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Irrigação Ocular

• O eixo principal da órbita está representado pela artéria oftálmica (AO).

Nasce na carótida interna, imediatamente após sua emergência no seio


cavernoso. Seu calibre varia de 0,7 a 1,4mm.

Podemos dividir o trajeto da artéria oftálmica em três segmentos:

• Intracraniano
• Intracanalicular
• Intraorbitário
Aorta
Origem: Ventrículo esquerdo ------------ Ramificações
• Arco
• Torácica
• Abdominal
Círculo Arterial do Cérebro

• O círculo arterial do cérebro une artérias de grossos calibres, é um dispositivo único


no organismo. Compõe 20% do oxigênio utilizado no organismo.
• Origem: Carótidas internas e vertebrais.
• Artéria Cerebrais anterior, medial e posterior. (Principais)
• As artérias carótidas internas e o tronco vertebrobasilar são reunidos pelas artérias
comunicantes. As quais realizam a ligação entre os dois hemisférios.

• A artéria comunicante anterior une as duas artérias cerebrais anteriores, ramos


terminais da carótidas internas.

• As artérias comunicantes posteriores unem as carótidas internas e as artérias


cerebrais posteriores, ramos terminais do tronco basilar.
Artéria oftálmica
• A artéria oftálmica, primeiro grande ramo da artéria carótida interna, é a
fonte principal de irrigação da região orbital. É responsável pelo
fornecimento sanguíneo das estruturas orbitais, incluindo nervos,
músculos, aparelho lacrimal, canal óptico, parte da irrigação palpebral,
parte do dorso e região nasal superior e porção frontal da órbita.
A artéria oftálmica divide-se em:
Grupo I

Artéria central da retina (ACR): Vasculariza 2/3 da retina


interna, é delgada e curta, penetra no espaço óptico 1 cm
atrás do bulbo do olho e depois se divide em dois ramos,
medial e lateral, que terminam formando uma rede de
malhas fechadas na face profunda da retina, é o ramo
mais importante da artéria
oftálmica.
• É responsável pelo fornecimento sanguíneo das estruturas
orbitais, incluindo nervos, músculos, aparelho lacrimal, canal
óptico, parte da irrigação palpebral, parte do dorso e região
nasal superior e porção frontal da órbita.
• Artéria lacrimal: Juntamente com o nervo lacrimal, acompanha a margem superior do
músculo reto lateral até a glândula lacrimal, irrigando-a e atravessando-a para terminar
na pálpebra superior. Envia pequenos ramos musculares periosteais e um ramo
zigomático, que se introduz no canal homônimo e se anastomosa com a artéria
temporal profunda anterior.

GRUPO II

• Artérias supraorbitária: Avança entre o teto da órbita e o músculo elevador da


pálpebra superior, lateralmente ao nervo supraorbitário, com o qual sai da órbita pela
incisura supraorbitária. Termina em ramos palpebrais e frontais, que se distribuem na
pele, no músculo orbicular do olho e no músculo frontal.
A artéria oftálmica divide-se em:

Artérias ciliares:
Irrigarem o corpo ciliar, a íris e a coróide. Seus ramos penetram no bulbo ocular ao
redor do nervo óptico.

 Posteriores:
Longas: São duas, uma medial ou nasal e uma lateral ou temporal, em relação com o
nervo óptico. Depois de atravessarem a esclera, situam-se entre esta e a coroide,
formando a episclera, ramificando-se na frente do músculo ciliar e constituindo o
círculo arterioso maior da íris.
Curta: 6-8, circundam o nervo óptico e perfuram a esclera, ramificando-se na face
externa da coróide até os processos ciliares.

 Anteriores:
As que entram no olho: Vascularizam a íris (formando o círculo arterial maior da íris) e
também vascularizam o corpo ciliar.
Artérias musculares: Divide-se em superior e inferior.
• Superior: irriga os músculos extraoculares superiores, o reto medial e o elevador
da pálpebra superior.
• Inferior: irriga os músculos extraoculares inferiores e o reto lateral.

Os dois ramos dão origem às artérias ciliares anteriores, que se ramificam no círculo
arterial maior da íris.
• Artérias etmoidal posterior e anterior (AEP e AEA):
- A AEP passa ao longo da parede medial, entre o músculo oblíquo superior e o músculo
reto medial, e atravessa o canal etmoidal posterior. Na órbita, este vaso pode irrigar o
músculo oblíquo superior, os músculos reto superior e médio e o músculo elevador da
pálpebra superior.

- A AEA, por sua vez, acompanha o nervo nasociliar e sai da órbita através do forame
etmoidal anterior. Na órbita, irriga o músculo oblíquo superior, a porção etmoidal
anterior e média, o seio frontal, a parede lateral do nariz e o septo nasal.
• Artérias palpebrais medial, superior e inferior: A artéria oftálmica passa em direção à
órbita entre os músculos oblíquo superior e reto medial para dividir-se em artérias
palpebrais mediais superior e inferior, que formam um arcada de irrigação superior e
uma inferior entre o músculo orbicular dos olhos e o tarso.
• As artérias palpebrais enviam ramos a pele, conjuntiva, glândulas ciliares, glândulas
tarsais e para o músculo orbicular do olho.
Os ramos terminais da artéria oftálmica:

• Artéria supratroclear: Um dos ramos terminais da artéria oftálmica, a artéria


supratroclear ou artéria frontal deixa a órbita no seu ângulo medial acima da tróclea
com o nervo supratroclear, subindo na testa, e irriga a fronte inferior e o couro
cabeludo. A artéria supratroclear faz anastomoses com a artéria supraorbital e os
vasos contralaterais.
• Artéria dorsal do nariz: ramo terminal. Com direção inferomedial, cruza a margem
medial da órbita por cima do tendão do músculo orbicular do olho. Depois de enviar
alguns pequenos ramos para o sacro lacrimal e para o dorso do nariz, anastomosa-se
com a artéria angular, ramo terminal da artéria facial.
Vascularização vias ópticas
Vascularização disco óptico
Na vascularização do disco óptico considera-se quatro regiões:

• Camada de fibras retinianas- é mais superficial, irrigada quase que exclusivamente


pelas artérias retinianas.

• Região pré-laminar: Ramos arteriais centrípetos provenientes das artérias coroideanas


peripapilares originadas das artérias ciliares curtas posteriores.

• Região da lâmina crivosa: mais ricamente vascularizada do disco do nervo óptico,


irrigada por ramos centrípetos originados diretamente das artérias ciliares curtas
posteriores ou a partir do círculo vascular do nervo óptico.

• Região retrolaminar: depende da trama arterial ciliar curta posterior por intermédio
das artérias coroideanas peripapilares que caminham sob a bainha do nervo óptico.
Veia oftálmica

O sistema venoso da orbital é muito variável e complexo. Diferente de outras partes do


corpo, não existe correspondência entre as artérias e veias, com exceção para a veia
oftálmica superior, que tem correspondência com a artéria oftálmica.
• A drenagem venosa da órbita é realizada pelas veias oftálmicas inferior e superior, que se
localizam dentro do septo conjuntivo da órbita. São duas veias em cada órbita.
• A veia oftálmica superior : origina-se no ângulo medial da órbita, de onde sai para
atravessar a fissura orbitária lateralmente ao anel tendinoso comum. Recebe como
efluentes as veias etmoidais, musculares superior, lacrimais, vorticosas superiores e, às
vezes, a central da retina e a oftálmica superior.
• Veia oftálmica média: drena o cone muscular.
• Veia oftálmica inferior: começa na parte anteromedial do assoalho da órbita pela
confluências das vênulas procedentes das pálpebras e do saco lacrimal, drena o piso
orbital.

As válvulas permite a reabilitação da circulação ocular nos casos graves de trombose.


Veias episclerais: Drena a conjuntiva, as arcadas corneanas e o limbo, transportam o humor
aquoso, saindo do olho no limbo.

Veia central da retina: Os leitos capilares da retina são drenados por pequenas vênulas que
se unem para formar veias maiores que correm paralelamente aos ramos da artéria central
da retina. As veias se unem no disco óptico formando um único vaso – a veia central da retina
– que retorna ao nervo óptico com a artéria.

Veias vorticosas: drenam a maior parte do trato uveal, geralmente são quatro, uma para
cada quadrante do olho, porém o número varia entre 3 a 6.
Veias lacrimais: Elas normalmente correm acima do olho quando passam da glândula
lacrimal para a veia oftálmica superior, mas também pode se unir as veias vorticosas
superiores.

Veias palpebrais: Não formam arcadas definidas e são tão numerosas e variáveis que não
possuem nomes, drenam as pálpebras por várias rotas para as veias oftálmicas,
infraorbitária e veias angular e facial.

Veias supraobitárias: são paralelas às artérias correspondentes na testa, mas não


seguem as artérias até a órbita, em vez disso, elas se unem na junção entre a veia
oftálmica e a veia angular no canto medial superior da órbita.

Veia infraorbitária: é a única veia da face que entra na órbita, e corre abaixo do assoalho
orbitário paralelamente à artéria infraorbitária.
Órbita ocular
Órbita
• Único tecido duro de osso do sistema
ocular;

• Origina-se do mesoderma;

• Forma-se durante a 5ª semana

• A Órbita é circular no Feto até os 6


meses, logo é alisada e tem forma oval.

• Conteúdo da órbita: Além dos


músculos extra-oculares e suas
fáscias, os principais elementos do
conteúdo orbital são o tecido
gorduroso, glândula lacrimal, gânglio
ciliar, os vasos e nervos.
Órbita
• Os olhos estão implantados na órbita.

• Apresentam-se soba a forma de duas pirâmides vazias, quadrangulares, abertas


para adiante, estão protegidas do meio externo pelas pálpebras.

• Possuem um ápice orientado para trás e para dentro, que formam um ângulo de
90º.

• Os dois eixos orbitários prolongados para trás se encontram sob um ângulo de


45º.

• A base mede cerca de 40mm de largura e 35mm de altura, por uma profundidade
entre 42 e 50mm. Volume: 27-29 ml

• Possuem orifícios ligados entre si, sendo lugares de passagem de estruturas


importantes como nervos e vasos.
Relações da Órbita

Cada órbita relaciona-se:

• Superiormente com a fossa anterior do crânio e seio


frontal;

• Lateralmente com a fossa temporal na frente e fossa


média do crânio atrás, e com a fossa pterigopalatina;

• Inferiormente com o seio maxilar e células aéreas


palatinas;

• Medialmente com as células etmoidais, cavidade nasal e


geralmente com o seio esfenoide.
A órbita é formada por uma junção de sete ossos pertencentes ao
esqueleto craniano ou ao facial.

• Frontal

• Esfenóide

• Zigomático

• Maxilar superior

• Etmóide

• Lacrimal

• Palatino

Estes ossos apresentam um certo número de orifícios ligados entre si por intermédio dos quais a
cavidade orbitária comunica-se e entra em relação com as cavidades vizinhas, sendo lugares de
passagem de estruturas importantes.
Paredes da Órbita

A órbita apresenta quatro paredes:

• Teto ou parede superior: Tem a forma de um triângulo de base anterior, é formado pela
porção horizontal do frontal e por trás pela asa menor do esfenoide.

• Parede lateral ou temporal: formada esfenoide, zigomático e frontal

• Piso ou parede inferior: é a mais curta das superfícies orbitárias, formada pelo maxila,
zigomático e palatino.

• Parede interna ou medial: É formada por quatro ossos, é a mais delgada das paredes,
formada pelo esfenoide, etmoide, lacrimal e maxila.
Bordas ou ângulos da
Órbita
São formados pela união de duas paredes adjacentes:

• Ângulo superomedial

• Ângulo inferomedial

• Ângulo inferolateral

• Ângulo superolateral
Nota clínica
Uma das mais severas fraturas que incluem a cavidade orbitária é a fratura em
explosão (“blow out fracture”). Ela ocorre quando o assoalho da cavidade orbitária, ou seja,
a maxila, se fratura como resultado de uma combinação de fraturas faciais como as Le Fort
II ou III e fraturas do zigomático.
Clinicamente a condição se apresenta com:
•baixa acuidade visual no olho afetado,
•equimose periorbitária e edema,
disfunção pupilar,
•dor,
•desalinhamento ocular,
•hipo ou hipertrofia,
•e uma elevação palpável na margem inferior da órbita.

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