
parto seguro e com qualidade, tanto para a mãe quanto para a criança
(PASSOS, 2018).
O momento da concepção de uma criança deve ser refletido
pelos seus genitores. Assim que souberem, através de exames bioquí-
micos e clínicos, da possível gravidez, deve-se iniciar imediatamente o
pré-natal, que tem o objetivo básico de ações preventivas e detecção de
doenças maternas e fetais (BRASIL, 2017).
As condutas realizadas durante esse período, certamente, per-
mitirão um desenvolvimento seguro e saudável para o feto, e possível
redução de agravos à saúde da gestante. Além disso, identificamos,
neste período, inúmeras doenças silenciosas no organismo materno,
que podem desencadear transtornos para o desenvolvimento do em-
brião, feto e para o recém-nascido (REZENDE; MONTENEGRO, 2017).
Geralmente, essas doenças podem ser prevenidas, tratadas
ou curadas, sem ocasionarem patologias ao neonato. Seu diagnóstico
permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não
só durante a gestação, mas também por toda a sua vida.
Anormalidades fetais, como malformação, geralmente são detec-
tadas no período do pré-natal (PASSOS, 2018). Algumas delas são desco-
bertas nos primeiros momentos embriológicos, permitindo, dessa forma, o
tratamento intrauterino, podendo proporcionar ao recém-nascido uma vida
segura, adequada e normal (REZENDE; MONTENEGRO, 2017).
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É importante salientar que no período do pré-natal também são
avaliados, critérios anatômicos, fisiológicos e placentários, para se ter
uma excelente formação fetal, evitando problema no momento do nas-
cimento e potenciais riscos de saúde aos recém-nascidos.
Precisamos avaliar os critérios placentários nesse período para
possibilitar tratamentos adequados, e com isso, evitar anormalidades,
como gravíssimos processos hemorrágicos, com sérios agravantes ma-
ternos e para o desenvolvimento fetal, e possivelmente anormalidades
para o recém-nascido (REZENDE; MONTENEGRO, 2017).
Principais objetivos do pré-natal para um nascimento seguro
(BRASIL, 2017):
- Orientar a gestante para o período gestacional, proporcionan-
do condutas educativas sobre o processo do parto e assistência ao re-
cém-nascido (puericultura);
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- Fornecer educação e saúde essencial sobre hábitos de qua-
lidade de vida;
- Fornecer educação e saúde sobre a manutenção de estado
nutricional gestacional para um excelente desenvolvimento do recém-
-nascido;
- Orientar sobre o uso de fármacos que possam afetar o desen-
volvimento embrionário e possivelmente fetal;
- Tratar possíveis patologias que possam surgir no andamento
do processo gestacional;
- Trabalhar com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento
de patologias previsíveis gestacionais;
- Nas consultas do pré-natal, o profissional enfermeiro deverá
orientar a gestante com relação à dieta, higiene, sono, hábito intestinal,
exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool,
drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias, e que
possam interferir no desenvolvimento do recém-nascido.
Principais diretrizes nacionais de assistência ao parto normal
para um nascimento de recém-nascido saudável (BRASIL, 2017):
- Gestantes em trabalho de parto com parto normal planejado,
seja ele: espontâneo e/ou induzido, entre 37 e 42 semanas gestacio-
nais, com feto único, vivo e em apresentação cefálica;
- Gestantes com ruptura prematura de membranas no termo ou
imediatamente antes do parto;
- Parturientes que apresentarem eliminação de mecônio ime-
diatamente antes ou durante o trabalho de parto;
- Anormalidades ou complicações mais comuns encontradas
na assistência ao trabalho de parto;
- Neonato nascido normal imediatamente após o parto e nas
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primeiras horas de vida;


- Neonato nascido imediatamente após o parto na presença de
líquido meconial;
- Neonato nascido normal em alojamento conjunto e no mo-
mento da alta;
- Preconização do aleitamento materno e estímulo à amamen-
tação.
É preciso dizer que para se estudar um recém-nascido preci-
samos ter fundamentos baseados em evidências científicas relacionada
ao pré-natal, parto e nascimento.

Para um nascimento e desenvolvimento do recém-nascido, o enfermeiro, jun-


tamente com a equipe médica, necessita saber as estatísticas fetais (Figura
3) para que no momento do parto não venha a ter distorcias (são considera-

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das anormalidades relacionadas ao tamanho ou posição fetal, resultando em
dificuldades no decorrer do parto) e possíveis danos ao neonato (REZENDE;
MONTENEGRO, 2017).

Figura 3: Esquema da Estatística Fetal

Fonte: REZENDE; MONTENEGRO, 2017.

As anormalidades relacionadas ao trabalho de parto pode-


rão trazer inúmeros prejuízos para a mãe e para o recém-nascido,
como anormalidade de ombros ou distorcia de ombros, podendo
chegar a ocasionar graves consequências à mulher no momento do
parto, desde lacerações, atonia e rotura do útero, ou ainda, afasta- INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

mento da região anatômica feminina, chamada de sínfise púbica. E


ao feto, ou ainda recém-nascido, pode chegar a ocorrer lesões dos
conjuntos de nervos da região braquial, fratura clavicular ou da
região do úmero, podendo evoluir para o óbito do recém-nascido.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: <https://
www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/184-distocias.>

Por este motivo no período do pré-natal é preciso avaliar a es-


tatística fetal do tipo atitude (Figura 4), considerando a relação das di-
versas partes do feto entre si.

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Figura 4: Esquema da Estatística Fetal do Tipo Atitude

Fonte: REZENDE; MONTENEGRO, 2017.

Além de avaliar, no período do pré-natal, a estatística fetal do


tipo atitude, também é necessário e obrigatório para o enfermeiro e mé-
dico avaliarem outro tipo de estatística fetal, denominada de situação
(Figura 5), considerada a “relação entre os grandes eixos longitudinais
fetais e uterinos” (REZENDE; MONTENEGRO, 2017).

Figura 5: Esquema da Estatística Fetal do Tipo Situação


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Fonte: REZENDE; MONTENEGRO, 2017.

Seguimos analisando os critérios para um nascimento saudável,


sem intercorrências no momento do parto. A próxima estatística fetal é
denominada de apresentação (Figura 6), considerada uma “região fetal
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que se localiza na área do estreito superior da bacia” (PASSOS, 2018).
No final do pré-natal, é necessário observar, através de exa-
mes de imagens e palpação obstétrica, este tipo de estatística fetal para
uma perfeita evolução do feto no momento do nascimento.

Figura 6: Esquema da Estatística Fetal do Tipo Apresentação

Fonte: PASSOS, 2018.

Quando nos referimos ao nascimento fetal, não podemos es-


quecer: precisamos colocar em prática um pré-natal de qualidade e se-
guro, dessa forma, teremos o mínimo de risco possível de um nasci-
mento fetal com intercorrência, e um crescimento e desenvolvimento da
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criança com anormalidade (REZENDE; MONTENEGRO, 2017).

O momento do nascimento do recém-nascido é uma trans-


formação para o mundo materno e infantil, pois existe a separação
entre o neonato e o corpo materno. O neonato necessita explorar um
novo mundo, cheio de desafios e adaptações, porque, a partir de ago-
ra, as suas células, tecidos, órgãos e sistemas precisam trabalhar em
conjunto para mantê-lo vivo. Por isso, que o acompanhamento ges-
tacional é de extrema importância para a sobrevivência do neonato.

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O momento do parto é algo de grande importância para a vida
materna, ou seja, é o momento mais significativo para uma mulher e
para a sua criança. Dessa forma, necessita ser pensado, criteriosamen-
te, para estabelecer um momento seguro para mãe e para a criança
(REZENDE; MONTENEGRO, 2017).
As orientações durante todo o período gestacional devem ser
constantes, sendo de extrema necessidade para gestante e, mais na
frente, parturiente, para desmitificar mitos e possíveis medos que pos-
sam ocorrer em todas as semanas gestacionais, perdurando até o mo-
mento do nascimento fetal (BRASIL, 2017).

Filme sobre o assunto: o que esperar quando você está


esperando (Universal, Pictures, 2012)
Peça de teatro: O começo da vida (YouTube Filmes, 2016)
Acesse os links: <https://www.scielo.br/j/ean/a/gYVrMJVRR-
dtYbnMzCPgbTzw/?lang=pt&format=pdf. > e <https://www.scielo.
br/j/rlae/a/HsThZd9ZxDmktt5PwzF4Nft/?lang=pt&format=pdf. >.
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno
note a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação.

HISTÓRIAS, CONCEITOS E PRESSUPOSTOS DA ENFERMAGEM


NEONATOLÓGICA
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Continuando o nosso contexto dos princípios da Neonatologia,


dizemos que os seus conhecimentos são oriundos da Pediatria, que
significa estudo da criança. Entretanto, a Neonatologia tem como ênfa-
se a assistência integral ao recém-nascido (RN), de 0 a 28 dias de vida
extrauterina (ALMEIDA; SABATES, 2007).
Os neonatos são seres humanos especiais e sensíveis, por
este motivo, existe um ramo da área da saúde somente para estudá-los
e buscar fazer ciência em uma área de extrema humanização e cuida-
dos especiais (PASSINHO, 2019).
O período neonatal é considerado um período adaptativo, tanto
para criança, mãe e família, por isso dizemos que pode existir uma com-
plexidade no ato do cuidar (ALMEIDA; SABATES, 2007).
Preste atenção: já pensaste, por exemplo, como é ficar de 37
a 39 semanas, podendo chegar até 42 semanas, no interior do útero,
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recebendo tudo que necessitas oriundo do corpo materno e, de repente,
terás que realizar tudo sozinho, ou melhor, tudo dependerá do funcio-
namento correto do seu organismo? É por essas indagações que nos
referimos sobre a complexidade do mundo dos neonatos.
A gênese dos estudos da Neonatologia relata que, no século
XIX, as crianças não eram bem vistas pelos estudiosos, eram ignora-
das pela Medicina, além disso não existiam hospitais especializados para
atender as crianças, gerando altas taxas de morbimortalidade pediátrica,
com ênfase principalmente entre as crianças prematuras (BRASIL, 2013).
Neste período, existia entre os pesquisadores e estudiosos um
pensamento de que a seleção natural faria a sua função: eliminar as
crianças menos adaptadas ao ambiente (ALMEIDA; SABATES, 2007).
É complexo compreender que existiam pessoas que pensa-
vam em seleção natural entre as crianças, em pleno século XIX, mas
devido às altas taxas de mortalidade infantil e baixa taxa de natalidade
foi criado na época um sentimento de despovoamento e vulnerabilidade
entre o povo europeu e, com isso, surgiram movimentos pela saúde pe-
diátrica. A partir desses movimentos, iniciou-se as práticas preventivas
para as crianças e aos poucos essas práticas foram se expandido para
o público materno, em prol de uma maternidade segura, com menores
taxas de mortalidade materno-infantil (BRASIL, 2013).
Em meados do final dos anos 70, um funcionário de um centro
de cuidados para animais (zoológico) criou em Paris, a pedido de um
professor pesquisador da área da obstetrícia, uma estrutura que foi de-
nominado de incubadora, que foi instalada e utilizada em uma materni-
dade em Paris. Para a felicidade do criador e dos pesquisadores, esse
instrumento foi o responsável pela diminuição das taxas de morbimor-
talidade de 66% para 38% entre os recém-nascidos menores de 2000
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
gramas (SPRINGHOUSE, 2006).
O ramo da pediatria denominado de Neonatologia teve seu ver-
dadeiro começo com o pesquisador e obstetra francês Pierre Budin, que
estendeu seus estudos e preocupações com os neonatos para além das
salas de maternidade, planejando e desenvolvendo clínicas ou ambulató-
rio pediátricos para os estudos de puericultura (ALMEIDA; REIS, 2021).
“A puericultura é uma subespecialidade da pediatria que se
preocupa com o acompanhamento integral do processo de crescimento
e desenvolvimento infantil, buscando analisar estes processos físicos e
motor, a linguagem, a afetividade e a aprendizagem cognitiva do público
infantil” (BRASIL, 2013).
Nos primeiros 10 anos do século XX foram observados um au-
mento dos estudos pediátricos para a ciência da saúde, além de um
aumento de médicos com especialidades neonatais, dentre outros pro-
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fissionais da área da saúde que vem a cada dia buscando se especia-
lizar em Neonatologia, principalmente, sobre critérios de alimentação e
prematuridade (ALMEIDA; REIS, 2021).
O mais importante é que a história também afirma que, a partir
da valorização dos estudos pediátricos e com os avanços da ciência neo-
natológica, as taxas de morbimortalidade foram reduzindo e, com isso, as
infecções hospitalares também foram sendo controladas ou minimizadas
com o isolamento dos neonatos em setores do âmbito das maternidades.
Entretanto tais precauções foram motivos para a segregação entre mãe e
filho, prejudicando o vínculo afetivo materno (BRASIL, 2013).
Com o passar do tempo, os profissionais da enfermagem co-
meçaram a exercer uma função fundamental no campo da Neonatologia
(BRASIL, 2013). O pesquisador e grande estudioso americano, chamado
de Júlio Hess, descreveu em seus estudos científicos que os melhores cui-
dados e resultados obtidos em suas pesquisas, que eram fundamentadas
no contexto técnico e científico, estavam sendo alcançados pelos enfer-
meiros que prestavam os seus cuidados com neonatos prematuros, além
de supervisionarem todo o setor neonatológicos (SPRINGHOUSE, 2006).

Foi a partir desse contexto que o enfermeiro especializado


em Neonatologia vem em crescente ascensão, com as diminuições
significantes das taxas de mortalidade infantil, e os cuidados com
neonatos prematuros vem cada dia mais em crescentes investiga-
ções fundamentadas na ciência e, além da Enfermagem e da Me-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

dicina, outras áreas do campo da saúde também estão voltando o


seu olhar para esta especialização do ramo da saúde da criança.
A enfermagem (Figura 7) é uma profissão voltada para pro-
moção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde da popula-
ção, e requer constantes treinamentos inovadores, devido à evolu-
ção tecnológica e científica (COFEN, 2009).

Figura 7: Esquema Didático da Equipe de Enfermagem

Fonte: COFEN, 2009.


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O enfermeiro, como líder, busca instrumentos pertinentes para
capacitar toda a sua equipe de enfermagem, oferecendo, desta forma,
uma melhor assistência de saúde ao paciente pediátrico que se encon-
tra em um serviço de organização hospitalar.

Podemos dizer que gerenciamento significa organizar, pla-


nejar e executar atividades ou tarefas que tenham como objetivo
facilitar os diversos processos de trabalho. O gerenciamento deve
ser realizado por um profissional administrador, gerente ou líder
que seja direcionado para a gestão de processos e de pessoas.

O gerenciamento ou supervisão em enfermagem e em pedia-


tria é uma atribuição complexa do enfermeiro. É direcionada para a li-
derança da equipe, planejamento, supervisão, controle e avaliação das
ações que serão desenvolvidas junto aos pacientes infantis que bus-
cam, através dos familiares, os serviços para as suas necessidades de
saúde (SANTINI; APARECIDA; MUTSUMI, 2017).
O enfermeiro exerce a sua função na gerência ou na assistên-
cia, baseado nas atribuições legais do código de deontologia e da lei
profissional da enfermagem.
Para complementar os estudos do gerenciamento ou supervisão
em enfermagem, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN em 1986,
em obediência à Lei nº 7. 498, determinou e destacou na íntegra que:

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O gerenciamento na equipe de enfermagem fosse uma atividade conferida
privativa ao enfermeiro. O enfermeiro exerce todas as atividades de enfer-
magem, no entanto são privativas à direção dos órgãos de enfermagem da
instituição de saúde pública e privada e à chefia de serviço e de unidade
de enfermagem, a organização e a direção dos serviços de enfermagem e
de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses
serviços, o planejamento, a organização, a coordenação, a execução e a
avaliação dos serviços de assistência de enfermagem. (COFEN, 2017).

Ser enfermeiro, líder ou gerente, no cotidiano atual de seu tra-


balho é desenvolver ações fundamentadas para a promoção, prevenção
e recuperação da saúde do ser humano. Para tal, é preciso envolver o
ato de coordenar e avaliar o desenvolvimento do trabalho da equipe de
enfermagem e da assistência prestada ao paciente, usuário ou cliente
(ALMEIDA; SABATES, 2017). Para isso, é preciso se capacitar cons-
23
tantemente nas funções que envolvam gerencia, a fim de desenvolver o
trabalho com qualidade e segurança para o paciente pediátrico.
Para complementar, os estudos das atribuições dos profissio-
nais da enfermagem brasileira, especificamente o Conselho Federal de
Enfermagem – COFEN, através da Lei nº 7. 498/86, destacam, na ínte-
gra, que a função do profissional de nível médio da enfermagem é:

O técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orien-


tações e no acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar,
e participando no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe
participar da programação da assistência, executar ações assistenciais, exceto
as privativas do enfermeiro, e participar da equipe de saúde (COFEN, 2017).

Ainda segundo o COFEN (2017), através da Lei nº 7. 498/86,


destaca-se, na íntegra, que a função do profissional de nível médio da
enfermagem é:

O auxiliar de enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza re-


petitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem
como a participação em nível de execução simples, em processos de trata-
mento, cabendo-lhe especialmente, observar, reconhecer e descrever sinais
e sintomas, participar de ações de tratamento simples e prestar cuidados
de higiene e conforto ao paciente, e por fim, participar da equipe de saúde
(COFEN, 2017).

Conforme foi abordado nos tópicos anteriores, o avanço da tecno-


logia associado à globalização faz com que os enfermeiros da era moderna
estejam cada vez mais direcionados ao saber-fazer no ramo da Neonatolo-
gia, focando suas habilidades para uma assistência de enfermagem, pedi-
átrica, com qualidade no cenário de saúde atual, sejam elas assistenciais,
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

administrativas, educativas e/ou gerenciais (ALMEIDA; SABATES, 2017).

CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES DOS RECÉM-NASCIDOS

Após perpassarmos por todas as etapas do período gesta-


cional, do trabalho de parto e do parto ao nascimento, adentramos ao
universo do recém-nascido. Veremos alguns conceitos e classificações
importantes para os nossos estudos.
Na sala de recepção do recém-nascido, é necessário que os
materiais que serão usados para admissão do neonato já estejam orga-
nizados, higienizados, através de processos de desinfecção e esteriliza-
ção, para não haver contaminações microbiológicas do tipo cruzada, já
que estamos nos referindo a indivíduos que não têm um sistema imuno-
24
lógico efetivo. Os materiais necessários são o berço de calor irradiante,
material para reanimação cardiopulmonar (RCP), entre outros.
Segundo Passos (2018), os cuidados na hora do nascimento
(Figura 8):

Figura 8 - Esquema Didático dos Cuidados Para o Neonato

Fonte: Passos, 2018.

Para Passos (2018), a avaliação da vitalidade ao nascer (Fi-


gura 9):

Figura 9: Esquema Didático da Avaliação da Vitalidade ao Nascer

INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Passos, 2018.

Preste atenção:
Gestação a termo: “termo” é direcionado ao parto nas semanas
gestacionais certas. Possivelmente, o neonato sofrerá com anormalida-
des respiratórias e outras anormalidades nos primeiros momentos de
vida (SPRINGHOUSE, 2006).
Mecônio: termo usado em pediatria para caracterizar um tipo
de substância orgânica fecal e estéril, de coloração verde-escura, que
é produzida pelos intestinos antes do nascimento fetal. Geralmente, é
excretado após o nascimento, mas também pode ser eliminado junta-
25
mente com o líquido amniótico. É comum ser eliminado no momen-
to que o neonato inicia o processo de amamentação ou alimentação
(SPRINGHOUSE, 2006).
De acordo com as Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto
Normal, do Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos Departamento de Gestão e Incorporação de Tec-
nologias em Saúde, de 2017:

Se houver mecônio significativo e o recém-nascido não apresentar respira-


ção, frequência cardíaca e tônus normais ele deve ser assistido segundo
diretrizes reconhecidas de reanimação neonatal, incluindo a realização pre-
coce de laringoscopia e sucção sob visão direta (BRASIL, 2017, online.).

Já para a Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), os critérios


decisivos relacionados à estabilização e/ou reanimação dependerão do
processo avaliativo, concomitante da frequência respiratória e frequên-
cia cardíaca.
Para o Ministério da Saúde, de acordo com as Diretrizes Nacio-
nais de Assistência ao Parto Normal, “se houver mecônio significativo
e a criança estiver saudável, a mesma deve ser observada em uma
unidade com acesso imediato a um neonatologista, estas observações
devem ser realizadas com uma e duas horas de vida e depois de duas
em duas horas por doze horas” (BRASIL, 2017).
Ainda, para o Ministério da Saúde (2017), “se não houver me-
cônio significativo, observar o recém-nascido com duas e duas horas de
vida em todos os locais de parto”.
É importante salientar que o processo de avaliação da vitalida-
de do neonato é de extrema importância, para seguir com os cuidados
imediato e mediato, como veremos no próximo capítulo. E devemos
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

sempre lembrar que, existindo mecônio, o neonato deve ser avaliado


por um neonatologista e/ou pediatra, além de um profissional enfermei-
ro especializado em neonatologia (ALMEIDA; REIS, 2021).
O neonato e a genitora, se não estiverem em uma maternidade
na hora do parto e ainda se os critérios de vitalidade neonatal estiverem
foram dos padrões normais, precisam ser transferidos, imediatamente,
para um setor hospitalar especializado para os cuidados especializados.
Para o Brasil (2017), os critérios de vitalidade neonatal são:
- Frequência respiratória > 60 rpm;
- Presença de gemidos;
- Frequência cardíaca < 100 bpm ou > 160 bpm;
- Enchimento capilar acima de 3 segundos;
- Temperatura corporal ≥ 38°C ou 37,5°C em 2 ocasiões com
26
30 minutos de intervalo; Saturação de oxigênio < 95%
- Presença de cianose central confirmada pela oximetria de pulso.
Para o Brasil (2011), a classificação da idade gestacional (Fi-
gura 10):

Figura 10: Esquema Didático da Classificação da Idade Gestacional

Fonte: BRASIL, 2012.

- Recém-nascido a termo: aquele neonato cujo nascimento é


dentro da idade gestacional correta.
- Recém-nascido pré-termo: aquele neonato cujo nascimento é
antes da idade gestacional correta.
- Recém-nascido pós-termo: aquele neonato cujo nascimento
ocorre após a idade gestacional correta.
É importante sempre recordar que se o nascimento antes do
tempo pode acarretar riscos para o neonato, o nascimento pós-termo
também acarreta inúmeras complicações fisiológicas. E a mesma si-
tuação para aqueles que nascem após o período gestacional correto,
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
podendo ocorrer minimização, trocas gasosas e de nutrientes, e os
neonatos nascidos após 42 semanas de gestação podem apresentar
anormalidades na frequência respiratória e em questões nutricionais im-
portantes para período neonatal (BRASIL, 2012).
Para o Brasil (2012), a classificação de acordo com o peso e
idade gestacional (Figura 11):
É considerada uma classificação que possibilita o processo de
avaliação relacionado ao crescimento intrauterino, uma vez que, de acordo
com a relação entre o peso e a IG, os neonatos são classificados como:

27
Figura 11: Curvas de Crescimento Peso e Idade Gestacional

Fonte: BRASIL, 2011.


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

- Adequados para a idade gestacional (AIG): 90 a 95% dos ne-


onatos nascem dentro dos padrões estabelecidos. Relacionando o peso
e o crescimento intrauterino, dizemos que são adequados para a idade
gestacional (ALMEIDA; REIS, 2021);
- Pequenos para a idade gestacional (PIG): Neonatos que ge-
ralmente sofreram desnutrição intrauterina, em geral como consequên-
cia de doenças ou desnutrição maternas (ALMEIDA; REIS, 2021);
- Grandes para a idade gestacional (GIG): Neonatos que ge-
ralmente são grandes para a idade gestacional. Dizemos que são filhos
de genitoras diabéticas ou de genitoras com o fator Rh- (negativo) que
foram sensibilizadas em gestações anteriores por filhos Rh+ (ALMEI-
DA; REIS, 2021).
Vale ressaltar que a assistência ao paciente pediátrico deve ser
sistematizada e individualizada.
28
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
A Neonatologia é a área da Medicina, chamada de Pediatria, que se
objetiva em estudar as crianças:
a) No momento de seu nascimento até os primeiros vinte e oito (28) dias
de vida.
b) No momento de seu nascimento até os primeiros vinte (20) dias de vida.
c) No momento de seu nascimento até os primeiros 24 meses dias de
idade.
d) No momento de seu nascimento até os primeiros 12 meses dias de
idade.
e) No momento de seu nascimento até os primeiros 7 dias de vida.

QUESTÃO 2
É um termo usado em Pediatria para caracterizar um tipo de substân-
cia orgânica fecal e estéril de coloração verde-escura, chamada de:
a) Mecônio
b) Sangue
c) Pus
d) Fezes
e) Líquido amniótico

QUESTÃO 3
Para o nascimento e desenvolvimento do recém-nascido, o enfer-
meiro, juntamente com a equipe médica, necessita saber:
a) A estatística relacionada aos exames bioquímicos neonatais;
b) A estatística fetal;
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
c) A estatística materna;
d) A estatística pélvica;
e) A estatística óssea do feto.

QUESTÃO 4
Neonatos que geralmente são grandes para a idade gestacional
são chamados de:
a) PIG;
b) GIG;
c) AIG;
d) PEIG;
e) EGIG.

29
QUESTÃO 5
O Neonato cujo nascimento é dentro da idade gestacional correta
é chamado de:
a) RN a termo;
b) RN pré-termo;
c) RN a termo tardio;
d) RN pós-termo;
e) RN pós-termo precoce.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O momento do parto é algo de grande importância para a vida materna.
É o momento mais significativo para uma mulher e para a sua criança,
dessa forma, necessita ser pensado, criteriosamente, para estabelecer
um momento seguro para mãe e para a criança. Sobre o enunciado,
comente acerca da importância do enfermeiro neonatologista para as
condutas de orientações para o binômio mãe e filho.

NA MÍDIA
PRINCIPAIS QUESTÕES SOBRE COVID-19 NO CUIDADO NEONA-
TAL E NO SEGUIMENTO DO RN DE RISCO
Uma grande preocupação atualmente é em relação à proteção ao Recém-
-Nascido, evitando a sua contaminação, além dos profissionais de saúde
que os atendem. A grande mudança de paradigma é como atender essas
crianças de forma segura e tendo o menor risco possível para os profissio-
nais de saúde. Deve-se estar atento a realizar, previamente ao nascimento,
uma simulação da paramentação e desparamentação com muito cuidado,
atenção e concentração a fim de prestar o melhor atendimento com as
menores chances de contaminação das pessoas. Outro item importante é
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

a realização de uma boa anamnese, pois a equipe deve estar informada


e preparada no caso de receber uma mãe suspeita ou confirmada para
COVID-19.O local de nascimento, os materiais e os equipamentos neces-
sários devem ser previamente preparados e a sala de atendimento à mãe
deve ser diferente da sala de atendimento ao recém-nascido.
Fonte: Fiocruz
Data: 26 jun. 2020.
Leia a notícia na íntegra: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/aten-
cao-recem-nascido/principais-questoes-covid-19-cuidado-neonatal-e-
-seguimento-do-rn-de-risco/.

NA PRÁTICA
O fato de os neonatos não verbalizarem a dor que sentem agravava a
crença que se tinha, até meados dos anos de 1970, de que o recém-
30
-nascido (RN) era incapaz de sentir dor, em virtude da imaturidade neu-
rológica, das vias nervosas não totalmente mielinizadas ou da ausência
de função cortical suficientemente integrada para interpretar ou recor-
dar as experiências dolorosas.
Porém, mesmo nos dias atuais, encontramos profissionais que ainda
duvidam da capacidade do RN de sentir dor, ou avaliam o fenômeno ál-
gico de forma empírica, o que reflete no cuidado prestado aos neonatos.
Nesse sentido, acredita-se que essa divergência entre o conhecimento
científico e a conduta na prática clínica se deve, provavelmente, à difi-
culdade de avaliação e de mensuração da dor de recém-nascidos. Esse
fato aponta para a necessidade de investimentos em novos estudos so-
bre o tema, bem como do incremento de rotinas/protocolos para avaliar
e manejar a dor nessa população.
Ao lidar com pacientes pré-verbais, em diferentes fases de desenvolvimen-
to cognitivo, e que expressam de forma similar as suas reações aos mais
variados estímulos, pode-se deparar com dificuldades na avaliação das
respostas à dor, o que pode impedir um cuidado adequado e eficiente,
tendo em vista que o estímulo doloroso pode ter repercussões orgânicas e
emocionais, afetando a qualidade de vida futura desses pacientes.
A enfermagem desempenha papel fundamental no controle da dor e
na minimização do sofrimento do RN, visto que permanece junto ao
doente grande parte do tempo de internação, além de ser diretamente
responsável por procedimentos invasivos e, consequentemente, doloro-
sos, tão presentes em ambientes de unidades de cuidados neonatais.
Fonte: CAETANO, et al., 2013.
Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ean/a/WjjZJDJbNmqZYxXmgz-
zrDmx/?lang=pt>. Acesso em: 27/09/21.

INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS


PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: A Vida Secreta dos Bebês (BBC, 2014)
Peça de teatro: O Renascimento do Parto (MasterBrasil Filmes, 2013)
Acesse os links:
https://www.scielo.br/j/ean/a/WjjZJDJbNmqZYxXmgzzrDmx/?lang=pt. e
http://atualizarevista.com.br/article/assistencia-de-enfermagem-frente-
-dor-no-recem-nascido-da-unidade-de-terapia-intensiva-v-6-n-6/.

31
ASSISTÊNCIA AO NEONATO:
CARACTERÍSTICAS E ROTINAS
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

PROCESSOS DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: NEONATOLOGIA

Ao longo dos anos foi necessário oferecer ao paciente uma


melhor assistência, baseada em achados científicos, a fim de garantir
avaliações clínicas, práticas seguras e cuidados da equipe de enferma-
gem (enfermeiro, auxiliares e técnicos), com um olhar holístico, humani-
zado e seguro para com o paciente nos diversos níveis de complexida-
des da assistência em saúde (POTTER; PERRY, 2013).
Esse cuidar é direcionado para uma assistência planejada e
continuada, que chamaremos de sistematização. O ato de planejar o cui-
dar requer leitura e conhecimento dos fatos que ocorrem nos diferentes
setores no âmbito hospitalar, além dos princípios norteadores que dife-
rem somente no processo saúde x doença (POTTER; PERRY, 2013).
3232
A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) faz par-
te do processo de enfermagem (Figura 12), composto por cinco etapas
(Figura 13): investigação, diagnóstico, planejamento e intervenções das
ações de enfermagem. Para que ocorra a SAE e o PE, na unidade de
terapia intensiva no âmbito da Neonatologia, o profissional enfermeiro
deve seguir as etapas passo a passo (COFEN, 2009).

Figura 12: Objetivo do Processo de Enfermagem

Fonte: POTTER; PERRY, 2013.

Para complementar os estudos da sistematização da assistência


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
de enfermagem (SAE), o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN,
através da Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009, destaca que:

Toda instituição de saúde, pública e privada, sendo que cabe privativamente ao


enfermeiro realizar todas as etapas da SAE. A presente resolução organiza o
trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando pos-
sível a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE) descrito em cinco
etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfer-
magem, implementação e avaliação de enfermagem (COFEN, 2009, online.).

O foco principal da implantação da sistematização da assis-


tência em enfermagem, em Neonatologia, nas instituições hospitalares
brasileiras é para organizar o ato do cuidar do PE (Figura 13), e esse ato
deve ser planejado e bem elaborado (LAGES, 2019).

33
Figura 13: Etapas do Processo de Enfermagem

Fonte: HINKLE; CHEEVER, 2016.

Por este motivo, podemos considerar a SAE como um instru-


mento sistemático que proporciona ao profissional enfermeiro o proces-
so de redefinição das suas atribuições gerenciais e assistenciais.
O PE deve ser sistematizado (Figura 15) pelo enfermeiro com
o objetivo de prestar cuidados clínicos, de acordo com a patologia do
ser humano que se encontra internado em terapia intensiva (SOARES,
2020). As orientações são fornecidas ao paciente por meio do enfer-
meiro, a partir do momento da internação até a sua alta neste setor de
cuidados intensivos (LAGES, 2019).

Figura 14: Esquema Didático das Etapas do Processo de Enfermagem


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: COFEN, 2012.

O paciente em terapia intensiva pode se encontrar com várias


limitações, como por exemplo, intubado, podendo desenvolver inúmeras
34
consequências de distúrbios orgânicos ou não, precisando, desta forma,
de assistência de enfermagem sistematizada (KNOBEL et al., 2006).
Não se pode esquecer que o PE planeja as atribuições e con-
dutas clínicas, gerenciais e assistenciais do enfermeiro, além de servir
para analisar e coletar as informações (histórico) do paciente para ela-
boração dos diagnósticos de enfermagem e realização das interven-
ções clínicas necessárias para a recuperação orgânica desse indivíduo
(HINKLE; CHEEVER, 2016).

O ato de avaliar, diariamente, um paciente neonato em cui-


dados intensivos necessita de uma sistematização fundamentada
nas necessidades biopsicossociais deste indivíduo, além do conhe-
cimento das técnicas semiológicas do profissional enfermeiro e da
equipe multiprofissional que compõe a unidade de terapia intensiva.

Avaliar, clinicamente, o estado de saúde de um indivíduo infantil e


debilitado se faz preciso para realizar exame físico apropriado e específico,
a fim de possibilitar ao enfermeiro a execução do ato de cuidar, baseada
em evidência clínicas e científicas. Dessa forma, oportuniza um atendimen-
to de saúde qualificado e individualizado ao indivíduo pediátrico, que se
encontra no leito de uma unidade de terapia intensiva (LAGES et al., 2019).

INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

35
Figura 15: Sistematização do Processo de Trabalho em Enfermagem
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: SAENF. Acesso em 20 de junho de 2021.

A avaliação clínica (Figura 16) de enfermagem ou exame fí-


sico é a associação da arte do cuidar com a ciência da enfermagem.
Dizemos que a partir dessa junção surge um processo de enfermagem
mais importante para a elaboração do plano assistencial do enfermeiro,
denominado de avaliação clínica (BARROS, 2016).
É importante dizer que a avaliação clínica é baseada na identifi-
cação das queixas trazidas pelo paciente, na investigação da história atu-
al e pregressa de como a doença se instalou (SMELTZER; BARE, 2005).
36
As informações que foram coletadas do paciente são funda-
mentadas nas ciências biológicas e da saúde, e durante o processo de
avaliação clínica (exame físico) o enfermeiro fará uso dos seus órgãos
dos sentidos: visão, audição, tato e olfato (BARROS, 2016). Além disso,
utilizamos técnicas propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e
ausculta, e utilizamos instrumentos, como:

Figura 16: Esquema Didático das Técnicas Propedêuticas Para Exame Físico

Fonte: BARROS, 2016.


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
A avalição clínica ou exame físico pode ser completo ou es-
pecífico. Pode, ainda, incluir: o peso, a altura, dado vital e um exame
da cabeça aos pés do neonato. Nesse exame, avalia-se todos os sis-
temas do organismo do recém-nascido. O enfermeiro é habilitado para
a realização do exame físico durante o processo de enfermagem, que
sistematiza o ato de cuidar (BARROS, 2016).
Segundo os estudos de Potter e Perry (2013), a preparação do
paciente pediátrico para a realização do exame físico envolve:
- Ambiente: neste momento é preciso conceder a criança, jun-
tamente com a mãe ou família, um lugar calmo e seguro, com privacida-
de e iluminação apropriada para averiguar os achados clínicos;
- Equipamentos: neste momento é preciso que os aparelhos ou
equipamentos estejam organizados, prontos e próximos para averiguar
37
os achados clínicos.
- Preparação física da criança: é preciso conceder ao paciente pe-
diátrico conforto vital para a realização de um exame físico bem-sucedido.
Além da preparação do paciente para a avaliação física, os
estudiosos da área da enfermagem pediátrica, como Hinkle e Cheever
(2016), afirmam que é preciso pensar em um posicionamento adequado
para essa avaliação. Os referidos autores dizem que:
- O posicionamento do paciente depende da manobra que será
executada e das regiões analisadas;
- O paciente não deve ficar exposto por muito tempo;
- O investigador não deve ocasionar transtornos, constrangi-
mentos ou desconforto ao paciente, mãe ou família, do recém-nascido;
- Dependendo do tipo de exame a ser realizado, podemos po-
sicionar o paciente pediátrico corretamente;
- Todo o exame físico tem que ser na presença da mãe, pai ou
familiares que estejam acompanhando a criança.
O enfermeiro especializado em Neonatologia vem em crescen-
te ascensão, com as diminuições significantes das taxas de mortalidade
infantil, e os cuidados com neonatos prematuros vem cada dia mais em
crescentes investigações fundamentadas na ciência e, além da Enfer-
magem e da Medicina, outras áreas do campo da saúde também estão
voltando o seu olhar para esta especialização do ramo da saúde da
criança (SANTINI; APARECIDA, 2017).
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Filme sobre o assunto: Quando tudo começou (Fundação


Maria Cecília, 2016). Pictures, 2012)
Peça de teatro: Tudo sobre a gravidez (Discovery Channel
, 2018)
Acesse os links:<http://www.revistas.mpmcomunicacao.
com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/738/854> e
<https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/arti-
cle/view/25638/20394>.
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno
note a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação.

38
ABORDAGENS SOBRE OS PRINCIPAIS ASPECTOS PARA A COM-
PREENSÃO DA ROTINA DOS CUIDADOS NEONATAIS: IMEDIATOS

Adentramos em um contexto em que se faz preciso compreen-


der que a Enfermagem é uma área da saúde que se compromete com a
elaboração, planejamento e liderança da assistência prestada ao cliente
neonato nos diversos contextos sócio, ambientais e culturais, em reso-
lução das necessidades desta criança, mãe e família.
E é nessa perspectiva de saber conhecer e fazer que começa-
remos a discutir e compreender os cuidados ou assistências imediatas
ao recém-nascido, ou melhor, aqueles cuidados prestados aos neona-
tos logo após o nascimento, que corresponde cerca de até duas horas
após o parto (SANTINI; APARECIDA, 2017).
Ainda podemos afirmar que “tais cuidados representam a ne-
cessidade de intervenção para auxiliar a adaptação do recém-nascido à
vida extrauterina - cuidados imediatos” (HOCKENBERRY, 2006).
A assistência imediata ao neonato ou recém-nascido oferecerá
condições adequadas ao seu processo de nascimento bem como pre-
parará o profissional enfermeiro para o saber técnico e científico, para
uma assistência segura e de qualidade para estes pacientes pediátricos
(PASSOS, 2018).
Segundo Costa et al. (2013) e Passos (2018), a assistência
imediata ao recém-nascido tem por objetivo:
- Promover e manter o processo do equilíbrio orgânico ou ho-
meostase do recém-nascido;
- Estabelecer a permeabilidade do sistema respiratório (vias
aéreas) superior, mas tendo cuidado para não executar o ato de aspirar
rotineiramente (Figura 17);
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Figura 17: Cuidado Imediato: Aspiração do Recém-nascido

Fonte: PASSOS, 2018.


39
- Tentar promover a temperatura corporal orgânica adequada
(secando e aquecendo) o recém-nascido, tentando garantir o mais pró-
ximo possível à temperatura ambiente na sala operatória de parto com
temperatura variando entre 23ºC e 26ºC;
- Estabelecer promoção de prevenção de processos infecciosos;
- Orientar e incentivar o aleitamento materno nas primeiras ho-
ras de vida do neonato.
Outro cuidado imediato, importantíssimo, é chamado de bole-
tim ou escala de Apgar (Figura 18). É considerado um teste, cujo obje-
tivo é avaliar as condições vitais e vitalidade do neonato. Inclui desde
avaliação, criteriosa, da frequência cardíaca, batimento cardíaco, siste-
ma respiratório (esforço), tônus muscular, irritabilidade reflexa e colora-
ção da pele. Deve ser avaliado no primeiro minuto de vida e no quinto
minuto de vida. Também pode ser avaliado dependendo da necessida-
de do recém-nascido (PASSOS, 2013).

Figura 18: Cuidado Imediato: Escala ou Índice de Apgar


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: ALMEIDA; REIS, 2021.

A função do enfermeiro na liderança é de extrema importância


para coordenar os cuidados imediatos dos recém-nascidos, pois orga-
nizam, planejam e executam atividades ou tarefas que tenha como ob-
jetivo facilitar os diversos processos de trabalho, além de orientar toda
a sua equipe de enfermagem para executarem os cuidados imediatos,
garantindo segurança e qualidade na assistência, trabalhando em con-
junto com o profissional pediatra (ALMEIDA; REIS, 2021).
Outra assistência imediata ao recém-nascido é a informação e
administração da vitamina K e do fármaco Nitrato de prata (Figura 19),
de acordo com as recomendações das Diretrizes Nacionais de Assis-
40
tência ao Parto Normal (BRASIL, 2017).

Figura 19: Administração da vitamina K e do Nitrato de Prata

Fonte: BRASIL, 2011; HOCKENBERRY, 2006.

Com a finalidade de que a administração oftalmológica do ni-


trato de prata envolva toda a conjuntiva do neonato, após a instilação
do fármaco, é preciso realizar uma suave massagem das pálpebras do
recém-nascido (BRASIL, 2011; HOCKENBERRY, 2006).
Preste atenção: se por acaso o nitrato de prata for instilado fora
da região correta, ou melhor, fora do globo ocular, o procedimento técni-
co deverá ser refeito. Se, porventura, o excesso medicamentoso cair no
tecido tegumentar do recém-nascido, deverá ser limpo com gaze seca.
Ainda, de acordo com as Diretrizes Nacionais de Assistência
ao Parto Normal no Brasil (2017), como mostra a figura 20:

Figura 20 Administração da vitamina K

INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: BRASIL, 2017.

Não podemos esquecer que apesar de ocorrer em qualquer


faixa etária, o neonato é mais susceptível a ter patologias, porque apre-
senta níveis muito baixos de substâncias ou fatores para a coagulação,
caso venha sofrerem lesões e menores quantidades de vitamina K no
organismo (BRASIL, 2012).
Além disso, sem exceção, todos os neonatos necessitam de
receber vitamina K profilática para se evitar patologias hemorrágicas
41
(LEIFER, 2013). E a via de administração desta vitamina é por via intra-
muscular, na dosagem única de 1mg, estabelecida por critérios técnicos
e científicos do Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Se os pais da criança se recusarem ao processo da admi-


nistração por via intramuscular da vitamina K, devem ser orienta-
dos ao método da administração oral. Eles devem ser advertidos
que o método deverá seguir critérios da indústria farmacêutica (fa-
bricante) e exige múltiplas dosagens. Na dosagem oral, a terapêuti-
ca será de 2mg ao nascimento, seguida por uma dose de 2mg entre
o quarto e sétimo mês de vida do recém-nascido.

Outros cuidados imediatos são, segundo Passos (2018):


- Pinçamento e secção do cordão umbilical (Figura 21);
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2006), que esta-


belece na íntegra:

“Se logo após a extração da cavidade uterina, o recém-nascido começar a


chorar e tiver tônus em flexão, indicar clampeamento tardio do cordão um-
bilical”. Em recém-nascidos maiores ou iguais há 34 semanas, a partir de
60 segundos e em recém-nascidos abaixo de 34 semanas, aguardar 30-60
segundos para clampear o cordão umbilical (SBP, 2006, online).

Outras medidas de extrema importância na assistência imedia-


ta ao recém-nascido são (BRASIL, 2017):
- Identificação do recém-nascido e mãe;
- Administração de eritromicina em 0,5%, caso necessário;
- Determinação das medidas antropométricas.
Ao longo do contexto foram mencionadas inúmeras medidas
42
gerenciais e assistenciais, baseadas em conhecimentos técnicos e
científicos, pelos pesquisadores e órgãos competentes que elaboram
protocolos e diretrizes para serem aplicados ao recém-nascido após o
parto (HOCKENBERRY, 2006).
A não realização das técnicas preconizadoras para segurança
e qualidade da assistência ao neonato poderá acarretar inquéritos ad-
ministrativos contra os profissionais, levar o recém-nascido a ser admiti-
do na unidade de tratamento intensivo pediátrico e até ao óbito neonatal
(COSTA et al, 2013).

ABORDAGENS SOBRE OS PRINCIPAIS ASPECTOS PARA A COM-


PREENSÃO DA ROTINA DOS CUIDADOS NEONATAIS: MEDIATOS

Adentramos em um contexto em que se faz preciso compreen-


der que a Enfermagem é uma área da saúde que se compromete com a
elaboração, planejamento e liderança da assistência prestada ao cliente
neonato nos diversos contextos sócio, ambientais e culturais, em resolu-
ção das necessidades desta criança, mãe e família (COSTA et al, 2013).
E é nessa perspectiva de saber conhecer e fazer que começa-
remos a discutir e compreender os cuidados ou assistências mediatas
ao recém-nascido.
A assistência mediata tem finalidades de cuidar do neonato para
que se adapte a nova vida, ou melhor, ao contexto ambiental extrauterino
(BRASIL, 2017). O enfermeiro que exerce as suas funções com os neo-
natos, estabelecendo os cuidados mediatos, sistematiza e previne possí-
veis anormalidades ou complicações que possam advir e ser descobertas
precocemente, evitando, desta forma, possíveis agravamentos de saúde
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
do recém-nascido (PASSOS, 2018). Desta forma, o ato de orientar aos
pais é de extrema importância para os cuidados contínuos e ininterruptos.
Os cuidados mediatos (Figura 22) ao recém-nascido estão re-
lacionados abaixo, segundo as Diretrizes Nacionais de Assistência ao
Parto Normal (2017):

Figura 22: Medidas Profiláticas oftalmológicas neonatais

43
Fonte: BRASIL, 2017.

Outro cuidado mediato de grande importância para o bem-estar


do neonato chama-se de alojamento conjunto (BRASIL, 2012). Este é um
sistema, no âmbito hospitalar materno – infantil, em que o recém-nascido
é considerado sem anormalidades, ou melhor, sadio, logo após o parto e/
ou nascimento, permanecendo ao lado da mãe vinte e quatro horas por
dia, em um mesmo ambiente, até a alta hospitalar (BRASIL, 2017).
O alojamento conjunto se objetiva no processo de integração
entre mãe e recém-nascido, para contribuir com o relacionamento que
seja favorável entre o binômio: mãe e filho, ou até mesmo com o pai
(COSTA et al, 2013).
Neste momento, é preciso que o enfermeiro oriente os pais
para desenvolverem práticas e habilidades seguras, com técnicas favo-
ráveis para os cuidados imediatos do recém-nascido (BUENO; BELLI;
KIMURA, 2009).
O processo de enfermagem, envolvendo a sistematização da
assistência, deve ser realizado no ambiente deste alojamento e são re-
lacionados (BUENO; BELLI; KIMURA, 2009; BRASIL, 2017):
- Ao ato de administração de imunobiológicos, como vacina
BCG (Bacillus CalmetteGuérin) e vitamina K1 (Kanakion);
- Método profilático com o fármaco nitrato de prata a 1%;
- Cuidados com a higiene do recém-nascido, como banho e
curativo do cordão umbilical;
- Educação e saúde para as puérperas no que diz respeito ao
aleitamento materno;
- Orientação de higiene íntima da puérpera, além de cuidados
com a loquiação, repouso e abstinência sexual de trinta a quarenta dias;
- Reconhecimentos sintomatológicos do processo de inflama-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

ção aguda tecidual das mamas, chamada de mastite (Figura 23) e/ou
infecção hospitalar;
- Orientar a mãe em relação às restrições ao uso de química no
cabelo durante o ato da amamentação;
- Orientar quanto atualização constante do esquema vacinal do
recém-nascido entre outros.

44
Figura 23: Processo Inflamatório Mastite

Fonte: BRASIL, 2017.

De acordo com Leifer (2013), mãe e filho devem permanecer


no ambiente do alojamento conjunto, por no mínimo 48 horas, além dis-
so o cuidado de enfermagem deve ocorrer com a mãe sempre presente.
Devemos lembrar que as boas práticas devem levar em con-
sideração desde o ato do acolhimento, aconselhamento, humanização,
orientações e assistências holísticas eficazes (BRASIL, 2011).
É muito comum que a puérpera possa vir a desenvolver o pro-
cesso inflamatório chamado de mastite. É muito comum que nesse pe-
ríodo inflamatório possa ocorrer dor, inchaço ou vermelhidão, podendo
ser ou não acompanhada de um processo infeccioso, podendo desen-
cadear febre e calafrios (LEIFER, 2013).
É preciso saber que a mastite acomete inúmeras mulheres que
estão amamentando, geralmente, nos três primeiros meses, por causa
do processo obstrutivo dos canais lactíferos por microrganismos bac-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
terianos que surgem através da falta dos cuidados com a boca do re-
cém-nascido, ou ainda, pode surgir a partir de lesões no tecido externo
mamário (LEIFER, 2013).
Em inúmeros casos, o processo inflamatório, mastite, pode
chegar a afetar somente uma das mamas e os processos sintomatoló-
gicos, normalmente, desenvolvem-se em dois dias (BRASIL, 2017). A
mastite é um processo que pode ter prevenção e cura, devendo ser tra-
tada o mais precoce possível, de forma a não desenvolver um processo
infeccioso grave.
Enfim, chegamos ao final do capítulo 02 da assistência ao ne-
onato, levando em consideração características e rotinas imediatas e
mediatas, para que o processo de trabalho em enfermagem, ou melhor,
a sistematização da assistência de enfermagem seja planejada e orga-
nizada, de acordo com os achados clínicos do recém-nascido. Para isto,
45
o enfermeiro, precisa ter uma visão holística biopsicossocial para o ato
de sistematizar o cuidado. Ao mesmo tempo, faz-se necessário detec-
tar precocemente as anormalidades dos neonatos, para que estes não
venham a ter que ser admitidos em uma unidade de terapia intensiva.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

46
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) faz parte do
processo de enfermagem e é composta por:
a) Cinco fases.
b) Seis fases.
c) Quatro fases.
d) Sete fases.
e) Três fases.

QUESTÃO 2
A propedêutica clínica é baseada nos critérios avaliativos detalha-
dos e sistemáticos do ambiente, e de inúmeros segmentos orgâ-
nicos externos. São observados aspecto, tamanho, cor, forma e
movimento, sendo chamado de:
a) Palpação.
b) Percussão.
c) Ausculta.
d) Inspeção.
e) Digitalização.

QUESTÃO 3
Promover e manter o processo do equilíbrio orgânico ou homeos-
tase do recém-nascido pode ser considerado:
a) Um cuidado mediato.
b) Um cuidado imediato.
c) Um cuidado intrauterino.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
d) Uma assistência mediata tardia.
e) Uma assistência imediata tardia.

QUESTÃO 4
É considerado um teste, cujo objetivo é avaliar as condições vitais
e vitalidade do neonato. O enunciado se refere:
a) à escala EVA.
b) ao teste do pezinho.
c) ao teste de Apgar.
d) ao teste da orelhinha.
e) ao teste do coraçãozinho.

QUESTÃO 5
É um método que tem por objetivo a integração entre mãe e recém-
47
-nascido, para contribuir com o relacionamento que seja favorável
entre o binômio: mãe e filho, ou até mesmo com o pai. Podemos
dizer que nos referimos:
a) Ao alojamento conjunto.
b) Ao método canguru.
c) Aos cuidados imediatos.
d) Aos cuidados mediatos.
e) A propedêutica clínica mãe e filho.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O alojamento conjunto é um sistema, no âmbito hospitalar materno –
infantil, no qual o recém-nascido é considerado sem anormalidades, ou
melhor, sadio logo após o parto e/ou nascimento, permanecendo ao
lado da mãe vinte e quatro horas por dia, em um mesmo ambiente até
a alta hospitalar. Sobre o enunciado, comente acerca da importância do
enfermeiro para as orientações de saúde no alojamento conjunto.

NA MÍDIA
BEBÊS FICAM SEM TESTE DO PEZINHO DURANTE PANDEMIA DE
COVID-19
De acordo com levantamento, isolamento social dos pais é um dos fa-
tores que interferem na queda do exame. Triagem neonatal, conhecida
como teste do pezinho, permite a detecção precoce de doenças me-
tabólicas. O número de crianças que fizeram o teste do pezinho caiu
em diversos estados brasileiros entre março e maio deste ano, perío-
do da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus .
Segundo especialistas, o isolamento social dos pais, que deixaram de
levar os filhos para a realização do exame, influenciou no número mais
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

baixo de testes realizados em diversas áreas do país. É importante que


essas crianças que não estão sendo testadas sejam localizadas logo e
passem pelo exame, pois algumas doenças têm um agravamento im-
portante num intervalo muito curto de tempo, podendo mesmo chegar a
óbito se não forem diagnosticadas a tempo.
Fonte: Agência O Globo
Data: 17 jun. 2020.
Leia a notícia na íntegra: https://saude.ig.com.br/2020-06-17/bebes-fi-
cam-sem-teste-do-pezinho-durante-pandemia-de-covid-19.html

NA PRÁTICA
A pandemia por Covid-19 levou a interrupção de diversos serviços de
saúde a fim de conter a infecção. Neste período os pais de crianças
menores de um ano também evitaram levar os filhos aos locais de maior
48
probabilidade de infecção. As crianças menores de 15 anos têm mostra-
do menos susceptibilidade às formas mais graves, sendo que poucas
crianças vão apresentar sintomas, e as razões para isso permanecem
obscuras. No entanto, não se é conhecido ainda, as reações do corona-
vírus em recém-nascidos.
Após o parto, os recém-nascidos merecem um atendimento especial
devido transformações fisiológicas que acontecem inclusive nas trocas
gasosas e padrão cardiovascular. Os cuidados prestados ao neonato
irão favorecer sua adaptação para a vida extrauterina e poderão deter-
minar sua saúde imediata até a vida adulta, além de estar relacionado à
redução da mortalidade infantil. Neste momento é realizado um conjun-
to de condutas que juntamente com um cuidado humanístico e integral,
poderão proporcionar qualidade de vida aquela família.
Sabe se que, recém-nascidos tem maior risco de morte mesmo antes
do surgimento do novo corona-vírus e necessitam cuidados constan-
tes, e por vezes específicos principalmente aqueles que nascem com
alguma comorbidade. Além disso, o sistema imunológico dos neonatos
é ainda imaturo para lidar com eficiência contra o vírus, sendo assim,
é necessário prevenir a contaminação uma vez que não se conhece
inteiramente a nova doença e não existe um tratamento seguro e eficaz.
Desse modo, a avaliação do índice de Apgar, o exame físico, o contato
pele a pele com a mãe, a amamentação na primeira hora de vida, são
ações que devem ser realizadas, mas com uma nova perspectiva, to-
mando todos os cuidados para não contaminação do neonato, preser-
vando sua integridade.
Fonte: FIOCRUZ, 2020.

PARA SABER MAIS


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
Filme sobre o assunto: Bebê de Outubro (BV Filmes, 2011)
Peça de teatro: Renascidos – Novo Coração (Seven Filmes, 2017)
Acesse os links: https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-44035196 e
https://www.bbc.com/portuguese/geral-47333344

49
ASSISTÊNCIA AO NEONATO:
DA ADMISSÃO ATÉ A ASSISTÊNCIA
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

NOÇÕES GERAIS DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁ-


TRICA

O módulo de aprendizagem de introdução ao estudo da neo-


natologia, neste capítulo, apresentará a Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) como um desafio para os profissionais da saúde, principalmente,
o enfermeiro neonatologista, por se tratar do campo prático de um dos
setores mais complexos de organização no ambiente hospitalar (POT-
TER; PERRY, 2013).
Encontramos neste setor da UTI estruturas de alta complexida-
de e tecnologia avançada, capaz de prestar atendimento humanizado e
holístico, levando em consideração diagnóstico, reparação e interven-
ções assistenciais, multiprofissionais, para melhor qualidade de vida
5050
dos pacientes pediátricos (PASSOS, 2018).
No hospital, a UTI (Figura 24) é considerada, também, um
setor complexo, de grande importância por ser composto de áreas in-
terdependentes que visa proporcionar condições favoráveis para com-
plementar os cuidados assistenciais prestados ao paciente bem como
promover condições seguras e confortáveis para o paciente e a equipe
de saúde multiprofissional (POTTER; PERRY, 2013).

Figura 24: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Fonte: POTTER; PERRY, 2013.

Ao longo dos anos foi necessário oferecer ao paciente uma


melhor assistência, baseada em achados científicos para garantir ava-
liações clínicas, práticas seguras e cuidados da equipe de enfermagem
(enfermeiro, auxiliares e técnicos), com um olhar holístico, humanizado
e seguro para com o paciente pediátrico nos diversos níveis de comple-
xidade da assistência em saúde (POTTER; PERRY, 2013).
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
Compreender essa área se faz necessário para o enfermeiro
entender o funcionamento, infraestrutura e a importância de um setor
inovador, tecnológico e complexo para o hospital, porque deve haver
integração entre as demais áreas hospitalares para prestação de um
serviço ou assistência adequada, de acordo com as normas e protoco-
los de gerência e assistência à saúde (KNOBEL et al., 2006).
O ambiente hospitalar ou hospital é uma organização comple-
xas para prestação de serviços de saúde, esse termo deriva do latim
“hospe”, que significa “aquele que recebe”, e conceitua esse estabeleci-
mento para internação, tratamento e recuperação de neonatos doentes
e/ou feridos (KNOBEL et al., 2006).
Existe nesse ambiente hospitalar um setor em que encontra-
mos estruturas de alta tecnologia e complexidade, tanto em relação aos
recursos materiais como aos recursos humanos. São estruturas dire-
51
cionadas para a realização e recuperação dos procedimentos assisten-
ciais, iremos chamá-las de unidade de terapia intensiva.
Em um breve resumo, segundo Lages et al (2019), a unidade
de tratamento intensivo pediátrico:
- É um setor para pacientes pediátricos que se encontram,
geralmente, em cuidados intensivos, orgânicos, e que precisam de as-
sistência e supervisão constante;
- É composta por uma equipe de profissionais especializados
para cada tipo de assistência prestada ao neonato;
- Recebem classificações de acordo com o seu público assis-
tindo: pediátrica, neonatal, pediátrica mista (pediátrica e neonatal), e
ainda, as especializadas;
- É considerada uma área hospitalar crítica que requer as-
sistência de saúde especializada e contínua, com insumos e materiais
específicos e tecnologias necessárias para a terapia intensiva;
- Tem o principal objetivo: a recuperação do paciente pediá-
trico, em um âmbito físico e psicológico adequados, para executarem
as funções privativas de cada profissional que ali se encontra, além de
estar direcionado para o aproveitamento das técnicas existentes, asso-
ciadas a um excelente relacionamento humano.
Por se tratar de uma área de alta complexidade e por ser um
setor crítico, a unidade de terapia intensiva é alvo de estudos sobre a
exposição dos seus profissionais aos riscos laborais ou ocupacionais.
No entanto, é preciso investir cada vez mais na promoção de
um ambiente seguro e que favoreça a redução ou total eliminação des-
ses riscos em um profissional saudável, e deve ter foco constante de
educação continuada e permanente para investir nas ações preventivas
de saúde, evitando com isso as contaminações do ambiente, do pacien-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

te neonato e do profissional de saúde (SOUZA et al.,2011).

Equipamentos de Proteção Individual em UTI Pediátrica

E é nesse contexto que podemos adentrar nas precauções e pro-


teção no ambiente da unidade de terapia intensiva pediátrica, já que inú-
meros profissionais do âmbito da saúde estão prestando serviço de forma
constante durante 24 horas do dia, contribuindo para a recuperação do
neonato, com maior zelo, rigor e competência técnica (SOUZA et al.,2011).
Segundo estudos de Souza et al. (2011) e Soares et al. (2020),
não se pode esquecer que os profissionais que compõem uma unidade de
terapia intensiva estão em constante avaliação clínica para com as crian-
ças, e para isso, necessitam da paramentação (Figura 25) adequada, cha-
52
mada de equipamentos de proteção individual (EPI), podemos destacar:
Uniformes privativos ou vestes cirúrgicas: é formado pelo ja-
leco e calça, preferencialmente confeccionados com tecido de algodão
grosso, não esterilizados e multiuso. Uso restrito para setores fechados
e devem ser trocados sempre que necessário. O jaleco precisa cobrir
totalmente o tronco, pelve e membros superiores, com o objetivo de
servir de barreira de penetração ou saída de formas microscópicas de
vida do profissional. A calça cirúrgica deve ser colocada da cintura aos
tornozelos, cobrindo totalmente os membros inferiores, e nesse nível
deve ter um fechamento com elástico. Não podem tocar superfícies
estéreis, porque não são esterilizados. Todo uniforme deve e precisa
ser trocado no vestiário da área restrita da UTI.

Figura 25: Equipamentos de Proteção Individuais

Fonte: FREEPIK. Acesso em 2021.

Propes: é tecido do formato do pé e que devem ser colocados


antes da área restrita da UT. Tem como objetivo a prevenção de conta-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
minação do chão dessas áreas por formas microscópicas localizadas
nas solas dos calçados dos profissionais. A eficácia é bem questionada
atualmente em relação a evitar a contaminação microbiológica.
Gorros ou toucas: é uma peça de tecido ou substância semelhan-
te, de tamanho variado, e tem a finalidade de evitar inúmeras contamina-
ções. São colocados antes da área restrita da UTI. É de extrema impor-
tância e necessidade que fiquem bem adaptados na cabeça, não sendo
necessário serem esterilizados e evitar tocar em superfícies estéreis.
Máscaras cirúrgicas ou protetores respiratórios: Esses prote-
tores, por regra, devem cobrir toda a face, desde a base nasal, boca,
região mentoal, aderindo ao tecido tegumentar e fixadas nas laterais do
rosto através do pavilhão externo da orelha. São descartáveis, não es-
téreis e não podem entrar em contato com superfícies estéreis. Devem
ser trocadas quando molhadas ou contaminadas, ou após quatro horas
53
de uso, quando reduz a sua eficácia. Nunca devem ficar dependuradas
no pescoço ou ser guardadas para a reutilização.
Protetores oculares, óculos ou máscaras protetoras dos olhos:
consideradas principalmente para a proteção do profissional, evitando,
dessa forma, o contato direto com sangue, secreções e fluidos orgânicos.
Aventais: vestimenta de proteção que deve ser colocada por
cima do uniforme cirúrgico. Com finalidade de evitar a propagação dos
agentes microbianos do corpo do profissional para o neonato, evitando,
dessa forma, o contato direto com sangue, secreções e fluidos orgânicos.
Luvas: equipamento de proteção individual, com diversos mode-
los e tamanhos, não esterilizados, devem ser usados por profissionais que
fiquem em contato com material ou substâncias contaminadas durante
todo o tempo. Luvas esterilizadas devem ser usadas pelos profissionais
que estejam realizados procedimentos evitando contaminar o neonato.

A assistência de saúde prestada em unidade de terapia in-


tensiva pediátrica é de alta complexidade, e sempre, bem intensa,
devendo a equipe de saúde estar sempre preparada para os cuida-
dos rotineiros e emergenciais que surgem nesse ambiente da terapia
intensiva. Podemos destacar o enfermeiro como um dos principais
profissionais da unidade de terapia intensiva, já que estão asso-
ciados aos pacientes por mais tempo, e requerem conhecimentos
específicos e habilidades para tomada de decisões em avaliações
clínicas, em tempo hábil, para salvar a vida do paciente pediátrico.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Para saber mais sobre esse assunto, acesse: <http://www.


seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/275/365>.

Não podemos esquecer que os profissionais neonatologistas ne-


cessitam ter um maior cuidado com os neonatos, e os equipamentos de
proteções individuais são peças fundamentais, para se evitar infecções
cruzadas, além disso, esses profissionais necessitam ter sensibilidade
para o ato do cuidar, porque estão atuando com cuidados específicos em
uma unidade de terapia intensiva pediátrica (COSTA, et al., 2013).

Lavagem ou Higienização das Mãos em Pediatria

Outra precaução de extrema importância para se evitar conta-


54
minações aos neonatos em uma UTI é o ato de lavar ou higienizar as
mãos (Figura 26). Podemos dizer que lavar significa limpar algo, que
pode ser alguma sujidade ou forma microscópica de vida que esteja
aderida ou não a alguma superfície.
Considerando que os profissionais da saúde estão expostos
aos diferentes riscos laborais, sendo o risco biológico o mais comum de
se propagar, faz-se necessário investir em um procedimento simples e
barato que exige o uso da água, substância química (detergente) e um
antisséptico para a lavagem das mãos (LM), ou ainda, higienização das
mãos (HM) (POTTER; PERRY, 2013).

Figura 26 – Técnica de Lavagem ou Higienização das Mãos

Fonte: FREEPIK. Acesso em 2021.

É importante dizer que os pacientes pediátricos estão expostos


aos diferentes tipos de contaminações durante a prestação da assis-
tência de saúde, sendo as infecções hospitalares, decorrentes desta,
um problema de saúde pública mundial, principalmente nos setores de
cuidados pediátricos (FRUTUOSO, 2018).
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
As infecções induzem o aumento da resistência aos antibióti-
cos, prolongando, dessa forma, a hospitalização do recém-nascido e/
ou da criança, elevando os custos para os genitores, família, serviço de
saúde e ainda podem causar a morte, aumentando as taxas de morbi-
mortalidade neonatal (PASSOS, 2018).
Uma assistência de saúde limpa é sinônimo de assistência se-
gura, com o objetivo de prevenir e reduzir casos novos das infecções.
Neste contexto, a lavagem das mãos é uma estratégia de ex-
trema importância que todos os serviços de saúde devem promover,
incentivar e fiscalizar, por ser uma medida simples e efetiva para a prá-
tica nos diversos setores dos serviços que prestam assistência à saúde
pediátrica (POTTER; PERRY, 2013).
As mãos, sem dúvida, são estruturas corporais muito utiliza-
das, uma vez que facilita a realização de inúmeras tarefas e nos conec-
55
ta diretamente com a criança, sendo o principal meio de transmissão e
contaminação dos micro-organismos.

É de extrema necessidade que exista adesão de normas


simples e básicas de higienização geral no âmbito hospitalar pedi-
átrico, considerando a LM ou HM a de maior impacto para redução
ou eliminação total das infecções.

Sendo assim, recomendamos a LV antes e após o contato com


a criança, antes dos procedimentos ou intervenções assépticas, após a
elevação, exposição e contato com fluidos corporais, e após o contato
com áreas próximas ao paciente pediátrico (PASSOS, 2018).

CRITÉRIOS DE RECEPÇÃO E ADMISSÃO DO RECÉM-NASCIDO NA


UTI

O ato de aceitar, entrar ou ingressar em um recinto ou ambien-


te é chamado de admissão. Então, podemos dizer que a entrada ou
permanência de um paciente pediátrico, em que é recepcionado por um
profissional, seja administrativo ou de saúde, em um hospital é denomi-
nada de admissão hospitalar (BUENO; BELLI; KIMURA, 2009).
Lembrando que essa entrada ao ambiente hostil hospitalar re-
quer adaptação, conforto e segurança para a criança e seus genitores,
e/ou família, seguido de assistência da equipe multiprofissional de saú-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

de (PASSOS, 2018).
Recepcionar a criança, de forma correta, pode ser considerado
uma estratégia relevante no atendimento hospitalar e, preferencialmente,
deve contar com profissional treinado, habilidade e qualificado, para o ramo
da pediatria, para que possa fornecer informações importantes referentes à
permanência da criança, no setor de internação, enfermaria, ou ainda, em
unidade de tratamentos intensivos (BUENO; BELLI; KIMURA, 2009).
O enfermeiro (Figura 27) é o profissional da equipe de saúde
responsável em admitir a criança nas unidades de internações e UTI, no
âmbito hospitalar ou unidade de saúde que preste serviço emergencial
pediátrico (HOCKENBERRY, 2006).

56
Figura 27: Admissão do Neonato pelo Enfermeiro

Fonte: POTTER; PERRY, 2013.

No ato da admissão e quando a criança estiver acomodada con-


fortavelmente, junto a sua genitora, genitor e/ou familiar, em uma unidade
ou setor do hospital, faz-se necessário orientar os pais e seus familiares,
fornecendo informações das rotinas do hospitalar, dos horários de alimen-
tação, medicação, higiene, promovendo ainda informações relacionadas
aos horários para visitas e cuidados com pertences e objetos pessoais.
Além disso, é importante preparar a criança, de forma integral, para os
possíveis cuidados e procedimentos clínicos (HOCKENBERRY, 2006).
Cada neonato é único, individual, particular e apresentam situ-
ações ou circunstâncias de saúde específicas (BRASIL, 2012).
É comum o profissional enfermeiro perceber que ao se aproxi-
mar dos momentos das assistências à saúde, a criança se sente aterro-
rizada e estressada, não só pelo âmbito hospitalar e seus componentes,
como equipamentos, paramentação da equipe e pessoas estranhas,
como também pela recepção e abordagem inicial a unidade de terapia
intensiva, entendendo que cada criança pode reagir de forma diferente
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
(HOCKENBERRY, 2006).
Observe o que se deve anotar no prontuário da criança no ato
da admissão no setor de terapia intensiva (CAETANO, E. A. et al, 2013):
- Procedência;
- Descrever a pessoa que trouxe a criança até o âmbito hospi-
talar;
- Permanência de acompanhante, identificando os genitores e/
ou familiar;
- Condição clínica geral de admissão da criança, por exemplo:
estado clínico, presença ou ausência de lesões, hematomas, condições
de locomoção, queixas e processos hemorrágicos, entre outros acha-
dos clínicos importantes;
- Uso de medicamentos pediátricos: descrever prescrição me-
dicamentosa;
57
- Processos alérgicos: identificar e descrever a substância ou
produto;
- Descrever dados vitais, ou ainda, sinais vitais (FC, FR, Pul-
so, Temperatura, Saturação de O2, glicemia capilar e Pressão Arterial
Sistêmica);
- Identificar os pertences em impresso próprio e registrar em
caso de devolução à genitora, genitor e/ou familiar;
- Orientações quanto às normas do ambiente hospitalar e da UTI.

Exemplo de anotação de admissão no setor da unidade


de terapia intensiva – 11h00 Criança admitida na UTI provenien-
te da sua residência, acompanhada pelos genitores. No momento
da admissão se apresentava chorosa e pálida. Ausência de lesões
ao longo do tecido tegumentar e genitores desconhecem proces-
sos alérgicos medicamentosos. PA: 90x40 mmHg, Tax: 38ºC, FC:
100bpm, FR: 50 irpm e Dor: 8. Entregues os pertences da criança
para genitores e segue a assistência da equipe multiprofissional.

É importante dizer que após o ato da admissão no setor de


unidade de terapia intensiva pelo enfermeiro e sua equipe, faz-se ne-
cessário anotar em prontuário o estado que a criança foi admitida, e
logo após, seguir para os cuidados intensivos, para restabelecer a ho-
meostase orgânica, e por fim assinar e carimbar o ato da admissão
(HOCKENBERRY, 2006).
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Um recém-nascido de alto risco pode ser definido como aquele


que, independentemente de sua idade gestacional ou peso ao nasci-
mento, apresenta risco de morbidade e mortalidade superior à média,
devido a condições ou circunstâncias associadas ao nascimento e à
adaptação à vida extrauterina.
A detecção e diagnósticos, antecipados, de anormalidades or-
gânicas pode auxiliar na recepção, admissão e assistência do neonato
em ambiente hospitalar intensivo (PASSOS, 2018).
A unidade de terapia intensiva é direcionada ou destinada para
recém-nascidos (HOCKENBERRY, 2006; BRASIL, 2017):
- Portadores de instabilidade hemodinâmica;
- Anormalidades metabólicas graves;
- Insuficiência respiratória e cardíaca;
- Anormalidades das funções vitais;
58
- Processos infecciosos;
- Peso ao nascer inferior a 1.200g;
- Recém-nascidos que necessitem de nutrição parenteral;
- Cateterismo central e processos cirúrgicos.
Em relação aos sinais vitais dos recém-nascidos é importante
observar os valores de normalidades (PASSOS, 2018):
- Frequência cardíaca (FC): entre 120 e 160 bpm (batimentos
por minutos);
- Frequência respiratória (FR): entre 30 a 50 rpm (respiração
por minuto) por vezes irregular e com pausas até cinco segundos;
- Temperatura do corpo (Taxilar): média de 37°C, com varia-
ções entre os 36,5°C e os 37°C.
No caso dos neonatos, segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS), a temperatura normal é entre 36,5 a 37°C. A OMS clas-
sifica a hipotermia em três níveis: hipotermia leve: entre 36,0 e 36,4°C
- hipotermia moderada: 32,0 e 35,9°C (TAMEZ, 2016).
É preciso que o organismo do recém-nascido se adapte a vida
extrauterina para se encarregar de executar a termorregulação (Figura
28), considerada um conjunto de fatores que permitem o processo de
regulação da temperatura corporal interna dos neonatos.

Figura 28: Esquema Didático da Termorregulação Neonatal

INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: TAMEZ, 2016.

Para fundamentar e aprofundar o nosso conhecimento em re-


lação à hipotermia, o Ministério da Saúde, em 2014, através do Depar-
tamento de Ações Programáticas e Estratégicas, afirma no caderno de
Atenção à saúde do recém-nascido:

“A hipotermia leva a diminuição da produção de surfactante e ao aumento do


consumo de oxigênio, e causa depleção das reservas calóricas, contribuindo
para o desenvolvimento ou agravamento de insuficiência respiratória” (Brasil,
2014, online.).

59
Para Tamez (2016), é necessário seguir as recomendações para
manutenção do ambiente de termoneutralidade para os recém-nascidos:
- Berço de calor radiante: > 33 semanas
- Incubadora: < 32 semanas e < 1.500g
- Incubadora umidificada: recém-nascido prematuro extremo
- Manutenção da integridade física do tecido tegumentar;
- Umidificação e aquecimento dos gases;
- Transporte: incubadora aquecida;
- Banhos e hipotermia terapêutica em média de 72 horas.

AVALIAÇÃO E CONTROLE DA DOR NO PERÍODO NEONATAL X MI-


TOS: DIFICULDADES E PERSPECTIVAS

Para que possamos compreender melhor o processo do con-


trole da dor no recém-nascido, é preciso conceituar o termo “doença”.
Esse termo vem do Latim e significa sentir ou causar dor. De forma
geral, pode ser considerado um conjunto, síndrome, alteração ou anor-
malidade que modifica as funções das células, tecidos ou sistemas do
organismo humano (SMELTZER; BARE, 2005).
Já o termo “dor” remete ao significado de sensação penosa,
desagradável, elaborada pela excitabilidade das terminações nervosas
sensíveis a esses tipos de estímulos, e pode ser classificado de acordo
com o lugar de origem, tipo, intensidade, periodicidade, difusão e cará-
ter (SOUZA, 2017).
Segundo a Sociedade Internacional para o Estudo da Dor (IASP):

A dor é expressa como uma experiência sensitiva emocional relacionada à


lesão do tecido, referindo-se a manifestações abstratas e mecanismos físi-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

cos. Os danos que podem ser expressos com os estímulos dolorosos persis-
tentes sem tratamento congruente são: problemas de cognição e déficit de
atenção, diminuição de concentração na vida escolar, hipersensibilidade aos
estímulos pungentes e redução do limiar de dor (IASP, 2020, online.).

O ato de avaliar, clinicamente, o estado de saúde de um re-


cém-nascido debilitado se faz preciso para saber fazer as técnicas pro-
pedêuticas ou exame físico apropriado e específico, para o neonato,
possibilitando ao enfermeiro a execução do ato da arte do cuidar, base-
ado em evidência clínicas e cientificas, e dessa forma oportunizar um
atendimento de saúde qualificado e seguro (BARROS, 2016).
Identificar a dor no neonato é algo difícil, devido ser um dado
vital subjetivo, pois compreende aspectos, como o conhecimento dos
profissionais de saúde para a identificação precoce da dor (NAZARE-
60
TH; LAVOR; SOUSA, 2015).
Para a identificação e compreensão da dor no neonato, muitas
vezes, faz-se preciso recorrer à participação ininterrupta da genitora e
família neste processo de avaliação, para possível reabilitação neonatal.
É importante salientar que o ato de não verbalização do re-
cém-nascido e, ao mesmo tempo, a falta de profissionais qualificados
na área da neonatologia deixam o contexto de avaliação da dor do ne-
onato bem mais complexo para entendimento deste processo orgânico
(MACIEL et al., 2018)
Por este motivo, o ato de sistematizar o cuidado é de extrema
necessidade para toda a equipe multiprofissional. Para o enfermeiro e
a sua equipe, o processo de sistematização da assistência de enfer-
magem se torna prioridade para identificação do processo de dor bem
como para o ato de proporcionar uma assistência segura, humanizada
e holística, com critérios que amenizem as manipulações dispensáveis
e formas farmacológicas e não farmacológicas para o alívio da dor no
recém-nascido (NAZARETH; LAVOR; SOUSA, 2015).
Segundo Maciel et al. (2018), apesar dos avanços tecnológicos
e científicos, não se tem uma escala considerada padrão ou modelo
para ser utilizada com precisão para a identificação e compreensão da
dor, entretanto, todo ser humano tem direito a um atendimento com qua-
lificados critérios farmacológicos e não farmacológicos para o alívio da
dor do neonato (KEGLER et al., 2016).
Levando em consideração as precauções não farmacológicas
para o alívio da dor no neonato, tem-se como diversos métodos, como
por exemplo: método canguru, sucção não nutritiva, uso de sacarose,
glicose a 25%, redução da luminosidade e redução dos ruídos, entre ou-
tras (KEGLER et al., 2016). Já com os critérios farmacológicos, tem-se
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
a administração de: fentanil, morfina, dipirona e midazolan, entre outros
analgésicos (MACIEL et al., 2018).
A dor é um dado vital diretamente relacionado às elevações de
índices de morbimortalidade do recém-nascido. Se não for bem tratada,
poderá desenvolver riscos e/ou agravos a curto e longo prazo, como
agravos fisiológicos e comportamentais, desenvolvendo, desta forma,
consequências negativas no processo de restabelecimento da homeos-
tase orgânica neonatal (PASSOS, 2018).
A minimização dos estímulos dolorosos e danosos é um fator
importantíssimo no que tange à sobrevida dos neonatos em unidade de
terapia intensiva pediátrica. (KEGLER et al., 2016).
Segundo o pesquisador Sposito et al. (2017), a escala NIPS
(Figura 29), Neonatal Infant Pain Scale foi elaborada nos anos 90 e se
trata de um ato de avaliação rápida para o processo de detecção da dor
61
nos recém-nascido a termo e pré-termo, entretanto, o ato de avaliar se
dá através de critérios comportamentais e fisiológicos.
“O parecer dar-se-á por meio da análise dos escores que são jul-
gados como: de 1 a 2 – consideramos dor leve, 3 a 5 – consideramos dor
moderada e entre 6 a 7 – consideramos dor forte” (SPOSITO et al., 2017).

Figura 29: Esquema da Escala NIPS


INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: SPOSITO et al., 2017.

Segundo estudo de Balda e Guinsburg (2018), a escala N-PASS


(Figura 30), Neonatal Pain Agitation and Sedation Scale, é usada para
critérios de dor, agitação e sedação. A N-PASS trabalha com critérios
fisiológicos e comportamentais. Foi desenvolvida para o processo da
avaliação da dor aguda e crônica, além de avaliar o processo de seda-
ção de lactentes seriamente comprometidos e/ou enfermos.
Além disso, envolve dois tipos de escores: dor/agitação e se-
dação, pelos quais são avaliados cinco indicadores: choro/irritabilidade,
62
estado comportamental, expressão facial, tônus das extremidades e si-
nais vitais.
“O escore de dor e agitação é classificado de 0 a 10 e o de
sedação é para recém-nascidos que são sedados e necessitem de es-
timulação” (BALDA; GUINSBURG, 2018).

Figura 30: Esquema da Escala N-PASS

Fonte: BALDA; GUINSBURG, 2018.

Temos outra escala, chamada de Neonatal Facial Coding Sys-


tem (NFCS), que trabalha com um sistema de codificação facial neo-
natal. A NFCS (Figura 31) é considerada unidimensional e irá analisar
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
as expressões faciais do recém-nascido, frente à dor à beira do leito.
“Esta avaliação dar-se-á através do parecer dos indicadores que são:
fronte saliente, olhos espremidos, sulco nasolabial aprofundado, lábios
entreabertos, boca esticada, lábios franzidos, língua tensa e tremor do
queixo” (BALDA, GUINSBURG, 2018), é considerada a presença de dor
quando a pontuação dos escores é >3.
A escala de Échelle Douleur Inconfort Nouveau-Né - (EDIN),
considerada uma escala de avaliação da dor e desconforto neonatal, é
do tipo multidimensional que tenta avaliar a dor continua/prolongada em
neonatos a termo.

63
Figura 31: Esquema da Escala EDIN

Fonte: BALDA; GUINSBURG, 2018.

A classificação se dá através de seus indicadores que são: ativi-


dade facial, movimento corporal, qualidade do sono, contato com enfer-
magem e consolável. Se escore >6, além disso, é preciso ficar alerta para
a necessidade de introdução de analgesia (BALDA; GUINSBURG, 2018).
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

64
TREINOS INÉDITOS
QUESTÃO 1
É considerado um setor de alta complexidade e tecnologia avança-
da capaz de prestar atendimento humanizado e holístico, levando
em consideração diagnóstico, reparação e intervenções assisten-
ciais multiprofissionais:
a) UTI.
b) Clínica médica.
c) Enfermaria.
d) Sala de consulta.
e) Sala de observação.

QUESTÃO 2
É uma organização complexa para prestação de serviços de saúde:
a) Posto de saúde.
b) Clínica médica.
c) Hospital.
d) Consultório.
e) Unidade básica de saúde.

QUESTÃO 3
Precaução de extrema importância para se evitar contaminações
aos neonatos em uma UTI:
a) Óculos de grau.
b) Lavagem das mãos.
c) Lavagem dos olhos.
d) Não falar.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
e) Álcool em gel.

QUESTÃO 4
É o profissional da equipe de saúde responsável em admitir a
criança nas unidades de internação e UTI:
a) Fisioterapeuta.
b) Assistente social.
c) Psicólogo.
d) Médico.
e) Enfermeiro.

QUESTÃO 5
Para a Organização Mundial da Saúde é hipotermia leve:
a) 36,0 e 36,4°C.
65
b) 32,0 e 35,9°C.
c) 37,0 e 37,8º C.
d) 36,5 a 37°C.
e) 36,7 a 37,5°C.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


A dor é expressa como uma experiência sensitiva emocional relacionada à
lesão do tecido, referindo-se a manifestações abstratas e mecanismos físi-
cos. Os danos que podem ser expressos com os estímulos dolorosos per-
sistentes sem tratamento congruente são: problemas de cognição e déficit
de atenção, diminuição de concentração na vida escolar, hipersensibilida-
de aos estímulos pungentes e redução do limiar de dor. Sobre o enunciado,
comente acerca da importância do enfermeiro para as condutas de siste-
matização da assistência de enfermagem frente à dor do recém-nascido.

NA MÍDIA
PREMATURIDADE
Graças ao avanço tecnológico e ao conhecimento na área da medicina,
muitos bebês que antigamente nasciam antes do tempo e morriam, hoje
estão sobrevivendo. Mesmo com um desenvolvimento dentro do espera-
do, as crianças prematuras necessitam de um olhar mais atento. Estudos
mostram que uma criança que nasceu prematuramente necessita mais de
atendimentos na área de saúde do que os bebês que nasceram no tempo
correto entre 37 e 42 semanas, ou 9 meses. A dificuldade de cuidado do
prematuro está, não só na fragilidade dos órgãos, mas principalmente do
cérebro. O baixo peso, considerado abaixo de 1500g também é um fator
que preocupa muito, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recu-
peração nutricional ao longo das primeiras semanas de vida desse bebê.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Fiocruz
Data: 21 jun. 2021.
Leia a notícia na íntegra: http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/
64-prematuridade.

NA PRÁTICA
A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é um lugar onde uma equipe
fica 24 horas por dia de plantão para o tratamento de recém-nascidos
que apresentam algum risco de vida e bebês nascidos prematuramente.
Nem sempre os bebês internados nas Unidades de Terapias Intensivas
neonatais estão doentes, algumas vezes eles estão apenas crescendo
e se tornando aptos para respirar e deglutir, este fato necessita de um
amadurecimento e muitas pessoas estão envolvidas neste processo
para oferecer o melhor tratamento.
66
O momento tão esperado de toda a família e quando o bebê já estiver
hábito para condicionar o mundo sem ajuda de aparelhos, e para isso
ele precisa ter um peso em torno de 2 kg a 2,2 kg, idade gestacional
maior que 34 semanas, conseguir sugar toda a dieta e não ser depen-
dente de oxigênio, estar respirando sem dificuldade, entre outras.
O tratamento intensivo é, na maioria das vezes, indicado para bebês
prematuros nascidos antes de nove meses de gestação ou de baixo
peso. Qualquer recém-nascido pode precisar da UTI Neonatal. Os
maiores casos são de bebês que nascem com algumas patologias, ou
após uma cirurgia que podem exigir cuidados intensivos.
A equipe de enfermagem é responsável pelo acolhimento dos pais na
visita ao filho e pela orientação sobre os cuidados isso inclui no planeja-
mento da assistência bem como respeitar suas decisões do tratamento
caracterizam um tipo de assistência orientada e algumas intervenções
relacionada ao medo e algumas dúvidas, eles requerem total atenção
dos seus membros, além dos enfermeiros ter que se preocupar com o
recém-nascido e com os equipamentos deve se preocupar com esta
parte também. Quando a equipe de enfermagem mostra esse acolhi-
mento, deixa a família mais calma, e enxergar a situação um pouco
mais relevante como não se desesperar e deixando a equipe toda tra-
balhar e faz o possível para que o bebê saia da unidade de terapia
intensiva pronto para uma nova vida.
Fonte: MENDONÇA; PEDRESCHI; BARRETO, 2019.

PARA SABER MAIS


Filme sobre o assunto: Fisiologia fetal: Desenvolvimento dos órgãos e
sistemas (YouTube, 2020)
Peça de teatro: Uma viagem inesperada - Missão especial (Platina Fil-
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
mes, 2004).
Acesse os links: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/
18320-47166-1-PB.pdf. e file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/
242642-153036-1-PB.pdf.

67
GABARITOS

CAPÍTULO 01

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Em relação ao desenvolvimento da temática proposta, espera-se que


o discente desenvolva os seus argumentos de forma clara e coerente,
empregando os mecanismos de coesão textual corretamente. A abor-
dagem empregada, por cada discente, pode diferenciar, mas é preciso
demonstrar conhecimento técnico, científico e atualidade do tema da
importância do enfermeiro neonatologista para as condutas de orienta-
ções para o binômio mãe e filho.
O binômio mãe-bebê representa um grupo de alta vulnerabilidade, ex-
pressa no maior risco de morbimortalidade, apresentando, portanto,
grande relevância no contexto assistencial dos serviços de saúde.
Esse contato favorece o laço afetivo entre mãe e filho e determina des-
fechos relevantes para os processos fisiológicos maternos, como a
dequitação da placenta, a diminuição da loquiação, a estimulação da
produção de leite e amamentação, além de amenizar o impacto do re-
cém-nascido entre o mundo intra e extrauterino.
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

O binômio mãe-filho deve permanecer no alojamento conjunto, no mí-


nimo 48 horas, e todo atendimento do enfermeiro e sua equipe deverá
acontecer com a genitora presente, e a equipe deverá realizar boas
práticas (acolhimento, aconselhamento e orientações) para que ocorra
um cuidado holístico e eficaz.

68
CAPÍTULO 02

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Em relação ao desenvolvimento da temática proposta, espera-se que


o discente desenvolva os seus argumentos de forma clara e coerente,
empregando os mecanismos de coesão textual corretamente. A abor-
dagem empregada, por cada discente, pode diferenciar, mas é preciso
demonstrar conhecimento técnico, científico e atualidade do tema da
importância do enfermeiro neonatologista para as condutas de orienta-
ções para o binômio mãe e filho.
Os cuidados de Enfermagem ao RN realizados no Alojamento Conjunto
são: administração da vacina BCG (Bacillus CalmetteGuérin) e vitamina
K1 (Kanakion), profilaxia com o nitrato de prata a 1%, banho, curativo do
cordão umbilical e orientações às puérperas no que diz respeito à ama-
mentação, cuidados de higiene do binômio, loquiação, repouso relativo
e abstinência sexual de trinta a quarenta dias, reconhecimento dos si-
nais e sintomas de mastite e/ou infecção hospitalar, restrição ao uso de
química no cabelo durante a amamentação, atualização permanente do
esquema vacinal, entre outros.
Para promoção da saúde do binômio mãe e filho, recomenda-se, sem-
pre que possível, que ambos permaneçam no alojamento conjunto por,
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS
no mínimo, 48 horas. É necessário que o profissional de saúde promova
a aprendizagem das mães durante a sua permanência e investigue o
contexto familiar.

69
CAPÍTULO 03

TREINOS INÉDITOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Em relação ao desenvolvimento da temática proposta, espera-se que


o discente desenvolva os seus argumentos de forma clara e coerente,
empregando os mecanismos de coesão textual corretamente. A abor-
dagem empregada, por cada discente, pode diferenciar, mas é preciso
demonstrar conhecimento técnico, científico e atualidade do tema da
importância do enfermeiro neonatologista para as condutas de orienta-
ções para o binômio mãe e filho.
O ato de sistematizar, o cuidado é de extrema necessidade para toda a
equipe multiprofissional. Para o enfermeiro e a sua equipe, o processo
de sistematização da assistência de enfermagem se torna prioridade,
para identificação do processo de dor bem como para o ato de propor-
cionar uma assistência segura, humanizada e holística, com critérios
que amenizem as manipulações dispensáveis e formas farmacológicas
e não farmacológicas para o alívio da dor no recém-nascido.
Identificar a dor no neonato é algo difícil, devido ser um dado vital sub-
jetivo, pois compreende aspectos, como o conhecimento dos profissio-
nais de saúde, para a identificação precoce da dor.
Para a identificação e compreensão da dor no neonato, muitas vezes,
INTRODUÇÃO À NEONATOLOGIA - GRUPO PROMINAS

faz-se preciso recorrer à participação ininterrupta da genitora e família


neste processo de avaliação, para possível reabilitação neonatal.

70
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criança, o adolescente e sua família no hospital. 1. ed. Barueri: Manole
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