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Vascularização do

SNC

Prof.: Ossian Filho


Importância da vascularização do SNC
 O tecido nervoso é formado por estruturas nobres  necessita
de suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio 
atividade funcional do encéfalo não pode ser sustentada por
metabolismo anaeróbico (nem mesmo temporariamente);
 Parada da circulação cerebral:
 > 7 segundos  perda da consciência;
 > 5 minutos  lesões irreversíveis.
 Problemas vasculares (tromboses, embolias, hemorragias) são
cada vez mais comuns  estudo da vascularização auxilia na
prevenção, diagnóstico e tratamento;
 AVE:
 Isquêmico;
 Hemorrágico.
Vascularização do encéfalo
 Fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado  superado
apenas pelo rim e coração;
 Consome 20% oxigênio e 15% do fluxo sanguíneo do
corpo;
 Fluxo sanguíneo é maior em regiões com mais sinapses
 ex: maior na substância cinza, que na branca;
 Fluxo de determinada área varia com seu estado
funcional. Ex: fluxo sanguíneo na área do córtex visual
aumenta, quando o animal está diante de um foco
luminoso (chegada do impulso nervoso no córtex).
Vascularização arterial do encéfalo
 Encéfalo  irrigado pelas artérias carótidas internas e artérias
vertebrais, originadas no pescoço  sem ramificações, são
especializadas na irrigação encefálica  formam, na base do
crânio (superfície inferior do cérebro), um polígono anastomótico
 polígono (ou círculo) de Willis  saem as principais artérias
para a vascularização cerebral;
 Artérias cerebrais são peculiares, quanto à estrutura:
 Paredes finas  propensas à hemorragia;
 Menos fibras musculares na túnica média e túnica elástica interna mais
espessa e tortuosa  proteção do tecido nervoso (amortece o choque da
onda sistólica);
 No homem, há quase uma independência entre as circulações
intracraniana e extracraniana.
Carótidas
Polígono de Willis
Artéria carótida interna
 Origina-se da bifurcação da artéria carótida comum;
 Trajeto  percorre o pescoço e penetra na cavidade craniana
pelo canal carotídeo (osso temporal)  atravessa o seio
cavernoso e forma uma dupla curva em S (sifão carotídeo) 
perfura a dura-máter e aracnoide, seguindo para o sulco lateral;
 Ramos da carótida interna:
 Art. Oftálmica  irriga o bulbo ocular;
 Art. Comunicante posterior  contribui para a formação do polígono de
Willis;
 Art. Corioidea anterior  irriga os plexo corioideos;
 Art. Cerebral anterior
 Art. Cerebral média Ramos terminais
Artérias vertebral
 Artérias vertebrais D e E originam-se das artérias
subclávias D e E;

 Trajeto  sobem pelo pescoço, passando pelos forames


dos processos transversos das seis vértebras cervicais
superiores  perfuram a dura-máter e a aracnoide e
penetram no crânio pelo forame magno  percorrem a
face ventral do bulbo e se fundem, formando um único
tronco  artéria basilar.
Artérias vertebral
 Ramos das artérias vertebrais:
 Ramos meníngeos;

 Art. espinhais posteriores (duas);

 Art. espinhal anterior;

 Art. cerebelares inferiores posteriores;

 Art. bulbares.
Artéria basilar
 Formada pela união das duas artérias vertebrais;
 Sobe no sulco basilar (superfície anterior da ponte);
 Ramos:
 Art. Pontinas;
 Art. labirínticas (do labirinto)  penetra o meato acústico,
vascularizando a orelha interna;
 Art. cerebelar inferior anterior;
 Art. cerebelar superior  distribui-se ao mesencéfalo e parte
superior do cerebelo;
 Art. cerebrais posteriores D e E  ramos terminais.
Círculo arterial do cérebro (de Willis)
 Situa-se na base do cérebro, circundando o quiasma óptico e o
túber cinéreo, se relacionando ainda com a fossa interpeduncular;

 Formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior,


média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas
artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda;

 Os lados se ligam pelas artérias comunicantes:


– Art. Comunicante anterior  unem as art. cerebrais anteriores;
– Art. Comunicante posterior  unem as art. carótidas internas com as
cerebrais posteriores correspondentes.

 Anastomosam o sistema carotídeo interno com o


vertebrobasilar.
Círculo arterial do cérebro (de Willis)
 Anastomose em potencial  não há passagem de sangue entre o
sistema carotídeo interno e vertebral, nem entre a metade direita
e esquerda do círculo arterial

 Função  em condições favoráveis, permite a manutenção de um


fluxo adequado em todo o cérebro, em caso de obstrução de uma
ou mais das artérias que irrigam o mesmo;

 Existe considerável variação anatômica no Polígono de Willis a


versão encontrada nos livros, baseada numa série de 1413
cérebros, só é vista em 34,5% dos casos (*artigo).
Território cortical das artérias cerebrais
 Ao contrários dos ramos profundos, as artérias cerebrais possuem
anastomoses  ineficientes para a manutenção da circulação, em
caso de obstrução  resultam lesões de áreas extensas, com
quadro sintomatológico característico  síndromes das artérias
cerebrais anterior, média e posterior;

 Artéria cerebral anterior:


 Distribui-se desde o lobo frontal até o sulco parieto-occipital;
 Obstrução  causa paralisia e diminuição da sensibilidade no membro
inferior do lado oposto (lesão no córtex sensitivo e motor correspondente);

 Artéria cerebral média:


 Vasculariza a maior parte da face súpero- lateral de cada hemisfério 
córtex motor, sensitivo, centro da fala;
Território cortical das artérias cerebrais
 Artéria cerebral média:
 Obstrução  quando não são fatais, determinam sintomatologia muito
rica  paralisia e diminuição da sensibilidade do lado oposto (exceto
membro inferior), distúrbios de linguagem;
 Quadro de obstrução é ainda mais grave  se atingir ramos profundos
(artérias estriadas), que irrigam os núcleos da base;

 Artéria cerebral posterior:


 Dirigem-se para trás, percorrendo a face inferior do lobo temporal e vão ao
lobo occipital  irriga a área do córtex visual;
 Obstrução  cegueira em uma parte do campo visual.
Vascularização venosa do encéfalo
 Veias encefálicas não acompanham artérias  maiores e mais
calibrosas;

 Drenam o sangue para os seios da dura-máter, convergindo para


as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o
sangue venoso encefálico;

 Leito venoso encefálico é muito maior que o arterial 


circulação bem mais lenta;

 Dispõem-se em dois sistemas  sistema venoso superficial e


sistema venoso profundo.
Vascularização venosa do encéfalo
 Sistema venoso superficial:
 Constituído por veias que drenam o córtex e a substância branca
adjacente;
 Distinguem-se veias cerebrais superficiais superiores e inferiores.

 Sistema venoso profundo:


 Compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas
profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna,
diencéfalo e grande parte do centro branco medular;
 Mais importante veia  veia cerebral magna (de galeno), para qual
converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro.
Vascularização venosa do encéfalo
Vascularização da medula espinhal
 Medula espinhal  irrigada pelas artérias espinhais anterior e
posteriores (ramos da artéria vertebral), e pelas artérias
radiculares;

 Artéria espinhal anterior:


 Tronco único  formado pela confluência de ramos da artérias vertebrais
direita e esquerda;
 Vascularizam as colunas e os funículos anterior e lateral da medula;
 Dispõe-se superficialmente na medula  da fissura mediana anterior ao
cone medular;
 Emite as artérias sulcais  penetram no tecido nervoso pela fissura
mediana anterior.
Vascularização da medula espinhal
 Artérias espinhais posteriores direita e esquerda:
 Emergem das artérias vertebrais correspondentes  contornam o bulbo e
percorrem longitudinalmente a medula, medialmente às raízes dorsais dos
nervos espinhais;
 Vascularizam a coluna e o funículo posterior da medula.

 Artérias radiculares:
 Derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do
tronco;
 Trajeto  penetram nos forames intervertebrais com os nervos espinhais
 dão origem às artérias radiculares anterior e posterior;
 Se anastomosam com as artérias espinhais correspondentes.
Vascularização da medula espinhal
#Partiu NP2
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FÉRIAS

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