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Núcleo de Educação a Distância
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes,
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
4
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
CAPÍTULO 01
TIPOS DE MANUTENÇÃO
CAPÍTULO 02
MANUTENÇÃO PREDITIVA, PROATIVA, ENGENHARIA DE
MANUTENÇÃO E MANUTENÇÃO DE CLASSE MUNDIAL
Referências ____________________________________________________ 73
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A manutenção sempre existiu, o ser humano a utilizava para
conservar alimentos, para manter suas ferramentas, dentre outras ativida-
des. Porém, ela ganhou importância na Revolução Industrial, pois, a partir
desse momento, começou-se a pensar em alta produtividade. Para que
tivesse alta produtividade, era preciso que os equipamentos funcionassem
adequadamente, dessa forma, surgiu a manutenção corretiva, sendo que o
operador era responsável por realizar a intervenção no equipamento quan-
do ele falhasse.
Ao longo dos anos, com as guerras, foram surgindo outros con-
ceitos de manutenção, há, ainda, a “popularização” dos computadores que
foi um grande passo para a monitoração dos sistemas e o aperfeiçoamento
da manutenção. Nesse contexto, há vários tipos de manutenção, como a
corretiva, que é a mais simples e antiga. Depois, vem a manutenção pre-
ventiva que atua para evitar os problemas, através de atividades mais sim-
ples, como lubrificação, limpeza, entre outras coisas. Há, também, a manu-
tenção preditiva, que emprega parâmetros mais sofisticados para detectar
as falhas, como sensores e outros tipos de acessórios mais avançados.
Existem as técnicas de manutenção mais avançadas, como a ma-
nutenção proativa que atua para descobrir a causa raiz ao invés de tratar
os sintomas. Há, ainda, a engenharia de manutenção que é uma metodo-
logia que visa elevar a confiabilidade e a disponibilidade dos sistemas, me-
lhorando, assim, a manutenibilidade. Para que a manutenção seja efetiva
dentro das organizações, é preciso que ela seja realizada com o auxílio de
ferramentas gerenciais, como a manutenção produtiva total e a manuten-
ção centrada em confiabilidade.
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
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O trabalho abaixo retrata a importância da manutenção para as
empresas nos dias de hoje, ressaltando a relevância do seu papel para
assegurar a competitividade, para entender mais sobre esse assunto,
acesse:
http://www.redentor.edu.br/files/
brenoalvimbarros_16092016111148.pdf.
MANUTENÇÃO CORRETIVA
A manutenção corretiva é o modo mais simples de se realizar
a manutenção, nesse método, as máquinas e os equipamentos fun-
cionam até quebrarem, dessa forma, as intervenções são realizadas
apenas quando eles não funcionam mais. Esse modelo pode ser dividi-
do, ainda, em outros dois tipos, a corretiva planejada e a corretiva não
planejada, a seguir esses dois tipos são explicados:
a) Manutenção corretiva planejada se dá quando tem um pla-
nejamento, ou seja, quando há um preparo para isso, podendo aconte-
cer devido a um acompanhamento preditivo ou, até mesmo, por decisão
da gerência. Essa modalidade tende a ser mais barata quando compa-
rada com a manutenção corretiva não-planejada.
b) Na manutenção corretiva não planejada, a correção do baixo
desempenho ou da falha ocorre após o evento ter ocorrido, sendo que
isso não foi planejado anteriormente ou não foi acompanhado como no
caso da manutenção corretiva planejada. Esse modelo resulta em baixa
confiabilidade e em altos custos de produção, uma vez que aumenta a
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essas questões.
As implicações diretas da manutenção corretiva são a menor
disponibilidade do equipamento para o processo, além dos custos de
produção elevados. Vale destacar que o custo de uma manutenção cor-
retiva pode ser de, no mínimo, três vezes superior caso um mesmo
reparo tivesse sido executado em um plano preventivo ou programado.
O gráfico abaixo compara os custos da manutenção corretiva com a
manutenção preventiva. Percebe-se que, com o passar do tempo, os
custos com a manutenção corretiva tende a se elevar, enquanto que o
da manutenção preventiva diminui.
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Tal evento se dá devido ao aumento do número de paradas, além de
produzir poucos produtos com alto custo e baixa qualidade. A partir da
identificação dessa situação, a empresa pode fazer duas escolhas, a
primeira delas é realizar uma manutenção de reforma corretiva ou subs-
tituir o equipamento.
Vale ressaltar que a reforma completa inclui a análise, a des-
montagem, a troca e/ou a recuperação de componentes, a limpeza, a
montagem, os testes, entre outras atividades. Existem diversas manei-
ras de reformar um equipamento, envolvendo desde situações simples
até mesmo as mais complexas, que podem envolver, ainda, a atualiza-
ção do equipamento. Porém, ao se realizar uma reforma, é importante
realizar uma excelente análise de viabilidade econômica e técnica sobre
o equipamento a fim de escolher se será realizado a reforma ou a troca
do equipamento.
A realização de manutenções corretivas envolve uma série de
questões, a seguir, são apresentados os principais elementos a serem
considerados para que as organizações executem bem essa metodo-
logia. O primeiro ponto se refere às oficinas, pois é preciso que esses
espaços sejam dotados de dispositivos essenciais para solucionar os
problemas mais corriqueiros dos equipamentos. É preciso ter peças de
reposição, fichas de solicitação e controle de manutenção, ferramentas,
instrumentos para medição, entre outras coisas. Todos os colaborado-
res envolvidos no processo devem ser bem capacitados para que pos-
sam trabalhar em equipe e solucionar os problemas de forma rápida e
precisa.
O setor de manutenção precisa realizar o controle, sendo este
o segundo item requerido para a execução da manutenção corretiva.
b) Cada operador tem o dever de cuidar do seu equipamento, pois eles são
os responsáveis por comunicar à manutenção dos defeitos nos equipamen-
tos. Essa comunicação é realizada por meio do plano de manutenção cor-
retiva, na qual se solicita à equipe responsável a intervenção, sendo que
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nela os operadores relatam os principais sintomas e as possíveis causas do
problema.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva é realizada em períodos determina-
dos ou então seguindo os critérios estabelecidos com o intuito de dimi-
nuir as chances de ocorrência de falhas ou a perda de funcionalidade
de um determinado item. Por meio dessa ferramenta, consegue-se de-
terminar a situação atual do bem, além de preservar as condições nomi-
nais e padrões das máquinas, componentes e instalações levando em
conta a realização dos serviços, da inspeção e da revisão geral.
Por meio da manutenção preventiva, realiza-se a intervenção
nos equipamentos antes que as falhas ocorram, para isso emprega-se
a substituição de peças, a realização de reparos, inspeções e ajustes.
Essas ações são executadas com base nas condições do equipamento,
do tempo de serviço ou no seu uso, sendo que as intervenções são rea-
lizadas em períodos programados ou em uma periodicidade predetermi-
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nada, como número de horas, a cada dois meses, entre outras coisas.
A sequência usual de realização de manutenção preventiva engloba as
seguintes atividades:
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anos, dependendo da necessidade da empresa.
As paradas são realizadas nas indústrias de fluxo operacio-
nal contínuo, pois elas operam todos os dias da semana e nas vinte e
quatro horas do dia. Por isso, as campanhas são realizadas depois de
um certo tempo de operação, dessa forma, todo o fluxo produtivo para,
e a planta passa por uma enorme manutenção preventiva a fim de as-
segurar que os sistemas e os equipamentos fiquem disponíveis até a
próxima campanha.
As campanhas são eventos importantes para as empresas,
após terminá-la, os profissionais já começam a pensar na próxima. Co-
meça-se a pensar nela de forma mais branda, porém, com o passar do
tempo, o ritmo de tarefas começa a crescer. Inicialmente, as campa-
nhas são evidenciadas por meio de planejamentos menores que são
desenvolvidos por técnicos experientes, que levantam as demandas da
fábrica, que servem de base para a elaboração do escopo do projeto.
Depois disso, começa-se a detalhar o projeto e o planejamento
com mais intensidade, englobando outras áreas, como os setores a se-
rem envolvidos durante a parada, como o detalhamento, a engenharia
básica, o compras, a segurança patrimonial, entre outros. Isso indica
que as paradas de manutenção precisam de um bom e grande plane-
jamento, sendo que, se isso não ocorrer, diversos problemas podem
surgir. Dentre os problemas mais comuns, pode-se citar o não cum-
primento do prazo, a baixa qualidade do serviço, os custos elevados,
entre outras coisas, que podem fazer com que as falhas surjam antes
do previsto. Há casos em que empresas tratam as campanhas como
um projeto, sendo comum elas aplicarem os referenciais como o Project
Mabagement Institute (PMI) para gerenciar o evento.
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
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Para calcular os custos da manutenção preventiva
pode-se empregar a equação 2:
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manutenção preventiva. É importante que os colaboradores saibam tra-
balhar com os recursos disponíveis para agregar valor a essa atividade,
caso contrário, a organização deixará de ser competitiva, diminuindo,
assim, a sua lucratividade.
É essencial elaborar um bom plano de manutenção, porém é
preciso processar e gerenciar, adequadamente, as informações, seja de
forma manual ou automatizada. Independente da forma, é preciso que a
opção escolhida seja pautada nos seguintes fatores:
da manutenção preventiva.
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Quadro 1: Exemplo de ficha para a realização de manutenção
preventiva
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MANUTENÇÃO DETECTIVA
A manutenção detectiva é relativamente nova, começou-se a
utilizar esse termo após a década de 1990, sendo que a sua origem
está associada à palavra detective maintenance. A manutenção detec-
tiva consiste em atuar nos equipamentos a fim de identificar as falhas
ocultas e/ou que não são perceptíveis para o pessoal da manutenção
ou da operação.
Com isso, as atividades realizadas para avaliar se um sistema
de proteção, por exemplo, está funcionando caracteriza a manutenção
detectiva. As anomalias podem ser detectadas instalando botões de
testes com lâmpadas de sinalização, além de alarmes de emergência
em painéis. Para garantir a confiabilidade dos equipamentos, a detec-
ção das falhas ocultas é essencial, vale destacar que, nos sistemas
complexos, as ações de detecção devem ser executadas somente por
profissionais do setor de manutenção. Para que esse profissional as
realize, é importante que ele seja habilitado, treinado, além de ser su-
pervisionado pelos colaboradores da área de operações.
Tem crescido a utilização de manutenção detectiva no mundo,
principalmente, com a modernização dos computadores e dos proces-
sos de automatização. Com o auxílio dos controladores lógicos progra-
máveis (CLPs), sistemas de controle de dados, multi loops com compu-
tadores supervisórios, sistemas digitais de controle distribuído (SDCD),
entre outras interfaces consegue-se identificar falhas nos equipamentos
e processos.
Existem, ainda, os sistemas trip ou shut-down que asseguram
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
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contra possíveis falhas e suas consequências, que em casos extremos po-
dem ser catastróficas.
c) É importante destacar que os componentes trip ou shut-down também
podem apresentar falhas, como qualquer outro componente.
d) As falhas desses sistemas podem resultar em dois problemas, a atuação
indevida ou a não atuação (vale ressaltar que a não atuação de sistema é
algo que não passa despercebido, pois os dispositivos tendem a dar sinais
que estão com problemas). Desse modo, é essencial realizar acompanha-
mentos e testes periódicos nesses dispositivos para assegurar o seu funcio-
namento adequado.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2017 Banca: UFOP Órgão: UFOP Prova: Engenheiro Mecânica
Nível: Superior.
Segundo a literatura especializada em Manutenção, existem várias
classificações sobre os seus métodos. Alguns autores denominam
métodos e outros como tipos de manutenção. Essa classificação é
diferenciada de acordo com a abordagem e prática de cada autor.
Todavia, o autor Xenos (2004) destaca os seguintes métodos de
manutenção:
a) Manutenção corretiva planejada, manutenção corretiva não planeja-
da, manutenção preventiva, manutenção preditiva, prevenção da manu-
tenção e manutenção baseada na confiabilidade;
b) Manutenção corretiva, manutenção preventiva, manutenção prediti-
va, manutenção detectiva, engenharia de manutenção e manutenção
produtiva;
c) Manutenção corretiva, manutenção preventiva, manutenção prediti-
va, melhoria dos equipamentos, prevenção de manutenção e manuten-
ção produtiva;
d) Manutenção corretiva, manutenção preventiva, manutenção prediti-
va, manutenção detectiva, manutenção autônoma e engenharia de ma-
nutenção.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Oficial
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Oficial
de Manutenção Nível: Superior.
O morador da cobertura de um prédio informou ao síndico que
muita água estava saindo pela tubulação de alívio da caixa d’água,
popularmente chamada de ladrão. O síndico chamou o oficial de
manutenção do prédio que, após examinar a caixa d’água e seu
mecanismo de controle de fluxo, informou ao síndico que a boia
estava em boas condições e que resolveu o problema através de
uma regulagem simples desse mecanismo. O oficial também su-
geriu ao síndico que fossem realizadas inspeções periódicas da
caixa d’água e de seus componentes para evitar que tal problema
voltasse a ocorrer. Esse processo de acompanhamento sugerido
pelo oficial de manutenção ao síndico e a regulagem do mecanis-
mo de fluxo caracterizam, respectivamente, manutenções do tipo;
a) Corretiva e preditiva;
b) Preventiva e corretiva;
c) Preventiva e preditiva;
d) Preditiva e preventiva;
e) Preditiva e corretiva.
QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Oficial
de Manutenção Nível: Superior.
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QUESTÃO 5
Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: ELETROBRAS-ELETROSUL Prova:
Técnico de Manutenção Mecânica de Usina Nível: Médio.
Um dos tipos de Manutenção Mecânica é definido como um con-
junto de procedimentos de reação, portanto não planejados, que
são aplicados a um equipamento fora de ação ou parcialmente da-
nificado, com o objetivo de fazê-lo voltar ao trabalho, no menor
espaço de tempo e custo possível. Este tipo de manutenção recebe
o nome de:
a) Preventiva;
b) Preditiva;
c) Corretiva;
d) Planejada;
e) Aleatória.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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MANUTENÇÃO PREDITIVA,
PROATIVA, ENGENHARIA DE
MANUTENÇÃO &
MANUTENÇÃO DE CLASSE
MUNDIAL
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
MANUTENÇÃO PREDITIVA
A manutenção preditiva consiste em monitorar a condi-
ção do dispositivo de interesse, dessa forma, é realizada uma ava-
liação considerando o real estado dos equipamentos. Para isso, são
utilizados recursos específicos que permitem ajustar a programação
da manutenção, diminuir as chances de aparecimento de problemas
complexos, detectar de forma precoce as falhas e auxiliar na tomada de
decisões considerando dados reais.
Por meio da manutenção preditiva é possível comparar ten-
dências de medições de parâmetros físicos de interesse, como tempe-
ratura, ruído, vibração, entre outras coisas. A comparação é realizada
considerando limites predeterminados para tais parâmetros de modo a
identificar, analisar e solucionar problemas que podem levar a quebra
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dos equipamentos.
Esses parâmetros são importantes e significativos para evitar
a quebra dos equipamentos, pois, ao se monitorar o estado de tais dis-
positivo, é possível assegurar a disponibilidade, maximizar a eficiência
operacional, entre outras coisas. Com isso, aumenta-se o intervalo en-
tre as intervenções, diminuindo, assim, os custos e a quantidade de
paradas não programadas para intervir no funcionamento dos equipa-
mentos.
Dessa forma, a manutenção preditiva pode ser definida como
sendo o conjunto de ações realizadas utilizando recursos, como os dis-
positivos para monitorar os parâmetros físicos (ruído, vibração, óleo,
entre outras coisas) que são inerentes aos equipamentos. Por meio dos
dados obtidos, consegue-se estimar a condição do equipamento, bem
como fornecer parâmetros que auxiliam na tomada de decisão sobre a
implementação de medidas corretivas ligadas ao bom funcionamento
dos equipamentos.
A figura abaixo apresenta a curva da banheira, que é utilizada
para determinar quando se deve utilizar a manutenção preditiva. A re-
gião I representa a fase inicial do equipamento, onde são detectadas
suas falhas iniciais. A região II é a vida útil, período no qual ocorrem as
falhas aleatórias e a região III é a fase final do equipamento, na qual
ocorrem falhas associadas ao desgaste.
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te). Isso se dá, pois, ao longo do tempo, a condição dos equipamentos
tende a decrescer, dessa forma, pode surgir uma falha em potencial,
sendo este o instante em que a medição dos parâmetros aponta uma
condição de falha iminente.
Dentro dessa metodologia, há, ainda, o período da falha fun-
cional e da falha potencial, que indica o intervalo no qual todas as ati-
vidades de manutenção precisam ser realizadas. Esse período é de-
pendente do sistema de monitoramento utilizado no equipamento, caso
seja realizada uma análise termográfica, o intervalo é de 1 a 5 dias,
caso seja uma análise de vibrações, o período é de 1 a 9 meses, por
exemplo. Vale destacar que esse tempo é definido pela empresa com
base no histórico do equipamento.
Para que uma empresa aplique a manutenção preditiva, é im-
portante que ela siga algumas regras a fim de assegurar que sua imple-
mentação atenda aos propósitos dessa filosofia, como:
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como, a comparação das medições com os valores predefinidos, realizar o
monitoramento periódico, definir as ações corretivas a serem aplicadas e
analisar os problemas.
f) Armazenar os dados a fim de analisar as tendências e compreender o
comportamento dos equipamentos, além de obter dados que auxiliam nas
tomadas de decisão no futuro.
MANUTENÇÃO PROATIVA
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
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dicional forma de realizar manutenção, que é pautada na filosofia rea-
tiva tradicional, que é muito utilizada pelos modelos mais comuns. Ao
agir proativamente, consegue-se diminuir as condições que originam e
degradam os equipamentos. A manutenção proativa desenvolve ações
conectivas que têm o intuito de buscar as causas raízes, ao contrário da
manutenção preventiva e preditiva, por exemplo, que buscam e atuam
somente nos sintomas.
A filosofia proativa tem como princípio promover o aumento da
vida útil dos equipamentos ao invés de atuar quando algo não está da-
nificado. Vale destacar que para diminuir os índices de falhas, é preciso
ter boas máquinas, ou seja, equipamentos bem projetados e bem cons-
truídos. Normalmente, as causas raízes são associadas a dois motivos
principais, a contaminação ou a utilização indevida do dispositivo, sendo
a primeira a causa mais séria e mais comum.
Com isso, o passo inicial para a implementação da manuten-
ção proativa é criar e implementar programas que visam controlar a
contaminação de fluidos hidráulicos, lubrificantes, combustíveis, entre
outros. Por meio da identificação e da eliminação sistemática de proble-
mas potenciais associados a questões, como disponibilidade, confiabi-
lidade e sustentabilidade, consegue-se maximizar o desempenho dos
equipamentos e os lucros das empresas.
Esses eventos só são possíveis, pois a manutenção proativa
atua como uma ferramenta estratégica, voltada para os resultados em-
presariais da organização. É preciso que todos os métodos dentro das
empresas sejam pensados e concebidos para serem eficientes, princi-
palmente, no que tange à manutenção. Em manutenção, isso significa
que não basta somente reparar o sistema ou o equipamento de forma
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A manutenção proativa é um modelo de manutenção eficiente,
para que você possa verificar isso, acesse:
http://www.ufjf.br/seguranca/files/2013/12/Manuten%-
C3%A7%C3%A3o-proativa.pdf.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
O principal propósito da Engenharia de Manutenção, também,
é elevar a disponibilidade e a confiabilidade dos equipamentos, para
isso são desenvolvidas ações para otimizar as sistemáticas e melhorar
os padrões dos equipamentos. Dessa forma, é possível desenvolver
a manutenibilidade, dando feedbacks para as atividades executadas e
inferir nas compras de modo técnico. A figura abaixo ilustra os produtos
que podem ser associados à Engenharia de Manutenção.
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A Engenharia da Manutenção surgiu em meados da década de
1950, juntamente com o desenvolvimento das indústrias que estavam
trabalhando a todo vapor para atender aos países após a guerra. Junto
ao seu surgimento, podem ser observados fenômenos como a evolu-
ção da indústria eletrônica e da aviação comercial. A engenharia de
manutenção surgiu, pois os gestores de manutenção observaram que
os gastos de tempo para diagnosticar as falhas eram bem superiores do
que o tempo gasto para repará-las.
Dessa forma, os gerentes começaram a criar equipes de es-
pecialistas para integrar um departamento denominado engenharia de
manutenção. Esse setor foi responsável por analisar, planejar e con-
trolar as manutenções preventivas, além de identificar as causas e os
efeitos dos danos nos equipamentos e sistemas. A popularização dos
computadores na década de 1960 e a melhora na qualidade dos instru-
mentos de medição e produção fez com que a engenharia de manuten-
ção passasse a criar métodos para prever as falhas. Com isso, otimi-
zou-se a atuação dos departamentos de manutenção, principalmente,
os profissionais responsáveis por executá-la.
É importante que a engenharia da manutenção e o planejamento
da manutenção trabalhem em conjunto para otimizar as atividades a
serem desenvolvidas a fim de melhorar a manutenibilidade. Vale ressal-
tar que esses setores são os responsáveis por identificar a criticidade
das atividades e dos equipamentos para desenvolver melhorias para as
ações de manutenção.
Por meio das boas práticas, como a engenharia de manuten-
ção, consegue-se obter bons resultados na função da manutenção.
Acredita-se que outras ferramentas como a Reliability Centred Mainte-
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mandas da função da manutenção, que são obtidas por meio da di-
minuição do número de atividades reativas. Para atingir esse objetivo
algumas atividades são requeridas, como:
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VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS?
Planejar a manutenção é um dos pilares da engenharia de
manutenção, para que você compreenda isso melhor, acesse:
http://ppgep.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/Disser
tacao2015-PPGEP-MP-FranciscoJoseCavalcanteXavier.pdf.
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a) Ter indicadores que auxiliarão no reconhecimento dos desperdícios e seus
impactos, principalmente, no que tange às perdas geradas, o que torna a
priorização mais fácil.
b) ‘Adotar o conceito zero, ou seja, não são admitidos defeitos, desperdícios,
quebras e acidentes.
c) Compreender a origem dos problemas, ou seja, sua causa raiz de modo a
empregar as ferramentas mais adequadas e efetivas para eliminá-los.
d) Ter uma visão horizontal, ou seja, ser sistemático e focado para garantir a
identificação acertada das ações.
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Após esses passos, consegue-se atingir a classe mundial, po-
rém, tais passos são um desafio, mas, ao seguir as medidas citadas
anteriormente, consegue-se obter diversos benefícios econômicos e de
tempo. Essas medidas englobam, principalmente, atividades que asse-
guram a disponibilidade para a classe mundial, além do controle total da
qualidade que são implementados por meio dos princípios da melhoria
e do treinamento contínuo.
Para implementar a MCM, as empresas enfrentam uma série
de desafios, porém, para que ela ocorra de verdade, as organizações
precisam passar por quatro fases distintas, que podem ser resumidas
em:
a) Controle, que é um período em que começam a difundir ferramentas como
o JIT, o controle total da qualidade, entre outras.
b) Simplificação, que é a etapa em que se foca na manutenção produtiva
total, na fábrica, na economia, entre outras coisas.
c) Automação, que consiste em utilizar as curvas de aprendizagem, o lean
manufacturing e a economia de escopo.
d) Classe mundial que consiste em aumentar o valor agregado, o balanced
scorecard e diminuir o ciclo de desenvolvimento e entrega.
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Diante disso, a estruturação da manutenção é totalmente de-
pendente das empresas, sendo que ela precisa ser baseada nos obje-
tivos e metas estipuladas pela organização. Dessa forma, consegue-se
criar ações levando em conta os recursos disponíveis, otimizando, as-
sim, o alcance das metas e dos objetivos almejados.
Vale destacar que os estágios para a implantação de um siste-
ma de gestão podem ser colocados em uma pirâmide, conforme ilustra-
do na figura abaixo, representando o crescimento do sistema de manu-
tenção juntamente com o crescimento da organização. Esses estágios
são pautados na melhoria contínua, na excelência da manutenção e na
geração de valor econômico para as empresas, sendo ele apenas um
modelo a ser seguido, devendo ele ser adaptado para a realidade das
empresas.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: Analista Legislativo
Nível: Superior.
As inspeções preditivas podem ser realizadas para avaliar as con-
dições de sistemas e equipamentos, a fim de determinar o tempo
mais adequado para determinado tipo de manutenção. Assinale a
opção que apresenta duas tecnologias de inspeção que podem ser
aplicadas a condensadores:
a) Análise do óleo lubrificante e detecção de ruído ultrassônico;
b) Detecção de ruído ultrassônico e termografia infravermelha;
c) Resistência de isolamento e análise do óleo lubrificante;
d) Termografia infravermelha e análise do óleo lubrificante;
e) Detecção de ruído ultrassônico e resistência de isolamento.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CEPSE Órgão: UNIFESSPA Prova: Engenheiro
Mecânico Nível: Superior.
Em uma usina hidrelétrica, em todos os hidrogeradores, a vibra-
ção nos mancais guias é monitorada permanentemente com uso
de acelerômetros fixados na posição radial e axial. Nesta situação,
analisadores de vibração são utilizados em conjunto com os acele-
rômetros fornecendo a resposta vibratória no domínio da frequên-
cia e armazenando em banco de dados específicos, informando os
períodos de operação e os intervalos de tempo de manutenção, de
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: UECE-CEV Órgão: DER-CE Prova: Engenheiro
Mecânico Nível: Superior.
As características dos equipamentos de um processo produtivo
moderno podem definir diferentes critérios para a seleção do mé-
todo de manutenção a ser utilizado. Acerca do assunto, considere
as afirmativas a seguir:
I. A manutenção corretiva é composta de várias tecnologias que
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combinadas podem prever a maioria dos problemas elétricos e me-
cânicos dos equipamentos industriais.
II. A manutenção corretiva consiste em uma situação não planeja-
da para a execução da manutenção.
III. A manutenção preventiva consiste na aplicação de um progra-
ma regular de inspeção, ajustes, limpeza, lubrificação, troca de pe-
ças, calibração e reparo de componentes e equipamentos.
IV. A manutenção preventiva é conhecida como manutenção ba-
seada no tempo, sendo aplicada sem considerar as condições do
equipamento.
a) I e III apenas;
b) I e IV apenas;
c) II, III e IV apenas;
d) I, II, III e IV.
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: CONSULPLAN Órgão: MAPA Prova: Engenheiro
Nível: Superior.
Além das manutenções preventiva e preditiva, surgiram, também,
sistemas de gerenciamento de manutenção que buscam a máxima
eficiência. Em 1970, no Japão, surgiu a manutenção produtiva to-
tal, conhecida pela sigla TPM (Total Productive Maintenance). Com
base nos pilares da TPM – eficiência, autoreparo, planejamento,
treinamento e ciclo de vida – e suas definições, marque a alterna-
tiva INCORRETA:
a) Planejamento: estabelecimento de um sistema organizado de manu-
tenção;
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 5
Ano: 2012 Banca: FUMARC Órgão: TJ-MG Prova: Engenheiro Me-
cânico Nível: Superior.
A manutenção preditiva de um equipamento ou componente de
máquina:
I. Minimiza a intervenção emergencial do sistema.
II. É dependente do monitoramento de variáveis do sistema.
III. Auxilia no acompanhamento contínuo do sistema.
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IV. Racionaliza a manutenção do sistema.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas;
b) III, apenas;
c) I e II, apenas;
d) I, II, III e IV.
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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c) Todos os departamentos precisam estar envolvidos na implantação do
TPM, principalmente os setores de vendas, produtos e administração.
d) Todos os colaboradores devem estar envolvidos no processo, desde o
pessoal do chão de fábrica (operadores) até o alto escalão da empresa. Es-
ses colaboradores devem caminhar em prol mesmo objetivo na organização.
e) Todas as ações precisam ser pautadas na filosofia zero perda, sendo ela
apoiada pelos pequenos grupos que estão buscando a melhoria contínua.
As seis perdas
Existem seis principais perdas no fluxo produtivo que estão di-
retamente associadas à elevação da produtividade e com o incremen-
to do rendimento dos processos, sistemas e equipamentos, sendo que
elas impactam negativamente nesses quesitos. Um dos grandes desa-
fios do TPM é eliminar essas perdas, que podem ser classificadas em:
52
isso).
Esse pilar é responsável por mudar a forma de pensar dos co-
laboradores, fazendo com que eles trabalhem com o objetivo de contri-
buir para o crescimento positivo da empresa, melhorando o ambiente de
trabalho e a imagem da empresa perante a comunidade. É importante
mencionar que os operadores são essenciais para promover a melhoria
contínua na empresa diante da grande pressão por resultados vivida
pelos gestores. Dessa forma, os operadores precisam ser capacitados
para que eles possam detectar as anomalias ainda na fase inicial, isso
contribui ainda para que os profissionais da área da manutenção tam-
bém ganhem mais tempo para buscar formas de otimizar os equipa-
mentos e tornar a manutenção mais eficiente.
A manutenção autônoma é pautada nos 5S2, sendo o senso de
limpeza o quesito mais importante para detectar anomalias em equipa-
mentos, pois, através dela os operadores adquirem novas competên-
cias como senso de limpeza, de inspeção e de lubrificação. Ao praticar
a manutenção autônoma, consegue-se desenvolver operadores com
alto grau de conhecimento sobre seu equipamento, o que faz com que
ele atue como um sensor, identificando e comunicando adequadamen-
te as anomalias. Normalmente, as causas das anomalias são poeiras,
sujeira, contaminação, vazamento, entre outras coisas, que podem ser
facilmente eliminadas por meio da limpeza, por exemplo. Isso permite
detectar a falha de forma mais rápida, reforçando ainda mais os 5S que
contribuem para o desenvolvimento do TPM.
A manutenção planejada tem a finalidade de garantir que os
equipamentos funcionem de acordo com o projetado, realizando inter-
venções somente quando preciso. Dessa forma, diminui-se o índice de
53
realizar as ações preventivas adequadas no processo a fim de melhorar
a qualidade do produto.
O pilar das melhorias específicas atua de modo a eliminar as
seis grandes perdas (estudadas anteriormente), isso se dá por meio da
identificação individual das perdas de cada equipamento para introduzir
as melhorias neles posteriormente.
O controle inicial se dá pelo controle das especificações do
funcionamento, do ciclo de manutenção e de vida do equipamento que
são obtidos em parcerias com os operários e os fornecedores. Dessa
forma, consegue-se tornar o processo mais eficiente, além de facilitar
as próximas manutenções, vale lembrar que na fase do projeto é preci-
so levar em conta ainda as questões que podem influenciar na produti-
vidade dos equipamentos.
A estrutura, as funções, a manutenibilidade, a confiabilidade,
a operacionalidade, a segurança e os custos dos equipamentos são
questões que precisam ser revisadas nas fases do planejamento, do
projeto e da construção. Por meio desse pilar, é possível se certificar
de que o TPM está sendo implementado adequadamente, facilitando a
troca de informações entre os setores para assegurar o bom funciona-
mento do fluxo produtivo.
O pilar do treinamento e da educação é primordial para que
as empresas fortaleçam o desenvolvimento e a capacitação dos seus
recursos humanos a fim de assegurar que os colaboradores desempe-
nhem todo o seu potencial. Para a manutenção isso implica que os cola-
boradores devem ser treinados para que aperfeiçoem suas capacidades
técnicas para inspecionar, entender, manter e operar os equipamentos.
Normalmente, os programas de treinamento das organizações
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
são criados internamente, sendo que isso se dá, pois as empresas vi-
sam desenvolvê-los de modo a atender suas particularidades. Por meio
deles, é possível ampliar as habilidades e o conhecimento dos colabo-
radores envolvidos, motivando e estimulando os operadores a melhorar
seu rendimento operacional através da participação, da conscientiza-
ção, da confiança e da responsabilidade.
O pilar da segurança, higiene e meio ambiente é um dos
pilares básicos do TPM, sendo esta uma atividade chave nesses pro-
gramas. Por meio desse pilar, consegue-se prevenir acidentes ocupa-
cionais, definir regras para garantir a higiene no trabalho, além de dimi-
nuir fatores que representam riscos para a saúde e a integridade dos
colaboradores.
Já o pilar das áreas administrativas tem como principal obje-
tivo eliminar as perdas oriundas da administração por meio da criação
de escritórios altamente eficientes. Isso é necessário, pois o setor ad-
54
ministrativo trabalha em conjunto com a produção, fornecendo insumos
para diversas atividades, dessa forma, é preciso que as informações
fornecidas por esse setor sejam precisas e de qualidade.
EXPANDINDO OS CONHECIMENTOS
A manutenção produtiva total é uma forma de sempre buscar a
melhoria contínua para otimizar os processos e melhorá-los. Para com-
preender mais sobre ela, acesse:
http://www.dep.uem.br/gdct/index.php/simeprod/article/down
load/996/932
http://www.ufjf.br/ep/files/2010/05/Wady-UFJF-Engenharia
-Monografia.pdf
56
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13135/1/DIS
SERTA%c3%87%c3%83O%20Jos%c3%a9%20Bonif%c3%a
1cio%20Morais%20Marinheiro.pdf.
57
principal objetivo desta metodologia.
A MCC foi responsável por introduzir novos conceitos na or-
ganização, por meio disso, criou-se um novo foco para a manutenção,
quando comparada com os modelos tradicionais, pois essa ferramenta
tem suas ações embasadas em objetivos novos. O quadro abaixo mos-
tra quais são as principais características da manutenção tradicional e
do MCC.
58
a ele sejam atendidas. Por isso, pode-se afirmar que o principal motivo
que originou o MCC foi a necessidade de criar um modelo de manuten-
ção que fosse estratégico e planejado, a fim de tratar adequadamente
questões como segurança e disponibilidade a custos e preços razoá-
veis.
Nesse sentido, vale destacar que a MCC, quando implemen-
tada adequadamente, é capaz de reduzir entre 40 e 70% as atividades
rotineiras do setor de manutenção. Atrelado a isso, surgem diversos
benefícios e vantagens relacionadas à logística, à segurança, ao geren-
ciamento das empresas e à operação. A MCC pode trazer, ainda, bene-
fícios intangíveis, que tendem a ser desconsiderados por não terem um
impacto financeiro significativo no processo.
No que se refere aos resultados, com a implementação da
MCC, espera-se que o planejamento da manutenção seja mais otimi-
zado, que as atividades da manutenção diminuam, que a segurança
ambiental e humana aumente, que a produtividade se eleve, que os ris-
cos diminuam e que os custos com materiais, manutenção e operação
diminuam.
Porém, os resultados só são positivos se os objetivos estipula-
dos inicialmente (com a sua implementação), os recursos aplicados (a
mão-de-obra técnica e física e o tempo) e o compromisso da organiza-
ção forem trabalhados de forma efetiva. Para atingir o resultado máximo
da MCC, é preciso que os stakeholders se apoiem mutuamente, além
de ser preciso atualizar o programa continuamente, após o término da
implantação. Isso é necessário, pois a inclusão de novas informações
possibilita mudanças que podem aperfeiçoar, ainda mais, o fluxo pro-
dutivo.
59
d) Quais são os efeitos da(s) falha(s)?
e) Quais são as consequências da(s) falhas(s)?
f) Quais são as tarefas efetivas e aplicáveis?
g) Quais são as alternativas restantes?
h) Qual é a frequência ideal para realizar as tarefas?
60
Figura 7: Exemplo de versão utilizada para a implementação da MCC
62
Os efeitos das falhas são os eventos que surgem quando um
modo de falha se manifesta, ou seja, como o modo de falha impacta no
sistema. Ao se identificar os efeitos das falhas, consegue-se direcionar
a análise das consequências das falhas diretamente para o processo
em que o sistema analisado está inserido. Dessa forma, consegue-se
garantir a relação do modo de falha em estudo e a falha funcional do
sistema em questão. Além disso, é possível eliminar os modos de falhas
que não prejudicam ou não impactam significativamente no sistema.
Na etapa de análise e decisão, é preciso escolher quais são
as atividades da manutenção preventiva considerando a sua eficiência
e a sua aplicabilidade. Para isso, considera-se as capacidades de elimi-
nar, reduzir, prevenir ou detectar uma falha juntamente com uma análise
de viabilidade técnica e econômica da mesma.
Os processos de atualização e revisão precisam ser audita-
dos frequentemente, tanto durante na sua implementação, como depois
da sua conclusão. Por meio dessas ferramentas, consegue-se imple-
mentar a melhoria contínua, sendo que, para vivenciar esse programa
na MMC, é preciso considerar os seguintes aspectos:
A planta ou sistema pode ser alterado, ou seja, os projetos podem ser modifi-
cados, novos equipamentos podem ser incluídos no processo, podem surgir
mudanças operacionais ou técnicas que afetam diretamente nos resultados
da análise.
O processo da MCC não é perfeito, o que demanda ajustes frequentes con-
siderando os resultados de referência.
Todo o conhecimento obtido, ao longo do processo de implantação e análise,
é útil para revalidar os resultados.
63
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: Banco da Amazônia Prova: Enge-
nheiro Mecânico Nível: Superior.
Diversas práticas, como manutenção produtiva total, 5S, manuten-
ção centrada na confiabilidade e terotecnologia, são, atualmente,
bastante difundidas na indústria dado o esforço das empresas em
melhorar o desempenho. Acerca dessas práticas, julgue os itens
seguintes.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: CEPS Órgão: UFPA Prova: Engenheiro Mecânico
Nível: Superior.
Quanto à teoria de manutenção, considere as afirmativas seguin-
tes.
I A Manutenção preditiva é uma metodologia utilizada para assegurar
que qualquer item, sistema ou processo mantenha suas funções,
controlando os riscos de segurança e integridade ambiental, a qualidade
e a economia por meio de políticas de manutenção existentes.
II Na Manutenção Centrada na Confiabilidade, os grupos de traba-
lho tornam-se voltados para a melhoria dos índices de confiabilida-
de dos equipamentos, concentrando esforços naquelas máquinas
que são consideradas prioridades dentro da estrutura da fábrica.
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
64
QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: CODEBA Prova: Analista Portuário
Nível: Superior.
Sobre a manutenção centrada em confiabilidade, analise as afirma-
tivas a seguir.
I. O uso de sistemas de máquinas trabalhando em série aumenta
a confiabilidade do sistema em relação à opção de operação em
paralelo.
II. Na manutenção centrada em confiabilidade, o objetivo principal
é preservar as funções do sistema em operação, ao passo que na
manutenção convencional o objetivo principal é preservar o equi-
pamento.
III. A implantação da manutenção centrada em confiabilidade tende
a diminuir a carga de trabalho relacionada à manutenção preven-
tiva.
Assinale:
a) Se somente a afirmativa I estiver correta;
b) Se somente a afirmativa II estiver correta;
c) Se somente a afirmativa III estiver correta;
d) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas;
e) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
QUESTÃO 4
Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: TJ-GO Prova: Engenheiro Mecânico
Nível: Superior.
O 5S é geralmente tratado dentro do pilar “Manutenção Autônoma”
do TPM. Em empresas que têm sérios problemas de ordem com-
65
QUESTÃO 5
Ano: 2014 Banca: PLANEJAR Órgão: MAPA Prova: Engenheiro
Nível: Superior.
Além das manutenções preventiva e preditiva, surgiram, também,
sistemas de gerenciamento de manutenção que buscam a máxima
eficiência. Em 1970, no Japão, surgiu a manutenção produtiva to-
tal, conhecida pela sigla TPM (Total Productive Maintenance). Com
base nos pilares da TPM – eficiência, autorreparo, planejamento,
treinamento e ciclo de vida – e suas definições, marque a alterna-
tiva INCORRETA.
a) Planejamento: estabelecimento de um sistema organizado de manu-
tenção;
b) Eficiência: estabelecimento de um sistema de gerenciamento com-
pleto do equipamento;
c) Autorreparo: sistema de manutenção autônomo, executado pelos
operadores do equipamento;
d) Treinamento: capacitação de pessoal e aumento de suas habilidades
técnicas para rendimento máximo.
TREINO INÉDITO
Marque a opção que não representa um pilar da manutenção produtiva
total:
a) Áreas administrativas;
b) Manutenção autônoma;
c) Manutenção inicial;
d) Manutenção planejada;
e) Manutenção da qualidade.
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
68
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
C C B D E
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
69
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
B C C B D
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
70
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
01 02 03 04 05
ERRADO E E D B
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
71
A manutenção tem como objetivo garantir a disponibilidade e a confiabi-
lidade dos equipamentos e/ou sistemas, independente do tipo. Por meio
dela são desenvolvidas diversas ações para intervir nos equipamentos,
deixando-os prontos para o processo. As intervenções podem ser pro-
gramadas, ou seja, quando se tem a intenção de atuar para prevenir
e/ou corrigir falhas no processo ou não programadas, quando não se
espera que o equipamento quebre.
As manutenções não programadas geram altos custos, pois é preciso
parar a produção sem um planejamento prévio, o que implica em re-
paros emergenciais, envolvendo diversos recursos para realizá-la. As
manutenções programadas podem ir desde reparos simples, como lu-
brificações, até mesmo a instalação de dispositivos para acompanhar
o processo ou detectar alguma anomalia que afeta a integridade dos
equipamentos e/ou sistemas.
É essencial que você como especialista conheça os diferentes
métodos de manutenção a fim de utilizar o que é mais adequado
para a sua empresa. Cada um deles apresenta suas particularidades,
por isso você deve estudá-los cuidadosamente a fim de implementá-los
adequadamente e aproveitar os benefícios que eles proporcionam.
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
72
BARROS, B. A. et al. A Importância da Manutenção Industrial Como
Ferramenta Estratégica de Competitividade. 2013. 52 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Produção) – Facul-
dade Redentor, Itaperuna, 2013.
73
LEME, M. O. Metodologia de manutenção preditiva para motores elé-
tricos baseada em monitoramento de variáveis físicas e análise multi-
critério. 2017. 187 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Uni-
versidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, Paraná.
75
MANUTENÇÃO PRÁTICA NA ENGENHARIA - GRUPO PROMINAS
76