Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curso:
Aluno(a):
DIREITO
Disciplina: DIREITO ELEITORAL Nº. MAT.:
DIREITO ELEITORAL
1. Faça análise do voto do Ministro do STF, (ANEXO 1), relativo à AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.619 - DF, Relator: MIN. ROBERTO
BARROSO, REQTE.(S): PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD, INTDO.
(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA e CONGRESSO NACIONAL, tratando os
seguintes pontos:
Observação: o trabalho pode ser em grupo de até 5 alunos e deverá ser entregue
por escrito no dia da defesa oral (dia da prova).
Boa prova!
Abraço fraterno a todos!
Faça análise do voto do Ministro do STF, (ANEXO 1), relativo à AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE 5.619 - DF, Relator: MIN. ROBERTO
BARROSO, REQTE.(S): PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO - PSD, INTDO.
(A/S) :PRESIDENTE DA REPÚBLICA e CONGRESSO NACIONAL, tratando os
seguintes pontos:
SINTESE
O Senado Federal informou, por sua vez, que a legislação foi aprovada segundo os
ritos do processo legislativo ordinário e que o critério de realização de novas eleições
contido no art. 224, § 3º, do Código Eleitoral, a partir da alteração da Lei nº 13.165/2015,
seria uma opção legítima do legislador infraconstitucional.
E relator faz um paradigma que “ainda que a eleição custe dinheiro, a Democracia
tem seu preço”, uma discussão que seria interessante, mas que não se coloca aqui, é que
normalmente as pessoas imaginam que só têm custos os direitos sociais: educação, saúde,
habitação, quando não é verdade. Os direitos individuais têm custos porque tem que manter
a polícia; tem que manter o Poder Judiciário. E os direitos políticos têm custos porque tem
que manter a Justiça Eleitoral, tem que organizar os pleitos, tem o horário. Portanto, não há
direito gratuito, tudo tem um custo numa vida democrática.
O ministrou trouxe uma analogia que ficou cristalina o seu entendimento; imagine-
se o caso extremo de um candidato eleito ter recebido 99%, mas que tenha sido
posteriormente cassado. O segundo colocado, muito possivelmente, ocupará a chefia do
Poder Executivo do Município após ter recebido menos de 1% dos votos válidos. Não há
economicidade que justifique a aceitação dessa situação. Pelas mesmas razões, não vejo
qualquer ofensa ao princípio da proporcionalidade na adoção de realização de novas
eleições como critério exclusivo para a solução de hipóteses de vacância previstas no ato
normativo impugnado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
SÍNTESE;
O art. 121, § 4º, III, da Constituição, ao determinar que caberá recurso das
decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que versarem sobre “expedição de diplomas
nas eleições federais ou estaduais”, atribui ao Tribunal Superior Eleitoral a competência
para a revisão jurisdicional da atividade de diplomação exercida pelos Tribunais Regionais
Eleitorais nas eleições federais ou estaduais.
O Recurso Contra a Expedição de Diploma (RCED), por suas causae petendi, não
se confunde com as da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que tem por
fundamento o abuso de poder econômico ou político (artigos 1º, I, d e h, 19 e 22, XIV, da
Lei Complementar nº 64/90), a captação ou uso ilícito de recurso para fins eleitorais (art.
30-A da Lei 9.504/1997 e art. 1º, I, j, da LC nº 64/90), a captação ilícita de sufrágio (art. 41-
A da Lei nº 9504/1997 e art. 1º, I, j, da LC nº 64/90) ou a prática de conduta vedada (artigos
73, 74, 75 e 77 da Lei nº 9.504/1997 e art. 1º, I, j, da LC nº 64/90), nem com as causas de
pedir próprias da Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, regida diretamente pelo art. 14,
§ 10, da Constituição, que tem escopo limitado à cognição de questões relativas a abuso do
poder econômico, corrupção ou fraude.
O devido processo legal (art. 5º, LIV, CRFB) e o contraditório (art. 5º, LV, CRFB)
são plenamente observados no Recurso Contra a Expedição de Diploma (RCED) perante o
órgão com competência originária, posto haver ampla instrução probatória e regular
exercício do direito de defesa, restando as garantias constitucionais preservadas, uma vez
que a instrução do feito ocorre direta e imediatamente perante o Tribunal Superior,
aproximando-o, em grau incomparável, da verdade material.
O Min. Ressalta que o RCED foi originariamente concebido pelo Código Eleitoral
como um recurso administrativo, mas a evolução jurisprudencial acolheu o instituto como
ação autônoma, dando origem a processo de cunho jurisdicional. A Lei nº 12.891/2013,
denominada “minirreforma eleitoral”, chancelando entendimento jurisprudencial, alterou as
hipóteses de cabimento do RCED, com o intuito de realizar distinção mais precisa em
relação à Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), destinada, segundo o art. 14, §
10, da Constituição, à persecução nos casos de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude. Assim é que, segundo a nova redação do art. 262 do Código Eleitoral, o “recurso
contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou
de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade”. Posicionamento
relevante cujo o avanço das jurisprudências.
Dessa forma por meio do RCED, objetiva-se a cassação ou denegação do diploma
do eleito ante a alegação de inelegibilidade de cunho infraconstitucional superveniente ao
requerimento de registro da candidatura (conforme a súmula nº 47 do TSE), inelegibilidade
de natureza constitucional ou ausência de condições de elegibilidade (como a
nacionalidade, alistamento, domicílio eleitoral, filiação partidária, idade mínima e pleno
exercício dos direitos políticos, ex vi do art. 14, § 3º, da Constituição).
CONSIDERAÇÕES FINAIS.