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EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profissional.
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A presente unidade sintetiza conhecimentos relacionados à
Epidemiologia e Vigilância Sanitária. Tem como objetivo de trazer os co-
nhecimentos básicos, os principais conceitos e métodos que envolvem
a epidemiologia. Os assuntos abordados estão organizados em três ca-
pítulos sendo eles: a Construção da Vigilância em Saúde e Conceitos,
a Epidemiologia e os Serviços de Saúde e medidas de Ocorrência dos
Eventos relacionados à Saúde-doença. É inegável a importância da Epi-
demiologia na Organização dos Serviços de Saúde e suas variadas utili-
zações, como instrumento de conhecimento, ela apresenta a distribuição
e a magnitude dos problemas de saúde nas populações, direcionando o
planejamento, execução, avaliação das áreas de prevenção, estabele-
cendo prioridades, controle e tratamento de doenças, assim como a sua
Etiologia. Entretanto, espera-se que ao final desta unidade os estudantes
tenham adquirido conhecimentos e habilidades sobre Epidemiologia e a
sua aplicação nos serviços de saúde.
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
A CONSTRUÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE E CONCEITOS
Causalidade ___________________________________________________ 17
Recapitulando _________________________________________________ 32
CAPÍTULO 02
EPIDEMIOLOGIA E OS SERVIÇOS DE SAÚDE
Recapitulando _________________________________________________ 52
9
CAPÍTULO 03
MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DOS EVENTOS RELACIONADOS À SAÚ-
DE-DOENÇA
Recapitulando _________________________________________________ 76
Referências _____________________________________________________ 85
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
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A presente unidade sintetiza conhecimentos relacionados à Epi-
demiologia e Vigilância Sanitária. Tem como objetivo de trazer os conheci-
mentos básicos na área da Epidemiologia, uma vez que este tema é muito
amplo. Ressaltamos que é um tema que tem crescido na área da saúde.
O primeiro capítulo A Construção da Vigilância em Saúde e
Conceitos inicia com uma pequena explanação da história da Vigilância
em Saúde e de como surgiu à epidemiologia no Brasil. Apresenta o con-
ceito de Epidemiologia, de forma simplificada: Significa o estudo sobre
a população, que direcionado para o campo da saúde pode ser com-
preendido como o estudo sobre o que afeta a população. Neste capítulo
também estudaremos termos da Epidemiologia, tais como: Casualidade
na Saúde, Epidemias, Endemias, Surtos e Pandemias. Finalizando o
capítulo temos uma breve explanação dos estudos epidemiológicos que
podem ser classificados em observacionais ou experimentais. A escolha
de um delineamento apropriado para um estudo é um passo importante
em uma investigação epidemiológica.
A Epidemiologia e os Serviços de Saúde é o tema do segundo
capítulo. Inicia este capítulo com os modelos de atenção à saúde e a Epi-
demiologia na Organização dos Serviços de Saúde e o uso da Epidemio-
logia no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF). É inegável a im-
portância da epidemiologia na organização dos serviços de saúde e suas
variadas utilizações, como instrumento de conhecimento, ela apresenta
a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde nas populações,
direcionando o planejamento, execução, avaliação das áreas de preven-
ção, estabelecendo prioridades, controle e tratamento de doenças, assim
como a sua etiologia. E por fim deste capítulo, dois temas de grande
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A CONSTRUÇÃO DA VIGILÂNCIA
EM SAÚDE
INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
CAUSALIDADE EM SAÚDE
Modelo Ecológico
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Fonte: Adaptada de: LEAVELL, H.R.; CLARK, E.G. Medicina preventiva. Rio
de Janeiro: McGraw- Hill, 1976.
Modelo Sistêmico
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- Etapa 7 - Busca de Dados Adicionais:
- Etapa 11 – Divulgação:
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Epidemiologia Observacional
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
Estudos Descritivos
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Estudos Analíticos
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Nesse estudo, o pesquisador distribui os indivíduos em dois
grupos expostos e não expostos a um fator em estudo. Em seguida
acompanha os indivíduos durante um determinado período de tempo
para analisar a incidência de uma doença ou situação clínica entre os
expostos e não expostos. Dessa forma, o parâmetro a ser estudado é a
presença ou não da doença.
As vantagens dos estudos de coorte são que os estudos esta-
belecem relação temporal entre exposição e efeito, calcula incidência e
permite o conhecimento da história natural da doença. É útil para avaliar
fatores associados a doenças de evolução rápida e fatal, assim como
não expõe os pacientes em estudo a nenhum risco potencial.
As desvantagens giram em torno dos vieses potenciais asso-
ciados à perda de seguimento dos participantes devido à migração, fal-
tam de aderência, desistência e morte. É um estudo caro e demorado
e ineficiente para avaliar doenças raras com longo período de latência.
Os custos e as dificuldades de execução podem comprometer o de-
senvolvimento de estudos de coorte, sobretudo quando é necessário
um grande número de participante ou longo tempo de seguimento para
acumular um número de doentes ou de eventos que permita estabele-
cer associações entre exposição e doença.
- Estudo Caso e Controle
Estudos de casos e controles constituem uma forma relativa-
mente simples de investigar a etiologia das doenças e avaliar as ações e
serviços de saúde. Esse tipo de estudo inclui pessoas com a doença (ca-
sos) e um grupo composto de pessoas não afetadas pela doença (contro-
le). Depois, determina-se (mediante entrevista ou consulta a prontuários,
por exemplo) qual é a relação da exposição entre casos e controles.
Epidemiologia Experimental
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Ensaio de Campo
Ensaio Comunitário
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: PPG QUALISAUDE Órgão: Universidade Federal
do Rio Grande do Norte Prova: Nível: Médio
A Lei nº 8.080/90 (BRASIL, 1990) contém definições de Vigilância em
Saúde. Assinale a opção relacionada à Vigilância Epidemiológica:
a) Contempla atividades de observação, coleta e análise de dados e in-
formações que podem descrever as condições alimentares e nutricionais
da população. Fornece subsídios para decisões políticas, auxiliam no pla-
nejamento, monitoramento e gerenciamento de programas relacionados
com os padrões de consumo alimentar e estado nutricional da população.
b) É o conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio am-
biente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde pública.
c) É um subsistema relacionado com a coordenação, avaliação, plane-
jamento, acompanhamento, inspeção e supervisão das ações de vigi-
lância das doenças e agravos à saúde associados à água para consumo
humano, contaminações do ar e do solo, desastres naturais, contami-
nantes ambientais e substâncias químicas.
d) É o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicio-
nantes de saúde individual e coletiva. Tem como finalidade recomendar
e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
e) Nenhuma das alternativas acima.
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: AMEOSC Órgão: Prefeitura de Palma Sola - SC
Prova: - Atendente de Saúde
Associe os termos de mortalidade/morbidade à sua definição na
alternativa correta: X - É a ocorrência de certo número de casos
controlados em determinada região.
Y - É o aumento do número de casos de determinada doença, mui-
to acima do esperado e não delimitado a uma região.
Z - Compreende um número de casos de doença acima do espera-
do, sem respeitar limites entre países ou continentes. Os exemplos
mais atuais são a AIDS e a Tuberculose.
a) X – Epidemia; Y – Endemia e Z – Pandemia.
b) X – Endemia; Y – Epidemia e Z – Pandemia.
c) X – Pandemia; Y – Epidemia e Z – Endemia.
d) X – Pandemia; Y – Endemia e Z – Epidemia.
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e) X Endemia; Y – Pandemia e Z – Epidemia.
QUESTÃO 3
Ano: 2013 Banca: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB
(CESPE) Órgão: Secretaria de Estado da Saúde - DF (SES/DF) Prova:
Multiprofissional em Atenção Cardiopulmonar - Área Farmácia.
O Estudo Transversal, também chamado de estudo seccional, in-
vestiga e examina a relação entre eventos, como exposição, doen-
ça e outras variáveis de interesse, em um determinado momento.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
QUESTÃO 04
Ano: 2013 Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC) Órgão: Agência
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - PE Prova: Pro-
fessor de Ensino Técnico Núcleo Técnico - Área Análises Clínicas
Nível: Superior
Considere o gráfico:
QUESTÃO 5
Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: TRE-AL (Tribunal Regional Eleito-
ral de Alagoas) Prova: Técnico Judiciário - Enfermagem
Nível: Médio
A investigação epidemiológica deve ocorrer sempre que for notifi-
cado um caso suspeito de uma dada doença. Entretanto, as medi-
das de controle e prevenção somente devem ser realizadas após a
confirmação do diagnóstico.
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
TREINO INÉDITO
______________ um experimento epidemiológico que tem por ob-
jetivo estudar os efeitos de uma intervenção em particular. Os indi-
víduos selecionados são aleatoriamente alocados para os grupos
intervenção e controle, e os resultados são avaliados comparan-
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
NA MÍDIA
SURTO DE H1N1 AUMENTA PROCURA POR VACINA EM CLÍNICAS
PARTICULARES DO AMAZONAS ENVIO DE DOSES PARA UNIDA-
DES PÚBLICAS DEVE OCORRER EM ABRIL DESTE ANO; DOENÇA
CAUSADA PELO VÍRUS JÁ MATOU 21 PESSOAS NO ESTADO.
De acordo com o último boletim divulgado pela Fundação em Vigilância
em Saúde do Estado, 318 casos de síndrome gripal grave no Estado já
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foram registrados. Destes, 72 já tiveram diagnóstico positivo para o Ví-
rus da Influenza A (H1N1) e 45 para Vírus Sincicial Respiratório (SRV).
Já são 21 óbitos por H1N1, sendo 17 em Manaus, dois em Manacapuru,
um em Parintins e um em Itacoatiara. Outros quatro óbitos foram confir-
mados por Vírus Sincicial Respiratório, sendo três de Manaus e um de
Borba. Desta vez, um óbito em Manaus, por Parainfluenza tipo 3.
Fonte: G1
Data: 12 março 2019.
Leia a notícia na íntegra:
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2019/03/09/surto-de-h1n-
1-aumenta-procura-por-vacina-em-clinicas-particulares-do-am.ghtml
NA PRÁTICA
FEBRE AMARELA: RISCO SE APROXIMA E MINISTÉRIO ALERTA
PARA A VACINAÇÃO
O período de maior transmissão da febre amarela é de dezembro a
março. Estados como RJ, MG e SP têm um grande contingente popula-
cional sem vacinação. Desde o surto registrado em dezembro de 2017,
a vacinação para febre amarela foi ampliada para 4.469 municípios.
Ministério da Saúde, 12 de novembro de 2018.
De acordo com as informações desta reportagem a realização de va-
cinação da população é uma medida de controle para que não tenha
novos casos e interrompa a cadeia de transmissão. Outro fator para
atuação na cadeia de transmissão é o controle do mosquito que trans-
mite a Febre Amarela, através da educação em saúde.
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EPIDEMIOLOGIA E OS SERVIÇOS
DE SAÚDE
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
Transição Epidemiológica
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Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis
festação da doença.
O desfecho da infecção também pode ser determinado pelo
grau de resistência do hospedeiro. A resistência é normalmente adquiri-
da através de exposições prévias ou pela imunização contra o agente.
A imunização vacinação é a proteção dos indivíduos suscetíveis a doen-
ças transmissíveis através da administração de vacinas, que podem ser:
• Um agente infeccioso vive modificado;
• Uma suspensão de organismos mortos;
• Uma toxina inativada;
• Um polissacarídeo bacteriano.
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Leia o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação e
saiba tudo sobre vacinas. Este Manual está disponível no site: http://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf
- Ambiente:
O ambiente desempenha um papel importante no desenvolvi-
mento das doenças transmissíveis. Condições sanitárias, temperatura,
poluição aérea e qualidade da água estão entre os fatores que podem
influenciar os estágios na cadeia de infecção. Além disso, fatores so-
cioeconômicos, tais como, densidade populacional, aglomeração e po-
breza, são de grande importância.
Fatores de Risco
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA
E TECNOLOGIA DO CEARÁ Orgão: Pró-reitoria de gestão de pes-
soas Cargo: Técnico de Enfermagem.
Em relação às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DNCT), ana-
lise as afirmativas.
I. As quatro DCNT de maior impacto mundial são doenças cardio-
vasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas.
II. O tabagismo, a alimentação saudável, a atividade física e o uso
nocivo de álcool são fatores de risco em comum para as DCNT.
III. A genética é considerada um fator de risco modificável para as
DCNT.
Está (ão) correto(s):
a) Somente I e III.
b) I, II e III.
c) Somente I e II.
d) Somente II e III.
e) Somente I.
QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: IESES Orgão: Instituto Federal de Santa Catarina
Cargo: Técnico de Enfermagem.
É a ciência que estuda as relações entre os seres vivos, suas princi-
pais características e formas de associação, como as infecções pa-
rasitárias e a transmissão dos agentes infecciosos. Nos elementos
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: FUNDEP Orgão: TJMG Cargo: Técnico de Enfer-
magem
Analise as afirmativas abaixo sobre as doenças crônicas.
I. O processo de transição epidemiológica, pelo qual o predomínio
das doenças transmissíveis cede lugar às doenças crônicas, ocorre
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de maneira igual nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
II. O aumento das doenças crônicas é motivado pela diminuição
das doenças infecciosas.
III. O aumento na expectativa de vida acarreta maior possibilida-
de de expressão das doenças crônicas isoladas ou múltiplas e se
constitui como um dos fatores que acelera o processo de transição
epidemiológica.
A partir dessa análise, é correto afirmar que:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) As três afirmativas estão corretas.
e) Apenas a afirmativa II.
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: SEASTER - PA Prova: Enfermeiro
A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orienta-
ção técnica permanente para os que têm a responsabilidade de
decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agra-
vos, tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas
sobre a ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como:
a) Dos critérios utilizados para a seleção de doenças e agravos notifi-
cáveis.
b) Dos seus fatores condicionantes em uma área geográfica ou popula-
ção determinada.
c) O comportamento epidemiológico da doença ou agravo escolhido
como alvo das ações.
QUESTÕES 5
Ano: 2017 Banca: INAZ do Pará Órgão: Prefeitura de Rolim de Mou-
ra - RO Prova: Agente Comunitário de Saúde
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo
mosquito Aedes Aegypti, sendo atualmente uma doença mais fre-
quente no Brasil, que atinge a população de todos os Estados, in-
dependente da classe social. Tendo a prevenção como principal
mecanismo de controle da doença, as principais medidas educati-
vas de interesse da comunidade são:
a) Ações educativas contínuas, individuais e coletivas, com a participa-
ção da população.
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b) Mutirão de limpeza com a participação da comunidade apenas uma
vez por ano.
c) Orientação quanto à transmissão da dengue que pode ser de uma
pessoa doente para outra sadia.
d) Mutirão de limpeza com a participação da comunidade apenas uma
vez por mês.
e) Manter o ambiente limpo e sem água parada pelo menos de três em
três meses.
QUESTÃO ABERTA
As doenças transmissíveis ocorrem como resultado de uma interação
entre agentes infecciosos, processo de transmissão, hospedeiro e am-
biente. O controle dessas doenças pode envolver mudanças em um ou
mais desses componentes, os quais são influenciados pelo ambiente.
Fale sobre cada elo da cadeia de transmissão.
TREINO INÉDITO
Um dos objetivos do desenvolvimento da epidemiologia nos ser-
viços de saúde é organizar estratégias para que os profissionais
apliquem os diversos métodos epidemiológicos nessas quatro
grandes áreas, contribuindo também para o desenvolvimento da
saúde coletiva. São áreas de aplicação e uso da epidemiologia nos
serviços de saúde, exceto:
a) Vigilância em Saúde Pública ou epidemiológica.
b) Analise da organização dos serviços de saúde.
c) Análise da situação de saúde.
d) Identificação de perfis e fatores de risco.
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
NA MÍDIA
AS 10 MAIORES AMEAÇAS À SAÚDE EM 2019 SEGUNDO A OMS.
Surtos de doenças que são preveníveis com vacinação, altas taxas de
obesidade infantil e sedentarismo e impactos à saúde causados pela
poluição estão entre as maiores preocupações da Organização Mundial
da Saúde este ano.
A Organização Mundial da Saúde divulgou no último mês a lista com
as 10 principais ameaças à saúde global em 2019. Entre os pontos de
destaque, estão surtos de doenças que são preveníveis com a vacina-
ção, altas taxas de obesidade infantil e sedentarismo, além de impactos
à saúde causados pela poluição, pelas mudanças climáticas e crises
humanitárias.
Paulo Olzon, especialista em infectologia pela Unifesp, lembra que a OMS
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lida com informações de várias partes do mundo, e isso a pauta para criar
o relatório com os itens mais graves e importantes que estão acontecen-
do no planeta. No entanto, temos situações regionais, que podem chamar
mais atenção do que essa visão global e, não necessariamente. “É muito
difícil comparar uma região com a outra, mesmo porque as doenças, do
ponto de vista infeccioso, por exemplo, que são as epidemias, possa,
eventualmente, mudar toda essa conformação”, diz. O Brasil é um bom
exemplo disso: há dois anos, combatíamos a dengue. Só se falava nisso.
“No ano passado, no entanto, o assunto foi a febre amarela, que é extre-
mamente grave, com 50% de chances de morte”, exemplifica.
As questões que mais vão demandar atenção da entidade e seus par-
ceiros em 2019 são: Poluição do ar e mudanças climáticas, Doenças
crônicas não transmissíveis, Pandemia de influenza, Cenários de fra-
gilidade e vulnerabilidade, Resistência antimicrobiana, Ebola, Atenção
primária (baixa cobertura vacinal), Dengue, HIV
Fonte: Revista Crescer
Data: 18/02/2019
Leia a notícia na íntegra: https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/
noticia/2019/02/10-maiores-ameacas-saude-em-2019-segundo-oms.html
NA PRÁTICA
DIAGNOSTICO SITUACIONAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
DA POPULAÇÃO DA ÁREA ADSCRITA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA
FAMÍLIA (ESF)
O diagnóstico situacional ou organizacional de uma equipe da ESF é
um método utilizado para mapeamento e análise de causas geradoras
dos pontos fortes e fracos identificados no serviço de saúde. Ele é im-
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MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DOS
EVENTOS RELACIONADOS À
SAÚDE-DOENÇA
- Incidência e Prevalência:
De acordo com Bonita R, Beaglehole R, Kjellstrom T (2010),
diferentes formas de medir a ocorrência de doenças nas populações é
através da Incidência e prevalência:
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- Incidência indica o número de casos novos ocorridos em cer-
to período de tempo em uma população específica.
- Letalidade:
A letalidade mede a severidade de uma doença e é definida
como a proporção de mortes dentre aqueles doentes por uma causa
específica em um certo período de tempo.
Conforme, Bonita R, Beaglehole R, Kjellstrom T (2010) coefi-
ciente de letalidade: representa a proporção de óbitos entre os casos
da doença, sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na
população. Isso pode ser uma característica da própria doença, por
exemplo, a raiva humana é uma doença que apresenta Bases da Saúde
59
Coletiva 100% de letalidade, pois todos os casos morrem ou de fatores
que aumentam ou diminuem a letalidade da doença na população con-
dições socioeconômicas, estado nutricional, acesso a medicamentos,
por exemplo. É dado pela relação:
Mortes devido à doença “X” em determinada comunidade e
tempo x 100
Casos da doença “X” na mesma área e tempo
Seu resultado é dado, portanto, sempre em percentual (%).
Não deve ser confundido com coeficiente de mortalidade geral, que é
dado por 1000 habitantes, e representa o risco de óbito na população. A
letalidade, ao contrário, representa o risco que as pessoas com a doen-
ça têm de morrer por essa mesma doença.
- Taxa de Prevalência:
A taxa de prevalência (TP) é mais utilizada para doenças crôni-
cas de longa duração, como hanseníase, tuberculose, AIDS e diabetes.
Casos prevalentes são os que estão sendo tratados casos antigos mais
aqueles que foram descobertos ou diagnosticados casos novos. Por-
tanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença, novos
e antigos, existentes em um determinado local e período (BONITA R,
BEAGLEHOLE R, KJELLSTROM T, 2010).
A prevalência (P) de uma doença é calculada como segue:
P = número de pessoas com doença x10N
População m risco
A população total da área a ser estudada muitas vezes é uti-
lização como uma aproximação, pois nem sempre os dados sobre a
população de risco estão disponíveis.
A taxa de prevalência é frequentemente expressa como casos
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
por 100 (%) ou por mil (‰) pessoas. Neste caso, P tem de ser multipli-
cado por 10n. Se o dado for coletado para um ponto específico de tem-
po, P é a taxa de prevalência pontual. Algumas vezes é mais convenien-
te utilizar a taxa de prevalência no período, calculada como o número
total de pessoas que tiveram a doença em um determinado período de
tempo, dividido pela população em risco de ter a doença no meio desse
período (BONITA R, BEAGLEHOLE R, KJELLSTROM T, 2010).
64
Fonte: Brasil 2005a
67
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE E VIGILÂNCIA EPIDEMIO-
LÓGICA
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De acordo com Brasil (2003), a partir da alimentação do banco
de dados do SINAN, pode-se calcular a incidência, prevalência, leta-
lidade e mortalidade, bem como realizar análises de acordo com as
características de pessoa, tempo e lugar, particularmente no que tange
às doenças transmissíveis de notificação obrigatória, além de outros in-
dicadores epidemiológicos e operacionais utilizados para as avaliações
local, municipal, estadual e nacional.
o registro civil da morte, foi somente em 1975 que foi criado o Sistema
de Informação sobre Mortalidade (SIM), considerado o primeiro SIS do
Brasil. Nesta mesma época, foi instituído o instrumento de coleta de
dados sobre mortalidade, a Declaração de Óbito (DO).
Conforme Brasil (2011), a declaração de óbito é um instrumen-
to de coleta de dados emitido pelo Ministério da Saúde e distribuídos,
em séries pré-numeradas, que deve ser preenchida em três vias. Todas
as informações existentes na DO são digitadas no SIM, portanto quanto
melhor preenchido for este instrumento, melhores será as possibilida-
des de análise dos dados, o que resulta na geração de informações de
saúde de qualidade.
Em todos os níveis, sobretudo no municipal, que está mais
próximo do evento, deve ser realizada a crítica dos dados, buscando
a existência de inconsistências como, por exemplo, causas de óbito ex-
clusivas de um sexo sendo registrado em outro, causas perinatais em
70
adultos, registro de óbitos fetais com causas compatíveis apenas com
nascidos vivos e idade incompatível com a doença (BRASIL, 2005b).
É com os dados do SIM que é possível construir todos os indi-
cadores de mortalidade, tais como: taxa de mortalidade geral, mortali-
dade proporcional por causa e faixa etária, taxa/coeficiente de mortali-
dade infantil e materna e outros.
72
É sistema que reúne informações de cerca de 70% dos interna-
mentos hospitalares realizados no país, tratando-se, portanto, de grande
fonte das enfermidades que requerem internação, importante para o co-
nhecimento da situação de saúde e gestão de serviços (BRASIL, 2005b).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2012 Banca: IADES (Instituto Americano de Desenvolvimen-
to) Órgão: EBSERH Prova: Gestor em Saúde
Taxa de mortalidade infantil é conceituada como o número de óbitos
de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na popula-
ção residente em determinado espaço geográfico, no ano considera-
do. Julgue os itens a seguir apresentados, em função da observação
deste indicador básico para a saúde e as interpretações decorrentes.
I - Estima o risco de morte dos nascidos vivos, durante o seu pri-
meiro ano de vida.
II - Refletem, de maneira geral, as condições de desenvolvimento
socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e
a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde mater-
na e da população infantil.
III - Expressa um conjunto de causas de morte cuja composição é
diferenciada entre os subgrupos de idade.
IV - Devido às suas limitações como a necessidade de informações
adicionais sobre a composição do indicador, bem como pelas difi-
culdades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utili-
zadas, não permite interpretações e, consequentemente, não pode
ser usado pelos gestores para estudo populacional. A quantidade
de itens certos é igual a:
a) 0.
b) 1.
c) 2.
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
d) 3.
e) 4.
QUESTÃO 2
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: - Analista Judiciá-
rio - Medicina do Trabalho
Considere o texto: Na análise de uma população de trabalhadores,
em relação às doenças crônicas não transmissíveis, observou-se
que o (a) __________ (que mede o risco de morrer) estava em de-
clínio e o (a) __________ (que mede a gravidade da doença) estava
se elevando. Assinale a alternativa que preenche, correta e respec-
tivamente, as lacunas.
a) coeficiente de letalidade / coeficiente de morbidade.
b) taxa de prevalência / taxa de incidência.
c) taxa de incidência / taxa de prevalência.
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d) índice de Swaroop & Uemura / taxa de morbidade.
e) coeficiente de mortalidade / coeficiente de letalidade.
QUESTÃO 3
Ano: 2006 Banca: UPE / UPENET / IAUPE Orgão: Instituto de Assis-
tência Social e
Cidadania Prova: Enfermeiro
A mortalidade materna é um bom indicador para avaliar as condições de
saúde da população. Quais as principais causas deste indicador?
a) Precariedade da atenção obstétrica, desnutrição, infecções.
b) Aborto, hipertensão arterial, doença cardiovascular.
c) Hipertensão arterial, hemorragias, infecção puerperal, aborto.
d) Câncer de mama e Acidente Vascular Cerebral.
e) Desnutrição, doença cardiovascular, câncer de mama.
QUESTÃO 4
Ano: 2013 Banca: IADES (Instituto Americano de Desenvolvimen-
to) Órgão: EBSERH Prova: Gestor em Saúde
Os sistemas de informação em saúde constituem experiências exi-
tosas, pois atestam a capacidade nacional de responder, com ino-
vações, aos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS). Um fato
a ser considerado é que a consecução de acertos e de melhores
práticas, por parte desses sistemas, está intimamente relaciona-
da com decisões políticas que enfrentaram a transitoriedade dos
cargos e potencializaram os recursos tecnológicos e financeiros.
Neste contexto, entre os importantes aspectos responsáveis pelos
êxitos no andamento dos sistemas de informação, estão os qua-
QUESTÃO 5
Ano: 2010 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Santa Maria
Madalena - RJ Prova: Enfermeiro
Considerando a caracterização de uma epidemia pela variável tem-
po, analise as alternativas:
1. A distribuição dos casos no tempo já tenha permitido identificar
o período provável de exposição.
2. A distribuição dos casos for apresentada segundo a data do iní-
cio dos sintomas.
3. Quando a curva epidêmica estiver elaborada de forma a permitir
a tipificação pela transmissão propagada ou por fonte comum ou
pela combinação destas duas formas.
No sentido da conclusão da caracterização citada, é correto afir-
mar que:
a) As alternativas 1 e 2 são corretas e a 3 incorreta.
b) As alternativas 1 e 3 são corretas e a 2 incorreta.
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO ABERTA
Na comunidade de Boa Vista, com uma população de 3.500 pessoas,
o enfermeiro realizou o diagnóstico situacional e verificou que na área
adscrita da ESF possuem 102 casos de diabetes. Calcule a prevalência
da doença na comunidade.
TREINO INÉDITO
Em um estudo sobre a ocorrência de diabetes em 1960-1970, em
Belo Horizonte, verificou-se um aumento da prevalência da doença
no período estudado. Uma possível explicação para isso seria:
a) Melhora da taxa de cura.
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b) Menor incidência da doença.
c) Diminuição da duração da doença.
d) Melhoria nos métodos diagnósticos.
e) Nenhuma das alternativas.
NA MÍDIA
BRASIL REGISTRA ALTA DE MORTALIDADE INFANTIL APÓS DÉ-
CADAS DE QUEDA
PAÍS NÃO REGISTRAVA CRESCIMENTO DESDE A DÉCADA DE
1990, INFORMAM DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. CRISE ECO-
NÔMICA E ZIKA EXPLICARIAM ALTA NA MORTALIDADE.
A mortalidade infantil em 2016 interrompeu décadas de queda de mor-
tes de bebês no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde. Pela 1ª
vez desde 1990, o país apresentou alta na taxa: foram 14 mortes a cada
mil nascidos em 2016; um aumento de 4,8% em relação a 2015, quando
13,3 mortes (a cada mil) foram registradas.
Desde 1990, o país apresentava queda média anual de 4,9% na mor-
talidade. Nos anos 1980, segundo o Instituto brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o Brasil chegou a registrar 82,8 mortes por mil nasci-
mentos. Em 1994, a taxa chegou a 37,2; e, em 2004, a 21,5.
O Ministério da Saúde credita a alta mortalidade à emergência do vírus
Zika foram 315 mortes associadas ao Zika desde 2015 e às mudanças
socioeconômicas. Dados recentes, no entanto, mostraram que a vaci-
nação em crianças, um importante fator para a redução da mortalidade,
atingiu o menor nível em 16 anos.
Fonte: G1
Data: 16/07/2018
NA PRÁTICA
O comitê de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal é organismo
de natureza interinstitucional, multiprofissional, confidencial, não coerciti-
vos ou punitivos, com caráter formativo e educativo que têm a função de
analisar todos os óbitos maternos, infantis e fetais e apontar medidas de
intervenção para a redução destes óbitos na sua região de abrangência.
São, portanto, instâncias técnicos-ético-política de controle social e apoio
a gestão, que contribuem para avaliar a qualidade da assistência à saúde
da mulher e da criança para subsidiar as políticas públicas e ações de
intervenção para melhoria da vigilância ao óbito e, consequentemente,
da qualidade da informação e melhorar a qualidade da atenção à saúde.
A atuação efetiva dos Comitês de Prevenção do Óbito Materno, Infantil
79
e Fetal tem impacto direto nas taxas de mortalidade materna, infantil e
fetal. Busque conhecer a atuações desse comitê na sua cidade.
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
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CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
83
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA
Para determinar a prevalência de diabéticos nesta comunidade em um
determinado ano. Será necessário saber o número de indivíduos por-
tadores de diabetes na área e o número total de habitantes da comuni-
dade coberta. Também será necessária uma constante com base 100.
Prevalência = número de portares de diabetes x 100
Número dos moradores da comunidade coberta ESF
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS
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BARRETO, S. M.; Pinheiro, A. R. O.; Sichieri, R.; Monteiro, C. A.; Ba-
tistaFilho, M., et al 2005. Análise da estratégia global para alimentação,
atividade física e saúde, da Organização Mundial da Saúde. Epidemio-
logia e serviços de saúde 14(1):41-68.
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BRASIL. Modelos de atenção à saúde no Brasil. In: GIOBANELLA, G. et
al. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2008
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EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - GRUPO PROMINAS