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Neurorradiologia
● Anatomia
T1
Tomografia computadorizada:
- A: Ventrículo lateral esquerdo
- B: cabeça do núcleo caudado
- C: perna anterior da cápsula interna
- D: núcleo putamen
- E: perna posterior da cápsula interna
- F:se tiver apontando pró líquor é terceiro ventrículo, se tiver apontado para o
parênquima ao redor do terceiro ventrículo, é tálamo
- G: cisterna
- H: vérnix cerebelar
- I: lobo occipital (parênquima cerebral propriamente dito)
1) Radiologia convencional:
Não consegue fazer uma avaliação do parênquima cerebral;
Não faz sentido a solicitação, pois, mesmo se tiver com fraturas, não importa mas
sim a repercussão no parênquima cerebral que não é visto no raio x.
Conduta terapêutica não serve para nada, sendo assim, TC e RM são mais importantes.
Mesmo em situação do seio da face (trauma facial), o raio x não vai ver direito e, mesmo
que veja, não vai conseguir programar ou saber se a conduta é cirúrgica ou não.
2) Tomografia computadorizada:
Papel no trauma e emergência devido ao fato de ser um exame rápido em que, paciente
que fica agitado, consegue fazer.
Pacientes fóbicos ou criança em que não pode ser sedada realiza a TC.
3) Ultrassonografia:
Papel importante na avaliação do encéfalo, principalmente em recém nascido que ainda não
tem ossificação completa (fontanelas ainda estão abertas).
Adulto: faz para acessar a circulação dependendo da janela, principalmente para avaliar a
cerebral média.
4) Medicina Nuclear:
Papel na avaliação de epilepsia e demência
Trauma e AVE:
➢ Trauma:
Procura lesão hemorrágica;
Essa hemorragia pode estar fora do crânio, entre as estruturas músculo-aponeuróticas da
cabeça e o osso craniano;
Aponeurose (galha): tendão largo;
Hematoma entre o osso e à estrutura tendínea: hematoma subgaleal
❏ À pele estaria depois de calvário nessa imagem. Entre à pele e o crânio, chama-se
hematoma subgaleal;
Entrei no crânio:
1. Hematoma epidural: à maior parte das vezes ele está associado à uma lesão arterial
(principalmente da meníngea média); comumente associado à uma fratura craniana
(calvária em si); uma menor proporção dos casos está associada à uma lesão
venosa, mas na maioria dos casos é secundária à uma lesão arterial. Na clínica, o
paciente pode apresentar um intervalo de lucidez.
❏ Hematoma com janela intermediária (entre osso e cérebro) evidenciando a fratura e o hematoma ao
mesmo tempo.
❏ Diferenciar epidural dos extra axiais (subdural, por exemplo)
● Epidural: pode cruzar e ultrapassar a linha média
○ Está acima da dura mater, logo empurra seio sagital superior.
● Pode ser questão de prova
2. Hematoma subdural: pode estar associado à trauma indireto, mas pode estar muito bem
associado à lesão não traumática, principalmente em idoso que usa anticoagulante.
Geralmente não está associado à fratura, pode acontecer em uma região que não foi
associada ao trauma em si (levou uma paulada à direita, mas tá com hematoma subdural à
esquerda). Geralmente o hematoma subdural é por causa de lesão venosa de veias
perfurantes da dura.
Obs: O hematoma subdural está associado à lesão venosa, não necessariamente precisa
ter um trauma direto. Ocorre principalmente em idosos que usam anticoagulante.
Acompanha os reflexos da dura se tiver naquela região e não respeita à anatomia das
fissuras craniana, ou seja, se ela passar do lado de uma fissura, ela vai ultrapassar ela. Já o
hematoma epidural à lesão é biconvexa, geralmente associada à lesão arterial, à fratura,
não ultrapassa à topografia das fissuras e não ultrapassa à linha média.
Contusões parenquimatosas
Como vão se apresentar na TC? Através de lesões hemorrágicas, ou seja, vão ser lesões
hiperdensas, dentro do cérebro, envoltas por um halo hipodenso que é edema, em uma
localização tipicamente do lobo temporal e frontal antero-inferior.
Lesão hemorrágica pós traumática no cérebro geralmente vai ser na porção antero-inferior
dos lobos frontais e temporais.
Muitas vezes você irá ver todas às lesões associadas.
Hematoma subgaleal
Hematoma subdural
Contusão parenquimatosa
Imagens lineares hiperdensas que acompanham os sulcos -> hemorragia subaracnóide
Obs: Ventrículos laterais do corno posterior comprimidos pelo efeito compressivo das
lesões.
➢ AVE: HAS é a causa mais comum de AVE, mas ruptura de MAV e aneurisma
também podem causar AVE.
➔ Hemorrágico
➔ Isquêmico - mais comum
AVE hemorrágico: As vezes o paciente não é hipertenso, mas em algum momento ele
pode ter picos altos de pressão (uso de cocaína). Em uma tomografia vai se apresentar
como uma lesão hiperdensa elíptica ou arredondada com halo hipodenso ao redor (edema),
localizados principalmente nos núcleos da base, na ponte e nós hemisférios cerebelares de
início súbito, ou seja, não há lesão associada.
Lesão intra-axial, hiperdensa nós núcleos da base à esquerda -> AVE hemorrágico à
esquerda.
Lesão arredondada, hiperdensa com halo perifério hipodenso (edema) na região nucleo
capsular à esquerda.
AVE isquêmico:
Causa mais comum de AVE. Ele pode ser dividido de acordo com à região acometida ou
de acordo com o mecanismo.
Causa mais comum de AVE é isquêmico.
Pode ser dividido de acordo com a região acometida ou com mecanismo (embolia,
atero-trombótico, pequenos vasos em pacientes diabéticos que têm as artérias obstruídas).
Apresentação clínica vai depender da região acometida, mas geralmente vai ser súbito. Não
têm como diferenciar clinicamente um AVE isquêmico e um hemorrágico. Os sintomas
podem evoluir ao longo de horas. Quando você tem uma obstrução arterial, irá ser gerado
uma cascata de eventos celulares que vão influenciar na manifestação da imagem. Ele
pode ser hiperagudo até um dia, pode ser agudo entre um dia e uma semana, subagudo e
crônico de acordo com o tempo de evolução do sintoma e isso vai influenciar sim o aspecto
da imagem, ou seja, o aspecto de um AVE isquêmico vai ser diferenciado se for agudo,
subagudo etc. Você vai conseguir tratar esses diferentes tipo muito mais precisamente pela
RM do que à TC, mas com à TC você também consegue. À TC sem contraste continua
sendo muito importante em um cenário de AVE agudo, porque ela é rápida, barata,
geralmente é disponível em qualquer hospital. A principal limitação é à sensibilidade
principalmente na fase hiperaguda, ou seja, você fez o diagnóstico clínico de AVE, pediu o
exame e o objetivo é excluir uma hemorragia intracraniana, visualizar alguma característica
de isquemia precoce e excluir outras patologias, por exemplo, um indivíduo com tumor que
simula clinicamente um AVE. Você ter uma TC normal, não exclui um AVE agudo.
Território vascular das três principais artérias cerebrais.
Cerebral média:
❖ Responsável pela nutrição da lateral do encéfalo e da maior parte do encéfalo
Cerebral posterior:
❖ Irriga o tronco encefálico e os lobos occipitais.
Cerebral anterior:
❖ Irriga às porções mediais dos lobos frontais, mas além disso, também irriga à porção
medial da porção anterior do lobo parietal.
Fase hiperaguda
Entre o evento súbito e 24h.
30% dos casos de AVE isquêmico hiperagudo vai apresentar um tipo de alteração na TC.
Visualização do trombo dentro da artéria acometida, ou seja, aquela artéria vai estar
hiperdensa. É mais comum ser visto na cerebral média, mas pode ser vista em qualquer
artéria. Perda de diferenciação da substância branca com à cinzenta. Além disso, perde-se
à visualização dos núcleos da base (substância cinzenta).
Vaso hiperdenso com trombo dentro da artéria cerebral média, ou seja, sinal precoce de
AVE.
Sinal de artéria cerebral média hiperdensa na esquerda
Restante da TC: não há mais alterações visíveis.
Segunda foto: falha de enchimento
● Subaguda:
Depois de 1 semana
Edema começa a diminuir e começa a ver realce com contraste, ou seja, vai captar
contraste.
Depósito de hemosiderina, ou seja, pequenos sangramentos petequiais.
Edema diminui e efeito compressivo também diminui.
Importância: AVE isquêmico subagudo que capta contraste faz diagnóstico diferencial de
tumor, pois é muito confundido.
● Crônica:
É uma encefalomalácia
- Cérebro com necrose, faz necrose de liquefação ficando com área de
malácia, cicatrizando de maneira diferente.
TC sutil
Comparando o lado direito do paciente com o lado esquerdo, dá para perceber que
o lado direito está com uma densidade menor (hipodensa), não têm sulco por causa
do efeito compressivo. Esse paciente está em uma situação clínica compatível com
um AVE isquêmico agudo (lesão hipodensa com efeito compressivo fechando os
sulcos). O território vascular dessa área é à cerebral média.
Crônico
Diferença do tamanho do ventrículo