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RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Mariana Moreira de Carvalho

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
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importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-


rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professor: José Augusto


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade fundamentará os conceitos para a elaboração
de relatório exigida no Processo de Licenciamento Ambiental. Especi-
ficamente, foram enfocados: o papel do Estado e a Competência dos
Órgãos Públicos Ambientais; as Etapas do Processo de Licenciamen-
to; o conceito e elaboração dos Principais Relatórios Ambientais asso-
ciados ao Licenciamento. A fim de esclarecer ao máximo os conceitos
que envolvem o Processo de Licenciamento; são abordados conceitos
referentes aos Tipos de Licenças Ambientais existentes, a qual Ór-
gão Ambiental requerer as Licenças; quais os Setores de Atividades
que são passiveis de Licença Ambiental e como elaborar os Estudos
Ambientais exigidos pelos Órgãos Públicos. Justifica-se esta análise
devido ao cenário Globalizado e competitivo do mercado, em que a
participação do Estado e da Sociedade é cada vez mais necessária
para a regulação ambiental. Conhecer e saber desenvolver os estudos
ambientais exigidos é de extrema importância tanto para gestores am-
bientais, como também para os profissionais fiscalizadores do atendi-
mento à conformidade legal.
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Gestão Pública Ambiental. Licenciamento Ambiental. Relatórios Ambientais


e Estudos Ambientais.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 10

CAPÍTULO 01
CONFORMIDADE AMBIENTAL

Gestão Pública Ambiental _____________________________________ 11

Instrumentos de Aplicação ______________________________________ 14

Recapitulando ________________________________________________ 25

CAPÍTULO 02
ESTUDOS AMBIENTAIS DE LICENCIAMENTO

Introdução ao Licenciamento Ambiental _______________________ 29

Estudos Ambientais ___________________________________________ 37

Recapitulando _________________________________________________ 45

CAPÍTULO 03 RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

RELATÓRIOS COMPLEMENTARES

Exigências Ambientais ________________________________________ 49

Estudos Ambientais Complementares __________________________ 50

Recapitulando _______________________________________________ 63

Fechando a Unidade ___________________________________________ 68

Referências ____________________________________________________ 71

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A Legislação Ambiental Brasileira é considerada uma das mais
bem elaboradas do mundo, sendo seu texto bastante exigente no que
se refere à Recuperação de Áreas Degradadas. A Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 225, incumbe o Poder Público a "Exigir, na forma
da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade".
No Brasil, as três esferas de Governo: União, Estados e Muni-
cípios possuem legislações específicas. Os níveis em que os temas são
tratados nos diferentes diplomas legais vão do âmbito nacional, regional
e até o local.
A União fixa diretrizes gerais e estabelece as responsabilida-
des próprias, bem como dos Estados e Municípios. Já as outras duas
esferas fixam normas complementares, podendo ser mais restritivas.
Além das Constituições Federal e Estadual e das Leis Orgânicas Muni-
cipais, outros diplomas legais tratam dos aspectos ambientais.
Para a elaboração dos estudos ambientais, sejam eles em for-
mato de relatórios ou programas de recuperação de áreas degradadas,
os empreendimentos devem ter licença própria do órgão responsável.
Portanto, os profissionais devem conhecer as exigências, normas e dis-
positivos legais, que o Estado e o Município fazem para o licenciamento
do empreendimento em questão.
Pressionados pelos órgãos fiscalizadores, os empreendimen-
tos começaram a implementar os estudos ambientais. Neste contexto, a
presente unidade visa apresentar as características básicas do proces-
so de licenciamento ambiental e os estudos que envolvem as fases de
cada licença: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença
de Operação (LO).
O estudo previsto na Legislação Federal Brasileira fundamenta-
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-se em modelos praticados por outros países, e deve apresentar: caracte-


rização e avaliação completas das atividades desenvolvidas ou a ser de-
senvolvidas pelo empreendimento, assim como da degradação ambiental;
definição e análise das alternativas tecnológicas de recuperação; definição
e implementação das medidas de recuperação; e proposições para moni-
toramento e manutenção das medidas corretivas implementadas.

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CONFORMIDADE AMBIENTAL

GESTÃO PÚBLICA AMBIENTAL RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Monitorar e avaliar os impactos causados pelas atividades eco-


nômicas tem sido cada vez mais efetivo, por programas estabelecidos
pelas políticas públicas brasileiras. A regulamentação de indicadores am-
bientais e o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às questões am-
bientais auxiliam os órgãos estatais no controle dos aspectos ambientais.
Para que as políticas públicas alcancem seus objetivos, o mo-
nitoramento das atividades potencialmente poluidoras deve ser acom-
panhado de forma sistêmica, a fim de garantir o desenvolvimento sus-
tentável (FARIA, 2006).
O final do século XX marca a mudança de paradigma ambien-
tal. Anteriormente, o meio ambiente era visto apenas como um elemen-
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to da lógica de mercado capitalista, porém, em conjuntura da crise eco-
nômica, a estratégia de mercado passa a buscar uma reestruturação
produtiva, incentivando o alto consumo da população.
As questões que envolvem o meio ambiente estão atreladas à
disponibilidade de recursos ambientais no sistema de produção. Desta
forma, o sistema capitalista é incapaz de se desenvolver sem a utilização
consciente dos elementos da natureza, cabendo ao Estado à tentativa
de enfrentar a problemática do consumo humano versus meio ambiente.
Como reflexo desta situação, as políticas ambientais do Brasil
asseguram a qualidade de vida, destacando o papel do Estado e seu
poder em legislar sobre as questões ambientais, para garantir o desen-
volvimento. O Governo é legitimador em regulamentar a utilização dos
recursos ambientais, ao passo que o avanço econômico se apropria
cada vez mais do meio ambiente.

A Regulação Ambiental tem como objetivo corrigir as dis-


torções geradas pelos processos ambientais que fogem à compre-
ensão empresarial. Podem-se destacar como principais benefícios:
melhor eficiência do mercado, melhoramento da gestão ambiental
empresarial, aumento das certezas em investimentos, inovação e
disseminação de informação.

Segundo PORTER e VAN DER LINDE (1995), o Estado deve


orientar quais as mudanças necessárias na gestão ambiental, criando
demanda para produtos e serviços até o ponto em que o mercado ab-
sorva este novo valor e evolua por conta própria. Esta característica
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se faz importante quando as mudanças não representam lucro para a


empresa investimento em infraestrutura, por exemplo, ou quando o pro-
cesso de aprendizagem evolui de forma lenta. Sendo assim, o principal
desafio do Estado em lidar com as questões ambientais.
Para colocar em prática a regulação ambiental, há a estrutura-
ção de programas regulatórios que visam à promoção da conformidade
por ação positiva, através da educação e oferta de benefícios; e a ação
coercitiva, impondo aos sujeitos do processo, independentemente de
suas vontades, à presença de autoridades policiais ou judiciárias. Em-
bora a preferência por soluções não coercitivas prevaleça, a obrigatorie-
dade dos instrumentos atuando como incentivo para que as empresas
estejam em conformidade legal.
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Portanto, o equilíbrio dos instrumentos políticos de cada ver-
tente resulta no balanço entre a economia, a cultura, valores e demais
características institucionais (USEPA, 1992). A regulação ambiental ba-
seia-se em:
• Programas Regulatórios – instrumento que os órgãos gover-
namentais utilizam para solucionar os problemas relacionados ao meio
ambiente.
• Arquitetura Regulatória - conjunto de ações que regem os
programas regulatórios, promovendo a regulação ambiental.
• Instrumentos Regulatórios - meios utilizados para a adoção de
medidas que controlem os impactos gerados pelas atividades econômicas.
• Requisitos Ambientais - práticas e procedimentos específicos
requeridos para diminuir ou prevenir os impactos ambientais.
• Conformidade Ambiental – atendimento total aos requisitos am-
bientais, dependendo exclusivamente da gestão ambiental da empresa.
• Enforcement - conjunto de ações que incentivam a busca pela
conformidade ambiental, a fim de corrigir ou extinguir as situações que
causam impactos ambientais.
• Órgãos Ambientais e Poder de Polícia – estrutura governa-
mental que objetiva o cumprimento da lei, porém de maneira eficiente,
igualitária, socioeconomicamente viável.
Embora muitas vezes a regulação ambiental exija circunstân-
cias e soluções particulares, os programas ambientais devem ser es-
truturados de maneiras semelhantes. O primeiro passo é a definição a
partir de legislações dos requisitos ambientais passíveis de controle e
cobrança, que garantam a credibilidade do órgão ambiental e a autori-
dade do mesmo (RIBEIRO, 2017).
A legislação ambiental elaborada deve promover e monitorar a
conformidade ambiental, considerando os procedimentos de inspeção
conduzidos pelo órgão ambiental; o automonitoramento, fornecendo da-
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dos e registros das atividades poluidoras; reclamações da população


para assegurar a qualidade ambiental e de vida, visando a avaliação de
parâmetros físicos e biológicos requeridos.
A avaliação dos programas ambientais serve para melhorar o
seu desempenho, contudo, medir o sucesso de um programa não é uma
tarefa fácil. Os resultados ambientais, as taxas de conformidade, medidas
ligadas às ações do órgão ambiental, taxa de reincidência nas violações,
dentre outros, auxiliam na determinação da eficiência do programa.
Cada programa necessita de recursos específicos para sua
implementação, porém os recursos básicos a todos os programas en-
volvem os recursos humanos, sistemas de informação e fontes de finan-
ciamento (RIBEIRO, 2017).
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Uma observação em relação aos programas regulatórios é
sua necessidade de evolução com o passar do tempo. As mudan-
ças que comumente são necessárias são:
• Aumento do Rigor – caso haja a piora das condições am-
bientais.
• Alteração das Responsabilidades Regulatórias – a mu-
dança de demanda aos órgãos ambientais pode exigir novas atri-
buições para atendimento destas necessidades.
• Mudança de Foco – abordagem inicialmente mais leves
dependendo da cultura local.
• Grau de Monitoramento e Avaliação – mensuração da efi-
ciência do programa com o passar do tempo.

Desta forma, existe uma arquitetura regulatória adequável a


cada cenário ambiental, dependente das características ambientais e
em função das peculiaridades sociais, culturais e econômicas. Assim, o
Estado é quem determina o modo de aplicação da política ambiental, e
sua relação com as características do país.

INSTRUMENTOS DE APLICAÇÃO

No dia a dia ocorrem inúmeras externalidades ambientais e os


problemas aparecem quando há a necessidade em decidir como serão
corrigidos. Neste contexto é onde entra o debate e a dúvida de qual o
melhor tipo de instrumento ambiental a ser aplicado.
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Estas dificuldades aparecem, pois os recursos ambientais como:


a água, o ar, o solo, são considerados bens de propriedade comum e
seus direitos de propriedade não são bem definidos (VARELA, 2001).
A ideia de direito de propriedade é definida como sendo o con-
junto de leis que discute o que as pessoas e as empresas podem fazer
com suas respectivas propriedades. Desta forma, quando as pessoas
possuem direito sobre terras, são elas quem decidem quais são as ben-
feitorias que serão realizadas, ou até mesmo quando e para quem ven-
deram seus direitos sobre estas terras. Além disso, as pessoas também
estão protegidas contra possíveis interferências em relação ao uso de
seu direito de propriedade (VARELA, 2001).
Os bens de propriedade comum são não excludentes, isto é,
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estão disponíveis para todos os indivíduos, incluindo aqueles que não
pagaram por eles, caracterizando que o uso individual destes bens afe-
ta a sua disponibilidade para as demais pessoas.
A preocupação com as externalidades causadas surge porque
o equilíbrio ambiental somente será possível caso haja medidas espe-
ciais que controlem o uso e aplicação dos recursos ambientais. Quando
há externalidades ligadas a bens de propriedade comum e muitas pes-
soas e até mesmo empresas envolvidas, há uma maior dificuldade em
conseguir um acordo entre as partes. Nestes casos, o governo deve
atuar, punindo os causadores das externalidades e agindo em favor dos
interesses dos demais (VARELA, 2001).
Segundo Longo (1980), se a externalidade for, por exemplo, um
caso de poluição, a intervenção do estado pode ser executada através
de instrumentos fiscais, como um imposto cobrado proporcionalmen-
te à emissão de poluentes, um subsídio para utilização de tecnologias
limpas, determinação e cumprimento de direitos de propriedade ou, o
governo pode atuar através de regulamentação direta, obrigando cada
empresa a fazer uma redução quantitativa e uniforme dos poluentes
jogados na atmosfera ou no rio.
Qualquer que seja o instrumento de política ambiental escolhi-
do, a finalidade é sempre tentar internalizar os custos dos problemas
ambientais, as externalidades.
Para determinar os programas e instrumentos ambientais, o
Estado pode utilizar diversas estratégias dependendo do cenário identi-
ficado, porém, os principais mecanismos de atuação são:
• Estabelecer os limites de poluição aceitável;
• Estabelecer os critérios básicos que cada empreendimento
deve adotar, visando os objetivos ambientais;
• Auxiliar na busca de alternativas para melhorar o desempe-
nho ambiental;
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• Permitir a negociação dos limites de poluição entre os empre-


endimentos;
• Proibir atividades indesejáveis;
• Considerar a opinião pública nas questões que envolvem o
meio ambiente;
• Responsabilizar juridicamente o causador do dano.
Como estas estratégias geralmente são utilizadas de maneira
combinada, pelos órgãos competentes, os instrumentos políticos am-
bientais são diferenciados pelo seu tipo. Segundo Barbieri (2007), os
tipos utilizados pelas instituições e países do mundo todo, é:
1) Instrumentos de Comando e Controle – são instrumentos de
regulação direta, que se baseiam em medidas para influenciar direta-
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mente a qualidade ambiental do empreendimento. Estes instrumentos
atuam a partir da imposição de limites e condições que as atividades
econômicas potencialmente poluidoras estão sujeitas padrões, licenças
ambientais, proibições, dentre outros. A adoção deste instrumento é de-
pendente do monitoramento e sanções aplicadas ao não cumprimento
do mesmo, sendo eficiente por sua ação coercitiva, ou seja, pelo poder
de polícia que os órgãos ambientais possuem;
2) Instrumentos Econômicos – são instrumentos de regulação
indireta, podendo favorecer ou punir economicamente o empreendi-
mento. Este instrumento pode ser aplicado a partir de tributos, subsídios
ou até mesmo transferências de recursos, estabelecidos pelos órgãos
ambientais. Em contrapartida, os instrumentos econômicos não abor-
dam os custos socioambientais;
3) Instrumentos de Informação e Participação – são instrumen-
tos de regulação indireta, tendo como principal objetivo a interação en-
tre o empreendimento, o poder público e a população.

A divisão dos instrumentos ambientais segundo seus ti-


pos são meramente orientativas, uma vez que cada instrumento se
relaciona com os demais contemplando tanto aspecto econômico,
de comando, ou até mesmo informativo.

Instrumentos de Comando e Controle

Os Instrumentos de Comento e Controle tem a finalidade de


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assegurar o desenvolvimento ambiental das empresas, fixando limites,


normas, procedimentos e padrões a serem seguidos. “Caso a empresa
não cumpra com itens estabelecidos, cabem ao órgão ambiental atribuir
sanções de cunho penal e administrativas”. (LUSTOSA; YOUNG, 2002).
Para Field e Field (2014), a abordagem de políticas públicas
voltadas ao comando e controle deve resultar na mudança de compor-
tamento social, ao passo que o Estado garanta seu cumprimento atra-
vés de leis ambientais e utilizando mecanismos que auxiliem sua fiscali-
zação, como por exemplo, multas, poder de polícia e atos processuais.
Estes instrumentos são subdivididos em: padrões, estudos am-
bientais, licenciamento e zoneamento. Os mais comuns a serem apli-
cados estão relacionados ao controle da poluição atmosférica e qua-
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lidade da água através dos padrões estabelecidos em lei, às normas
de zoneamento, definição de áreas ambientalmente protegidas, áreas
urbanas, industriais, produção agrícola, e os licenciamentos ambientais,
que envolvem a elaboração de estudos dos aspectos ambientais das
empresas (NUSDEO, 2006).
Os padrões consistem na regulação de níveis de emissões e
geração de poluentes ambientais, incluindo especificações aos equipa-
mentos e processos produtivos utilizados. Visam estimular o desenvol-
vimento social a partir do contexto ambiental: (NOGUEIRA; PEREIRA,
1999; RISSATO; SABANTTI, 2009).

a) Padrões de Qualidade Ambiental: limites máximos de concentração de


poluentes no meio ambiente.
b) Padrões de Emissão: limites máximos para as concentrações ou quan-
tidades totais a serem despejados no ambiente por uma fonte de poluição.
c) Padrões Tecnológicos: padrões que determinam o uso de tecnologias es-
pecíficas.
d) Padrões de Desempenho: padrões que especificam, por exemplo, a per-
centagem de remoção ou eficiência de um determinado processo.
e) Padrões de Produto e Processo: estabelecendo limites para descarga de
efluentes por unidade de produção ou processo.

O padrão de qualidade ambiental está relacionado às dimen-


sões do entorno do empreendimento, podendo se referir à qualidade da
água de um rio, do ar de uma região. Assim, o nível estipulado para os
padrões de qualidade ambiental relaciona-se diretamente com os pa-
drões de emissão e padrões tecnológicos, já que a qualidade ambiental
é dependente dos níveis de emissão dos poluentes, e do controle que
as tecnologias proporcionam em sua emissão.
Com o intuito de avaliar os impactos ambientais e suas conse-
quências na natureza, os estudos ambientais caracterizam o empreen-
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dimento e suas atividades produtivas, visando à conformidade legal aos


quesitos ambientais. (NOGUEIRA; PEREIRA, 1999). Segundo Moreira
(1993), os estudos ambientais devem ser consolidados em forma de
relatório e que possibilite a compreensão de todo o público interessado.

Os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) são documentos téc-


nicos que caracterizam os processos e atividades do empreendimen-
to, e que dependendo do impacto que a atividade pode gerar, é obri-
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gatório para o processo de licenciamento da atividade econômica.
Junto a ele, é exigida a elaboração do Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA), sendo que este relatório é de acesso livre a to-
dos os interessados, o que torna necessária sua escrita didática e
de fácil compreendimento.

Para a instalação e operação de empreendimentos, o órgão am-


biental utiliza o instrumento de licenciamento ambiental. As licenças expe-
didas autorizam o empreendimento a explorar economicamente a área de
interesse ambiental ao qual se localiza. Toda via, cabe também ao órgão
ambiental competente, estabelecer os critérios para a utilização destes re-
cursos naturais, seja para exploração ou reabilitação deste ecossistema.
Já o zoneamento, é definido como o conjunto de regras que
estabelecem os critérios para uso da terra, objetivando designar aos
agentes públicos as localizações adequadas para cada tipo de atividade
econômica. Desta forma, o zoneamento ambiental permite a criação de
mecanismos de proteção aos recursos naturais, aos definir as áreas
onde se pode explorar o meio ambiente ou não.

Consiste no ato de regular o uso em áreas naturais privadas ou de domínio


público/privado, mediante a determinação de reservas ecológicas ou áreas de
preservação permanente, em certa proporção da área total, visando proteger
nascentes de rios, vegetação em encostas, etc. (NOGUEIRA; PEREIRA, 1999).

Instrumentos Econômicos

As atividades econômicas potencialmente poluidoras produ-


zem externalidades ao meio ambiente, provocando o desequilíbrio am-
biental, e assim, comprometendo a qualidade de vida da população.
Uma das alternativas para conter e até mesmo corrigir os danos gera-
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dos, é a utilização de instrumentos econômicos.


Os instrumentos econômicos têm por objetivo principal a inter-
nalização de custos externos em suas estruturas de produção e con-
sumo. Estes instrumentos representam uma das estratégias adotadas
pelo Estado, que complementam os mecanismos adotados nos instru-
mentos de comando e controle.
Desta forma, buscam melhorar o desempenho ambiental do
empreendimento, visando o desenvolvimento sustentável. O desempe-
nho ambiental atrelado ao desenvolvimento sustentável se dá a partir
da influência no comportamento dos agentes públicos e corrigindo as
falhas de mercado (MMA, 2019).
Para a aplicação deste instrumento, existem alguns fatores
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condicionantes, pois é preciso considerar o contexto de decisões eco-
nômicas, equilibrando seus efeitos sobre a economia, e incentivando a
conservação ambiental pelas empresas (CALDERONI, 2004):

a) Ausência de responsabilidade ambiental;


b) Conflitos de interesse;
c) Autonomia dos órgãos ambientais;
d) Custos de investimentos para a empresa;
e) Custos de ações mitigadoras.

No Brasil, os principais IEs utilizados pelos Órgãos Públi-


cos são: (LUTOSA et al., 2002):
• ICMS Ambiental;
• Troca de emissões ou Certificados transacionais;
• Devolução de depósitos, taxas e tarifas ambientais;
• Subsídios.

O Ministério do Meio Ambiente aplica diversos instrumentos


econômicos associados aos de controle e comando. São Instrumentos
Econômicos atualmente sendo trabalhados pelo Ministério:

1) Tributos Ambientais

Tributo refere-se a qualquer valor pago que não se origina a par-


tir de sanções por ilícitos. Eles são utilizados com a finalidade de corrigir o
mercado, através do pagamento efetuado pelos agentes privados para as RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

entidades governamentais (BARBIERI, 2007). Esta correção de mercado


incide sobre determinado processo, em que o tributo o deixa mais caro, e
assim, induz o agente privado a considerar alternativas mais adequadas.
Os tributos são basicamente divididos em dois tipos: impostos
e taxas. Os Impostos incidem sobre o preço de um bem, serviço ou
renda como, por exemplo: a precificação das emissões de carbono. As
Taxas são referentes ao serviço prestado como, por exemplo: a taxa
cobrada aos cidadãos pela coleta de seus lixos.

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2) Subsídios

Os Subsídios agem em sentido inverso aos tributos, pois estes


estimulam a prática de alternativas ambientalmente corretas através da
concessão de incentivos financeiros. (US CONGRESS, 1995). As enti-
dades governamentais renunciam a fiscalização ou transferem recursos
que beneficiem os agentes privados. Embora os subsídios sejam instru-
mentos bem-sucedidos, são pouco utilizados na prática, devido às dificul-
dades de negociação impostas entre as pastas ambiental e fazendária.
Assim, os subsídios são caracterizados por vários tipos de as-
sistências financeiras, que visam incentivar a redução da poluição, a
partir de (ALMEIDA, 1997):
• Subvenções: incentivo financeiro não reembolsável, ofereci-
do aos poluidores que cumpram algumas condições, como por exem-
plo, a implantação de medidas de redução das emissões.
• Empréstimos Subsidiados: são empréstimos com taxas de
juros abaixo das de mercado, que exigem como contrapartida o atendi-
mento a exigências específicas, como por exemplo, a instalação de um
tipo de equipamento ou um padrão de desempenho.
• Incentivos Fiscais: trata-se da forma de isenção ou abatimen-
to de impostos para quem adota certas medidas, sendo neste último
caso o mesmo que a diferenciação de alíquotas já citada.
• Depreciação Acelerada: reserva legal autorizada sobre imó-
veis, equipamentos etc., lançada como custo, para que as empresas
renovem os mesmos ao final da vida útil, podendo inclusive reduzir o
imposto de renda devido.

3) Comércio de Emissões
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O funcionamento do comércio de emissões se dá a partir de um


limite de emissões para uma determinada região, estabelecido pelo Go-
verno. Seu objetivo está diretamente relacionado à qualidade ambien-
tal, em que há a emissão de licenças dentro deste limite. Cada agente
privado pode então, comprar ou vender estes direitos de emissão.
Embora as regras e distribuição de direitos ou cotas iniciais se-
jam determinadas pelo governo, as transações entre as licenças se dão
entre os agentes privados (BARBIERI, 2007). A questão chave de alo-
cação inicial dos créditos é determinada em função das emissões atu-
ais ou históricas de cada fonte, garantindo assim, que o mercado não
agrave as condições ambientais do presente (US CONGRESS, 1995).
Este instrumento econômico transfere a responsabilidade regu-
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latória do governo para o mercado. Na prática, o comércio de emissões
é operado através de políticas de compensação exige a compensação
dos poluentes emitidos mediante a compra de créditos, política da bolha
limita a quantidade emissões em dada região, política de emissão líqui-
da possibilita o uso dos créditos, obtida pela redução das emissões, em
controle de emissões de sua ampliação, e câmara de compensação de
emissões estocarem créditos para uso ou venda.

Instrumentos de Informação e Participação

Devido à velocidade na geração e difusão das informações, a


prestação de contas por parte do Estado e dos agentes privados tem
sido cada vez mais exigida, bem como a participação da população na
construção e aplicação das políticas públicas.
A evolução das políticas públicas ambientais inclui mecanis-
mos adicionais aos de regulação direta e de mercado, de forma a intro-
duzir novos comportamentos na sociedade. Portanto, os instrumentos
de informação e participação baseiam-se na participação da sociedade
como reguladora dos processos que degradam o meio ambiente.

A informação deve ser coletada e transmitida durante as


diversas etapas do trabalho humano que utilize os recursos am-
bientais, evitando-se a transmissão de dados somente quando os
prejuízos já tenham ocorrido.
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A disseminação da informação abrange todas aquelas pessoas,


sejam físicas ou jurídicas, que possam colocar o meio ambiente em risco.
Cabe ao poder público transmitir estas informações para a sociedade,
sendo que o nível de dados informados é estabelecido pela legislação.
Não basta que as pessoas e os grupos sociais possam obter a
informação, se a solicitarem. Para que a informação ambiental produza
seus resultados imediatos e eficazes, torna-se necessário que quem
tenha a informação sobre o meio ambiente os particulares ou os go-
vernos torne pública essa informação de forma contínua e organizada,
independente de pedido de quem quer que seja. Desta forma, segundo
Machado (1997), a informação ambiental contempla:
a) Informação e prevenção do dano ao meio ambiente;
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b) Informação e uso de recursos naturais;
c) Informação e controle das atividades;
d) Organização da informação como obrigação dos poderes
públicos;
e) Criminalização da não informação ou informação deficiente.
A participação da população auxiliando na conservação am-
biental insere-se em um contexto mais amplo diante dos interesses difu-
sos e coletivos da sociedade, a partir da Constituição Federal de 1988,
onde confere a participação popular nos procedimentos legislativos, e
a atuação de representantes da sociedade civil em órgãos colegiados
dotados de poderes normativos (MIRANDA, 2013).
A população pode atuar diretamente na defesa do meio am-
biente por intermédio do Poder Judiciário, com a utilização de instru-
mentos processuais que permitem a obtenção da prestação jurisdicio-
nal na área ambiental.
Através de mecanismos como acordos ambientais, assistência
técnica e informação da população, o governo coloca em prática os ins-
trumentos de informação e participação da população (RIBEIRO, 2017):

1) Acordos Ambientais

Os acordos ambientais são instrumentos da política ambiental,


onde há a criação de acordos ambientais entre o governo e demais
grupos interessados. Estes acordos podem ser amplos ou específicos,
dependendo de seus objetivos, porém são fundamentados na busca
dos agentes em obter comprometimento com as questões ambientais
em troca de liberdade econômica.
Segundo Ribeiro (2017), os tipos de acordo variam conforme
sua estrutura, podendo ser determinado pelo governo ou aderido de
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

forma voluntária pela entidade. Os acordos voluntários são os de maior


relevância para a regulação ambiental, pois além da melhoria do diá-
logo entre governo e empresas, agregam conhecimento para todos os
setores envolvidos, melhorando a qualidade das soluções ambientais.
Os acordos ambientais podem ser classificados conforme o
papel dos envolvidos:
• Comprometimento unilateral dos poluidores – programas es-
tabelecidos e divulgados pelas empresas de forma voluntária.
• Acordos privados entre poluidores e afetados – contratos es-
tabelecendo programas, gestão ou medidas.
• Acordos negociados entre governo e indústria – meta e prazo,
no qual o Governo se compromete a não criar nenhuma nova regulação
22
no período se programa for bem-sucedido.
• Programas voluntários desenvolvidos pelo governo – convida
empresas a aderir, cumprindo exigências em troca de algum benefício.

2) Assistência Técnica

Entende-se por assistência técnica o fornecimento de conheci-


mento adicional em relação aos aspectos ambientais e impactos causa-
dos pelas atividades da empresa, bem como a técnicas e ferramentas que
auxiliem na prevenção e controle de danos ambientais (US CONGRESS,
1995). A principal característica da assistência técnica está em educar as
empresas, elaborando manuais, guias, treinamentos, centros de informa-
ções, mecanismos para solucionar dúvidas, entre outros (RIBEIRO, 2017).
A USEPA (1992) defende que a assistência técnica é funda-
mental em alguns casos de início da operação de novos requisitos, para
superar barreiras de ignorância ou inabilidade na busca pela conformi-
dade. Dentre as possibilidades, relaciona:
• Elaboração de publicações;
• Cursos e capacitação;
• Trabalhos de campo;
• Apoio a arranjos cooperativos para criar sinergias e contatos
entre empresas e/ou setores;
• Distribuição de informação por meio dos veículos tradicionais.

3) Informação ao Público

A divulgação de informações ambientais empresariais têm sido


um instrumento bastante proveitoso para a comunicação, educação e
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

pressão para o desenvolvimento sustentável. Este instrumento inclui


tanto o fornecimento de informações, quanto sua divulgação.

Segundo a USEPA (1992), a informação pode ser uma fer-


ramenta poderosa e vital para a implementação de um programa
regulatório ambiental.

As formas de divulgação da informação são extensas, e podem


23
estar relacionados com os produtos, detalhamento de processos, emis-
sões de poluentes, dentre outras. Porém, segundo Us Congress (1995),
as informações podem ser apresentadas como:
• Informações ao Governo – conformidade legal;
• Informação de diagnóstico de problemas – por parte do governo;
• Informação ao público – riscos ambientais, programas, inves-
timentos, dentre outros.

4) Outros

Existem diversos mecanismos para a regulação ambiental. Cada


mecanismo se relaciona com o grau e tipo de testes de novas abordagens,
dependendo do contexto social, cultural, econômico e legislativo. A todo
tempo surgem novas propostas, seja pela experiência na aplicação das
pré-existentes, seja na criatividade em desenvolver outros mecanismos.
Algumas modalidades estão presentes e já bem incorporadas
em procedimentos de órgãos ambientais de todo o mundo, como por
exemplo:
• Audiências públicas;
• Elaboração de planos e/ou Relatórios ambientais;
• Apoio à pesquisa ambiental;
• Educação ambiental.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

24
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2022 Banca: Fundação Universidade Empresa de Tecnologia
e Ciências – FUNDATEC Prova: FUNDATEC - SPGG - Analista Am-
biental - Área: Gestão Ambiental - 2022
Conforme a Política Nacional do Meio Ambiente, o proprietário ou
possuidor de imóvel, pode, por instrumento público ou particular
ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do
SISNAMA, limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela
para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais
existentes, instituindo servidão ambiental. Sobre a servidão am-
biental, assinale a alternativa INCORRETA
a) A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Perma-
nente e à Reserva Legal mínima exigida.
b) A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob ser-
vidão ambiental deve ser, no mínimo, a mesma estabelecida para a
Reserva Legal.
c) O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de cinco anos.
d) É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a altera-
ção da destinação da área, nos casos de transmissão do imóvel a qual-
quer título, de desmembramento ou de retificação dos limites do imóvel.
e) A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou
perpétua.

QUESTÃO 2
Ano: 2023 Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação –
IBFC Prova: IBFC - SEMAD-GO - Analista Ambiental - Área: Gestão
Ambiental – 2023
A série ISO (Organização Internacional de Padronização) 14.000
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

compreende diferentes normas técnicas que tratam sobre siste-


mas de gestão ambiental, com diferentes termos atualmente utili-
zados sendo introduzidos pela norma ISO 14.001. Assinale a alter-
nativa que define o termo “aspecto ambiental” na Norma Brasileira
(NBR) ISO 14.001:2015.
a) Pessoa ou organização que pode afetar, ser afetada ou se perceber
afetada por uma decisão ou atividade
b) Estado ou característica do meio ambiente, conforme determinado
em certo momento
c) Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização,
que interage ou pode interagir com o meio ambiente
d) Uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços
25
ou energia para evitar, reduzir ou controlar (separadamente ou em con-
junto) a geração, emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou
rejeito, a fim de reduzir os impactos ambientais adversos
e) Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água,
solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações

QUESTÃO 3
Ano: 2023 Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação –
IBFC Prova: IBFC - SEMAD-GO - Analista Ambiental - Área: Gestão
Ambiental – 2023
Assinale a alternativa que apresenta o tratado ambiental que tem
como principal objetivo proteger a saúde das pessoas e o meio
ambiente frente aos efeitos prejudiciais dos resíduos perigosos
a) Protocolo de Quioto
b) Agenda 21
c) Acordo de Paris
d) Convenção da citação de Haia
e) Convenção de Basileia

QUESTÃO 4
Ano: 2023 Banca: Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação –
IBFC Prova: IBFC - SEMAD-GO - Analista Ambiental - Área: Gestão
Ambiental - 2023
A NBR (Norma Brasileira) ISO (Organização Internacional de Pa-
dronização) 14001:2015 especifica os requisitos que permitem que
uma organização alcance os resultados pretendidos e definidos
para seu sistema de gestão ambiental. Essa norma elenca meios
pelos quais a Alta Direção de uma empresa pode obter sucesso a
longo prazo/criação de alternativas que contribuem para o desen-
volvimento sustentável. Assinale Verdadeiro (V) para as opções
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

contidas nessa norma, e Falso (F) para as não contidas.


( ) Proteção do meio ambiente pela prevenção ou mitigação dos
impactos ambientais adversos.
( ) Auxílio à organização no atendimento aos requisitos legais e
outros requisitos.
( ) Alcance dos benefícios financeiros e operacionais que podem
resultar da implementação de alternativas ambientais que refor-
çam a posição da organização no mercado.
( ) Controle ou influência no modo em que os produtos e serviços
da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumi-
dos e descartados, utilizando uma perspectiva de ciclo de vida que
possa prevenir o deslocamento involuntário dos impactos ambien-
26
tais dentro do ciclo de vida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima
para baixo.
a) F - V - V - V
b) V - F - V - V
c) V - V - F - V
d) V - V - V - F
e) V - V - V - V

QUESTÃO 5
Ano: 2022 Banca: Instituto Mais – IMAIS Prova: IMAIS - Prefeitura
de São Paulo - Residência em Gestão Pública – 2022
São objetivos do Sistema de Saneamento Ambiental, EXCETO,
a) recuperação ambiental de cursos d’água e fundos de vale.
b) integração dos sistemas, exceto os componentes de responsabilida-
de privada.
c) conservação dos recursos ambientais.
d) não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resí-
duos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
e) acesso universal ao saneamento básico.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


As políticas públicas ambientais possuem mecanismos de regulação do
mercado, que visam à inclusão e participação da sociedade em relação
às questões ambientais. Através dos instrumentos de informação e parti-
cipação, quais são os mecanismos que estas políticas públicas utilizam?

TREINO INÉDITO
Para determinar os programas e instrumentos ambientais, o Estado
pode utilizar diversas estratégias dependendo do cenário identifi-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

cado. Desta forma, no Brasil e no mundo, os instrumentos políticos


ambientais são diferenciados pelo seu tipo, que são instrumentos:
a) De comando, Controle e Financeiros.
b) Econômicos, Informação e Participação, de Comando e Controle.
c) Ação, Correção e Participação.
d) Informação e Participação, Financiáveis, de Comando e Retenção.
e) Econômicos, Informativo e Presencial e Controle Comandado.

NA MÍDIA
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS COMPLETA 13 ANOS
Lá se vão 13 anos desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) foi implementada no Brasil, mas o manejo correto dos resíduos
27
ainda está aquém do que determina a Lei. Em 2022, dos 81,8 milhões
de ton/ano de resíduos sólidos urbanos gerados, apenas 39% — 29,7
milhões de ton/ano foram destinados para lixões e aterros controlados,
de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos.
Fonte: Brasil 61
Data: 03 de agosto de 2019
Leia a notícia na íntegra:
https://brasil61.com/n/politica-nacional-de-residuos-solidos-completa-
-13-anos-bras239125

NA PRÁTICA
As políticas públicas brasileiras visam a regulamentação de indicadores
ambientais e o desenvolvimento de pesquisas relacionadas às questões
ambientais a fim de auxiliar os órgãos estatais no controle dos aspectos
ambientais. Estas políticas públicas são colocadas em práticas através
de programas regulatórios que tem por objetivo a promoção da conformi-
dade por ação positiva, através da educação e oferta de benefícios; e a
ação coercitiva, impondo aos sujeitos do processo, independentemente
de suas vontades, à presença de autoridades policiais ou judiciárias.
Desta forma, existe uma arquitetura regulatória adequável a cada cená-
rio ambiental, dependente das características ambientais e em função
das peculiaridades sociais, culturais e econômicas.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

28
ESTUDOS AMBIENTAIS DE
LICENCIAMENTO

INTRODUÇÃO AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

O processo de licenciamento ambiental é visto muitas vezes


como um fator desafiador para as empresas. É um instrumento legal
utilizado pelos órgãos públicos, e tem como objetivo o controle ambien-
tal. Muitas são as dúvidas que envolvem o processo de licenciamento
ambiental, por exemplo, qual é o órgão responsável pelo licenciamento,
o que a empresa deve fazer para conseguir a licença ambiental, ou até
mesmo quais os prazos e validade de cada licença.
Desta forma, o licenciamento ambiental é caracterizado como
o procedimento que autoriza ou não as atividades de uma determinada
empresa. O órgão público ambiental, através deste procedimento auto-
riza e acompanha o desenvolvimento das atividades que causam danos
29
ao meio ambiente, ou que podem vir a causar danos.
A Resolução CONAMA 237/1997 determina quais são os em-
preendimentos sujeitos à obtenção da licença ambiental:
• Extração e tratamento de minerais;
• Indústria de produtos minerais não metálicos;
• Indústria metalúrgica;
• Indústria mecânica;
• Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações;
• Indústria de material de transporte;
• Indústria de madeira;
• Indústria de papel e celulose;
• Indústria de borracha;
• Indústria de couros e peles;
• Indústria química;
• Indústria de produtos de matéria plástica;
• Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos;
• Indústria de produtos alimentares e bebidas;
• Obras civis;
• Serviços de utilidade;
• Transporte, terminais e depósitos;
• Turismo;
• Atividades diversas;
• Atividades agropecuárias;
• Uso de recursos naturais.

Os empreendimentos mencionados na Resolução CONA-


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

MA 237/1997 são passiveis de licença ambiental, porém, caso o ór-


gão ambiental competente julgue necessário, o mesmo pode exigir
que outras atividades requeiram a licença.

A obrigatoriedade do licenciamento ambiental se dá em sua


base estrutural, pois é a partir deste que as questões ambientais que
envolvem os processos do empreendimento serão levantadas. É a par-
tir deste procedimento que a empresa toma ciência de suas obrigações
para com o meio ambiente.
Com a promulgação da Lei Federal 6938 de 1981, intitulada
como Política Nacional do Meio Ambiente, o licenciamento ambiental
tornou-se obrigatório. O não cumprimento desta exigência pode resultar
30
em sanções administrativas, incluindo multas, advertências, embargos
e demais sanções estipuladas pela legislação de crimes ambientais, Lei
Federal 9605 de 1998.
Além de ser um requisito legal, outro fator determinante para
que o empreendimento obtenha a licença ambiental está relacionado
à aquisição de financiamento e incentivos governamentais, como por
exemplo, o BNDES, que condiciona a aprovação de verbas mediante a
apresentação da licença.
Os órgãos ambientais competentes a licenciar ambientalmente
o empreendimento contemplam a esfera federal, estadual e municipal,
cada qual com sua responsabilidade. O IBAMA é responsável pelo li-
cenciamento daqueles empreendimentos que desenvolvem seus pro-
cessos em ao menos dois estados da federação brasileira. Os órgãos
ambientais estaduais são responsáveis pelo licenciamento dos demais
empreendimentos, que não ultrapassam a fronteira territorial de seu es-
tado, porém segundo CONAMA 237/97, estes órgãos estaduais podem
delegar sua responsabilidade aos órgãos municipais, caso o empreen-
dimento em questão cause danos locais, ao município.

A requisição do licenciamento ambiental deve ser feita


apenas em um órgão ambiental, seja ele federal, estadual ou muni-
cipal. As secretarias municipais de meio ambiente são obrigadas a
se manifestarem, mesmo que o pedido de licenciamento não seja
requerido a nível municipal.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

As principais características analisadas no licenciamento am-


biental estão relacionadas ao potencial de poluição da empresa, avalian-
do o efluente líquido gerado e sua disposição, a geração de resíduos
sólidos, poluição atmosférica, ruídos, e qualquer dano que possa ser cau-
sado sob o meio ambiente. Portanto, a licença ambiental nada mais é que
um documento, onde há prazo de validade, que o órgão ambiental emite,
apresentando as diretrizes que a empresa deve seguir. (BRASIL, 1981).
As licenças ambientais estabelecem o compromisso que o em-
preendimento tem para manter a qualidade do meio ambiente onde está
inserido. Desta forma, as licenças que podem ser requeridas são (BRA-
SIL, 1981):

1) Licença Prévia (LP): etapa inicial do licenciamento ambiental, em que o

31
órgão ambiental analisa a localização física do empreendimento, e atesta
sua viabilidade. Nesta etapa são definidos os requisitos necessários para a
obtenção das demais licenças. Esta avaliação de viabilidade é fundamentada
no Zoneamento Municipal, onde também podem ser requeridos estudos e re-
latórios ambientais adicionais, como a elaboração do Estudo de Impacto Am-
biental, Relatório de Impacto Ambiental e Relatório de Controle Ambiental.
2) Licença de Instalação (LI): após o detalhamento elaborado na licença prévia,
o empreendimento deve requerer a licença de instalação, que autoriza a instala-
ção dos equipamentos necessários aos processos do empreendimento. A insta-
lação do empreendimento deve seguir o estabelecido anteriormente, e qualquer
alteração no projeto deve ser repassada e autorizada pelo órgão licenciador.
3) Licença de Operação (LO): determinados os requisitos ambientais neces-
sários e realizada a instalação de equipamentos do empreendimento, resta
apenas à licença que autoriza o funcionamento das atividades. Esta licença
deve ser requerida apenas ao final, quando a empresa já estiver pronta para
iniciar suas atividades.

Caso o empreendimento esteja em funcionamento, porém,


não possui a licença prévia e de instalação, o mesmo deve reportar
a situação irregular ao órgão ambiental competente. De maneira
geral, o órgão ambiental orienta o empreendedor a requerer a li-
cença de operação.
A licença de operação sempre será requerida caso a em-
presa realize ampliações, ou a fim de regularizar sua deficiência no
licenciamento ambiental.

Obtendo a Licença Ambiental


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

A requisição e obtenção da licença ambiental estão divididas


em sete passo a passo que auxiliam o empreendedor e seu gestor am-
biental. Assim, suas etapas são (FIRJAN, 2004):
1ª Etapa: identificar qual licença deve ser requerida

32
Figura 1 – Etapa de Identificação Inicial

Fonte – Autoria própria, 2019.

2ª Etapa: identificação de qual órgão requerer o processo de


licenciamento ambiental.
• Nível Federal – ultrapassam o limite territorial de mais de um
estado: IBAMA;
• Nível Estadual – danos ambientais gerados em apenas um
estado: Secretaria Estadual do Meio Ambiental e demais órgãos am-
bientais estaduais;
• Nível Municipal: Secretaria Municipal do Meio Ambiental e de-
mais órgãos ambientais municipais.
3ª Etapa: requisição do cadastro industrial, onde há a identifi-
cação da licença necessária para requisição.
4ª Etapa: apresentação de dados e documentos referentes à
empresa, contemplando o seu tamanho, tipo de atividade, nível do risco
ambiental e a fase de licenciamento (Quadro 2.1).
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Quadro 1 – Principais Documentos Necessários no Processo de Licenciamen-


to Ambiental

33
Fonte – FIRJAN, 2004.

5ª Etapa: cadastramento da atividade industrial. Este docu-


mento contém as informações que descrevem as atividades do empre-
endimento, bem como seu endereço, produtos e serviços, recursos am-
bientais utilizados em seus processos, e destinação de seus resíduos.
6ª Etapa: início do processo de requisição da licença. Deve-se
anexar os documentos exigidos.
7ª Etapa: publicação no Diário Oficial o requerimento da licen-
ça por parte da empresa, respeitando o prazo máximo de 30 dias para
sua publicação.

Figura 2 – Etapas Necessárias para a Requisição da Licença Ambiental

Fonte – Autoria própria, 2019.


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

As cópias apresentadas ao órgão ambiental devem estar


autenticadas, bem como os documentos originais reconhecidos
firma. No caso das plantas e croquis, devem estar assinadas pelo
profissional responsável e o proprietário do empreendimento.
O cumprimento da apresentação dos documentos citados
anteriormente, não impede que o órgão faça exigências comple-
mentares.

34
A publicação em Diário Oficial resulta a concessão oficial da
licença ambiental à empresa. Toda via, a empresa deve atentar-se a
algumas informações, apresentadas no quadro 2.2.

Quadro 2 – Recomendações Essenciais

Fonte – FIRJAN, 2004.

Processo de Licenciamento Ambiental

A Resolução CONAMA 237/97 estabelece os prazos para o


processo de licenciamento ambiental. Segundo esta resolução, cabe ao
órgão ambiental competente determinar os prazos para cada fase do
licenciamento, podendo estes prazos ser diferentes entre si.
O que determina o tempo necessário para análise do processo
é a complexidade das atividades executadas pelo empreendimento, a
necessidade de exigências que complementem o processo, entretanto,
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

sem ultrapassar o prazo máximo de seis meses a contar da data em que


o requerimento foi protocolado. Caso haja a necessidade da elaboração
do EIA/RIMA ou da realização de audiências públicas, o prazo se esten-
de para até doze meses (FIRJAN, 2004).
Após a emissão da licença ambiental a empresa entrará em fase
de acompanhamento da operação em que órgãos ambientais poderão
fazer vistorias regulares a fim de verificar o cumprimento das exigências
estabelecidas na licença. Sendo assim, suspender os métodos de contro-
le de poluição ambiental constitui uma infração passível de autuação, de
multas, do cancelamento da licença e da interdição da atividade.
O prazo de validade de cada licença varia de atividade para
atividade de acordo com a tipologia, a situação ambiental da área onde
35
está instalada, e outros fatores. O órgão ambiental estabelece os pra-
zos e os específica na licença de acordo com os parâmetros estabeleci-
dos na Resolução CONAMA 237/97, resumidos abaixo:

Fonte – Autoria própria, 2019.

A LP e a LI poderão ter os prazos de validade prorrogados,


desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos na tabe-
la anterior. No caso da LO, deve-se requerer a renovação até 120 dias
antes do término da validade dessa licença.
A qualquer momento a licença poderá ser cancelada, bastando
para isso que a fiscalização ambiental constate irregularidades do tipo:
• Falsa descrição de informações nos documentos exigidos
pelo órgão ambiental para a concessão da licença;
• Graves riscos ambientais ou à saúde;
• Alteração do processo industrial sem que o órgão ambiental
seja informado; entre outras.
Todos os custos envolvidos nas diversas etapas do licencia-
mento são de responsabilidade da empresa. Sendo os principais custos:
• Recolhimento da taxa referente a cada licença expedida;
• Coletas de dados e informações pertinentes;
• Análises, se necessárias;
• Estudo de avaliação de impacto ambiental, dependendo da
licença;
• Implantação de medidas preventivas e/ou corretivas aos im-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

pactos negativos;
• Acompanhamento e monitoramento dos impactos;
• Publicações das licenças;
As diferentes esferas de ação e as sanções aplicáveis às pes-
soas físicas e jurídicas em caso de danos ambientais, detalhando as
leis federais 6.938/81 e 9.605/98 são:
a) Esfera Cível – reparação civil em função do dano gerado, e
a recuperação ambiental do local atingido;
b) Esfera Administrativa – advertências, multas, suspenção da
atividade, embargo, cancelamento da licença, perda de crédito financia-
do e proibição em participação de licitações públicas;
c) Esfera Penal – prisão ou reclusão da pessoa física, presta-
36
ção de serviços à comunidade, interdição e/ou suspensão da atividade,
ressarcimento à vítima.
Destaca-se ainda que com o implemento da Lei nº 14.230/2021,
a Lei nº 9.605 de 1998 continuou prevendo, por meio de seu artigo 67, a
modalidade culposa direcionada para a conduta de concessão da licen-
ça, autorização ou permissão em desacordo com as normas de caráter
ambiental. Além disso, também é possível que um agente público seja
processado no âmbito criminal, de forma culposa, em razão da emissão
de licença que não obedeça às normas ambientais, todavia não mais
por improbidade administrativa.

ESTUDOS AMBIENTAIS

Os estudos ambientais caracterizam os aspectos ambientais


relacionados ao empreendimento seja em relação ao seu local, carac-
terísticas das instalações e operações da empresa e apresentados em
formato de relatório, plano ou projeto que avalie os impactos ambientais
(BRASIL, 1997).
Considerando que cada tipo de empreendimento pode afetar
o meio ambiente de diferentes maneiras, após a requisição da licença
ambiental, faz-se necessária a análise e avaliação dos impactos que a
empresa pode causar ao ambiente (PINHO et. al, 2010). Assim, depen-
dendo da fase em que a empresa está requerendo sua licença ambiental,
o órgão ambiental pode exigir diferentes níveis de estudos ambientais.
O estudo definido pelo órgão estatal é exigido com base no
potencial de degradação ao meio ambiente, ao qual o empreendimento
pode gerar. Estes estudos podem ser do tipo:
• Estudo Ambiental Simplificado (EAS) – obras e atividades
consideradas de baixo potencial de degradação ambiental. RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

• Relatório Ambiental Preliminar (RAP) – empreendimentos,


obras e atividades considerados potencialmente causadores de degra-
dação do meio ambiente.
• Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – projetos potencialmente
causadores de significativa degradação do meio ambiente.
Cada estudo possui um nível de detalhamento diferente, sendo
que este nível aumenta conforme o grau de degradação ao qual o meio
ambiente está sujeito (Figura 2.3).

37
Figura 3 – Níveis de Detalhamento dos Estudos Ambientais

Fonte – CETESB, 2014.

As etapas do processo de elaboração de estudos ambientais tam-


bém são bastante distintas em relação a cada tipo de estudo. No caso do
EIA, seu processo contempla a elaboração prévia de um Termo de Refe-
rência (TR), que define o conteúdo que o estudo deve abordar (BRASIL,
1987). O procedimento dos estudos ambientais é demonstrado na figura 4.

Figura 4 – Etapas do Licenciamento Ambiental


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Fonte – CETESB, 2014.


38
Estudo Ambiental Simplificado

O Estudo Ambiental Simplificado deverá ser elaborado confor-


me critérios descritos nos itens a seguir. Se por algum motivo, o que foi
solicitado não se aplicar a atividade/empreendimento, o item deve ser
justificado tecnicamente (FIRJAN, 2004).
Informações Gerais - responsabilidade pela Elaboração do
EAS, Identificação do Empreendedor, Identificação do Empreendimen-
to/Atividade, Caracterização do Empreendimento/Atividade:
a) Nome Completo (Pessoa Física) ou Razão Social (Pessoa
Jurídica);
b) CPF (Pessoa Física), CNPJ (Pessoa Jurídica) e Inscrição
Estadual;
c) Inscrição no Cadastro Técnico Federal e Conselho de Classe;
d) Endereço e contato;
e) Equipe técnica multidisciplinar;
f) Localização do empreendimento;
g) Descrição do local e atividades;
h) Mão de obra necessária para as etapas de instalação e ope-
ração e cronograma;
i) Valor total do investimento;
j) Municípios afetados pelo projeto;
k) Planta planialtimétrica georreferenciada do projeto do em-
preendimento.
Conformidade Legal – descrever a situação legal do empreen-
dimento no que diz respeito ao uso e ocupação do solo;
Diagnóstico Ambiental – analisar os recursos ambientais e
suas interações na área diretamente afetada e de influência direta do
empreendimento/atividade, de modo a caracterizar a situação ambien- RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

tal da área em relação ao meio físico, biótico e socioeconômico;


AIA E Medidas Mitigadoras – descrever as informações relati-
vas aos impactos ambientais identificados com suas respectivas medi-
das mitigadoras;
Conclusões – apresentar uma proposição final sobre a viabili-
dade técnica e ambiental do empreendimento;
Bibliografia – constar a bibliografia consultada e citada para EAS.

Relatório Ambiental Preliminar

O Relatório Ambiental Preliminar (RAP) é o primeiro documen-


to para o Licenciamento Ambiental. Tem como objetivo instrumentalizar
39
a decisão do órgão ambiental quanto à exigência ou dispensa do EIA/
RIMA, para obtenção de Licença Prévia (LP).
O presente roteiro destaca o conteúdo mínimo a ser contempla-
do e, dependendo do porte do empreendimento, da área de inserção e
da capacidade de suporte do meio, os dados apresentados deverão ser
aprofundados e prestados informações complementares (CETESB, 2014).

Informações Gerais:

a) Identificação do empreendimento;
b) Identificação e qualificação do empreendedor (nome ou ra-
zão social, número dos registros legais, endereço completo, telefone,
dos responsáveis legais e pessoas para contato);
c) Identificação dos profissionais responsáveis pelo RAP e de
todos os técnicos e consultores que participaram do mesmo;
d) Cópia do registro no Cadastro Técnico Federal.
Caracterização do Empreendimento – as informações deverão
propiciar o diagnóstico da área diretamente afetada pelo empreendimen-
to, refletindo as condições atuais dos meios físico, biológico e socioe-
conômico. Deverão resultar em um diagnóstico integrado que permita a
avaliação dos impactos resultantes da implantação do empreendimento.
Descrição do Empreendimento – a descrição deverá ser efetu-
ada através de um memorial e Projeto Básico do empreendimento, con-
tendo toda sua caracterização nas fases de planejamento, construção e
operação, quando for o caso, desativação.
Inserção Regional e Legislação Ambiental Vigente – abordar o
projeto com relação ao contexto municipal em que se insere, principal-
mente quanto à legislação ambiental e com programas de desenvolvi-
mento municipais e estaduais quando couber.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Diagnóstico Ambiental – deverão ser baseados na análise in-


tegrada dos meios físico, biótico e socioeconômicos, desde o início dos
trabalhos, a fim de compatibilizar os resultados. A análise e descrição
dos fatores deverão englobar as informações cartográficas com a área
de influência devidamente caracterizada, em escalas compatíveis com
o nível de detalhamento dos fatores ambientais estudados.
Análise Das Alterações Ambientais – análise (identificação,
valoração e interpretação) das alterações ambientais, com o intuito de
apresentar os prováveis impactos nas diferentes fases do projeto, sobre
os meios físico, biótico e socioeconômico.
Proposição de Medidas Mitigadoras – as medidas a serem pro-
postas visarão a minimização dos impactos adversos identificados.
40
Programa de Monitoramento – contempla os programas de
acompanhamento das evoluções dos impactos ambientais positivos e
negativos causados pelo empreendimento nas diferentes fases.

Estudo de Impacto Ambiental

O processo de licenciamento por meio do Estudo Impacto Am-


biental (EIA) corresponde ao maior nível de Avaliação de Impacto Am-
biental de projetos. O estudo, além de atender à legislação, deve analisar
as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, a avaliação dos
impactos ambientais da implantação e operação da atividade, a delimita-
ção das áreas a serem direta ou indiretamente afetadas pelos impactos e
a compatibilidade com outros planos e programas governamentais.
O conteúdo do EIA e respectivo RIMA, a ser proposto previa-
mente por meio de um Termo de Referência, deve ser estabelecido
conforme as orientações previstas no Manual para Elaboração de Es-
tudos Ambientais (CETESB, 2014). Além de informações básicas sobre
o empreendedor e o empreendimento, são elementos fundamentais do
escopo de um EIA:
Justificativas do Empreendimento – presentar as justificativas
econômicas e socioambientais da implantação do empreendimento.
Esta justificativa pode ser embasada em dados sobre a demanda a ser
atendida, bem como nos resultados de estudos de viabilidade;
Estudos de Alternativas – apresentar as alternativas tecnológi-
cas e locacionais para implantação do empreendimento e a análise que
culminou com a escolha da alternativa selecionada no estudo ambiental;
Compatibilidade Com Planos, Programas e Projetos – descre-
ver os planos e programas governamentais nas esferas municipal, esta-
dual e federal, bem como projetos públicos e privados propostos e em
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

implantação na área de influência do empreendimento, e sua compa-


tibilidade com o empreendimento. Dessa forma, devem-se analisar os
eventuais conflitos entre o empreendimento e tais planos, programas
e projetos, assim como as alternativas para solucioná-los, se possível;
Caracterização do Empreendimento – descrição e apresenta-
ção de todos os elementos e componentes da infraestrutura que inte-
gram o empreendimento, com a incorporação de plantas, ilustrações,
tabelas e anexos que venham a tornar a descrição do empreendimento
clara e coesa.
Devem-se caracterizar todas as intervenções previstas para a
implantação do empreendimento, com quantitativos e informações es-
pecializadas, incluindo os procedimentos construtivos e as informações
41
sobre a operação.
Áreas de Influência – conforme o art. 5 da Resolução do CO-
NAMA 01/86, o EIA deve contemplar os limites da área a ser direta
ou indiretamente afetada pelos aspectos ambientais, considerando, em
todos os casos, os corpos d’água presentes na região em que está loca-
lizada. São comumente consideradas nos estudos três áreas:
1) Área Diretamente Afetada (ADA) - corresponde à área que
sofrerá a ação direta da implantação e operação do empreendimento.
2) Área de Influência Direta (AID) - corresponde à área que so-
frerá os impactos diretos de implantação e operação do empreendimento.
3) Área de Influência Indireta (AII) - corresponde à área real ou
potencialmente sujeita aos impactos indiretos da implantação e opera-
ção do empreendimento.
Diagnóstico Ambiental – informações sobre os principais as-
pectos dos meios físico, biótico e socioeconômico das áreas de influên-
cia, que serão passíveis de alterações significativas em decorrência do
projeto, em suas fases de planejamento, implantação e operação.
Além da descrição textual, as informações devem ser apresen-
tadas em mapas temáticos ou outros meios de visualização espacial de
forma a permitir o entendimento do contexto em que se insere o em-
preendimento e facilitar sobreposição e interação entre vários aspectos
ambientais estudados.
O nível de aprofundamento do diagnóstico ambiental poderá ser
diferenciado, podendo, por exemplo, ser superficial para a AII e detalhado
para a ADA do empreendimento, especialmente para os fatores ambientais
que sofrerão maiores alterações com a implantação do empreendimento.
Identificação e Avaliação dos Impactos – consiste em identificar
e avaliar, com as devidas quantificações e espacializações, os impactos
ambientais decorrentes das atividades de planejamento, implantação e
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

operação do empreendimento proposto. Deve-se basear a avaliação de


impactos ambientais na análise conjunta das informações apresentadas
na caracterização do empreendimento e dos dados do ambiente em
que o projeto será instalado, apresentados no diagnóstico ambiental.
Programas de Mitigação, Monitoramento e Compensação – pla-
nos e Programas Ambientais contendo medidas preventivas, mitigadoras
e/ou compensatórias associadas a cada impacto negativo identificado e
analisado, relacionando-as com a regulamentação a ser atendida.

Relatório de Impacto Ambiental

Para o caso de EIA, conforme o Artigo 9º da Resolução do


42
CONAMA 01/86, deve ser apresentado em volume separado o Relatório
de Impacto Ambiental (RIA) RIMA, refletindo as informações do estudo.
O RIMA deve ser desenvolvido de forma objetiva e adequada à
sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, ilustradas por infográficos, mapas, cartas, quadros, gráficos
e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam en-
tender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as
consequências ambientais de sua implementação.
O conteúdo do estudo ambiental por meio de um RAP também
deve ser definido pelo Manual para Elaboração dos Estudos Ambientais.
Contudo, não é necessária a aprovação do Termo de Referência, caben-
do ao empreendedor utilizar o nível de detalhamento do diagnóstico mais
apropriado ao projeto, considerando a vulnerabilidade do meio a ser afeta-
do. Contudo, a realização de um RAP dispensa a apresentação de RIMA.
Além de dados administrativos sobre o empreendedor e o em-
preendimento, os formulários de EAS solicitam dados de caracterização
do empreendimento, caracterização da área afetada e dos impactos
ambientais, conforme exemplo a seguir (CETESB, 2014):

Caracterização do Empreendimento / Atividade

• Características técnicas.
• Obras e ações inerentes à sua implantação.
• Município (s) afetado (s).
• Mão de obra necessária para sua implantação.
• Indicadores do porte (área, produção, etc.).
• Mão de obra necessária para implantação e operação.
• Cronograma de implantação. RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

• Valor total do investimento.

Caracterização Geral do Local

• Bacia hidrográfica.
• Corpos d’água e respectiva classe de uso.
• Declividade da área.
• Presença de terrenos alagadiços ou sujeito a inundação.
• Suscetibilidade do terreno a erosão.
• Cobertura vegetal na área afetada pelo empreendimento (ha).
• Presença de fauna nativa na região.
• Unidades de conservação.
43
• Uso do solo no entorno.
• Interferência sobre equipamentos urbanos.
• Indícios de vestígios arqueológicos, históricos, ou artísticos
na área afetada.

Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

• Processos erosivos associados à implantação do empreen-


dimento.
• Degradação da qualidade das águas superficiais ou subter-
râneas.
• Corpos d’água afetados.
• Supressão de cobertura vegetal nativa.
• Interferência em áreas de preservação permanente (quantificar).
• Interferência sobre infraestruturas urbanas.
• Conflito de uso do solo.
• Conflito de uso da água.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

44
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2023 Banca: Objetiva Concursos Prova: Objetiva Concursos
- Prefeitura de Eugênio de Castro - Licenciador Ambiental – 2023
De acordo com a resolução CONAMA nº 001/1996, assinalar a alter-
nativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:
Os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do
____________ deverão compatibilizar os processos de licencia-
mento com as etapas de planejamento e implantação das ativida-
des modificadoras do meio ambiente, respeitados os critérios e
diretrizes estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a na-
tureza, o porte e as peculiaridades de cada atividade.
a) CONAMA
b) RIMA
c) SISNAMA
d) IBAMA

QUESTÃO 2
Ano: 2023 Banca: Objetiva Concursos Prova: Objetiva Concursos
- Prefeitura de Eugênio de Castro - Licenciador Ambiental – 2023
Em conformidade com a Lei Estadual nº 10.330/1994, NÃO compete
ao Conselho Estadual do Meio Ambiente:
a) Estabelecer diretrizes para a conservação e preservação dos recur-
sos e ecossistemas naturais do Estado.
b) Elaborar e aprovar seu regimento interno.
c) Colaborar na fixação das diretrizes para a pesquisa científica nas
áreas de conservação, preservação e recuperação do meio ambiente e
dos recursos naturais.
d) Expedir alvarás ou licenças para novos empreendimentos imobiliários.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

QUESTÃO 3
Ano: 2023 Banca: Objetiva Concursos Prova: Objetiva Concursos
- Prefeitura de Eugênio de Castro - Licenciador Ambiental – 2023
Sobre as seguintes licenças ambientais, que poderão ser expedi-
das isolada ou separadamente, analisar os itens:
I. Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamen-
to de empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e
concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próxi-
mas fases de sua implementação.
II. Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação de empreendi-
45
mento ou atividade de acordo com as especificações constantes
dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as me-
didas de controle ambiental e demais condicionantes, das quais
constituem motivo determinante.
III. Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do
que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para a operação.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Somente os itens I e III.
b) Somente os itens II e III.
c) Somente o item III.
d) Todos os itens.

QUESTÃO 4
Ano: 2023 Banca: Fundação Universidade Empresa de Tecnologia
e Ciências - FUNDATEC Prova: FUNDATEC - Prefeitura de Nova
Santa Rita - Licenciador Ambiental – 2023
De acordo com a Portaria da FEPAM nº 12/2020, o prazo máximo
de validade do MTR é de 60 dias da data da sua emissão, a partir
da qual haverá o seu cancelamento automático pelo sistema, im-
pedindo o recebimento do mesmo. Nesse contexto, quem tem o
dever de proceder à baixa do MTR?
a) Gerador.
b) Transportador.
c) Destinador.
d) Poder Público Municipal.
e) FEPAM.

QUESTÃO 5
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Ano: 2023 Banca: Objetiva Concursos Prova: Objetiva Concursos


- Prefeitura de Eugênio de Castro - Licenciador Ambiental – 2023
Considerando-se a Resolução CONAMA nº 237/1997, o Poder Pú-
blico, no exercício de sua competência de controle, expedirá as
seguintes licenças:
I. Licença Prévia.
II. Licença de Inspeção.
III. Licença de Operação.
Estão CORRETOS:
a) Somente os itens I e II.
b) Somente os itens I e III.
c) Somente os itens II e III.
46
d) Todos os itens.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Quais são os pontos básicos propostos pelo EIA para que se faça estu-
do e avaliação específica?

TREINO INÉDITO
Os elementos mínimos obrigatórios do EIA e do RIMA são, respec-
tivamente:
a) Descrição dos efeitos esperados após as medidas mitigadoras, iden-
tificando os impactos não corrigíveis e o grau de alteração esperado;
medidas mitigadoras.
b) Listagem sintética dos resultados do diagnóstico ambiental da área
de influência do projeto; análise dos impactos ambientais do projeto e
de suas alternativas.
c) Objetivos e justificativas do projeto; cenário futuro da qualidade am-
biental na área de influência do empreendimento.
d) Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto; programas de
acompanhamento e monitoramento.
e) Programas de acompanhamento e monitoramento; diagnóstico am-
biental da área de influência do projeto.

NA MÍDIA
EMPRESAS INTENSIFICAM CUIDADOS COM LICENÇA AMBIEN-
TAL E PREVINEM SANÇÕES
Empresas de diversos setores no Brasil redobram atenção sobre o venci-
mento da licença ambiental. O documento, emitido por órgãos competen-
tes, autoriza os empreendimentos potencialmente poluidores a funcionar.
A não renovação resulta em sanções previstas em lei e, em casos mais
graves, na suspensão das operações. Diante disso, é válido compreen-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

der os riscos e as consequências que a falta de conformidade com as


normas ambientais pode acarretar.
Instituído pela Lei nº 6.938 em 31 de agosto de 1981, o licenciamen-
to ambiental é um dos principais instrumentos da Política Nacional de
Meio Ambiente, cujo objetivo é promover a melhoria, preservação e es-
tabelecimento de padrões de qualidade ambiental no país.
Fonte: Folha de Vitória
Data: 08 de agosto de 2023
Leia a notícia na íntegra:
https://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/08/2023/empresas-intensi-
ficam-cuidados-com-licenca-ambiental-e-previnem-sancoes

47
NA PRÁTICA
O Licenciamento Ambiental é um instrumento legal utilizado pelos ór-
gãos públicos, e tem como objetivo o controle ambiental. Desta forma,
o licenciamento ambiental é caracterizado como o procedimento que
autoriza ou não as atividades de uma determinada empresa. O Órgão
Público Ambiental, através deste procedimento autoriza e acompanha o
desenvolvimento das atividades que causam danos ao meio ambiente,
ou que podem vir a causar danos.
As ferramentas do licenciamento ambiental constituem: as Licenças
Prévias, Licenças de Instalação, e Licenças de Operação. Porém, para
a obtenção da licença ambiental, muitas vezes, os empreendimentos
têm a necessidade de elaborar estudos ambientais, como o EIA/RIMA,
o EAS, e o RAP.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

48
RELATÓRIOS COMPLEMENTARES

EXIGÊNCIAS AMBIENTAIS RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

A Legislação Brasileira exige, para instruir o Processo de Licen-


ciamento Ambiental de algumas atividades, obras ou empreendimentos,
a apresentação de estudos ambientais prévios, destinados a avaliar os
efeitos das mesas sobre o meio ambiente.
A legislação Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, no art.
8º, já previa a elaboração de estudos das alternativas e das possíveis
consequências ambientais de projetos públicos ou privados e os estu-
dos de impacto ambiental, remetendo ao CONAMA a competência para
determinar as hipóteses de exigibilidade deles.
Essa exigência dos estudos ambientais foi recepcionada e
consagrada pela Constituição Federal/88, não havendo, entre os doutri-
49
nadores ou em decisões judiciais, nenhuma manifestação discordante
quanto a sua exigibilidade para a autorização da implantação das ativi-
dades relacionadas.
A previsão para a exigência encontra-se, portanto, na Constitui-
ção Federal/88, art. 225, 1º, IV que enumera entre as incumbências do
Estado para assegurar a efetividade do meio ambiente ecologicamente
equilibrado “Exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou ativi-
dade potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que dará publicidade”.
O CONAMA, na resolução n.º 237, de 19 de dezembro de
1997, em seu artigo 1, define esses estudos ambientais como sendo os
estudos referentes à localização, instalação, operação e ampliação de
uma empresa, apresentado como documento técnico que fundamenta e
possibilita a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental,
plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

ESTUDOS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES

Estudos Ambientais são todos e quaisquer estudos relativos


aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, ope-
ração e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado
como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relató-
rio ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental
preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recupera-
ção de área degradada e análise preliminar de risco.
Para iniciar o processo de licenciamento ambiental, os empre-
endimentos devem elaborar diversos estudos ambientais complemen-
tares aos estudos padrões citados no capítulo anterior onde estes es-
tudos ambientais são denominados como documentos técnicos. Estes
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

estudos são apresentados ao órgão ambiental no qual há a requisição


da licença, durante o processo de licenciamento.
O licenciamento ambiental é um dos mais importantes mecanis-
mos de controle, pois é através deste que o Poder Público estabelece con-
dições e limites ao exercício de determinada atividade. No Brasil antecede
a própria Constituição Federal de 1988 ele foi instituído pela Lei 6.938/81,
que criou a Política Nacional do Meio Ambiente. Contudo, a Constituição
Federal recepcionou esta Lei, e inovou ao estabelecer a competência
ambiental comum dos entes federativos, e elevou à condição de preceito
constitucional a proteção e defesa do Meio Ambiente (BRASIL, 2009).
Cabe à União estabelecer normas gerais, ou seja, fixar parâ-
metros mínimos de proteção ao meio ambiente que deverão ser obser-
50
vados pelos demais entes federativos. Aos Estados e ao Distrito Federal
incumbe legislar suplementarmente, adaptando as normas jurídicas às
peculiaridades regionais (BRASIL, 2009).
O art. 24 da Constituição Federal Brasileira exclui dos municí-
pios a competência legislativa em matéria ambiental. Porém, da inter-
pretação do art. 30 da Constituição Federal depreende-se que cabe aos
Municípios legislar sobre assuntos de interesse local (inciso I) e de forma
suplementar a legislação federal e estadual no que couber (inciso II), não
especificando a matéria. Desta forma, mesmo em matéria de meio am-
biente, caberá aos Municípios legislar sobre temas de interesse local.

Mesmo que haja subdivisão das diretrizes que cada ente


governamental legisla, não há hierarquia definida entre eles, pois
cada ente possui autonomia entre si.

Os documentos técnicos exigidos por estes órgãos visam à aná-


lise da viabilidade ambiental do projeto em questão, estabelecendo o com-
promisso da empresa em relação aos impactos que ela pode causar sob
o meio ambiente. As medidas estabelecidas nestes documentos objetivam
a diminuição e o controle dos efeitos gerados nas fases de implantação e
operação, e também, a otimização dos impactos positivos decorrentes.
Contudo, para atingir estes objetivos, os documentos técnicos
devem ser adequados às características do local e da região onde o
empreendimento será implantado.
Segundo o IBAMA, os principais estudos ambientais exigidos
para o licenciamento ambiental podem variar de acordo com o grau de
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

poluição, porte, e setor de atividade da empresa, sendo eles.


Toda via, existem casos em que se verifica que o empreendi-
mento não é potencialmente gerador de impactos significativos, e as-
sim, o IBAMA tem competência a partir da ficha de caracterização da
atividade, definir a necessidade de elaboração destes estudos ambien-
tais, conforme estabelece o artigo 3 da Resolução CONAMA 237/97.

O Órgão Ambiental competente, verificando que a ativida-


51
de ou empreendimento não é potencialmente causador de signifi-
cativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambien-
tais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento.

Relatório Ambiental Simplificado - RAS

O Relatório Ambiental Simplificado (RAS) foi estabelecido pela


Resolução CONAMA 279/01, com o intuito de acelerar o procedimento
de licenciamento ambiental das obras de infraestrutura e geração de
energia. Desde então adotado pelos Órgãos Ambientais Estaduais, Mu-
nicipais e Federais o RAS passou a apresentar aplicações a diversos
setores de atividades.
Elaborado no momento da solicitação da LP e com equipe mul-
tidisciplinar, possui um termo de referência mais compacto em com-
paração ao EIA/RIMA, pois não exige a sazonalidade da captura de
fauna, e sendo muitas vezes elaborado apenas com dados secundários
e visitas a campo além de não necessitar obrigatoriamente da audiência
pública. (BRASIL, 2009).
O Relatório Ambiental Simplificado aplica-se a empreendimen-
tos que devem passar pelo licenciamento ambiental completo (LP, LI e
LO), porém possuem (em virtude as suas dimensões) potencial poluidor
de médio e pequeno porte.

O RAS é elaborado unicamente por empresas de pequeno


e médio porto, que podem causar impacto ambiental, mediante de-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

finição do órgão ambiental competente, fundamentada em parecer


técnico.

São estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à


localização, instalação e operação de novos empreendimentos habita-
cionais, incluindo as atividades de infraestrutura de saneamento bási-
co, viária e energia, apresentados como subsídio para a concessão da
licença requerida, que conterá, dentre outras, as informações relativas
ao diagnóstico ambiental da região de inserção do empreendimento,
sua caracterização, a identificação dos impactos ambientais e das me-
didas de controle, de mitigação e de compensação.
Desta forma, o RAS compõe-se dos estudos relacionados à
52
localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou em-
preendimento, apresentado como subsídios para a concessão da LP,
contendo as informações relativas ao diagnóstico ambiental do local, e
demais características dos aspectos ambientais, bem como as medidas
de controle pertinentes. O CONAMA determina que como conteúdo mí-
nimo, este relatório deve contemplar:

Identificação da Propriedade:

a) Nome do imóvel;
b) Nome do proprietário;
c) Município;
d) Área total;
e) Área averbada;
f) Modalidade de averbação;
g) Vinculação ou não de projeto/licença/autorização junto ao
órgão ambiental competente.

Situação do Imóvel:

( ) Explorado pelo proprietário;


( ) Abandonado;
( ) Ocupado por agricultores sem-terra;

Vegetação:

a) Bioma e Ecossistemas associados; RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

b) Reserva Legal – área existente e seu estado de conservação;


c) Áreas de Preservação Permanente – área existente e seu
estado de conservação;
d) Estágios sucessionais das florestas
e) Várzeas (ha);
f) Florestas Públicas (ha).

Solos:

• Aspectos restritivos ao uso agrícola;


• Relevo;
• Erosão (visualmente detectável) - laminar, sulcos, voçoroca.
53
Recursos Hídricos

• Bacia hidrográfica;
• Cursos d’água (denominação, largura etc.);
• Ocorrência de mananciais;
• Presença de açudes;
• Disponibilidade hídrica (quantidade/qualidade);
• Outras observações.
Outros Aspectos Ambientais
• Destino das embalagens de agrotóxicos.
• Queimadas.
• Fauna.
Diagnostico e Prognostico Ambiental – descrição dos prováveis
impactos ambientais e socioeconômico da implantação e operação da
atividade, considerando o projeto, suas alternativas, tempo de incidên-
cia métodos, técnicas e critérios para sua identificação, quantificação e
interpretação.
Medidas Mitigadoras e Compensatórias – identificando os im-
pactos que não possam ser evitados; Recomendação quanto à alternativa
mais favorável; Programa de acompanhamento, monitoramento e controle.
Conclusões e Recomendações – detalhamento da área passí-
vel de utilização agropecuária e florestal, recomendação de localização
de reserva legal, localização das áreas de preservação permanente,
indicando existentes e faltantes, entre outros.
Documentos Anexos – mapas, em escala adequada, fotogra-
fias aéreas, imagens de satélite.

Relatório de Controle Ambiental - RCA


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

O Relatório de Controle Ambiental (RCA) compõe-se de estudos


relativos aos aspectos ambientais de uma atividade ou um empreendimen-
to que não gera impactos significativos, e que contém informações como: a
caracterização do ambiente em que se pretende instalar, critérios do plano
diretor municipal, alvarás e documentos e plano de controle ambiental.
O RCA é um dos documentos que acompanha o requerimento
de licença quando não há exigência de EIA/RIMA. Seu conteúdo cons-
titui-se numa série de informações, levantamentos e estudos que visam
à identificação de não conformidades legais e de impactos ambientais,
efetivos ou potenciais, decorrentes da instalação e do funcionamento do
empreendimento para o qual está sendo solicitada a licença.
O RCA é exigido pela Resolução CONAMA N.º 010/90, na hipó-
54
tese de dispensa do EIA/RIMA para a obtenção da LP. Deve ser elaborado
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo órgão ambiental competen-
te. Conforme art. 4º da Resolução CONAMA 010/90 (BRASIL, 2009), este
relatório deve ser elaborado obedecendo ao seguinte roteiro básico:
Dados do Empreendedor, do Técnico/Empresa Responsável
pelo RCA/PCA e do Empreendimento:
a) Nome/Razão social, CPF/CNPJ, Inscrição Estadual;
b) Informação para contato e Correspondência (endereço e te-
lefone);
c) Título e Registro Profissional;
d) Localidade;
e) Bacia Hidrográfica (mencionar a bacia ou microbacia hidro-
gráfica da qual faz parte a área do empreendimento);
f) Áreas: área requerida, de lavra, construída e de atividade
ao ar livre (lavra beneficiamento e pátios de estocagem e manobras de
veículos e máquinas);
g) Funcionários e período de trabalho no setor produtivo;
h) Data prevista para início das atividades.
Localização do Empreendimento – informar a localização ge-
ográfica e acessos para a área do empreendimento, representando-as
em mapa de localização em escala compatível, demonstrando a área
de influência direta do empreendimento;
Relação de Máquinas e Equipamentos – especificar a quanti-
dade, o tipo, a capacidade e a potência;
Combustíveis Utilizados – indicar o tipo de combustível para quei-
ma, o consumo médio mensal e os equipamentos/dispositivos de queima;
Efluentes Líquidos – indicar a origem do efluente se é sanitário,
beneficiamento mineral, entre outros; a estimativa de quantidade (m3/
dia); o tratamento e a disposição final; RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Resíduos Sólidos – especificar o tipo de resíduo, a estimativa


de quantidade (kg/dia), o tipo de coleta e o tratamento/disposição;
Previsão Dos Volumes De Produção – especificar os volumes
de produção previstos, em quantidade média mensal;
Situação Legal do Empreendimento – descrever a situação le-
gal do empreendimento, junto à Prefeitura local e outros órgãos envolvi-
dos no licenciamento objeto deste pedido, quando for o caso.

Diagnóstico Ambiental:

• Descrever o local do empreendimento e seu entorno, quanto à


geologia (regional e local), à geomorfologia, aos tipos de solo, aos recursos
55
hídricos, à vegetação existente, à fauna correlata, às áreas de preservação
permanente, à área de reserva legal e aos aspectos socioeconômicos;
• Apresentar mapas temáticos geologia, geomorfologia, solos
etc., e ilustrar com fotos atuais os aspectos gerais do empreendimento;
• Apresentar também mapa georreferenciado contendo a pro-
jeção da área a ser efetivamente lavrada durante a vigência da licença,
área de bota-fora e delimitação das propriedades rurais inseridas na área.
Atividades Produtivas – descrever as atividades a serem de-
senvolvidas e os procedimentos operacionais. Fazer fluxograma de pro-
dução e Layout da área;
Identificação, Análise e/ou Avaliação dos Impactos Ambientais
(Prognóstico Ambiental) – identificar e analisar os impactos ambientais que
serão gerados pelas atividades do empreendimento. No caso de empreen-
dimento que já iniciou suas atividades, deverá ser realizada uma avaliação
dos impactos ambientais gerados pelas atividades do empreendimento,
para uma melhor elaboração do Plano de Controle Ambiental e, se for o
caso, de um Plano de Recuperação Ambiental da Área Degradada.

Deve ser apresentada uma cópia digital dos documentos


requeridos pelo órgão ambiental, para anexar ao processo de li-
cenciamento.

Plano de Controle Ambiental - PCA

O Plano de Controle Ambiental (PCA) contempla os projetos de


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

minimização dos impactos ambientais avaliados no EIA/RIMA e entregues


para a obtenção da LP. Este é um estudo que tem por objetivo identificar e
propor medidas mitigadoras aos impactos gerados por empreendimentos
de médio porte. Sua elaboração se dá durante a Licença de Instalação (LI).
O Plano é exigido pela Resolução CONAMA n.º 009/90 para a
concessão da LI de atividade de extração mineral de todas as classes,
porém, também tem sido exigido para o licenciamento de outros tipos
de atividades (BRASIL, 2009).
O PCA deverá descrever eventuais compatibilidades e/ou in-
compatibilidades avaliadas à luz de todas as normas legais aplicáveis
à tipologia de atividade que está sendo analisada, não bastando a sim-
ples enunciação das leis, decretos, resoluções, portarias e outras ins-
56
truções existentes.

O empreendedor deve atender todas as exigências das Re-


soluções do CONAMA e das leis ambientais e seus regulamentos
e, as demais exigências contidas no Termo de Referência para ela-
boração e apresentação do PCA.

O Plano de Controle Ambiental deve obedecer ao roteiro bási-


co proposto adiante para sua elaboração. Considerando-se que o PCA
vai integrar o processo em que já consta o RCA, é importante destacar
que as informações já fornecidas no RCA não devem ser reapresenta-
das, exceto quando ocorrerem alterações na proposta original.
Proposição de Medidas de Controle e Mitigação dos Impactos
Ambientais - Deve conter os projetos executivos e programas de implan-
tação das medidas de controle, minimização e/ou correção dos impactos
ambientais negativos avaliados na fase da LP, bem como as de recupera-
ção das áreas degradadas, se for o caso. Este item deve abordar:
• Medidas de controle da poluição das águas;
• Medidas de controle para sistema de captação de água;
• Medidas para sistema de controle de erosões;
• Medidas para disposição de resíduos sólidos;
• Medidas de controle da poluição atmosférica;
• Medidas de controle do uso de produtos químicos;
• Medidas de proteção da flora e fauna;
• Medidas de proteção da saúde humana;
• Medidas de revegetação da área.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Plano de Acompanhamento e Monitoramento – Elaborar pla-


nos de acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais
decorrentes das atividades do empreendimento – monitoramento das
águas, de sedimentos e do uso de produtos químicos;
Cronograma de Execução – elaborar um cronograma de exe-
cução do plano de controle ambiental, demonstrando em que período
deve ser executado as medidas mitigadoras e os planos de acompa-
nhamento e monitoramento, durante as fases de instalação, operação e
desativação do empreendimento;
Conclusões e Recomendações – fazer as conclusões e/ou re-
comendações sobre o desenvolvimento do empreendimento com re-
lação ao meio ambiente, e se possível, descrever a relação custo x
57
benefício do ônus e benefícios sociais e ambientais do empreendimento
e de sua área de influência.
Memorial Fotográfico da Área.
Bibliografia – relacionar as referências bibliográficas utilizadas
conforme as normas da ABNT.

Projeto Básico Ambiental - PBA

O Projeto Básico Ambiental (PBA) é o documento que apre-


senta, detalhadamente, todas as medidas de controle e os programas
ambientais propostos no EIA. Deve ser apresentado para a obtenção
da Licença de Instalação. As medidas de controle e/ou monitoramento
ambiental devem ser apresentadas na forma de subprogramas.
O Projeto Básico Ambiental (PBA) é determinado pela Reso-
lução CONAMA nº 006, de 16/09/87, e deverá apresentar um detalha-
mento de todos os programas e projetos ambientais previstos, ou seja,
aqueles provenientes do EIA/RIMA, bem como os considerados per-
tinentes pelo órgão licenciador. Constitui-se em um dos documentos
base para a obtenção da Licença de Instalação-LI (BRASIL, 2009).
A elaboração e entrega do PBA são condicionantes para o re-
querimento da LI de empreendimentos imobiliários sujeitos ao licencia-
mento ambiental municipal.

O Plano Básico Ambiental (PBA) deverá ser elaborado por


profissionais técnicos habilitados e apresentado para análise da
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Secretaria de Meio Ambiente e Bem-estar Animal - SEMA, em uma


via impressa e 01 uma via digital em formato PDF, sendo arquivo
salvo em CD.

O PBA deve apresentar informações sobre o cenário do em-


preendimento e indicar o contexto da elaboração e execução do mes-
mo, tendo em vista as informações apresentadas Relatório Ambiental
Preliminar (RAP).
Informações Gerais do Empreendedor, Empreendimento, e
Responsável Técnico.
Caracterização do Empreendimento – apresentar, resumidamen-
te, informações relativas à concepção, dimensionamento e características
58
técnicas dos elementos componentes do empreendimento imobiliário;
Caracterização do Processo Construtivo – indicar, de forma
sucinta, todas as etapas e informações referentes ao processo constru-
tivo do empreendimento, incluindo recursos humanos, insumos, equipa-
mentos, ferramentas, métodos construtivos, mobilização e desmobiliza-
ção de canteiro de obras.
Programas Ambientais – o Plano Básico Ambiental deverá
apresentar os seguintes subprogramas:
• Subprograma de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
Construção Civil (PGRCC);
• Subprograma de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho;
• Subprograma de Controle de Emissão de Gases e Materiais
Particulados;
• Subprograma de Controle de Ruídos e Vibrações;
• Subprograma de Gerenciamento de Efluentes Líquidos dos
Canteiros de Obras;
• Subprograma de Educação Ambiental;
• Subprograma de Monitoramento da Fauna;
• Subprograma de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD.
Sendo que cada subprograma deverá conter, necessariamen-
te, os seguintes itens:
a) Justificativa;
b) Objetivos;
c) Metas;
d) Indicadores Ambientais;
e) Público-Alvo;
f) Metodologia;
g) Acompanhamento e avaliação;
h) Cronograma físico de execução.
Equipe Técnica Responsável – identificar todos os profissio-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

nais habilitados responsáveis envolvidos na elaboração do Plano Bási-


co Ambiental.
Referências – deverá ser apresentada a relação de todas as
obras citadas nos estudos, seguindo-se as normas da ABNT para apre-
sentação das referências bibliográficas.
Anexos:
a) Via do Documento de Responsabilidade Técnica;
b) Mapas, Plantas e Demais anexos pertinentes ao PBA.

59
Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais - RDPA

Segundo o Inciso II do art. 2º da Resolução CONAMA 279 o


Relatório de Detalhamento de Programas Ambientais (RDPA) é o do-
cumento que apresenta detalhadamente, todas as medidas mitigatórias
e compensatórias e os programas ambientais propostos no Relatório
Ambiental Simplificado (RAS).
O RDPA deverá ser elaborado no momento de solicitação da
Licença Ambiental de Instalação, atendendo a todos os pré-requisitos
da Licença Prévia e evitando que o empreendedor tenha problemas re-
lacionados à falta de gerenciamento de possíveis impactos ambientais
durante as fases de implantação e operação de seu empreendimento.
(BRASIL, 2009).
O Relatório de Detalhamento de Programas Ambientais deverá
ser elaborado por equipe multidisciplinar constituída por profissionais das
áreas do meio físico, biológico e socioeconômico e com o apoio do empre-
endedor tendo como objetivo diagnosticar todas as características da área
de implantação e as possíveis interferências positivas e negativas decor-
rentes do planejamento, implantação e operação do empreendimento.

O IBAMA define que assim como o RAS, este relatório é


utilizado somente para empreendimentos com impacto ambiental
de pequeno porte.

O RDPA apresenta, de forma detalhada, os programas ambien-


RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

tais e todas as medidas de controle dos impactos ambientais que foram


propostas no RAS e que deverão ser executadas pelo empreendimento.
Objetivos:
• Determinar quais são os programas ambientais e as medidas
mitigadoras e de controle ambiental que devem ser executadas pelo
empreendimento durante sua fase de instalação e operação;
• Apresentar as diretrizes e os métodos empregados na execu-
ção de cada programa de mitigação, controle e monitoramento ambien-
tal, que serão conduzidos durante as fases de instalação e operação do
empreendimento.

60
Metodologia Utilizada:

• Profissionais especializados e legalmente habilitados para a


elaboração do Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais.
• Elaboração do RDPA através de ampla pesquisa bibliográfica.
• Abrangência dos meios físico, biótico e socioeconômico.
• Apresentação do RDPA aos órgãos ambientais responsáveis.

Plano de Recuperação de Áreas Degradas – PRAD

O Plano de Recuperação de Áreas Degrada (PRAD) é utiliza-


do, geralmente, para a recomposição de áreas degradadas por ativida-
des de mineração. Pode ser solicitado na regularização de obras não
licenciadas ou agregada ao Plano de Controle Ambiental, para emissão
da Licença de Instalação ou Licença de Operação (BRASIL, 2009).
Este Plano é incluído juntamente com outras medidas de contro-
le ambiental, definidas no âmbito do EIA, no caso de empreendimentos
cujas obras demandem materiais de empréstimo e necessitem de bota-
-fora para destino de rejeitos e excedentes de materiais de construção.
- Estrutura Básica Para Apresentação.
- Apresentação da Equipe Técnica.
- Introdução.
Tabela Resumo dos Programas e Subprogramas Ambientais –
apresentar tabela resumo dos programas e subprogramas ambientais
contendo no mínimo:
• Meio (físico, biótico e antrópico);
• Programa;
• Objetivo do Programa;
• Subprograma;
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

• Objetivo do subprograma;
• Impactos relacionados;
• Fase de implementação.
Detalhamento dos Programas Ambientais – os programas de-
verão ser separados por meio: físico, biótico e antrópico. Para cada
um dos programas ambientais apresentados no RAS, apresentar as se-
guintes informações:
• Programa;
• Subprograma;
• Considerações iniciais;
• Justificativa;
• Objetivos gerais e específicos;
61
• Descrição das atividades;
• Responsável pela implantação;
• Sinergia com outros programas;
• Cronograma do subprograma;
• Orçamento e fonte dos recursos para implementação dos pro-
gramas;
• Ambientais;
• Detalhamento do Plano de Acompanhamento e Monitoramen-
to do Subprograma;
- Conclusão
- Bibliografia
Anexos – cópias das ART’s dos profissionais envolvidos nos
estudos, separados por categoria profissional e por área de atuação no
estudo Meio Físico, Biótico e Antrópico.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

62
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2021 Banca: Fundação Getúlio Vargas – FGV Prova: FGV - IM-
BEL - Engenheiro - Área Meio Ambiente - 2021
Assinale a opção que apresenta o relatório exigido no licenciamen-
to ambiental de empreendimentos de impacto ambiental de peque-
no porte, que, normalmente, faz um diagnóstico ambiental da re-
gião onde se localizará o empreendimento.
a) Plano de Controle Ambiental.
b) Estudo de Impacto Ambiental.
c) Relatório de Impacto Ambiental.
d) Relatório de Controle Ambiental.
e) Relatório Ambiental Simplificado.

QUESTÃO 2
Ano: 2022 Banca: Fundação Universidade Empresa de Tecnologia
e Ciências – FUNDATEC Prova: FUNDATEC - AGERGS - Técnico
Superior - Área: Engenheiro Sanitarista – 2022
Relacione os estudos ambientais exigidos pelos órgãos ambien-
tais na Coluna 1 com suas definições na Coluna 2.
Coluna 1
1. Relatório Ambiental Simplificado (RAS).
2. Relatório de Controle Ambiental (RCA).
3. Plano de Controle Ambiental (PCA).
4. Projeto Básico Ambiental (PBA).
5. Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA).
Coluna 2
( ) Envolve todos os projetos executivos, citados no licenciamento
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

prévio do empreendimento ou atividade, propostos para mitigação


dos impactos ambientais.
( ) É solicitado para empreendimentos ou atividades que não ge-
rem impactos ambientais significativos, sendo seu conteúdo es-
tabelecido caso a caso. Este estudo apresenta a localização frente
ao plano diretor municipal, a caracterização da região de instala-
ção do empreendimento, alvarás e documentos similares, além do
plano de controle ambiental, contendo fontes de poluição ou de-
gradação e suas medidas de controle.
( ) Exigido no licenciamento ambiental de empreendimentos e ativi-
dades que possam causar significativos impactos ambientais.
( ) São apresentas, de forma detalhada, as medidas de controle e
63
os programas ambientais propostos.
( ) Pode ser exigido no licenciamento ambiental de empreendi-
mentos de impacto ambiental de pequeno porte, e normalmente
apresenta a caracterização do empreendimento, o diagnóstico am-
biental da região onde este se localizará, os impactos ambientais e
respectivas medidas de controle.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para
baixo, é:
a) 2 – 1 – 3 – 4 – 5.
b) 4 – 2 – 5 – 3 – 1.
c) 5 – 4 – 2 – 3 – 1.
d) 3 – 2 – 5 – 4 – 1.
e) 1 – 5 – 4 – 3 – 2.

QUESTÃO 3
Ano: 2022
Banca: Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo
- IBADE
Prova: IBADE - Prefeitura de Costa Marques - Engenheiro Ambien-
tal - 2022
Um dos principais documentos empregados em processos de li-
cenciamento ambiental no Brasil é o Relatório de Impacto Ambien-
tal, o qual reflete todas as conclusões apresentadas no(a):
a) avaliação de impacto ambiental.
b) plano de controle ambiental.
c) relatório de controle ambiental.
d) plano de recuperação de áreas degradadas.
e) estudo de impacto ambiental.

QUESTÃO 4
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

Ano: 2023 Banca: Fundação para o Vestibular da Universidade Es-


tadual Paulista – VUNESP Prova: VUNESP - Prefeitura de Sorocaba
- Engenheiro Florestal - 2023
Assinale a alternativa com o nome do documento que sintetiza as
conclusões do estudo de impacto ambiental, cujo termo equiva-
lente internacional é resumo não técnico. Sua denominação foi
dada pela regulamentação brasileira, sendo definido como um dos
instrumentos de avaliação de impacto ambiental. Ele é requisitado
para a aprovação da Licença Prévia.
a) Avaliação de Impacto Ambiental.
b) Estudo de Impacto Ambiental.
c) Relatório Preliminar Ambiental.
64
d) Relatório de Controle ambiental.
e) Relatório de Impacto Ambiental.

QUESTÃO 5
Ano: 2020 Banca: FUNDATEC Processos Seletivos – FUNDATEC
Prova: FUNDATEC - Prefeitura de Santiago do Sul - SC - Engenhei-
ro Civil - 2020
O licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta
do poder público para o controle ambiental. O processo para a ob-
tenção do documento é constituído de três tipos de licença: Licença
Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).
Cada uma deve ser apresentada em uma fase específica do proces-
so. O SEBRAE/RJ disponibiliza um Manual de Licenciamento Am-
biental em conformidade com a Lei Complementar nº 140/2011, que
fixa normas, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do
exercício da competência comum, relativas à proteção das paisa-
gens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à
poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas,
da fauna e da flora e com a Resolução CONAMA nº 237/1997, que
dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da União, Esta-
dos e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento;
Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de
Impacto Ambiental. Sendo assim, assinale a alternativa correta.
a) A LP e a LI não poderão ter os prazos de validade prorrogados.
b) Na etapa de LI, são deliberados todos os aspectos indicativos de
controle da empresa, atestando a sua viabilidade ambiental e estabele-
cendo os condicionantes básicos para a próxima fase.
c) O RCA – Relatório de Controle Ambiental deve ser apresentado na
fase de LO.
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

d) A licença poderá ser cancelada se a fiscalização ambiental constatar


descrição incompleta de dados nos documentos exigidos pelo órgão
ambiental para a concessão da autorização.
e) Os estudos EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório
de Impacto Ambiental são apresentados na etapa de LP.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Ao requisitar a licença ambiental, o Órgão Ambiental competente muitas
vezes exige do empreendimento a elaboração e apresentação de es-
tudos ambientais. Os principais estudos no processo de licenciamento
ambiental são: o EAS, RAP, e o EIA/Rima. Porém, o órgão ambiental
pode requerer outros estudos complementares. Desta forma, cite alguns
65
estudos ambientais adicionais que o empreendimento pode vir a elaborar.

TREINO INÉDITO
De acordo com a Resolução do CONAMA n.º 010, de 06 de dezem-
bro de 1990, na hipótese de dispensa do Estudo de Impacto Am-
biental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA)
para a obtenção de licença prévia de atividade de extração mineral
de jazida de emprego imediato na construção civil, o empreende-
dor deverá apresentar um:
a) Relatório de Controle Ambiental.
b) Relatório Ambiental Preliminar.
c) Projeto Básico Ambiental.
d) Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.
e) Plano de Controle Ambiental.

NA MÍDIA
EMPRESA AUSTRALIANA APRESENTA PRIMEIROS ESTUDOS DE
IMPACTO AMBIENTAL PARA PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO VERDE
NO CEARÁ
Em encontro articulado pelo Governo do Ceará, a empresa australia-
na Fortescue Future Industries, subsidiária da Fortescue Metals Group,
apresentou, na manhã dessa quarta-feira (19), os Estudos de Impacto
Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para licenciar
a produção de Hidrogênio Verde no Estado do Ceará.
O projeto a ser instalado no Complexo do Pecém é o primeiro da empresa
com os estudos EIARIMA no mundo, frisou Gianpaola Ciniglio, gerente
do Meio Ambiente da empresa. A iniciativa tem como objetivo utilizar a
vasta capacidade de energia solar e eólica do Ceará para a produção
sustentável de hidrogênio verde, contribuindo para a transição energética
e a redução das emissões de carbono. A apresentação dos estudos é um
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

marco significativo para a indústria de hidrogênio verde no Ceará.


Fonte: Ceará – Governo do Estado
Data: 21 de julho de 2023
Leia a notícia na íntegra:
https://www.ceara.gov.br/2023/07/21/empresa-australiana-apresenta-
-primeiros-estudos-de-impacto-ambiental-para-producao-de-hidroge-
nio-verde-no-ceara/

NA PRÁTICA
A Legislação Brasileira exige, para instruir o processo de licenciamento
ambiental de algumas atividades, obras ou empreendimentos, a apre-
sentação de estudos ambientais prévios, destinados a avaliar os efeitos
66
das mesas sobre o meio ambiente.
Esta exigência dos estudos ambientais culminou no desenvolvimento,
principalmente, do Estudo de Impacto Ambiental. Toda via o órgão am-
biental não se restringe apenas a este tipo de estudo ambiental, e as-
sim, exige também a apresentação de estudos complementares, como:
Relatório Ambiental Simplificado (RAS), Relatório de Controle Ambien-
tal (RCA); Plano de Controle Ambiental (PCA); Projeto Básico Ambiental
(PBA); Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA);
Plano de Recuperação de Áreas Degrada (PRAD).

RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

67
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Através de mecanismos como acordos ambientais, assistência técnica


e informação da população, o Governo coloca em prática os instrumen-
tos de informação e participação da população.
Acordos Ambientais: há a criação de acordos ambientais entre o gover-
no e demais grupos interessados. Estes acordos podem ser amplos ou
específicos, dependendo de seus objetivos, porém são fundamentados
na busca dos agentes em obter comprometimento com as questões
ambientais em troca de liberdade econômica.
Assistência técnica: fornecimento de conhecimento adicional em rela-
ção aos aspectos ambientais e impactos causados pelas atividades da
empresa, bem como a técnicas e ferramentas que auxiliem na preven-
ção e controle de danos ambientais. A principal característica da as-
sistência técnica está em educar as empresas, elaborando manuais,
guias, treinamentos, centros de informações, mecanismos para solucio-
nar dúvidas, entre outros.
Informação ao Público: divulgação de informações ambientais empre-
sariais é bastante proveitoso para a comunicação, educação e pressão
para o desenvolvimento sustentável. Este instrumento inclui tanto o for-
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

necimento de informações, quanto sua divulgação.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

68
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Os pontos básicos do EIA são: desenvolver uma compreensão daquilo que


está sendo proposto, o que será feito e o tipo de material usado; com-
preensão total do ambiente afetado, em que o ambiente biogeofísisco e/ou
socioeconômico será modificado pela ação; prever possíveis impactos no
ambiente e quantificar as mudanças, projetando a proposta para o futuro.

TREINO INÉDITO
Gabarito: D

RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

69
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Os estudos ambientais existentes são diversos, e variam de acordo com


o grau de poluição do empreendimento, o setor de atividade ao qual o
mesmo está inserido, e ao seu porte. Mas de forma geral, os órgãos
ambientais podem exigir que o empreendimento elaborasse: Relatório
Ambiental Simplificado (RAS); Relatório de Controle Ambiental (RCA);
Plano de Controle Ambiental (PCA); Projeto Básico Ambiental (PBA);
Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais (RDPA); e Plano
de Recuperação de Áreas Degrada (PRAD).

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
RELATÓRIOS AMBIENTAIS - GRUPO PROMINAS

70
ALMEIDA, L.T. O debate internacional sobre instrumentos de política
ambiental e questões para o Brasil. Encontro Nacional da Sociedade
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instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2007.

BRASIL. Lei n. 9605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções


penais e administrativas derivadas de lei de crimes ambientais, condutas
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planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm. Acesso em: 13 mar. 2019.

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