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O que é tomografia?

De um modo simples e geral é um procedimento


de diagnóstico por imagem que usa raios X para construir imagens
transversais (fatias) do corpo.
As seções transversais são reconstruídas a
partir de medidas de coeficientes de
atenuação de feixes de raios-X no volume
do objeto estudado( no nosso caso, a
cabeça do paciente).
A densidade do tecido que passa pelo
feixe de raios X pode ser medida a partir
do cálculo do coeficiente de atenuação(
isodensidade, hipodensidade ou
hiperdensidade). Usando este princípio, a TC permite a reconstrução da
densidade do corpo, por meio de um corte bidimensional perpendicular ao
eixo do sistema de aquisição.

Quais os cortes avaliados?


Direita ou esquerda?
Olhei para a tomografia, mas... Essa lesão aqui está do lado
direito ou esquerdo? Inverte? Como é?
Quando olhamos a tomografia, estamos vendo a imagem
espelhada, é como se
estivéssemos olhando o
paciente dos pés para a cabeça,
portanto a direita da imagem é
o lado esquerdo do paciente.
Não ficou muito claro? Bora pra um exemplo:

A bolinha azul está do lado esquerdo da imagem,


mas está localizado no hemisfério direito, na
região próxima dos núcleos da base.

A bolinha azul está do lado direito da imagem,


mas está localizado no hemisfério esquerdo, na
região do lobo occipital.
A Cor na Tomografia:
A tomografia em basicamente três cores: passando do preto, para o cinza e por
fim o branco. E como a gente nomeia? O que é branco é chamado de
hiperdenso, o cinza isodenso e o preto hipodenso. E qual a escala utilizada?

A isodenssidade é o
padrão(parênquima cerebral),
acima dela temos a
hiperdensidade, sendo o mais
hiperdenso possível o osso. A
hipodensidade está abaixo, sendo a
maior hipodensidade da
tomografia o ar.

Alguns exemplos de hiperdensidades:


Ossos e calcificações:
Meningioma

calcificado

Calcificação de pineal
Contraste:

Artérias cerebrais médias contrastadas

Sangue recente:

Hemorragia intraparenquimatosa

Hemorragia subaracnóidea e intraventricular


Infecções e neoplasias:

Meningioma em TC contrastada

Realce anelar hiperdenso em abscesso cerebral em TC


contrastada

Artefatos:

Projétil de arma de fogo em região orbital


direita.
Alguns exemplos de hipodensidades:
Ar:

Pneumoencéfalo

Liquor:

Hidrocefalia de ventrículo lateral esquerdo


Edema

Edema vasogênico em paciente com metástase


cerebral

Edema citotóxico em paciente com AVCi


Isquemia:

AVC isquêmico há 5 dias

Sangue antigo:

Hematoma subdural crônico


Como se localizar?
O X da questão e o T: São instrumentos que irão te ajudar a se
localizar: o X formado pelos ossos do crânio e o T formado pela
fissura sylviana.

Vamos treinar a localização de estruturas próximas a esses


dois marcos importantes?
1- Identifique cada estrutura apresentada pelas bolinhas.
2- O que a seta azul indica? O que a linha amarela delimita?
1- Identifique cada região apresentada pelas bolinhas.
2- O que a linha vermelha representa? O que a área rosa representa?
Resposta das Questões:
Corte axial:
1- Quais estruturas representam as bolinhas verde e vermelha?

2- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas?


3- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas?

4- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas?


5- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas?

6- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas? O que cada seta está apontando?
O que a linha vermelha representa?
7- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas? O que a linha vermelha
representa?

8- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas? O que cada seta está apontando?
O que a linha laranja representa? O que a região rosa representa?
9- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas? O que cada seta está apontando?

10- Quais estruturas estão marcadas pelas bolinhas?


11- Em quais giros estão as bolinhas verde, amarela e vermelha ? A linha laranja
representa qual sulco? Em qual lobo está a bolinha branca?

Corte axial:
1- Em qual lobo está a bolinha azul? E a vermelha está em qual estrutura?
2- Quais os giros representados em amarelo? O que a bolinha vermelha representa? A
linha e bolinha laranja representam o que?

3- O que as bolinhas representam? O que a linha verde representa?


4- O que cada bolinha representa? O que a seta está apontando?

5- O que cada bolinha representa? O que a seta está apontando?


6- O que cada bolinha representa?

Corte Sagital:

1- O que cada bolinha representa? O que as linhas representam?


2- O que cada bolinha representa?

3- O que cada bolinha e linha representam? O que cada seta está apontando?
Resposta das Questões:

Corte Axial:
1-

2-
3-

4-
5-

6-
7-

8-
9-

10-
11-
Corte Coronal:

1-

2-
3-

4-
5-

6-
Corte Sagital:
1-

2-
3-
1- Quais as artérias representadas pelas bolinhas azul e vermelha?

2- Quais as artérias representadas pelas setas coloridas?


3- Quais as artérias indicadas pelos números 1 a 5?

4- Quais as artérias indicadas pelas setas coloridas?


5- A seta amarela está apontando para qual artéria?

6- Qual a alteração presente na imagem?


7- Qual a alteração presente na imagem?

8- Qual a artéria apontada pela seta amarela?


9- Qual a artéria apontada pela seta amarela?

10- Qual a alteração presente na imagem?


Respostas das Questões Sobre Vascularização:

1-

2-
3-

4-
5-

6-
7-

8-
9-

10-
Você é capaz de identificar as cores correspondentes a
cada território?
1-

2-
3-

4-
5-

6-
7-

8-
9-

10-
11-
Resposta das Questões:
1-

2-
3-

4-
5-

6-
7-

8-
9-

10-
11-
Analise as imagens a seguir:

1- Identifique cada uma das estruturas apontadas pelas setas.


2- Identiifique cada uma das estruturas mostradas pelas setas.
3- Qual o fluxo do Líquor?
Resposta das Questões:

1-
2-

3- O fluxo do líquor começa pelo ventrículo lateral, passando deste para o


terceiro ventrículo através do forame de Monro. A partir do terceiro ventrículo,
desce para o quarto ventrículo através do aqueduto cerebral. Por fim, o liquor
ganha o espaço subaracnóideo através das aberturas laterais(forame de
luschka) e medial(forame de magendie), que estão ao nível do quarto
ventrículo.
Citototóxico ou Vasogênico?

Quais desses apontados pela seta são edemas citotóxicos e quais são
vasogênicos?
Resposta das Questões:

O que é o edema citotóxico? É um tipo de edema visto comumente no AVC


isquêmico. O edema citotóxico é o resultado da incapacidade das células de
manter as bombas de membrana de sódio / potássio (Na + / K +)
dependentes de ATP funcionantes. Quando há falta de energia, como é o
caso da isquemia cerebral, essas as bombas param de operar e o sódio se
acumula dentro da célula, atraindo cloreto (Cl-) e água pela osmose. Isso
resulta em edema celular e redução do volume extracelular, gerando uma
restrição à difusão da água.
Este edema intracelular afeta principalmente a substância cinzenta, mas
também envolve a substância branca, pois os astrócitos também estão
envolvidos. Portanto, há uma perda da diferenciação entre substância branca
e cinzenta causada pelo edema, também chamada de perda da diferenciação
cortico-subcortical, característica do edema citotóxico.
O edema cerebral vasogênico se refere a um tipo de edema cerebral no qual
a barreira hematoencefálica (BHE) é rompida (mecanismo diferente do
edema cerebral citotóxico, em que a barreira hematoencefálica permanece
intacta). É um edema extracelular que afeta principalmente a substância
branca por meio do vazamento de fluido dos capilares.
É frequentemente visto em torno de tumores cerebrais (primários e
secundários) e abscessos cerebrais, embora possa ser observado em torno de
contusões cerebrais e hemorragias cerebrais.
Neste tipo de edema, a substância cinzenta é preservada, portanto não há
perda da diferenciação cortico-subcortical
Efeitos como apagamento dos sulcos cerebrais e desvio de linha média
podem ser observados nos dois tipos de edema.
Como avaliar?

A hipertensão intracraniana (HIC) é uma emergência médica que precisa ser


reconhecida rapidamente.Os sinais clínicos clássicos de hipertensão
intracraniana são cefaleia progressiva, alterações visuais, náuseas, vômitos e
o clássico papiledema bilateral. A monitorização da PIC por meio de catéteres
intraventriculares é um método invasivo, em que se permite medir a pressão
de perfusão cerebral e manejar adequadamente a HIC. Seu cálculo é feito da
seguinte maneira:

Você sabia que além desses métodos, as imagens tomográficas podem nos
dar pistas de aumento de pressão intracraniana? Conforme a doutrina
Monro-Kellie, conforme a pressão do LCR dentro do crânio aumenta, o
cérebro e o volume sanguíneo têm que acomodar isso, resultando no
fenômeno de efeito de massa, explicando os achados de pressão
intracraniana elevada em imagens cerebrais transversais. Confira alguns
sinais:
1- Apagamento dos giros e sulcos cerebrais
2- Apagamento das cisternas e ventrículos cerebrais
3- Desvio de linha média(herniação subfalcina) e herniações cerebrais
(herniação transtentorial).
4- Perda da diferenciação entre substância branca e cinzenta
5- Aumento da bainha do nervo óptico.
Como avaliar na imagem?
1- Apagamento dos giros e sulcos cerebrais

Normal HIC-Edemaciado
Compare as duas tomografias, a tomografia normal apresenta sulcos, giros
evidentes e as cisternas subaracnoideas presentes. Agora segunda tomografia
mostra um cérebro totalmente edemaciado, com apagamento dos sulcos e
cisternas cerebrais, com consequente HIC.

2- Apagamento dos ventrículos e cisternas cerebrais:

Normal Hematoma subdural agudo esquerdo


Aonde está o ventrículo ipsilateral à hemorragia? Totalmente apagado,
temos também um importante edema cerebral e desvio de linha média.
3- Desvio de linha média:

O deslocamento da linha média é medido em


milímetros, como a distância perpendicular
entre uma estrutura da linha média,
geralmente o septo pelúcido(linha pontilhada)
e uma linha designada linha média(linha
contínua. A linha média é uma linha
desenhada entre as ligações anterior e
posterior da foicecerebral à parte interna do
crânio. Observe o desvio de linha média na
imagem.

Herniação transtentorial + apagamento de cisterna:

Normal Hematoma subdural agudo esquerdo


Na imagem 1, temos um corte ao nível mesencefáliico, evidenciando as
cisternas perimesencefálicas e a seta vermelha apontada para o uncus. A
imagem 2 mostra um hematoma subdural agudo esquerdo (mais evidente
em outros cortes). Evidência de pressão intracraniana elevada, com perda
difusa dos sulcos hemisféricos bilateralmente, obliteração das cisternas
basais perimesencefálicas com herniação transtentorial uncal esquerda
e compressão do mesencéfalo. Na herniação uncal, o efeito de massa
faz com que o uncus atravesse a incisura tentorial do cerebelo, adentrando
na cisterna perimesencefálica exercendo compressão no tronco encefálico.
Esse tema será melhor abordado nos casos clínicos.

4- Perda da diferenciação entre substância branca e cinzenta

Normal Edema cerebral difuso

Note a diferença do cérebro normal em que você percebe a diferença entre


substância cinzenta(seta cinza) e substância branca(seta branca). Agora
observe a imagem da direita, parece estar tudo da mesma cor, não se
diferencia substância cinzenta da branca, isso é chamado de perda da
diferenciação córtico-subcortical, sendo evidentenos casos de edema
cerebrais avançados com grande HIC.
5- Aumento da bainha do nervo óptico

A bainha do nervo óptico é normalmente


medida 3 mm atrás da inserção do nervo
óptico no globo, perpendicular ao longo eixo
do nervo óptico. O aumento dessa bainha é
sugestivo de aumento da pressão
intracraniana.

Normal HIC
1- Agora é sua vez!! Descreva os achados sugestivos de HIC nas
imagens abaixo:

A B

C D
Resposta
Na imagem A temos um corte axial ao nível dos núcleos da base, que evidencia
um infarto isquêmico em lobo temporal e frontal direito, que se estende para
região dos núcleos da base, com áreas correspondentes ao território da artéria
cerebral média. Presença de apagamento dos sulcos cerebrais bilateralmente,
com obliteração de corno anterior e posterior de ventrículo lateral direito e
presença de desvio de linha média.

Na imagem B temos um corte axial à nível mesencefálico que evidencia um


hematoma subdural agudo à esquerda, apagamento dos sulcos cerebrais, com
obliteração das cisternas perimesencefálicas, suprasselar e de corno temporal
do ventrículo lateral, com provável herniação uncal à esquerda. Além disso, é
possível observar hemorragia em região mesencefálica, correspondente a uma
hemorragia de Duret, o estágio final da herniação cerebral, resulta do
comprometimento das artérias perfurantes, ramos
da artéria basilar, que irrigam a substância profunda
do tronco encefálico( será abordado nos casos
clínicos).
Em vermelho: hemorragia subdural aguda
Em azul: obliteração do corno temporal do ventrículo lateral
Em verde: apagamento das cisternas perimesencefálicas e suprasselar
Em branco: hemorragia mesencefálica
Na imagem C temos um corte axial a nível mesencefálico( guiando-se pela
incisura do tentório cerebelar), com apagamento de sulcos e giros cerebrais e
apagamento das cisternas subaracnóideas(perimesencefálica, quadrigeminal,
suprasselar).

Normal Imagem C

Na imagem D, temos um corte axial ao nível dos núcleos da base, com


apagamento dos sulcos e giros bilateralmente, presença de ventrículos laterais
finos e simétricos(em vermelho) e perda da diferenciação entre substância
branca e cinzenta(azul).

Em vermelho os ventrículos laterais, em azul a


perda da diferenciação entre substância branca
e cinzenta(azul).
Você é capaz de descrevê-los?
A hipodensidade evidente do AVC isquêmico pode demorar mais de 24 horas
para aparecer na tomografia. Porém, existem sinais precoces visíveis que
podem aparecer na fase imediata e hiperaguda na TC, você consegue
identificar cada um deles?
OBS: Vai aqui uma dica: sempre compare um hemisfério com o outro!!

1-

A B

C D
E F
Resposta das questões:
1-
A:
Aqui temos o sinal da artéria cerebral média hiperdensa do lado direito(seta
vermelha). Além disso é possível observar uma leve perda da diferenciação
córtico-subcortical no lobo temporal(seta verde). O sinal da artéria hiperdensa é
o mais precoce e pode aparecer minutos após o insulto (na fase imediata).
Cuidado! É importante diferenciar este foco tromboembólico hiperdenso de
uma calcificação do vaso, por isso nunca olhamos o sinal isolado, mas sim a
correlação clinico-radiológica.
B:
Sinal da perda da fita insular(seta vermelha). É um sinal precoce que aparece
na fase hiperaguda do AVC, é caracterizado pela perda da diferenciação entre
substância branca e cinzenta no córtex insular, sendo um sinal de infarto no
território da artéria cerebral média. Observe a diferença entre as duas
regiões insulares direita(verde) e esquerda(acometida)
C:
Sinal do desaparecimento dos núcleos da base. Do lado direito observamos
os núcleos da base preservados, com a cabeça do núcleo caudado e núcleo
lentiforme bem evidentes (seta verde). Agora olha a região esquerda, aonde
estão os núcleos da base? Desapareceram!!(seta vermelha) Esse é também
um sinal precoce de AVCi, que pode aparecer já na fase hiperaguda.
D:
Sinal do desaparecimento dos núcleos da base + perda da fita insular.
Observe o desaparecimento dos núcleos da base do lado esquerdo(seta
vermelha) quando comparado ao lado direito, além da perda da
diferenciação entre substância branca e cinzenta na região insular
ipsilateral(verde).
E:
Perda da diferenciação cortico-subcortical.
Como abordado no tópico de tipos de edema, o edema citotóxico é
característico de AVCi, levando a uma perda da diferenciação cortico-
subcortical(entre substância branca e cinzenta). Observe que do lado direito
do lobo temporal, indicado pelas verdes, a substância branca e cinzenta
delimitadas, Agora observando o lado esquerdo, na seta vermelha, só vemos
uma região hipodensa “cinza escuro” que atinge substância branca e
cinzenta.
F:
Sinal da artéria basilar hiperdensa + perda de diferenciação cortico-
subcortical. Observe nesse corte axial ao nível da ponte, a artéria basilar
hiperdensa apontada pela seta vermelha, além do edema citotóxico em
hemisfério cerebelar esquerdo (seta azul) e direito (seta verde)
Fase imediata: minutos após o insulto:

Sinal da artéria hiperdensa

Fase hiperaguda (0-24h)

Sinal da perda da fita insular(verde) + sinal do desaparecimento dos núcleos


da base(vermelho)
Perda da diferenciação córtico-subcortical

Fase Aguda ( 24h - 1 semana)

Avci há 3 dias AVCi há 5 dias


Com o tempo, a hipoatenuação e o edema tornam-se mais acentuados,
resultando em um efeito de massa significativo. Esta é uma das principais
causas de danos secundários em grandes infartos.
Fase subaguda: (1-3 semanas)

2 dias após insulto 7 dias após insulto


Com o passar do tempo, o edema começa a diminuir e pequenas quantidades
de hemorragias petéquicas corticais (não confundir com transformação
hemorrágica) resultam em elevação da atenuação do córtex. Isso é
conhecido como fenômeno fogging na TC (vide imagem acima) . A obtenção
de imagens de um AVC neste momento pode ser enganosa, pois o córtex
afetado vai parecer normal.
Crônico(após 3 semanas)

Com o tempo, o edema residual passa e a gliose se instala, aparecendo como


uma região de baixa densidade com efeito de massa negativo(puxa as
estruturas). A mineralização cortical às vezes também pode ser vista com
aparência hiperdensa(vide imagem 2).
Hora de treinar!!!
Caso 1: Um homem de 48 anos de idade foi encaminhado pelo seu médico
de clínica geral (GP) para uma gestão posterior. Ele queixa-se de aumento de
peso, cansaço e dores de cabeça nos últimos meses. sem resolução dos
sintomas, apesar da dieta e analgesia. Inicialmente pensado para ser stress
relacionado, um teste de rastreio sanguíneo revelou marcadores bioquímicos
normais a não ser pelo baixo T4, baixo hormônio estimulante da tireoide
(TSH) e baixa testosterona. Não há histórico médico relevante. Não está
tomando medicamentos regularmente e não fuma. Além disso, reclama de
alteração na visão. Foi solicitada uma tomografia, mostrada a seguir:

1- Qual o nível do corte axial?


2- Descreva os achados no corte axial e sagital.
3- Qual o provável diagnóstico?
Caso 2: Uma mulher de 75 anos é trazida para a emergência devido uma
convulsão em casa. Ela não se lembra do evento e parece muito confusa. O
seu marido encontrou-a no chão e está preocupado que ela possa ter batido
com a cabeça em algo. O marido dá uma história de que a sua esposa está
apresentava um comportamento estranho nos últimos meses, dizendo que
“ela não é mais a mesma” embora seja incapaz de explicar mais
especificamente. Ela aparenta estar bem e toma medicamentos para a
osteoporose como profilaxia. Ao exame ela aparenta estar confusa porém
consciente, apresenta certa fraqueza dos membros direitos, com reflexos
exaltados. Foi solicitada uma tomografia de crânio, mostrada a seguir:

Sem contraste Com contraste

1- Qual o nível do corte dessa tomografia?


2- Descreva os achados.
3- Qual o provável diagnóstico?
a) Hemorragia intraparenquimatosa
b) Hematoma epidural
c) Hematoma subdural
d) Meningioma
Caso 3: Uma mulher de 80 anos foi trazida para o departamento de acidentes
e emergência de sua acomodação abrigada com fraqueza do lado direito de
início súbito e fala arrastada. Ela não é conhecida por ter tido um AVC prévio
ou sintomas neurológicos. Ela tem um histórico de doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) e tabagismo de 50 anos-maço. Há fraqueza nas
pernas e braços do lado direito (3/5), fala arrastada leve e inclinação facial
para a esquerda. O tórax é claro e o abdômen macio e não dolorido. As
observações mostram uma frequência cardíaca regular de 72 / minuto,
pressão arterial de 132/82 e ausência de pirexia. Uma tomografia
computadorizada (TC) da cabeça foi feita e mostrada a seguir:

Sem contraste Com Contraste

1- Qual os achados na tomografia?


2- Qual o diagnóstico?
A) AVC Hemorrágico
B) AVC isquêmico
C) Abscesso
D) Metástase
Caso 4: Um homem de 34 anos sofreu um acidente de carro e bateu forte com o
lado esquerdo da cabeça, ficando inconsciente, porém recobrou a lucidez,
sendo levado pelo SAMU. Na entrada do hospital, paciente perde novamente a
consciência, apresentando Escala de Coma de Glasgow=7, necessitando ser
intubado. Foi realizada uma tomografia sem contraste, que evidenciou o
seguinte:

1- Estamos diante de um quadro de:


A- Hematoma epidural
B- Hematoma subdural
2- Explique a diferença tomográfica entre eles.
3- Estamos diante de um sangramento arterial ou venoso? Qual vaso está
envolvido?
Caso 5: Um menino de 4 meses é levado ao departamento de emergência por
seus pais com um ferimento na cabeça. A mãe conta a história da criança
caindo da mesa no início do dia e explica demora em chegar ao hospital
devido dificuldades com transporte. A criança está inconsciente, com
múltiplos hematomas em várias partes do corpo. Fundo de olho mostra
hemorragia retiniana bilateral. Imagem mostrada a seguir:

1- O que é possível observar na imagem? Descreva os achados.


2- A história contada pela mãe bate com os achados da imagem? Qual a
suspeita diante desse caso?
Caso 6: Você está no setor de emergência da neurocirurgia, juntamente com Dr.
Edem, ele te conta de um caso de uma criança de 2 anos vítima de maus tratos
e trazido inconsciente ao PS. Ele te mostra a seguinte imagem:

Ele te pergunta que tipo de hematoma é esse?


Complementa, dizendo: Quais as fases de cada um desses hematomas?
Caso 7: Mulher de 42 anos é levada ao pronto-socorro pelo marido com dor
de cabeça. Seus sintomas começaram algumas horas antes, com o início
repentino de uma dor aguda e aguda na nuca. Isso progrediu rapidamente e
logo se tornou a pior dor de cabeça que ela já teve.
Ela está irritada e não parece bem. Ela é hipertensa (170/110) e tem pulso
regular de 105 batimentos por minuto. Há rigidez do pescoço e piora da
cefaleia ao levantar a perna esticada, mas sem déficit neurológico focal. A
oftalmoscopia não é tolerada e a paciente pede para você desligar as luzes
porque estão machucando os olhos. Uma tomografia computadorizada (TC)
sem contraste foi realizada a seguir:

Quais os achados da imagem? Qual a principal causa e complicação deste


caso?
Caso 8: Garoto de 13 anos é avaliado devido cefaleia progressiva e visão
turva que começaram meses atras. A cefaleia é pior quando acorda de
manhã, e geralmente é acompanhada de náuseas e vômito. Ao exame físico
apresenta papiledema bilateral.

Sem contraste Com contraste

1- Em qual local está a lesão? Descreva.


2- Por que o paciente apreseta papiledema bilateral?
3- Qual o principal diagnóstico do caso?
A) Hemorragia intraparenquimatosa
B) Abscesso cerebral
C) Meningioma
D) Astrocitoma
Caso 9- Homem de 20 anos com cefaleia progressiva há meses, que não
melhorava com medicamentos. Foi solicitada uma tomografia sem contraste
que evidenciou o seguinte achado:

Qual o diagnóstico?
A) Abscesso cerebral
B) Cisto coloide
C) Hemorragia intraventricular
D) Meningioma
Caso 10: Uma mulher de 32 anos, com várias idas ao PS devido à infecções
de ouvido recorrentes, dá entrada no seu atendimento. Refere que há duas
semanas iniciou com cefaleia progressiva e febre baixa, com piora
progressiva nos últimos dias e presença de afasia notada no exame
neurológico. Exames de sangue mostram leucócitos no limite da
normalidade, com desvio à esquerda. O teste de HIV foi positivo. Você opta
por realizar uma tomografia, mostrada a seguir:

Sem contraste: Com contraste:

1- Descreva os achados das duas imagens.


2- Qual o provável diagnóstico do paciente?
A) AVCI
B) AVCH
C) Metástase
D) Abscesso cerebral.
Caso 11: Mulher de 25 anos, tabagista, em uso de concepcional por indicação
de amiga, dá entrada no seu PS com história de cefaleia há 9 dias, difusa e
severa, em aperto, associada a foto e fonofobia. A dor começou moderada,
porém ficou pior progressivamente, piorava com a manobra de valsava,
associada a vômitos sem naúsea. Teve um episódio convulsivo hoje, que a
motivou a procurar o serviço de atendimento. Foi solicitada uma tomografia
de crânio por você, mostrada a seguir:

1- Qual o nome dos sinais na tomografia sem contraste e com contraste?


2- Qual o provável diagnóstico?
A) Aneurisma de Artéria Cerebral Posterior
B) Esclerose tuberosa
C) Trombose de seio venoso dural
D) Calcificação intraparenquimatosa
Caso 12: Homem de 32 anos, morador de zona rural, com quadro convulsivo
há 2 horas atrás. Ao exame físico apresenta-se em bom estado geral, sem
alterações significativas. Exame neurológico não mostra alterações. Foi
realizada uma tomografia, mostrada a seguir:

Qual o provável diagnóstico?


A) Hiperparatireoidismo
B) Calcificações fisiológicas
C) Neurocisticercose
D) Epilepsia mioclônica juvenil
Caso 13: Um homem de 80 anos tem uma história de 2 anos de distúrbio
progressivo da marcha e incontinência, que foram atribuídos à idade
avançada e ao prostatismo. Nos últimos 3 meses, ele tem estado esquecido,
confuso e retraído. Seu passo é curto e ele se vira muito lentamente, quase
tombando. Ele tem um histórico de traumatismo craniano há 30 anos. Sua
tomografia computadorizada é mostrada abaixo:

1- Quais as alterações evidenciadas na tomografia?


2- Qual o diagnóstico?
A) Doença de Alzheimer
B) Doença de Pick
C) Leucoencefalopatia multifocal progressiva
D) Hiidrocefalia de Pressão Normal
Caso 14: Mulher de 67 anos com histórico de diabetes mellitus tipo 2 e
hipertensão arterial chega ao pronto-socorro com fraqueza do lado esquerdo
do corpo. O início foi repentino enquanto ela estava escovando os dentes, há
1 hora, e ela foi levada imediatamente para o pronto-socorro.
Ela nega dificuldade em encontrar palavras, disestesia ou dor de cabeça. Ela
está tomando warfarina. Os achados do exame físico incluem pressão arterial
de 205/90 e batimento cardíaco irregular. Sua fala está disártrica. Existe um
padrão de fraqueza do corpo direito, com a face e os membros superiores
sendo piores do que os inferiores. Há também alteração sensitiva em
hemicorpo direito. Uma tomografia foi solicitada, que evidenciou o seguinte:

1- Qual estrutura acometida?


2- Qual o diagnóstico?
3- Por que essa paciente apresentou fraqueza?
Caso 15: Homem de 75 anos, hipertenso e tabagista, apresenta quadro de
hemiplegia à esquerda e disartria. Seu estado mental estava alterado, após
40 minutos evoluiu com pupila esquerda midriática e reflexo fotomotor
esquerdo ausente, rebaixamento do nível de consciência, evoluindo
posteriormente para o coma e morte. Sua tomografia está evidenciada
abaixo:

1- Descreva os achados da imagem.


2- O que provavelmente levou este paciente ao coma e posteriormente
morte?
Caso 16: Homem de 65 anos com diabetes mellitus do tipo 2 e história de
fibrilação atrial dá entrada no PS com quadro súbito de heminegligência,
disartria e hemiparesia esquerda. 5 dias após o evento evoluiu com
rebaixamento do nível de consciência e pupila direita midriática e sem reflexo
fotomotor. Tomografia mostrada abaixo:

3 horas após o evento 5 dias após o evento

1- Descreva os achados tomográficos das duas imagens e o diagnóstico.


2- O que levou o paciente à midríase e rebaxamento do nível de
consciência?
2- Qual artéria foi acometida?
a) Cerebral média esquerda
b) Cerebral média direita
c) Cerebral anterior esquerda
d) Cerebral anterior direita
e) carótida interna direita
Caso 17: Paciente com fibrilação atrial dá entrada na emergência com déficit
neurológico súbito. Tomografia abaixo:

4 horas após o evento 3 dias após o evento

1- Descreva os achados e o diagnóstico


2- Qual a provável artéria acometida?
a) Cerebral média esquerda
b) Cerebral média direita
c) Cerebral anterior esquerda
d) Cerebral anterior direita

3- Quais manifestações clínicas típicas você esperaria de

acometimento dessa artéria?


a) Déficit sensorial e/ou motor contralateral, de predomínio
braquiofacial, afasia.
b) Déficit sensorial e/ou motor contralateral, de predomínio
braquiofacial, heminegligência contralateral
c) Déficit sensorial e/ou motor ipsilateral, de predomínio crural, incontinência urinária.
d) Décit sensorial e/ou motor contralateral, de predomínio crural, abulia.
e) Déficit sensorial e/ou motor ipsilateral proporcionado, afasia
Caso 18:
Paciente de 65 anos dá entrada na emergência com quadro súbito de
paralisia facial periférica direita, paralisia na abdução do olho direito,
fraqueza em hemicorpo esquerdo, com alteração sensitiva em hemicorpo
esquerdo e hemiface direita. Foi realizada uma tomografia, mostrada abaixo:

Qual a estrutura comprometida?


A seta aponta para qual artéria?
Qual o motivo da alteração sensitiva alterna?(em hemicorpo esquerdo e
hemiface direita).
Caso 19:
Um paciente é diagnosticado com um AVC agudo. A oclusão da artéria é
demonstrada na angiografia por ressonância magnética mostrada abaixo.
Qual das alternativas a seguir é a provável artéria?

A) Artéria cerebrebral média


B) Artéria cerebral anterior
C) Artéria cerebral posterior
D) Artéria comunicante posterior
Caso 20:
Uma estudante de pós-graduação de 26 anos dá entrada no pronto-socorro
com uma forte cefaléia latejante no lado esquerdo associada a náuseas,
vômitos e fotofobia. Ela tentou tomar ibuprofeno sem alívio. Em outras
perguntas, ela relata que tem tido dores de cabeça semelhantes três a quatro
vezes por mês no último ano. Sua mãe teve um problema semelhante. Exame
físico sem alterações evidentes. O médico decide realizar uma tomografia,
evidenciada abaixo:

Qual a alteração apresentada na imagem?


Quais critérios essa paciente tinha sugestivos de cefaleia secundária que
justificam o exame de imagem?
Caso 21: Uma mulher de 52 anos, HIV positiva, em tratamento inadequado,
se apresenta ao PS com quadro de hemiparesia esquerda leve, febre baixa e
estado mental alterado há 3 dias, com piora clínica progressiva. Foi realizada
uma tomografia que evidenciou o seguinte achado:

Sem contraste
Com contraste
1- Quais os achados da imagem?
2- Qual o diagnóstico provável?
Caso 22: Criança de 1 ano com quadro de retardo no desenvolvimento mental e
físico com aumento gradativo do perímetro cefálico e protuberância da
fontanela anterior com aspecto de sinal do sol poente de ambos os olhos,
ataques de vômitos em jato. Apresenta ao exame físico papiledema bilateral ao
exame de fundo de olho. Foi realizada uma tomografia que evidenciou o
seguinte:

1- Descreva os achados da imagem.


2- Esse paciente apresenta hidrocefalia? De qual tipo?
Caso 23: uma mulher de 79 anos foi internada por confusão extrema e agitação;
ela apresentou déficits de memória de curto prazo nos últimos 6 anos, perdeu-
se várias vezes do caminho de casa, parou de cozinhar e, algumas vezes, fala
palavras sem sentido. Foi prescrito que ela tomasse amitriptilina por um mês.
Inicialmente, ela passou a dormir bem à noite, mas nos últimos dias a paciente
apresentou alucinações visuais e gritava incoerentemente. Ao exame, estava
levemente taquicárdica, desatenta e tinha dificuldade em manter uma
atividade, apresentava erros parafrásicos e tinha exame neurológico normal,
com exceção do MEEM que apresentava pontuação de 19/30. Exames
laboratoriais estão todos normais. Atualmente tem dificuldade para andar,
familiar refere perdas urinárias e fecais frequentes. Tomografia evidenciou o
seguinte achado.

1- Quais os achados e qual o provável diagnóstico da paciente?


Caso 24:
Homem de 45 anos com perda auditiva neurossensorial, associada a quadros de
vertigem e ataxia. Apresenta ainda, paralisia facial periférica do lado direito.

Sem contraste Com contraste


1- Quais as alterações vistas na tomografia? Qual o provável diagnóstico?
Caso 25:
Paciente de 7 anos, tem reclamado de dor de cabeça progressiva nos últimos
meses. Vem à consulta com a mãe, pois a mesma tem observado que o garoto
está hipoativo desde a manhã. Ao exame físico você observa um paciente
letárgico, com uma marcha atáxica e reclamando de dor de cabeça durante toda
a consulta. Foi optado por realizar uma tomográfica de crânio, que mostrou o
seguinte achado:

Qual o provável diagnóstico?


A) Hemorragia intraparenquimatosa
B) Meningioma
C) Meduloblastoma
D) Astrocitoma
Caso 26:
Mulher de 39 anos com cefaleia progressiva refratária ao uso de medicamentos.
Foi realizada uma tomografia de investigação que revelou os seguintes achados:

Quais as alterações presentes na imagem? Qual o diagnóstico do caso?


Caso 27:
Mulher de 44 anos, apresentou quadro súbito de cefaleia, vertigem, náusea,
disartria e alteração sensitiva após massagem no pescoço. O exame físico revela
ataxia, alteração sensitiva em hemiface esquerda e hemicorpo direito, presença
de miose e ptose parcial em olho esquerdo e nistagmo multidirecional. Foi
realizada uma tomografia, com o seguinte achado:

1- Qual estrutura foi acometida?


2- Qual artéria irriga essa região?
3- Qual a correlação entre a estrutura e a clínica apresentada?
Caso 28:
Neonato com macrocefalia e neurologicamente anormal:

Qual o diagnóstico?
a) Esquizencefalia
b) Anencefalia
c) Holoprosencefalia alobar
d) Hidranecefalia
Caso 29:
Criança de 6 meses apresenta aumento de perímetro cefálico, além de atraso
no desenvolvimento neuropsicomotor. Ao exame físico apresenta papiledema
bilateral. Tomografia realizada abaixo:

1- Quais as alterações observadas no exame de imagem? Qual o diagnóstico


para o caso?
Caso 30-
Paciente de 40 anos com sinais clínicos de ataque isquêmico transitório, realizou
a tomografia abaixo:

Há alterações na imagem?
Caso 31:
Paciente de 15 anos, do sexo feminino, com queixa de cefaleia progressiva há 3
meses. Ao exame físico não apresenta sinais de puberdade e sua estatura está
abaixo do percentil esperado para a idade. Níveis baixos de gonadotrofina. Foi
realizada uma tomografia de crânio evidenciada abaixo:

Sem contraste Com contraste

1-Qual o diagnóstico mais provável?


Caso desafio:
Um homem de 34 anos foi admitido no seu hospital por cefaleia e COVID-19.
Referia estar bem até 3 semanas atrás, quando apresentou fraqueza
generalizada, cefaleia, náuseas e vômitos, mas sem febre, tosse ou diarreia. A
cefaleia persistiu, juntamente com falta de ar e dor pleurítica, procurando PS há
5 dias, foi quando fez o swab que positivou para covid. Recebeu alta para casa
com sintomáticos. Os sintomas pioraram e no caminho para o hospital, o
paciente teve vários episódios de vômito. Na admissão, o paciente refere
cefaleia e dor retro orbital, com náuseas vômitos e anorexia. Nega tosse, dor
abdominal ou diarreia. Alega ter dito relações heterossexuais com camisinha.
Ao exame físico, apresenta-se diaforético, letárgico, agitado e cada vez mais
sonolento, adormecendo várias vezes durante a consulta. Está orientado e
seguindo comandos. Pulmões limpos e sistema cardiovascular normal. Sinais
vitais: FC: 63bpm, FR: 24 ipm, Sat O2: 99% e IMC:21.3.
Ao exame neurológico apresenta pupilas isofotorreagentes, presença de
papiledema bilateral e dor referida na cabeça e pescoço quando realizada a
rotação da cabeça ou levantamento da perna. Sem outras alteraões.
Laboratório: HB: 13g/dl, leucócitos: 7950 s/ desvio, linfócitos levemente abaixo
da normalidade. D dímero = 400( VR < 500 ). Glicose: 109 mg/dl, PCR 0,7,
creatinina: 0,7. Teste rápido de HIV positivo.
Líquor: pressão de abertura elevada, incolor, Proteina = 50( VR <50), glicose: 43(
VR> 50), celularidade 108 com 81% de linfócitos

Exames de imagem abaixo:


Qual os achados da imagem e provável diagnóstico?
Resposta dos Casos Clínicos
Caso 1:

Temos um quadro progressivo de meses, isso nos leva a pensar em possíveiis


neoplasias/massas expansivas.
Ao analisar a tomografia, temos uma hipodensidade parecida com o liquor na sela
túrcica, o que nos sugere L de liquor/aspecto cístico.
1- A tomografia em corte axial e sagital evidencia uma grande massa que se expande
pela sela e também se estende até a cisterna suprasselar, caracterizado por uma
mistura de componentes sólidos e cistos. A hiperatenuação das partes sólidas
aumenta a possibilidade de hemorragia.
2- Macroadenoma pituitário, tumor mais comum de região suprasselar em adultos,deve
ser realizado o diagnóstico diferencial com meningioma, aneurisma de carótida,
abscesso pituitário e craniofaringioma. O quadro clínico progressivo de meses de
cansaço, ganho de peso, juntamente com alterações hormonais e o aspecto sólido-
cístico da massa, falam a favor de macroadenoma. As alterações visuais podem ser
explicadas pelo comprometimento do quiasma óptico, que está logo acima da sela
túrcica e quando comprimido, gera uma hemianopsia heterônima bitemporal.
A distinção de craniofaringioma sem a presença de um exame de ressonância magnética
pode ser difícil, porém vai aqui algumas características diferenciais: os craniofaringiomas
atingem mais crianças(especialmente os adamantinosos), e possuem um grande aspecto
cístico com algumas áreas de calcificações.
Caso 2:
Essa questão veio para te enganar!! A paciente apresentou um quadro agudo de convulsão,
porém ela parece já estar estranha há meses segundo seu marido. Temos um quadro
progressivo de meses, que agudizou!! Isso pode nos levar a pensar tanto em
neoplasias/massas expansivas, como em um quadro vascular. Agora preste atenção na
tomografia sem contraste, está isodensa!! Sem sinais de hemorragia! Porém ao se aplicar
contraste vemos uma hiperdensidade. E o que poderia ser essa hiperdensidade? Sangue?
NÃO!! Se fosse sangue, na tomografia sem contraste teria hiperdensidade. Estamos diante
de uma lesão que capta contraste, uma provável lesão expansiva.

1- Qual o nível desse corte? Repare que vemos o corno anterior e posterior dos
ventrículos laterais, estamos no nível dos núcleos da base
2- Vamos descrever as duas tomografias? A primeira é uma tomografia em corte axial s/
contraste, ao nível dos núcleos da base(central core cerebral), que mostra uma
massa expansiva isodensa em região frontal direita, com leve edema adjacente, que
exerce efeito de massa, causando um desvio de linha média para o lado
contralateral. Ao se aplicar o contraste vemos uma lesão captante de contraste
homogênea, que parece “aderida” na meninge craniana.
3- Todos esses sinais tomográficos falam a favor de um meningioma de fossa craniana
anterior, alternativa D correta.
Caso 3:
Mais uma questão que veio para te enganar!! A paciente apresenta um quadro agudo
característico de AVC, com quadro súbito de hemiparesia à direita e disartria. Mas, existem
doenças que podem simular sintomas de AVC, uma delas é o sangramento de um tumor
metastático. Nesse caso, a tomografia é nossa grande aliada!! Vamos analisa-la?

A B
1- A tomografia sem contraste(A) mostra regiões hipodensas correspondentes a edema
vasogênico dentro da substância branca subcortical na parte anterior do lobo frontal
superior direito e lobo frontal esquerdo posterior na região do córtex motor(giro pré-
central). Uma pequena área central hiperdensa na parte posterior do lobo frontal
esquerdo sugere hemorragia, com edema de substância branca circundante. Após o
contraste(B), ambas as regiões mostram um intenso realce em anel.
2- Lesões múltiplas com contornos irregulares + edema vasogênico adjacente +
captação de contraste periférico em anel = metástase. Alternativa D correta. Qual o
motivo de não ser um abscesso? A imagem pode confundir, com o famoso realce
anelar periférico também presente nessa doença, porém algumas coisas falam
contra: não há história de infecções prévias de rinossinusite, otite prévia. Além disso,
os abscessos costumam se formar nas regiões cerebrais próximas à base do crânio, e
não na alta convexidade. Por fim, Lesões múltiplas em locais diferentes são raras.
Caso 4:
Nesse caso temos um paciente que sofreu trauma, entrando no T do código da VINTE. Na
história temos o clássico intervalo lúcido: paciente perde a consciência durante acidente,
recobra a consciência e posteriormente fica inconsciente novamente, evoluindo grave!

Ao analisar a tomografia sem contraste, vemos uma hiperdensidade em região parieto-


occipital esquerda, em formato convexo sugestiva de SANGUE.Esse formato de
convexidade em aspecto de limão, sugere que a dura-mater está “segurando” esse sangue
entre as suas pregas, portanto é um hematoma epidural. Esse hematoma é consequente de
rompimento arterial (artéria meníngea média), sendo rapidamente expansivo, causando
um desvio de linha média e podendo ocasionar uma herniação transtentorial, levando o
paciente rapidamente ao coma.
OBS: é possível ver uma contusão cerebral logo acima do hematoma epidural, com uma
pequena hemorragia com edema adjacente.
Alternativa 1. Letra A. Questão 2 e 3: vide resolução acima.
Caso 5:
Temos um caso de trauma com dissociação entre a história clínica contada pelo familiar e o
estado em que se encontra a criança no exame físico e sua tomografia. Neste caso, deve-se
sempre pensar na possibilidade de maus-tratos. A hemorragia retiniana bilateral, lesões e
hematomas em outras regiões do corpo, mau estado geral da criança, são todas pistas que
devem levantar essa suspeita.

1- Ao analisar a imagem tomográfica, observa-se um cérebro difusamente edemaciado,


evidenciado pelo apagamento dos giros e sulcos corticais. Além disso, há uma grande
hipodensidade à esquerda, sugestiva de edema cerebral, que desvia a linha média
para o lado contralateral, causando colabamento do ventrículo lateral ipsilateral. Por
fim, há um fino hematoma subdural esquerdo(seta vermelha).
2- Vide a resolução da questão.
Caso 6:
Estamos diante de uma vítima de maus tratos que sofreu múltiplos traumas. O que é
possível ver na imagem?
1- A tomografia sem contraste em corte axial, ao nível dos núcleos da base, evidencia
hematomas subdurais de diferentes idades circundando ambos os lobos fronto-
temporais. Além disso, há atrofia acentuada do parênquima cerebral, evidenciada
pelo aumento dos espaços subaracnóideos circundando as regiões anteriores de
ambos os hemisférios cerebrais. Lembrando que o hematoma subdural é decorrente
de sangramento venoso, por rompimento das veias-ponte no espaço subdural.
2- Qual é agudo e qual é crônico? Quanto mais hiperdenso na tomografia sem
contraste, mais agudo é o hematoma subdural. A seta vermelha aponta para o
sangramento mais recente, enquanto a seta azul para os sangramentos antigos.
Caso 7:
Temos aqui um provável quadro vascular: início súbito e agudo.
Coletando as informações: temos uma cefaleia chamada thunderclap: a pior dor de cabeça
da vida e que atinge seu pico em segundos!! Os sinais associados de meningismo e
fotofobia extrema nos levantam a suspeita de uma hemorragia subaracnoidea aguda
espontânea (maior causa é o rompimento de um aneurisma). Feita nossa suspeita devemos
solicitar uma tomografia de crânio sem contraste.
Ao exame tomográfico sem contraste ao nível dos núcleos da base, observamos uma
grande hiperdensidade circundando os sulcos e cisternas cerebrais, compatível com sangue
no espaço subaracnóideo, aonde circula o liquor. Qual a complicação mais temida da HSA?
O ressangramento do provável aneurisma dentro das primeiras 24h, por isso é de grande
importância a localização desse aneurisma e a abordagem neurocirúrgica, seja via
endovascular ou microcirúrgica.

Seta branca apona para a hemorragia circundando a fissura sylviana, ao passo que a seta
preta aponta para a hemorragia circundando a cisterna ao redor do mesencéfalo.
Caso 8:
O paciente com quadro clínico arrastado de meses com cefaleia progressiva e visão turva.
Temos aqui uma provável causa neoplásica/expansiva. Os sintomas desse paciente de
cefaleia pior pela manhã, com náuseas e vômitos, visão turva e papiledema bilateral, nos
apontam indícios de um aumento de pressão intracraniana (HIC). E qual o motivo de HIC?
Vamos descobrir com a tomografia.
1- Analisando temos uma tomografia em corte axial sem contraste que demonstra uma
grande massa hipodensa parcialmente cística(tem aspecto liquórico)no hemisfério
cerebelar direito com um componente sólido no centro. Ao se aplicar contraste,
temos um leve realce anelar em torno da lesão, e uma parcial captação de contraste
pelo componente sólido . O quarto ventrículo é apagado pela compressão da massa
que comprime o tronco cerebral juntamente com a cisterna pré-pontina também
apagada. Quarto ventrículo comprimido resulta em uma hidrocefalia não
comunicante(obstrutiva), resultando em consequente dilatação do ventrículo lateral
e do terceiro ventrículo

2- A presença de hidrocefalia obstrutiva, resulta no aumento de pressão intracraniana,


expressado pelos sinais clínicos do paciente e pelo papiledema bilateral presente.
3- Temos características de uma lesão neoplásica, e nessa localização de fossa posterior,
quais as neoplasias mais frequentes em crianças? Meduloblastoma, Astrocitoma e
Ependimoma (MÃE). Nesse caso, temos um astrocitoma no hemisfério cerebelar
direito, alternativa correta letra D.
Caso 9:
Paciente de 20 anos com quadro de meses de cefaleia progressiva, nenhum medicamento
melhora essa cefaleia. Devemos aqui ligar um sinal de alerta para alguma causa expansiva
no compartimento intracraniano, e quem pode nos ajudar a localizar a lesão? A tomografia
de crânio. Analisando a tomografia de crânio sem contraste, é possível observar uma lesão
hiperdensa arredondada bem definida, localizada no forame interventricular de Monro,
causando uma leve dilatação do ventrículo lateral direito em comparação com o esquerdo.
Essa lesão redonda, hiperdensa, nessa localização específica, é característica de cisto
coloide, que são cistos epiteliais benignos resultantes do dobramento anormal do
neuroepitélio primitivo. Alternativa correta letra B.
Caso 10:

Infecções recorrentes de ouvido, cefaleia progressiva, febre baixa... essas informações nos
apontam para qual etiologia nessa paciente? Infecciosa!! O abscesso cerebral é uma doença
relativamente comum em imunossuprimidos com infecções recorrentes de ouvido ou
rinossinusites de repetição. E essa doença se encaixa muito com a história clínica dessa
paciente (cefaleia progressiva + febre baixa + infecção de ouvido de repetição + HIV).
Vamos analisar a tomografia?
1- Na tomografia sem contraste em corte axial, vemos ao nível mesencefálico, uma
lesão hipodensa em lobo temporal esquerdo com abundante edema vasogênico
adjacente. Ao se aplicar contraste vemos um realce anelar periférico em torno dessa
lesão. A infecção por contiguidade é a mais comum nos abscessos cerebrais, portanto
o meato acústico interno no osso temporal, fica próximo à parte inferior do lobo
temporal cerebral, que é a região mais comum de formação de abscesso por
contiguidade nas otites infecciosas.
2- O provável diagnóstico é abscesso cerebral. Letra D correta.
Caso 11:
Mulher jovem, tabagista e em uso de anticoncepcional é a tríade clássica de predisposição à
trombose venosa cerebral(TVC) , que pode ser devido à trombose dos seios venosos durais
ou das veias corticais cerebrais superficiais ou profundas. Cefaleia progressiva subaguda
com sinais de hipertensão intracraniana (cefaleia que piora com a manobra de valsava,
piora progressivamente, sendo associada à vômitos sem náuseas), na presença desses
fatores de risco citados anteriormente, devem nos levar à suspeita de TVC. Analisando a
tomografia, temos na tomografia sem contraste em corte axial, ao nível da coroa
radiada(alta conexidade) um seio sagital superior posterior hiperdenso nas imagens sem
contraste, correspondente ao sinal do delta ou sinal do delta cheio.

Já na tomografia contrastada, no mesmo nível, temos um grande defeito de enchimento no


seio sagital superior posterior, que era para estar completamente preenchido por
contraste, isso indica a presença de um trombo nessa região. Esse sinal é o famoso sinal do
delta vazio, que só é possível visualizar nas tomografias contrastadas!!
1- Sinal do delta cheio e sinal do delta vazio
2- Alternativa correta letra C
Caso 12:
Estamos diante de um paciente com seu primeiro quadro convulsivo, deve-se pesquisar por
possíveis causas para essa crise, incluindo painel metabólico, toxicológico, hemograma,
glicemia, painel hidroeletrolítico e também uma tomografia para descartar possíveis causas
intracranianas para essa crise. Ao observar a tomografia sem contraste em corte axial ao
nível dos núcleos da base, observamos diversas lesões pequenas hiperdensas da cor do
osso, ou seja, lesões calcificadas, espalhadas por todo o parênquima cerebral. Esse tipo de
lesão é característico da neurocisticercose, alternativa correta letra C.
Caso 13:
História clínica arrastada crônica de 2 anos, com alterações de marcha, incontinência e
cognitiva. Essas características podem nos guiar para um possível quadro demencial. Dentro
dessas esferas, temos as demências caracterizadas como degenerativas ( Alzheimer, Lewy,
demência frontotemporal) e não degenerativas( como a hidrocefalia de pressão normal,
por HIV, por deficiência vitamínica), por isso, diante de uma suspeita clínica de demência,
devemos excluir causas não degenerativas, através de uma bateria de exames, e entre eles,
os exames de imagem. Analisando a tomografia do paciente do caso, vemos uma
hidrocefalia de todos os ventrículos, sem causa obstrutiva aparente e sem sinais clínicos de
aumento de pressão craniana. Essa imagem, aliada à tríade apresentada pelo paciente, com
incontinência urinária, ataxia de marcha e demência, nos guiam para um provável
diagnóstico de Hidrocefalia de Pressão Normal. Alternativa correta letra D.
Caso 14:
Mulher com hipertensão arterial corre risco de fazer AVC hemorrágico hipertensivo, e a
clínica dessa paciente torna essa realidade muito provável. mas por qual motivo? Sabemos
que a hipertensão arterial à longo prazo causa uma lesão endotelial, e no caso da irrigação
encefálica afeta os micros vasos dessa circulação, gerando pequenos aneurismas,
chamados de aneurisma de Charcot-Bouchard. E aonde encontram-se esses micros vasos?
São ramos das artérias cerebrais médias, anteriores e posteriores, que entram pela
substância perfurada para irrigar a substância profunda do cérebro, como o putamen,
cápsula interna e tálamo. Portanto, quais são os locais mais comuns de um AVCH
hipertensivo? Utilizamos o mnemônico: Não (Núcleos da base-putamen) Tem (Tálamo)
Pressão (Ponte) Controlada (Cerebelo). Sabendo disso, vamos analisar a tomografia: A
tomografia sem contraste em corte axial, ao nível dos núcleos da base, evidencia uma
região hiperdensa correspondente à hemorragia, na região talâmica esquerda, com
presença de leve hipodensidade adjacente correspondente à edema vasogênico.
1- A estrutura acometida é o tálamo
2- Diagnóstico é AVC hemorrágico hipertensivo intraparenquimatoso.
3- Você deve estar pensando, que a alteração sensitiva faria sentido, pois o tálamo
recebe diversas vias sensitivas passando por ele, mas agora, por que a fraqueza? Já
que a via do trato corticoespinal não passa pelo tálamo? Acontece que o edema
vasogênico adjacente à hemorragia, causa uma compressão do braço posterior da
cápsula interna, por onde passa o trato corticoespinal, gerando uma clínica de
hemiparesia contralateral.
Caso 15:
Homem com caso clínico clássico para AVC hemorrágico intraparenquimatoso grave a
ponto de leva-lo à morte, vamos analisar sua tomografia?
1- Na tomografia de crânio sem contraste em corte axial, ao nível mesencefálico, uma
grande hemorragia aguda intraparenquimatosa temporal direita de grande
extensão(seta vermelha). O efeito de massa acentuado associado é observado na
forma de herniação uncal na figura 2(seta azul) com compressão do tronco encefálico
contra a borda tentorial contralateral, com apagamento das cisternas
perimesencefálicas e presença de hemorragia pontina com herniação transtentorial e
consequente compressão das estruturas do tronco encefálico.
2- A herniação transtentorial decorre da passagem da região medial do lobo temporal
(mais especificamente o uncus) para dentro do tentório do cerebelo, comprimindo o
tronco encefálico e consequentemente a substância ativadora reticular ascendente,
levando o paciente ao coma. O estágio final dessa herniação é chamado de
hemorragia de Duret, que consiste no rompimento das artérias perfurantes que
entram no tronco encefálico para irrigar a substância reticular, devido a compressão
exercida pela herniação, levando ao sangramento do tronco encefálico(seta verde,
figura 3)), causando coma e morte no paciente.
Caso 16:
Temos um paciente com grande risco para um AVC isquêmico, pela história de DM2 e
fibrilação atrial. Seu quadro clínico é típico de insulto vascular em território cerebral direito.
Após a estabilização clínica do paciente é hora de olhar a tomografia sem contraste.

1- A tomografia de entrada do paciente (3 horas após o evento) é uma tomografia sem


contraste, em corte axial, em nível mesencefálico. Não há nenhuma hemorragia
aparente. Há uma hiperdensidade de artéria cerebral média direita, com um leve
edema citotóxico adjacente, sinais sugestivos de AVC isquêmico.
Na tomografia 5 dias após o evento, está ao nível da coroa radiata, sendo possível visualizar
uma grande hipodensidade em hemisfério cerebral direito, correspondente à infarto e
edema citotóxico em região correspondente à irrigação da artéria cerebral média. Há uma
herniação subfalcina com desvio de linha média para o lado contralateral.

2- A artéria acometida é a artéria cerebral média direita.


Caso 17:
Déficit neurológico súbito = pensar em causa vascular!!
1- Ao analisar a tomografia 4 horas após o evento, temos uma tomografia em corte axial,
sem contraste, no nível da alta convexidade, presença de hipodensidade em região
fronto-parietal direita, sugestiva de edema citotóxico, em região correspondente ao
território da artéria cerebral anterior. A análise da tomografia 3 dias após o evento,
mostra com maior evidência o edema que não respeita o limite entre substância branca
e cinzenta.

2- A artéria acometida é a cerebral anterior direita, alternativa letra D. Observe na imagem


de tomografia que a região afetada está na parte medial do córtex cerebral, e qual a
artéria responsável por irrigar a parte medial cortical? Artéria cerebral anterior.

3- Qual as manifestações típicas do acometimento da artéria cerebral anterior? Lembrar


que ocorre hemiplegia de predomínio na perna(crural) e por que? A área motora
primária possui certa somatotopia, ao passo que a parte mais dorsolateral representa as
porções da face e dos braços, a porção medial representa partes inferiores, como os
membros inferiores, portanto uma hemiparesia contralateral (contralateral porque
nosso trato corticoespinal cruza para o lado oposto) de predomínio crural. Além disso
lesões dessa região podem cursar com abulia e incontinência urinária. Portanto,
alternativa correta letra D.
Caso 18:
Quadro súbito = pensar em? causa vascular!!
O paciente da questão apresenta uma hemiparesia em hemicorpo esquerdo e alteração
sensitiva em hemicorpo esquerdo. Além disso apresenta outros sintomas que não batem
com uma topografia cortical, que são: paralisia facial periférica, paralisia na abdução do
olho direito e alteração sensitiva em hemiface direita. Esses sintomas batem com
topografia de tronco encefálico, mais especificamente no núcleo do nervo facial (paralisia
facial periférica), núcleo do nervo abducente (paralisia da abdução do olhar) e núcleo
sensitivo principal do trigêmeo(alteração sensitiva em hemiface direita). Esses núcleos
estão presentes na ponte. Mas e a alteração motora e sensitiva em hemicorpo esquerdo?
Aqui devemos lembrar que ambos o trato corticoespinal passa pelo tronco encefálico,
assim como o trato espinotalâmico, para posteriormente atingirem o córtex cerebral.
Portanto suas vias provavelmente foram lesadas ao nível pontino. Vamos ver se a
topografia bate com o exame de imagem?

1 e 2- Na tomografia sem contraste, ao nível potinho, observamos uma região de


hipodensidade na parte direita da ponte, correspondente a edema citotóxico. Na segunda
imagem, a seta está apontando para a artéria basilar, responsável por irrigar as estruturas
do tronco encefálico e cerebelo.
4- A alteração sensitiva alterna é característica de síndromes vasculares do tronco
encefálico, em que há comprometimento do núcleo sensitivo principal do trigêmeo,
gerando alteração sensitiva em hemiface ipsilateral e alteração em hemicorpo
contralateral, por comprometimento do trato espinotalâmico.
Caso 19-
Questão simples e direta, qual a artéria com falha de enchimento na imagem?
A artéria cerebral média.
Caso 20- Outra questão que veio para te testar!!!

Qual a clínica desse paciente? Cefaleia latejante unilateral, associado a sintomas nauseosos
e fotofobia. Já teve esse quadro de maneira semelhante outras vezes no ano. Tem até
histórico familiar com crise semelhante!! Portanto estamos aqui diante de uma cefaleia
sem sinais de alarme, mais precisamente uma clássica migrânea. Essa paciente tinha algum
critério para realizar tomografia? NÃO
Mas... como a tomografia foi realizada, vamos analisar. Estamos diante de uma tomografia
completamente normal e não tinha critérios para realização do exame de imagem. O
diagnóstico da migrânea é clínico e seu tratamento é medicamentoso.
Questão 1 e 2: vide a resolução da questão
Caso 21:
Diante de uma paciente imunossuprimida, com sinais neurológicos focais e que pioram
progressivamente de maneira aguda e febre baixa, devemos suspeitar de infecções
oportunistas. E qual uma das principais infecções oportunistas no paciente HIV positivo? A
toxoplasmose. Vamos ver o que a tomografia fala pra gente?
A tomografia sem contraste, em corte axial, próximo ao nível dos núcleos da base, temos
duas regiões de hipodensidade no território parieto-occipital de ambos hemisférios
cerebrais, sugestivos de edema vasogênico (respeita os limites entre substância branca e
cinzenta, ficando apenas na região subcortical). Ao se aplicar contraste vemos uma massa
no hemisfério esquerdo com realce anelar que aumenta perifericamente no cérebro
supratentorial na junção da substância branco-acinzentada. Por fim, há apagamento dos
sulcos da região parieto-occipital, que sugere edema cerebral. Supomos que há a presença
de mais lesões em outras regiões cerebrais (múltiplas lesões). Essas lesões múltiplas, com
realce anelar, e grande edema vasogênico adjacente, na região no nível dos núcleos da base
nos leva a pensar no diagnóstico de neuro toxoplasmose.
Caso 22:
Criança com quadro progressivo de retardo mental, AUMENTO DO PERIMETRO CEFÁLICO,
sinal do sol poente (vide foto ilustrativa), vômitos em jato e papiledema nos levam a pensar
em uma criança com provável hidrocefalia e aumento da pressão intracraniana. Mas essa
hidrocefalia seria ou não obstrutiva? A tomografia vai nos ajudar a desvendar o caso!!
Ao avaliarmos a tomografia de crânio sem contraste observamos uma grande massa cística
em fossa posterior que comprime o cerebelo, o tronco encefálico e oblitera o quarto
ventrículo, causando uma hidrocefalia obstrutiva supratentorial. Há dilatação dos
ventrículos laterais e terceiro ventrículo. Paciente apresenta, portanto, uma hidrocefalia
obstrutiva consequente da lesão cística que comprimiu e obliterou o quarto ventrículo,
interrompendo o fluxo normal de liquor.

(Sinal do Sol Poente)


Caso 23:
Paciente do caso apresenta uma clássica síndrome cognitiva: quadro clínico crônico com
perda de 2 ou mais domínios cognitivos, e no caso dessa paciente o domínio mais afetado é
o da memória. Após a avaliação clínica e exclusão de potenciais causas reversíveis de
demência, pode-se chegar ao diagnóstico clínico mais provável dessa paciente, que é a
doença de Alzheimer. Na doença de Alzheimer, conforme a doença evolui, tem-se o
surgimento além de transtornos de memória, transtornos nas funções executivas,
linguagem, praxias e discalculias. Na fase grave da doença, o paciente reduz o número de
palavras inteligíveis e perde a capacidade de caminhar e controlar os esfíncteres. Vemos na
tomografia sem contraste, em corte axial, ao nível do mesencéfalo, atrofia cortical difusa,
uma acentuação dos sulcos e da fissura sylviana, perda acentuada de volume é observada
envolvendo ambos os hipocampos e giros para-hipocampais (vide a imagem com a seta
vermelha apontando para o giro para-hipocampal e hipocampo), especialmente
anteriormente, com preservação relativa do resto do lobo temporal.
Caso 24:
Paciente com quadro progressivo (pensar na possibilidade de lesão expansiva) de perda
auditiva neurossensorial, com quadros de vertigem e ataxia(pensar no VIII par craniano) e
paralisia facial periférica(VII par). Agora, temos o envolvimento desses dois pares cranianos,
aonde esses nervos estão localizados? Seus núcleos estão presentes na ponte, ambos
emergem no sulco bulbo-pontino e entram no meato acústico interno. Portanto temos uma
provável lesão expansiva em alguma dessas regiões citadas. A tomografia vai nos auxiliar a
localizar essa lesão.
Na tomografia, observamos melhor na tomografia com contraste, em corte axial, ao nível
pontino uma lesão captante de contraste que parece sair do meato acústico interno do lado
direito em direção ao tronco encefálico, na região do ângulo ponto-cerebelar. A lesão
comprime o tronco encefálico e causa parcial obliteração do quarto ventrículo. E qual os
tumores mais comuns dessa região? Meningiomas e schwannomas!! Mas veja que a lesão
parece sair do meato acústico interno, essa característica é marcante do schwannoma
vestibular. E o que são esses tumores? São tumores derivados das células de schwann e
afetam principalmente o sistema nervoso periférico, afetando a bainha de revestimento
dos nervos sensitivos, em especial o VIII par.
Caso 25-

Estamos diante de um paciente com quadro progressivo de cefaleia arrastado por meses,
além de uma ataxia evidente no exame físico, no que podemos pensar? Tumores de fossa
posterior, que cursam com ataxia e aumento de pressão intracraniana. E quais os tumores
mais comuns de fossa posterior em crianças? MÃE (Meduloblastoma, ependimoma e
Astrocitoma). Vamos analisar a imagem para saber qual desses é mais provável?
Na 1 imagem temos um corte axial ao nível pontino que evidencia uma grande massa
hiperdensa ocupando o quarto ventrículo (seta vermelha) na linha vermiana,
correspondente a um componente sólido. Além disso é possível observar uma pequena
hipodensidade periférica à massa, correspondente a um edema vasogênico. Na imagem 2,
em corte sagital, é possível observar claramente o tumor ocupando o quarto ventrículo,
comprimindo as estruturas adjacentes. Não há hidrocefalia evidente.
O Meduloblastoma é um tumor maligno que geralmente acomete crianças de 3-7 anos,
com um grande poder metastático para a leptomeninge. Diferente do Astrocitoma, que
geralmente acomete os hemisférios cerebelares e possui um grande componente cístico, o
Meduloblastoma costuma ter um grande componente sólido e surge da linha vermiana,
ocluindo o quarto ventrículo. E diferente do ependimoma, o meduloblastoma costuma
causar grande restrição à difusão quando avaliado na ressonância magnética. Mas vale
lembrar, quem vai realmente fazer a distinção é a biópsia através da histologia.
Caso 26-
A história desse caso não nos dá muitas pistas, mas cefaleia progressiva refratária à
medicamentos merece uma investigação. Antes de irmos para a tomografia, vou te mostrar
uma coisa:
É assim que analisamos a posição das tonsilas cerebelares
em relação ao forame magno. A posição tonsilar cerebelar
é a distância vertical (seta verde) da ponta das tonsilas
cerebelares até uma linha desenhada entre as bordas
anterior e posterior do forame magno (famosa linha de
McRae - linha azul pontilhada). O normal é que as tonsilas
fiquem acima do forame magno, embora seja bastante
frequente descer alguns milímetros. Quando as tonsilas
descem igual ou maior que 5mm, é considerado uma
malformação de Chiari do tipo I.
E o que é malformação de Chiari? são um grupo de defeitos associados ao "deslocamento"
congênito caudal do cerebelo e do tronco cerebral. Temos 6 tipos de malformações de
Chiari (I, II, III, IV, V e 0), a tipo I é a mais comum, caracterizada por uma descida caudal das
tonsilas cerebelares através do forame magno. Os sintomas são proporcionais ao grau de
descida. O tratamento com descompressão posterior é geralmente reservado para
pacientes sintomáticos ou com siringe. É mais comum em mulheres e permanece
assintomático até a idade adulta, quando aparece uma cefaleia associada à compressão do
tronco encefálico, siringomielia ou escoliose. Sabendo disso vamos para a tomo:

Figura 1: Normal Figura 2: Chiari I


Figura 3: Normal Figura 4: Chiari I

A figura 2 evidencia uma malformação de Chiari com tonsilas cerebelares


estendendo-se mais de 5mm abaixo do forame magno. Observe como elas
ultrapassam a linha pontilhada. Na figura 4, as setas vermelhas apontam para as
tonsilas cerebelares passando pelo forame magno e comprimindo a medula,
esta possuindo uma região hipodensa sugestiva de siringomielia(melhor
avaliada em uma RM)
Temos, portanto, uma Malformação de Chiari do Tipo I com grande
siringomielia.
Caso 27-
Quadro súbito? Pensar em causa vascular
O caso nos traz uma clássica síndrome de Wallenberg, síndrome bulbar dorsolateral ou até
mesmo síndrome da artéria cerebelar inferior
posterior (PICA).
A síndrome é decorrente da oclusão da PICA, ramo
da artéria vertebral que irriga a região dorsolateral
bulbar e a parte inferior do cerebelo. Quais os
sintomas e suas correlações neuroanatômicas?
Sintomas vestibulocerebelares ipsilaterais
(nistagmo, ataxia) por acometimento do pedúnculo
cerebelar inferior e suas vias entre cerebelo e os núcleos vestibulares presentes no bulbo.
Hiperestesia e alodinia em face ipsilateral por acometimento do núcleo do trato espinal do
trigêmeo. Hiperestesia e alodinia em hemicorpo contralateral por acometimento das vias
espinotalâmicas que ascendem pelo bulbo. Rouquidão, disfagia e disartria podem ser
explicados pelo comprometimento do núcleo ambíguo (núcleos do IX e X que inervam
faringe e laringe). Síndrome de Horner: lesão da via simpática central que passa na região
dorsolateral bulbar (ptose parcial, miose e anidrose ipsilaterais).
O que vemos na tomografia?

O corte axial ao nível bulbar, evidencia uma grande


hipodensidade que se estende da região dorsolateral bulbar
esquerda até a porção inferior cerebelar. Sinais compatíveis com
isquemia dessa região
Caso 28:
Neonato com macrocefalia e alteração neurológica? A probabilidade de malformações
congênitas é grande!! A tomografia pode nos ajudar muito!! Vamos analisar:

A TC sem contraste demonstra uma fina borda de tecido cerebral anteriormente, sem
fenda na linha média (seta vermelha) . Posteriormente, há um grande espaço de densidade
do LCR, não há divisão ventricular(monoventrículo). Não há estruturas na linha média, além
disso o cerebelo é malformado, e o tronco cerebral bem visualizado (seta verde). Não há
evidencia da foice do cérebro. O cerebelo é malformado com aparência anormal do quarto
ventrículo. O tronco cerebral é visualizado. Além disso, há um defeito ósseo no osso
occipital com meningocele occipital (seta roxa).
Esses achados são compatíveis com uma holoprosencefalia alobar, uma má-formação
resultante da não separação dos hemisférios cerebrais, na qual os hemisférios e núcleos da
base estão fundidos, não há corpo caloso, presença de monoventrículo e má-formações
faciais associadas.
Diagnósticos diferenciais:
Por que não é hidranencefalia? Nessa má-formação não há a presençaa
de telencéfalo(ele é substituído por um saco membranoso contendo
liquor), além disso é possível ver a foice cerebral.

E a anencefalia? Nessa patologia não temos tecido


cortical, nem calota craniano ou meninges, o tronco
encefálico e cerebelo, por sua vez, podem estar
presentes. É a forma mais severa de acometimento
do tubo neural e é incompatível com a vida.

Resultante da migração neuronal anormal, na Esquizencefalia


temos fendas uni ou bilaterais no hemisfério cerebral,
podendo ser em lábio aberto ou fechado. Afetam
principalmente o lobo parietal e estão associadas a outras
anomalias
29:
Criança com macrocefalia e desenvolvimento neurológico anormal? Ligar o alerta para má-
formações congênitas. A tomografia vai nos ajudar neste caso:

No corte axial ao nível pontino observamos uma grande dilatação cística do IV ventrículo,
que se estende posteriormente formando um espaço cístico que desloca os hemisférios
cerebelares e tronco cerebral. A seta vermelha aponta para uma hipoplasia vermiana.
No corte sagital há evidencia de uma hidrocefalia global secundária às anormalidades da
fossa posterior, além disso a linha vermelha mostra o nível do tentório do cerebelo, que
está acima do nível normal, de modo que a torcula fique acima do nível da
lambdoide(inversão torcular-lambddoide). É possível ver a fossa posterior com grande
dilatação(seta azul) e a comunicação entre IV ventrículo e fossa posterior.

Esses achados são compatíveis com má-formação de Dandy-Walker, a má-formação mais


comum de fossa posterior, composta pela tríade: hipoplasia vermiana com rotação cefálica
do remanescente vermiano, dilatação cística do quarto ventrículo estendendo-se
posteriormente e fossa posterior aumentada com inversão torcular-lambdoide (a torcula
situada acima do nível do lambdoide devido ao tentório anormalmente alto).
30-
Estamos diante de uma tomografia com um interessante achado acidental:

No corte axial, ao nível dos núcleos da base, observamos que os cornos anteriores dos
ventrículos laterais estão mais “paralelos” que o normal, que dão uma de aparência de
“carro de corrida”. Além disso observa-se um aumento do espaço intertalâmico, é como se
o terceiro ventrículo se comunica-se com a cisterna inter-hemisférica. Há também dilatação
dos cornos occipitais(colpocefalia).
No corte coronal, observamos um aspecto de cabeça de alce devido a disposição do
ventrículo lateral e dilatação dos cornos occipitais ventriculares.
Esses achados são consistentes com disgenesia/agenesia de corpo caloso. Geralmente é
assintomático e pode estar associado a outras anomalias.
31-
Diante e uma adolescente, sem sinais de puberdade, falha no crescimento e com baixos
níveis de gonadotrofinas, estamos diante de um hipogonadismo hipogonadotrófico, entre
as causas, merece destaque os distúrbios do SNC. Qual é o tumor selar mais comum dessa
região? Os craniofaringiomas. São tumores da bolsa de Rathke originários da hipófise, que
se espalham na região suprasselar até a sela túrcica. Apresentam-se na tomografia na
maioria das vezes com um grande componente cístico, componentes sólidos menores e
com calcificações periféricas.

Nas imagens com e sem contraste, em corte axial ao nível mesencefálico, é possível
observar uma massa suprasselar multicística lobulada(seta vermelha) com calcificações
periféricas(seta verde), sugestiva de craniofaringioma.
Caso Desafio:
Vamos analisar o quadro cuidadosamente, estamos diante de um quadro subagudo de
cefaleia progressiva, associada a náuseas e vários episódios de vômitos, devemos ligar uma
red flag para cefaleia de causa secundária. Ao exame físico observamos sinais de
hipertensão intracraniana(papiledema bilateral), já a presença de letargia, convulsão e
irritação meníngea(sinal de lasegue positivo) nos sugerem um provável quadro dde
meningoencefalite. O laboratório nos mostra um paciente HIV positivo, portanto
imunossuprimido. Paciente imunossuprimido nos leva a pensar na possibilidade de
infecções do SNC que causariam um quadro de meningoencefalite, entre elas
toxoplasmose, tuberculose, infecção por ISTs, criptococose, cisticercose, meningite
linfocítica por HIV, entre outras infecções. Porém infecções oportunistas chamam muito a
atenção aqui, em especial a criptococose, que cursa com um grande aumento de pressão
intracraniana. O liquor com baixa glicose e aumento de celularidade com predomínio
linfocítico chama a atenção para uma etiologia fúngica, concordante com a nossa suspeita,
além da grande pressão de abertura, sugestiva de hipertensão intracraniana (lembrando,
liquor deve ser realizado depois da TC, devido ao quadro de hipertensão intracraniana).
Ao analisar a imagem tomográfica, observando com cuidado, notamos a presença de
pequenos focos hipodensos na região dos núcleos da base bilateralmente, localização típica
da criptococose.

Os métodos de análise liquórica de coloração com tinta da china ou teste de algutinaação


do látex nos ajudariam a confirmar o diagnósico, além disso a RM seria extremamente útil
nesse caso, observe a RM desse caso:
O exame mostra múltiplas lesões córtico-subcorticais hiperintensas T2 / FLAIR nos gânglios
da base e substância branca bilateralmente. Na maioria das vezes, eles têm restrição de
difusão com realce de contraste linear discreto e sem efeito de massa significativo. É
acompanhado por espessamento e realce paquimíngeos difusos. Sinais consistentes com
neurocriptococose.

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