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SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Bastos Teles

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
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ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo


importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professor: José Augusto Junior


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade fundamentará os conceitos para implementação
de um Sistema de Gestão Ambiental. Especificamente, foram enfoca-
dos: a) os conceitos e políticas de gestão ambiental; e b) as etapas e
ferramentas utilizadas para implementação de um sistema de gestão
ambiental. Trata-se de uma pesquisa aplicada e descritiva, a fim de es-
clarecer ao máximo os conceitos de sistemas de gestão ambiental, e
assim possibilitar a aplicação efetiva destes instrumentos na esfera em-
presarial. Justifica-se por causa do cenário globalizado e competitivo do
mercado, em que os consumidores exigem cada vez mais o comprome-
timento das empresas para com o desenvolvimento sustentável de seus
produtos, garantindo seus anseios sociais futuristas. A implementação
de um Sistema de Gestão Ambiental proporciona competitividade às
empresas tanto para a sobrevivência no mercado, quanto para o con-
trole dos aspectos ambientais. Evidencia também que ao garantir a sus-
tentabilidade do processo de desenvolvimento sustentável, consequen-
temente, há a melhoria da qualidade ambiental e de vida da população.
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Sistema de Gestão Ambiental. Desenvolvimento Sustentável.


Políticas Públicas. Certificação.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

Contextualização e Definição da Gestão Ambiental ______________ 12

Políticas Públicas de Gestão Ambiental __________________________ 14

As Questões Ambientais em um Mundo Globalizado ___________ 20

Recapitulando ________________________________________________ 25

CAPÍTULO 02
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Contextualização e Conceitos do Sistema de Gestão Ambiental __ 29

Fases de Elaboração do Sistema de Gestão Ambiental __________ 34

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Recapitulando _________________________________________________ 43

CAPÍTULO 03
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL À CERTIFICAÇÃO

Contextualização da Certificação Ambiental ___________________ 47

Desafios e Tendências do SGA para a Organização ______________ 53

Recapitulando _________________________________________________ 61

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Fechando a Unidade ____________________________________________ 65

Referências _____________________________________________________ 68
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O desenvolvimento da civilização humana está intrinsecamen-
te relacionado com a incansável busca pela satisfação de suas neces-
sidades, o que implica na exploração da natureza. Mesmo possuindo
tecnologias suficientes para não comprometer as condições naturais do
meio ambiente, a interação das atividades antrópicas com os ecossis-
temas é constante.
Durante décadas, o meio ambiente não foi levado em conside-
ração, visto que havia a concepção de que os recursos e bens naturais
eram infinitos, logo não havia motivos para se investir no desenvolvi-
mento de tecnologias que tivessem como foco o monitoramento e con-
trole dos processos industriais.
A questão ambiental passou a ser considerada apenas quan-
do as atividades produtivas de uma região começaram a interferir na
qualidade de vida de outra. Assim, os aspectos ambientais e impactos
potenciais deixaram de ser pontuais ou locais e passaram a ser vistos
de forma holística e globalizada.
Atualmente, devido à crescente conscientização ambiental da
humanidade e, aos esforços atribuídos pelas Organizações Não Gover-
namentais (ONGs) e aos Órgãos fiscalizadores, a adoção de práticas
que visam melhorar o desempenho ambiental, como a implementação
de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), é necessária para controlar
os aspectos e impactos gerados pelas atividades, diminuírem os danos
causados ao meio ambiente e atender as legislações ambientais.
No Brasil, a Norma mais adotada para o SGA é a NBR ISO
14.001, pois esta Norma é internacional e abrange requisitos como o
comprometimento da empresa com o meio ambiente, o controle das
atividades potencialmente poluidoras, a responsabilidade por toda a ca-
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deia de prestação de serviços e, a melhoria contínua do sistema.

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CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO
AMBIENTAL
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CONTEXTUALIZAÇÃO E DEFINIÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

O meio ambiente é um dos assuntos de maior foco na socieda-


de atual. Rotineiramente há notícias, reportagens, manchetes, artigos
publicados, que envolvem este tema.
Porém, o interesse e os debates iniciaram apenas nas últimas
décadas, quando a qualidade de vida dos seres humanos passou a
ser diretamente afetada. É o reflexo na inconsistência das modernas
sociedades em se desenvolverem sem considerar as regras do ecossis-
tema, em que se enquadram: a utilização sem consciência dos recursos
naturais finitos, o impacto da poluição sobre a fauna e a flora do meio
ambiente, a interferência nos ciclos ecológicos, entre muitos outros im-
pactos diretos e indiretos que podem ocorrer.
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Para compreender como a gestão ambiental pode auxiliar no
desenvolvimento econômico e social, é preciso primeiro entender a ex-
pressão meio ambiente, e assim inserir o conceito de desenvolvimento
sustentável em todas as atividades humanas.

Meio Ambiente é tudo o que tem a ver com a vida de um ser ou de um grupo
de seres vivos. Tudo o que tem a ver com a vida, sua manutenção e repro-
dução. Nesta definição estão: os elementos físicos (a terra, o ar, a água), o
clima, os elementos vivos (as plantas, os animais, os homens), elementos
culturais (os hábitos, os costumes, o saber, a história de cada grupo, de cada
comunidade) e a maneira como estes elementos são tratados pela socieda-
de. Ou seja, como as atividades humanas interferem com estes elementos.
Compõem também o meio ambiente as interações destes elementos entre
si, e entre eles e as atividades humanas. Assim entendido, o meio ambiente
não diz respeito apenas ao meio natural, mas também às vilas, cidades, todo
o ambiente construído pelo homem (NEVES; TOSTES, 1992, p. 17).

Percebe-se que o meio ambiente não se restringe à vegetação,


animais, solos, mas também a todos os elementos que interagem com a
natureza. Não é apenas um recurso infinito à disposição do homem, ou
objeto de pesquisa. É importante salientar que todos os seres vivos depen-
dem diretamente do meio ambiente para sobreviver, e que a geração de
riquezas pode sim existir sem que haja a necessidade de comprometê-lo.

Tudo o que existe na natureza é denominado recurso natural.


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Os recursos naturais são globalmente classificados em: Renováveis
– Sendo aqueles que não se esgotam facilmente, devido à sua alta ve-
locidade em se renovarem e também sua capacidade de manutenção
(ex. Biomassa, Energia solar, Solo). Não Renováveis – Sendo os que
levam muito tempo para se renovarem, ou não, podem ser regenera-
dos e reutilizados em escala de maneira que possam sustentar a sua
taxa de consumo (ex. Petróleo, Água, Carvão Mineral).

Ao passo que a humanidade intensifica o consumo dos recur-


sos naturais, o crescente risco de colapso nos ecossistemas globais é
atenuado, ou seja, a capacidade de renovação fica comprometida, e
uma sociedade sem recursos naturais disponíveis, é uma sociedade
sem futuro (BARBIERI, 2016).
Diante disto, é evidente o quanto é importante que haja pesqui-
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sas científicas, desenvolvimento tecnológico, debates entres as nações,
que fundamentem as mudanças de comportamentos, tanto pelas orga-
nizações quanto por cada ser humano, visando o bem social comum.
Contudo, mudar um hábito é uma tarefa difícil. A exploração do
meio ambiente se confunde com a própria história da civilização humana
na Terra, pois tudo o que mantinha e alimentava a vida humana advinha
dos recursos naturais. Enquanto as ferramentas manuais eram o principal
meio de produção dos bens de consumo, manteve-se em equilíbrio com a
natureza. Mas, com o acelerado crescimento populacional e de demanda
por bens de consumo, teve-se início a crise ambiental e a conscientização
da possibilidade de esgotamento dos recursos naturais (MOREIRA, 2013).
Os processos industriais não só causaram muitos danos am-
bientais devido ao enfoque no lucro rápido e na produção em massa.
A industrialização acarretou no aumento de grandes aglomerações ur-
banas, intensificou problemas relacionados ao esgoto, poluição hídrica,
descarte descontrolado e sem controle de resíduos, desmatamento, en-
tre outros (MOREIRA, 2013).
Sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), co-
meçaram a surgir ativamente muitos movimentos de preservação am-
biental e Organizações Não Governamentais (ONGs), período este que
deu início ao contexto denominado “despertar da consciência ecológi-
ca” (MOREIRA, 2013).

A consciência ecológica foi despertada a partir da tentativa


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de muitos países em promover seu autodesenvolvimento de ma-


neira que integrassem a preservação da natureza e dos recursos
naturais. Foi a partir deste despertar que surgiram as principais
conferências sobre a temática do meio ambiente, e consequente-
mente, a sociedade passou a versar sobre as melhores estratégias,
metas e ações pautadas sob uma perspectiva ambiental.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE GESTÃO AMBIENTAL

O conceito de políticas públicas deve representar ou demons-


trar a maneira como a sociedade deseja resolver as problemáticas e as
adversidades que surgem, e as políticas públicas ambientais não são
diferentes. Entende-se que o sistema político tem origem com o início
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de um movimento reivindicatório da sociedade, relacionado a um pro-
blema ou discordância (COSTA et al. 2002).
Sendo assim, as políticas ambientais são caracterizadas em
relação ao seu temperamento e ao nível de entendimento, ou seja, em
referência ao caráter delas, podendo ser classificadas em: públicas e
privadas, e também quanto a sua abrangência: Políticas Internacionais,
Federais, Estaduais ou Municipais (KRAEMER, 2012).
As políticas públicas de gestão ambiental devem ter como prio-
ridade toda a gestão dos processos, de modo que suas ações protejam
o meio ambiente, porém, as ações de políticas ambientais, fundamental-
mente, devem ser orientadoras para a finalidade de resolver os conflitos
sociais e ambientais existentes, visando principalmente à conservação
ambiental e a qualidade de vida da população (HAYASHI; SILVA, 2015).
Partindo deste princípio, as políticas internacionais de gestão
ambiental têm suas origens a partir de eventos, debates, e desastres
ambientais envolvendo grande parte dos países do mundo. Exemplo
disto são as conferências que ocorreram nos últimos setenta anos,
como: Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvi-
mento, e a Rio-92, promovida pela ONU (HAYASHI; SILVA, 2015).
Em relação aos aspectos privados das políticas ambientais a
nível internacional, utilizam-se como base as considerações divulgadas,
principalmente, pela Organização Internacional para Padronização (In-
ternational Organization for Standardization – ISO) e pela Organização
Mundial de Comércio (OMC).
As Normas internacionais da série ISO 14000 (primeira edição
em 1996) orienta a criação de sistemas de gestão ambiental para a
gestão das empresas no mundo, pautando os procedimentos mínimos
necessários para a Avaliação do Ciclo de Vida do produto (ACV), e as
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normas internacionais da série ISO 9000 - NBR ISO 9001 (1980, 1987)
orientando a criação de sistemas de gerenciamento da qualidade.
A OMC colabora por meio de restrições da comercialização de
produtos desenvolvidos por empresas que estão envolvidas com pro-
blemas relativos às questões ambientais (HAYASHI; SILVA, 2015).

Algumas políticas ambientais internacionais favorecem o


relacionamento comercial das organizações a nível federal e inter-
nacional. Veremos mais sobre as normas e princípios para certifi-
cação no capítulo 3.
15
Em relação às políticas públicas ambientais no Brasil, desta-
ca-se a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)
(BRASIL, 1981), cujas funções são direcionadas a assessorar o gover-
no federal nas formulações da Política Nacional do Meio Ambiente e
diretrizes governamentais ambientais para o país. O SISNAMA é condu-
zido por um órgão superior governamental, a presidência da república.
O SISNAMA funciona de forma semelhante ao Ministério do
Meio Ambiente (MMA). Ele é formado pelos órgãos:
• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, que é um
órgão consultivo e deliberativo a nível federal.
• MMA – Ministério do Meio Ambiente, que elabora, aplica e
supervisiona as normas ambientas em todo o país.
• IBAMA – Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis, órgão executivo (BRASIL, 1981).
• Órgãos Seccionais são as entidades estaduais responsáveis
por todo o processo.
• Órgãos Locais controlam e gerenciam as boas práticas am-
bientais a nível municipal.
No Brasil, as políticas públicas de gestão ambiental e de sus-
tentabilidade, seguem as diretrizes para o desenvolvimento das políti-
cas ambientais públicas federais e diretrizes complementares estabele-
cidas na Constituição da República Federativa do Brasil (1988).
A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) Lei n.º 6.938 de
31/08/1981 define diretrizes e normativas das políticas relacionadas ao
meio ambiente, e estabelece que as funções e atribuições em relação
ao poder público estão centradas na condução e execução. O Decreto
n.º 99.274 de 06/06/1990, regulamenta a PNMA.
Em nível de Estados, as políticas públicas são estabelecidas e
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gerenciadas pelas Secretarias de Estado do Meio Ambiente, enquanto


os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente representam os órgãos con-
sultivos e deliberativos, conforme a Constituição Federal (1988).
Por outro lado, os órgãos executivos são criados como funda-
ções ou empresas públicas que tem como finalidade a prestação de ser-
viços à administração, como, por exemplo, a CETESB (Companhia Am-
biental do Estado de São Paulo), ou no caso de outros Estados, onde o
órgão executivo é algum dos departamentos ligados à Secretaria Estadu-
al de Meio Ambiente (CAGLIARI; FILHO SIMIONATTO; RAMBO, 2010).
Em contrapartida, a maioria dos municípios não possuem se-
cretaria municipal responsável pelas políticas públicas ambientais, ca-
recem de um conselho de meio ambiente que exerça funções consulti-
vas e deliberativas, e também de um órgão executivo, deixando a cargo
do órgão estadual a responsabilidade executiva através de convênios
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firmados entre as prefeituras e os Estados (CAGLIARI; FILHO SIMIO-
NATTO; RAMBO, 2010).
A gestão ambiental na atualidade enfoca nos elementos natu-
rais mais específicos, aqueles elencados como de maior importância
para a sociedade, tais como: a biodiversidade, unidades de conserva-
ção, recursos hídricos, solos, paisagens excepcionais, os sítios fósseis.
Da mesma forma, as políticas públicas ambientais destinadas
a fiscalização, o controle e estabelecimento de normas, são elaborados
principalmente para os setores e atividades de cunho antrópico, aos
processos e produtos com impactos ambientais, seus rejeitos, e sua
influência na qualidade de vida, assim como em relação ao ambiente
natural (CARVALHO et al, 2005).

Paradigmas do Desenvolvimento Sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável como norma básica


manifestou-se pela primeira vez na Conferência de Estocolmo de 1972,
e foi designado, na época, como “Abordagem do ecodesenvolvimento”
(SACHS, 1993), e largamente difundido a partir de então. Segundo o
autor, o desenvolvimento da sociedade quando voltado para as neces-
sidades sociais mais abrangentes, diz respeito à melhoria da qualidade
de vida da maior parte da população e ao cuidado com a preservação
ambiental como uma responsabilidade para com as gerações futuras.
Para tanto, é necessário que três critérios sejam obedecidos
ao mesmo tempo (SACHS, 1993):

1) Equidade social – visa um conjunto de práticas que pretende demolir to-


das as barreiras sociais, culturais, econômicas e políticas que impliquem em
exclusão ou desigualdade. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

2) Prudência ecológica – reconhecendo, antes de qualquer coisa, as incerte-


zas existentes sobre as consequências ambientais potencialmente perigosas
desenvolvidas pelas atividades econômicas.
3) Eficiência econômica – os recursos são utilizados da melhor forma possí-
vel para satisfazer as necessidades e desejos da população. Dito de outra
forma, a existência de eficiência é sinônimo de ausência de desperdício.

No ano de 1987, a Comissão de Brundtland elaborou a versão


final do Relatório Brundtland, documento este intitulado “Nosso Futuro Co-
mum”. Este documento conceitua e define o desenvolvimento sustentável.

Procura estabelecer uma relação harmônica do homem com a natureza, como


o centro de um processo de desenvolvimento que procura satisfazer as neces-
sidades humanas e às aspirações humanas. Enfatiza que a pobreza é incom-

17
patível com o desenvolvimento sustentável e indica a necessidade de que a
política ambiental deve ser par te integrante do processo de desenvolvimento
e não mais uma responsabilidade setorial fragmentada (DIAS, 2017).

Este novo conceito surgiu a partir da necessidade de criação


de um modelo de desenvolvimento que considere a questão ambiental,
devido ao aumento da intervenção humana na natureza para a extração
dos recursos naturais, com enfoque no crescimento econômico, aliado
à igualdade social e ao equilíbrio ecológico.
O relatório em questão define também as premissas do que
seriam o desenvolvimento sustentável, necessidades essenciais à so-
brevivência da população, limitações tecnológicas de exploração do
meio ambiente, sendo o objetivo principal satisfazer as necessidades e
aspirações humanas (DIAS, 2017).
A transição de um modelo de desenvolvimento pautado na pre-
dação para um sustentável, de maneira a manter o equilíbrio com o
meio ambiente, tem diversas implicações: alterar como a sociedade en-
xerga o meio ambiente, bem como a sua relação para com ele, tomando
consciência de que ele não é somente uma fonte de matéria-prima e um
depósito de resíduos; buscar um consumo racional dos recursos natu-
rais, modificando assim a atual organização social produtiva; e procurar
práticas sustentáveis de produção (SOUZA, 2002).
Para Barbieri e Cajazeira (2009), o desenvolvimento sustentá-
vel está apoiado nos seguintes pilares:
• Sustentabilidade social: consiste na equidade da distribuição
dos bens e da renda, com o propósito de melhorar a qualidade de vida
da população e desta forma reduzir as desigualdades sociais.
• Sustentabilidade econômica: consiste no conjunto de práticas
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econômicas, financeiras e administrativas que visam à distribuição efi-


ciente dos recursos produtivos.
• Sustentabilidade ecológica: consiste na proteção dos recur-
sos naturais, visando o aumento da capacidade de carga do planeta
causando o menor impacto ambiental possível.
• Sustentabilidade cultural: busca o reconhecimento e o res-
peito para com todas as diversidades de costumes e tradições sociais.
• Sustentabilidade espacial: refere-se ao equilíbrio de todos os
demais pilares da sustentabilidade.
Pautados nestes cinco pilares do desenvolvimento sustentável,
é comum que eles sejam resumidos em apenas três dimensões essen-
ciais: Social, Econômica e Ambiental. Coral (2002) apresenta um modelo
de sustentabilidade a ser aplicado pelas organizações na (figura 1.1).

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Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade.

Fonte – CORAL, 2002.

Dimensões essenciais:
1. Econômica – as empresas têm que ser economicamente vi-
áveis.
2. Ambiental – a organização deve estar pautada na ecoeficiência
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de todos os seus processos produtivos, adotando e aplicando o conceito de
produção mais limpa, e abrangendo uma cultura ambiental organizacional.
Social – deve satisfazer aos requisitos de proporcionar as me-
lhores condições de trabalho aos seus colaboradores, buscando con-
templar a diversidade cultural existente na sociedade em que atua.
Segundo Bebbington et al. (2007) e Singh et al. (2012), existe
ampla e reconhecida necessidade de indivíduos, organizações e socie-
dades em encontrarem modelos, métricas e ferramentas para articular
a medida e a extensão da sustentabilidade de atividades atuais. Nesse
sentido, para alcançar o progresso em sustentabilidade, o desenvolvi-
mento de indicadores de sustentabilidade precisa ser sistematicamente
monitorado, medido, quantificado e interpretado (Hardi; Zdan, 2010).
Nesta mesma ótica, diversos quadros que contemplam as vari-
áveis de sustentabilidade já são conhecidos e bem difundidos. Segundo
19
os estudos de Buson (2009) e Buson et al. (2009), existem ao menos
15 variáveis de sustentabilidade baseadas nas dimensões econômica,
ambiental e social e que podem ser facilmente utilizadas pelos gestores
de projetos. O (quadro 1.1) apresenta essas variáveis.

Quadro 1 – Variáveis das dimensões de sustentabilidade.


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Fonte: adaptado de BUZON (2009).

AS QUESTÕES AMBIENTAIS EM UM MUNDO GLOBALIZADO

A globalização se faz tão presente que é praticamente impossí-


vel pensar em um mundo sem as características que lhe foram impres-
sas. A intensificação dos mecanismos de produção em massa, a prolife-
20
ração das empresas transnacionais, a divisão do trabalho, a imposição
da arbitrariedade sobre os preços e pessoas, a volatilidade das econo-
mias, o aumento das especulações em bolsas de valores, caracteriza a
economia mundial atual.
O desenvolvimento de tecnologias evidencia a percepção so-
bre como as barreiras territoriais diminuíram - a internet, os computado-
res e aparelhos celulares, a criação do Global Position System (GPS)
identificando com precisão a localização de pessoas e objetos em qual-
quer ponto terrestre, a vasta gamas de redes sociais disponíveis – esta-
belecendo conexão em tempo real e proporcionando o fluxo de informa-
ções, pessoas, capitais, produtos e serviços (figura 1.2).

Figura 2 – Globalização: conectando pessoas.

Fonte – JEMASTOCK, 2019.

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Neste processo de transformação, o ser humano se reinventa
a todo o momento. Ele cria novas culturas, produz bens materiais, agre-
ga valores, amplia os modos de fazer e de pensar, de interagir entre si e
com toda a natureza. São essas condutas e diversificação que determi-
nam a magnitude dos problemas ambientais (QUINTAS 2006).
Em paralelo ao desenvolvimento tecnológico, é possível obser-
var que os debates sobre a conservação ambiental têm expandindo. No
contexto empresarial, a gestão ambiental é uma ferramenta que viabili-
za uma produção modernizada, aumenta a competitividade de merca-
do, auxilia na redução de custos e, ao mesmo tempo, possibilita que a
organização faça uso responsável dos recursos naturais e minimize os
danos gerados sobre o meio ambiente (CAMPO; MELO 2008).
Ao optar por utilizar um sistema de gestão ambiental, segun-
do Lopes (2004), as empresas possuem três níveis de opções: fazer o
21
mínimo para estar conforme aos requisitos legais, adotar uma postura
proativa ou aderir uma gestão voltada para a sustentabilidade.

É importante ressaltar que simultâneo ao processo de globalização, várias es-


pécies de problemas ocorrem. Alguns com efeitos imediatos e outros com efei-
tos imperceptíveis em curto prazo. Para os primeiros problemas, as legislações
dos Estados buscam soluções práticas, como a imposição de sanções e obri-
gações de reparar os danos provocados. Já para os segundos, não há meio de
se prever o que poderá ocorrer, como é o caso das emissões de gases-estufa, a
contaminação de águas por metais pesados, a poluição causada por acidentes
nucleares. Na esfera internacional, ocorrem tratativas no sentido de preservar o
meio ambiente, diminuindo os riscos de danos ecológicos, bem como no sentido
de minimizar as agressões já existentes. Em relação ao meio ambiente, em que
as normas de Direito Internacional não têm cogência, e, portanto, não impõem
sanções jurídicas para quem não as cumpre, a ausência de imposição não é
elemento determinante para que a coletividade de Estados pactuantes deixe de
observá-las. Especificamente em relação ao Protocolo de Kyoto, norma jurídica
de Direito Internacional, composta com conteúdo moral e, ao mesmo tempo, au-
sente de cogência, na qual está disposto que os Estados devem colaborar para
reduzir as emissões de gases-estufa (prevenindo o aquecimento da temperatura
global), mesmo que não se tenha mecanismo sancionatório para quem deixe de
cumprir o que está estabelecido, existe o dever – ao menos o moral – de todos
os países colaborarem, restando, quanto àqueles que aderem ao disposto na
norma, a efetividade da obrigação. É exatamente o que ocorre em decorrência
da carga valorativa colocada no texto do Protocolo de Kyoto (um dos mais im-
portantes documentos ambientais). Existe disposição expressa na normativa no
sentido de que é necessária a coordenação dos países integrantes das Nações
Unidas a fim de que os efeitos nocivos ao meio ambiente sejam amenizados e,
como consequência, a humanidade, os seres vivos e o planeta, como um todo,
possam coexistir em harmonia (CAGLIARI; FILHO; RAMBO, 2010, p. 284).
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Muitas vezes, estar em conformidade legal não é um re-


quisito respeitado pelos responsáveis. A falta de fiscalização e
possíveis sanções acabam incentivando a continuidade do desen-
volvimento predatório. Poderíamos concluir que os Estados são
incapazes, sozinhos, em encontrar as soluções cabíveis?

Em relação às normas de Direito Ambiental, entretanto, o fator


base é o princípio da responsabilidade. Rico (2004) explica que o pla-
nejamento estratégico deve englobar os conceitos e práticas da respon-
sabilidade social empresarial. Este tipo de gestão é baseado na ética e
22
transparência da empresa, perante seus clientes, fornecedores e demais
pessoas vinculadas em seu ciclo de vida. O mercado consumidor valoriza
a conduta de responsabilidade social e ambiental que a empresa pratica.
Portanto, a partir da década de 1970, as empresas deixam de
enxergar os gastos com o aprimoramento no desempenho ambiental
como despesas, e passam a considerá-los como investimentos, que
podem gerar uma vantagem competitiva no mercado ao qual estão ou
querem se inserir. Além disso, as catástrofes ambientais, os debates,
conferências, tratados internacionais, contribuíram para que o meio
ambiente, a questão de conservação ambiental, e o desenvolvimento
sustentável, fizessem, a partir de então, parte da ótica de visão das or-
ganizações (CAMPO; MELO 2008).

A responsabilidade social empresarial teve início nos Es-


tados Unidos, mas infelizmente, ainda não é uma realidade global.

Além disso, as empresas devem guiar suas metas empresa-


riais de modo a convergir com os conceitos de desenvolvimento susten-
tável, promover a redução da desigualdade socioeconômica para com
as gerações futuras, buscar a conservação do meio ambiente e mitiga-
ção dos danos ambientais.
Existem três razões que influenciam a organização em buscar
a melhora de sua performance ambiental, sendo elas: enquadrar-se aos
padrões internacionais de proteção ambiental, que tem apontado para
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exigências de comercialização dos produtos; a divulgação em mídias
sobre os danos ambientais causados pela organização; pressão ecoló-
gica por parte dos consumidores, investidores e também da concorrên-
cia, a fim de obter melhor reputação no mercado (SOUZA, 2002).
Portanto, o conceito de desenvolvimento sustentável aliado à
preocupação e responsabilidade social empresarial expressa a capaci-
dade de as empresas produzirem bens de consumo ou serviços econo-
mizando recursos e energia (VINHA, 2010), diminuindo o desperdício dos
recursos naturais e ampliando o conceito de ecoeficiência empresarial.
É relevante destacar que, conforme Dias (2006), as empresas
exploram o meio ambiente, utilizando um bem comum para obter lucro
individual, porém os danos ambientais que elas podem causar afetam o
bem-estar de toda a população. A partir disso, justifica-se a necessida-
de da gestão ambiental nas atividades organizacionais, de forma que a
23
empresa respeite os recursos naturais, e utilize os recursos tecnológi-
cos, humanos e financeiros.
O impacto ambiental causado pelas atividades pode ser me-
dido, corrigido e gerenciado por procedimentos que permitem a previ-
são e a mitigação dos danos ambientais (RODRIGUES et al. 2006). As
Avaliações de Impacto Ambiental (AIA) servem como instrumento para
minimizar os eventuais danos ao meio ambiente, indicam tecnologias
que maximizem a produção e a utilização dos recursos naturais, a partir
da implementação do SGA (RODRIGUES et al., 2006).
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: OBJETIVA - 2022 - ARIS - SC - Engenheiro Sanitarista
A figura a seguir ilustra a espiral do modelo de Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) apresentado pela NBR ISO 14001:
Imagem associada para resolução da questão:

A etapa na qual são apresentados os princípios de ação para a or-


ganização, sendo estabelecidas metas relativas ao desempenho e
responsabilidade ambiental, segundo as quais todas as ações se-
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guintes serão julgadas, é a definida na espiral do modelo SGA pela:
a) Implementação e operação.
b) Análise crítica pela administração.
c) Verificação e ação corretiva.
d) Política ambiental.

QUESTÃO 2
Prova: UniRV - GO - 2023 - Prefeitura de Rio Verde - GO - Especia-
lista em Serviços Ambientais – Engenharia Civil, Geologia, Geral e
Medicina Veterinária
A empresa que desenvolve uma Gestão Ambiental bem estrutura-
da já percorreu um grande caminho para a implementação de seu
Sistema de Gestão Ambiental (SGA), uma vez que é crucial iden-
tificar e analisar os aspectos ambientais que estão inseridos nos
25
processos produtivos.
Marque a alternativa correta que representa um exemplo de “as-
pecto ambiental”:
a) Contaminação do solo e da água subterrânea por hidrocarbonetos.
b) Deterioração da qualidade da água por eutrofização.
c) Emissão de compostos orgânicos voláteis.
d) Redução da disponibilidade hídrica.

QUESTÃO 3
Prova: FURB - 2023 - Prefeitura de Timbó - SC - Fiscal Sanitarista
Assinale a alternativa correta que corresponde ao órgão responsá-
vel pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:
a) ANS.
b) Ministério da Saúde.
c) CNS.
d) Fiocruz.
e) ANVISA.

QUESTÃO 4
Prova: VUNESP - 2023 - Prefeitura de Pindamonhangaba - SP - Ana-
lista Ambiental
O planejamento e a gestão dos ambientes rural e urbano são su-
portados por princípios e conceitos dentre os quais está o de ser-
viços ecossistêmicos, sendo que os serviços:
a) de suporte objetivam a manutenção da estabilidade de processos
ecossistêmicos, como fornecer água de qualidade e em quantidade
para a população.
b) de cultura são aqueles relacionados a bens ou a produtos ambientais
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utilizados pelo ser humano para consumo ou comercialização, os quais


variam de acordo com o local e cultura da população.
c) de provisão são aqueles que mantêm a perenidade da vida na Terra e
estão relacionados a processos como a ciclagem de nutrientes.
d) de regulação são aqueles que visam à manutenção da estabilidade
de processos ecossistêmicos, como se ter a manutenção do equilíbrio
do ciclo hidrológico.
e) econômicos são formados pelos benefícios não materiais providos
pelos ecossistemas, por meio da recreação, do turismo, da identidade
cultural e de experiências estéticas.

QUESTÃO 5
Prova: OBJETIVA - 2023 - Prefeitura de Canoas - RS - Engenheiro
Ambiental
26
O PDCA é um processo contínuo, iterativo, que permite que uma
organização estabeleça, implemente e mantenha sua política am-
biental e melhore continuamente seu sistema de gestão ambiental,
para aumentar o desempenho ambiental. Na etapa “Fazer”, está
inclusa a seguinte ação:
a) Assegurar um método apropriado para a criação, a atualização e o
controle das informações documentadas.
b) Designar responsabilidades e autoridades para papéis pertinentes.
c) Avaliar o atendimento aos requisitos legais e a outros requisitos.
d) Estabelecer objetivos ambientais e definir indicadores e um processo
para alcançá-los.
e) Tomar ações para melhorar continuamente a adequação, a suficiên-
cia e a eficácia do sistema de gestão ambiental para aumentar o desem-
penho ambiental.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O setor de concessionárias de veículos pesados é constituído por em-
presas de grande porte multinacionais. Estas empresas se destacam
pela revenda de caminhões e por prestar serviços de manutenção. Para
atender às exigências do consumidor, obter vantagens competitivas e di-
ferenciais no mercado nacional e internacional, o setor buscar aprimorar
suas atividades ao desenvolvimento sustentável diminuindo desperdícios
e passivos ambientais. Como instrumento de práticas sustentáveis, utili-
zam a gestão ambiental para favorecer a gestão de negócios.Com base
nas informações acima, descreva as principais ações que este setor em-
presarial deve tomar em relação aos pilares da sustentabilidade. Leve em
consideração os pilares da sustentabilidade e as dimensões essenciais.

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TREINO INÉDITO
A responsabilidade social empresarial, quando relacionada ao de-
senvolvimento ambiental, pode ser definida como:
a) consequência da globalização e normas estabelecidas pelo mercado.
b) Utilizando os recursos naturais até o seu esgotamento.
c) Aplicação da gestão pautada no desenvolvimento e proporcionando
ambiente de trabalho adequado.
d) capacidade de as empresas produzirem bens de consumo ou serviços
economizando recursos naturais, ou pela diminuição do desperdício.
e) Resultado de suas metas econômicas associadas com suas políticas
internas.

NA MÍDIA
BANCO DO BRASIL É ELEITO O MAIS SUSTENTÁVEL DO MUNDO
27
PELA QUARTA VEZ
Pela quarta vez, o Banco do Brasil (BB) foi eleito o banco mais susten-
tável do mundo pelo ranking Global 100, da empresa canadense de
pesquisa Corporate Knights. A instituição financeira havia conquistado
a liderança no segmento bancário em 2019, 2021 e 2022. Nos últimos
dez anos, o BB apareceu no ranking das 100 corporações mais susten-
táveis do mundo em sete. Entre as companhias brasileiras, o banco foi a
empresa mais bem posicionada, ocupando o 15º lugar geral de susten-
tabilidade em todo o mundo. Segundo a Corporate Knights, a carteira
de negócios sustentáveis do Banco do Brasil, atualmente com saldo su-
perior a R$ 320 bilhões, foi o destaque para a classificação no ranking.
Formada por linhas de crédito que financiam atividades com retorno
socioambiental, a carteira equivale a 35% do volume total de crédito do
banco. Em nota, a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros,
afirmou que o reconhecimento como banco mais sustentável do planeta
atesta o comprometimento da empresa com a governança ambiental,
social e corporativa. “O reconhecimento é motivador e nos desafia a
avançar em ações que mantenham a empresa atualizada, inovadora e
relevante. Vamos valorizar ainda mais a diversidade do nosso quadro
de funcionários para enriquecer o debate de ideias, a proposição de
soluções e a tomada de decisões que gerem impactos econômicos, so-
ciais e ambientais positivos”, declarou.
Fonte: Época negócios
Data: 18 jan 2023.
Leia a notícia na íntegra:
https://epocanegocios.globo.com/sustentabilidade/noticia/2023/01/banco-
-do-brasil-e-eleito-o-mais-sustentavel-do-mundo-pela-quarta-vez.ghtml
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NA PRÁTICA
Os debates e discussões acerca do desenvolvimento sustentável são
essenciais para o crescimento econômico. A produção de produtos e for-
necimento de serviços que visam o consumo consciente dos recursos
naturais são questões atuais no ambiente empresarial, seja como estra-
tégia competitiva de mercado ou como atendimento aos requisitos legais.
Infelizmente, as legislações ambientais não são globalmente obrigató-
rias e padronizadas, causando uma instabilidade na balança da susten-
tabilidade se analisada pela ótica em que o meio ambiente não é um
recurso individual e infinito. A população tem o papel central e funda-
mental em pressionar o governo e as organizações, a fim de transfor-
mar as leis e a gestão empresarial em requisitos eficientes e suficientes
para o desenvolvimento sustentável.

28
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS


CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL

Para gerir ambientalmente um empreendimento, qualquer que


seja o empreendimento rural ou urbano, de pequeno, médio ou grande
porte, é possível fazê-lo a partir dos conhecimentos e funções que já
existem, por meio das pessoas que estão envolvidas, para atingir os ob-
jetivos desse empreendimento de forma eficiente. Portanto, para colocar
a gestão ambiental em prática, o enfoque deve estar direcionado tanto no
objetivo da organização, quanto nos processos que ela executa.
É sabido que gestão é o ato de gerir, gerenciar, administrar,
organizar, planejar, pensar. A partir disto, a gestão ambiental pode ser
definida como o ato de gerir o processo de maneira eficiente, do ponto
29
de vista das técnicas, das pessoas e do ambiente do qual são retirados
os recursos de natureza que são transformados em produto no mercado
(DAL FORNO, 2017).
O conjunto de exigências legais às quais as organizações estão
submetidas compõem os chamados Sistemas de Gestão Ambiental (SGA).
O SGA está imediatamente ligado à gestão dos impactos ambientais gera-
dos em cada processo que a organização executa: Quais são as atividades
e os aspectos ambientais que causam impactos? Quais os resíduos gera-
dos pelo processo de produção? Esses impactos são positivos ou negati-
vos? Afeta o meio ambiente e a sociedade? Em qual magnitude?

O planejamento consiste em implementar de forma efetiva


o sistema de gestão ambiental. Ele auxilia de forma a melhorar o
processo, a prevenir ou minimizar os impactos e a utilizar, cons-
cientemente, os recursos da natureza, independentemente se o
objetivo final da organização é o de ter um produto certificado, um
produto com selo verde (DAL FORNO, 2017).

O SGA, segundo a ABNT (2015), é o conjunto formado pela


estrutura organizacional, responsabilidades, práticas, procedimentos,
processos e recursos necessários para implementar e manter o geren-
ciamento ambiental. O SGA mais conhecido e aceito internacionalmen-
te é o elaborado pela British Standard Institution (BSI) e especificado
pela BS 7750 (Specification for Environmental Management Systems)
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em 1992. Esta especificação é compatível com a ISO 9000 Sistemas


de Gestão de Qualidade da União Europeia. Segundo Nahuz (1995), o
SGA pode ser resumido nos seguintes requisitos para implementação:
• Política ambiental – definir e documentar a política ambiental
relevante às suas atividades. Ela também deve ser divulgada e de fácil
acesso a todas as pessoas da empresa e público interessado;
• Organização e pessoal – ter equipe multidisciplinar, além de
definir e documentar suas responsabilidades e autoridades;
• Normas ambientais e registro de efeitos – definir e manter
os procedimentos adequados para conhecer toda a legislação ambien-
tal aplicável à área de atuação da organização. Além de estabelecer
e manter formas de identificar, avaliar e registrar os diversos tipos de
impacto ambiental em sua área de atuação;
• Objetivos e metas – estabelecer e quantificar os objetivos e
30
metas ambientais compatíveis com as atividades da organização;
• Programa de gestão ambiental – estabelecer e manter um
programa para atingir os objetivos e metas propostas, com todos os
meios necessários (pessoas, recursos, tempo etc.);
• Manuais – elaborar e atualizar os manuais e documentações
necessárias para implementar o programa estabelecido;
• Controle operacional – definir as funções, atividades e os pro-
cessos que possam afetar significativamente o ambiente, e sobre ele
incidir cuidadosos controles;
• Registros – estabelecer e manter registros para demonstrar
o preenchimento dos requisitos ambientais legais, além dos objetivos e
metas alcançados;
• Auditorias – definir critérios e procedimentos para a aplicação
de auditorias ambientais periódicas;
• Revisões – revisar periodicamente o SGA para avaliar a sua
eficácia, e buscar seu contínuo aperfeiçoamento.
Existem metodologias propostas para otimizar o planejamento
de um SGA. A melhoria contínua de um processo, demonstrado pela (fi-
gura 2.1), é uma delas, e está representada numa espiral onde o ciclo
tem o seu início, passa por todas as etapas e sempre se repete após as
análises críticas dos representantes da empresa, a partir da aplicação da
política ambiental, a implementação e a operação dos processos, a verifi-
cação e as ações corretivas para sanar um problema que foi identificado.

Figura 3 – Melhoria contínua do processo.

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Fonte: ABNT, 2015.


31
Para exemplificar, analise o seguinte problema: Uma em-
presa gasta água excessivamente para executar os seus proces-
sos. A água que ela devolve ao meio ambiente está fora dos padrões
de lançamento. Em uma situação como esta qual é o procedimento
mais adequado para corrigir esta situação? Após verificados to-
dos os processos e as possibilidades, deve-se sempre buscar a
melhoria contínua do processo, de maneira analítica dos ciclos de
vida de seus produtos, e assim, após verificadas as possibilidades
da busca de uma outra matéria-prima, de uma fonte energética, ou
demais possibilidades de melhoria para o ciclo. Com esta ação, o
sistema de produção estará muito mais limpo.

As leis e as normas devem estabelecer os meios para avaliar


empresas e produtos. Para que uma empresa tenha um SGA com uma
performance ambiental eficiente, é preciso desenvolver estratégias para
que o desenvolvimento sustentável ocorra. Para tanto, as normas e as leis
disponíveis, rótulos, selos, certificados, entre outros auxiliam na eficácia.
Ademais, no contexto empresarial, a gestão ambiental é uma
das mais importantes ferramentas para a modernização da produção,
competitividade dos concorrentes (Campos; Melo 2008), redução de
custos e, ao mesmo tempo, a diminuição dos danos ocasionados e uso
responsável dos recursos ambientais.
As empresas ao optarem pela utilização de um SGA, segundo
Lopes (2004), possuem três níveis de escolhas:
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1. Podem se limitar em atender as conformidades legais vigentes;


2. Podem além, de atender as conformidades legais, também
adotar uma postura proativa para com o meio ambiente;
3. Ou, além das opções anteriores, ainda orientar-se para a
sustentabilidade (fluxograma 2.1).

Fluxograma 1 – Estrutura do SGA.

32
Fonte: Elaborado pelo autor, 2023.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
Conforme abordado, o SGA configura-se como um conjunto de
políticas, planejamentos e ações que envolvem a esfera social, técnica,
econômica e produtiva, com o intuito de desempenhar um papel coe-
rente com o conceito do desenvolvimento sustentável sustentado pelas
legislações ambientais em vigência (NASCIMENTO, 2012).

A Norma ISO 14000 da Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT), regulamenta os procedimentos padrões neces-
sários para a implementação, a operação e a certificação dos SGA.
33
Esta Norma visa traçar procedimentos que auxiliem as organiza-
ções na identificação e no gerenciamento de seus próprios danos
causados sobre o meio ambiente.
Desta maneira, as ações voltadas à redução dos riscos
ambientais passam, então, a compor o processo regular de ges-
tão empresarial. Com a implementação e implantação adequada do
SGA, há a possibilidade da certificação ambiental (selo verde) de
seus produtos e serviços, que passam a ser reconhecidos interna-
cionalmente (NASCIMENTO, 2012; POMBO e MAGRINI, 2008).

Assim, o Sistema de Gestão Ambiental é composto por diferen-


tes elementos que atuam de forma direta em cada etapa de produção,
possibilitando a adequação às normas ambientais estabelecidas inter-
nacionalmente (figura 2.2). O processo percorrido pelo SGA envolve
desde a elaboração da política ambiental da empresa, passando pela
concepção, planejamento, implementação/operação, monitoramento e
avaliação do sistema executado (TIBOR; FELDMAN, 1996).

Fluxograma 2 – Fases/Etapas do Sistema de Gestão Ambiental.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

FASES DE ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL


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Fase 1: Política Ambiental

A política ambiental é caracterizada pelo conjunto de ações que


aborda as questões ambientais com a produção. Para tanto, a ISO 14001
estabelece que a alta administração da empresa seja responsável por de-
finir os objetivos e metas que compõem a política ambiental (ABNT, 2015).
Segundo a ABNT (2015), a política deve estar de acordo tanto
com a natureza, quanto com a escala dos impactos ambientais que po-
dem ser causados em cada processo que a empresa executa, e ainda,
deve se comprometer a criar ações para prevenir os danos ambientais,
e buscar constantemente por melhorias em seu desempenho ambiental.
A ISO 14004 é a Norma que estabelece os procedimentos in-
34
ternos do SGA. Ela recomenda os critérios que devem conter a política
ambiental, considerando todos os elementos do SGA descritos na série
ISO 14000. Os princípios que podem orientar o desenvolvimento da
política ambiental são (BARBIERI, 2016):
• Missão, visão, valores e crenças da organização;
• Integração com outras políticas da organização;
• Requisitos das partes interessadas e comunicação com elas;
• Princípios orientadores;
• Condições locais ou regionais específicas;
• Compromissos com a prevenção da poluição e a melhoria
contínua;
• Compromisso com o atendimento aos requisitos legais e ou-
tros subscritos pela organização.
Todos os impactos ambientais que as atividades empresariais
causam, podem ser medidos, corrigidos e gerenciados através de pro-
cedimentos que permitem a previsão, a análise e a mitigação dos danos
ambientais (RODRIGUES et al. 2006). A Avaliação de Impacto Ambiental
(AIA) é a principal ferramenta para a minimização destes efeitos negati-
vos, que além de indicar tecnologias para maximizar a eficiência da pro-
dução e a utilização dos recursos naturais, também promovem a imple-
mentação de sistemas de gestão ambiental (RODRIGUES et al., 2006).
Estar em conformidade com a legislação vigente é uma obrigato-
riedade, e depende, necessariamente, do comprometimento da alta admi-
nistração em fornecer estruturas adequadas para a implantação e a me-
lhoria contínua dos objetivos e metas pré-definidos no início do SGA. Além
disto, a política ambiental deve sempre estar acessível ao público interno e
externo da organização, estar devidamente documentada, implementada,
e abranger os diferentes setores da empresa (NASCIMENTO, 2012).
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

A Norma ABNT ISO 14001 requer que seja definida a Polí-


tica Ambiental dentro do escopo do Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) da sua empresa:
• Deve ser apropriada ao propósito e contexto da organiza-
ção, incluindo natureza, escala e impactos ambientais das ativida-
des, produtos e serviços.
• Os verbos devem estar no infinitivo;
• Evidencie o comprometimento em atender os requisitos
legais e a proteção ao Meio Ambiente;
35
• Considere a prevenção de poluição e outros compromis-
sos específicos pertinentes ao contexto da organização;
• Esteja comprometida com a melhoria contínua do SGA,
para aumentar o desempenho ambiental.

Fase 2: Planejamento

Após a definição da política ambiental, a administração é a res-


ponsável pelo planejamento do SGA. Nesta etapa, a equipe multidiscipli-
nar deve mapear e analisar as atividades da organização, a fim de identifi-
car os aspectos ambientais e seus respectivos impactos. O planejamento
deve ser fundamentado nos requisitos legais, na política ambiental seus
objetivos e metas, e nos recursos financeiros que a organização dispõe
para investir em tecnologias disponíveis (DAL FORNO, 2017).
Além das informações levantadas pelo mapeamento e pela
análise dos processos, a percepção dos funcionários quanto às ques-
tões ambientais também é de suma importância. Informações como a
geração e destinação de resíduos e eficiência no consumo de água e
energia são algumas das informações relevantes para o planejamento
do SGA, e obtidas através dos funcionários.
Os programas são definidos de acordo com o tipo de aborda-
gem nas quais os problemas ambientais serão tratados, podendo ser
(SANTANA, 2012):
• Controle da poluição: representa um custo financeiro para a
empresa ao aplicar a ação corretiva e atender os requisitos legais.
• Prevenção da poluição: desenvolver ações corretivas e pre-
ventivas com a finalidade de evitar os danos ambientais. Esta aborda-
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

gem tende reduzir os custos e melhorar a economia de insumos através


do seu uso eficiente ao utilizar tecnologias limpas.
• Abordagem estratégica: representa vantagem competitiva
quando reduz os custos e melhora a economia de insumos através do
seu uso eficiente ao utilizar tecnologias limpas.
É importante frisar que a análise de melhoria contínua dos pro-
gramas deve ser feita e atualizadas de acordo com a alteração ou inser-
ção de novas atividades produtivas e serviços na empresa.

Aspectos Ambientais

Os aspectos ambientais, segundo ABNT (2015), são definidos


como os elementos das atividades, produtos ou serviços da organiza-
36
ção que interagem com o meio ambiente, podendo causar ou não danos
ambientais. O aspecto ambiental é a causa, e o impacto ambiental é o
efeito, ou seja, a condição de modificação do meio ambiente.
Segundo Dal Forno (2017) é a partir da identificação dos as-
pectos ambientais que os programas de gestão ambiental são definidos.
Cada programa deve ser coerente com a realidade da empresa e de-
vem possibilitar o alcance de seus objetivos, levando em consideração
os impactos significativos, e garantindo sua execução com eficiência e
com maior probabilidade de êxito tanto no estabelecimento, quanto na
implementação e manutenção do SGA.
A norma recomenda que para cada aspecto ambiental significa-
tivo, sejam selecionados: as emissões atmosféricas, os lançamentos em
corpos d’água e no solo, o uso de matérias-primas, energia e recursos
naturais, emissões de energia, resíduos e subprodutos (fluxograma 2.3).

Fluxograma 3 – Planejamento do SGA.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2023.

Para determinar a significância dos aspectos ambientais, é reco-


mendado levar em consideração os critérios ambientais – escala severida-
de e duração do impacto, tamanho e frequência; requisitos legais – limites
de emissão e lançamento; e a relevância do valor que o impacto tem para
a comunidade interna e externa da organização (BARBIERI, 2016).
As escalas podem ser qualitativas: baixa, média ou alta fre-
37
quência de ocorrência, ou quantitativas com valores de 1 a 5, onde 1
representa uma frequência baixa, e 5 muito alta.
De forma geral, segundo Barbieri (2016), os seguintes critérios
devem ser considerados na avaliação dos aspectos ou impactos am-
bientais:
1) Abrangência: se geram consequências nacionais ou globais;
2) Severidade: indica o grau de intensidade dos danos ao meio
ambiente;
3) Frequência da ocorrência: periodicidade diária, semanal,
mensal, anual;
4) Controle: probabilidade de escapar ao controle.

Requisitos Legais

É obrigação da organização estabelecer, implementar e man-


ter os procedimentos para a identificação dos requisitos legais referen-
tes aos aspectos ambientais avaliados. Os requisitos aplicáveis devem
abranger a esfera federal, estadual, municipal e interna.
A aplicação dos requisitos legais deve ser efetiva em todas as
fases do SGA, pois o critério de conformidade legal não se aplica ape-
nas na fase inicial do sistema de gestão.

A validação dos aspectos ambientais geralmente é feita


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

em formato de Checklist. Em relação aos requisitos legais, o pre-


enchimento do Checklist deve ser feito em função de: está Confor-
me (C), Não Conforme (NC) e Não se Aplica (NA).
Caso seja necessário, também é possível colocar um cam-
po de observação, para incluir detalhes sobre aquele item, e até
mesmo à qual legislação ele está submetido.

Fase 3: Implementação e Operação

De acordo com a Norma ABNT (2015), na fase de implemen-


tação e operação, a organização deve identificar as operações e ati-
vidades que estão associadas aos aspectos ambientais significativos,
pré-definidos em sua política ambiental.
38
A organização é responsável por capacitar, treinar, educar e
fornecer quaisquer recursos para que as pessoas que trabalham com
ela, ou em seu nome, exerçam suas funções sem causar potenciais im-
pactos ao meio ambiente (BARBIERI, 2016). O nível de capacitação dos
colaboradores fica a critério de decisão da alta administração, porém, a
Norma ISO 14004 recomenda os seguintes elementos como guia:
a) Identificação das necessidades de treinamento dos colabo-
radores.
b) Desenvolvimento de um plano de treinamento que atenda às
necessidades definidas.
c) Verificação da conformidade do programa com os requisitos
legais e/ou organizacionais.
d) Treinamento de grupos específicos de colaboradores.
e) Documentação e avaliação do treinamento recebido.
Deve-se, também, desenvolver controles operacionais asso-
ciados aos seus aspectos ambientais significativos a partir do estabele-
cimento, implementação e manutenção de procedimentos documenta-
dos, incluindo critérios operacionais.
A efetiva implementação da política ambiental e cumprimento
dos seus objetivos e metas, depende do desenvolvimento de mecanis-
mos de apoio à sua sustentação. Para tanto, a ABNT (2015) estabelece
sete critérios fundamentais:
• Estrutura e responsabilidade – Definir, documentar e comuni-
car a estrutura do SGA. Promove recursos (humanos, tecnológicos, fi-
nanceiros). Estabelece representantes e respectivas responsabilidades;
• Treinamento, conscientização e competência – capacitação
dos recursos humanos baseada na educação, treinamento e experiên-
cias de todos os envolvidos;
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• Comunicação – comunicação interna possibilitando aos co-
laboradores o contato com as informações e experiências em todos os
níveis do SGA. Comunicação externa proporcionando transparência e o
aumento da credibilidade da empresa;
• Documentação do SGA – deve ser elaborada de forma di-
reta, objetiva, e mantidas em forma eletrônica ou física (papel). Deve
também descrever os elementos centrais, e promover relação com os
demais documentos da empresa;
• Controle de documentos – os documentos devem ser manti-
dos em local seguro e de fácil acesso, possuir datas e versões, assegu-
rando que estejam acessíveis e disponíveis numa versão atualizada e
sejam revisados (quando necessário);
• Controle operacional – é necessário conhecer e controlar as
atividades que causam impactos ambientais significativos, relacionar os
39
parâmetros chaves para a performance ambiental, comunicar as diretri-
zes internas para os fornecedores e clientes, e revisar os procedimen-
tos visando a melhoria da performance ambiental;
• Preparação e atendimento a emergências – devem ser reali-
zados testes periódicos e proativos dos planos de ação e após a ocor-
rência de acidentes, revisar os planos para a melhoria contínua.
Na fase de implementação e operação, os processos devem
ser analisados individualmente conforme o (fluxograma 2.4).

Fluxograma 4 – Implementação e operação do SGA.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.


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Fase 4: Verificação e Ação Corretiva

Monitorar significa acompanhar uma atividade a partir das in-


formações coletadas ou observadas. Portanto, é nesta fase, de verifi-
cação e elaboração de ações corretivas, em que há a averiguação e
determinação se o SGA está ou não operando em conformidade legal,
e propõe correções quando pertinentes. Segundo Nicolella, Marques
e Skorupa (2004), a verificação e correção são compostas por quatro
características básicas: monitoramento e medição; não conformidades,
ações corretivas e preventivas; registros e auditoria.
O monitoramento e a medição são realizados em todas as fa-
ses do SGA, prevendo as ações de monitoramento e controle a fim de
identificar a existência de eventuais problemas e os meios de corrigi-los
40
(NICOLELLA; MARQUES; SKORUPA, 2004). Para tanto, é acompanha-
da a evolução dos dados dos processos e do desempenho ambiental da
empresa, mantendo-os dentro dos limites preestabelecidos. Estes limi-
tes são estabelecidos pelas legislações ambientais, e devem ter suas
características medidas e resultados comparados periodicamente. O
(quadro 2.2) exemplifica como deve ser o monitoramento e a medição.

Quadro 2 – Exemplo de monitoramento e medição de aspecto ambiental.

Fonte: BARBIERI, 2016.

Quando algum aspecto ambiental está em não conformidade,


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ou seja, não atende a algum requisito do SGA, é necessário eliminar a
causa desta não conformidade a partir de uma ação corretiva. A elabo-
ração da ação preventiva é essencial para que esta não conformidade
tenha uma probabilidade menor de recorrência.
Para que a organização cumpra a sua responsabilidade de es-
tabelecer, implementar e manter procedimentos capazes de tratar as
não conformidades, sejam elas potenciais ou reais, ela deve seguir al-
guns requisitos base para estes procedimentos (BARBIERI, 2016):
• Identificar e corrigir não conformidades, e se necessário, exe-
cutar ações para mitigar seus impactos ambientais;
• Investigar as causas das não conformidades, e executar
ações preventivas;
• Avaliar a necessidade de ações preventivas, com o intuito de
evitar a sua ocorrência;
41
• Registrar os resultados das ações corretivas e preventivas
executadas;
• Analisar a eficácia dessas ações.

Para auxiliar na identificação dos impactos ambientais,


existem algumas metodologias mundialmente utilizadas. No Bra-
sil, as principais são: método AD-HOC, método checklist, métodos
de matrizes de interação, e redes de interação.

Todas as fases do SGA devem ser registradas e mantidas em lo-


cal seguro. Estes registros devem ser claros e objetivos quanto ao seu con-
teúdo, e estarem prontamente disponíveis para consulta. O tempo de re-
tenção da documentação deve ser estabelecido e registrado (ABNT, 2015).

Ao final da fase de verificação e correção do SGA, é impor-


tante que a organização seja auditada (auditoria interna), para vali-
dar os requisitos do SGA e fornecer informações e resultados para
a alta administração. A auditoria deve ser feita periodicamente.

Fase 5: Análise e Avaliação Crítica


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

A fase de análise e avaliação crítica constitui a última etapa do


SGA, como mostrado no fluxograma 2.1. Segundo a ISO 14001, periodi-
camente, a alta administração da organização deve analisar o SGA para
assegurar a melhoria contínua dos requisitos aplicados (ABNT, 2015).
Este é o momento da administração identificar a necessidade
de possíveis alterações em sua Política Ambiental, nos seus objetivos
e metas, ou em outros elementos do sistema. De forma geral, aqui o
processo de gestão pode ser revisado, validado e melhorado.

42
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: CEPUERJ - 2022 - UERJ - Técnico em Meio Ambiental
A gestão ambiental é o principal instrumento para se alcançar a
sustentabilidade. Para a implantação do Sistema de Gestão Am-
biental (SGA), deve-se levar em consideração que:
a) política ambiental é a primeira fase da implementação de um SGA e
deve ser definida pelo gerente do SGA da empresa e comunicada a todos
os membros da organização, devendo, também, ser cumprida por todos.
b) fase de implementação e operação é o pilar de um SGA e, para fun-
cionamento, deve comtemplar treinamento regular dos funcionários,
comunicação do SGA e controle de documentação da fase de planeja-
mento, implementação e operação.
c) estabelecem-se, na fase planejamento, o programa de gestão ambien-
tal e os prazos com as respectivas responsabilidades, de forma a mitigar
impactos ambientais, só devendo atender a legislação e requisitos legais
a ela relacionados somente quando houver o processo de certificação.
d) são definidos, na fase de verificação e ação corretiva, os planos de mo-
nitoramento e controles (monitoramento, medições, investigações de não
conformidades e auditorias), a fase fundamental para manutenção do sis-
tema e a elaboração do plano de emergência para as não conformidades.

QUESTÃO 2
Prova: IDIB - 2020 - Prefeitura de Araguaína - TO - Fiscal Ambiental
A Associação Brasileira de Normas Técnicas através da NBR ISO
14000 especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambien-
tal e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
proteção do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das con-
dições ambientais. A norma leva em conta aspectos ambientais in-
fluenciados pela organização e outros passíveis de serem controla-
dos por ela. A série 14000 refere-se a normas de padrões ambientais
com objetivo de abordar temas ambientais como: sistemas de ges-
tão, rotulagem, auditorias, análise do ciclo de vida, comunicação,
desempenho, entre outros. O tempo de implementação depende do
tamanho da empresa e do grau de envolvimento tanto da direção
quanto dos seus recursos humanos disponíveis para o trabalho. Ge-
ralmente, o tempo médio de implementação da ISSO 14001 é:
a) de 10 a 18 meses.
b) imediatamente, após efetivação do Termo de Compromisso.
c) de 2 a 6 meses.
d) a partir de 36 meses.
43
QUESTÃO 3
Prova: IDIB - 2020 - Prefeitura de Jaguaribe - CE - Auditor Ambiental
Muitas pessoas não sabem, mas os Sistemas de Controle Ambien-
tal são fundamentais para que os modelos de produção do mundo
moderno não prejudiquem o meio ambiente, algo que tem se tor-
nado cada vez mais comum nos últimos anos. Por isso, é impor-
tante contar com medidas que possam atuar de forma protetiva e
eficiente com relação a esse aspecto. Especialmente quando es-
tamos falando de preservação ambiental, os cuidados a serem to-
mados devem sempre estar de acordo com as normas vigentes na
área. De acordo com os conhecimentos sobre controle ambiental,
assinale a alternativa incorreta.
a) O Plano de Controle Ambiental é um estudo elaborado conforme di-
retrizes estabelecidas pela empresa competente que identifica e propõe
medidas mitigadoras quanto aos impactos ambientais gerados pelo em-
preendimento, cujo as obras já foram viabilizadas.
b) O alicerce do controle ambiental se dá através de três princípios bá-
sicos: o licenciamento, a fiscalização e o monitoramento.
c) A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), Lei n° 6938/81, é uma
importante ferramenta de controle ambiental e visa assegurar condi-
ções ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da seguran-
ça nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
d) Além de prevenir medidas destrutivas, o controle ambiental também
auxilia na recuperação ambiental dos locais.

QUESTÃO 4
Provas: UFSC - 2022 - UFSC - Técnico em Enfermagem
De acordo com os aspectos jurídicos da gestão ambiental, desta-
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

cam-se os instrumentos de comando e controle, os quais se definem


como o conjunto de restrições e proibições legais impostas aos cida-
dãos e à iniciativa privada para regular a atuação destes sobre o meio
ambiente. Com relação aos exemplos de instrumentos de controle e
comando, analise os itens abaixo e assinale a alternativa correta.
I. Padrões de qualidade ambiental.
II. Padrões de emissão.
III. Padrões tecnológicos.
IV. Instrumentos fiscais.
V. Instrumentos de mercado.
a) Somente os itens I, II e III estão corretos.
b) Somente os itens III, IV e V estão corretos.
c) Somente os itens II, IV e V estão corretos.
d) Somente os itens I, III e V estão corretos.
44
e) Todos os itens estão corretos.

QUESTÃO 5
Prova: Instituto Access - 2022 - Prefeitura de Ouro Branco - MG -
Fiscal Ambiental
No Brasil, o documento de maior importância para a gestão am-
biental é:
a) Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), instituída pela Lei
6.938/1981.
b) Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc),
instituído pela Lei 9.985/2000.
c) Código Florestal Brasileiro (CFB), instituído pela Lei 12.651/2012.
d) Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Território Ru-
rais (Pronat), instituído pela Resolução 94/2013.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser aplicado em qualquer
setor de atividade, e ele não é uma exigência legal. Com base nesta
afirmação, defina o que é sistema de gestão ambiental e como é possí-
vel obter a certificação ambiental.

TREINO INÉDITO
Uma empresa tem a intenção de implantar o Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) para obter a certificação ambiental. Um elemento
imprescindível para a elaboração da política ambiental é estabele-
cer a (o):
a) Missão, visão, valores e crenças da organização.
b) Frequências dos impactos ambientais.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
c) Viabilidade técnica dos processos.
d) Treinamento inicial dos colaboradores.

NA MÍDIA
ABRINDO CAMINHO RUMO UM DATA CENTER ECOLÓGICO E MO-
DERNO
Os Data Centers são essenciais para a economia atual, orientada pela
tecnologia. No entanto, como os administradores de TI sabem muito bem,
esse serviço valioso tem seu preço. A demanda de capacidade cada vez
maior e o consumo de energia dos Data Centers consomem grande parte
do orçamento. Recentemente, tivemos os aumentos de preços de ener-
gia mais significativos em cinco décadas. Por isso, não é de surpreender
que também haja uma mudança rumo a Data Centers sustentáveis (tam-
bém chamados de ecológicos) e eficientes no consumo de energia para
45
reduzir o impacto ambiental e os custos operacionais.
Muitos especialistas estimam que o armazenamento e a transmissão de
Dados nos Data Centers consomem 1% da eletricidade mundial. No fu-
turo, a criação de dados deve aumentar a uma taxa anual composta de
23%, o que resultará em aproximadamente 175 zetabytes (ZB) de Dados
criados em 2025, segundo a IDC. Além disso, o consumo de energia con-
tinuará sendo um tema importante, já que os custos aumentarão cada
vez mais. Colocando esses Dados no contexto da nossa região, temos
um panorama preocupante, já que a energia elétrica é muito cara, espe-
cialmente nos países onde é gerada principalmente a partir de fontes não
renováveis, fazendo com que os Data Centers sejam menos rentáveis.
Fonte: Inforchannel
Data: 18 maio 2023
Leia a notícia na íntegra:
https://inforchannel.com.br/2023/05/18/abrindo-caminho-rumo-um-da-
ta-center-ecologico-e-moderno/

NA PRÁTICA
A utilização do Sistema de Gestão Ambiental é uma das principais fer-
ramentas que buscam o desenvolvimento sustentável. O SGA pode ser
aplicado em qualquer ramo de atividade, e devem obedecer a algumas
recomendações que a série ISO 14000 faz. A estrutura dele segue a se-
guinte ordem: elaboração da política ambiental, planejamento, implanta-
ção, verificação e certificação. O SGA tem como base os aspectos e im-
pactos ambientais identificados em todos os processos que a organização
exerce. Eles podem gerar impactos ambientais positivos ou negativos, e
para cada impacto negativo, deve haver programas e planos de ações a
fim de corrigir, prevenir e até mitigar o dano causado. A alta administração
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

deve manter uma política de avaliação contínua em cada fase do SGA,


visando à máxima eficiência do sistema. Para tanto, é realizada auditoria
interna, que fornece os resultados e informações necessárias para as
tomadas de decisões administrativas. Após todos estes procedimentos, a
organização, pode ainda, ser certificada ambientalmente pela ISO 14001.

46
DO DESENVOLVIEMNTO SUSTENTÁVEL
À CERTIFICAÇÃO

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS


CONTEXTUALIZAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

Cada vez mais as organizações estão buscando formas de de-


monstrar o seu desempenho ambiental e sua conduta ambientalmente
correta. Isto tem sido alcançado com a prevenção, redução e controle
dos impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços.
Estas condutas têm como fator inicial o atendimento aos re-
quisitos legais, que refletem a crescente exigência da população sobre
os impactos que estas organizações podem causar no meio ambiente.
A legislação brasileira é uma das mais completas do mundo (Al-
buquerque, 2011), punindo com multas que chegam ao valor de R$ 50 mi-
lhões de reais às ações consideradas crimes ambientais. A utilização das
padronizações sistemáticas definidas no SGA possibilita que a organização
47
atenda aos requisitos legais de modo a prevenir a autuação da empresa.
A série ISO 14000 é uma Norma internacional que teve início
em 1996, e trata do Sistema de Gestão Ambiental. A partir desta data,
outras normas foram elaboradas sobre este mesmo assunto, como: au-
ditoria e rotulagem ambiental, e avaliação do ciclo de vida do produto.
Estas normas têm por base o ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA).
O ciclo PDCA (figura 3.1) foi criado para efeito da gestão da qua-
lidade, e passou a ser o modelo padrão de gestão quando o assunto é
implementar melhorias de modo sistemático e contínuo. O objetivo deste
ciclo é tornar os processos de gestão mais ágeis, claros e objetivos.
A criação do PCDA está fundamentada em cinco passos:
• Perceber a dificuldade;
• Localizar o problema;
• Definir o problema;
• Sugerir possíveis soluções e desenvolver através do raciocí-
nio as influências sugeridas;
• Observar posteriormente as soluções aplicadas, que levam a
sua aceitação ou rejeição.

Figura 4 – Ciclo PCDA.


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

Fonte – HORIZONTE EDUCACIONAL, 2018.

O estágio inicial do ciclo PDCA é o planejamento da ação, após


o planejamento estar completo, tudo o que foi planejado é executado,
48
gerando a necessidade de verificar constantemente cada ação que foi
executada. Concluída estas três etapas iniciais, o gestor passa a im-
plantar medidas de correção das ações que tiveram falhas durante o
processo (PERIARD, 2011).
A etapa de planejamento foca na parte estratégica, ou seja, é a
etapa onde há o levantamento e analise de informações para estabele-
cer os objetivos e metas. Após isto, é necessário definir qual a metodo-
logia utilizada para chegar ao objetivo final, bem como as pessoas que
comporão a equipe executora do processo.
A etapa de planejamento é dividida e quatro fases:
1) Identificação do problema;
2) Observação do problema;
3) Análise do problema;
4) Plano de ação.
Na fase de execução (DO), é onde efetivamente se coloca em
prática a execução do plano de ação criado no planejamento. Essa é
uma das etapas mais importantes do ciclo e deve ser executada confor-
me planejado.
É importante anotar e evidenciar os resultados bons ou ruins
de cada tarefa concluída. Isso permite um aprendizado necessário ao
time envolvido durante o processo.
No Check, é onde acontece a verificação do que foi executado
e dos resultados obtidos com o plano de ação. Essa fase pode ser de-
senvolvida ao longo da execução do Plano de Ação ou, então, formal-
mente ao término do mesmo, podendo inclusive envolver pessoas ou
grupos externos ao time responsável pela solução do problema.
Essa verificação consiste em confirmar se o que foi planejado
já está implantado, além de comparar os resultados entre o antes e o
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
depois e o alcance da meta proposta. Se os resultados colhidos na ve-
rificação não forem satisfatórios, é recomendado que se volte à fase de
Planejamento do PCDA.
Na última etapa, o ACT, permite refletir sobre o caminho a ser
tomado ao término do ciclo: como será a divulgação dos resultados e
do aprendizado adquirido e o que fazer com os eventuais problemas
remanescentes.
Aliás, eles poderão ser abordados em um novo Giro do PDCA,
para a melhoria contínua dos processos.
Essa etapa é dividida em 2 partes:
1) Padronização;
2) Conclusão.
A criação de normas únicas internacionais é de extrema im-
portância para os processos de liberação comercial, pois além de gerar
49
segurança para as empresas importadoras, órgãos reguladores e fisca-
lizadores, as normas barateiam os custos que as empresas teriam caso
haja a vontade de exportar seus produtos para outros países, já que não
precisam se adequar a diferentes normas.
Segundo Peres et al. (2010), o aceite das normas em outros
países se faz de maneira voluntária, uma vez que não há como obrigar
os países a seguir as normas ambientais pré-definidas por outros. Nas
relações de comércio internacional, as leis não possuem validade, e
estão sujeitas aos acordos comerciários.

Quando o assunto é desenvolvimento sustentável, os


maiores interessados são as organizações e a população. Uma vez
que o comércio internacional é regido pela liberdade de comércio,
e a mesma é o fator principal de estímulo ao crescimento econômi-
co, não cabem aos governos imporem restrições ao fluxo de bens
e serviços. Logo, as normas internacionais atuam como exigên-
cias sem constituírem barreiras ao comércio.

Ao longo dos anos, é possível observar que o foco das certifi-


cações deixa de ser sobre o produto, e passam a ser sobre o sistema de
produção. Os fatores relacionados a estas mudanças são: exigência do
consumidor em adquirir produtos que sejam ecologicamente corretos;
maior restrição nas legislações vigentes; pressão por parte dos investi-
dores devido à preocupação com os passivos ambientais; e as mudan-
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

ças no comportamento do comércio internacional (PERES et al., 2010).

Certificação Ambiental: ISO 14001

As normas de gestão são autônomas, porém, quando imple-


mentadas de modo articulado, reproduzem melhores resultados.
A Norma ISO 14001 define as diretrizes básicas do SGA, vi-
sando a proteção do meio ambiente e a prevenção da poluição. Já as
ISO 14010, 14011 e 14012 tratam os princípios gerais, procedimentos
de planejamento e execução, e critérios para a qualificação de auditores
das auditorias ambientais do SGA, que posteriormente a partir de 2002
foram editadas na recém-criada ISO 19011.

50
As Normas ISO passam por reavaliações a cada 3 (três) anos,
então fique atento às modificações que ela teve após sua edição.

No Brasil, o órgão responsável pelas normas ambientais é a


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ABNT é respon-
sável por representar o Brasil nas reuniões internacionais referentes às
ISO ambientais, além de traduzi-las e adapta-las (PERES et al., 2010).
O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (INMETRO) é a instituição que credencia, no Brasil, as empre-
sas responsáveis pela emissão dos certificados ISO 14001. O (quadro
3.1) apresenta onze certificadoras das 24 certificadoras existentes aptas
a emitir os certificados ambientais para empresas ou empreendimentos
que estejam em conformidade com a Norma ISO 14001.

Obter a certificação ambiental somente é possível através de


empresas certificadoras. Portanto, analise a experiência técnica, co-
nhecimento e habilidades dos auditores que fazem parte da empresa
escolhida, bem como os custos que acarretaram para sua empresa.

Quadro 3 – Organismos de certificação credenciados pelo INMETRO na área


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
de SGA.

51
Fonte – BRASIL, 2019.

Vale ressaltar que a certificação ISO 14000 não atesta se a orga-


nização é referência no quesito ambiental, ela somente atesta que a em-
presa possui um sistema de gestão ambiental aplicado em suas atividades,
comprometendo-se com a melhoria contínua de cada processo produtivo.
Além disto, segundo Peres et al. (2010), a norma faz referên-
cias às legislações locais, e as empresas tendem a cumprir os requisi-
tos mínimos à legislação ambiental, utilizando como estratégia de pro-
paganda e marketing o comprometimento com a melhoria contínua no
planejamento do SGA. Fato este, que abre margem para empresas si-
tuadas em países onde a legislação ambiental não é rígida, usufruírem
das vantagens em possuir certificação ambiental, sem ao menos ter um
bom desempenho ambiental se comparadas com empresas situadas
em países com legislações mais rígidas.
Desde a primeira publicação da ISO 14000, mais de 201807
organizações de 84 países se adequaram às regras da ISO. O Brasil
apresentava a marca de 2948 empresas certificadas em conformidade
com a ISO 14001 até o ano de 2017 (ISO SURVEY, 2017).

Gráfico 1 – Total de empresas nacionais com certificados ISO 14001.


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

Fonte – ellux, 2020


52
O Brasil contempla uma posição semelhante às dos países
industrializados, como Estados Unidos (3032 empresas certificadas) e
Suécia (3560 empresas certificadas) (ISO SURVEY, 2017), se compa-
radas às quantidades de certificações, sugerindo, portanto, que as em-
presas nacionais estão em consonância com o mercado internacional e
com o desenvolvimento sustentável.
O (gráfico 3.2) demonstra a parcela das empresas brasileiras que
possuem algum monitoramento ambiental, nenhum monitoramento e a cer-
tificação ambiental, divididas por setores de atuação (PERES et al., 2010).

Gráfico 2 – Empresas listas na bolsa de valores BOVESPA e a relação com o


SGA.

Fonte – PERES et al., 2010.

Neste gráfico estão selecionadas apenas as empresas listadas na


Bolsa de Valores - BOVESPA. Os dados apresentam que o setor químico é SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

o que detém o maior número de certificações ambientais, e que outros se-


tores com grande potencial poluente, como o têxtil, siderurgia e metalurgia,
petróleo, gás e celulose apresentam predominantemente empresas sem
nenhum tipo de monitoramento ambiental (CAMPOS et al, 2009).

DESAFIOS E TENDÊNCIAS DO SGA PARA A ORGANIZAÇÃO

Implantar o sistema de gestão ambiental na organização não


é uma tarefa simples, mesmo que a Norma ISO 14001 seja aplicável
em qualquer atividade, processo e serviço. Para que o SGA seja imple-
mentado, é necessário um alto grau de formalização da empresa, o que
acarreta em custos e dificulta a adoção das normas por empresas de
53
pequeno porte.
O SGA foi elaborado de forma a atuar desde ambientes mais
complexos, até aos funcionamentos mais simples, porém, é uma in-
verdade dizer que quanto mais simples for o processo, mais fácil será
em adotar e aplicar as normas que a ISO 14001 recomenda. A exce-
ção desta afirmação está vinculada apenas na adoção da norma, para
aquelas empresas que atuam como fornecedores de outras que exigem
um sistema de gestão ambiental certificado.
Apesar de todas as recomendações e incentivos para a im-
plantação do SGA certificado, ele somente é exigido para aquelas em-
presas que atuam no comércio internacional.
Segundo Peres et al. (2010), a necessidade de normalizar a
gestão ambiental das organizações surgiu nos países desenvolvidos.
Este fato alimenta a desconfiança de que as normas internacionais te-
nham como finalidade barrar o comércio internacional, com o intuito
de preservar as empresas destes países ricos em relação aos riscos
econômicos que elas estão sujeitas ao comercializar com empresas de
países subdesenvolvidos.
A adoção voluntária à certificação ambiental serve como estí-
mulo para que os países subdesenvolvidos criem legislações ambien-
tais mais rígidas e satisfatórias, melhorando suas práticas ambientais
pelo estímulo do mercado.
Entretanto, entre os países não ricos é grande o temor de que
essas normas possam ser utilizadas como barreiras não tarifárias, já que
os países ricos são os mais protecionistas, e vêm utilizando barreiras re-
lacionadas ao meio ambiente como restrições às importações (PERES et
al., 2010). Esta atitude gera uma dependência dos países subdesenvolvi-
dos para com eles, e reduz a chance de desenvolvimentos econômicos.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

O protecionismo dos países ricos pode condenar os países


subdesenvolvidos a uma situação de dependência econômica, com
o agravamento dos problemas ambientais, fato conhecido histori-
camente. Os países pobres acabam se especializando em produtos
commodities cuja oscilação de preços leva ora a sobre-exploração,
ora à subexploração desses recursos, gerando maiores impactos
ambientais, desemprego e desarticulação de produtores locais.

Apesar de todas as dificuldades de obtenção da certificação


54
ambiental, principalmente para aquelas empresas de menor porte, a
utilização do SGA como ferramenta é mais que um diferencial compe-
titivo entre as empresas, é uma prática que tem se tornado rotina nas
organizações. Isto ocorre principalmente devido às pressões dos con-
sumidores e dos governos sobre as empresas, através de boicotes de
produtos, financiamentos e empréstimos negados pelas instituições fi-
nanceiras, e incentivos fiscais (OLIVETTI, 1996).
É neste momento que podemos observar o papel do meio am-
biente como componente regulador dos processos produtivos, da quali-
dade do produto final, e da gestão de qualidade.
Segundo Cajazeira & Barbieri (2004), no Brasil tem sido obser-
vada uma correlação favorável entre o uso da ISO 14.001 e o desempe-
nho ambiental. Os autores demonstram a eficácia do sistema de gestão
ambiental através das melhorias nas condições de água, esgotos, ma-
res e florestas brasileiras, além das condições humanas da população.
É possível encontrar correlações positivas a respeito da adoção da Nor-
ma ISO 14000 com o desempenho das empresas.
Segundo Brasil (2014), a implantação do sistema de gestão
ambiental nas empresas é uma solução informatizada para a emissão
de licenças ambientais da organização. No módulo Licenciamento, o
SGA permite a requisição de licenças pela internet, e também possibilita
a consulta de outras informações.

O aplicativo de Sistema de Gestão Ambiental desenvolvido


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
pelo IAP possibilita o cadastramento de todos os setores, segmen-
tos e responsáveis pelo SGA da empresa. Ele é uma ferramenta au-
xiliadora da gestão da organização, e gratuita. É possível cadastrar
os aspectos ambientais e características de cada um deles, facili-
tando tanto no controle da administração, quanto na fiscalização
por parte do órgão responsável.

Neste módulo há a integração da base de dados georreferen-


ciados que auxiliam a alta administração à tomada de decisão na emis-
são dos pareceres e laudos técnicos ambientais, além de fornecer su-
porte ao monitoramento e fiscalização dos aspectos ambientais.
As licenças que a organização pode requerer, segundo Luccio-
la (2010), são:
• LP – licença prévia: destinada à aprovação do projeto, envol-
55
vendo a localização e a viabilidade do projeto. Seu prazo máximo de
duração é de 5 anos;
• LI – licença de instalação: autoriza a instalação do empreen-
dimento e eventuais edificações, nos termos do projeto pré-aprovado.
Seu prazo máximo de duração é de 6 anos;
• LO – licença de operação: sendo a última licença a ser concedi-
da. Ela somente é concedida caso as condições da licença prévia e licença
de instalação seja cumprida. Seu prazo máximo de duração é de 10 anos.
Uma tendência que vem ganhando força é a de implantação de
Sistemas de Gestão Integrados (SGIs), que tem por objetivo unificar as
normas de qualidade, de saúde e segurança do trabalho e as ambientais.
Em diversas empresas no mundo, as normas de qualidade
estão sendo utilizadas como base para o tratamento de questões re-
lacionadas ao meio ambiente, saúde e segurança do trabalho (figura
3.2). Com as revisões e novas edições das diferentes normas, os sis-
temas de gestão adquiriram um grande número de similaridades, tor-
nando possível fazer um cruzamento de similaridades, por parte das
organizações, entre os diversos itens das normas. Este cruzamento de
similaridades permite um alinhamento dos sistemas, reduzindo custos
administrativos e de auditoria.

Figura 5 – Sistema de Gestão Integrada.


SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

Fonte – GHAIA, 2019.


56
O sistema de gestão integrada tem objetivo, primeiramente,
diagnosticar quais são as principais necessidades que a empresa pos-
sui. Depois, visa à implantação de uma metodologia específica, que tem
por intuito primordial, a promoção de mudanças, ou seja, quais são as
ações necessárias, quais são as métricas e indicadores que serão mo-
nitorados, como o processo deve ser reorganizado, entre outros.
A função do SGI está fundamentada na consolidação de todos
os processos da empresa em um único sistema de gerenciamento, bus-
cando atingir as máximas vantagens em:
• Eficácia;
• Eficiência;
• Centralização da informação;
• Metodologia diretiva.
O SGI é integrado a um software, e para que possa ser implanta-
do de maneira eficaz, todos os colaboradores precisam ter amplo conheci-
mento de como manuseá-lo e alimentá-lo, ou seja, é preciso treinar a todos
para que o máximo de funcionalidades que o software oferece possam
ser utilizadas. Portanto, cada membro da equipe de trabalho, que está em
contato com o software, precisa ter clareza sobre seus processos e suas
funcionalidades. Atualizar os status dos processos ou projetos da empre-
sa, acompanhar gráficos e tabelas, analisar os fatores relevantes ao traba-
lho, determinam a eficácia do SGI da empresa. Estas ações garantem um
maior controle e assim maior produtividade dos processos produtivos.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS


As diretrizes que definem os componentes de gestão da
qualidade são descritas na Norma internacional ISO 9001. Ela é
uma norma de padronização para um determinado serviço ou pro-
duto. Esta norma pode ser implementada por organizações de
qualquer tamanho, independentemente da sua área de atividade.
A Norma internacional ISO 18001, conhecida como OHSAS,
é uma norma amplamente utilizada para o sistema de gestão da se-
gurança e saúde no trabalho. Esta norma auxilia no controle dos
riscos, e assim, melhora o seu desempenho dos colaboradores. A
norma contém uma abordagem sistemática que visam a identifica-
ção e prevenção dos riscos e perigos identificados.
A Norma ISO 14001 é uma ferramenta elaborada para guiar as
empresas no processo de identificação, priorização e gerenciamento
dos riscos ambientais gerados por elas mesmas. A norma possibilita
57
que a empresa se atente às questões mais relevantes de seu negócio.
A aplicação destas normas em conjunto caracteriza a im-
plantação de Sistemas de Gestão Integrados (SGI).

Se há mais informações, se os protocolos estão padronizados


para todos os departamentos da empresa e se um setor trabalha em
consonância com outro, há, portanto, um melhor caminho para o proces-
so de decisão por parte dos executivos da empresa. Afinal, a implanta-
ção de um SGI não apenas monitora todos os processos, como também
apresenta as informações essenciais para uma tomada de decisão mais
rápida e assertiva, alavancando os resultados finais. Isto agregada valor
a todos os processos da empresa, pois impacta diretamente em um maior
controle da qualidade do trabalho, eliminação da carga desnecessária de
trabalho dos colaboradores, assegurando que a empresa possa crescer
e se tornar resistente em meio ao seu mercado competitivo.
Moraes, Vale e Araújo (2013) destacam que os sistemas de
gestão implementados separadamente resultam em custos, probabili-
dade de falhas, burocracias desnecessárias, e esforços duplicados. A
gestão com sistemas integrados traz uma série de vantagens, como:
• Melhoria no controle dos processos – controle e suporte de
todos os processos por ferramentas informatizadas;
• Diminuição de trabalhos duplicados – a informação flui pelos
setores da empresa sem a necessidade de manipulação e alteração
dos dados;
• Confiabilidade das informações – quando não há a manipula-
ção das informações, a confiabilidade aumenta;
• Utilização de dashboards – apoio às decisões sobre as tare-
fas que serão executadas;
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

• Agilidade nos processos – processos mais ágeis e transpa-


rentes, disponíveis a todos os departamentos;
• Otimização de processos – permite o aumento na produtivida-
de e a otimização nos processos, pois os resultados podem ser monito-
rados e controlados pelo gestor;
• Redução de custos – o custo total da operação será reduzi-
do, pois haverá maior controle e supervisão, minimizando as despesas
eventuais como multas e atrasos;
• Redução de erros – as demandas são automatizadas, assim
as falhas são evitadas;
• Redução nas perdas – gera economia para a empresa e re-
duz as perdas, pois identifica quais pontos precisam ser melhorados e
mostra as opções adequadas para que as metas sejam alcançadas;
• Abolição de diversos softwares – todos os processos são in-
58
tegrados em um único software, existindo um controle de ponta a ponta
de todo o gerenciamento da empresa.
Outra tendência observada tem sido o movimento de Respon-
sabilidade Social Empresarial (RSE). O planejamento da Norma ISO
26000 teve inicio em 2005, porém somente foi publicada no ano de
2010. Toda via esta norma não é obrigatória, ou seja, que não possui
certificado, e é voltada para a responsabilidade social empresarial.
Esta norma entende as empresas como agentes sociais pode-
rosos que podem contribuir decisivamente para a consolidação de no-
vos modelos de desenvolvimento sustentável. Segundo este conceito,
a prática socialmente responsável (figura 3.3) torna a empresa parceira
do desenvolvimento social e valoriza a imagem institucional, além de
aumentar a fidelidade do consumidor.

Figura 6 – Temas que envolvem a responsabilidade Social.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A RSE torna-se muito importante nos países em desenvolvimen-


to como o Brasil, pois incorpora as questões ambientais e sociais nos
processos econômicos, e desta forma, autorresponsabilizando-os pelos
impactos que geram. Os temas abordados pela norma de RSE são:
1) Direitos Humanos – situações que envolvam riscos aos di-
reitos humanos;
2) Prática de Trabalho – condições de trabalho, saúde e segu-
rança do trabalho, desenvolvimento humano e treinamentos específicos
59
para a função que exerce;
3) Meio Ambiente – prevenção e mitigação dos impactos am-
bientais, uso sustentável dos recursos naturais, proteção ao meio am-
biente e seus ecossistemas envolvidos;
4) Práticas Operacionais Justas – política responsável, sem
corrupção, competição justa e leal;
5) Questão dos Consumidores – marketing honesto, respeito
aos consumidores, proteção da saúde e segurança, educação ambien-
tal, atendimento e suporte;
6) Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade – educa-
ção ambiental, social e cultural, geração de emprego e capacitação,
desenvolvimento e utilização de tecnologias limpas, geração de renda,
saúde, investimento social.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

60
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN -
Analista Ambiental
Auditoria Ambiental possui diversos intuitos, podendo visar ao li-
cenciamento, à certificação ou à conservação da biodiversidade.
Analise as afirmativas abaixo:
I. A auditoria de sistema de gestão ambiental avalia o cumprimen-
to dos princípios estabelecidos no Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) da empresa e suas adequações e eficácias.
II. A Auditoria de sítios é destinada a otimizar a gestão dos recur-
sos, a melhorar a eficiência do processo produtivo e, consequen-
temente, minimizar a geração de resíduos, o uso de energia ou de
outros insumos.
III. A Auditoria de certificação avalia a conformidade da empresa
com princípios estabelecidos nas normas pela qual a empresa es-
teja desejando se certificar.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

QUESTÃO 2
Prova: CETREDE - 2021 - IMAMN - Técnico em Educação Ambiental
No que se refere à certificação ambiental, analise as alternativas a
seguir e marque a CORRETA.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
a) As normas ISO série 14000 estabelecem os critérios para a certifica-
ção ambiental.
b) A conformidade entre o SGA de uma determinada empresa e os cri-
térios estabelecidos na norma técnica não é condição para certificação
ambiental da mesma, desde que não tenha anulado o seu SGA.
c) É possível, nos casos previstos na legislação ambiental, que as in-
dústrias químicas obtenham a certificação ambiental, mesmo sem ter
um SGA implantado.
d) No Brasil, a emissão do Certificado Ambiental é de responsabilidade
do Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
e) A certificação ambiental é uma participação involuntária em um pro-
grama de gerenciamento ambiental.

61
QUESTÃO 3
Prova: CETREDE - 2021 - IMAMN - Técnico em Educação Ambiental
No tocante à gestão ambiental entre as empresas e o meio ambien-
te, leia atentamente as afirmações a seguir e marque (V) para as
afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) A questão ambiental é uma realidade que faz parte definitiva-
mente das empresas modernas.
( ) Os consumidores estão cada vez mais atentos em relação às
marcas que utilizam, dando preferência àquelas que desempe-
nham projetos de cunho social ou ambiental.
( ) A política ambiental de uma empresa deve estar mais voltada
para o cumprimento das normais legais do que para elaboração de
uma política que represente seus produtos e serviços.
( ) Para que uma empresa obtenha um certificado ISO 14001, é ne-
cessário que administre e controle os resíduos que ela gera du-
rante o processamento e uso do produto. Marque a alternativa que
indica a sequência CORRETA.
a) V – F – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – V – F – V.
d) V – F – V – F.
e) F – V – V – F.

QUESTÃO 4
Prova: IBFC - 2021 - Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - RN -
Analista Ambiental
A ISO (International Standardization Organization) é uma organi-
zação não governamental que atua como uma federação mundial
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

de organismos nacionais de normatização. Sobre as normas ISO


14000 de gestão ambiental, assinale a alternativa correta.
a) A certificação ambiental é obrigatória para qualquer produto ou pro-
cesso produtivo.
b) Etiquetas de advertência ou alerta fazem parte dos critérios da certi-
ficação ambiental.
c) A certificação ambiental difere da certificação convencional, que é
baseada em normas de qualidade mínima ou critérios de excelência.
d) A certificação ambiental deve ser aplicada de forma generalizada,
seguindo os mesmos critérios independentemente do tipo de produto,
família de produtos ou processos.

QUESTÃO 5
Prova: CEV-URCA - 2021 - Prefeitura de Crato - CE - Fiscal Ambiental
62
O tipo de auditoria ambiental responsável por avaliar o passivo
ambiental de uma empresa é a:
a) Auditoria ambiental de certificação.
b) Auditoria ambiental de acompanhamento.
c) Auditoria pontual ou de processos.
d) Auditoria ambiental de sítio.
e) Auditoria ambiental de responsabilidade.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Uma organização tem o interesse de comercializar seus produtos in-
ternacionalmente. Para tanto, seus clientes exigem que ela seja uma
empresa comprometida com os interesses dos desenvolvimentos sus-
tentáveis e seja ambientalmente certificada.
O que esta organização deve fazer para poder expandir o comércio de
seus produtos a nível internacional?

TREINO INÉDITO
O sistema de gestão ambiental segue os critérios elaborados pela
ISO 14001. Porém, para uma organização, além da gestão ambien-
tal, também deve gerir a qualidade de seus produtos, a seguran-
ça de trabalho de seus colaboradores e a responsabilidade social.
Qual sistema ela deve adotar para otimizar a gestão?
a) Sistema de gestão da qualidade.
b) Sistema de gestão da segurança dos trabalhadores.
c) Sistema de gestão integrada.
d) Sistema de gestão ambiental.

NA MÍDIA
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
A Responsabilidade das Empresas em Relação ao Meio Ambiente:
Uma Análise Jurídica.
A responsabilidade ambiental das empresas é a obrigação de arcar com
as consequências negativas de suas atividades no meio ambiente e de
adotar medidas para prevenir, mitigar ou reparar danos ambientais. A
responsabilidade ambiental é uma dimensão da responsabilidade social
das empresas, que engloba não apenas as obrigações legais, mas tam-
bém as éticas e morais em relação ao meio ambiente.
­Fonte: AASP
Data: 13/06/2023.
Leia a notícia na íntegra:
https://www.aasp.org.br/noticias/a-responsabilidade-das-empresas-em-
-relacao-ao-meio-ambiente/

63
NA PRÁTICA
A implantação do sistema de gestão ambiental vai além da organização es-
tar em conformidade legal com os requisitos ambientais. Ela também pro-
porciona a possibilidade de obter o certificado ambiental e assim expandir
o comércio de seus produtos a nível internacional. A expansão comercial é
fator primordial para o desenvolvimento econômico da empresa, do país e
da população, sendo por isto almejada pelos administradores das empre-
sas.Porém, para desenvolver ao máximo o potencial de uma organização,
em muitos casos, é preciso conciliar a gestão ambiental com a gestão de
qualidade de seus produtos, a gestão de segurança do trabalho e a gestão
de responsabilidade social, tornando necessário que os gestores busquem
formas de integrar todas as gestões de forma otimizada. A solução com os
melhores custos/benefícios é a utilização de sistemas de gestão integrada.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

64
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O setor de concessionárias de veículos pesados deve atender os 3 pi-


lares da sustentabilidade: pilar econômico, pilar social e pilar ambiental.
Para tanto, a empresa deve:
1. Econômica: estudos de impactos de custo contínuo para apoiar suas
decisões; exigir que seus parceiros, empresas que prestam serviços, e
investidores também sigam o planejamento do SGA, aplicar as etapas
de melhoria contínua em todos os processos, realizar a gestão dos pro-
jetos com metodologias ágeis;
2. Social: ampliar sua rede de gestão de conhecimento, realizar reu-
niões de consenso no processo de decisão e de reflexão para apren-
dizado com experiência e erros, compartilhar o conhecimento obtido
e seus resultados para com a sociedade, construir e elaborar valores,
princípios e crenças compartilhados pelos integrantes da empresa e
também da sociedade direta e indiretamente afetada;
3. Ambiental levantamento dos impactos ambientais, rastreamento pós-
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS
-venda (política de logística inversa), aplicação e reuso de tecnologias
consolidadas, redução do consumo de energia e combustíveis no ciclo de
vida do projeto e produto, uso de matéria-prima 3Rs (reuso, remanufatura
e reciclagem), priorizando recursos naturais abundantes e renováveis.

TREINO INÉDITO
Gabarito: D

65
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Segundo a ISO 14001 elaborada sua última versão pela ABNT em 2015,
o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é definido como o conjunto de
responsabilidades organizacionais, procedimentos, processos e meios
que se adotam para a implantação de uma política ambiental em deter-
minada empresa ou unidade produtiva.
O SGA é a sistematização da gestão ambiental, ou seja, é o método
empregado para levar uma organização a atingir e manter-se em fun-
cionamento de acordo com as normas estabelecidas, bem como para
alcançar os objetivos definidos em sua política, a fim de obter o certifi-
cado ambiental emitido pelo a ISO 14001.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL - GRUPO PROMINAS

66
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A estratégia internacional acontece quando a empresa decide ampliar


seu mercado de atuação, passando a oferecer seus produtos e serviços
a outros países em diferentes localizações. A empresa tem a necessida-
de de padronizar seus produtos para todo o mundo, sendo necessário
utilizar normas internacionais.
O mercado internacional exige que a empresa siga padrões de qualida-
de e ambientais em seus produtos, requerendo a comprovação através
do certificado ambiental emitido pela ISO 14001.
Para tanto, as empresas que desejam estar inseridas no comércio inter-
nacional, devem implantar o sistema de gestão ambiental, passar por
auditorias para validá-lo, e obter o certificado ambiental.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

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