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TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
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rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de


ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Iana Andrade Sampaio


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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As tecnologias assistivas são produtos utilizados por pessoas
com deficiências para realizar tarefas que não são possíveis median-
te meios regulares. Quando usados com equipamentos de informáti-
ca, as tecnologias assistivas também são conhecidas como softwa-
re ou hardware adaptáveis. Algumas dessas tecnologias são usadas
em conjunto com navegadores de desktop gráficos, navegadores de
texto, navegadores de voz e players de mídia. Algumas soluções de
acessibilidade são criadas dentro do sistema operacional, por exem-
plo, a capacidade de alterar a fonte e seu tamanho ou configurar o
sistema operacional para que vários pressionamentos de teclas sejam
inseridos com uma sequência simples. As estratégias adaptativas são
técnicas que as pessoas com deficiências usam para se ajudarem ao
usar equipamentos de informática ou qualquer um de seus dispositi-
vos.
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Tecnologias. Acessibilidade. Inclusão.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11

CAPÍTULO 01
SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS, MATERIAIS E ESTRATÉGIAS

Recursos na Tecnologia Assistiva _______________________________ 13

As Estratégias Didáticas _________________________________________ 17

Recapitulando ________________________________________________ 28

CAPÍTULO 02
A TECNOLOGIA ASSISTIVA EM PROL DA INCLUSÃO SOCIAL E EDU-
CATIVA

Inclusão Assistiva na Educação Superior ________________________ 32

Tecnologia Assistiva na Universidade ___________________________ 39

Recapitulando _________________________________________________ 46
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CAPÍTULO 03
DIVISÃO DAS CATEGORIAS ASSISTIVAS

Categorias Assistivas __________________________________________ 50

Braille _________________________________________________________ 53

Recapitulando ________________________________________________ 65

Considerações Finais ___________________________________________ 70

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Fechando a Unidade ____________________________________________ 71

Referências _____________________________________________________ 74
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O termo "tecnologia assistiva" foi cunhado nos Estados Unidos.
A tecnologia assistiva e a tecnologia de reabilitação referem-se a qual-
quer tipo de assistência técnica ou tecnológica (ferramentas, dispositivos
equipamentos), que visam aumentar, manter ou melhorar as capacidades
funcionais das pessoas com deficiência, aumentando sua autonomia, fa-
cilitando sua integração social e melhoria da qualidade de vida.
Esses dispositivos vão desde ferramentas muito simples (como
as destinadas a simplificar, por exemplo, as tarefas de complexos equi-
pamentos baseados alimentos, roupas ou aliciamento) na engenharia
inovadora. Substituir, completar ou aumentar os recursos da pessoa
com deficiência, a ajuda para normalizar suas condições de vida e inte-
ração na educação, família, trabalho e elemento no campo social.
No campo da comunicação, especificamente, são inegáveis
vantagens da tecnologia assistiva, tanto no campo de diagnóstico e re-
abilitação, de aprendizagem e de adaptação a vida cotidiana e no traba-
lho. Pessoas com problema motor deficiências sensoriais ou cognitivas,
deficiências múltiplas ou mesmo elevadas deficiências podem, através
das muitas formas de comunicação aumentativa e alternativa, ou sem
ajuda (linguagem de sinais, o discurso marcado ou bimonal, por exem-
plo) ou com a ajuda (que vão desde dispositivos simples tais como os
notebooks mercadorias, por exemplo, até as mais complexas, como um
software capaz de sintetizar texto em fala ou hardware adaptado (mou-
ses, emuladores de rato, teclados especiais e virtuais, varetas, inter-
ruptores, etc.) obras aproveitando qualquer motor (cabeça, pés, boca,
etc.), para compensar a deficiência nos casos mais dramáticos, ou eles
poderiam condená-los ao silêncio remanescente.
Veremos ao longo deste estudo sobre alguns exemplos dos
diferentes tipos de tecnologia assistida, tais como:
Acessos e Controles do Meio Ambiente: Botões, teclados es-
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peciais e controle remoto que permitem que um aluno com deficiência


física controle as coisas em seu ambiente. Isso também inclui coisas
que ajudam as pessoas a se movimentarem pela comunidade, como
uma rampa, abridores automáticos de portas e sinais em braille.
Ajuda para a vida diária: Ferramentas especiais para ativida-
des diárias, como escovar os dentes ou vestir-se e assentos sanitários
especialmente projetados para estudantes que precisam de ajuda com
cuidados pessoais.
Dispositivos que ajudam a ouvir: Aparelhos auditivos, amplifi-
cadores, legendas na televisão e telefones com teclados que ajudam o
aluno surdo ou que perdeu a audição.
Comunicação Aumentada/Alternativa: Cartões com ilustra-
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ções, dispositivos de comunicação operados por bateria, software de
comunicação e computadores que permitem a comunicação entre alu-
nos que não sabem falar ou cuja fala não é compreendida pelos outros.
Instrução Baseada em Computador: Software para ajudar os
alunos com dificuldades de aprendizagem em leitura, escrita, matemá-
tica e outras áreas.
Mobilidade: Cadeiras de rodas, andadores e bicicletas adap-
tadas que permitem que um aluno com deficiência física ou visual se
desloque com cuidado pela comunidade.
Posição: Bancos ajustáveis, mesas, um dispositivo para colo-
car alguém em pé, cunhas e tiras que ajudam um aluno com deficiência
física a ficar em uma boa posição para aprender sem se cansar.
Suporte visual: Livros com letras grandes, livros tributados, lu-
pas, software de computador que fala e braille que permitem que um
aluno cego ou com pouca visão tenha acesso à informação.
Deste modo, a Tecnologia Assistiva tem como objetivo facilitar
o acesso, equacionar condições e melhorar a funcionalidade, aumentar
a autonomia e a independência, através do uso de tecnologia e, portan-
to, é incorporada na intervenção das equipes de reabilitação.
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SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS,
MATERIAIS E ESTRATÉGIAS

RECURSOS NA TECNOLOGIA ASSISTIVA TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Nos últimos anos, foram observadas grandes mudanças que


afetaram o tratamento da diversidade nas diferentes salas de aula das
escolas. Práticas que passaram de exclusão e segregação para integra-
ção e inclusão que foram desenvolvidas. Nesse sentido, a tecnologia
educacional tem andado de mãos dadas com mudanças de percepção
e ação diante das necessidades educacionais dos alunos com Necessi-
dades Educacionais Especiais (NEE).
Nesta linha de pesquisa sobre diversidade e tecnologia educa-
cional estão inúmeros autores que fizeram publicações e estudos teóri-
cos, bem como pesquisas. Dentro desses avanços com os quais estamos
lidando, a Tecnologia Assistida (AT) desempenha um papel muito impor-
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tante, pois através dela geramos aplicativos e dispositivos que fornecem
acesso ou adaptação aos alunos com diversidade funcional. Muitas boas
práticas foram desenvolvidas que permitiram possível atender às neces-
sidades educacionais dos alunos com a ajuda da tecnologia educacio-
nal. Finalmente, uma abordagem ao Projeto Universal de Aprendizagem
(PUA) é estabelecida, ligando-a à tecnologia inclusiva.

Figura 1 – Categorias de diversidade

Fonte: Adaptado de Galvão (2009)

O PUA surge como uma nova metodologia que visa atender


às diferentes necessidades dos estudantes com a ajuda da tecnologia,
gerando grandes resultados nos Estados Unidos e, assim, tornando-se
uma prática efetiva e apoiada tanto pela comunidade educacional quan-
to pelo governo dos EUA.
Esta figura anterior mostra os grupos que são considerados na
adaptação do processo de ensino e aprendizagem, mas ainda exclui uma
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grande parte dos alunos com características diferentes. Faz-se necessário,


portanto, a análise das dimensões que afetam o processo de aprendiza-
gem individualmente e que afetam os alunos com funcionalidade ou não.
Poderíamos destacar a análise da diversidade em sala de aula,
que deve-se ressaltar a definição das mesmas oferecidas por Galvão
(2009):
A diversidade é neurológica. Diversidade é social. Diversidade
é humana. Ensinar na diversidade requer que os professores gerem um
clima de aprendizado em sala de aula e planejem atividades que permi-
tam que todas as crianças se sintam seguras, respeitadas e valorizadas
pelo que elas têm a contribuir. É nesse contexto, na educação, que TA
e DUA se tornam ferramentas que desempenham um papel importante
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no desenvolvimento integral de diversos alunos.
Tecnologia educacional e diversidade. Como já mencionado,
existem inúmeros autores que escreveram sobre o assunto e, geral-
mente, destacam o papel positivo desempenhado por essas ferramen-
tas tecnológicas para atender às necessidades de diversos alunos.
Existem várias razões que justificam o uso de meios tecnológicos com
sujeitos de necessidades educacionais especiais: possibilidades que
contribuem para a superação de déficits específicos, abrem os modelos
e possibilidades de comunicação do sujeito com seu ambiente, e para
se familiarizarem com seus aparelhos. O uso facilita a incorporação do
tema à sociedade do conhecimento e à integração sócio-trabalhista.

O termo "tecnologia assistiva", cunhado nos Estados Uni-


dos e que em nosso país recebe designações tão diversas quanto
tecnologias assistenciais, tecnologia de suporte ou tecnologia de
reabilitação, para citar algumas, refere-se a toda assistência técni-
ca ou tecnológica (ferramentas, dispositivos).

Tecnologia assistida. A TA tenta adaptar o material digital es-


pecialmente para pessoas com deficiências sensoriais, cognitivas e fí-
sicas através de software ou dispositivos específicos. Para fazer isso,
usa aplicativos que se concentram em adaptar o conteúdo por meio de
textos de voz, imagens adaptativas e texto aprimorado.
Desenho Universal para Aprendizagem e ferramentas. O con-
ceito de Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) foi definido
como o planejamento de materiais e atividades para tornar o currícu-
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lo igualmente acessível e adequadamente desafiador para as pessoas


com habilidades diferentes, origens e estilos de aprendizagem. Nesta
definição do DUA é estabelecido como um conceito que vem para reunir
várias perspectivas com impacto sobre a realidade educacional.
O DUA é proposto como uma metodologia alternativa e eficaz
que responde às necessidades dos estudantes de hoje encontradas em
nossas salas de aula, entendendo que esta é diversa, variando de estu-
dante médio. É contemplado nesta visão global dos estudantes a todos
os alunos com habilidades e sensorial, motor, cognitivo, linguístico e
deficiências emocionais.
O DUA, criando assim uma cultura de aprendizagem em que
ele aceita e valoriza a diversidade das pessoas envolvidas no processo
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de ensino e onde todos os alunos ser motivados para aprender e de-
monstrar seu conhecimento em uma variedade de maneiras.

O DUA também chama sobre os progressos realizados em matéria de tec-


nologia e mídia digital, ligando várias formas de representação, expressão e
motivação e afetar positivamente os alunos, pois oferece uma diversidade de
aprendizagem flexível, ajustável e abrangente salas de aula Um dos antece-
dentes mais relevantes do DUA em relação à tecnologia é o papel do TA. No
entanto, existe uma diferença importante entre a aprendizagem mediada por
AT e a aprendizagem inclusiva da DUA. No primeiro caso, mais ênfase é co-
locada na adaptação do estudante do que no próprio currículo, uma vez que
o TA usa um currículo inflexível que é posteriormente adaptado às diferenças
individuais. (GALVÃO, 2009, p. 46)

O DUA propõe que todos os elementos do currículo devem ser


projetados para serem acessíveis ao posto mais alto do corpo estudantil
antes de ter que ser modificado posteriormente. Em relação a isso, de-
vemos considerar, segundo Galvão (2009):
- A AT terá sempre um papel na educação de alunos com defi-
ciência. Crianças com deficiências físicas ou de linguagem precisam de
cadeiras de rodas adequadamente projetadas, interruptores adaptados
a mecanismos de controle ou sintetizadores de fala. O DUA não elimina-
rá a necessidade de um dispositivo de assistência pessoal. No entanto,
uma ênfase exclusiva na AT coloca a responsabilidade pela adaptação
nos alunos e não no currículo.

Figura 2 – Tecologia assistiva


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Fonte: Elaborado pela autora (2019)

- Tradicionalmente, nas diferentes salas de aula das escolas,


encontramos livros, materiais difíceis de modificar e adaptáveis às ne-
cessidades dos alunos em geral e especialmente daqueles com diver-
sidade funcional.
- Através da tecnologia, os materiais de aprendizagem podem
ser instantaneamente transformados em formatos mais apropriados para
cada aluno individualmente. A tecnologia aplicada à educação e tecnolo-
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gia assistida, somadas aos princípios do DUA, permitem uma personali-
zação mais fácil e eficiente do currículo dos alunos, reduzindo barreiras.
Os avanços tecnológicos e as ciências da aprendizagem fazem a indivi-
dualização do currículo possível de modo prático e rentável, e muitas des-
sas tecnologias foram construídas como suportes para ajudar os alunos
a compreender, navegar e interagir com o ambiente de aprendizagem.
- Entende-se que para apresentar, ilustrar e reforçar o novo
conteúdo pode ser usado como muitos recursos e formatos (online, ví-
deos, podcasts, apresentações em PowerPoint, ebooks, etc) exigidos
pelos alunos, entendendo que cada um deles vai aprender de uma ma-
neira mais efetiva, quanto mais acessível e personalizável for o material.
A tecnologia digital oferece uma maneira de enfrentar esses desafios.
Todas essas ferramentas convergem e permitem, por meio de
dispositivos eletrônicos, desenvolver materiais e recursos flexíveis que
são usados pelo DUA.
- As novas tecnologias na mídia em geral e digitais, em particular,
são o lar da enorme promessa de melhorar as oportunidades educacionais
para todos os alunos, mas, sobretudo, daqueles com necessidades edu-
cativas especiais. Quando bem projetada, mídia digital pode (em contraste
com impressão) ser transformada, conectada e personalizada para aten-
der às necessidades de cada aluno e ampliar a paleta para profissionais de
ensino na sua prática em sala de aula. Isso significa que a tecnologia tem o
potencial de ser flexível, mas por si só não é, pois, precisa de um currículo
projetado para atender às necessidades de diversos alunos.

AS ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS

As estratégias didáticas são as ações e processos que são re-


alizados visando que o aluno alcance uma aprendizagem significativa.
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Ao contrário das disciplinas tradicionais e apesar das importantes con-


tribuições feitas nos últimos anos por diferentes autores, a Educação
Tecnológica não apresenta abordagens didáticas amplamente consen-
suais. À medida que a área foi introduzida nas salas de aula, diferen-
tes opiniões surgiram, certos pontos de vista foram modificados, novos
modelos de ensino foram construídos e, em alguns casos, as diferenças
nos critérios foram aprimoradas.
No Brasil, o espaço curricular de Tecnologia ou Educação Tec-
nológica foi implementado nos diferentes níveis e jurisdições do sistema
educacional de maneiras muito diferentes, observando pouca coerên-
cia entre os múltiplos programas atuais. Neste trabalho apresentamos
pontos de vista e opiniões sobre a necessidade de considerar o grau de
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maturidade biopsicossocial do aluno, as atividades em sala de aula, o
método de ensino, os procedimentos específicos da Tecnologia, o pro-
cesso de design, tecnologias de informação e comunicação (TICs) eo
workshop de sala de aula de educação tecnológica.
Na Educação Tecnológica é conveniente levantar situações pro-
blemáticas relacionadas com a tarefa tecnológica diária. Em sua imple-
mentação, é essencial levar em conta as características do aluno, que é o
verdadeiro centro do processo de ensino-aprendizagem. O professor deve
oferecer desafios e alternativas de trabalho aos seus alunos, com o objetivo
de ajudá-los a construir e posicionar-se de forma crítica, ativa e criativa so-
bre o conteúdo. O trabalho pode ser melhorado se as novas tecnologias de
informação e comunicação (NTICs) forem incorporadas. (GARCÍA, 2012)
Em se tratando do grau de maturação bio-psico-social do edu-
cando, de acordo com Garcia (2012) é necessário destacar:
Crescimento e desenvolvimento: É essencial que o professor
compreenda como o corpo e a mente da criança crescem e se desen-
volvem, e como ela progride social, emocional e moralmente, a fim de
entender corretamente as causas de seu comportamento.
Ambiente social: O lar e a família fornecem grande parte do
ambiente que afeta o desenvolvimento social da criança. A escola, ao
fornecer experiências de grupo, expande a consciência social e contri-
bui para o desenvolvimento de atitudes e valores sociais. Nem a influ-
ência da televisão deve ser esquecida.
Curiosidade: A criança tem uma curiosidade quase ilimitada, quer
conhecer as coisas que a cercam, saber o que são e como funcionam.
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Na tecnologia assistiva esses dispositivos vão desde ferra-


mentas muito simples (como aquelas projetadas para simplificar, por
exemplo, tarefas de alimentação, vestuário ou higiene) a equipamen-
tos extremamente complexos baseados em ambientes inteligentes.

Imaginação: é uma das características distintivas da infância.


Centro de interesse: a criança está quase sempre interessada
no que acontece hoje, aqui e agora.
Jogos: são atividades por excelência da infância.
Em se tratando das atividades clássicas, elas exigem a partici-
pação ativa dos estudantes em uma viagem permanente de ação e re-
flexão. As aulas devem ser ativas, onde os alunos entendam o mundo
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tecnológico através de sua própria experiência, com uma intervenção de
ensino que facilita e orienta o processo de aprendizagem que está ocor-
rendo e com o uso de material didático apropriado às circunstâncias.
O ideal é ter a Oficina de Aula de Educação Tecnológica. Os tra-
balhos grupais, devidamente motivado e instrumentado, favorece a troca
de ideias, a discussão, a reelaboração de juízos, a análise de situações,
a busca de soluções para problemas. Como o problema é o centro de
interesse em torno do qual a aprendizagem da área é organizada, é acon-
selhável propor aqueles que são próximos e adequados à vida diária.

Em se tratando das atividades clássicas, elas exigem a


participação ativa dos estudantes em uma viagem permanente de
ação e reflexão.

Em relação aos métodos de ensino, as necessidades constan-


temente vivenciadas pelas pessoas geram problemas específicos que
exigem satisfação, ou seja, geram demandas por bens, processos ou
serviços (produtos tecnológicos).
A resposta é um conjunto de ações que visam resolver o pro-
blema e o conhecimento tecnológico são importantes "ferramentas"
(embora não as únicas) necessárias para enfrentar tais ações. Esta
característica da Tecnologia leva a propor a abordagem da Educação
Tecnológica a partir de problemas reais e concretos das pessoas.

Figura 3 – Abordagem tecnológica TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

A abordagem e resolução de uma situação problemática é um


processo de aprendizagem significativo. Os alunos pesquisam, pesqui-
sam seus conhecimentos prévios, projetam os produtos, planejam seu
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trabalho, organizam suas atividades, conhecem materiais, manipulam
ferramentas, instrumentos ou máquinas, realizam a tarefa e valorizam o
trabalho em equipe. Todas essas ações levam a implementar um méto-
do para a resolução de problemas tecnológicos.
Quando surge uma situação problemática na tecnologia, é nor-
mal encontrar várias soluções possíveis. Isso é muito importante por-
que estimula a criatividade. Mas se o problema é resolvido através da
aplicação de uma fórmula, um algoritmo ou uma receita, muito pouco
treinamento para o aluno, tudo que você tem a fazer é ensinar a ele que
a fórmula, algoritmo ou receita, será útil.

Na Educação Tecnológica é importante propor os conteúdos na forma de pro-


blemas (conflito cognitivo) e depois resolver esses problemas usando meios
e processos técnicos, o que leva a reorganizar o conhecimento prévio e a
construir novos conhecimentos significativos. Isso é o que geralmente é cha-
mado de "aprender fazendo". (GARCÍA, 2012, p. 68)

Quando há um método para resolver os problemas tecnológi-


cos, este envolve promover nos alunos conflitos cognitivos em torno de
uma questão que pode ser resolvida após explorações, ações experi-
mentais, consultas bibliográficas, entrevistas e assim por diante.
Os passos são, segundo Garcia (2012):
- Reconhecer o problema e depois defini-lo o mais amplamente
possível. (É essencial fazer uma observação rigorosa.) Os alunos devem
se apropriar do problema. Evitar propostas para soluções precipitadas.

A abordagem e resolução de uma situação problemática é


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um processo de aprendizagem significativo.

- Análise do problema e suas causas. O problema é analisado


para conhecê-lo em detalhes e determinar qual é a sua raiz. Nesta fase,
é necessário que os alunos usem certas habilidades, como amplitude
de visão, capacidade de analisar, observação objetiva, etc.
- Propostas para soluções alternativas. Nesta fase, os alunos
propõem todas as soluções possíveis. As diferentes alternativas permi-
tem que os alunos troquem ideias e elaborem representações (esboços
etc.) que facilitam a comunicação.
- Seleção e design da solução. Uma análise crítica das solu-
ções encontradas pelos diferentes grupos é realizada. A solução se-
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lecionada será o resultado da avaliação e comparação com as outras
propostas com base nos critérios estabelecidos.
- Especificação da solução proposta. Uma vez que a solução
considerada mais apropriada tenha sido escolhida, os passos necessá-
rios são estabelecidos para completá-la.
- Avaliação. Uma vez concluída a tarefa, é necessário obser-
var, controlar e refletir sobre o produto obtido (bem ou serviço), suas
vantagens e desvantagens, como melhorá-lo e assim por diante.

Substituindo, complementando ou aumentando os recur-


sos da pessoa com deficiência, essas ajudas são um elemento
decisivo para normalizar suas condições de vida e interação nas
esferas educacional, familiar, trabalhista e social.

Alguns especialistas mantêm a conveniência de usar o método


didático denominado "situações de solução de problemas". Essa me-
todologia exige um planejamento rigoroso por parte do professor, pois,
exige um cuidadoso sequenciamento dos conteúdos a serem ensinados
e das situações a serem propostas.
É possível reconhecer três tipos diferentes de problemas: aná-
lise, síntese e caixa negra, vejamos segundo Garcia (2012):
a) Problemas de análise: nas situações de análise, o conjunto
de elementos que compõem o sistema costuma ser perceptível e neles,
ou em alguns deles, os alunos podem operar. Mas o que é desconhe-
cido - e isso configura o problema a ser resolvido - são as relações que
se estabelecem entre esses elementos, entre o sistema e o ambiente e
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também as funções precisas que eles cumprem.


b) Os problemas da síntese: ao contrário dos problemas de
análise, onde o sistema está presente desde o início, no sistema de
síntese é construído ou produzido através do trabalho dos alunos. O
problema é conceber ou construir um sistema através do qual uma de-
terminada situação possa ser resolvida.

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Figura 3 – Problemas de análise

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

c) Problemas na caixa preta: semelhante ao que acontece nos


problemas de análise, nos problemas de caixa preta há sempre um siste-
ma presente, mas uma parte importante dele não é diretamente acessível
à percepção do sujeito. E o problema consiste, precisamente, em desco-
brir quais elementos os conformam e como são organizados (a estrutura).
Os procedimentos específicos da Tecnologia são a Análise de
Produto e o Projeto Tecnológico e, como tal, não apenas o interesse
como conteúdo, mas também como métodos didáticos, porque eles ten-
tam resolver os problemas racionalmente.
Aqui é necessário destacar sobre a análise dos produtos. Este
é um procedimento que possibilita o conhecimento exaustivo de produ-
tos tecnológicos (bens, processos ou serviços). A partir daqui surgem
questionamentos: Por que precisamos analisar os produtos tecnológi-
cos? Porque é necessário conhecer os bens e serviços que compõem
o nosso mundo e, assim, poder compreender o mundo artificial que nos
rodeia. Como é realizada a análise de um produto? Cada produto tec-
nológico tem suas particularidades que influenciam a tarefa de análise.
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Substituindo, complementando ou aumentando os recur-


sos da pessoa com deficiência, essas ajudas são um elemento
decisivo para normalizar suas condições de vida e interação nas
esferas educacional, familiar, trabalhista e social.

No entanto, todos os aspectos comuns presentes são conve-


nientes examinar da seguinte forma, segundo Garcia (2012):
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• Análise morfológica: é um procedimento que enfoca a forma
do produto tecnológico e seus aspectos externos.
• Análise estrutural: nos permite saber quais são as partes de um
produto, como elas são distribuídas e como elas se relacionam entre si.
• Análise da função: permite determinar para que serve um pro-
duto tecnológico.
• Análise de desempenho: explica como o produto em estudo
funciona e quais são suas necessidades de energia.
• Análise estrutural-funcional: permite saber qual a função que
cada um dos componentes do produto cumpre e como eles contribuem
para o todo.
• Análise tecnológica: permite identificar os materiais, ferra-
mentas, máquinas e técnicas utilizadas, bem como os ramos de tecno-
logia que intervieram na fabricação de um produto.
• Análise econômica: consiste em descobrir qual é o preço, os
custos operacionais, os benefícios, o cálculo da amortização e o rendi-
mento do produto.
• Análise comparativa: permite estabelecer as semelhanças e
diferenças entre dois produtos similares por meio da construção de es-
quemas de classificação ou tipologias.

Semelhante ao que acontece nos problemas de análise,


nos problemas de caixa preta há sempre um sistema presente, mas
uma parte importante dele não é diretamente acessível à percep-
ção do sujeito.
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• Análise relacional: determina como são as relações do produ-


to tecnológico com o seu ambiente.
• Análise do surgimento e evolução histórica de um produto:
permite estabelecer porque, por quê, como e quando se originou e qual
tem sido seu processo histórico.

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Figura 4 – Análise relacional

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Deste modo, para um adequado processo ensino-aprendiza-


gem, o ideal é ter um espaço físico onde sejam realizadas as atividades
necessárias para que os alunos, orientados pelo professor, alcancem
uma formação tecnológica adequada, denominada Oficina de Educa-
ção em Sala de Aula-Tecnologia. (GARCÍA, 2012)
A TA tenta adaptar o material digital especialmente para pesso-
as com deficiências sensoriais, cognitivas e físicas através de software
ou dispositivos específicos. Para fazer isso, ele usa aplicativos que se
concentram em adaptar o conteúdo por meio de textos de voz, imagens
adaptativas e texto aprimorado.
O DUA (desenho universal de aprendizagem) é proposto como
uma metodologia eficaz e uma alternativa que responde às necessida-
des dos alunos atuais em nossas salas de aula, entendendo que isso é
diverso e varia de um aluno médio.
Todos os alunos com habilidades e deficiências sensoriais, mo-
toras, cognitivas, linguísticas e afetivas são considerados nesta visão
global do corpo discente.
A DUA, portanto, cria uma cultura de aprendizado, na qual a
diversidade das pessoas envolvidas nos processos de ensino é aceita
e valorizada, e onde todos os alunos são motivados a aprender e de-
monstrar seus conhecimentos de diversas maneiras.
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O DUA é proposto como uma metodologia eficaz e uma


alternativa que responde às necessidades dos alunos atuais em
nossas salas de aula, entendendo que isso é diverso e varia de um
aluno médio.

Os progressos realizados em matéria de tecnologia e mídia di-


gital, ligando várias formas de representação, expressão e motivação e
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afetar positivamente os alunos, pois oferece uma diversidade de apren-
dizagem flexível, ajustável e abrangente salas de aula. Um dos casos
mais conhecidos a história mais importante do DUA em relação à tec-
nologia é o papel do TA. No entanto, há uma diferença importante entre
a aprendizagem mediada pelo TA e aprendizagem inclusiva da DUA.
No primeiro caso, mais ênfase na adaptação dos estudantes no próprio
currículo, uma vez que a TA utiliza um currículo inflexível posteriormente
se adapta às diferenças individuais é feita.
No segundo caso, o DUA propõe que todos os elementos do
currículo devem ser projetados para ser acessíveis ao maior número
possível de estudantes antes de serem modificados posteriormente.
Neste contexto, devemos ter em conta as considerações que fazem
sobre os usos atuais e futuros da TA:
- O TA sempre terá um papel na educação dos alunos com defi-
ciência. Crianças com deficiências físicas ou de linguagem precisam de
cadeiras de rodas adequadamente projetadas, interruptores adaptados
para controlar mecanismos ou sintetizadores de voz. O DUA não elimi-
nará a necessidade de um dispositivo de assistência pessoal.
- No entanto, uma ênfase exclusiva no TA coloca a responsabi-
lidade à adaptação dos estudantes não no currículo.

O DUA também chama sobre os progressos realizados em


matéria de tecnologia e mídia digital, ligando várias formas de re-
presentação, expressão e motivação e afetar positivamente os alu-
nos, pois oferece uma diversidade de aprendizagem flexível, ajus-
tável e abrangente salas de aula.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

O DUA é proposto como uma metodologia eficaz e uma al-


ternativa que responde às necessidades dos alunos atuais em nossas
salas de aula, entendendo que isso é diverso e varia de um aluno.
Tradicionalmente, em diferentes salas de aula de escolas en-
contramos livros, materiais dificilmente modificáveis e adaptáveis às
necessidades dos estudantes em geral e especialmente aqueles com
deficiência. Através da tecnologia, os materiais de aprendizagem po-
dem ser instantaneamente transformados em formatos mais adequados
para cada aluno individualmente.
A tecnologia aplicada à educação e tecnologia assistida, soma-
das aos princípios da DUA, permitem uma personalização mais fácil e
25
eficiente do currículo dos alunos, reduzindo barreiras.
Os avanços tecnológicos e as ciências da aprendizagem fazem a
individualização do currículo possível de modo prático e rentável, e muitas
dessas tecnologias foram construídas como suportes para ajudar os alu-
nos a compreender, navegar e interagir com o ambiente de aprendizagem.
Portanto, entende-se que para apresentar, ilustrar e reforçar o
novo conteúdo pode ser usado como muitos recursos e formatos (online,
vídeos, podcasts, apresentações em Power Point, ebooks, etc) exigidos
pelos alunos, entendendo que cada um deles vai aprender de uma ma-
neira mais efetiva, quanto mais acessível e personalizável for o material.
Garcia (2012) diz que: A tecnologia digital oferece uma maneira
de enfrentar esses desafios.
A flexibilidade dos ambientes digitais de aprendizagem, espe-
cialmente aqueles que estão "em rede", permitem uma oportunidade
quase ilimitada de projetar ferramentas e materiais que são ajustáveis
para atender a uma variedade de estilos de aprendizagem que podem
capturar e manter a atenção dos alunos.
Todas essas ferramentas convergem e tornam possível, por
meio de dispositivos eletrônicos, desenvolver materiais e recursos flexí-
veis que são usados pelo DUA.

A tecnologia aplicada à educação e tecnologia assistida,


somada aos princípios da DUA, permite uma personalização mais
fácil e eficiente do currículo dos alunos, reduzindo barreiras.

O DUA também chama sobre os progressos realizados em ma-


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

téria de tecnologia e mídia digital, ligando várias formas de represen-


tação, expressão e motivação e afetar positivamente os alunos, pois
oferece uma diversidade de aprendizagem flexível.
Para concluir, sabemos que as novas tecnologias em geral e
as mídias digitais em particular, possuem a enorme promessa de me-
lhorar as oportunidades educacionais para todos os alunos, mas acima
de tudo, daqueles com necessidades educativas especiais.
Sendo assim, quando projetamos bem, a mídia digital pode
(em contraste com a impressão) ser transformada, conectada e per-
sonalizada para atender às necessidades de cada aluno e expandir a
paleta de instrução dos profissionais em sua prática em sala de aula.

26
A tecnologia digital oferece uma maneira de enfrentar es-
ses desafios. A flexibilidade dos ambientes digitais de aprendiza-
gem, especialmente aqueles que estão "em rede”.

Isso significa que a tecnologia tem o potencial de ser flexível,


mas por si só não é, já que precisa de um currículo projetado para aten-
der às necessidades de diversos alunos.

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27
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: Colégio Pedro II - 2022 - Colégio Pedro II - Professor - Infor-
mática Educativa
Mendes (2020 apud CORRÊA et al., 2021) apresenta premissas para
o uso de tecnologias a favor da inclusão.
CORRÊA, L. A.; TANIGUTI G.; FERREIRA, K. Tecnologias digitais
aplicadas à educação inclusiva: fortalecendo o desenho universal
para a aprendizagem. São Paulo: Instituto Rodrigo Mendes, 2021.
Disponível em: https://iparadigma.org.br. Acesso em: 15 ago. 2022.
A respeito de tais premissas, foram feitas as seguintes afirmativas:
I. Tecnologias devem ser concebidas e utilizadas segundo um prin-
cípio fundamental: todos têm potencial de aprender e alguns, de
ensinar.
II. O processo de ensino-aprendizagem possui centralidade. III. Pro-
jetar tecnologias para a diversidade cria condições básicas para a
construção de uma educação com equidade, atenta às transforma-
ções do mundo atual.
IV. A sala de aula deve espelhar a diversidade humana, estimulan-
do, assim, habilidades para a convivência democrática.
V. A tarefa de superar barreiras educacionais é uma ação coletiva,
e essa responsabilidade deve ser compartilhada horizontalmente
entre atores governamentais e não governamentais.
Estão corretas
A) I, II, III, IV.
B) I, II, IV, V.
C) I, III, IV, V.
D) II, III, IV, V.
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QUESTÃO 2
Prova: FEPESE - 2022 - FCEE-SC - Pedagogo
Assinale a alternativa em que o conceito e sua definição estão cor-
retos.
A) Desenho universal: modelo adotado apenas para projetos urbanísticos
a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação.
B) Tecnologia assistiva: relacionada às Tecnologias da Informação e
Comunicação e mídias sociais com vistas a inclusão social.
C) Barreiras: qualquer entrave de natureza concreta que limite ou im-
peça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o
exercício de seus direitos de ir e vir
D) Desenho universal para a aprendizagem: metodologia de ensino uti-
28
lizada para reduzir a exclusão na sala de aula e as barreiras nos seus
espaços de uso comum.
E) Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos,
edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus siste-
mas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao
público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana
como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

QUESTÃO 3
Prova: FEPESE - 2022 - Prefeitura de São José - SC - Professor -
Informática
Atualmente é um desafio para o educador utilizar de forma ade-
quada as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nos
espaços educacionais.
Sobre esse tema, é correto afirmar que o educador deve:
A) considerar o custo financeiro da implementação como fator mais im-
portante para escolha e uso de TICs.
B) evitar transtornos pedagógicos, optando por manter estratégias de
ensino tradicionais ao utilizar TICs.
C) avaliar como a comunidade escolar está se adaptando às TICs para
tomar decisões pedagógicas.
D) optar por utilizar tecnologias na educação somente em regiões geo-
gráficas que tenham pleno acesso à internet.
E) trabalhar com recursos como blogs e redes sociais somente na Edu-
cação de Jovens e Adultos (EJA).

QUESTÃO 4
Prova: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de La-
vras - MG - Supervisor Pedagógio
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

De acordo com Moran (2018), as transformações trazidas ao mun-


do pelas tecnologias são cada vez mais aceleradas e profundas,
ocasionando a “Quarta Revolução Industrial”.
Sobre a relação entre educação e tecnologias digitais, segundo as
reflexões do autor, assinale a alternativa incorreta.
A) A convergência digital demanda mudanças profundas que impactam
a escola em suas várias dimensões: infraestrutura, projeto pedagógico,
formação docente, mobilidade, avaliação.
B) Com uma boa infraestrutura na escola, há maior facilidade de desen-
volver a integração do mundo físico e do digital, de tornar o aluno prota-
gonista, de combinar a aprendizagem personalizada com a de grupos e
com a de tutoria / mentoria / mediação docente.
29
C) As transformações da educação na escola, fomentadas e mediadas
pelas tecnologias, ocorrem, em ritmos similares, em dois níveis inde-
pendentes: o nível pedagógico e o gerencial.
D) Uma das estratégias para potencializar o uso pedagógico das tecno-
logias digitais pelos professores é a maior integração das áreas de co-
nhecimento, de modo que os alunos a percebam e realizem atividades
significativas.

QUESTÃO 5
Prova: FCM - 2023 - IFB - Técnico de Laboratório - Multimeios Di-
dáticos
Sobre a utilização de recursos tecnológicos a serviço da educa-
ção, é correto afirmar que
A) um bom uso da tecnologia na educação é excluir outros recursos
paradidáticos.
B) não é necessário analisar as vias de construções tecnológicas, pois
se trata de uma informática educativa.
C) as ferramentas tecnológicas não têm, em si mesmas, o poder de
mudar realidades educativas.
D) os computadores na educação são, em si mesmos, devedores de
recursos em objeto de estudo.
E) a chegada dos computadores na educação inicia-se antes do uso
dos mesmos nos setores administrativos

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Quais seriam os problemas da caixa-preta?

TREINO INÉDITO
Assinale a alternativa correta.
a. O sistema de síntese é construído ou produzido através do trabalho
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dos alunos.
b. O sistema de síntese é construído ou produzido através do trabalho
dos professores.
c. O sistema de síntese é construído, mas não produzido através do
trabalho dos alunos.
d. O sistema de síntese é desconstruído ou produzido através do traba-
lho dos alunos.
e. Todas as alternativas estão erradas.

NA MÍDIA
PROJETO OBRIGA ÓRGÃOS PÚBLICOS A OFERECER TECNOLO-
GIA ASSISTIVA PARA PESSOAS COM DEFICIENTE
30
O Projeto de Lei 708/23 obriga órgãos públicos a garantir condições de
acessibilidade a todos os cidadãos, oferecendo a pessoas com deficiên-
cia recursos de tecnologia assistiva ou profissionais com habilitação em
Libras e Braile. A proposta altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência
e está sendo analisada pela Câmara dos Deputados.
O texto também inclui no Estatuto, como diretriz para a inclusão com-
petitiva da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, o apoio a
empregadores e a capacitação de recursos humanos para superar bar-
reiras, inclusive atitudinais.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Data: 03/03/2023
Assista a notícia na íntegra:
https://www.camara.leg.br/noticias/942161-projeto-obriga-orgaos-publi-
cos-a-oferecer-tecnologia-assistiva-para-pessoas-com-deficiencia/

NA PRÁTICA
A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, anunciou o
lançamento de uma nova linha de crédito para pessoas com deficiência.
O anúncio aconteceu durante a posse dos novos integrantes do Conse-
lho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), nesta
segunda-feira (3/4).
A nova modalidade de empréstimo deverá ser lançada ainda no mês
de abril e tem como objetivo financiar a compra de produtos e serviços
de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência. Os valores para
contratação vão de R$ 5 mil a R$ 30 mil, com prazo de pagamento de
até 60 meses.
Fonte: Metrópoles.
Disponível em: https://www.metropoles.com/brasil/caixa-anuncia-linha-
-de-credito-para-pessoa-com-deficiencia
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

PARA SABER MAIS


Filme sobre o assunto: Hoje eu quero voltar sozinho
Peça de teatro: Uma segunda chance
Acesse os links:
https://youtu.be/rOZCPYa2N10

31
A TECNOLOGIA ASSISTIVA EM PROL
DA INCLUSÃO SOCIAL E EDUCATIVA

INCLUSÃO ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Apesar das conquistas legislativas, ainda há uma necessidade


de fortalecer as políticas educacionais que favoreçam a reivindicação
do direito à educação das pessoas com deficiência no ensino.
Os resultados das pesquisas mostram dificuldades de acesso
à educação para pessoas com deficiência; o panorama de inclusão no
ensino superior não é o melhor, pequena parcela dessa população con-
segue concluir estudos técnicos, tecnológicos e profissionais. Na ten-
tativa de minimizar as barreiras de aprendizagem, o conceito de salas
de aula assistidas é incorporado ao ensino superior para fornecer uma
ampla variedade de acesso às opções de aprendizagem para todos os
alunos que entram na universidade.
3232
Consequentemente, é necessário apresentar uma revisão para
desenvolver o panorama do desenvolvimento de processos inclusivos
em um contexto internacional e nacional, que deriva dos princípios de
design de Salas de Aula Assistivas em um ambiente universitário.
A Educação tem sido universalmente reconhecida como o di-
reito de cada pessoa (ONU, 1948), o reconhecimento estabelece um
quadro geral de obrigações para os governos, que podem ser organiza-
das em um esquema estendido incluindo no que diz respeito à presta-
ção permanente de contas. Nos quadros constitucionais de muitos esta-
dos, o direito à educação para pessoas com deficiência está imerso no
quadro do direito à educação da população em geral, o que geralmente
culmina com o reconhecimento do direito à igualdade e a não discrimi-
nação por razões de origem, sexo, idioma, religião, opinião, economia
ou mesmo condições físicas, ou de saúde.
A igualdade de oportunidades como filosofia para alcançar a
participação de pessoas com deficiência é desenvolvida no Programa
Mundial de Ação para Pessoas com Deficiência, enfatizando a educa-
ção e estabelecendo que é necessário garantir a igualdade de acesso
ao ensino superior para todos (ONU, 1948). Assim, na busca por mitigar
as desigualdades sociais e a equalização de oportunidades para o caso
das pessoas com deficiência, os estados desenvolvem o princípio da
igualdade de oportunidades.

Figura 5 – Direito à educação

TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Sob este princípio, todos os alunos devem ser aceitos e re-


conhecidos em sua singularidade, buscando sua inclusão no processo
educativo, em ambientes construídos e adaptados às suas habilidades,
onde os sistemas educacionais forneçam serviços, informações e do-
cumentação para que todas as pessoas tenham as mesmas oportuni-
dades de participação. Os Estados das Américas se comprometem a
tomar medidas para eliminar progressivamente a discriminação e inte-
33
gração na educação, visando melhorar a qualidade de vida e indepen-
dência para as pessoas que sofrem inaptidão.
Todas as pessoas têm o direito de participar ativamente e serem
treinadas dentro dos planos de educação de um currículo padronizado.
Para abordar a diversidade, as universidades são incentivadas a imple-
mentar estratégias pedagógicas, didáticas e comunicativas de acordo com
as necessidades dos alunos, incluindo a existência de mecanismos espe-
cializados de acompanhamento e a existência de desenhos inclusivos nas
infraestruturas e a existência de tecnologias assistentes nas salas de aula
para garantir uma formação integral para todo o corpo discente.
Da mesma forma, as universidades têm mecanismos de comu-
nicação eficazes e sistemas de informação acessíveis para permitir que
os alunos tenham acesso a todas as informações, que busca que todos
os brasileiros se comuniquem e se informem, fazendo um uso eficiente
e produtivo das TIC, para melhorar a inclusão social.
Não se deve considerar a inclusão como uma questão mera-
mente organizacional, curricular ou metodológica, mas sim uma filosofia,
uma maneira diferente de ver e compreender a educação, a sociedade e
a vida. O dinamismo de uma classe em sua integralidade deve responder
à intenção planejada e manifesta de ensinar e aprender a coexistir em um
ambiente de diversidade, essa é a base de uma academia mais inclusiva.
A educação inclusiva requer com que os professores tenham as habilida-
des necessárias para o uso eficaz de metodologias e práticas de ensino,
apoiadas por ferramentas apropriadas para cada uma delas.

Pessoas com problemas motores, sensoriais ou cogniti-


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vos, múltiplas deficiências ou até mesmo muita incapacidade po-


dem, através das muitas formas de comunicação aumentativa e
alternativa, sem ajuda (linguagens de sinais, fala assinada ou bi-
monal, por exemplo) ou com ajuda (desde dispositivos simples,
como notebooks personalizados, por exemplo, até dispositivos
mais complexos, como programas de computador capazes de sin-
tetizar texto para fala ou hardware adaptado.

A educação inclusiva, em seu objetivo primário, estabelece o


respeito pela diversidade, características e expectativas de aprendiza-
gem, necessidades e aptidões dos estudantes e das comunidades edu-
cacionais, que oferecem educação de qualidade para todos, eliminan-
34
do todas as formas de discriminação. Essas concepções, levam-nos a
discernir as novas teorias de modelos de aprendizagem, compreensão
e ensino para planejar, projetar e implementar as melhores estratégias
para suas salas de aula.
O Ministério da Educação afirma que o conceito de educação
inclusiva gira em torno de cinco características, inter-relacionados e ar-
ticuladas conceitualmente sob uma abordagem baseada nos direitos
", que tem como núcleo o respeito e a promoção da diversidade e do
multiculturalismo com equidade, qualidade e participação em sistemas
educativos": a diversidade que se refere ao reconhecimento da identi-
dade e especificidade de cada aluno; equidade sob o entendimento de
que o sistema educacional deve ser capaz de se adaptar à diversidade,
gerando acessibilidade e dando aos estudantes as mesmas possibilida-
des em sua heterogeneidade.

A participação, destacando a importância da educação na construção de uma


"cidadania democrática"; interculturalismo desenvolveu como a "capacidade
transformadora das instituições de ensino superior em seus próprios siste-
mas de ensino, a fim de garantir a todas as pessoas o direito à educação de
qualidade" e, finalmente, a qualidade do ensino superior, que procura respon-
der as necessidades das comunidades relacionando-as ao desenvolvimento
integral das pessoas. (SILVA, 2012, P. 67)

No processo de ensino superior, uma mudança, a partir da ex-


pressão NEE, diversas necessidades educacionais, as barreiras conceito
à aprendizagem e à participação que impede que ocorra o acesso, per-
manência ou graduação aos alunos de acordo com suas particularidades,
se faz necessário analisar o processo de acesso dos alunos para a facul-
dade até a formatura eo emprego implica a existência de condições que
emprestam os serviços para pessoasem uma situação de deficiência.
Garantir o acesso à informação sobre a oferta educativa, fornecer
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

informações sobre bolsas de estudo, empréstimos educacionais e emprés-


timos ou acordos interinstitucionais existentes, alocar um percentual de co-
tas de populações com deficiência, estabelecer ações que promovam a
permanência dos alunos na sua diversidade e que promovam o emprego
após a graduação por meio de acordos ou alianças estratégicas ou apoio
à geração de uma empresa, são fundamentais na concepção de uma
universidade inclusiva. Qualquer obstáculo que em algum grau impeça o
exercício efetivo dos direitos das pessoas com deficiência é chamado de
barreiras que são classificadas como comunicativas, atitudinais e físicas.
Embora a eliminação ou redução dessas barreiras não garanta o
sucesso acadêmico, é necessário garantir a acessibilidade e permitir que
todos os usuários participem de atividades acadêmicas e de treinamento,
35
garantindo que as novas infraestruturas ou ambientes de aprendizagem
construídos possam ser reformados. Ou modificar aspectos para que o
ensino superior seja acessível à atenção das populações em contextos de
diversidade. A identificação de barreiras no ensino superior pode ser abor-
dada a partir das características externas e internas do centro educacional.
Entre as características internas estão a percepção de que os
atores têm o processo educacional e social, sala de aula dentro do con-
texto do sistema social, projetos de formação de professores, imple-
mentação de novas tecnologias de informação e comunicação, o apoio
à comunidade educativa e a influência do contexto. Como característica
externa, a política educacional é identificada como fator determinante
para inclusão em uma instituição. No ambiente, dois fatores importantes
se materializam quando as pessoas interagem, a limitação do ser hu-
mano ao acesso e a inadequação do ambiente para permitir o acesso.
A instituição deve realizar, com a participação de professores
e alunos com ou sem deficiência, um diagnóstico detalhado da infra-es-
trutura física e áreas de acesso à universidade, estabelecendo níveis
de criticidade e classificando as dificuldades de acesso, movimentação
e uso, incluindo no diagnóstico a entrada no campus da universida-
de, acessibilidade e ergonomia, sistemas de alarme visuais, software
e periféricos, elevadores, auditórios, sinalização e planos de espaços
universitários, bibliotecas, livrarias, centros de cópia, laboratórios, siste-
mas de tocar, visual e alto-falantes , serviços de saúde, áreas sociais,
áreas verdes, áreas esportivas e dormitórios.
Para a eliminação de barreiras, é essencial que a universidade
defina as metodologias de divulgação e acesso à informação, tais como:
publicidade de serviços e ofertas educacionais, exames de admissão e do-
cumentos oficiais de entrada em diferentes mídias (som, toque, visual), in-
térpretes de língua de sinais, divulgação de informações sociais, culturais,
esportivas e administrativas via Internet, quadros informativos, entre ou-
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

tros, que garantam a permanência e a formação de alunos com deficiência.


No contexto de uma educação superior inclusiva, todo estu-
dante tem o direito de receber uma educação de qualidade em con-
dições de igualdade, o que leva ao desafio de projetar ambientes que
possam atender às necessidades educacionais, atendendo às carac-
terísticas particulares, de um projeto com perspectiva holística. Para
conceber ambientes de aprendizagem, a diversidade humana, a inclu-
são e a igualdade devem ser tidas em conta, expressando o conceito
de design como uma ferramenta para compreender o ambiente social.

36
Figura 6 – Educação superior inclusiva

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Por outro lado, o Design Socialmente Responsável examina


a compreensão da relação ambiental construída com deficiência; esta
abordagem procura um ambiente com igualdade de oportunidadesa
fim de dignificar o usuário em situação de deficiência, proporcionan-
do segurança no uso de produtos, tecnologias, e também, que sejam
acessíveis e sustentáveis, que não agridam o meio ambiente. Embora o
design socialmente responsável não seja a solução para o problema da
deficiência, se requer um nível de educação social e consciência de que
deixá-lo ver de outra forma quando o projeto é encaminhado apenas
para desenvolver dispositivos de reabilitação convencional é um grande
problema, porque a importância de oferecer produtos ou serviços que
permitam a formação no ensino superior é ignorada.
Por sua parte, o Desenho Universal é definido como: "O design
de produtos e ambientes a serem utilizados por todas as pessoas, na
medida do possível, sem adaptação ou necessidade de design espe-
cializado". O desenho universal atualmente é aplicado a uma ampla
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

variedade de campos, incluindo arquitetura e design de produtos. As


razões subjacentes para esta tendência crescente são a rápida evolu-
ção de uma sociedade em envelhecimento nos países desenvolvidos
e um aumento na demanda de pessoas com deficiência para o pleno
reconhecimento de seus direitos civis.
O Desenho Universal concentra-se em sete princípios, que são
o uso comparável, o uso flexível, simples e intuitivo, informação percep-
tível, erro tolerável, de baixa exigência física, esforço e tamanho ou es-
paço adequado para acesso e uso; aplicável a arquitetura, engenharia
e redes digitais, entre outros campos de aplicação.
O DesignUniversal busca maximizar o número de usuários que
podem interagir com o ambiente e o produto ou serviço projetados com
37
sucesso, em outras palavras, que os indivíduos mais afastados da mé-
dia do benefício da campanha se baseiem no design.
Obviamente, será mais difícil adaptar um projeto às capacida-
des de indivíduos mais distantes da média. Desta forma, para encurtar a
distância, é possível recorrer a ajustes particulares e apoiar produtos que
substituam as deficiências e impedimentos funcionais dos alunos. Para
o caso específico de projetar ambientes de aprendizagem, o Desenho
Universal para Aprendizagem (DUA) visa eliminar barreiras de aprendiza-
gem nas salas de aula para pessoas sem e com deficiências. A aborda-
gem do Design Universal para a Aprendizagem contribui para uma maior
variabilidade dos alunos, oferecendo mais flexíveis avaliações, materiais,
métodos, objetivos e metas que permitem que os educadores se reúnam
em sala de aula e atendam às diferentes necessidades.
A abordagem do Design Inclusivo estabelece uma nova filoso-
fia para atender às necessidades de acesso ao maior número possível
de usuários, e também esclarece que não haver design único que seja
adequado para todos os usuários. O Design Inclusivo é concebido como
o design de produtos ou serviços que são acessíveis e utilizáveis pela
maioria das pessoas da forma mais razoável possível, sem a necessi-
dade de qualquer adaptação especial ou design especializado.

São dispositivos, instrumentos e programas, cujo objeti-


vo é aumentar, manter ou melhorar as habilidades presentes na
pessoa, para compensar todas as limitações existentes, de acordo
com sua condição, seja de natureza motora, sensorial, cognitiva
ou comunicativa.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Torres (2012) descreveu a acessibilidade como "o conjunto de


recursos que deve ter um ambiente, produto ou serviço para ser utilizável
em termos de conforto, segurança e igualdade para todas as pessoas e
em particular para aqueles com alguma deficiência". Existe uma diferença
significativa entre Design Universal e Design Inclusivo. Isso significa que
o projeto globalizado que dá acesso a pessoas com determinadas defici-
ências podem fazer esses produtos ou serviços universais proporcionar
dificuldades para as pessoas sem deficiência, e outras circunstâncias de
incapacidade de usar as pessoas com diferentes tipos de deficiência.
Desse modo, enquanto o termo inclusivo é interpretado a par-
tir de uma perspectiva mais ampla, que abrange o econômico, social,
38
cultural e educacional, tenta também incluir usuários com diferentes ca-
pacidades funcionais. Agora, as abordagens de design expostas são
destinadas a remover as barreiras que impedem as pessoas que usam
um espaço, produto ou serviço, assim, aumentam e características de
design perfeito, o que, consequentemente, maximiza o número de po-
tenciais utilizadores que pode usar essas teorias que tiveram impacto
no design de produtos, infraestruturas e tecnologias para pessoas com
limitações que buscam ingressar no ensino superior e garantir um am-
biente sem discriminação e com igualdade de oportunidades em termos
de acesso, permanência e realizações educacionais.

TECNOLOGIA ASSISTIVA NA UNIVERSIDADE

Como vimos, foi nos Estados Unidos que o termo Tecnologia As-
sistiva começou a ser utilizado e ao longo da história tem evoluído. Para
facilitar o acesso, ter uma melhor qualidade de vida e maior autonomia,
existem produtos e equipes de apoio com o objetivo de reduzir as disfun-
ções das pessoas com deficiência, e favorecer o acesso a produtos de
apoio, reabilitação, educação e aprendizagem. A tecnologia assistiva ba-
seia-se nos resultados funcionais dos produtos e não apenas no moderno
ou complexa resolução de problemas e agrupa áreas técnico-científicas
que fornecem soluções para problemas de acessibilidade, o que implica
quedeve ser concebido simultaneamente com o design dos ambientes.

Acessibilidade: “O conjunto de recursos que deve ter um


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

ambiente, produto ou serviço para ser utilizável em termos de con-


forto, segurança e igualdade para todas as pessoas e em particular
para aqueles com alguma deficiência".

Para a análise dos benefícios proporcionados pelas tecnolo-


gias assistivas, destaca-se sobre a abordagem de critérios de acessi-
bilidade, competência, coordenação, eficiência, flexibilidade e influên-
cia do usuário. A tecnologia assistiva é vista hoje como uma disciplina
orientada para a aplicação de diferentes tecnologias ao ambiente da
deficiência, com uma perspectiva integradora.
Uma tecnologia assistiva pode ser um serviço, um programa,
uma ferramenta, um artefato, uma lógica de operação ou um sistema
39
de comunicação que permite melhorar as condições de acesso para
pessoas com deficiência e pode ser expressa em recursos (produtos,
equipamentos e serviços), além de estratégias (produtos de suporte e
design universal, como vimos) e também pode se referir a peças, equi-
pamentos de sistema, sejam comprados, modificados ou customizados,
e é utilizado aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais
das pessoas com deficiência.

Os recursos de tecnologia assistiva podem ser classificados de acordo com o


nível tecnológico, as características do projeto, a ajuda fornecida, o usuário,
o processo de fabricação e a perspectiva do consumidor, por sua vez, tecno-
logias assistivas são desenvolvidas em dez áreas: sistemas de habilitação,
aprendizagem e formação, sistemas alternativos e aumentativos de comuni-
cação e acesso à informação ambiental; tecnologias de acesso a computa-
dores (software e hardware), para mobilidade pessoal, para a manipulação
e controle do meio ambiente, tecnologias de reabilitação, assistência, para o
lazer e para a vida diária. (TORRES, 2012, p. 85)

A relação entre os protagonistas da sala de aula (tríade profes-


sor-aluno-conhecimento) tem sido constantemente reformulada, não só a
partir de uma consideração pedagógica, mas também a necessidade exis-
tente para responder a uma sociedade que interage com a tecnologia e em
uma fração do que foi relegado em muitas áreas, incluindo a tecnológica.
Um ambiente, um edifício, uma sala de aula, será acessível quando proje-
tado, desenvolvido, implementado e mantido à diversidade da população.
Compreender o espaço da sala de aula como assistiva, física e
virtual, equipado com tecnologias de apoio, onde eles interajam pessoas
em sua diversidade e desenvolva ensino-aprendizagem em uma interação
harmoniosa com o meio ambiente (professores, estudantes, ferramentas,
objetos, software e qualquer outro elemento do ato educativo) em termos
de acessibilidade, mobilidade e comunicação, é necessário especificar as
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

características de acessibilidade para os dois tipos de salas de aula, físicas


e virtuais, destacando uma abordagem para a sua concepção e implemen-
tação no ensino superior, e de acordo com Torres (2012), são:
A acessibilidade sala de aula física: desenvolver projetos que
promovam a acessibilidade envolve critérios que especifica em relação
à estrutura física, uso de tecnologia, iluminação, ventilação acústica,
ergonomia, entre outros.
Iluminação: deve-se levar em conta que não apenas a quan-
tidade poderia garantir uma iluminação adequada no espaço. As nor-
mas técnicas estabelecem as especificações em termos de iluminação
natural e artificial, considerando a diversidade de alunos que podem
acessar uma sala de aula. Recomenda-se que todos os ambientes de
40
aprendizagem tenham iluminação natural complementada com luz arti-
ficial, para atender às exigências diurnas e noturnas, de acordo com o
número de pessoas e espaços de trabalho, para obter um nível ideal de
iluminação em superfícies de leitura.

A acessibilidade sala de aula física: desenvolver projetos


que promovam a acessibilidade envolve critérios que especificam
em relação à estrutura física, uso de tecnologia, iluminação, venti-
lação acústica, ergonomia, entre outros.

Além disso, medidas devem ser tomadas para facilitar que pes-
soas com deficiência auditiva leiam os lábios do educador ou localizem
as mãos do intérprete gestual, com iluminação homogênea e fundo con-
trastante adequado.
Acústica: é necessário garantir um condicionamento acústico
adequado nos ambientes onde o processo educacional é desenvolvi-
do. O isolamento e o condicionamento acústico do interior devem ser
avaliados; os níveis máximos de intensidade sonora permitidos devem
estar de acordo com os estabelecidos na norma legal, estabelecendo-
-se como o nível máximo de intensidade sonora nas salas de aula para
tecnologia até o limite estabelecido por lei.

Figura 7 – Iluminação do ambiente escolar

TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Ergonomia: é necessário considerar tecnologias sociais, in-


cluindo dispositivos de assistência para dificuldades de mobilidade, vi-
sual, auditiva, a acessibilidade à informação e comunicação, acessibi-
lidade urbana e a construção e adaptação móveis e acessibilidade no
local de trabalho.
41
Sinalização: a sinalização adequada de um ambiente arquitetôni-
co é um aspecto básico para evitar o aparecimento de barreiras e facilitar
o uso do ambiente para todas as pessoas. Estes sinais são classificados
como alvo sinais, direcional, funcional, informações e saídas de emergên-
cia, destacando sinais de direccionamento, funcional e informativo.
Torres (2012) sugere a verificação em parâmetros de sinaliza-
ção, tais como: o tamanho apropriado e legível, um contraste suficiente
entre o cartel e os caracteres, a introdução de pictogramas em sinaliza-
ção, introdução de Braille em faixas de texto, a utilização de sinalização
acústica, instalação de planos tácteis e cartazes com os mesmos crité-
rios de design em todo o local.
As diretrizes para o manuseio, design e configuração de sinais
são aprofundadas sob os padrões internacionais ISO de conforto térmico:
em relação ao sistema de ventilação, as salas onde ocorra o ensino-apren-
dizagem devem ter ventilação natural cruzada (janelas, portas abertas, es-
trutura) distribuídos homogeneamente, para garantir a passagem de ar no
sentido da largura e são regulados pelo design de infra-estrutura.
Os elementos presentes em uma sala de aula devem ser co-
locados considerando intervalos confortáveis para o maior número de
pessoas, a mobilidade deve ser um fator fundamental em um projeto
estrutural, mantendo os comprimentos mínimos para uma boa interação
com a infra-estrutura e do espaço. Tal como utilizado em superfícies de
materiais de frequentes, evitar a utilização daqueles que podem provo-
car alergias ao utilizador, alguns comuns como níquel, cobalto, crômio,
natural ou borracha sintética também para não produzir grandes quan-
tidades de poluentes ou emissões.
As superfícies da parede e do piso devem ser anti-reflexo, fir-
mes e antiderrapantes. Devido ao rápido desenvolvimento das tecnolo-
gias de informação e comunicação (TIC) têm surgido novas formas de
formação e educação, que vem com o que é conhecido como aprendiza-
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

do eletrônico (e-learning) como uma modalidade que pode representar


a totalidade ou parte do modelo educacional. Essas tecnologias estão
ligadas em ambientes de aprendizagem onde estudantes e professores
convergem, para desenvolver habilidades e adquirir conhecimento.
O ambiente de computação digital e intangível que proporciona
condições para o desenvolvimento de atividades de ensino e aprendi-
zagem síncrona e assíncrona, chamado ambiente virtual de aprendi-
zagem (AVA), e deve ser caracterizado por acessibilidade, condições
interatividade, operação independente e flexível.

42
No campo das condições do espectro autista, existem
muitas aplicações e recursos que fornecem suporte em relação à
comunicação.

Nesta área, uma sala de aula virtual é um ambiente virtual


onde o processo de ensino-aprendizagem se desenvolve, consiste em
um conteúdo plataforma e formação multimídia tecnológica, funcionan-
do como uma alternativa de acesso ao conhecimento. Sob uma aborda-
gem inclusiva, essas salas de aula devem garantir que, tanto o design
do ambiente virtual de ensino-aprendizagem, quanto o próprio conteúdo
digital, sejam acessíveis ao longo do processo educacional para uma
população diversificada.
Na América Latina têm sido de contribuição considerável para
o desenvolvimento de metodologias para a proteção de treinamento vir-
tual de qualquer acesso dos alunos independente suas características
e o contexto uso.
Silva (2012) destaca a definição de quatro tipos de recursos que
melhoram a acessibilidade do ensino superior virtual, incluindo documen-
tos, cursos on-line, software e observatórios, destinados a educadores,
estudantes em situação de deficiência, administradores de sistemas de
gestão. Para ele é essencial considerar a linguagem gráfica como parte fun-
damental para o design da interface, onde isso pode refletir propostas didá-
ticas claramente definidas, com diferentes elementos visuais, propriedades
e disposição no espaço. As diretrizes para o design da interface incluem a
promoção do acesso ao ambiente social (e-mail, fóruns de discussão, links
de vídeo), o ambiente natural (imagens, animações, simuladores, realidade
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

virtual), o ambiente documental e atenção aos recursos atencionais.

Na América Latina têm sido de contribuição considerável


para o desenvolvimento de metodologias para a proteção de trei-
namento virtual de qualquer acesso dos alunos independente suas
características eo contexto uso.

Como os diferentes dispositivos ou artefatos mencionados,


43
existem programas de suporte ou softwares que funcionam em conjunto
com esses dispositivos para complementar e fornecer um processo de
ensino-aprendizagem abrangente, inclusivo e acessível surgem. A ten-
dência atual no uso de tecnologias para contribuir para soluções para as
necessidades educativas especiais inclui o desenvolvimento de aplica-
ções móveis inclusivas destinadas a pessoas que vivem em deficiência,
doentes crônicos, pessoas com baixos rendimentos ou que vivem em
áreas isoladas que podem melhorar a sua qualidade de vida.
Da mesma forma, se disponibiliza uma seleção de tecnologias
de apoio, compostas tanto por recursos de acesso livre quanto por re-
cursos comerciais, destacando-se, de acordo com Silva (2012):
• Sistemas de comunicação alternativa e aumentativa
• Jaws. Ele permite que uma pessoa com limitações visuais
ouça as informações na tela de qualquer computador em diferentes idio-
mas, bem como opere praticamente qualquer programa que qualquer
pessoa com visão use.
• Nonvisual Desktop Access NVDA. Leitor de tela que permite
ler texto no computador por meio de uma voz eletrônica e até traduzi-lo
em linguagem braille.
• Plaphoons. Programa utilizado como comunicador e editor de
painéis de comunicação, que utiliza sistemas de comunicação aumen-
tativa para pessoas com deficiência motora.
• Lupa Virtual. Software que fornece a extensão de uma deter-
minada área ao redor do ponteiro na tela do computador.
• Wynk. Programa para criar tutoriais interativos que ensinam e
ilustram procedimentos para o aprendizado de software. Tecnologias de
acesso a computadores.
• Mouse da câmera. Programa que permite controlar o ponteiro
do cursor em um computador através do movimento da cabeça com o
uso de uma webcam.
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• JavaKanghooru. Software que permite configurar vários pon-


tos na tela pelos quais o ponteiro do mouse se moverá automaticamen-
te e poderá selecionar a opção exigida por um computador.
Da mesma forma, referido autor lista algumas referências so-
bre aplicações móveis para pessoas com deficiência oral ou auditiva:
• Expressões ASL. Aplicação com mais de 100 palavras e fra-
ses fundamentais da linguagem de sinais para aprender de forma fácil
e útil para emergências.
• Linguagem de sinais textSIGN. Programa de um dicionário
com um avatar 3D que simula mais de 1.500 palavras da Língua de
Sinais Espanhola (LSE).
• Signing Savvy Member App. Aplicativo de linguagem de sinais
44
que contém vários vídeos de boa resolução da American Sign Langua-
ge (ASL), dicionário de sinais, palavras escritas e outras funções.

Ao longo da história, a evolução foi marcada por avanços


tecnológicos. Ferramentas que lançaram as bases de uma socie-
dade otimizada.

Confrontado com posição de deficiência e baixa escolaridade


no ensino superior de pessoas em situação de invalidez, a universidade
deve incluir no seu sistema de gestão administrativa desenvolver ações
conjuntas envolvendo o governo, entidades privadas e instituições so-
ciais que garantem a entrada, permanência, saída e articulação ao mer-
cado de trabalho. Dadas as tendências globais e a política educacional
nas universidades, as instituições de ensino superior estão engajadas
na formulação e implementação de estratégias específicas para o de-
senvolvimento do ensino superior inclusivo. (SILVA, 2012)
Sendo assim, a implementação de políticas administrativas pe-
dagógicas de qualificações educacionais e desenvolvimento físico e tec-
nológico relevante torna-se imperativo evitar em termos de tecnologia,
infraestrutura e talento humano para enfrentar a diversidade estudante.
Tecnologias assistivas e aulas assistivas são alternativas relevantes no de-
senvolvimento do ensino superior inclusivo. Em uma sala de aula assistiva,
a acessibilidade na sala de aula física e a acessibilidade na área virtual
devem ser consideradas e garantidas. Enquanto não são relatadas me-
todologias específicas para a concepção de salas de aula de assistência
voltadas especialmente à formação de profissionais em ambientes físicos,
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

reconhecendo a necessidade de se aventurar em novos modelos metodo-


lógicos que estruturam projetos inclusivos para espaços de planejamento
universitários que acolhem a diversidade e reduzir o impacto da deficiência,
a educação não será considerada em sua totalidade inclusiva.

45
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: FURB - 2019 - Prefeitura de Blumenau - SC - Professor -
Educação Especial - Matutino
Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e
de acessibilidade utilizados pelo aluno e ensinar a usar a tecnolo-
gia assistiva são atribuições do:
A) Professor da sala de recurso multifuncional.
B) Professor titular ou regente.
C) Coordenador de educação especial.
D) Professor da escola especial.
E) Profissional de apoio.

QUESTÃO 2
Prova: Colégio Pedro II - 2019 - Colégio Pedro II - Professor - Infor-
mática Educativa
Há diferentes adaptações, recursos e formas de utilização da tec-
nologia assistiva com a finalidade de possibilitar a interação, no
computador, para pessoas com diferentes graus de comprometi-
mento motor, sensorial e/ou de comunicação e linguagem.
De acordo com Hazard et al (2007), a classificação proposta pelo
Programa InfoEsp (Informática, Educação e Necessidades Espe-
ciais) das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador (BA), divide es-
ses recursos em três grupos:
• adaptações físicas ou órteses;
• adaptações de hardware;
• softwares especiais de acessibilidade.
São recursos classificados como softwares especiais de acessibilidade:
A) opções de acessibilidade do Windows, pulseira de punho e simula-
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

dores de teclado.
B) opções de acessibilidade do Windows, simuladores de teclado e pul-
seira de pesos.
C) simuladores de teclado, simuladores de mouse e opções de acessi-
bilidade do Windows.
D) estabilizador de punho e abdutor de polegar com ponteira para digi-
tação, simuladores de mouse e opções de acessibilidade do Windows.

QUESTÃO 3
Prova: IESES - 2021 - Prefeitura de Palhoça - SC - Professor de
Educação Especial
No que se refere à Acessibilidade e à Tecnologia Assistiva (TA),
46
verifique as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta:
I. A Acessibilidade foi tratada na “Convenção dos Direitos das Pessoas
com Deficiência” como a possibilidade das pessoas com deficiência
viverem com uma autonomia relativa, mediante auxílio, assistência e
amparo para participar de algumas atividades da vida coletiva.
II. Tecnologia Assistiva é um instrumento facilitador do ensino-
-aprendizagem pensada e executada para minimizar as dificulda-
des encontradas pelas pessoas com deficiência.
III. Muitas iniciativas inovadoras da informática resultam em Tec-
nologias Assistivas responsáveis por equipamentos e softwares
no campo educacional desenvolvidas especialmente para a inte-
gração dos deficientes em ambientes e mecanismos de aprendi-
zagem. As TAs são, portanto, uma definição exclusiva para estes
objetos físicos, dispositivos ou equipamentos.
A) Somente a afirmativa II e III estão corretas.
B) Somente a afirmativa I e III estão corretas.
C) Somente a afirmativa I e II estão corretas.
D) Somente a afirmativa II está correta.

QUESTÃO 4
Prova: IBADE - 2020 - SEE-AC - Professor Brailista P2
Recursos Pedagógicos são tecnologias assistiva aplicada espe-
cialmente ao campo da educação. Eles têm por objetivo contribuir
para a ampliação das possibilidades funcionais da pessoa com de-
ficiência, de modo a proporcionar a melhor autonomia a partir de
ferramentas adequadas para a pessoa. Desta forma, é essencial
que os profissionais que atuam com atendimento educacional es-
pecializado estejam atentos aos alunos, suas habilidades, os tipos
de recursos que já utilizam, as condições de acessibilidade da es-
cola, as barreiras que se manifestam ao aprendizado e à participa-
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ção, dentre outros fatores. Tais elementos são importantes porque


os recursos pedagógicos são:
A) iguais para todos os alunos que tenham as mesmas deficiências.
B) diferenciados somente de acordo com cada categoria de deficiência.
C) colocados à disposição para ampliar as barreiras educacionais do
educando.
D) produzidos e ofertados de acordo com as necessidades de cada aluno.
E) oferecidos para reduzir a demanda de trabalho do professor de AEE.

QUESTÃO 5
Prova: FEPESE - 2021 - Prefeitura de São José - SC - Auxiliar de
Ensino - Educação Infantil e Ensino Fundamental
47
Uma forma de resolver com criatividade os problemas funcionais de
pessoas com deficiência, usando diferentes alternativas para realizar
as atividades do cotidiano, é por meio da Tecnologia Assistiva (TA).
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F )
em relação ao assunto.
( ) A TA é uma área do conhecimento que se propõe a promover
ou ampliar habilidades em pessoas com privações funcionais, em
decorrência de deficiência ou envelhecimento.
( ) TA é uma área do conhecimento, de característica interdisci-
plinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, re-
lacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência,
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social.
( ) São exemplos e modalidades da TA todos os recursos que favo-
recem a comunicação, a adequação postural e mobilidade, o aces-
so independente ao computador, escrita alternativa, órteses e pró-
teses, recursos para cegos, para surdos e projetos arquitetônicos
para acessibilidade.
( ) Recursos variados que promovem independência em atividades
de vida diária como alimentação, vestuário e higiene, mobiliário e
material escolar modificado são exemplos e modalidades da TA.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para
baixo.
A) V • V • V • V
B) V • V • F • F
C) V • F • V • F
D) F • V • V • V
E) F • F • V • V
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QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Explique o que seria Wynk.

TREINO INÉDITO
Sobre ensino superior assistido, assinale a alternativa correta.
a. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alternativa relevan-
te no desenvolvimento do ensino superior exclusivo.
b. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são alternativas relevantes
no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
c. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alternativa irrele-
vante no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
d. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alternativa pouco
48
relevante no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
e. Todas as alternativas estão erradas.

NA MÍDIA
ESPECIALISTAS PEDEM MAIOR ACESSO DE SURDOS À EDUCA-
ÇÃO BILÍNGUE
A subcomissão temporária de assuntos sociais das pessoas com defi-
ciência teve nesta quarta-feira (9) a participação de especialistas, alu-
nos e representantes do Ministério da Educação (MEC). Eles pediram
mais acesso de surdos à educação bilíngue. Pela Lei 14.191, de 2021,
a educação bilíngue é a modalidade de educação oferecida na Língua
Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua, e em português es-
crito como segunda língua, em escolas e classes bilíngues, escolas co-
muns ou polos de educação bilíngue. A técnica visa atender surdos,
surdo-cegos e pessoas com deficiência auditiva sinalizantes.
Fonte: Agência Senado
Data: 09/11/2022
Disponível em https://www12.senado.leg.br/noticias/mate-
rias/2022/11/09/especialistas-pedem-maior-acesso-de-surdos-a-edu-
cacao-bilingue

NA PRÁTICA
UESB
Mesmo com o baixo percentual, é necessário promover uma educa-
ção igualitária e de qualidade para esses estudantes na vida acadêmi-
ca. Pensando nisso, o Núcleo de Ações Inclusivas para Pessoas com
Deficiência da Uesb, localizado nos três campi, oferece atendimento
especializado e suporte educacional a alunos com deficiência. São rea-
lizadas, mediação da comunicação, produção e adaptação de materiais
didáticos, produção de recursos em 3D ou em alto relevo, conversão de
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material em Braille, entre outras.


Os estudantes têm, ainda, suporte pedagógico e acompanhamento du-
rante provas, em estágio supervisionado, estudo do português escrito
como segunda língua para surdos, além da oferta de acessibilidade co-
municacional.
Fonte: UESB
DATA: 12/01/2023

49
DIVISÃO DAS CATEGORIAS
ASSISTIVAS

CATEGORIAS ASSISTIVAS
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

As estratégias adaptativas são técnicas que as pessoas com


deficiências usam para se ajudarem ao usar equipamentos de informáti-
ca ou qualquer um de seus dispositivos. Um cego pode navegar através
de um site através da estratégia de tabulação para ler de maneira geral
os links contidos em cada página.
A lista a seguir descreve algumas tecnologias assistivas e es-
tratégias adaptativas, de acordo com Amarilian (2009):
Teclados alternativos: Teclados alternativos são dispositivos de
hardware ou software usados por pessoas com deficiências, que forne-
cem uma alternativa para que as teclas digitadas sejam como as de um
teclado convencional. Teclados desse tipo são, por exemplo, aqueles que
5050
têm espaço extra pequeno ou extra grande entre cada tecla, ou são segu-
ros para que apenas um pulso seja detectado por vez, além de teclados
virtuais exibidos na tela. Os sites que podem ser operados inteiramente
com o teclado (não requerem um mouse), suportam uma ampla gama
de combinações de teclas e comandos, bem como métodos de entrada.
Braille e Braille refrescante: Braille é um sistema que utiliza de
seis a oito pontos que compõem vários padrões para representar letras
e números que são lidos pelo toque nos dedos. Este sistema varia muito
em todo o mundo. Algumas classes de Braille incluem códigos adicio-
nais além do padrão de caracteres alfanuméricos para representar gru-
pos de letras comuns, como "th", "ble" no idioma inglês), com o objetivo
de compactar o idioma.
A versão de oito pontos foi desenvolvida para permitir que to-
dos os caracteres ASCII sejam representados.

Figura 8 – Braille

Fonte: Elaborado pela autora (2019) TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Braille refrescante ou dinâmico refere-se ao uso de um dispo-


sitivo mecânico, no qual os pontos (neste caso, os pinos) podem ser
elevados e reduzidos dinamicamente, de modo que os caracteres em
Braille possam ser reimplantados de acordo com as necessidades.
Software de digitalização: O software de escaneamento é uma
ferramenta adaptativa utilizada por usuários com deficiências físicas ou
cognitivas, que destaca as opções escolhidas (itens de menu, links, fra-
ses), um de cada vez. O usuário seleciona o item desejado ativando um
comutador quando o item selecionado estiver sendo realçado.
Ampliadores de tela: É um tipo de software usado principalmente
por pessoas com visão limitada, ampliando uma parte da tela para facilitar
a navegação. Estas lupas fazem a apresentação de um site maior, mas,
51
ao mesmo tempo oferecem reduzir a área do documento que pode ser
visto, removendo assim o contexto circundante. Várias lupas de tela ofe-
recem duas visualizações: uma exibição ampliada e a exibição padrão.
Leitores ou intérpretes de texto: Aplicações utilizadas por indi-
víduos cegos ou com dislexia, que interpretam o que é exibido na tela e
o redirecionam para um sintetizador de áudio a ser pronunciado ou para
um dispositivo táctil em Braille.

Atualmente, é a tecnologia da informação e comunicação


(TIC) que é responsável por aumentar positivamente o progresso.
Isso tem um forte impacto em vários setores da sociedade, como
pessoas com deficiência ou necessidades especiais, que em mui-
tos casos dependem de um determinado tipo de hardware ou sof-
tware para realizar algumas atividades ou interagir com seu am-
biente físico e social.

Reconhecimento de voz: O reconhecimento de voz é usado


por pessoas com deficiências físicas ou lesões temporárias em seus
membros, principalmente mãos, já que é nossa principal maneira de
inserir informações em um equipamento de computador.
Sintetizador de voz: A síntese de fala ou saída de voz pode ser
gerada por leitores de tela, ou scanners baseados em voz. Estes envol-
vem a produção de voz digitalizada a partir do texto. Os usuários que
estão acostumados a usar um sintetizador de voz geralmente usam em
alta velocidade para navegar nos sites.
Tabulação através de elementos estruturais: Algumas das so-
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

luções são estratégias adaptativas em vez de tecnologias assistivas es-


pecíficas. Por exemplo, para pessoas que não podem usar o mouse,
uma estratégia para varrer rapidamente os links, cabeçalhos e itens de
um site é a tabulação, para percorrer os elementos em sequência.
Navegadores da Web baseados em texto: Navegadores ba-
seados em texto, como o Lynx, são alternativa à interface gráfica nor-
malmente mostrada pelos navegadores convencionais. Eles podem
ser usados com leitores de tela pelos cegos. Eles também são usados
por usuários com uma conexão de internet de baixa velocidade ou por
aqueles que não estão interessados em visualizar as imagens.

52
O reconhecimento de voz é usado por pessoas com defici-
ências físicas ou lesões temporárias em seus membros, principal-
mente mãos, já que é nossa principal maneira de inserir informa-
ções em um equipamento de computador.

Na América Latina têm sido de contribuição considerável para


o desenvolvimento de metodologias para a proteção de treinamento vir-
tual de qualquer acesso dos alunos independente
Notificações visuais: As notificações visuais são uma alterna-
tiva em alguns sistemas operacionais que permitem que um surdo ou
deficiente auditivo receba alertas, avisos ou mensagens de erro que são
normalmente notificados por meio de sons.
Navegadores da web baseados em voz: São sistemas de es-
caneamento que permitem navegação através de comandos de voz, e
até alguns também através da síntese da voz.

BRAILLE

O primeiro a conceber a ideia de ler pontos em relevo foi um


oficial militar francês, Charles Barbier. O método que acabou sendo o sis-
tema de alfabetização usado pelos cegos foi, no começo, inventado como
um código militar para que os soldados pudessem escrever no escuro.

Figura 9 – Charles Barbier


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Foi concebida para a educação, como uma modalidade edu-


cacional dedicada a atender aos alunos considerados "especiais" em
espaços escolares separados da educação básica regular, começaram-
-se com três grupos da população em educação especial: desajustados
53
sociais, surdos e cegos. Em seus estudos Zanote (2011) considerou
cinco tipos de incapacidades, que são:
1) Motora. Refere-se à perda ou limitação de uma pessoa para
se mover, caminhar, manter algumas posturas de todo o corpo ou de
uma parte dele.
2) Visual. Inclui a perda total da visão, bem como a dificuldade
de ver com um ou ambos os olhos.
3) Mental. Abrange as limitações para o aprendizado de novas
habilidades, alteração da consciência e capacidade das pessoas para
se comportarem ou se comportarem nas atividades da vida cotidiana,
bem como na sua relação com outras pessoas.
4) Auditiva. Corresponde à perda ou limitação da capacidade
de ouvir.
5) Da linguagem. Limitações e problemas para falar ou trans-
mitir um significado compreensível.

Trata-se de qualquer objeto, máquina, ferramenta, sistema,


programa, serviço ou instrumento usado para melhorar ou substi-
tuir as habilidades de pessoas com problemas de desempenho ou
deficiência.

O pano de fundo histórico do sistema Braille, fazendo uma bre-


ve síntese sobre a educação do cego através da história, deve-se dizer
que os cegos foram marginalizados em todos os tempos e em quase
todas as culturas. No século XVI, os cegos tinham que se dedicar à
mendicância para sobreviver. A partir deste século aparecem os asilos
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

para cegos, instituições que não possuíam até mesmo um caráter edu-
cativo próprio. (ZANOTE, 2011)

Durante todo esse tempo, pensou-se, em geral, que a falta de pontos de vista
era incapaz de ser educada e que, se alguém se destacasse por sua inteligência
e cultura, era devido a "poderes especiais". A ideia generalizada de que você
pode educar uma pessoa cega é relativamente moderna. Para isso contribuiu
de forma excepcional o francês Valentin Haüy, fundada em Paris no início do
século XVIII, uma instituição para cegos, pela primeira vez, foi concebido como
um centro educacional, Valentin Haüy começou a usar letras impressa em relevo
no papel para eles poderiam ser lidos pelos cegos. (ZANOTE, 2011, p. 65)

Através desse procedimento, que usava as mesmas letras da es-


54
crita normal, os primeiros livros que podiam ser lidos pelos cegos eram
editados. Esse método mostrou-se ineficiente, pois, embora facilitasse a
leitura, era feito de forma muito lenta, já que o dedo tinha que seguir o
contorno das letras, e a escrita tornava-se muito complicada ou inexistente.
O primeiro a conceber a ideia de ler pontos em relevo foi um oficial militar
francês, Charles Barbier. O método que acabou sendo o sistema de alfa-
betização usado pelos cegos foi, no começo, inventado como um código
militar para que os soldados pudessem escrever no escuro. No entanto, o
grande passo para a inserção total dos cegos no mundo da palavra escrita
deve-se ao trabalho do francês Luis Braille (1809-1852). Cego desde os
três anos de idade, em consequência de um acidente, foi aluno e professor
do Instituto dos Cegos de Paris. Ele aprendeu a ler graças ao sistema de
Valentín Haüy, mas ele se interessou pelo método de Barbier.

O método que acabou sendo o sistema de alfabetização


usado pelos cegos foi, no começo, inventado como um código mi-
litar para que os soldados pudessem escrever no escuro.

Da complexidade do sistema de Barbier, que usava muitos


pontos que não podiam ser cobertos inteiramente por um único dedo,
e de acordo com sua própria experiência, ele chegou à conclusão de
que seis pontos era o valor máximo que podia ser percebido pela ponta
do dedo simultaneamente. Em torno da combinação dos seis pontos,
ele criou um sistema que hoje é universalmente aceito e ainda não foi
superado. Luis Braille morreu sem que seu sistema fosse oficialmente
reconhecido. O principal obstáculo à sua implementação foi a rejeição
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

das autoridades acadêmicas que pensavam que o uso desse sistema


iria marginalizar mais os cegos.
No entanto, havia tantas vantagens, que os próprios cegos es-
tavam encarregados de popularizá-lo e obter reconhecimento. Braille é
definido como um sistema de alfabetização tátil para cegos, baseado
na combinação de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas
verticais e paralelas de três pontos cada. Este sinal, formado pelos seis
pontos, é chamado de sinal gerador ou elemento universal do sistema
braille, ou gerador braille. Os pontos são organizados e numerados con-
forme indicado na Figura 10:

55
Figura 10 – Sistema Braille

Fonte: MOLINSIGHT (2019)

Destas seis posições, 64 combinações diferentes podem ser


feitas. Braille organizou essas combinações em séries ou grupos de
dez caracteres cada. O sistema braille, além de algumas vozes críticas
e certas limitações, como veremos abaixo, continua sendo um elemento
essencial para alcançar a inclusão na escola, na sociedade e no local
de trabalho de pessoas com deficiências tão importantes quanto a ce-
gueira. De acordo com Zanote (2011) veremos a respeito das vanta-
gens e desvantagens do sistema braille:
Vantagens do braille
• Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
escrevam, seja com máquinas Perkins ou teclados adaptados.
• No caso de pessoas cegas e surdas, é o único meio de aces-
so à cultura e à aprendizagem.

Filme sobre o assunto: Colegas (2012)


TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Filme sobre o assunto: Hoje eu quero voltar sozinho (2014)


Acesse os links: https://youtu.be/Wj4Naoc1RJA e https://
youtu.be/lpHKXyko358

Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a


relevância do assunto dentro do seu campo de atuação.
• Promover a integração em todas as áreas: escola, social e
trabalho.
• Favorecer o respeito à diversidade das pessoas.
• Melhorar a autoestima de pessoas com deficiências visuais.
• Beneficiar a autonomia pessoal de crianças e pessoas afetadas.
• Ajuda a desenvolver o toque e fortalece o tônus muscular.
56
• É uma ótima ferramenta para aprender não apenas a alfabe-
tização, mas também o jogo simbólico e certas habilidades.
• Promover expressão e comunicação.
Desvantagens
• É um sistema complexo para aprender, especialmente se co-
meçar em idades avançadas.
• Os textos em braille ocupam mais espaço do que na tinta,
mais ou menos o triplo do comprimento do papel. Isso leva a problemas
adicionais de transporte, peso excessivo ou dificuldades na organiza-
ção das anotações.

Figura 11 – Críticas ao Braille

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

• O sistema tem certas limitações: não há sublinhados, mar-


gens, negrito, resumos, tabelas, tabelas etc., o que dificulta o aprendi-
zado de determinados assuntos e assuntos.
• Sinais especiais são necessários para química, física, mate-
mática, computadores ou música, por isso é necessário aprender mui-
tas combinações e os sinais específicos ou letras de cada idioma.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

• A velocidade de leitura em braille é mais lenta em compara-


ção com a leitura em tinta. Por exemplo, um leitor de visão alcança facil-
mente 300 ou 350 palavras por minuto. No entanto, a velocidade média
de bons leitores braille é, com algumas exceções, cerca de 150 ou 200
palavras por minuto, o que é uma clara desvantagem.

O sistema tem certas limitações: não há sublinhados,


margens, negrito, resumos, tabelas, tabelas etc., o que dificulta o
57
aprendizado de determinados assuntos e assuntos

As vantagens do braille, como o acesso a sistemas de apren-


dizagem para pessoas com deficiências visuais, e ainda mais àqueles
que combinam problemas visuais com surdez, superam de longe algu-
mas desvantagens, que também são curativas e insignificantes. Sua
maior efetividade em idades precoces significa que, sempre que possí-
vel, deve ser considerado objetivo prioritário na escolarização de crian-
ças com esse tipo de deficiência.
Sendo assim, entendemos por assistência técnica um utensílio ou
artefato (objeto físico) projetado para compensar uma deficiência, seja pela
substituição de uma função ou pelo aumento dos restos dela. As tecnolo-
gias assistivas usam as ajudas técnicas para suprir ou mitigar as desvan-
tagens das pessoas com deficiência, permitindo que elas sejam equacio-
nadas, em termos substanciais, com o resto dos membros da sociedade.
Os recursos das tecnologias assistivas podem ser classifica-
dos de acordo com Zanote (2011) em:
Seu nível tecnológico: como auxiliares não tecnológicos (usos
especiais de métodos e objetos comuns), baixa tecnologia (adaptação
de ferramentas existentes), tecnologia média (produtos e equipamentos
de certa complexidade tecnológica) ou alta tecnologia (produtos e equi-
pamentos) de grande complexidade tecnológica).
As características de sua fabricação: pode ser um desenvolvi-
mento específico ou uma adaptação de um produto existente.
As características dos usuários: dependendo se sua deficiên-
cia é física, psico-cognitiva, sensorial ou deficiente e idosos em geral.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

As vantagens do braille, como o acesso a sistemas de apren-


dizagem para pessoas com deficiências visuais, e ainda mais àque-
les que combinam problemas visuais com surdez, superam de longe
algumas desvantagens, que também são curativas e insignificantes.

A lógica de operação: eles podem ser auxílios alternativos, que


substituem uma metodologia ou ferramenta por métodos alternativos
que o indivíduo pode usar; ajudas aumentativas, que complementam a
falta de recursos de um indivíduo para executar determinadas tarefas;
ou auxiliares substitutivos, que permitem a substituição do uso de uma
funcionalidade ausente ou danificada no indivíduo.
58
Logo, como visto, o design é a "determinação das qualidades e
atributos formais a serem reunidos por um objeto, uma ferramenta, um
processo ou uma situação. Para satisfazer plenamente as expectativas
de seu uso. Um bom design é essencial para um produto ou objeto ser
utilizável. A ergonomia busca alcançar o maior equilíbrio possível entre as
necessidades/possibilidades do usuário e os benefícios/requisitos de pro-
dutos, atividades e serviços. Em princípio, o design ergonômico era vol-
tado ao usuário comum, mas surgiu o design para todos, que considerou
a diversidade de possíveis usuários, incluindo aqueles com deficiências.

Figura 12 – Ergonomia

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Por fim, como estudo de último tema, deve-se mencionar a


respeito da cognitometria. A cognitometria estuda indiretamente os pro-
cessos cognitivos envolvidos na aprendizagem, aquisição e aplicação
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

de habilidades por meio da avaliação quantitativa dos mecanismos de


gerenciamento do cuidado.

O design é a "determinação das qualidades e atributos for-


mais a serem reunidos por um objeto, uma ferramenta, um proces-
so ou uma situação.

Deste modo, uma maneira que se provou eficaz em avaliar o


59
grau de atenção é o estudo do sistema de controle oculomotor. Com
base nisso, foram desenvolvidas técnicas de rastreamento ocular que
permitiram saber onde a atenção de uma pessoa é direcionada, seguin-
do o movimento de seus olhos. Aplicações de rastreamento ocular nos
últimos anos são usadas em muitas áreas, do marketing à clínica.
Em se tratando da musicoterapia em Braille, a música Braille foi
desenvolvida por Louis Braille (1809-1952) em simultâneo com o sistema
de escrita em Braille para a representação do alfabeto, números etc. A
primeira publicação em Braille foi publicada em 1829 e foi intitulada "Pro-
cedimentos para escrever palavras, música e canto por meio de pontos
para o uso de cegos". Explica que este sistema desenvolvido pelo Braille
é baseado em uma combinação de seis pontos que permitem a represen-
tação do alfabeto, sinais numéricos e musicais. "Embora o alfabeto tenha
permanecido essencialmente inalterado até hoje, o código musicográfico
foi completamente modificado pelo próprio Braille ao longo de sua vida,
desenvolvendo a notação básica de nosso código atual".

Em se tratando da musicoterapia em Braille, a música


Braille foi desenvolvida por Louis Braille (1809-1952) em simultâ-
neo com o sistema de escrita em Braille para a representação do
alfabeto, números.

Embora a escrita musical elementar em Braille já estivesse fun-


cional, faltavam outros símbolos da partitura em tinta que permitissem
maior fidelidade às informações contidas na partitura em tinta. Devido à
ausência de alguns símbolos "em vários países apareceram sinais que
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

preencheram as lacunas mais importantes, o que resultou em notáveis


diferenças na escrita, o que dificultou a troca de notas". Depois de vários
congressos e conferências, realizadas entre 1888 e 1994, a unificação
de da musicoterapia em Braille foi alcançada em 1996, originalmente
publicada em Inglês." Com este manual, o trabalho de unificação da
música Braille não pode ser terminado. Será nossa tarefa no futuro to-
mar decisões sobre formatos e sinais específicos para casos especiais.
Devido a essa recente sistematização da musicografia em Brail-
le, constatamos a falta de bibliografia atualizada relacionada a materiais
didáticos, transcrição de partituras, pessoas treinadas para ensiná-lo e
publicações relacionadas ao tema. Mesmo assim, as publicações ante-
riores a esta data não são muito abundantes nem de grande rigor. A falta
60
de acesso à educação de qualidade dificulta a entrada dessas pessoas
com necessidades educacionais específicas em conservatórios e esco-
las de música, um importante obstáculo à sua profissionalização.
Por outro lado, há a necessidade de ampliar o quadro de pro-
fissionais capacitados para o ensino do cego, bem como aumentar o
desenvolvimento de novos materiais adaptados que facilitem o aprendi-
zado. Temos que apostar em uma inclusão educacional eficiente e sem
barreiras. O signo musical em Braille é representado da mesma forma
que o texto literário é escrito, isto é, através da combinação dos seis
pontos da célula Braille, gerando um total de 63 sinais e a célula vazia,
que são distribuídos linearmente, sem a possibilidade de adicionar mais
de uma linha em Braille para representar uma equipe musical.
Os quatro pontos superiores da célula Braille representam a al-
tura da nota e os dois pontos inferiores representam a duração. Devido
ao número limitado de combinações, as assinaturas musicais em Braille
são produzidas pela combinação de um ou mais sinais em Braille. Nor-
malmente, um personagem em Braille pode ter mais de um significado,
a interpretação de certos signos depende do contexto em que ele está
inserido. No entanto, a musicografia possui ferramentas para reduzir a
duração da partitura e facilitar a leitura.

Figura 13 – Signo Musical

TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Uma das desvantagens da escrita musical em Braille é o fato


de que ela não pode ser lida e executada simultaneamente. O aluno tem
que memorizar uma passagem musical antes de reproduzi-la, isso re-
quer do leitor um grande esforço mental para memorizar todas as infor-
mações em um curto espaço de tempo. Outra característica particular
da escrita musical em Braille, está relacionada à visão geral da partitura.
Um músico de visão pode ler a partitura seguindo critérios diferentes,
como pular certos símbolos, ler apenas as notas, ler uma parte de um
sistema etc. Na leitura musical em Braille, isso não é possível, porque a
61
leitura ocorre de forma sequencial e linear.
O aprendizado das necessidades de musicografia em Braille
do aluno cego, um maior estudo dos elementos musicais, devido às
inúmeras regras necessárias para desenvolver as primeiras etapas da
formação musical. Este sistema obriga os estudantes de música cega
a ter certos conhecimentos teóricos e musicais bem antes dos alunos
não cegos" (Onde começa essa "?). O escore do Braille propõe uma es-
trutura diferente para representar as informações contidas na partitura
visual. A música em Braille é mais como uma taquigrafia que precisa ser
decifrada, pouco a pouco e unida como um quebra-cabeça que o ensino
da música para pessoas com deficiência visual pouco difere do ensino
para pessoas com visão, a única diferença é em relação à escrita musi-
cal, que ocorre através do sistema Braille.
Um método de ensino de música transcrito literalmente no sis-
tema Braille, não apresenta uma ordem lógica para o aprendizado da
teoria musical em Braille. As diferenças básicas entre os dois códigos
tornam necessário que os meios de aprendizagem sejam diferentes.
Nos métodos de ensino para videntes, nos estágios iniciais de aprendi-
zagem, é difícil introduzir os conceitos de intervalo, o que é fundamental
na escrita das indicações de oitava em Braille. As características da
escrita musical em Braille refletem-se no aprendizado instrumental e na
maneira como o material didático é organizado.
Deste modo, para Zanote (2011) a musicografia em braile é
um sistema internacionalmente adotado por pessoas com deficiência
visual para ler e escrever música. No entanto, verifica-se que grande
parte da população de músicos cegos estudou de forma autodidata ou
teve uma formação musical sem acesso à escrita musical. Além disso,
as conseqüências da supressão da escrita musical no aprendizado da
música são questionadas.
De acordo com referido autor, consideraram a aprendizagem
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

da musicografia em Braille muito importante ou essencial para a forma-


ção musical do aluno. No entanto, como um dos participantes apontou,
o aprendizado do código musical em Braille depende dos objetivos de
cada pessoa. O aluno tem o direito de escolher se quer ou não estudar
a teoria da música em Braille, no entanto, este direito não pode ser pri-
vado devido à falta de profissionais treinados e/ou materiais didáticos.
Abaixo está a opinião dos participantes sobre as vantagens de dominar
a musicografia em Braille.

62
Figura 14 – Formação musical

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Braille é geralmente lido com a ponta do dedo de uma ou am-


bas as mãos. A percepção dos personagens acontece um por um, o
que torna difícil para o braillista ter uma apreensão de "bloco" das pa-
lavras ou uma bússola musical. Na leitura de caracteres em Braille, o
leitor decodifica e interpreta os pontos em relevo através de figuras ge-
ométricas, linhas, ângulos ou outros dispositivos que auxiliam no reco-
nhecimento imediato de cada signo. A boa percepção dos personagens
ocorre através da estimulação da percepção táctil e háptica através da
prática da leitura em Braille. A velocidade de leitura na tinta atinge cerca
de 300 a 350 palavras por minuto.
Em Braille, a velocidade média de leitura com uma mão é de
cerca de 104 palavras por minuto, enquanto os leitores ambidestros
mais experientes atingem uma velocidade de até 200 ou mais palavras
por minuto. A leitura e a escrita da música Braille implicam que o aluno
tenha a capacidade de ler e escrever Braille literário. Entre os fatores
que influenciam a capacidade de leitura em Braille, podemos observar,
que está diretamente relacionado ao uso ou não da leitura em braile
no cotidiano. Da mesma forma, depende se a alfabetização em Braille
ocorreu em uma idade precoce ou tardia, já que aprender Braille em um
adulto é mais difícil do que em uma criança.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Além disso, uma das causas mais comuns de cegueira, o diabe-


tes, é geralmente acompanhada por neuropatias e redução da sensibilida-
de tátil. Devido a estas características, o professor que deseja iniciar o seu
aluno na música Braille deve saber em que nível de Braille está a leitura
do seu aluno. A partir da avaliação da habilidade de leitura em Braille, o
professor pode definir as estratégias para a introdução da leitura musical.

63
Figura 15 – Neuropatias

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Ler e escrever música, através do sistema Braille, proporciona


uma série de benefícios que culminam em uma vida mais autônoma
e independente. Sendo assim, a leitura de uma peça musical permite
ao indivíduo analisar suas seções separadamente, ao contrário de sim-
plesmente copiar a performance de outro músico. É bastante comum
encontrar músicos cegos que aprenderam a tocar "de ouvido", isto é,
aprenderam a tocar através da imitação do som de outra pessoa.
Por fim, a aprendizagem por imitação ou anotações feitas por
um músico psíquico não permite ao aluno acessar as informações que
o compositor considerou necessárias para a compreensão mais fiel do
trabalho musical.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

64
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: IBFC - 2019 - Prefeitura de Vinhedo - SP - Professor de Edu-
cação Básica I
A avaliação pedagógica, como processo dinâmico, considera tan-
to o conhecimento prévio e o nível atual de desenvolvimento do
aluno quanto as possibilidades de aprendizagem futura, configu-
rando uma ação pedagógica processual e formativa que analisa
o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual,
prevalecendo na avaliação os aspectos qualitativos que indiquem
as intervenções pedagógicas do professor. Dentro do contexto de
educação inclusiva, compreende-se que no processo avaliativo, o
professor deve criar estratégias considerando:
I. O uso da língua de sinais.
II. A utilização de textos em Braille.
III. Que podem ser elementos da prática cotidiana a informática ou
a tecnologia assistiva.
IV. Que há estudantes que demandam a ampliação do tempo para a
realização dos trabalhos.
V. Que nem todos os estudantes conseguirão corresponder às ex-
pectativas, portanto, deve-se exigir o mínimo possível dos alunos
de inclusão.
Está correto o que se apresenta em:
A) I, II, III e IV apenas
B) I, III e V apenas
C) II, IV e V apenas
D) II, III e IV apenas

QUESTÃO 2
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Prova: FEPESE - 2021 - Prefeitura de São José - SC - Auxiliar de


Ensino - Revisor de Braille
Ao representarmos datas sob a forma inteiramente numérica, de-
vemos obedecer a algumas regras na grafia Braille.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F )
em relação ao assunto.
( ) Os elementos constitutivos da data devem ser colocados pela
ordem dia-mês-ano, usando dois algarismos para o dia, dois para
o mês, dois ou quatro para o ano. ( ) A representação deve ser feita
com algarismos romanos.
( ) Na representação do ano, não se emprega o ponto separador de
classes.
65
( ) Os elementos constitutivos de data devem ser separados por
barra ou hífen.
( ) O sinal de algarismo deve ser repetido antes de cada elemento.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para
baixo.
A) V • V • V • F • V
B) V • F • V • V • V
C) V • F • F • V • F
D) F • F • V • V • F
E) F • V • F • V • V

QUESTÃO 3
Prova: CEV-URCA - 2021 - Prefeitura de Crato - CE - Instrutor de
Braille
Analise os itens abaixo no que se refere ao Atendimento Educacio-
nal Especializado para pessoas com deficiência visual
( ) Uma das possibilidades de realizar o Atendimento Educacional
Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para pessoas
com deficiência visual seria através do ensino do sistema Braille.
( ) Uma das possibilidades de realizar o Atendimento Educacional
Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para pessoas
com deficiência visual seria através da realização de atividades de
orientação e mobilidade.
( ) Uma das possibilidades de realizar o Atendimento Educacional
Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para pessoas
com deficiência visual seria através da transcrição de materiais do
Braille para tinta e vice versa.
( ) Uma das possibilidades de realizar o Atendimento Educacional
Especializado em Salas de Recursos Multifuncionais para pessoas
com deficiência visual seria através da adequação de materiais di-
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

dático-pedagógico.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta.
A) V, V, V, F
B) V, F, V, F
C) V, V, V, V
D) F, F, F, F
E) V, F, V, V

QUESTÃO 4
Prova: CEV-URCA - 2021 - Prefeitura de Crato - CE - Instrutor de
Braille
Sobre a origem do sistema Braille, assinale a opção correta:
66
A) Em 1809, um capitão da artilharia do exército, Charles Barbier, de-
senvolve um sistema em relevo, que posteriormente, iria ser intitulado
de sistema de leitura e escrita em Braille.
B) Em 1819, um capitão da artilharia do exército chamado por Charles
Barbier desenvolveu um sistema de sinais em relevo. Posteriormente,
com auxílio de Valentin Hauy, fundador da primeira escola de escola de
cegos do mundo, iriam ampliar o sistema e denominaria de sistema de
leitura e escrita em Braille, em homenagem a Louis Braille, um aluno
cego que ingressou na escola no referido ano.
C) Em 1821, Charles Barbier apresentou a Grafia sonora aos alunos
do instituto, entre os quais estava Louis Braille. Louis Braille percebeu
falhas no sistema e propôs melhorá-lo.
D) Em 1889, Braille apresenta ao Dr. Pignier um sistema de escrita e
leitura tátil bastante simples, contendo letras e números.
E) Em 1889, Braille apresenta ao Dr. Pignier um sistema de escrita e
leitura tátil bastante simples, chamado inicialmente de pequena grafia
sonora, contendo letras e números, acentuação, pontuação e símbolos
básicos de aritmética.

QUESTÃO 5
Prova: FEPESE - 2021 - Prefeitura de São José - SC - Auxiliar de
Ensino - Revisor de Braille
No Brasil, o Sistema Braille foi introduzido em 1850 por José Álva-
res de Azevedo e oficialmente adotado a partir de 1854.
Esse evento culminou com a criação do espaço conhecido atual-
mente como:
A) ILB – Instituto Louis Braille.
B) IBC – Instituto Benjamin Constant.
C) FBC – Fundação Buarque Constant.
D) EAC – Espaço de Acolhimento de cegos.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

E) EMC – Escola dos meninos cegos.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE


Disserte sobre as vantagens do Braile.

TREINO INÉDITO
Dentre as vantagens do Braile, assinale alternativa correta.
a. Permitir que pessoas surdas ou com deficiência auditiva leiam e es-
crevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados;
b. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e escre-
vam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.;
c. Permitir que pessoas paralíticas ou com deficiência motora leiam e
67
escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.;
d. Permitir que pessoas sem deficiência leiam e escrevam, seja com
furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.;
e. Todas as alternativas estão corretas.

NA MÍDIA
VIVO ATENDE MPF E TORNA APLICATIVO ACESSÍVEL A DEFI-
CIENTES VISUAIS
A Telefônica Brasil atendeu o Ministério Público Federal e no sentido de
tornar o aplicativo “Vivo Easy” acessível para pessoas com deficiência vi-
sual. As medidas foram tomadas em resposta a questionamentos do MPF,
que instaurou um inquérito civil para apurar o caso após denúncias de um
consumidor. Até a resolução do problema, o app, disponibilizado para a
compra de planos de telefonia, era incompatível com leitores de tela, comu-
mente utilizados por deficientes visuais para navegação na internet.
Fonte: Convergência digital
Data: 17/05/2022
Disponível em: https://www.convergenciadigital.com.br/Internet-Mo-
vel/Vivo-atende-MPF-e-torna-aplicativo-acessivel-a-deficientes-vi-
suais-60313.html?UserActiveTemplate=mobile

NA PRÁTICA
CERCA DE UM BILHÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA TÊM
ACESSO NEGADO A TECNOLOGIA ASSISTIVA
O The Global Report on Assistive Technology apresenta evidências pela
primeira vez sobre a necessidade global e o acesso a produtos assistivos e
proporciona uma série de recomendações para expandir a disponibilidade
e o acesso, aumentar a conscientização sobre essa necessidade e imple-
mentar políticas de inclusão para melhorar a vida de milhões de pessoas.
“A tecnologia assistiva é uma mudança de vida – abre as portas para
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

a educação de crianças com deficiência, emprego e interação social


para adultos que vivem com deficiência e uma vida independente e dig-
na para os idosos”, declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus. “Negar às pessoas o acesso a essas ferramentas que
mudam vidas não é apenas uma violação dos direitos humanos, tam-
bém demonstra pouca visão do ponto de vista econômico. Pedimos a
todos os países que financiem e priorizem o acesso à tecnologia assis-
tiva e deem a todos a chance de viver de acordo com seu potencial”.
“Quase 240 milhões de crianças têm deficiências. Negar às crianças o di-
reito aos produtos de que precisam para prosperar não apenas as prejudica
individualmente, mas priva as famílias e suas comunidades de tudo o que
poderiam contribuir se suas necessidades fossem atendidas”, ressaltou a
68
diretora-executiva do UNICEF, Catherine Russell. “Sem acesso à tecnolo-
gia assistiva, as crianças com deficiência continuarão a perder a educação,
continuarão a estar em maior risco de trabalho infantil e continuarão sujei-
tas a estigma e discriminação, minando sua confiança e bem-estar.”
Fonte: Nações Unidades Brasil
Data: 17/05/2023
Disponível https://brasil.un.org/pt-br/182189-cerca-de-um-bilh%-
C3%A3o-de-pessoas-com-defici%C3%AAncia-t%C3%AAm-acesso-
-negado-tecnologia-assistiva

TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

69
Ao longo da história, a evolução foi marcada por avanços tec-
nológicos. Ferramentas que lançaram as bases de uma sociedade oti-
mizada. Atualmente, é a tecnologia da informação e comunicação (TIC)
que é responsável por aumentar positivamente o progresso. Isto tem
fortes repercussões em vários setores da sociedade, como pessoas
com deficiência ou necessidades especiais, que em muitos casos de-
pendem de um certo tipo de hardware ou software para realizar deter-
minadas atividades ou para interagir com seu ambiente físico e social.
É aqui que entra a chamada tecnologia assistiva e sua relação
com as TIC. Deste modo, vimos que a tecnologia assistiva trata-se de
qualquer objeto, máquina, ferramenta, sistema, programa, serviço ou
instrumento usado para melhorar ou substituir as habilidades de pes-
soas com problemas de desempenho ou deficiência, ou seja, requisitos
para executar ou um software que ajude os cegos a ler.
No entanto, sempre foi claro que o uso de TIC em seus compo-
nentes intangíveis, ou seja, as dimensões políticas, bem como o desen-
volvimento de capacidades, é de extrema importância para preencher
essa lacuna. Como vimos, existem muitos casos e exemplos de tecno-
logia assistiva nos quais as TICs estão envolvidas.
Deste modo, muitos casos, todos eles baseados no progresso
da tecnologia. Alguns avanços que são de vital importância para me-
lhorar os recursos de uma sociedade dinâmica. Por fim, no caso do
sistema Braille, apesar de seus 186 anos de existência, a verdade é que
esse sistema, que permite acesso à aprendizagem e cultura de pes-
soas cegas, ainda não foi superado. Recursos computacionais foram
simplesmente incorporados, como teclados adaptados, mas o conceito
ainda é praticamente o mesmo que o inventado há quase dois séculos.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

70
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Semelhante ao que acontece nos problemas de análise, nos proble-


mas de caixa preta há sempre um sistema presente, mas uma parte
importante dele não é diretamente acessível à percepção do sujeito. E
o problema consiste, precisamente, em descobrir quais elementos os
conformam e como são organizados (a estrutura).

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
Justificativa:
a. Correta. No sistema de síntese é construído ou produzido através do
trabalho dos alunos.
b. Incorreta. No sistema de síntese é construído ou produzido através
do trabalho dos alunos.
c. Incorreta. No sistema de síntese é construído ou produzido através
do trabalho dos alunos.
d. Incorreta. No sistema de síntese é construído ou produzido através
do trabalho dos alunos.
e. Incorreta. No sistema de síntese é construído ou produzido através
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

do trabalho dos alunos.

71
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Programa para criar tutoriais interativos que ensinam e ilustram proce-


dimentos para o aprendizado de software.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
Justificativa:
a. Incorreta. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alternati-
va relevante no desenvolvimento do ensino superior exclusivo.
b. Correta. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são alternativas
relevantes no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
c. Incorreta. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alternati-
va irrelevante no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
d. Incorreta. Tecnologias assistivas e aulas assistivas são uma alterna-
tiva pouco relevante no desenvolvimento do ensino superior inclusivo.
e. Incorreta. Todas as alternativas estão erradas.
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72
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

O braile continua sendo um elemento essencial para alcançar a inclu-


são na escola, na sociedade e no local de trabalho de pessoas com
deficiências tão importantes quanto a cegueira
Vantagens do braille
• Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e escre-
vam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.
• No caso de pessoas cegas e surdas, é o único meio de acesso à cul-
tura e à aprendizagem.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B
Justificativa:
a. Incorreta. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados;
b. Correta. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.
c. Incorreta. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.
d. Incorreta. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.
e. Incorreta. Permitir que pessoas cegas ou com deficiência visual leiam e
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escrevam, seja com furadeira, máquinas Perkins ou teclados adaptados.

73
AMARILIAN, M. L. T. Comunicação e participação ativa: a inclusão de
pessoas com deficiência visual. In:AMARILIAN, M. L. T. (Org.). Deficiên-
cia visual: perspectivas na contemporaneidade. São Paulo: Vetor, 2009.

BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da


Pessoa com Deficiência - SNPD. 2009. Disponívelem: http://www.pes-
soacomdeficiencia.gov.br/app/publicacoes/tecnologia-assistiva Acesso
em: 04 abr. 2019.

BRASIL. SDHPR - Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da


Pessoa com Deficiência - SNPD. 2012 Disponível em:http://www.pes-
soacomdeficiencia.gov.br/app/ Acesso em: 04 abr. 2019.

_______. Instituto de Tecnologia Social. Tecnologia Assistiva nas esco-


las: Recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para pessoas com
deficiência. 2008, 62p. Disponível em:<www.itsbrasil.org.br/sites/itsbra-
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_______. Legislação brasileira sobre pessoas com deficiência [recurso


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GALVÃO FILHO, T. A. Tecnologia assistiva para uma escola inclusiva:


apropriação, demanda e perspectivas. 2009. 346 f. Tese (Doutorado em
Educação) –Faculdade em Educação, Universidade Federal da Bahia,
TECNOLOGIA ASSISTIVA - GRUPO PROMINAS

Salvador, 2009.

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