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GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
Núcleo de Educação a Distância
R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05
Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111
www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes,
Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
4
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! .
O Gerenciamento da Rotina_________________________________ 54
Modelando Processos para Gerenciamento da Rotina___________ 55
Indicadores de Desempenho dos Processos___________________ 59
O fator humano na assimilação de Novos processos e rotinas____ 62
Organização do ambiente para gerenciamento da rotina: O Pro-
grama 5S_________________________________________________ 63
Gerenciando a Rotina______________________________________ 64
Recapitulando____________________________________________ 72
Fechando a Unidade_______________________________________ 76
Referências_______________________________________________ 79
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A realidade empresarial atual é de constantes mudanças, que
exigem respostas flexíveis, rápidas e eficientes. Nesse contexto, é ne-
cessário ter proatividade. Ou seja, a organização deve ser capaz de an-
tecipar as mudanças no mercado para sair na frente dos concorrentes.
Nesse contexto, uma das principais fontes de vantagem competitiva de
uma empresa é justamente a capacidade ler o seu ambiente externo e
traçar diretrizes de longo prazo. Isso envolve leitura dos seus clientes,
da economia, da evolução tecnológica, das mudanças culturais e demo-
gráficas, entre outros diversos itens que fazem parte da realidade das
empresas. Não é exagero dizer que a forma de olhar e entender essa
realidade define a sobrevivência da empresa no mercado.
É sob esse contexto que esta unidade foi desenvolvida. O título
“Diretrizes, processos e rotinas” forma justamente o conjunto de ações
que ilustram o que Bouer (2012) chama de excelência na gestão da
qualidade.
Inicialmente, o foco é a construção de diretrizes de longo pra-
zo. Na sequência, essas diretrizes devem ser desdobradas em dire-
trizes e metas mais específicas. Paralelamente a isso, os principais
processos da empresa devem ser mapeados, modelados para que o
trabalho padronizado possa ser executado. Por fim, o trabalho rotineiro
é controlado para que as metas pontuais e, consequentemente, as ma-
crodiretrizes sejam cumpridas.
Deve-se ainda deixar claro que não basta implantar processos
padronizados. É necessário melhorá-los continuamente. Nesse sentido,
é preciso desenvolver um sistema de gestão que seja capaz de mapear,
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
Boa leitura!
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GERENCIAMENTO PELAS
DIRETRIZES
PENSANDO EM DIRETRIZES
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que as empresas têm para desdobrar as diretrizes estratégicas para os
demais níveis da organização.
Para Maximiano (2010) planejamento estratégico é um proces-
so que define os objetivos organizacionais e os caminhos para atingir
tais objetivos. Ainda segundo o autor, tal planejamento deve envolver
todas as áreas da organização e pode ser desmembrado ações opera-
cionais para facilitar sua implementação. A figura 1 ilustra a pirâmide or-
ganizacional, para que o leitor enxergue a diferenciação entre os níveis
organizacionais: estratégico, tático e operacional.
Estratégico
(diretrizes gerais
da empresa)
Tático
(diretrizes funcionais:
nível das gerências)
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
Operacional
(gerenciamento da rotina)
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SAIBA MAIS
Uma visão não pode ser algo “da boca para fora”. A visão deve ser algo que
todos queiram lutar para conseguir com o apoio e dedicação da alta adminis-
tração. Portanto, sendo a visão uma meta, devem ser definidas estratégias
para realizar a visão a partir de uma análise conduzida pela alta administra-
ção (CAMPOS, 2004, p.80).
(de baixo para cima), pois, foram desdobradas em ações rotineiras que,
se cumpridas, ajudam a empresa a atingir os objetivos definidos em
nível estratégico. Nesse sentido, a figura 3 mostra especificamente o
papel da alta administração no gerenciamento pelas diretrizes.
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Figura 3: Responsabilidade da alta administração na implantação do
gerenciamento pelas diretrizes
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C (CHECK): Acompanhar/monitorar o que foi feito, identifican-
do desvios no que foi planejado;
A (ACT): Atuar corretivamente sobre os desvios. Dessa forma,
ao corrigir erros ou identificar oportunidades de melhora, novos padrões
são criados e um novo ciclo de planejamento (P – Plan) pode se iniciar,
em um estágio de desenvolvimento superior ao ciclo anterior.
Essa ideia de “melhoria contínua” permeia todo o processo de
gestão da qualidade na empresa, envolvendo das diretrizes, processos
e rotinas.
A figura 4 ilustra o ciclo PDCA.
A P
C D
Melhoria contínua
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
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Segundo Campos (2004) o processo de criar diretrizes serve
para estabelecer níveis de controle para melhorar e criar ações de pla-
nejamento de qualidade para novos produtos, aumentar a qualidade
dos produtos já existentes, reduzir custos e prazos, mantendo assim a
sobrevivência da empresa.
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2. Completa assimilação da dinâmica e dos objetivos do ciclo PDCA;
3. Conhecimento dos processos de gerenciamento voltados às atividades de
melhoria;
4. Conhecimento e prática na utilização das ferramentas para diagnóstico e
solução de problemas;
5. Comprovação da existência de recursos para revisar/mudar o processo;
6. Clara disposição e determinação para definir objetivos.
b) Características do mercado;
c) Planos de longo prazo;
d) Situação interna;
e) Desempenho recente da empresa;
f) Fatores críticos de sucesso (fatores-chave para a empresa
se manter competitiva).
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vido a uma mudança de legislação ou no cenário macroeconômico, por
exemplo. O importante é que tais diretrizes devem ser discutidas com
toda a equipe envolvida, de forma a legitimá-las comos colaboradores.
A partir desse ponto, estabelecem-se metas táticas e opera-
cionais sobre as diretrizes e, na sequência, divulgam-se as diretrizes e
metas para os colaboradores.
Saiba mais:
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DESDOBRAMENTO DAS DIRETRIZES
Campos (2004) explica que após o levantamento dos proble-
mas da empresa, segue-se para o primeiro sistema que compõe o ge-
renciamento das diretrizes, o gerenciamento funcional, ilustrado na
figura 6.
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implantá-los sem que as pessoas estejam preparadas. As melhores experi-
ências relatadas por empresas japonesas têm sido:
Iniciar pela solução de problemas em toda a empresa (isto implica se ter a
empresa padronizada, que não é regra no caso brasileiro. No Brasil devemos
simultaneamente com esta etapa iniciar a padronização nas áreas de traba-
lho e a montagem do sistema de padronização). Iniciar pelo estabelecimento
do Gerenciamento Funcional (Gerenciamento da Rotina)
Depois de ter as pessoas envolvidas na solução dos problemas mais impor-
tantes pode-se iniciar a determinação da filosofia da administração, visão,
estratégia e as diretrizes de longo e médios prazos e anuais. (CAMPOS,
2004 p.85)
Uma diretriz (meta + método) é desdobrada para que seja alcançada pelo
controle de qualidade (Rotina). Um gerenciamento pelas diretrizes deve ser
monitorado em cima do Gerenciamento Funcional competente. O estudo e
a prática do controle de qualidade são um pré-requisito para a entrada no
Gerenciamento pelas Diretrizes. (CAMPOS, 2004 p.100)
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Figura 7: Mecanismo de desdobramento das diretrizes
Meta: Aumentar a
• Gerente de
penetração na zona vendas
norte da cidade
Meta: Aumentar em
o número de visitas
em 15% prospectar •Vendedor
novos clientes por
duas semanas
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A figura 9 ilustra esse detalhe.
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as metas. E ressalta que não adianta trabalhar de forma correta sem
fazer a revisão anual, que tem como objetivo analisar todos os dados
obtidos para realimentar o planejamento para o próximo ano. Por fim,
CAMPOS (2004, p.102) diz que “É provável que somente ao final de uns
cinco anos a empresa tenha um sistema razoavelmente estabilizado”.
Em síntese, Campos (2004) destaca que boas práticas de seu
uso tem sido:
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BOUER, G. Gerenciamento das diretrizes. In: CARVALHO, M. M.; PA-
LADINI, E. P. (org.) Gestão da qualidade: teoria e casos. Cap. 6. Rio de
Janeiro: Campus, 2012.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2006 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Prominp Pro-
va: Qualidade Nível: SUPERIOR.
Qual o motivo de usar as técnicas de amostragem nos processos
de qualidade?
a) As técnicas de amostragem são mais confiáveis do que fazer inspe-
ção em 100% dos produtos fabricados.
b) As empresas optam pela amostragem pois estas técnicas permitem
encobrir falhas que os clientes não perceberão.
c) Os clientes preferem os produtos de empresas que fazem amostra-
gem em vez de inspecionar todos os produtos fabricados.
d) O uso de técnicas de amostragem possibilita a modernização das
empresas.
e) Por motivos técnicos, econômicos ou de prazo é impraticável realizar
inspeções em todos os produtos fabricados.
QUESTÃO 2
Ano: 2005 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Casa da Moe-
da do Brasil Prova: Qualidade Nível: TÉCNICO.
O Masp, método de solução de problemas, é uma peça fundamen-
tal para a realização do controle da qualidade. Este método é deno-
minado pelos japoneses de:
a) CEP.
QUESTÃO 3
Ano: 2005 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Casa da Moe-
da do Brasil Prova: Qualidade Nível: TÉCNICO.
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é o órgão res-
ponsável pela distribuição da ISO 9000 em nosso País, sob o título
NBR ISO 9000. As séries NBR ISO 9000, 9001 e 9004, voltadas para
o sistema de gestão da qualidade, estão relacionadas, respectiva-
mente, com os(as):
a) fundamentos e vocabulário; requisitos; e diretrizes para melhoria de
desempenho.
b) fundamentos e vocabulário; diretrizes para melhoria de desempenho;
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e requisitos.
c) requisitos; fundamentos e vocabulário; e diretrizes para melhoria de
desempenho.
d) diretrizes para melhoria de desempenho; fundamentos e vocabulário;
e requisitos.
e) diretrizes para melhoria de desempenho; requisitos; e fundamentos
e vocabulário.
QUESTÃO 4
Ano: 2009 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Casa da Moe-
da do Brasil Prova: Analista Nível: SUPERIOR.
QUESTÃO 5
Ano: 2012 Banca: FUNCERN Órgão: IFRN Prova: Gestor de
Construção Civil Nível: SUPERIOR.
O gerenciamento pelas diretrizes é um sistema administrativo, pra-
ticado por todas as pessoas de uma empresa. Ele é constituído
por dois subsistemas: gerenciamento funcional e gerenciamento
interfuncional. Das opções que seguem, assinale aquela que defi-
ne esses dois subsistemas, respectivamente.
A) gerenciamento que cuida da manutenção e melhoria contínua das
operações do dia-a-dia de uma empresa e gerenciamento que cuida da
solução dos problemas prioritários da alta administração.
B) gerenciamento que cuida dos problemas com os funcionários e ge-
renciamento que cuida dos problemas prioritários da alta administração.
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C) gerenciamento que cuida da manutenção e melhoria das operações
do dia-a-dia de uma empresa e gerenciamento que cuida dos proble-
mas relacionados aos funcionários.
D) gerenciamento que cuida essencialmente da rotina da empresa, de
uma forma geral, e gerenciamento que cuida dos problemas financeiros
da empresa.
QUESTÃO DISSERTATIVA
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
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Data: 16/04/2019
Fonte: NSC total
Links: https://www.nsctotal.com.br/colunistas/eduarda-demeneck/serra-
-catarinense-fara-plano-estrategico-para-desenvolver-o-turismo
NA PRÁTICA
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GERENCIAMENTO DE
PROCESSOS
33
Figura 10: abordagem funcional e abordagem por processos
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Figura 11: A Abordagem por Processos Versus a Abordagem Vertical
36
Figura 12: A cadeia de clientes
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em categorias. O autor explica que o conceito de qualidade pode ser
abordado das seguintes formas: transcendental, foco no usuário, foco
no valor, foco no produto e foco no processo. Seguem detalhes das
abordagens a seguir:
Transcendental: Marcas muito fortes, com liderança consoli-
dada e universalmente reconhecíveis.
Foco no usuário: adequação ao uso. Preferências pessoais
do consumidor.
Foco no valor: boa relação custo-benefício (adequação ao
usuário e/ou conformidade a um custo aceitável)
Foco no produto: características mensuráveis ou observáveis
objetivamente de um produto, como durabilidade, ausência de defeitos,
design, garantias.
Foco na produção: conformidade às especificações (baixa
variabilidade no processo produtivo em relação ao que foi projetado/
planejado).
As três primeiras abordagens (transcendental, usuário e valor)
são mais subjetivas, ou seja, o julgamento depende das percepções de
cada usuário. Já as outras duas (produto e processo) são mais objeti-
vas, ou seja, mais mensuráveis.
Como então definir o que é qualidade? Em linhas gerais, Gar-
vin (1992) cita que a definição de qualidade depende do contexto em
que é aplicada.
Além disso, o usuário, com base nas suas percepções e expe-
riências anteriores, tende a formar uma imagem em sua mente sobre
a qualidade de um produto. Essa percepção é conhecida como “quali-
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
SAIBA MAIS
A norma ISO 9001 ganhou sua mais recente versão em 2015 (NBR ISO
9001:2015).
Para conhecer mais sobre tal norma, acesse os links a seguir:
Site da ABNT para aquisição da norma: https://www.abntcatalogo.com.
br/norma.aspx?ID=345041
Comentários sobre a norma ISO 9001:2015, no que diz respeito às mu-
danças observadas em relação à versão anterior: https://blogdaqualida-
de.com.br/iso-9001-2015/
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IDENTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS-CHAVE NA EMPRESA
Uma empresa, mesmo que pequena, possui muitos processos.
Não é recomendável nem viável querer mapear a empresa toda de uma
só vez. Então por onde começar? Rotondaro (2012) sugere que, inicial-
mente, seja montada uma equipe que liderará a identificação e mapea-
mento inicial dos processos-chave da empresa. O autor destaca que:
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O quadro 1 ilustra as etapas supramencionadas através de um
exemplo.
41
Processos de apoio: São aqueles que dão suporte direto aos
processos principais. Exemplos: Planejamento estratégico, Gestão fi-
nanceira, Contabilidade, TI, Gestão de recursos humanos.
42
Figura 14: A cadeia de valor
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Lembre-se que os processos que serão inicialmente mapea-
dos são aqueles definidos como prioritários, conforme informações con-
tidas no tópico anterior.
Cadeia de
valor
(macroproc
essos da
empresa) SIPOC (visão
geral de cada
Fluxograma
(detalhamento
para
gerenciamento
da rotina)
Mapeamento e modelagem de
processos
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Figura17 – Diagrama SIPOC para o processo de tirar uma fotocópia.
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Figura 18: Etapas para elaboração do SIPOC
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
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BARBARÁ, Saulo (Org.). Gestão por processos: fundamentos, téc-
nicas e modelos de implementação: foco no sistema de gestão da
qualidade com base na ISO 9000:2000. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2008
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2005 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Casa da Moe-
da do Brasil Prova: Qualidade Nível: TÉCNICO.
Em processos de produção industrial, causas especiais são facil-
mente detectadas através de:
a) cartas de controle.
b) cálculo da mediana.
c) cálculo do desvio padrão.
d) determinação da amplitude.
e) especificações do produto.
QUESTÃO 2
Ano: 2009 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Casa da Moe-
da do Brasil Prova: Analista Nível: SUPERIOR.
Os princípios do Just In Time (JIT) produziram mudanças radicais
em relação à prática tradicional da gestão da produção utilizada
até as décadas de 60/70 do século XX.
Dentre as características e fatores adotados no JIT, podem-se citar:
I - produção antecipada, considerada como desperdício;
II - melhor eficiência da mão de obra dedicando um trabalhador por
máquina;
III - sistema empurrado de controle da produção;
IV - utilização de lotes de produção reduzidos.
QUESTÃO 3
Ano: 2006 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Prominp Pro-
va: Qualidade Nível: SUPERIOR.
Uma das ferramentas utilizadas nos processos de qualidade é o
brainstorm, que é um processo de:
a) avaliação crítica das idéias levantadas pelos colaboradores das li-
nhas de produção de uma empresa.
b) controle estatístico dos resultados obtidos pela padronização das ati-
vidades de uma empresa.
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c) medida do desempenho das equipes de trabalho com base em técni-
cas americanas de pressão e persuasão.
d) trabalho em grupo no qual os indivíduos emitem ideias de forma livre,
sem críticas, no menor tempo possível.
e) busca dos responsáveis pelas falhas de qualidade e não-conformida-
des do sistema de produção.
QUESTÃO 4
Ano: 2012 Banca: Grupo Magistério Órgão: IFRN Prova: Gestão e
Qualidade Nível: SUPERIOR.
Toda a documentação que compõe o sistema da qualidade de uma
empresa serve essencialmente para
a) promover o aperfeiçoamento da estrutura de elaboração e difusão de
normas técnicas, dos códigos de práticas e dos códigos de edificações.
b) obter a qualidade requerida do produto, apoiar a avaliação de sistemas
da qualidade e assegurar melhoria da qualidade.
c) apoiar a introdução de inovações tecnológicas e fomentar a garantia da
qualidade de materiais.
d) estruturar e animar a criação de programas específicos, visando à for-
mação e requalificação de mão de obra, em todos os níveis.
QUESTÃO 5
Ano: 2012 Banca: Grupo Magistério Órgão: IFRN Prova: Gestão e con-
trole da Qualidade Nível: SUPERIOR.
O diagrama mais comumente usado para documentar processos em
gestão de produção é o de fluxo de processo. Esse tipo de diagrama
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
NA MÍDIA
NA PRÁTICA
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Liker e Meier (2008) afirmam que muitas empresas, visando
a implantação da padronização em suas atividades, criam registros de
procedimentos detalhados, mas não são bem-sucedidas devido à falta
de treinamento ou capacitação para que as pessoas sigam os procedi-
mentos.
É importante observar que colaboradores de todos os níveis
podem participar ativamente no planejamento para a execução das ta-
refas e procedimentos de trabalho. Nesse sentido, Barbará (2008) ob-
serva que trabalhadores que estão diretamente ligados a uma tarefa
detêm maior conhecimento prático a respeito de como executar tal tra-
balho. E ao fazer parte da construção de melhoria e padronização em
tais processos, este colaborador passa a se sentir parte importante na
empresa, uma vez que está sendo ouvido e reconhecido.
Em síntese, todos os colaboradores ligados a um processo po-
dem participar de sua modelagem e acompanhamento de rotina (visan-
do a execução padronizada e a implementação de melhorias).
E uma das técnicas mais comuns de modelagem de processos
é o fluxograma.
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Figura 19: Relação entre SIPOC e flxograma
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Figura 20: notação BPMN
SAIBA MAIS
Acesse o link a seguir para o aplicativo online de desenvolvimento de
fluxogramas, chamado HEFLO: https://app.heflo.com/
E no link a seguir há um vídeo tutorial para sua utilização: http://youtube.
com/watch?v=ZMoKvtt4ITY
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INDICADORES DE DESEMPENHO DOS PROCESSOS
É sabido que uma empresa possui muitos processos, sendo al-
guns críticos e outros de apoio (conforme abordado no capítulo 2). Des-
sa forma, embora possa não ser possível criar indicadores para todos
os processos, ao menos os processos críticos devem ser monitorados
de perto.
Esses indicadores são chamados de KPIs (Key Performance
Indicators – Indicadores chave de desempenho), que servem como “veí-
culos de comunicação” sobre as diretrizes da empresa, uma vez que
através de sua utilização, é possível tangibilizar os resultados obtidos.
Os indicadores devem servir como metas a serem alcança-
das ou superadas. Pode ser inviável e até improdutivo criar indicadores
de desempenho para todos os processos de uma empresa. Por isso,
devem ser escolhidos indicadores para os processos-chave. Oliveira
(2004) apresenta a seguinte classificação para os indicadores:
Indicadores de produtividade: por exemplo, peças produzi-
das pelo total de horas trabalhadas;
Indicadores de qualidade: por exemplo, quantidade de peças
não conforme pelo total de peças produzidas;
Indicadores de capacidade: por exemplo, quantidade de pro-
dutos processados por hora em uma máquina;
Indicadores estratégicos: por exemplo, porcentagem ou
quantidade de etapas atingidas de uma grande diretriz da empresa (vi-
são).
Observe que os indicadores podem ser criados para qualquer
processo da empresa, de processos produtivos a processos adminis-
59
Figura 22 – Indicadores de desempenho de processos
60
Figura 23 – Desdobramento dos indicadores de desempenho de pro-
cessos
61
SAIBA MAIS
62
seus hábitos. É nesse sentido que, antes de estabelecer novos proces-
sos de trabalho, a empresa deve se certificar de que os colaboradores
têm compreensão clara das diretrizes e metas estabelecidas e estão
comprometidos com estas.
Luz (2003) observa que algumas empresas possuem uma
cultura muito enraizada, dificultando a implementação de mudanças.
Porém, não há outra forma de se realizar o trabalho de gerenciar diretri-
zes, processos e rotinas. Mais do que promover mudanças de cultura,
a empresa deve internalizar (e isso leva tempo) que a mudança é um
processo natural nas organizações. Com o passar do tempo, vai se es-
tabelecendo a cultura da mudança na empresa.
SAIBA MAIS
O link a seguir possui um texto sobre possíveis caminhos para realizar
mudanças na cultura organizacional:
https://www.setting.com.br/blog/gestao-empresarial/mudanca-cultura-
-organizacional/
Já este link apresenta um artigo acadêmico completo para quem gos-
taria de aprofundar seus conhecimentos sobre cultura organização e
mudanças nas organizações: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/
A0893.pdf
63
b) Seiton = senso de arrumação ou ordenação: O objetivo é
identificar e organizar tudo para que qualquer pessoa possa localizar
facilmente documentos, dados, insumos, equipamentos e ferramentas.
O conceito é “cada coisa no seu devido lugar” evitando o desperdício de
tempo e pessoal para encontrar um determinado item.
c) Seiso = senso de limpeza: Para que os ambientes estejam
sempre limpos, mais importante do que limpar constantemente, é elimi-
nar as causas da sujeira e aprender a não sujar.
d) Seiketsu = senso de saúde e higiene ou asseio: O objetivo é
criar e manter um ambiente favorável à saúde, física e mental, seja em
áreas comuns ou não e zelar pela higiene pessoal.
e) Shitsuke = senso de autodisciplina: Este conceito consiste
na avaliação sistemática na busca por manter os padrões definidos nos
passos anteriores. Muitas mudanças propostas pelo 5S são simples e
podem até ser alcançadas com facilidade, porém, encontram grande
dificuldade para serem mantidas.
Os benefícios esperados com o 5S são decorrentes de melho-
rias do ambiente de trabalho, com consequências sobre a redução de
desperdícios, aumento de produtividade em razão da redução de tem-
pos improdutivos, melhoria da saúde e segurança dos trabalhadores.
O sistema 5S é visto como aspecto fundamental para implan-
tação de muitos métodos que envolvam mudanças culturais na empre-
sa, desde atividades mais simples como alterações em procedimentos
rotineiros, até na implementação de sistemas de gestão da qualidade,
por exemplo.
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
SAIBA MAIS
GERENCIANDO A ROTINA
Como já abordado nessa unidade, o gerenciamento da rotina
deve ser algo diário e contínuo. Campos (2006) ilustra o ciclo de geren-
ciamento da rotina tomando como base o ciclo PDCA, já mencionado
no capítulo1.
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A ideia por trás do ciclo PDCA é que tudo começa no planeja-
mento, mas não basta planejar. No planejamento (P), são definidas as
metas (diretrizes e seus desdobramentos) e métodos (caminhos para
cumprir as metas, incluindo a definição clara dos processos).
Na execução (D) são criadas as condições para cumprir
as metas; esse processo envolve organização do ambiente (5S) e
motivação da equipe. O monitoramento (C) envolve o acompanhamento
contínuo dos resultados, tomando como referência as metas internas e
os benchmarks (boas práticas observadas externamente, como padrões
da concorrência e de empresas de outros setores). Por fim, a atuação
corretiva (A) busca constantemente atuar sobre os processos para
manter e melhorar resultados. Esse ciclo se reinicia constantemente,
gerando um processo contínuo de aprendizado organizacional. A figura
24 ilustra esse processo.
66
Quadro 3: 5W2H – Exemplos
Usando mate-
riais da estação
de limpeza dis-
Limpeza da Para garantir o
Área da ponível na pro-
área de produ- José 14/06/2019 atendimento ao R$ 100,00
produção dução. Seguir
ção programa 5S
procedimentos
conforme treina-
mento
68
Por fim, a figura 25 sintetiza, em um fluxo do gerenciamento da
rotina, todo o conteúdo da unidade.
69
Analisando a figura, tem-se que, a partir das diretrizes, se de-
finem os processos prioritários, sempre com foco no atendimento às
necessidades dos clientes. A partir disso, modela-se os processos para
criar formas de controle (indicadores). Na sequência, realiza-se o ge-
renciamento diário da rotina, tendo como base conceitual o ciclo PDCA.
Dessa forma, deve ficar claro para o leitor que não há geren-
ciamento da rotina sem mapeamento dos processos. E não há como
identificar os processos prioritários sem a definição clara das diretrizes.
Ou seja, tudo começa a partir da iniciativa da alta direção em definir as
diretrizes do negócio (observando mercado, clientes, características do
negócio); porém, sem a participação de todos, não é possível desdo-
brar essas diretrizes em processos mais específicos e rotinas a serem
gerenciadas.
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
70
BARBARÁ, Saulo (Org.). Gestão por processos: fundamentos, técni-
cas e modelos de implementação: foco no sistema de gestão da quali-
dade com base na ISO 9000:2000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008
71
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2012 Banca: Grupo Magistério Órgão: IFRN Prova: Funda-
mentos da Administração e Gestão Nível: SUPERIOR.
A estrutura organizacional é representada graficamente pelo orga-
nograma. É correto afirmar que a estrutura organizacional
a) costuma apresentar uma natureza predominantemente dinâmica.
b) utiliza retângulos para indicar as relações de autoridade e de respon-
sabilidade.
c) é a forma pela qual as atividades da organização são divididas, orga-
nizadas e coordenadas.
d) é abordada por duas formas: especialização vertical e especialização
integrada.
QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca: ENADE Prova: Tecnologia em Gestão da Quali-
dade Nível: Superior.
O sistema de gestão da qualidade é formado por processos pa-
dronizados e auditados constantemente. Assim, para se obterem
informações que servirão de base para a implementação desse sis-
tema, é preciso realizar o mapeamento dos processos da empresa.
Nesse sentido, processo pode ser definido como um conjunto de
atividades inter-relacionadas que transformam insumos ou entra-
das em produtos ou saídas. Desse modo, os processos devem ser
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 3
Ano: 2006 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Prominp Pro-
va: Qualidade Nível: SUPERIOR.
Determinado método de gestão da qualidade tem como meta redu-
zir os efeitos indesejados para próximo de zero. Nele, as variações
nos processos e não-conformidades são medidas pelo número
de desvios padrão. Surgiu na Motorola e utiliza ferramentas como
DMAIC e FMEA, entre outras.
Que método é esse?
a) GQT.
b) PDCA.
c) QFD.
d) 5S.
e) 6 Sigmas.
QUESTÃO 4
Ano: 2006 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Prominp Pro-
va: Qualidade Nível: SUPERIOR.
A representação gráfica que permite a visualização dos passos do
processo, apresentando a sequência lógica, o encadeamento de
atividades e as decisões, é:
a) ISO 9000.
b) histograma.
QUESTÃO 5
Ano: 2006 Banca: FUNDAÇÃO CESGRANRIO Órgão: Prominp Pro-
va: Qualidade Nível: SUPERIOR.
O 5W2H é uma ferramenta utilizada no mapeamento, padronização
e elaboração de planos de ação, que busca o fácil entendimento
das definições de responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e
recursos. Assinale a alternativa
que contém os elementos dessa ferramenta.
a) “Tarefa”, “Responsável”, “Consultado”, “Executor”, “Informado”.
b) “O que”, “Quando”, “Responsável”, “Consultado”, “Executor”, “Infor-
mado”.
c) “O que”, “Quem”, “Quando”, “Onde”, “Por que”, “Como”, “Quanto”.
73
d) “O que”, “Quem”, “Quando”, “Como”, “Responsável”, “Método”.
e) “O que”, “Como”, “Responsável”, “Método”, “Prazo”, “Contingência”.
QUESTÃO DISSERTATIVA
TREINO INÉDITO
d) II, III e IV
e) Todas estão corretas (I, II, III, IV e V)
NA MÍDIA
Data: 07/05/2019
74
Fonte: Folha Nobre
Link de acesso: http://folhanobre.com.br/sulista/santa-catarina/escrito-
rio-de-qualidade-do-hospital-celso-ramos-foca-na-melhoria-continua-
-de-servicos/31084
NA PRÁTICA
75
GABARITOS
CAPÍTULO 01
Questões de concursos
01 02 03 04 05
E E A D A
Padrão de resposta:
Autores diferentes podem sugerir algumas alterações nas etapas a se-
guir. Mas são mudanças pontuais. Sugestão:
Análise dos ambientes interno e externo da empresa (análise SWOT –
forças e fraquezas internas e ameaças e oportunidade externas)
Delineamento da missão e da visão (diretrizes de atuação da empresa,
com foco no longo prazo)
Desenvolvimento de estratégias (meios) para se atingir a missão e a
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO
Gabarito: Alternativa “A”
CAPÍTULO 02
Questões de concursos
01 02 03 04 05
A B D B C
76
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO
DE RESPOSTA
Padrão de resposta: Nessa fase, deve-se partir das diretrizes que fo-
ram definidas para a empresa (visão e metas de médio e longo prazo). A
partir das diretrizes, deve-se desenhar a cadeia de valor para identificar
os processos que mais agregam valor e estão ligados as atividades-fim
da empresa. Esses são os processos principais. Ou seja, os proces-
sos principais de cada empresa são muito particulares e podem ser
definidos usando a cadeia de valor, a partir de informações como ca-
racterísticas do negócio, clientes e a visão da alta administração sobre
o futuro da organização. Cabe ainda observar que devem ser também
identificados os processos de apoio para construção da cadeia de valor.
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
CAPÍTULO 03
Questões de concursos
01 02 03 04 05
77
a empresa estiver prejudicada, esse clima ruim pode gerar resistência
na adesão a novos procedimentos e rotinas, dificultando o atingimento
dos objetivos organizacionais. Para avaliar o clima organizacional, re-
comenda-se que a empresa aplique anualmente uma pesquisa de clima
organizacional e que desta derivem planos de melhoria.
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
78
BARBARÁ, Saulo (Org.). Gestão por processos: fundamentos, téc-
nicas e modelos de implementação: foco no sistema de gestão da
qualidade com base na ISO 9000:2000. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2008
81
GERENCIAMENTO INTEGRADO DE PROCESSOS - GRUPO PROMINAS
82