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Curso:
Aluno(a):
DIREITO
Disciplina: DIREITO ELEITORAL Nº. MAT.:
DIREITO ELEITORAL
Observação: o trabalho pode ser em grupo de até 5 alunos e deverá ser entregue por
escrito no dia da defesa oral (dia da prova).
Boa prova!
Abraço fraterno a todos!
SÍNTESE
Concorrendo com o registro sub judice, Nery foi o candidato mais votado, com
41,79% dos votos, mas o Tribunal Superior Eleitoral, após o julgamento de recursos,
manteve o indeferimento. O acordão do TSE assentou a impossibilidade de se dar posse ao
segundo candidato mais votado, impondo a realização de novas eleições, conforme prevê o
parágrafo 3° do artigo 224 do Código Eleitoral, acrescido pela Lei 13.165/2015. Entendeu
também que, para a aplicação do dispositivo, é irrelevante se tratar de município com
menos de 200 mil habitantes.
A PGR alegou que a previsão do § 4º do art. 224 do Código Eleitoral viola o art.
81, caput e § 1º da CF/88:
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República,
far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da
última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
• art. 224, § 4º do CE: prevê que se a vacância for nos últimos 6 meses, a eleição
será indireta; • art. 81, § 1º da CF/88: estabelece que se a vacância for nos dois últimos
anos, a eleição será indireta.
Um candidato que obtiver maioria relativa dos votos (menos de 50% dos votos
válidos) e tiver o registro indeferido, não há necessidade de se realizarem novas eleições,
bastando se conceder posse ao segundo candidato mais votado. Nos termos do art. 224, §
3º, do Código Eleitoral, só haveria nova eleição se o candidato cujo registro foi indeferido
obtivesse maioria absoluta, porquanto “não é razoável a renovação do pleito nas hipóteses
em que a nulidade não atingiu mais da metade dos votos válidos”.
O STF afirmou que esse dispositivo deveria receber uma interpretação conforme a
Constituição, de modo a afastar do seu âmbito de incidência as situações de vacância nos
cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, bem como no de Senador da
República.
Em outras palavras, o § 4º é válido, mas ele não se aplica para os cargos de:
• Senador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O reconhecimento em repercussão geral também foi acertado uma vez que cuida-
se de discussão que tem o potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo certo que,
em cada um desses, estarão em jogo também os interesses de milhares de eleitores,
habitantes das cidades em que tal hipótese vier a ocorrer".