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CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

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CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Clarice Virgilio Gomes / Bianca Yureidini Santos

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
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um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-


ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professor: Herbet Filipe dos Santos Sousa


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Dispositivos de automação, como controladores programá-
veis, são sistemas e métodos que recebem instruções ou outra uni-
dade de interação de dados de um meio e fornecem instruções para
um sistema ou serviço apropriado para processamento, retornando,
opcionalmente, uma resposta como um conjunto de resultados. Um
controlador lógico programável (CLP) ou controlador programável é
um computador digital usado para a automação de processos eletro-
mecânicos, como controle de máquinas nas linhas de montagem de
fábricas, parques de diversão ou luminárias. CLPs são usados em
muitas indústrias e máquinas. Diferentemente dos dispositivos de fina-
lidade geral, o CLP foi projetado para várias entradas e saídas, faixas
de temperatura estendidas, imunidade a ruídos elétricos e resistência
a vibrações e impactos. Um CLP é um exemplo de sistema em tempo
real, pois os resultados da saída devem ser produzidos em resposta
às condições de entrada dentro de um tempo limitado, caso contrário,
resultará em operações não intencionais. Nesse sentido, a presente
unidade tem como finalidade integrar o aluno no âmbito da tecnologia
do CLP. Para tanto, serão apresentados os conceitos relacionados ao
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CLP, assim como sua evolução histórica, os processos de aquisição


de dados e aplicações práticas.

Engenharia. Automação Industrial. Controlador Lógico Programável.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS

Definições, Evolução e Características __________________________ 14

Sistemas e Comandos Analógicos e Digitais _____________________ 23

Recapitulando ________________________________________________ 26

CAPÍTULO 02
UNIDADE DE AQUISIÇÃO DE DADOS

Componentes de um Sistema de Aquisição de Dados ___________ 32

Interface com o Processo ______________________________________ 39

Programas e Protocolos ________________________________________ 41

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Recapitulando _________________________________________________ 43

CAPÍTULO 03
APLICAÇÕES COM O CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL

Classificação dos CLP _________________________________________ 49

Estados de Operação __________________________________________ 52

Práticas de Programação de CLP ______________________________ 55

Aplicações Práticas com Controlador Lógico Programável _______ 59

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Recapitulando __________________________________________________ 63

Fechando a Unidade ____________________________________________ 67

Considerações Finais ____________________________________________ 70

Referências _____________________________________________________ 71
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Automação industrial se refere ao uso de sistemas de controle
(como controle numérico, controle lógico programável e outros sistemas
de controle industrial), em conjunto com outras aplicações da tecnolo-
gia da informação (como tecnologias auxiliadas por computador CAD,
CAM, CAx), para controlar máquinas e processos industriais, reduzindo
a necessidade de intervenção humana.
No âmbito da industrialização, a automação é um passo além
da mecanização. Enquanto a mecanização forneceu aos operadores
humanos máquinas para ajudá-los com os requisitos musculares do tra-
balho, a automação reduz bastante a necessidade de requisitos senso-
riais e mentais humanos. Os processos e sistemas também podem ser
automatizados. Assim, a automação desempenha um papel cada vez
mais importante na economia global e na experiência diária.
Os engenheiros se esforçam para combinar dispositivos auto-
matizados com ferramentas matemáticas e organizacionais para criar
sistemas complexos para uma gama de aplicativos e atividades huma-
nas em rápida expansão. (ROCHA, 2008 p. 9).
Atualmente, muitos papéis para seres humanos em processos
industriais estão além do escopo da automação. O reconhecimento de
padrões no nível humano, o reconhecimento de idiomas e a capacidade
de produção de idiomas estão muito além das capacidades dos moder-
nos sistemas mecânicos e de computador. Tarefas que exigem avalia-
ção subjetiva ou síntese de dados sensoriais complexos, como aromas
e sons, bem como tarefas de alto nível, como planejamento estratégico,
atualmente exigem conhecimento humano.
Computadores reforçados e especializados, chamados de
controladores lógicos programáveis (CLP), são frequentemente usados
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para sincronizar o fluxo de entradas de (sensores) físicos e eventos com
o fluxo de saídas para atuadores e eventos. Isso leva a ações controla-
das com precisão que permitem um controle rígido de quase todos os
processos industriais. (ROCHA, 2008 p. 10).
Diante do exposto, a presente unidade tem como objetivo apre-
sentar os conceitos que sirvam de base ao estudo para o entendimento
dos CLPs no contexto da automação industrial.
A unidade inicia-se com a apresentação da evolução histórica
do CLP, assim como com algumas definições básicas apresentadas no
Capítulo 1, no qual também é abordada a contextualização do uso do
CLP na indústria ao longo do tempo, apresentando, inclusive, como se
deu o processo da substituição do uso de relés eletromecânicos por
dispositivos automáticos e programáveis com demasiada eficiência,
confiabilidade e flexibilidade em relação às tecnologias passadas. Adi-
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cionalmente, nesse mesmo capítulo, são apresentados conceitos sobre
as arquiteturas dos CLPs, seus sistemas e comandos.
No Capítulo 2, são apresentadas e exploradas as tecnologias
necessárias para que haja a correta aquisição dos sinais e sua posterior
conversão em dados. Sabe-se que os sinais físicos do ambiente têm ca-
racterística analógica, seja ruído, temperatura, velocidade etc. Adquirir
esses sinais para então criar uma avaliação pelo programa do CLP é
necessário, contudo, isso só pode ocorrer com o tratamento adequado
dispensado a esses sinais. Basicamente, esse tratamento divide-se nas
etapas de condicionamento de sinais e conversão analógica – digital,
que são processos apresentados neste capítulo.
Por fim, no Capítulo 3, são abordadas algumas aplicações de
uso do CLP na prática. Entretanto, para o entendimento por parte do
aluno a respeito de cada aplicação, fez-se necessário discorrer inicial-
mente sobre a classificação dos CLP, estados de operação e boas prá-
ticas de programação. Quanto a este último, apresentar um software
conduzido por etapas de boas práticas auxilia em diversos fatores, sen-
do eles: eficiência no tempo de manutenção e expansão do software,
maior flexibilidade por parte de quem consegue alterar o código, con-
fiabilidade, por apresentar um programa determinado em etapas que
podem ser mais facilmente depuradas, entre outras vantagens que são
também apresentadas no Capítulo 3.
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NOÇÕES BÁSICAS DE
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS

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Antes do advento dos circuitos lógicos, os sistemas de controle
lógico eram projetados e construídos exclusivamente em torno de relés
eletromecânicos. Isso não quer dizer que os relés estejam obsoletos
nos projetos modernos, mas que foram substituídos em muitas de suas
funções anteriores como dispositivos de controle no nível lógico. Agora,
os relés são utilizados com mais frequência naquelas aplicações que
exigem comutação de alta corrente e / ou alta tensão.
Nesse sentido, os sistemas e processos que exigem controle
de estado "on / off" abundam no comércio e na indústria modernos.
Esses sistemas de controle raramente são criados a partir de relés ele-
tromecânicos ou portas lógicas. Em vez disso, os computadores digitais
preenchem a necessidade, que pode ser programada para executar vá-
rias funções lógicas – o que abrange a filosofia de uso do CLP.
O controlador lógico programável, ou CLP, está presente em
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praticamente todos os processos de indústrias de fabricação atualmen-
te. Inicialmente construído para substituir os sistemas de relés eletro-
mecânicos, o CLP oferece uma solução mais simples para modificar
a operação de um sistema de controle. Em vez de precisar reconectar
um grande banco de relés, um download rápido de uma rotina ou atua-
lização do dispositivo de programação permite controlar as alterações
lógicas em questão de minutos ou até segundos.
No final dos anos 1960, uma empresa americana chamada Be-
dford Associates lançou um dispositivo de computação chamado MODI-
CON. Como sigla, significava Modular Digital Controller (do inglês, con-
trolador digital modular), e mais tarde se tornou o nome de uma divisão da
empresa dedicada ao projeto, fabricação e venda desses computadores
de controle para fins especiais – principalmente para fins industriais.
Outras empresas de engenharia desenvolveram suas próprias
versões deste dispositivo, e ele acabou sendo conhecido em termos
não proprietários como CLP, ou Controlador Lógico Programável. O ob-
jetivo de um CLP era substituir diretamente relés eletromecânicos como
elementos lógicos, substituindo um computador digital de estado sólido
por um programa armazenado, capaz de emular a interconexão de mui-
tos relés para executar determinadas tarefas lógicas, ganhando então
em eficiência e, principalmente, em flexibilidade, uma vez que o con-
trolador pode ser programado e reprogramado tanto quanto necessário
com mais facilidade que ajustar dezenas de relés.
Diante do exposto, serão apresentadas as noções básicas re-
lativas ao conceito, características, sistemas e aplicações no decorrer
deste capítulo.
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DEFINIÇÕES, EVOLUÇÃO E CARACTERÍSTICAS

O CLP ou Controlador Lógico Programável revolucionou a in-


dústria de automação. Hoje, os CLP podem ser encontrados em tudo,
desde equipamentos de fábrica a máquinas de venda automática, mas,
antes do dia de Ano Novo de 1968, o controlador programável nem exis-
tia. Em vez disso, o que existia era um conjunto único de desafios que
precisava de uma solução. Para entender a história do CLP, primeiro
precisamos levar algum tempo para entender os problemas que exis-
tiam antes dos controladores programáveis. (SILVA, 2012 s/p).
Antes dos dias do CLP, a única maneira de controlar as má-
quinas era através do uso de relés. Os relés funcionam utilizando uma
bobina que, quando energizada, cria uma força magnética para puxar
efetivamente um interruptor para a posição “ON” ou “OFF”. Quando o
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relé é desenergizado, o interruptor libera e retorna o dispositivo à sua
posição padrão (“ON” ou “OFF”).
Assim, por exemplo, se quiséssemos controlar um motor como
ligado ou desligado, poderíamos conectar um relé entre a fonte de ener-
gia e o motor. Logo, era possível controlar quando o motor está rece-
bendo energia – energizando ou desenergizando o relé. Sem energia,
é claro, o motor não funcionaria, portanto, estamos controlando o motor.
Esse tipo de relé é conhecido como relé de potência. É comum que haja
vários motores em uma fábrica, os quais precisam ser controlados e, para
tanto, muitos relés de potência eram adicionados. Portanto, as fábricas
começaram a acumular armários elétricos cheios de relés de potência.
Adicionalmente, outros relés eram responsáveis por ligar e des-
ligar as bobinas, o que tornava os quadros elétricos consideravelmente
maiores, conforme é observado na Figura 1. Esses relés são conheci-
dos como relés de controle, porque controlam os relés que controlam a
chave que liga e desliga o motor. Nesta conjectura, é possível ter uma
ideia de como as máquinas eram controladas antes da invenção do CLP
e, mais importante, é possível visualizar alguns dos problemas desse
sistema de controle eletromecânico por meio de relés.

Figura 1. Casa de relés

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Fonte: Library Automation Direct (2019)

Seguindo a linha de raciocínio, pensemos nas fábricas modernas


e em quantos motores e interruptores “ON / OFF” seria preciso para contro-
lar apenas uma máquina. Em seguida, adicione todos os relés de controle,
o que resultaria em um pesadelo logístico. Todos esses relés precisavam
ser conectados em uma ordem muito específica para que as máquinas
funcionassem corretamente, e se um relé apresentasse algum problema, o
sistema como um todo não funcionaria. (BISWANATH, 2014).
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A solução de problemas levaria horas e, como as bobinas falha-
riam e os contatos se desgastariam, havia necessidade de muitas soluções
para vários problemas. Além disso, esse conjunto todo de relés ocupava
muito espaço. Então, se alguma mudança for necessária, basicamente,
seria necessário refazer todo o sistema. Neste sentido, torna-se claro que
havia vários problemas na instalação e manutenção desses grandes sis-
temas de controle por relés. Como exemplo de problemas relacionados a
aplicações com relés, pode-se destacar (BISWANATH, 2014):
• Falha de contato entre as partes eletromecânicas;
• Elevado custo de aquisição, devido à complexidade de com-
ponentes;
• Desgastes das partes móveis;
• Necessidade de instalação de um grande volume de relés;
• A alteração da sequência de operação era dificultosa;
• Necessidade de um grande número de manutenções preven-
tivas.
Diante desses e outros inconvenientes, descobrir a solução
para esse conjunto de problemas era um grande desafio que os en-
genheiros da divisão Hydra-Matic da General Motors (GM) estavam
enfrentando todos os dias. Felizmente, naquela época, o conceito de
controle de computador havia começado a entrar em grandes empre-
sas como a GM. De acordo com Dick Morley, pai indiscutível do CLP,
"o controlador programável foi detalhado no dia de ano novo de 1968".
Na época, uma lista de requisitos foi imposta pelos engenhei-
ros da GM para a criação de um "controlador de máquina padrão". Era
a esse pedido que Dick Morley e sua empresa, Bedford and Associa-
tes, estavam respondendo quando o primeiro CLP foi previsto. Além de
substituir o sistema de relés, os requisitos listados pela GM para este
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controlador incluíam (BISWANATH, 2014):


• Um sistema de estado sólido que fosse flexível como um
computador, mas tinha um preço competitivo com um sistema de lógica
de relé do mesmo tipo;
• Manutenção e programação fáceis, de acordo com a maneira
lógica de fazer as coisas já aceitas na lógica escada de relé;
• Tinha que trabalhar em um ambiente industrial com toda a
sua sujeira, umidade, interferências eletromagnéticas e vibração;
• Ele precisava ser modular para permitir fácil troca de compo-
nentes e capacidade de expansão.
O ambiente de programação do CLP exigia que ele fosse facil-
mente entendido e usado por eletricistas de manutenção e engenheiros
da planta. À medida que os sistemas de controle baseados em relé evo-
luíram e se tornaram mais complicados, o uso de diagramas de fiação
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de localização de componentes físicos também evoluiu para a lógica do
relé, sendo mostrada em escada. O fio energizado da potência de con-
trole seria o trilho esquerdo, com a potência de controle neutra como o
trilho direito. Os vários contatos de relé, botões de pressão, chaves se-
letoras, chaves de limite, bobinas de relé, bobinas de partida de motor,
válvulas solenoides etc., mostrados em sua ordem lógica, formariam os
degraus da escada. Portanto, foi solicitado que o CLP fosse programa-
do, dessa maneira, pela lógica escada.
Os primeiros CLP tinham a capacidade de trabalhar com sinais
de entrada e saída, bobina de relé / lógica interna de contato, tempori-
zadores e contadores. Os contadores e temporizadores usavam regis-
tros internos de tamanho de palavra; portanto, não demorou muito para
que a matemática simples de quatro funções fosse disponibilizada. O
CLP continuou a evoluir com a adição de one-shots, sinais de entrada e
saída analógicos, contadores e temporizadores aprimorados, matemá-
tica de ponto flutuante, sequenciadores de bateria e funções matemáti-
cas. A funcionalidade embutida de PID (controlado proporcional integral
derivativo) foi uma grande vantagem para os CLP usados no setor de
processos. Conjuntos comuns de instruções evoluíram para caixas de
dados preenchidas em branco que tornaram a programação mais efi-
ciente. A capacidade de usar nomes de tags significativos no lugar de
rótulos não descritivos permitiu ao usuário final definir mais claramente
seu aplicativo, e a capacidade de importar / exportar os nomes de tags
para outros dispositivos elimina os erros resultantes da entrada de infor-
mações em cada dispositivo à mão.
À medida que a funcionalidade do controlador lógico programá-
vel evoluiu, os dispositivos e comunicações de programação também ti-
veram um rápido crescimento. Os primeiros dispositivos de programação
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foram dedicados, mas infelizmente o tamanho dos cases (maletas) eram
consideráveis. Mais tarde, surgiram os dispositivos de programação por-
táteis, mas logo foram substituídos por softwares de programação pro-
prietários executados em um computador pessoal. O DirectSOFT da Au-
tomationDirect, desenvolvido pela Host Engineering, foi o primeiro pacote
de software de programação de CLP baseado em Windows. Ter um PC
se comunicando com um CLP ofereceu a capacidade de não apenas pro-
gramar, mas também permitiu testes e solução de problemas mais fáceis.
As comunicações eram realizadas a partir de protocolos, os quais serão
apresentados em capítulo posterior. (SILVA, 2012 s/p).
Em resumo, após todo o seu desenvolvimento tecnológico,
tem-se que o controlador lógico programável (CLP) é um dispositivo de
computador especial usado em sistemas de controle industrial. Devido
à sua construção robusta, recursos funcionais excepcionais, como con-
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trole sequencial, contadores e temporizadores, facilidade de programa-
ção, recursos de controle e facilidade de uso de hardware - este CLP
é usado como mais do que um computador digital para fins especiais,
tanto em indústrias quanto em outras áreas do sistema de controle. A
maioria das indústrias abrevia esses dispositivos como “PC”, mas tam-
bém é usado para computadores pessoais; Devido a isso, muitos fa-
bricantes nomearam esses dispositivos como CLP. Entre as principais
características de um CLP estão (FRANCHI, 2008):
• Elevada confiabilidade;
• Reprogramável;
• Imunidade a ruídos e interferências externos;
• Isolação elétrica de entradas e saídas;
• Detecção e diagnóstico automáticos de falha;
• Modular e expansível para E/S (entrada e saída);
• Operação em ambientes industriais;
• Execução em tempo real;
• Aplicável em ambientes de atmosfera explosiva.
Essas características citadas são comuns a equipamentos in-
dustriais de diferentes arquiteturas em diversas aplicações.

Arquiteturas e Aplicações

A arquitetura CLP consiste em dois conjuntos principais, inter-


no e externo. Projetar um sistema completo exigirá a exploração das
muitas opções de arquitetura disponíveis. Indiscutivelmente, a coisa
mais importante a ser decidida ao projetar um CLP é o tipo de arquitetu-
ra externa. O dispositivo precisa, junto com o local desejado, da tecno-
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logia certa disponível para atender seus critérios de projeto. (ROCHA,


2008 p.15). Isso inclui basicamente o uso de algumas partes principais:
• Fonte de alimentação de energia;
• Unidade de processamento (CPU);
• Módulos de entrada;
• Módulos de saída;
• Dispositivo de programação e monitoramento.
O termo arquitetura pode se referir ao dispositivo em si, ao
programa do CLP ou à combinação dos dois. Um projeto de arquitetura
aberta permite que o sistema seja conectado facilmente a dispositivos e
programas de outros fabricantes, utiliza componentes de prateleira que
seguem padrões aprovados. (SILVA, 2012 s/p).
Um sistema com arquitetura fechada, por sua vez, é aquele
cujo projeto é patenteado, tornando-o mais difícil de ser conectado a
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outros sistemas. Além disso, a arquitetura pode ser dividida em dois
grandes grupos, denominados de CLP fixos e CLP modulares.
Um CLP fixo geralmente é pequeno, possui pouca memória e um
número limitado de entradas e saídas, ou E / S, como normalmente referi-
do. A CPU, a fonte de alimentação e o sistema de E / S são todos constru-
ídos como uma única entidade, portanto, todas as opções desejadas de-
vem ser incluídas. Essa arquitetura de CLP geralmente é mais barata que a
modular e possui uma funcionalidade muito básica, logo, não é expansível.
O CLP fixo é a escolha ideal para pequenas máquinas compac-
tas, com espaço e funcionalidade limitados e determinados. Ou seja,
sua desvantagem é a falta de flexibilidade e, para o caso de defeito em
uma parte do dispositivo, pode ser indicada a sua substituição por in-
teiro. Por mais poderosos que sejam os sistemas fixos especializados,
apenas uma pequena parte da indústria que os usam, mais especifica-
mente para circuitos de emergência ou segurança. A Figura 2 apresenta
a arquitetura básica de um CLP do tipo fixo.

Figura 2 – Arquitetura básica CLP fixo

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Fonte: Petruzella (2014)

Em seguida, é possível notar na Figura 3 como os CLP do tipo


fixo são compactos em relação à estrutura.

Figura 3 – Exemplos comerciais de CLP fixo

Fonte: Petruzella (2014)


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CLPs modulares são sistemas adaptáveis que podem ser alte-
rados com flexibilidade. Eles consistem em um chassi, trilho ou plano
traseiro no qual uma coleção de módulos é incorporada a um sistema de
interface. Os componentes necessários para um sistema completo são
CPU, fonte de alimentação e módulos de E / S. A principal vantagem de
uma arquitetura modular de CLP é a capacidade de escolher especifica-
ções individuais conforme necessário, como a quantidade e o tipo de mó-
dulos de E / S. Outras opções podem incluir placas de interface de rede,
para módulos especiais – que estão em constante alteração. Um sistema
desse tamanho exigirá um gabinete de controle para montagem e fiação.
Atualmente, o setor usa os termos modular e CLP montado em
gabinete ou rack de forma sinônima com bastante frequência. O controle
modular básico consiste em um rack, uma fonte de alimentação de ener-
gia, módulo de unidade de processamento (CPU), módulos de interface
E / S e uma interface de operação para programação e monitoração do
conjunto. Cada módulo é conectado ao gabinete, que estabelece uma
conexão com vários contatos, localizada na parte de trás, chamada de
painel traseiro ou placa-mãe (backplane). O processador do CLP também
é conectado na placa-mãe e pode se comunicar com todos os módulos.
A seguir, a arquitetura modular está representada na Figura 4, na qual se
pode observar cada módulo integrado ao conjunto CLP.

Figura 4 – Arquitetura de CLP modular


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Fonte: Petruzella (2014)

Em seguida, tem-se a ilustração de um CLP modular montado


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em gabinete representado na Figura 5.

Figura 5 – Exemplo de um CLP do tipo modular

Fonte: Petruzella (2014)

Independentemente do tipo de arquitetura, os CLP possuem


três partes principais, conforme já mencionado, sendo elas: fonte de
alimentação, unidade de processamento e módulos de entrada e saída.
A fonte de alimentação normalmente fornece 125 a 220 VAC ou
3,3 a 24 VDC ao CLP, dependendo da aplicação e das circunstâncias da
instalação, e pode ser integrado ao CLP, para o caso de CLP fixo ou em
unidade externa, como no caso de CLP modular.
É importante lembrar que a fonte do CLP deve estar separada
da fonte dos sensores e atuadores, por motivos de isolamento elétrico
e limitações de potência, sendo assim, devem possuir uma fonte de
alimentação exclusiva. As fontes devem ser protegidas contra curtos-
-circuitos e sobrecargas. Como mencionado acima, essa voltagem é
transferida para o backplane, fornecendo energia para os módulos de
CPU e de interface E / S.
A CPU, em um CLP, é uma unidade de processamento central
baseada em microprocessador. O tipo de módulo de CPU necessário de-
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penderá das necessidades levantadas pelo projetista, como operações
aritméticas e lógicas, movimentação de blocos de memória, interface do
usuário, acessibilidade à rede local e outras funções. Quer a CPU esteja
montada em um rack, chassi ou unidade fixa, os dados são enviados pelo
barramento de dados no plano traseiro. Um ciclo de tempo de varredura
típico inicia a varredura, executa verificações internas, varre entradas, exe-
cuta a lógica do programa e, finalmente, atualiza as saídas. As funções e
opções disponíveis variam de acordo com a marca e o modelo usado.
Existem dois tipos-padrão de memória que a CPU usará, carre-
gará e trabalhará. Carregar memória significa realizar o armazenamento
para o programa do usuário. Dependendo do módulo específico, pode
ser RAM, ROM ou EPROM. A memória de trabalho é RAM integrada,
usada para armazenar partes do programa do usuário necessárias para
o processamento enquanto o CLP está em operação. Normalmente,
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quaisquer blocos de memória não necessários para a inicialização se-
rão armazenados na memória de carregamento.
Com os muitos módulos de E / S disponíveis, um projetista
pode misturar e combinar os módulos para atender às necessidades da
aplicação. Os dispositivos de E / S podem consistir em sinais digitais ou
analógicos. A E / S digital é um sinal discreto que é simplesmente ativa-
do ou desativado, como um interruptor de limite para entrada ou relé na
saída. A E / S analógica converte uma tensão ou corrente em um valor
equivalente pela CPU, como um termopar de entrada ou um regulador
de pressão de saída. A maioria dos sistemas modulares permite a ex-
pansão de E / S, restrita apenas pelos recursos da CPU.
Alguns exemplos de módulos de entrada são: interruptores e
botões de pressão, dispositivos sensores, interruptores de limite, sen-
sores fotoelétricos, sensores de proximidade, sensores de condição,
pressostatos, interruptores de nível, interruptores de temperatura, inter-
ruptores a vácuo, interruptores de boia, codificadores etc.
As saídas para os atuadores permitem que um CLP faça com
que algo aconteça em um processo. Uma pequena lista de atuadores
populares é apresentada abaixo em ordem de popularidade relativa:
• Válvulas solenoides: saídas lógicas que podem alternar um
fluxo hidráulico ou pneumático;
• Luzes: saídas lógicas que geralmente podem ser alimentadas
diretamente das placas de saída do CLP;
• Partidas de motor: os motores costumam consumir uma gran-
de quantidade de corrente quando iniciados, portanto, requerem partida
de motor, que são basicamente relés grandes.
• Servos motores – uma saída contínua do CLP pode coman-
dar uma velocidade variável ou posição.
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Os CLPs são aplicáveis em toda e qualquer aplicação em que


seja necessário automatizar processos ou máquinas, não abrindo mão
da confiabilidade e capacidade em operar em ambientes severos. Estes
dispositivos podem ser encontrados desde no controle de um elevador
até em uma plataforma de extração ou produção de petróleo.
O CLP é comumente encontrado em diversas aplicações,
como:

Controle de Turbomáquinas; Controle de processos e malhas de controle


como vazão, nível, pressão e temperatura; Controle de Processos químicos;
Controle de máquinas eletro-hidráulicas e/ou eletro-pneumáticas; Controle
de motores elétricos e bombas; Controle de linhas de montagem e fabrica-
ção; Comandos e acionamentos elétricos em geral. (ROCHA, 2008, p. 12).

No mesmo sentido, a aplicação do CLP não se limita ao se-


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tor industrial, podendo naturalmente ser encontrado em aplicações de
automação de prédios e residências com finalidades diversas, como
controlar bombas d’água, iluminação, automação de sistemas de pro-
teção e combate de incêndio, controle de acesso, e até mesmo para o
gerenciamento do uso de energia.

SISTEMAS E COMANDOS ANALÓGICOS E DIGITAIS

Os CLPs podem ser descritos como pequenos computadores in-


dustriais com componentes modulares projetados para automatizar os pro-
cessos de controle. Nesse sentido, os CLPs são os controladores por trás
de quase toda automação industrial moderna, sendo considerados compu-
tadores complexos e poderosos. Porém, podemos descrever a função de
um CLP em termos simples. O CLP, basicamente, recebe entradas, exe-
cuta lógica nas entradas da CPU e, em seguida, liga ou desliga as saídas
com base nessa lógica, conforme a sequência apresentada a seguir:
1. A CPU monitora o status das entradas (por exemplo, ligar,
sensor de proximidade desligado, válvula 40% aberta etc.)
a. As fontes de entrada convertem os sinais elétricos analógi-
cos em tempo real em sinais elétricos digitais adequados. Esses sinais
de entrada são, então, armazenados na memória como bits;
2. A CPU colhe as informações que obtém das entradas e exe-
cuta lógica nas entradas;
a. A lógica de controle ou as instruções do programa são grava-
das no dispositivo de programação através de símbolos ou mnemônicos
e armazenadas na memória do usuário;
b. A CPU busca essas instruções na memória do usuário e exe-
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
cuta os sinais de entrada manipulando, computando e processando os
para controlar os dispositivos de saída;
c. Os resultados da execução são armazenados na memória
de imagem externa que controla as unidades de saída;
3. A CPU opera a lógica das saídas (por exemplo, desligar o
motor, abrir a válvula etc.)
a. A CPU também verifica os sinais de saída e atualiza o con-
teúdo da memória da imagem de entrada de acordo com as alterações
na memória de saída;
4. A CPU também executa programação interna, funcionando
como configuração e redefinição do timer, verificando a memória do
usuário.
Para que fique mais claro, é possível observar na Figura 6 um
fluxograma básico das etapas para o funcionamento de um CLP.
23
Figura 6 – Fluxograma de funcionamento de um CLP

Fonte: Petruzella (2014)

Fora do próprio CLP existem dois componentes muito impor-


tantes: o dispositivo de programação e a interface homem-máquina
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

(IHM). O dispositivo de programação pode ser um computador de mesa,


laptop ou instrumento portátil do mesmo fabricante. Conforme já men-
cionado neste capítulo, também existem CLPs de E / S fixos com telas
e botões integrados que permitem que os programas sejam gravados
diretamente no CLP.
Enquanto o dispositivo de programação permite que o usuário vi-
sualize e modifique o código em execução no CLP, a IHM fornece um nível
mais alto de abstração, modelando o sistema de controle como um todo. A
Figura 7 mostra uma tela sensível ao toque integrada que pode ser usada
na sala de controle ou no "campo" mais próximo do processo. Esses tipos
de displays interativos são muito comuns e costumam ser montados dire-
tamente no gabinete do CLP ou nas proximidades para uso do operador.

24
Figura 7 – Exemplo comercial de um painel IHM

Fonte: Allaboutcircuits (2018)

O termo "campo" refere-se à área da planta ou fábrica onde o


controle real é feito. É aqui que você encontra bombas, motores, válvu-
las, sensores de temperatura e pressão, trocadores de calor, medidores
de fluxo de massa, braços robóticos e matérias-primas.
Nos grandes e complexos setores industriais de hoje, a IHM
tornou-se um recurso crítico na implementação e implantação de um
sistema de controle. Como o próprio nome indica, a interface homem-
-máquina é uma janela do usuário para o esquema ou processo de con-
trole, que permite ao usuário monitorar, interagir e, se necessário, des-
ligar o sistema de controle.
Antes das IHM modernas, os operadores da planta contavam
com paredes de medidores analógicos e lâmpadas para entender o es-
tado de seus processos. A abertura de uma válvula para liberar a pres-
são em um tubo ou a subida de um circuito de controle de temperatura
não podia ser realizada a partir de um mouse de computador ou tela
sensível ao toque capacitivo, mas precisava ser transmitida por rádio a
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
um operador externo que executava a ação manualmente.
Para finalizar, uma grande vantagem dos CLPs que simples-
mente não pode ser imitada por relés eletromecânicos é o monitoramen-
to e controle remoto via redes de computadores digitais. Como um CLP
nada mais é do que um computador digital para fins especiais, ele tem
a capacidade de se comunicar com outros computadores com bastante
facilidade por meio de comandos digitais. Por exemplo, um computador
pessoal, dentro de um escritório, pode exibir uma imagem gráfica de um
processo real do nível de líquido (em uma estação de bombeamento ou
“elevação” para um sistema municipal de tratamento de águas residuais)
controlado por um CLP, mesmo que a estação de bombeamento real es-
teja localizada a quilômetros de distância da tela do computador pessoal.

25
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRAN-
RIO - 2014 - Petrobras - Técnico de Manutenção Júnior - Eletrônica
A moderna automação industrial utiliza amplamente Controladores
Lógico Programáveis (CLP) em suas linhas de produções. Sobre
as características básicas dos CLP, afirma-se que:
A - fazem apenas a transmissão de dados já previamente processados,
não processando instruções.
B - são projetados para operar em ambientes controlados, livres de
qualquer interferência.
C - são programados usando as linguagens Fortran, C ou C++.
D - executam rotinas cíclicas de operação durante o funcionamento.
E - possuem, como princípio fundamental, o fornecimento de sinais elé-
tricos aos sensores que monitoram as saídas de outras máquinas.

QUESTÃO 02
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRAN-
RIO - 2014 - Petrobras - Técnico(a) de Manutenção Júnior - Eletrônica
Uma das características do CLP é que:
A - a manutenção é muito complexa, pois os CLP não apresentam o
módulo de autodiagnose, dificultando a operação.
B - a montagem fica muito prejudicada, devido aos conectores extraí-
veis, exigindo reservar grande período de tempo para sua execução.
C - a composição é, basicamente, de unidade central de processamen-
to, memória, entradas e saídas, que podem ser analógicas ou digitais.
D - o trabalho em conjunto com SDCD e em redes, por questões técni-
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

cas, não é muito usado.


E - a sensibilidade a ruídos eletromagnéticos é extremamente alta.

QUESTÃO 03
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CES-
GRANRIO - 2014 - Petrobras - Técnico de Manutenção Júnior - Ele-
trônica - 2014
A linguagem de programação LADDER ou programação por conta-
tos, muito próxima aos esquemas de relés utilizados pelos eletricis-
tas, tornou-se a linguagem mais utilizada para programação de CLP.
PORQUE
Os CLPs nasceram com a necessidade de substituir os controles
mecânicos.
A - as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
26
B - as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a
primeira.
C - a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
D - a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
E - as duas afirmações são falsas.

QUESTÃO 04
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRAN-
RIO - 2014 - Petrobras - Técnico de Manutenção Júnior - Elétrica-2014
Em um processo industrial, uma malha utilizará um CLP para efe-
tuar o controle do sistema hidráulico. Este sistema possui, como
elementos sensores montados em tubulações e vasos, 3 indica-
dores de temperatura, cada um com um contato reversível, 2 indi-
cadores de pressão, cada um com dois contatos independentes, 2
transmissores de nível com sinal de 4 – 20 mA e 1 transmissor de
vazão com sinal de 0 – 10V.
O CLP, para atender a esta malha, deve possuir, no mínimo, a se-
guinte configuração para as entradas desses sensores:
Obs.:
ED – Entradas Digitais
EA – Entradas Analógicas
A - 10ED + 3EA
B - 9ED + 3EA
C - 5ED + 2EA
D - 4ED + 4EA
E - 2ED + 1EA

QUESTÃO 05
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CES-
GRANRIO - 2014 - Petrobras - Técnico de Projetos, Construção e
Montagem Júnior - Eletrônica-2014
Os componentes básicos de um Controlador Lógico Programável
(CLP) são: processador, unidade de memória, módulos de entrada
e saída, dispositivo de programação e fonte de alimentação.
Definem-se módulos de entrada e saída como o:
A - local de programas de lógica, sequenciamento e operações de en-
trada e saída.
B - local de processamento que determina os sinais de saída apropria-
dos, conforme os sinais de entrada.
C - dispositivo de conexão a outros elementos externos.
D - dispositivo de programação que pode ser desacoplado do CLP.
E - dispositivo de entrada da energia apropriada ao funcionamento do CLP.
27
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Os sistemas de controle e a necessidade de controle estão presentes
em todas as atividades, independentemente de sua natureza, ou seja,
podem estar presentes no âmbito das indústrias, dos comércios e ser-
viços, tendo como base a automação de processos industriais. Dessa
forma, como o controle programável pode ser entendido?

TREINO INÉDITO
ASSUNTO: NOÇÕES BÁSICAS DE CONTROLADORES PROGRA-
MÁVEIS
O uso de relés em excesso pode ter como resultado uma diversi-
dade de problemas, dessa forma, podem ser citados alguns exem-
plos nesse sentido, contudo, o único que não pode ser visualizado
como um problema relacionado a aplicação com relés é:
a) Mau contato
b) Baixo custo
c) Desgaste dos contatos
d) Necessidade de instalação e inúmeros relés
e) Complexidade de alteração na sequência de operação

NA MÍDIA
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL REQUER PLANEJAMENTO E PARTI-
CIPAÇÃO DOS COLABORADORES
Com mais de 20 anos de experiência em tecnologia, Ganesh Hegde de-
senvolveu boa parte da sua carreira no setor industrial, focado em proje-
tos com foco no uso de soluções digitais para otimizar o trabalho realiza-
do por fábricas de diversos segmentos. Conhecimento bastante útil nesse
momento, no qual as empresas estão adaptando suas operações para se
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

adequarem aos requisitos da Indústria 4.0, que pede por estações de


trabalho mais conectadas e pessoal especializado em análise e extração
de dados. No cargo de diretor de Product Marketing da GE Digital, Hedge
esteve recentemente no Brasil para um evento organizado pela Aquarius
Software, que oferece suporte na aplicação de todos os serviços que a
GE Digital disponibiliza localmente para a indústria.
Fonte: Computer World
Data: 02 de outubro de 2019
Leia a notícia na íntegra: https://computerworld.com.br/2019/10/02/trans-
formacao-digital-requer-planejamento-e-participacao-dos-colaboradores/

NA PRÁTICA
CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS
O primeiro CLP surgiu na indústria automobilística, até então um usuá-
28
rio em potencial dos relés eletromagnéticos utilizados para controlar
operações sequenciadas e repetitivas numa linha de montagem. Este
equipamento foi batizado nos Estados Unidos como PLC (Programable
Logic Control), em português CLP (Controlador Lógico Programável) e
este termo é registrado pela Allen Bradley (fabricante de CLPs).

Fonte: http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/AULACLP.pdf

PARA SABER MAIS


Acesse os links:
https://www.youtube.com/watch?v=RnYqTpuLWAA
https://www.youtube.com/watch?v=Jn7i7Jn-F1s
https://www.mundodaeletrica.com.br/controlador-logico-programavel-clp/

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

29
UNIDADE DE AQUISIÇÃO DE
DADOS
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

A aquisição de dados é o processo de digitalização de dados e


informações, para que possam ser exibidos, analisados, armazenados
e distribuídos em um computador ou, para o caso em estudo, um CLP.
De modo geral, um sistema de aquisição é usado em eletrônicos in-
dustriais e comerciais e em equipamentos ambientais e científicos para
capturar sinais elétricos ou condições ambientais por meio de um dispo-
sitivo capaz de ler os sinais digitalizados e gravá-los.
Um sistema de aquisição de dados inclui um conjunto de dife-
rentes ferramentas e tecnologias projetadas para acumular dados. Ge-
ralmente, esses sistemas consistem em softwares e hadwares que re-
presentam o dispositivo de aquisição de dados (DAQ), juntamente com
sensores e atuadores e, normalmente, requerem suporte de rede subja-
cente para comunicação de dados entre os softwares e hadwares DAQ.
3030
O hardware de aquisição de dados é uma categoria de hardware
envolvida na agregação de sinais que podem ser enviados para um sis-
tema de computador e usados como dados internos. Esse tipo de tecno-
logia relativamente convencional faz parte das interfaces do computador
há algum tempo, mas também têm usos muito relevantes relacionados
às tecnologias mais recentes, como plataformas móveis e sistemas de
BigData – um termo que descreve um grande volume de dados que tem
o potencial de apresentar informações que serão usadas em projetos de
aprendizado de máquina e outros aplicativos avançados de análise.
Esses tipos de hardwares utilizam um processo chamado condi-
cionamento de sinal, no qual os dados analógicos devem ser convertidos
em dados digitais com sensores e outras ferramentas. Para lidar com a
cronologia do condicionamento de sinais, os usuários podem precisar de-
finir taxas de amostragem e fornecer um tempo preciso para a análise dos
dados do sistema de computador. Essas e outras métricas são uma grande
parte do que os desenvolvedores analisarão ao implementar as configura-
ções de hardware para aquisição de dados. (ROCHA, 2008 p.13)
Diferentes tipos de hardware de aquisição de dados se conec-
tam a slots de computador ou portas e conexões disponíveis em um
ambiente de hardware de computador pessoal (PC, do inglês, Personal
Computer). Alguns deles estão na forma de cartões, com componentes
individuais para processamento de sinal e manipulação de memória. Os
hardwares normalmente consistem em componentes na forma de pla-
cas de expansão externas. Eles podem ser conectados ao computador
através de uma interface de comunicação como PCI ou USB ou podem
ser instalados diretamente na placa-mãe.
O hardware pode estar conectado a um dispositivo de entrada,
como um scanner 3D ou conversor analógico-digital. O sinal do dispo-
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
sitivo de entrada é enviado para o dispositivo/placa de hardware, que
processa e envia para o software DAQ, onde é gravado para posterior
revisão e análise.
Os hardwares de aquisição de dados pegam um sinal analógi-
co e o transmitem para um ambiente de CLP. Ferramentas, como tem-
porizadores, podem atuar como módulos de hardware de aquisição de
dados que convertem dados para um computador.
Uma das aplicações mais promissoras do hardware de aquisi-
ção de dados é a conversão de dados ambientais em um controlador,
para ajudar a automatizar o gerenciamento de instalações ou outras ta-
refas que costumavam exigir decisões humanas. Por exemplo, para da-
dos analógicos como temperatura, umidade, várias partes moleculares
por milhão e outras métricas são alimentadas em CLP com ferramentas
como sensores. Esses computadores podem ser criados para ajustar os
31
sistemas de hardware atmosférico ao microgerenciamento de espaços
físicos sem nenhum envolvimento humano.
Como se pode notar, os sistemas de aquisição de dados servem
como ponto focal de um sistema, unindo uma ampla variedade de dispo-
sitivos, como sensores que indicam temperatura, fluxo, nível ou pressão.
À medida que a tecnologia progrediu, esse tipo de processo foi
simplificado, tornando-se cada vez mais preciso, versátil e confiável por
meio de equipamentos eletrônicos. Os equipamentos variam de simples
registradores de dados a CLP e sofisticados sistemas de computadores
ou até smartphones, transformados em dispositivos de aquisição de da-
dos portáteis.

COMPONENTES DE UM SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS

Os sistemas de aquisição de dados consistem em três elemen-


tos essenciais – sensor, dispositivo DAQ (condicionamento de sinal e
conversor analógico-digital) e computador, conforme pode ser visto na
Figura 8, onde pode ser visto também o barramento do computador. Os
elementos principais (sensor e dispositivos DAQ) da unidade de aquisi-
ção serão tratados em seguida.

Figura 8 – Componentes de um sistema de aquisição de dados


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: National Instruments (2019)

Sensores

Para um sistema eletrônico executar qualquer tarefa, é neces-


sário que haja uma comunicação com os dados ou informações exter-
nas a ele, seja pela leitura de um sinal de entrada de um interruptor
"ON/OFF" ou por alguma forma de ativação do dispositivo de saída para
acender uma luz, e para captar essas informações são utilizados sen-
sores e transdutores.
32
A expressão "transdutores" é o termo coletivo usado para os
sensores, que podem ser utilizados para detectar uma ampla gama de
formas diferentes de energia, como movimento, sinais elétricos, energia
luminosa, energia térmica ou magnética etc., e atuadores que podem
ser usados para alternar tensões ou correntes.
Existem muitos tipos diferentes de sensores e transdutores,
analógicos e digitais e de entrada e saída disponíveis. O tipo de trans-
dutor de entrada ou saída que está sendo usado depende realmente do
tipo de sinal ou processo sendo "detectado" ou "controlado", mas pode-
-se definir um sensor e transdutores como dispositivos que convertem
uma quantidade física em outra.
Os dispositivos que executam uma função de "entrada" são
comumente chamados de sensores porque "detectam" uma mudança
física em alguma característica que muda em resposta a alguma excita-
ção, por exemplo, calor ou força e transforma isso em um sinal elétrico.
Os dispositivos que executam a função "Saída" são geralmente chama-
dos atuadores e são usados para controlar algum dispositivo externo,
por exemplo, movimento ou som. (SILVA, 2012 s/p).
Os transdutores ou sensores do tipo de entrada produzem uma
resposta de saída de tensão ou sinal que é proporcional à mudança na
quantidade que eles estão medindo. O tipo ou quantidade do sinal de
saída depende do tipo de sensor que está sendo usado. Mas, geralmen-
te, todos os tipos de sensores podem ser classificados como dois tipos,
sensores passivos ou ativos (ELECTRONICS TUTORIALS, 2014).
Geralmente, os sensores ativos requerem uma fonte de alimen-
tação externa para operar, chamada sinal de excitação, que é usado pelo
sensor para produzir o sinal de saída. Os sensores ativos são dispositivos
de geração automática, porque suas próprias propriedades mudam em
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resposta a um efeito externo. Sensores ativos também podem produzir
amplificação de sinal. (ELECTRONICS TUTORIALS, 2014).
Como exemplo de um sensor ativo, tem-se o sensor infraver-
melho que, além de capturar a presença de algum objeto, pode medir
essa distância. Seu funcionamento ocorre basicamente em duas etapas,
sendo a primeira a emissão de raios infravermelhos e a segunda etapa
é a responsável pela leitura desses raios, que tocam o objeto e retornam
para o sensor – o sensor percebe a variação da intensidade dos raios in-
fravermelhos, resultando em variação de tensão, que pode ser convertida
e armazenada em um DAQ. A Figura 9 a seguir ilustra o funcionamento
desse sensor na medição da distância do sensor ao objeto.

33
Figura 9 – Exemplo de sensor ativo.

Fonte: Adaptado de Robot C (2012)

Ao contrário de um sensor ativo, um sensor passivo não preci-


sa de nenhuma fonte de energia ou tensão de excitação adicional. Em
vez disso, um sensor passivo gera um sinal de saída em resposta a al-
gum estímulo externo. Por exemplo, um termopar que gera sua própria
saída de tensão quando exposto ao calor. Os sensores passivos são
sensores diretos que alteram suas propriedades físicas, como resistên-
cia, capacitância ou indutância etc. (ROCHA, 2008 p.15).
Como exemplo de sensor passivo, e seguindo a lógica do
exemplo mencionado para o sensor infravermelho ativo, tem-se o sen-
sor passivo de presença. Este sensor, invés de ter emissão de raios
infravermelhos, ele apenas os lê, ou seja, para que ele possa notar
a presença de um objeto, este objeto precisa emitir luz infravermelho.
Uma aplicação útil desta configuração é o sensor de presença de seres
vivos, pois estes emitem calor em forma de luz infravermelha. A seguir,
na Figura 10, é apresentado um exemplo desta aplicação.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Figura 10 – Exemplo de sensor passivo

Fonte: Adaptado de HowtoMechatronics (2019)


34
Além disso, os sensores podem se classificar como analógicos
e digitais. Os sensores analógicos apresentam, em sua saída, um sinal
de tensão que deve ser proporcional à leitura que se tem interesse de
medir. Ou seja, se existe um interesse em medir um valor de tempera-
tura, o sinal de saída do sensor de temperatura será um sinal de tensão
proporcional à temperatura naquele momento da medição.
Por sua vez, os sensores do tipo digital produzem sinais de
saída digital, ou seja, uma coleção de valores “0” ou “1”. Esses valores
obedecem a uma convenção pré-estabelecida. Por exemplo, pode-se
definir que se o valor de tensão medido for entre 3 V a 5 V, o sensor
considera que se tem um estado equivalente a 5 V, e que irá represen-
tar em sua saída o dígito “1”. Já, caso o valor de tensão medido estiver
entre 0 V e 3 V, por exemplo, o sinal será considerado como de 0 V e a
representação de saída será o dígito “1”. Esse foi um exemplo de caso
com uma escala de 5 V, contudo, uma coleção de “0” poderia ser deter-
minada a cada vez que a escala se torna mais sensível e a leitura seria
mais precisa. Por sua vez, essa coleção de “0” e “1” pode ser convertida
para um sistema de leitura usual como o decimal.
Exposto tudo isso, pode-se resumir que um sensor é um disposi-
tivo cujo objetivo é detectar características do ambiente. Ele detecta even-
tos ou alterações nas quantidades e fornece uma saída correspondente,
geralmente como um sinal elétrico ou óptico, ou seja, converte fenômenos
do mundo real como temperatura, força e movimento em sinais de tensão
ou corrente que podem ser usados como entradas para os conversores
analógico-digital. Sensores comuns incluem termopares e termistores para
medir temperatura, acelerômetros para medir movimento e extensômetros
para medir força. Ao escolher o sensor adequado para o seu sistema de
medição, é importante considerar fatores como a precisão do sensor e o
condicionamento do sinal necessário para gravar um sinal legível. CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Conversor Analógico-Digital (A/D)

Anos atrás, os dispositivos eletrônicos que são utilizados hoje


– como telefones, computadores e televisões – eram de natureza analó-
gica. Então, lentamente, os telefones fixos foram substituídos por telefo-
nes celulares modernos, as televisões e os monitores foram substituídos
por displays de LED, os computadores com tubos de vácuo evoluíram
para serem mais poderosos com microprocessadores e microcontrola-
dores, e assim por diante.
Na era digital de hoje, todos estamos cercados por dispositivos
eletrônicos digitais avançados, o que pode nos enganar ao pensar que
35
tudo à nossa volta é de natureza digital, o que não é verdade. O mundo
sempre foi de natureza analógica, por exemplo, tudo o que os humanos
sentem e experimentam (como velocidade, temperatura, velocidade do
ar, luz solar, som etc.) é de natureza analógica. Porém, os dispositivos
eletrônicos que funcionam com microcontroladores e microprocessa-
dores não podem ler/interpretar esses valores analógicos diretamente,
pois eles funcionam apenas de forma binária. Portanto, é necessário
algo que converta todos esses valores analógicos em 0 e 1, para que os
microcontroladores e microprocessadores possam entendê-los. Isso é
chamado de conversão analógica-digital (A/D).

Conversão Analógica-Digital (A/D)

Um conversor A/D pode converter apenas valores de tensão ana-


lógicos em valores digitais. Portanto, qualquer parâmetro a ser medido deve
ser convertido em tensão primeiro. Essa conversão pode ser feita com a
ajuda de sensores. Por exemplo, para converter valores de temperatura
em tensão, pode-se usar um termistor. De maneira semelhante, para con-
verter brilho em tensão, podemos usar um LDR. Uma vez convertido em
tensão, esses dados podem ser lidos com a ajuda dos conversores A/D.
Para ilustrar, as etapas da conversão A/D para capturarão de
um sinal de áudio são apresentadas na Figura 11 e a descrição de cada
etapa discutida em seguida.

Figura 11 – Etapas da conversão A/D de sinal de áudio


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de L2P Network (2010)


36
A. O sinal de entrada de áudio é um sinal analógico de tensão
variável. Este sinal de entrada acessa o dispositivo por meio de senso-
res, conforme já comentado na seção anterior. Neste exemplo, o sensor
utilizado seria um microfone. Juntamente com esse sensor, tem-se o cir-
cuito condicionador de sinais, que será comentado no tópico seguinte.
B. Em seguida, o sinal passa por um conversor analógico-di-
gital (A / D). Este conversor mede a voltagem variável do sinal vários
milhares de vezes por segundo, em intervalos de amostragem.
C. Cada vez que a forma de onda é medida, um número binário
(composto de 1 e 0) é gerado. Este número é proporcional à tensão do
sinal no instante em que é medido. Cada 1 e 0 é chamado de bit, que
significa dígito binário.
D. Esses números binários são armazenados na mídia de gra-
vação. Os números podem ser armazenados em fita, disco rígido, CD
ou cartão de memória flash.
Diante do exposto, pode-se perceber que a conversão analógi-
ca-digital é o centro de qualquer sistema de aquisição de dados, uma vez
que, para a aquisição de dados, estes, a princípio, devem ser digitalizados.
Para que o sinal entre no sistema de conversão A/D, ele deve estar em
conformidade com as especificações de entrada. Para atender estas es-
pecificações, o sinal deve ser acondicionado, por meio do uso de circuitos
condicionadores de sinais, apresentados a seguir. (ROCHA, 2008 p.16).

Condicionamento de Sinais

O condicionamento de sinais é um processo de aquisição de


dados e o instrumento usado para executar esse processo é chamado de
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condicionador de sinais. Este instrumento converte um tipo de sinal elétri-
co ou mecânico (sinal de entrada) em outro (sinal de saída). O objetivo é
amplificar e converter esse sinal em um formato fácil de ler e compatível
para aquisição de dados ou controle de máquina. (SILVA, 2012 s/p).
A título de exemplo e ilustração da importância do circuito de
condicionamento de sinais antes da realização da conversão analógi-
ca-digital, imaginemos o caso de um sinal de áudio emitido por uma
pessoa e captado pelo microfone em sua mão. Este microfone recebe
o sinal em baixíssima potência e com muito ruído. Portanto, e para que
seja então convertido na etapa de conversão A/D com eficiência, é pre-
ciso realizar algumas modificações no sinal sem perder a sua essên-
cia. Além disso, sabe-se que a entrada de um dispositivo de aquisição
trabalha com valores positivos, logo, além da amplificação e filtragem
do sinal, também se faz necessário o deslocamento (offset) deste sinal
37
para valores positivos.
Na Figura 12, a seguir, tem-se um exemplo de uma aquisição
de dados de um sinal medido, no qual se observa a etapa do condicio-
namento de sinais antes de haver a conversão A/D.

Figura 12 – Exemplo de aquisição com destaque para o condicionamento

Fonte: Adaptado de Pixbay (2019)

De acordo com a HBM (sem data), um condicionador de si-


nal ajuda a fornecer medições precisas, essenciais para a aquisição
precisa de dados e o controle da máquina. Esses instrumentos podem
executar diferentes funções, como:

• Avaliação e funções inteligentes: Para fornecer benefícios adicionais para


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

o usuário e o processo, os condicionadores de sinal modernos têm funções


extras para avaliação de sinal e pré-processamento de dados de medição.
Isso ajuda a monitorar e avaliar avisos e alarmes diretamente através de uma
saída de comutação elétrica rapidamente. Funções inteligentes adicionais,
como um canal calculado interno, podem lidar com funções matemáticas,
como a adição de sinais de sensores, até operações tecnológicas como um
controlador PID. Essas funções ajudam a obter um sistema de reação rápida
e reduzem a carga do controle da máquina.
• Interfaces: Os conversores de sinal precisam transmitir os sinais do sensor
através de interfaces e protocolos padrão para o controle da máquina. Essas
interfaces podem ser analógicas ou digitais. As interfaces analógicas comuns
são sinais de tensão +/- 10 V ou corrente +/- 20 mA, fáceis de manusear,
mas todo sinal precisa de uma fiação separada. As interfaces digitais moder-
nas são projetadas como interfaces de barramento baseadas em Ethernet e
permitem a conexão de vários componentes com apenas um fio. Isso reduz
a fiação e também permite que informações adicionais sejam transmitidas,

38
como informações de diagnóstico dos componentes, o que é muito importan-
te para reduzir tempos de inatividade e acelerar a manutenção..

INTERFACE COM O PROCESSO

Para que seja realizada a interface entre o dispositivo de aquisi-


ção de dados, seja um computador ou um CLP, faz-se necessário um ca-
minho eletricamente condutor ao longo do qual os dados são transmitidos
dentro de qualquer dispositivo eletrônico digital. A este caminho refere-se
o termo barramento, que consiste em um conjunto de condutores parale-
los, que podem ser fios convencionais, faixas de cobre em uma placa de
circuito impresso ou trilhas microscópicas de alumínio na superfície de um
chip de silício. Cada fio carrega apenas um bit, portanto, o número de fios
determina a maior palavra de dados que o barramento pode transmitir: um
barramento com oito fios pode transportar apenas palavras de dados de 8
bits e, portanto, define o dispositivo como um dispositivo de 8 bits.
Um barramento, normalmente, possui um circuito de memória
de palavra única chamado latch conectado a cada extremidade, que
armazena brevemente a palavra que está sendo transmitida e garante
que cada bit tenha se estabelecido no estado pretendido antes que seu
valor seja transmitido.
O barramento, convencionalmente chamado pelo seu nome
em inglês, bus, ajuda as várias partes do CLP a se comunicar. Se não
houvesse barramento, haveria um grande número de fios conectando
todas as partes. Seria como ter uma fiação separada para todas as lâm-
padas e tomadas de sua casa.
Como os dispositivos de aquisição de dados são conectados
por um slot ou porta, o barramento funciona como uma porta de comuni-
cação entre os dispositivos de aquisição de dados e o controlador, para CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

transmitir instruções e dados de medição. A seguir, na Figura 13, tem-se


a representação de arquitetura básica de um CLP, pela qual é possível
identificar a interface entre os blocos realizada pelos barramentos (bus).

39
Figura 13 – Diagrama de blocos de um CLP

Fonte: Adaptado de Dunn (2006)

Os dispositivos de aquisição de dados para os barramentos de


computador podem ser USB, PCI, PCI Express e Ethernet. Há também os
dispositivos de aquisição de dados para comunicações sem fio no padrão
802.11 Wi-Fi. Há muitos tipos de barramentos, cada um deles oferece di-
ferentes vantagens para diferentes tipos de aplicações. (SILVA, 2012 s/p).
Portanto, pode-se perceber que um barramento transfere si-
nais elétricos de um lugar para outro e está conectado à CPU através
das unidades de interface de barramento. Os dados trafegam entre a
CPU e a memória ao longo do barramento de dados. A seguir, na Figu-
ra 14, tem-se o diagrama de blocos da interface de processamento do
CLP, no qual evidenciam-se as integrações entre as partes ativas do
controlador e os barramentos de dados e de endereços.

Figura 14 – Diagrama de blocos de interfaces


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de Dunn (2006)

A unidade central de processamento, CPU, pode ser dividida


em processador, memória e unidades ou módulos de entrada e saída,
conforme apresentado na Figura 14.
40
As unidades são interconectadas por um barramento de da-
dos bidirecional de determinado tamanho de palavra, um barramento
de endereço unidirecional e um barramento de habilitação unidirecional
– sinal que ativa barramento. Os barramentos de habilitação e endereço
são controlados pelo processador, que usa instruções de software para
seu gerenciamento. Ao endereçar um módulo de entrada, o módulo é
selecionado com seu código de barramento habilitado.
O barramento de endereço pode ser usado para selecionar
quais dados de entrada externa devem ser colocados no barramento
de dados bidirecional. Esses dados são transferidos para a memória
para aguardar a próxima etapa das instruções do software. Os módulos
de saída são endereçados e selecionados da mesma maneira que os
módulos de entrada. A unidade é selecionada pelo código de habilitação
e o barramento de endereços direciona os dados colocados no barra-
mento de dados da memória do processador para sua saída.
Adicionalmente, existem algumas definições básicas sobre as in-
terfaces do processamento de dados para o caso do CLP. O processador
em um sistema CLP possui um software que é facilmente programável e
flexível, fazendo com que o programa inicie, atualize e modifique. Os CLPs,
como já abordado, são configurados para receber um certo número de en-
tradas (analógicas e digitais) e controlar um certo número de saídas, como
atuadores, monitores ou outros tipos de dispositivos. Neste sentido, eles
são classificados em low-end, midrange e high-end, de modo que:
• O low-end é expansível de 64 até 256 E / S;
• O midrange é expansível até 2.048 E / S;
• O high-end é expansível até 8.192 E / S.
Os CLPs têm a capacidade de se comunicarem em uma rede
local (LAN, do inglês, Local Area Network) ou em uma área ampla (WAN,
do inglês, WideArea Network). Eles enviam dados operacionais para e CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

são controlados a partir de um terminal de computador central.


Ademais, quando os loops de controle individuais dos CLPs
não são independentes em um processo, mas são inter-relacionados
suas variáveis são medidas e podem ser monitoradas e variáveis ma-
nipuladas são controladas simultaneamente. Além disso, vários proces-
sadores também podem ser conectados a um computador central para
funções de controle complexas.

PROGRAMAS E PROTOCOLOS

A operação de dispositivos CLPs precisa de padrões indus-


triais para a automação dos processos eletromecânicos que “acionam”
41
o dispositivo. O uso de padrões industriais oferece confiabilidade, dispo-
nibilidade e capacidade de manutenção necessárias.
Os CLPs estão bem adaptados a uma variedade de tarefas de au-
tomação. Estas são, tipicamente, processos industriais na fabricação, nos
quais o custo de desenvolvimento e manutenção do sistema de automação
é alto em relação ao custo total da automação e onde seriam esperadas al-
terações no sistema durante sua vida operacional. Isso torna o uso de CLP
para automação de equipamento muito atraente. O recondicionamento
de componentes existentes usando um CLP geralmente resulta na opção
mais apropriada. O programa do CLP fornecido pelo fornecedor geralmen-
te é especializado em aplicações específicas de fábrica.
Os fornecedores oferecem protocolos diferentes para fazer in-
terface com um CLP, dependendo do seu tipo. Os grandes fornecedores
têm seus próprios protocolos, por exemplo, comunicação Siemens S7.
De modo geral, os fornecedores tendem a usar protocolos padroniza-
dos, por exemplo, o protocolo modbus em vários dialetos. As API (In-
terfaces de Programação de Aplicações, do inglês Application Program-
ming Interfaces) para esses protocolos variam entre:
• Código fechado;
• Código aberto;
• Terceiros;
• C / C ++;
• Java;
• http;
• sem conexão.
Um requisito universal dos DAQ com um componente de con-
trole é a necessidade de programar. Não há dois aplicativos de controle
iguais, o que significa que não é possível oferecer uma solução pronta
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

para uso. Mas uma vez que o limite de programação é ultrapassado,


as coisas tendem a ficar muito complicadas muito rapidamente. Você
começa com as ferramentas de programação suportadas pelo hardware
e, em seguida, procura um ambiente de programação compatível para
que as duas possam ser mescladas para alcançar o resultado desejado.
Exemplos de uso geral são o suporte a programação .NET ou
ActiveX para o hardware que pode ser aplicado a linguagens de progra-
mação onipresentes como Visual BASIC, uma linguagem .NET e até o
LabVIEW. Além da necessidade de programar no que pode ser um am-
biente exótico, complexo e talvez não familiar, essa abordagem exige
que o CLP seja conectado a um PC durante o teste, o que pode não ser
desejado ou mesmo prático.

42
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2019 Banca: UFGD Órgão: UFGD Prova: UFGD - 2019 - UFGD
- Técnico em Eletromecânica
Quanto à linguagem Ladder ou “linguagem de diagrama de conta-
tos”, utilizada em Controladores Lógicos Programáveis (CLP), as-
sinale a alternativa correta:
A - O contato NA é um contato de negação ou inversor.
B - A linguagem Ladder é também conhecida por “diagrama de blocos
lógicos”.
C - Relés internos são elementos utilizados para armazenamento per-
manente de dados (bits).
D - O contato que usamos na programação (NA ou NF) sempre repre-
senta o estado da entrada física do CLP.
E - Enquanto uma bobina com endereço de saída estiver acionada, um
par de terminais no módulo de saída será mantido em condição de con-
dução elétrica.

QUESTÃO 02
Ano: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: UFG Prova: CS-UFG - 2017 - UFG
- Engenheiro - Área Mecânica
O controlador lógico programável (CLP) é um equipamento funda-
mental no processo de automação industrial. O CLP típico é compos-
to de fonte de alimentação, unidade de processamento central (CPU),
seção do programa e seções de entradas e de saídas. Assim, no CLP:
A - o CPU possui cinco modos de operação: (1) programação (program),
(2) execução (run), (3) parada (stop), (4) término (end) e (5) reinício (reset).
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
B - a seção de saídas apresenta circuitos de potência com capacidade
para acionar atuadores monofásicos e motores trifásicos.
C - a seção de entradas possibilita a ligação de sensores analógicos ou
digitais e comandos de outros dispositivos.
D - o RS232, profibus, STL e Ladder são exemplos de linguagens de
programação

QUESTÃO 03
Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: IF-RS - 2015 - IF-RS -
Professor - Controle, Automação e Instrumentação Industrial
Em relação às entradas e saídas digitais do controlador lógico pro-
gramável (CLP), analise as afirmativas abaixo identificando com
um “V” quais são VERDADEIRAS e com um “F” quais são FALSAS:
( ) Um sensor de 3 fios, devidamente ligado a uma entrada tipo fon-
43
te, tem seu fio VCC ligado ao V+ da fonte e ao Comum da entrada
do CLP. O seu terminal GND é ligado apenas ao V- da fonte.
( ) O nível de tensão da saída de um sensor PNP vai comutar entre
o fornecimento de uma tensão e um circuito aberto, exibindo assim
uma lógica positiva (manda um sinal positivo para indicar que está
ativado).
( ) A saída digital à relé é muito utilizada por ser praticamente imu-
ne a qualquer tipo de transiente da rede.
( ) O módulo com saída digital a transístor é recomendado quando
são utilizadas fontes de corrente contínua. Tem capacidade para,
aproximadamente, 10x106 acionamentos e comumente podem su-
portar correntes até 20 A.
Analise as afirmativas acima identificando com um “V” quais são
VERDADEIRAS e com um “F” quais são FALSAS, na sequência de
cima para baixo.
A - V, V, V e F.
B - F, V, F e F.
C - F, F, V e V.
D - V, F, F e F.
E - V, V, F e V.

QUESTÃO 04
Ano: 2017 Banca: FCM Órgão: IF-RJ Prova: FCM - 2017 - IF-RJ -
Técnico Laboratório - Eletrotécnica/ Eletrônica / Instrumentação
Analise as seguintes afirmativas, referentes aos sensores de proxi-
midade, utilizados como dispositivos de entrada dos controladores
lógicos programáveis, e marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Nos sensores indutivos, seu alcance independe do tamanho do
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

alvo em relação à face ativa e dos diferentes tipos de metais.


( ) Nos sensores capacitivos, materiais com pequena constante
dielétrica podem ser detectados por barreiras que possuam mate-
riais com grandes constantes dielétricas.
( ) Nos sensores ópticos para a detecção do feixe de luz, o foto-
transistor ou fotodiodo são os mais utilizados pela robustez, em
estado sólido, proporcionando uma variação de corrente.
( ) Os sensores por feixe retrorreflexivo são complexos na insta-
lação, apresentando baixa sensibilidade e alcance maior que o de
feixe transmitido.
( ) Nos sensores ultrassônicos, empregando a frequência de 5
MHz, o tamanho e o material do alvo, acusticamente absorventes,
proporcionam uma ampliação da distância sensora.
A sequência correta é:
44
A - F, F, V, F, F.
B - F, V, F, V, V.
C - F, V, V, F, V.
D - V, F, V, V, F.
E - V, V, F, V, V.

QUESTÃO 05
Ano: 2016 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: IF-PE - 2016 - IF-PE -
Técnico de Laboratório - Eletroeletrônica
Sobre os conversores A/D e D/A, é possível afirmar que:
I. a conversão D/A é o processo de conversão de uma tensão ou
corrente para um valor representado em código digital (como biná-
rio ou BCD).
II. a função do transdutor é converter a variável física em elétrica.
Alguns transdutores comuns são sensores de temperatura, fotocé-
lulas e fotodiodos.
III. a saída elétrica analógica do transdutor serve como entrada ana-
lógica do conversor analógico-digital (ADC). Este converte essa
entrada analógica em saída digital, que consiste de um número de
bits que representa o valor da entrada analógica.
IV. a resolução de um conversor D/A é definida como a menor variação
na saída analógica como resultado de mudança na entrada digital.
V. erro de offset é o desvio máximo da saída do conversor digital-a-
nalógico (DAC) do valor esperado (ideal), expresso como porcen-
tagem do erro de offset. Então se o conversor apresentar um erro
de offset de ±0,05% e esse conversor tem tensão de entrada 10V,
esse percentual de erro de offset é de até 5 m.
V. Estão CORRETOS os itens:
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
A - I, II e III.
B - I, II e IV.
C - II, III, IV e V.
D - II, III e IV.
E - II, IV e V.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Diante dos controles programáveis existe uma variedade de sistemas e
métodos que tratam acerca da referida temática, dessa forma, os siste-
mas de aquisição são conhecidos como a utilização de diversas ferra-
mentas e tecnologias projetadas para agrupar uma grande quantidade
de dados. Assim, o que pode ser entendido como a aquisição de dados?

45
TREINO INÉDITO
Assunto: Aspectos gerais acerca das unidades de aquisição de dados
Os denominados _________ necessitam de uma fonte de alimenta-
ção externa para que funcionem de forma devida, sendo ela cha-
mada de sinal de excitação, o qual é utilizado para produzir o sinal
de saída. O trecho em questão é corretamente preenchido pelo se-
guinte termo:
a) Sensor
b) Sensor ativo
c) Hardware
d) DAQ
e) Sensor passivo

NA MÍDIA
COMO AS PESSOAS ESTÃO USANDO OS DISPOSITIVOS DE AQUI-
SIÇÃO DE DADOS DA NATIONALINSTRUMENTS
Engenheiros e cientistas de praticamente todos os setores, aplicações e
regiões do mundo confiam e utilizam os produtos de aquisição de dados
(DAQ) da NationalInstruments. Seja para a validação e verificação do
protótipo de um projeto, ensino no laboratório de uma universidade, diag-
nóstico de problemas de funcionamento de máquinas ou controle de um
processo de fabricação, a NationalInstruments tem soluções de medição
que podem atender suas necessidades e contribuir para o seu sucesso.
Fonte: NationalInstruments
Data: Sem data
Leia a notícia na íntegra: https://www.ni.com/data-acquisition/applica-
tions/pt/
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA
AQUISIÇÃO DE DADOS
Quando nós ficamos frente a um pasto e anotamos o número de bezer-
ros, por exemplo, estamos efetuando uma aquisição e armazenando
o resultado no papel. O ser humano dispõe de 5 sentidos para fazer a
“aquisição” de sinais provenientes do meio físico:
• Visão
• Audição
• Paladar
• Tato
• Olfato
Você pode executar uma aquisição de dados de diversas formas, inclusi-
ve manualmente, conforme o exemplo anterior. A forma mais interessante
de automatizar a aquisição de dados é por meio eletrônico e software.
46
A figura abaixo apresenta um diagrama comum à maioria dos sistemas
de aquisição eletrônicos. O sinal de interesse está sempre no ambiente
físico real. Através de transdutores, ele é convertido em sinal elétrico,
podendo ser tratado pela eletrônica. Após todo o tratamento, os resulta-
dos poderão ser armazenados de forma conveniente, mas deverão ser
novamente transformados em alguma forma perceptível pelos nossos
sentidos para serem entendidos. Esta transformação final se dá pelo
que chamamos de interface homem-máquina ou simplesmente IHM.

Quando o equipamento, além de efetuar a aquisição de sinais, tem alguma


ação sobre o meio físico, podemos dizer que ele exerce um controle so-
bre o ambiente físico. Como exemplo, podemos imaginar um equipamento
que mede a intensidade de luz de uma sala e automaticamente corrige a
iluminação. Neste caso, o equipamento efetua uma aquisição (mede a in-
tensidade da luz) e também um controle (atua sobre a iluminação da sala).
As aquisições serão feitas por entradas do equipamento e os controles
por saídas.
Fonte: http://www.eletronpi.com.br/aquisicao_de_dados.aspx

PARA SABER MAIS


Acesse os links:
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4203391/mod_resource/con-
tent/0/eTecCLP.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=QB4O23VBiu

47
APLICAÇÕES COM O CONTROLADOR
LÓGICO PROGRAMÁVEL
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

O CLP foi desenvolvido para substituir os grandes painéis de


controle de relés lógicos eletromecânicos. Os CLPs são dispositivos ca-
pazes de supervisionar em tempo real os sinais emitidos por sensores
e, inclusive, tomar decisões baseadas em lógicas pré-estabelecidas,
proporcionando automação ao sistema.
Nesse sentido, os controladores lógicos programáveis (CLPs) são
aplicados a uma ampla gama de tarefas de controle, de plantas industriais
a brinquedos, de máquinas de ordenha a barreiras contra tempestades, de
elevadores a eletrodomésticos. Muitas de suas aplicações são críticas em
termos de segurança, como sistemas de controle de tráfego ou fábricas de
produtos químicos, ou em um sentido econômico, em que os custos saem
rapidamente do controle, por exemplo para desligar uma fábrica ou replicar
um bug em milhares de cópias de um controlador de ar.
Devido à sua construção robusta, recursos funcionais excepcio-
4848
nais, como controladores PID (proporcional integral derivativo), controle se-
quencial, temporizadores e contadores, facilidade de programação, recur-
sos confiáveisde controle e facilidade de uso de hardware, tem-se na CLP
mais do que um computador digital para fins especiais, tanto em indústrias
quanto fora das indústrias, em outras áreas que necessitem de um sistema
de controle. Diferentes tipos de CLP de grande número de fabricantes es-
tão disponíveis no mercado atual, a depender de sua aplicação.

CLASSIFICAÇÃO DOS CLPS

Como em qualquer peça de tecnologia, todo dispositivo deve


chegar a um ponto em que possa ser dimensionado ou projetado para
aplicações mais específicas: em larga, pequena ou média escala, sen-
do analógico, digital, direto atual ou corrente alternada – a depender da
finalidade. O controlador lógico programável básico se adaptou a esses
avanços tecnológicos, ramificando-se em diferentes tipos que se adé-
quam a cada aplicação específica e, portanto, maximizando os recursos
econômicos de cada consumidor.
Os tipos de CLP podem ser classificados de acordo com alguns
parâmetros. No entanto, vale lembrar que algumas sobreposições po-
dem ser aplicadas, criando, assim, uma combinação de tipos de CLPs
por fabricante.
Quando se trata dos tipos de CLPs, as duas classificações
quanto à arquitetura, se do tipo fixo ou modular, são a resposta mais
comum que você encontrará em qualquer fonte, simplesmente porque
são as menos sutis de todas as classificações disponíveis. Os tipos de
arquiteturas fixa e modular foram apresentados no Capítulo 1 e são
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
mais uma vez citados aqui apenas para elucidar sobre como se classi-
ficam os CLPs no mercado.

Classificação de Acordo com a Arquitetura

Sobre a classificação a partir da arquitetura, é possível em ter-


mos considerando, em analogia, que um computador notebook seria
como o CLP fixo, enquanto o computador de mesa, o de arquitetura
modular. Os notebooks geralmente possuem uma RAM e memória de
disco rígido HD fixas e geralmente são mais caros para atualizar.
A compatibilidade do disco rígido e da RAM também é um pro-
blema nos notebooks, se houver expansões disponíveis. Os computa-
dores de mesa, por sua vez, possuem slots que permitem ao usuário
49
conectar ou substituir peças existentes para atualizar seu computador. A
RAM ou o disco rígido, por exemplo, podem ser facilmente substituídos,
basta remover o existente de suas respectivas conexões e substituí-lo
por um novo. Embora os notebooks geralmente tenham maiores van-
tagens do que o PC pelo mesmo preço (por serem portáteis), os limites
de seu poder de processamento são baixos, em comparação aos dos
computadores de mesa. No mesmo sentido, o CLP fixo pode inicial-
mente ser superior ao CLP modular; mas, a longo prazo, o CLP modular
ainda oferecerá uma maior vantagem econômica em aplicações alta-
mente exigentes devido à sua flexibilidade de expansão e capacidade
de integração com módulos robustos.
Ainda sobre as características do CLP fixo ou modular, é válido
relembrar alguns de seus principais aspectos:

• CLP fixo, compacto ou integrado: é construído por vários módulos em um


único gabinete. Portanto, os recursos de E / S são decididos pelo fabricante,
mas não pelo usuário. Alguns dos CLPs integrados permitem conectar al-
guns recursos de E / S adicionais para torná-los, de certo modo, um pouco
modulares;
• CLP modular: é construído com vários componentes conectados a um rack
(gabinete) ou barramento comum com recursos de E / S extensíveis. Ele
contém módulo de fonte de alimentação, CPU e outros módulos de E / S
que estão conectados juntos no mesmo gabinete, podendo ser dos mesmos
fabricantes ou de outros. Esses CLPs modulares são fornecidos em tama-
nhos diferentes com fonte de alimentação variável, recursos de computação,
conectividade de E / S, placas de rede etc. (ROCHA, 2008 p.18).

Classificação de Acordo com a Saída


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

As operações de comutação nos estágios primitivos do CLP eram


do tipo relé. Isso significa que existe um interruptor eletromecânico sendo
controlado com o uso do controlador lógico programável para alimentar os
dispositivos de saída. Através de anos de desenvolvimento, os desenvol-
vedores encontraram maiores vantagens no uso de outros métodos para
controlar as saídas usando diferentes componentes de comutação, sendo
eles os triacs e transistores. O tipo de carga deve ser considerado inicial-
mente, antes de escolher o tipo de saída que o CLP deve ter.
A classificação de acordo com a saída pode ser do tipo: saída
com relé, saída com transistor, saída com triac e saída analógica. Cada
tipo de saída é abordada a seguir.

• As saídas de relé são adequadas para dispositivos de saída de corrente


alternada e contínua. E consiste, basicamente, em um relé como saída, e o

50
CLP controla a comutação do relé, executando a corrente através de suas
bobinas, pois ter corrente através de uma bobina cria um campo magnético
no meio da bobina, que atrai os contatos metálicos do relé. Um dos proble-
mas com uso dos relés é o desgaste mecânico que ocorre durante opera-
ções de comutação repetitivas. Portanto, a saída do tipo relé é mais adequa-
da em operações de comutação pouco frequentes, por exemplo, ativar um
dispositivo de operação contínua, como um motor;
• Saídas de transistores: transistores são dispositivos semicondutores usados
para operações de comutação e são usados dentro de microprocessadores
em escala micro ou nano. Nos transistores, nenhum componente mecânico ou
móvel está envolvido, portanto, é possível uma comutação mais rápida usando
esse tipo de saída. Um dispositivo de comutação que não possui componen-
tes móveis é chamado de dispositivo de estado sólido. Obviamente, pode-se
esperar velocidades mais altas dos inversores de estado sólido, como seria de
esperar nas saídas de estado sólido do CLP. De qualquer forma, apenas as
saídas CC podem ser manipuladas pelos transistores devido à sua construção
– elas permitem apenas que uma direção da corrente flua após serem troca-
das. Uma vantagem desse tipo de saída é que o CLP usa optoisolação para
alternar o transistor, isolando o CLP da fonte elétrica da saída;
• Saída triac: o triac também é um dispositivo de estado sólido que é equiva-
lente a dois transistores "espelhados" (especificamente, o transistor de junção
bipolar). Como a corrente agora pode fluir em duas direções, esse tipo de saí-
da do CLP pode ser usado no controle de saídas que usam corrente alternada;
• Saída analógica: os tipos de saídas de CLP mencionados até então são
projetados para operações de comutação. Isso significa que eles são de
natureza digital porque operam apenas na condição LIGADO ou DESLIGA-
DO. As saídas analógicas estão em uma disciplina diferente. Geralmente, os
CLPs de saída analógica controlam a velocidade de dispositivos em opera-
ção contínua, como motores ou turbinas. Obviamente, as faixas de tensão /
corrente variam dependendo do fabricante e / ou dos módulos.

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS


Classificação de Acordo com o Tamanho

CLPs maiores geralmente são projetados para lidar com um


número maior de dispositivos, mesmo nos tipos modular e fixo. No en-
tanto, os CLPs maiores nem sempre podem ser os dispositivos mais
eficientes para se tornar o controlador do seu sistema automatizado.
Os fabricantes de CLP criaram CLPs cada vez menores para atender
a aplicações menores. Ao comprar o tipo de CLP fixo, esse geralmente
é o fator mais considerado, porque, como exposto anteriormente, os
CLPs fixos são usados com mais eficiência em aplicativos de pequena
escala que não exigem uma grande expansão no futuro. Diante dessa
diferença de topologias em relação ao temanho, a seguir tem-se a clas-
sificação dos CLPs de acordo com o tamanho.

51
• Mini CLP: Os mini CLPs geralmente têm 128 a 512 pontos de E / S, que já
são muito para um sistema de controle. Para sistemas de controle pequenos,
cuja escalabilidade é esperada sem muitas mudanças ao longo de sua utili-
zação, os mini CLPs são ideais para uso em vez de CLPs maiores (acima de
512 pontos de E / S);
• Micro CLP: são os que têm de 15 a 128 pontos de E / S. Eles são mais
comumente usados em sistemas de automação ou controle muito pequenos,
como brinquedos de parques de diversão. Como os parques de diversões
exigem que os controles estejam próximos ao próprio brinquedo, isso elimina
a exigência de que exista um "CLP central" para todos os brinquedos no
parque. Além disso, como cada brinquedo pode adicionar apenas alguns dis-
positivos aqui e ali por motivos de segurança, eles não exigiriam um número
alto de pontos de E / S, logo, o micro CLP já seria suficiente;
• Pico CLP: possuem menos de 15 pontos de E / S. Geralmente, eles são
vistos nos sistemas de instrutores de CLP porque são muito fáceis de usar
(e geralmente vêm com um painel de exibição) e não parecem intimidadores
para iniciantes que desejam conhecer primeiro o básico do CLP. O que é
realmente desejável nos dispositivos Pico / Nano CLP é a simplicidade e a
compacidade, pois geralmente são do tamanho da sua mão.

CLP de Segurança

O CLP de segurança é um tipo especial de CLP que está em


conformidade com a IEC 61508 - Segurança funcional de sistemas elé-
tricos / eletrônicos / eletrônicos programáveis relacionados à seguran-
ça. Basicamente, esse tipo de CLP funciona exatamente como o con-
trolador lógico normal, exceto que quase não falha. Parece bom demais
para ser verdade, porque é. Nenhum cenário do mundo real é ideal.
Portanto, os CLPs de segurança são equipados com “redundâncias”, de
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

modo que, se falhar, ocorrerá de maneira segura.


A única coisa a se ter em mente, porém, é que quando você
usa CLP de segurança, você deve ter pessoal de manutenção experien-
te e instruído para examiná-lo. Além disso, geralmente é mais caro que
o CLP normal, devido aos circuitos de segurança adicionais. Fora isso,
se esses não forem um problema, é mais conveniente a longo prazo
usar CLPs de segurança em vez de CLPs normais.

ESTADOS DE OPERAÇÃO

Como já mencionado em seção anterior, o controlador progra-


mável, ou simplesmente CLP, é um dispositivo capaz de ser programa-
do para executar uma função de controle de outros dispositivos. Um
CLP monitora continuamente o estado dos dispositivos de entrada e
52
toma decisões baseadas em lógica com base nos programas criados
pelo usuário para controlar o estado dos dispositivos de saída. Elevado-
res são um exemplo de um sistema mecânico controlado por um CLP.
Existe um programa definido em execução no CLP que detecta
o piso solicitado e move o elevador para o piso solicitado. A maioria dos
elevadores é programada e controlada por CLP para seguir a rota mais
otimizada através de qualquer chamada de botão pendente e tomar sua
decisão direcional.
Os dispositivos controladores programáveis são, de modo ge-
ral, fáceis de instalar e programar. A maioria dos CLPs é fornecida com
conexões de rosca rápida para a fiação dos dispositivos de entrada e
saída. Os recursos de edição do CLP permitem que as alterações, cor-
reções e procedimentos de carregamento do programa sejam realiza-
dos em questão de segundos na maioria dos casos.
Conforme exposto no Capítulo 1, todos os controladores pro-
gramáveis possuem, pelo menos, interfaces de entrada e saída, memó-
ria, um método de programação, uma unidade central de processamen-
to (CPU) e uma fonte de alimentação.
A CPU é responsável pelo processamento dos estados de
operação referentes ao funcionamento interno do CLP. Nesse sentido,
a CPU executa o programa que foi inserido pelo usuário. Esta rotina
de execução ocorre repetidamente quando o dispositivo está no modo
“RUN” (executar). A Figura 15, a seguir, mostra toda a série repetitiva de
eventos – ciclo de execução do CLP.

Figura 15 – Ciclo de varredura de um CLP

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de BISWANATH (2014)


53
Varredura de Entrada

Durante a varredura (scan) de entrada, o estado atual de cada


módulo de entrada é armazenado na tabela de imagens de entrada
(memória), atualizando-o. Portanto, todos os estados dos dispositivos
de entrada (que, por sua vez, estão conectados ao módulo de entrada)
são atualizados na tabela de memória de entrada.

Execução do Programa do Usuário

Após a verificação de entrada, a CPU entra na execução do


programa do usuário ou na verificação do programa. A execução envol-
ve iniciar na primeira instrução do programa, depois passar para a se-
gunda instrução e executar sua sequência de execução. Isso continua
até a última instrução do programa. Durante a execução do programa
do usuário, a CPU mantém continuamente sua tabela de imagem de
saída (memória) atualizada.

Varredura de Saída

Durante a varredura (scan) do programa, os próprios módulos de


saída não são atualizados continuamente. Em vez disso, toda a tabela de
imagens de saída é transferida para os módulos de saída durante a verifi-
cação de saída, que vem após a execução do programa. Assim, os disposi-
tivos de saída são ativados adequadamente durante a verificação de saída.
Observe que, devido à natureza cíclica da varredura de E /
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

S do programa, o status das entradas e saídas não pode ser alterado


dentro do mesmo ciclo de varredura. Se um sinal de entrada mudar de
estado após a verificação de entrada, ele não será reconhecido até que
a próxima verificação de entrada ocorra.
O tempo para atualizar todas as entradas e saídas depende do
número total a ser copiado, mas geralmente tem alguns milissegundos
de duração. O tempo total de execução do programa (ou tempo de ciclo)
depende da duração do programa de controle. Cada instrução leva de
1 a 10 µs para executar, dependendo do controlador programável espe-
cífico empregado. Portanto, um programa de instruções de 1K (1.024)
normalmente tem um tempo de ciclo de 1 a 10 ms. No entanto, os pro-
gramas de controladores programáveis geralmente são muito menores
que 1.000 instruções, ou seja, 500 etapas ou menos. A seguir, na Tabela
1, tem-se um exemplo da tabela de atribuição de endereços de E / S:
54
Tabela 1 – Tabela de atribuição de endereços

Fonte: autoria própria (2019)

PRÁTICAS DE PROGRAMAÇÃO DE CLP

No projeto de máquinas automatizadas e sistemas de controle


para processos, controladores lógicos programáveis são frequentemen-
te usados. Para o controlador executar a tarefa pretendida, é necessário
um programa de controle, conforme brevemente abordado na seção
anterior. O projeto e desenvolvimento do programa de controle são de
vital importância, pois constituem o meio para controlar o processo de
destino. Pode-se observar que a estratégia permite o desenvolvimento
e a instalação de hardware e software simultaneamente. Isso fornecerá
ao programador o tempo máximo possível para considerar os requisitos
de controle e gerar a solução de software mais adequada.
Para o simples controle de um equipamento, a quantidade de tra-
balho de planejamento e projeto real para esses programas curtos é míni-
ma. Na prática, o programa de controle é muito mais complexo e envolve
funções lógicas mistas, juntamente com muitas outras funções programá-
veis fornecidas pelos modernos controladores lógicos programáveis.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
Portanto, uma abordagem formal e estruturada ao design (pro-
jeto) de software deve ser adotada para que o programa possa ser facil-
mente entendido, depurado e documentado. Em termos de metodologia
de design, a programação em escada é largamente utilizada no âmbito
de CLP e não é diferente da programação de computador convencional.
Portanto, atenção considerável deve ser dada a:
• Definição de tarefa;
• Técnicas de design de software;
• Documentação;
• Teste de programa.
A divisão das tarefas de programação em blocos funcionais é
uma parte importante do design do software. Na programação lógica,
existem duas técnicas diferentes que podem ser usadas para imple-
mentar a função de um determinado bloco. As duas técnicas estão apre-
55
sentadas a seguir.
• Lógica combinacional: em que a saída é puramente dependen-
te da combinação das entradas a qualquer instante no tempo. Todos os
controladores programáveis possuem instruções lógicas padrão – AND,
OR, NOT etc., e elas podem ser combinadas para criar redes lógicas. A
álgebra booleana pode ser usada como uma ferramenta para auxiliar no
projeto de redes lógicas. Os símbolos lógicos são frequentemente usa-
dos em conjunto com a álgebra booleana, pois agrupam entradas em
funções lógicas que são facilmente transferidas para termos booleanos;
• Redes sequenciais: nas quais a saída depende não apenas
das entradas reais, mas também da sequência das entradas e saídas an-
teriores (memorizando eventos). Os problemas sequenciais são resolvi-
dos há muito tempo usando portas lógicas convencionais como blocos de
construção, mas usando certas técnicas para expressar e identificar as
equações lógicas de sequência que controlam as saídas do sistema. São
fornecidas instruções avançadas do CLP, como registros de mudança,
sequenciadores, relés de controle mestre, temporizadores de bateria etc.,
para simplificar o design e a implementação de sistemas de sequência.

Estrutura de Programa

É uma boa prática ter um programa estruturado com seções


definidas que lidam com áreas específicas de operação. Ao adotar essa
abordagem, os programas desenvolvidos são confiáveis e podem ser
facilmente compreendidos. Eles também facilitam o processo de depu-
ração, resultando em um menor tempo de inatividade da máquina ou
processo envolvido. Essas seções podem ser amplamente categoriza-
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

das da seguinte maneira: modos de operação, operação de processo


(lógica da sequência), sinais de saída e sinais indicadores de status.
Configurar os modos de operação é imprescindível para que
todas as configurações exigidas para a correta operação do programa
sejam seguidas, como posição inicial e condições de ativar (enable) e
redefinir (reset).
É provável que todo equipamento automatizado tenha uma po-
sição inicial. Essa é a posição que todos os seus atuadores adotarão
antes da operação do equipamento. Portanto, para significar e inicializar
uma posição básica para o equipamento, a posição inicial de cada atu-
ador pode ser combinada logicamente e programada como uma etapa
de um processo sequencial.
Além disso, é importante considerar que a maioria dos proces-
sos e equipamentos industriais possui controles manuais de partida e
56
parada incorporados ao programa programável do controlador lógico.
Por meio do intertravamento, é garantida a ativação de sinais de arran-
que e parada adequados e seguros do processo ou equipamento. O
controle de redefinição também está incluído em caso de paralisação do
sistema, o qual é normalmente usado para redefinir o equipamento para
sua posição básica após a ativação.
Operação de processo (lógica de sequência) é a seção principal
do programa que determina o correto funcionamento da operação. Isto é
conseguido através do uso de redes combinacionais e sequenciais. As
saídas resultantes normalmente não acionam diretamente os atuadores,
mas são usadas para operar relés de marcadores intermediários.
Os sinais de saída para atuadores de processo são formados
intertravando a saída da sequência de operação resultante com quais-
quer condições de ativação existentes nos modos de operação mencio-
nados acima.
Por sua vez, o status do processo geralmente é exibido por
sinais indicadores usando lâmpadas ou alarmes textuais, sonoros etc.
Esses elementos são programados nessa seção do software.

Projeto Combinacional de Controle Lógico

A álgebra booleana pode ser usada como uma ferramenta para


auxiliar no projeto de redes lógicas. O circuito ou programa lógico original
é primeiro convertido em uma equação booleana. Com base nas regras
que regem a álgebra booleana, a equação é simplificada, resultando em
uma solução mais econômica ou elegante, em termos de funções lógicas.
Ao lidar com tarefas lógicas combinacionais bastante comple-

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS


xas, os requisitos também podem ser expressos em termos de equa-
ções booleanas, para que possam ser simplificadas antes de traduzi-las
em lógica escada.
Como exemplo para ilustrar como um diagrama de escada fun-
ciona, tem-se a seguinte situação definida na Tabela 2:

57
Tabela 2 – Exemplo de formulação de lógica

Fonte: Adaptado de BISWANATH (2014)

O resultado da relação entre a saída desejada e as condições


de entrada pode ser expresso por meio da seguinte expressão booleana:

No mesmo sentido, a expressão pode ser representada pelo


seguinte diagrama apresentado na Figura 16.

Figura 16 – Diagrama lógico do problema da Tabela X


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de BISWANATH (2014)

Boas Práticas de Programação

Independentemente do problema apresentado, da tecnologia


empregada e da eficiência da resposta esperada, escrever um progra-
ma exige seguir uma série de cuidados que, em conjunto, garantem as
boas práticas para construção, operação e manutenção das rotinas de
maneira confiável e flexível. A seguir, está apresentada uma lista de
boas práticas para programação de CLP.
1. Planeje seu programa primeiro em papel. Não basta ligar o
seu CLP e começar a digitar elementos. 80% do seu tempo deve ser
58
gasto trabalhando na essência do programa e apenas 20% digitando-o;
2. Mantenha a documentação de todos os elementos usados
no programa e sempre adicione comentários conforme necessário;
3. Suponha que o programa encontre todas as sequências de
erros possíveis – forneça segurança a ele;
4. Mantenha os programas simples e legíveis;
5. Tente desenvolver seção por seção concomitantemente com
testes, se possível;
6. Use as funções de forçar e monitorar para observar a opera-
ção do programa em situações nas quais é seguro fazê-lo.

APLICAÇÕES PRÁTICAS COM CONTROLADOR LÓGICO PRO-


GRAMÁVEL

Um controlador lógico programável (CLP) é um dispositivo ele-


trônico usado em muitas indústrias para monitorar e controlar sistemas de
construção e processos de produção. Para atender às demandas de am-
bientes industriais rigorosos, os CLPs são projetados para serem extrema-
mente robustos, geralmente capazes de suportar temperaturas extremas,
umidade, vibração e ruído elétrico. Os controladores lógicos são geralmen-
te responsáveis pelo monitoramento e controle de um grande número de
sensores e atuadores e, portanto, são diferentes de outros sistemas de
computador em seus extensos arranjos de entrada / saída (E / S).
Os CLPs são utilizados em diversas indústrias, como petro-
química, biomédica, fabricação de cimento, setor de petróleo e gás etc.
Para consolidar o que foi possível aprender nesta unidade até
então, nesta seção, são apresentados exemplos de instruções básicas
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
utilizando CLP, incluindo controle sequencial / posição, contagem pro-
gramada e controle de entrada / saída. Inúmeros são os exemplos de
aplicação de CLP, que incluem as aplicações mais comuns no controle
de automação, como controle de entrada / saída de estacionamento,
mistura de materiais, monitoramento de estoque, monitoramento de ní-
vel, controle de semáforos e controle de correia transportadora (esteira).

Controle de Bloqueio de Carros

A entrada / saída do estacionamento é uma passagem de pista


única. Ao controlar os indicadores, o programa garante que apenas um car-
ro possa passar pela Entrada / Saída, para evitar acidentes de carro entre
entrar e sair de carros. A situação está representada na Figura 17 abaixo.
59
Figura 17 – Ilustração do problema de bloqueio de carros

Fonte: Kalatec (2010)

No estacionamento, existem dois indicadores direcionando in-


dividualmente os carros que entram e saem. Pelo circuito de controle de
intertravamento, apenas um indicador exibirá o sinal GO e o acidente de
carro será prevenido. Quando um carro que entra se aproxima da barreira
de controle do veículo, X0 fica ON e, consequentemente, Y0. O indicador
de carro entrando mostrará GO. Ao mesmo tempo, o indicador de saída
de carro mostrará "STOP". A entrada de carro é permitida, mas a saída é
proibida, neste caso. Quando um carro que sai se aproxima da barreira
de controle do veículo, X1 estará ON e, logo, Y1. O indicador de saída
do carro mostrará GO e o indicador de entrada do carro mostrará STOP.

Na Tabela 3, apresentada a seguir, estão os dispositivos pre-


sentes no contexto e cada uma de suas funções.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Tabela 3 – Descrição de funções dos dipositivos

Fonte: Adaptado de Kalatec (2010)

O diagrama de controle da solução é apresentado a seguir, na


Figura 18.

60
Figura 18 – Diagrama de controle

Fonte: Adaptado de Kalatec (2010)

Controle de Porta Automática

Quando alguém entra no campo de detecção por infraverme-


lho, o motor de abertura começa a trabalhar para abrir a porta automa-
ticamente até que a porta toque no interruptor de limite de abertura. Se
a porta tocar no interruptor de limite de abertura por 7 segundos e nin-
guém entrar no campo de detecção, o motor de fechamento começará
a trabalhar para fechar a porta automaticamente até que o interruptor de
limite de fechamento se toque. Por sua vez, deve parar a ação de fecha-
mento imediatamente se alguém entrar no campo de detecção durante
o processo de fechamento da porta. A situação descrita está apresenta-
da na Figura 19 apresentada a seguir.

Figura 19 – Ilustração do controle automático de portas

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Adaptado de BISWANATH (2014)

X0 = ON se alguém entrar no campo de detecção do sensor


infravermelho. Y0 estará ON e trancado, e a porta será aberta enquanto
o limite de abertura mudar para X2 = OFF. Quando a porta toca nos
61
interruptores de limite de abertura, X2 = ON. O temporizador T0 come-
çará a contar por 7 segundos se ninguém entrar no campo de detecção
(X0 = OFF). Após 7 segundos, Y1 estará ON e trancado e a porta será
fechada. Durante o processo de fechamento, X0 = ON se alguém entrar
no campo de detecção. O contato NF X0 será ativado para desligar Y1.
Como X0 = ON, X2 = OFF e Y1 = OFF, Y0 estará ON e a porta será
aberta novamente. Na Tabela 4 são apresentados os dispositivos pre-
sentes no contexto e cada uma de suas funções.

Tabela 4 - Funções

Fonte: Adaptado de Kalatec (2010)

A Figura 20, apresentada a seguir, representa o diagrama do


programa de controle para a solução utilizando lógica sequencial.

Figura 20 – Programa de controle da porta automática


CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

Fonte: Kalatec (2010)


62
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CESGRAN-
RIO - 2014 - Petrobras - Técnico de Manutenção Júnior - Eletrônica
Na automação industrial, para a programação de Controladores
Lógico Programáveis (CLP), representando graficamente o pro-
cessamento dos sinais elétricos e do comando enviados a outros
equipamentos industriais, uma possibilidade bastante empregada
é o uso de linguagem de contato (LADDER).

A figura acima apresenta uma pequena parte de um programa para


CLP mais complexo. Nas condições ideais de funcionamento, o
contato, normalmente aberto I, é energizado por uma botoeira, por
cerca de 0,5 segundo. T3 é um temporizador associado a 3 segun-
dos, e M0 é um motor. Considerando-se o diagrama e as informa-
ções acima, afirma-se que M0:
A - é energizado imediatamente após I e desliga 3 s depois da partida.
B - liga 3 s após a energização de I e desliga 3 s depois de sua partida.
C - liga 3 s após a energização de I e não é mais desligado.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
D - desliga 3 s após a energização de I e não é mais ligado.
E - desliga imediatamente após a energização de I e religa 3 s depois
de seu desligamento.

QUESTÃO 02
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-AM Prova: FGV - 2015 - TJ-AM -
Assistente Judiciário-Técnico em Telecomunicações
Um Controlador Lógico Programável (CLP) é utilizado para emitir
um comando diante do surgimento de um evento. Esse evento re-
pete-se periodicamente em intervalo de tempo igual a T. O sensor
utilizado para informar ao CLP sobre a ocorrência do evento con-
some um tempo igual a T/2. Considerando que o tempo de duração
do evento é desprezível e que o tempo de execução do comando
dado pelo CLP é T/4, o tempo máximo que o CLP deve consumir
63
para emitir o comando mencionado é igual a:
A-2T
B - T.
C - T/2.
D - 2T/3.
E - T/4.

QUESTÃO 03
Ano: 2014 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova:
NC-UFPR - 2014 - ITAIPU BINACIONAL - Técnico em Eletrônica
A linguagem LADDER foi concebida como uma ferramenta gráfica
para programação de Controladores Lógicos Programáveis (CLP):
De acordo com o diagrama em linguagem LADDER apresentado ao
lado, considere as seguintes afirmativas:
1. A lâmpada será ligada quando as chaves A e B estiverem desli-
gadas.
2. A lâmpada será ligada quando as chaves A e B estiverem ligadas.
3. A lâmpada será ligada quando a chave A estiver ligada e a chave
B estiver desligada.
4. A lâmpada será desligada quando a chave A estiver desligada e
a chave B estiver ligada.
Assinale a alternativa correta.

A - Somente a afirmativa 1 é verdadeira.


B - Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

C - Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.


D - Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
E - Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

QUESTÃO 04
Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG
- Técnico em Eletroeletrônica
A figura, a seguir, mostra o controle de um motor M1 usando Dia-
grama Ladder:

64
A função lógica correspondente ao diagrama Ladder é dada por:
A-

B-

C-

D-

QUESTÃO 05
Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: ANS Prova: FUNCAB - 2015 - ANS
- Atividade Téc. de Suporte - Administração - Ciências Contábeis
A informação é um elemento indispensável às organizações e, por
isso, compreendida como ativo de valor e agregada entre os seus
principais patrimônios, o que a torna suscetível a ameaças e neces-
sita ser protegida. As formas de controle de acesso à informação
que visam conferir-lhe proteção compreendem meios físicos, lógi-
cos e humanos. Um exemplo de controle lógico é encontrado em:
A - salas-cofre.
B - trancas.
C - cerca elétrica.
D - guardas.
E - assinatura digital.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Existem vários critérios responsáveis por definir uma classificação acer-
ca dos controles programáveis lógicos. Assim, apresente os tipos liga-
dos à classificação de acordos com a saída.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
Assunto: Controladores Lógicos Programáveis
A classificação dos Controles Lógicos Programáveis pode ser
classificada com base em uma série de parâmetros. Nesse sentido,
a _________ é construída com vários componentes, sendo esses
conectados a um gabinete ou barramento comum com recursos de
E/S extensíveis.
a) CLP modular
b) CLP fixo
c) CLP compacto
d) CLP integrado
e) CLP Agregado

65
NA MÍDIA
AS VANTAGENS DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL EM
SUA EMPRESA
É imprescindível para uma empresa ter seus processos bem definidos e
devidamente controlados e, a partir desse controle, conseguir diversos
dados pontuais, que permitem a visualização de erros e acertos em
uma linha de produção. Sendo assim, o controle de processos é um
método que vem crescendo no mercado, por ser capaz de alavancar os
resultados de uma empresa.
Os controladores lógicos programáveis (CLPs) são computadores (PC)
especializados baseados em microprocessadores, que realizam funções
de controle. Compartilhando diversas similaridades com o PC, tem como
principal diferença o desempenho em ambientes agressivos, de alta tem-
peratura, vibrações e poeira. Utilizando softwares desenvolvidos pelos
próprios usuários ou por profissionais capacitados, os CLPs são capazes
de realizar processos que podem apresentar risco aos operadores, ou
processos que ocorrem em atmosferas de risco (concentração de gases
tóxicos, excesso no nível de decibéis, entre outros ambientes nocivos).
Fonte: Dinâmica Engenharia Jr.
Data: Sem data
Leia a notícia na íntegra:https://dinamicaengjr.com.br/as-vantagens-do-
-controlador-logico-programavel-clp-em-sua-empresa/

NA PRÁTICA
APLICAÇÕES DO CLP
Bom, agora, para finalizar vamos falar um pouco sobre automação de
sistemas de transporte, esteiras etc. Quando a questão é transporte de
produtos, o “jogo” é bem complexo. Vamos falar de coisas relativamente
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

simples, mas que fazem uma diferença bem grande. Em um processo de


automação de sistemas de transporte (esteiras) existem variáveis sim-
ples e outras complexas que precisam estar em nosso radar. Por exem-
plo: nesse processo imagina-se que seja realizada a pesagem dos produ-
tos, além de realizar o controle de velocidade da esteira, até aí tudo certo.
No entanto, imagine que estes produtos serão transportados e o peso é
apenas um fator a ser considerado, outro fator é o volume dessas peças.
Fonte: https://www.saladaeletrica.com.br/aplicacoes-do-clp/

PARA SABER MAIS


Acesse os links:
https://www.docsity.com/pt/principio-de-funcionamento-do-controlador-
-logico-programavel/4809944/
http://www.ejm.com.br/download/Introducao%20CLP.pdf
66
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O controlador programável pode ser entendido como um modelo lógico


e sendo esse entendido como um aparelho eletrônico digital, que utili-
za a memória programável para armazenar internamente instruções e
implementar funções específicas, levando em conta questões como a
temporização, a contagem e a aritmética.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
Justificativa: A letra B é incorreta, pois trata-se da única alternativa que
não se relaciona a um problema relacionado à aplicação com relés,
tendo em vista que a problemática está relacionada ao alto custo. Logo,
as assertivas A, C D e E estão corretas e tratam de problemáticas rela-
cionadas ao alto custo.

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

67
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A aquisição de dados é compreendida como um processo de digita-


lização de dados e informações que tem potencial para serem exibi-
dos, analisados, armazenados e distribuídos em computadores a serem
analisados pelos Controladores Lógicos Programáveis.

TREINO INÉDITO
Gabarito: C
Justificativa: A letra C é a correta. Tendo em vista que os sensores ativos
são utilizados por meio de uma geração automática, já que as suas pró-
prias propriedades e atributos podem ser alteradas em virtude de fato-
res externos. A letra A é incorreta; sensores estão ligados à captação de
estímulos. A letra B é errada; sensor ativo recebe e transmite estímulos.
A letra D é errada; trata-se de da aquisição de dados por enviadas por
sensores. A letra E está errada; sensor passivo apenas envia estímulos.
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

68
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A classificação conforme a saída pode ser dos seguintes tipos: saída


com relé, saída com transistor, saída com triac e saída analógica.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
Justificativa: A alternativa correta é a letra A, tendo em vista que os
CLPs modulares são fornecidos em tamanhos diferentes com fonte de
alimentação variável, levando em conta recursos de computação, co-
nectividade de E/S, placas de rede. As letras B, C, D e E não integram
tipos construídos com vários componentes, sendo esses conectados a
um gabinete ou barramento comum com recursos de E/S extensíveis

CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

69
Esta unidade do curso de pós-graduação em engenharia de
controle e automação industrial teve como objetivo apresentar uma intro-
dução ao tema de controladores programáveis. Para tanto, foi relevante
apresentar conceitos que explorassem de forma significativa o que repre-
senta o controlador lógico programável (CLP). Nesse sentido, apresentar
o histórico e evolução do CLP foi proveitoso para inserir o aluno no con-
texto histórico de como surgiu esse dispositivo tão importante na indústria
e, consequentemente, como também evoluiu. Ademais, as principais ca-
racterísticas foram apresentadas para posicionar o aluno sobre que tipos
de tecnologias ele pode ter acesso ao ter contato com o CLP.
Para que o funcionamento preciso das aplicações do CLP fos-
se possível, foi necessário o desenvolvimento da tecnologia na aquisi-
ção de dados, na qual uma série de etapas deve ser seguida, desde a
captação do sinal por parte de sensores, condicionamento dos sinais
para, então, haver a conversão A/D e posterior gravação no CLP. Esses
conceitos foram abordados no Capítulo 2 e espera-se do aluno que ele
tenha uma visão integrada sobre o que deve ocorrer até que o CLP pos-
sa então operar segundo sua finalidade programada.
Adicionalmente, a introdução ao tema de CLP não seria com-
pleta se não fossem exploradas as aplicações deste dispositivo. Neste
sentido, o Capítulo 3 foi responsável por consolidar os temas explo-
rados até então apresentando aplicações do CLP na indústria, sendo
necessário, de início, a apresentação da classificação do dispositivo,
os estados de operação referentes ao funcionamento interno do CLP e
as boas práticas que devem ser consideradas para uma programação
confiável e flexível; assim como por apresentar algumas aplicações prá-
ticas do CLP, incluindo a definição básica de cada problema, que teve o
CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

intuito de aproximar o aluno de problemas de ordem prática e real.

70
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SILVEIRA, P.R., SANTOS, W.E. Automação e controle discreto. São
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CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS - GRUPO PROMINAS

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