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VASCULARIZAÇÃO DO

SISTEMA NERVOSO
Baltazar Candrinho, MD
GENERALIDADES
• Actividade biossintetica do cerebro
• Actividade electrica cerebral (excitação e
condução)
• Transporte activo de ions para sustentar e
restabelecer o disparo do potencial de
membrana durante o processo de excitação e
condução.
Generalidades
• Se o fluxo sanguineo cerebral for
completamente interrompido, a consciencia
perde-se dentro de menos de 10 segundos ou
durante quantidade de tempo requerida para
consumir o oxigenio contido no cerebro ou no
seu conteudo sanguineo.
• Áreas diferentes com tempos diferentes de
lesão
GENERALIDADES
• Em contraste a maioria de outros tecidos, os
quais exibem uma consideravel flexibilidade
quanto a natureza dos nutrientes absorvidos e
consumidos do sangue, o cerebro normal e
quase exclusivamente limitado a glicose como
substrato para sua energia metabólica
Generalidades
• áreas filogeneticamente mais recentes são as
que primeiro se alteram (neocórtex → páleo
→ arquicórtex e SN Suprasegmentar antes do
Segmentar).
• A última área a ser lesada é o Centro
Respiratório no Bulbo.
Generalidades
• SNC → parece NÃO existir Sistema Linfático
• Fluxo Sangüíneo Cerebral é diretamente
proporcional à diferença entre a PA e a PV e
inversamente proporcional a resistência
cerebrovascular.
Generalidades
• FSC = PA - PV/ RCV  simplificada 
FSC = PA/RCV
• As variações da PA sistêmica refletem
diretamente no FSC.
• A RCV depende principalmente dos seguintes
fatores:
• Pressão intracraniana (quanto > a PI > a RCV),
Condição da parede vascular, Viscosidade do
sangue e Calibre dos vasos cerebrais
Importância da vascularização do
sistema nervoso
• Para estabelecer o metabolismo cerebral e
estados fisiologicos.
• O cerebro metabolicamente, e um dos mais
activos de todos os orgaos, consome uma
enorme taxa de oxigenio, o qual abastece a
energia requerida para a sua intensa atividade
fisico-quimica.
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO
ENCÉFALO
• Circulação cerebral anterior – origem 
artérias carótidas internas.
• Circulação cerebral posterior – origem 
artérias vertebrais.
• As artérias que irrigam o encéfalo originam-se
no pescoço e tórax
• Não há hilo para a penetração dos vasos;
paredes das artérias são finas (propensas às
hemorragias).
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO
ENCÉFALO
• Polígono de Willis
• Mecanismos de proteção do tecido nervoso
das pulsações das artérias  espessamento e
tortuosidade da túnica elástica interna;
espaços perivasculares com líquor.
Vascularizacao do encéfalo
• A vascularização do encéfalo é realizada pelos
sistemas carotídeo interno e vértebro-basilar.
• A artéria carótida interna penetra no
encéfalo pelo canal carotídeo do osso
temporal, atravessa o seio cavernoso na
região do esfenóide e emite dois ramos
terminais e quatro ramos colaterais.
Artéria Carótida Interna
Ramos Colaterais e Terminais
• Os ramos terminais são as artérias cerebral
anterior e cerebral média.
• Os ramos colaterais são as artérias oftálmica,
hipofisária, coróidea anterior e comunicante
posterior.
Artéria Carótida Interna
Vascularizacao Cerebral
As artérias vertebrais
• As artérias vertebrais são ramos da subclávia e
ascendem pelos forames transversos das
vértebras cervicais passando pela membrana
atlanto-occipital e penetrando no espaço
intracraniano através do forame magno.
• Ao atingir o espaço intracraniano as artérias
vertebrais seguem pela porção anterior do bulbo
e ao nível do sulco bulbo-pontino unem-se para
formar a artéria basilar que percorre o sulco
basilar da ponte.
Vascularizacao Cerebral
As artérias vertebrais
• Antes de formar a artéria basilar, as artérias
vertebrais originam as duas artérias espinhais
posteriores e a artéria espinhal anterior que irão
vascularizar a medula.
• As artérias vertebrais originam também as
artérias cerebelares inferiores posteriores. A
artéria basilar emite ao longo de seu trajeto a
artéria cerebelar superior, a artéria cerebelar
inferior anterior e a artéria do labirinto que
vasculariza estruturas da orelha interna.
Artéria Vertebral
Polígono de Willys
• é uma anastomose arterial de forma poligonal
situado na base do cérebro, onde circunda o
quiasma óptico e o túber cinéreo e relaciona-se
com fossa interpeduncular
• A base do encéfalo possui um complexo sistema
arterial anastomótico conhecido como polígono
de Willys, formado pelos ramos das artérias
carótida interna e vertebral.
• Encontra-se entre a base do encéfalo e a porção
basilar do osso occipital e parte do esfenóide.
Polígono de Willys
Polígono de Willys
• Nesse polígono, as duas artérias cerebrais
anteriores são interligadas pela artéria
comunicante anterior.
• A artéria basilar bifurca-se para formar as
duas artérias cerebrais posteriores, as quais
se unem à carótida interna de seu respectivo
lado através das artérias comunicantes
posteriores.
Polígono de Willys
Esquema das Arterias do encéfalo
Território de Irrigação
• A artéria cerebral anterior irriga a face medial
do cérebro e a parte superior da face súpero-
lateral.
• A artéria cerebral média irriga a maior parte
da face súpero-lateral do cérebro seguindo
pelo sulco lateral em seu trajeto inicial
• A artéria cerebral posterior irriga o lobo
occipital.
Território de Irrigação
• Ao contrário dos outros órgãos, no encéfalo as
artérias possuem menor calibre que as veias.
• A túnica média de uma artéria encefálica
contém poucas fibras musculares.
• As veias possuem calibre maior que as artérias
e geralmente não se colabam quando
seccionadas.
Território de Irrigação
Irrigação Venosa Cerebral
• As veias do encéfalo são maiores e mais
calibrosas do que as artérias, e de modo geral,
não acompanham as mesmas.
• Drenam para os seios da dura-máter, e daí,
convergem para as veias jugulares internas.
• Não possuem válvulas e estão em maior
quantidade, em relação ao sistema arterial.
Irrigação Venosa Cerebral
• O leito venoso do encéfalo é muito maior que o
arterial e a circulação é mais lenta.
• O sistema de drenagem sanguínea do encéfalo é
composto por veias e pelos seios da dura-máter
onde essas veias liberam o sangue.
• Circulação se faz por três forças: aspiração da
cavidade torácica, força da gravidade e pulsação
das artérias.
• Dispõem-se em dois sistemas: SVS e SVP
O sistema venoso superficial
• Formado pelas veias cerebrais superficiais
superiores e inferiores que drenam o córtex e
pequena parte da substância branca do
cérebro.
• Drenam o córtex e substância branca
adjacente.
• Se anastomosam na superfície do cérebro,
onde formam as veias cerebrais do cérebro,
que desembocam nos seios da dura-máter.
O sistema venoso superficial
• As veias superficiais se dividem em superiores
e inferiores.
• Veias cerebrais superficiais superiores – vêm
da face medial e porção superior da face
súpero-lateral de cada hemisfério,
desembocando no seio sagital superior (vai
em direção à calota craniana).
O sistema venoso superficial
• Veias cerebrais superficiais inferiores – vêm
da metade inferior da face súpero-lateral de
cada hemisfério e de sua face inferior,
terminando nos seios da base (seio petroso
superior e cavernoso) e seio transverso.
• A principal veia cerebral superficial inferior é a
Veia cerebral média superficial, que percorre
o sulco lateral e termina, geralmente, no seio
cavernoso.
Veias Superficiais
O sistema venoso profundo
• Destaca-se a veia cerebral magna ou veia de
Galeno formada pela confluência das veias
cerebrais internas. Desemboca no seio reto.
• O sistema venoso profundo drena o
diencéfalo, o corpo estriado, a cápsula interna
e a maior parte do centro branco medular do
cérebro.
Veias Profundas
Irrigação Venosa
Irrigação da Medula
• A irrigação da medula é feita pela artéria
espinhal anterior, pelas artérias espinhais
posteriores e pelas artérias radiculares.
• A artéria espinhal anterior forma-se a partir
da união de dois ramos recorrentes que saem
das artérias vertebrais.
• Ela segue pela fissura mediana anterior da
medula e vai até o cone medular.
Irrigação da Medula
• As artérias espinhais posteriores percorrem a
parte dorsal da medula, medialmente às
raizes dorsais dos nervos espinhais.
• As artérias radiculares irrigam as raízes dos
nervos espinhais.
Arterias da Medula Espinhal
Enervação Intrínseca da Medula
Veias da Medula Espinhal
Irrigação Venosa da Medula
Resumo da irrigação do Encéfalo
• Ramos terminais do Sistema Carotideo:
• a. Artéria cerebral anterior
• b. Artéria cerebral media

• Outros ramos:
• a. Arteria oftalmica
• b. Arteria caroidea anterior
• c. Ramo comunicante posterior
• d. Hipofisaria
Resumo da irrigação do Encéfalo
• Sistema Vertebro-basilar
• Arterias vertebrais:
• a. Arteria espinhal anterior
• b. Arterias espinhais posteriores
• c. Arteria cerebelar inferior posterior

• Arteria basilar:
• a. Arteria cerebelar inferior anterior
• b. Arteria labirintica
• c. Arterias pontinas
• d. Arteria cerebelar superior
• e. Arteria cerebral posterior
Resumo da irrigação do Encéfalo
• Circulo arterial do cerebro (Poligono de Willis)
• Arterias cerebrais posteriores
• Ramos comunicantes posteriores
• Arterias cerebrais medias ou as carotidas
internas
• Arterias cerebrais anteriores
• Ramo comunicante anterior
Polígono de Willys
Polígono de Willys
Resumo da irrigação do Encéfalo
• Território de irrigação das artérias cerebrais:
• Art. Cerebral Anterior fissura longitudinal e
face medial dos hemisférios
• Art. Cerebral Média sulco lateral e face
súpero-lateral
• Art. Cerebral Posterior região dos
pedúnculos cerebrais, face inferior do lobo
temporal e occipital.
Irrigação do Encéfalo
Irrigação do Encéfalo
Resumo da irrigação do Encéfalo
• II - DRENAGEM VENOSA:
• Veias cerebrais:
• Sistema venoso superficial: cortex cerebral
• Veias superficiais superiores
• Veias superficiais inferiores

• Sistema profundo: (centro branco medular,


tronco e cerebelo)
• Seios da dura-mater
• Veia jugular interna
Resumo da irrigação do Encéfalo
• Drenagem da Medula espinhal:
• Plexo vertebral interno-espaco epidural
• Plexo vertebral externo (em torno da coluna
vertebral)
• Sistema Azigos ( veia cava superior)

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