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Prova Pericial no Direito Imobiliário

Alexandre Junqueira Gomide

Mestrando em Direito Civil pela USP - Faculdade de Direito do Largo de São


Francisco. Mestre e Especialista em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa – Portugal. Professor da Faculdade de Direito da Escola
Paulista de Direito. É sócio fundador do escritório Junqueira Gomide & Guedes
Advogados Associados (www.junqueiragomide.com.br), que possui atuação nas
áreas do Direito Civil, Imobiliário e Empresarial. Colaborador do Blog Civil &
Imobiliários.

Email: alexandre@junqueiragomide.com.br
www.civileimobiliario.com.br
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Escopo jurídico da jurisdição: Ao criar a


jurisdição, visou o Estado a garantir que as normas
de direito substancial contidas no ordenamento
jurídico efetivamente conduzam aos resultados
enunciados, ou seja: que se obtenham, na
experiência concreta, aqueles precisos resultados
práticos que o direito material preconiza.
Prova Pericial no Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

É a Constituição Federal que cuida da estrutura do


Poder Judiciário, ditando normas gerais, fixando
garantias e impondo impedimentos aos magistrados e
também dando, desde logo, a estrutura judiciária do
país.

Estrutura judiciária ditada pela CF/88: (i) Justiça


Federal (arts. 106-110); (ii) Justiça do Trabalho (arts.
111-117); Justiça Eleitoral (arts. 118-121); Justiça
Militar (arts. 122-124); Justiças Estaduais ordinárias
(arts. 125-126), Justiças Militares estaduais (art. 125, §
3º).
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Justiça Federal:

Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 109, compete à Justiça


Federal processar e julgar:

“Art. 109. [...]


I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública
federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas
à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Já a segunda instância da Justiça Federal é da competência dos Tribunais


Regionais Federais. Estes Tribunais são regulados pelo artigo 107, da
Constituição Federal
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Justiça do Trabalho: possui competência para julgar dissídios


individuais entre trabalhadores e empregadores, assim como
outros oriundos da relação de trabalho, bem como outros
conflitos. Nestes termos é o art. 114 da CF.

Com relação à segunda instância da Justiça do Trabalho,


compete aos Tribunais Regionais do Trabalho o seu
julgamento.

A Justiça do Trabalho é composta, ainda, pelo Tribunal


Superior do Trabalho. A competência deste Tribunal é
regulada pela Lei 7.701 de 21 de Dezembro de 1988.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Justiça Eleitoral: julgar crimes eleitorais, registro cassação de registro


de partidos políticos, suspeição, impedimento de seus membros,
impugnações à apuração do resultado geral, dentre outros.

Compõe-se a Justiça Eleitoral dos seguintes órgãos: Tribunal Superior


Eleitoral, Tribunais Regionais Eleitorais, juntas eleitorais, juízes
eleitorais.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Justiça Estadual

Onde nada diz a Constituição Federal, a competência é da Justiça


Estadual. Assim, segundo o artigo 25, § 1º da Carta Magna, são
reservadas aos Estados as competências “que não lhes sejam vedadas
por esta Constituição”.
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Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Justiça Estadual

A competência da Justiça Estadual é organizada e definida na


Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de
iniciativa do Tribunal de Justiça local. Em São Paulo, por exemplo,
quem define as regras do Poder Judiciário é o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo.

Como exemplo, podemos apresentar a atual configuração da Justiça


Estadual Paulista. Em São Paulo atualmente existem 316 comarcas,
dividas por todo o Estado. São aproximadamente 2.022 Juízes de 1ª
instância e mais de 300 desembargadores na 2ª instância.
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Direito Imobiliário
Jurisdição: A estrutura judiciária nacional.

Justiça Estadual

A Capital de São Paulo, por sua vez, possui Fóruns Centrais e Regionais. São Fóruns
Centrais: (i) o Foro Central Cível o maior do Estado, com mais de quarenta Varas
Cíveis e que possui competência exclusivamente cível; (ii) o Foro Central da
Fazenda Pública, onde são julgados litígios envolvendo a administração pública; (iii)
o Foro Central Criminal da Barra Funda, que possui competência exclusiva penal;
(iv) o Juizado Especial Cível, que julga litígios de até 40 salários mínimos e o (v) For
Central das Execuções Fiscais Estaduais que cuida das ações executivas do Poder
Público Estadual.

A Capital de São Paulo ainda dispõe de treze Fóruns Regionais. Normalmente cada
Fórum Regional possui varas cíveis e penais. A Competência dos Fóruns Regionais e
dos Fóruns Centrais da Cidade de São Paulo é feita nos termos da Resolução nº 2,
do Tribunal de Justiça de São Paulo, de 15/12/1976.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Arbitragem

• Lei 9.307/96

• Art. 1º Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem


para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

Conceito: arbitragem é o acordo pela qual as partes, por não chegarem à
transação, concordam em ter sua lide submetida à decisão de um árbitro, de um
“juiz particular”, afastando tal lide da Justiça Estatal.

Através da arbitragem as partes pedem a um terceiro que aprecie a lide, e tal


decisão deverá ser cumprida pelas partes, como se fosse uma sentença judicial.
Ressalto que na transação, através de mediação, as partes escolhem a solução
da lide, enquanto na arbitragem as partes escolhem o árbitro, mas não
escolhem a decisão.
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Direito Imobiliário
Arbitragem

Vantagens da arbitragem:

a) celeridade: maior rapidez na solução da lide, tendo em vista a conhecida


sobrecarga do Judiciário e os entraves da legislação processual;
b) custo menor: quando se ganha tempo também se ganha dinheiro;
c) sigilo: o processo arbitral não é público como o processo judicial, onde as
decisões são divulgadas na internet e no Diário Oficial, provocando desgaste
emocional;
d) escolha do árbitro: não se pode escolher o Juiz, pois depende sempre das regras
de competência e da distribuição no Fórum, porém se pode escolher o árbitro, que
deve ser uma pessoa idônea, preparada, conhecida das partes, especialista na área
do litígio (ex: engenheiro, médico, contador); isto é uma questão crucial pois o Juiz
não entende de medicina, engenharia, contabilidade, etc, e precisa sempre
nomear um perito para lhe ajudar a julgar processos nestas áreas;
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Arbitragem
Vantagens da arbitragem:

e) impossibilidade de recurso: a decisão do árbitro é irrecorrível, e se a parte


sucumbente não cumpri-la, a parte vencedora vai executá-la perante o Juiz; só aqui
é que o Juiz entra, para executar a decisão arbitral com a força do Estado, caso o
sucumbente voluntariamente não acate; já na Justiça Estatal existem inúmeros
recursos (cerca de trinta), graus de jurisdição (cerca de oito), entraves burocráticos
e formalidades desnecessárias previstas no arcaico Código de Processo Civil;
f) paz social: a solução rápida da arbitragem traz paz social e elimina as incertezas
entre particulares que atrapalhem a realização de negócios e a circulação de
dinheiro na sociedade;
g) alívio à Justiça: a utilização da arbitragem deixa o Judiciário com mais tempo
para agir nas questões onde a presença do Estado é indispensável, como nas
questões penais, administrativas e tributárias.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Arbitragem

Formas de instituição da Arbitragem

a) cláusula compromissória: as partes celebram um contrato e dispõem


numa cláusula que, se houver algum litígio futuro entre elas, a lide será
submetida à arbitragem e não à Justiça; esta cláusula é mera precaução;

b) compromisso arbitral : já existe litígio entre as partes e elas resolvem


submeter a questão a um árbitro e não a um Juiz para solucionar a
controvérsia.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Arbitragem

Principais Câmaras:

CCBC – Câmara de Comércio Brasil-Canadá


Centro de Arbitragem da Amcham (American Chamber of Commerce).
Câmara de Arbitragem da FIESP
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Direito Imobiliário
Arbitragem

Regulamento Amcham

“Qualquer controvérsia decorrente da interpretação ou da execução do


presente contrato, ou com ele relacionada, será definitivamente resolvida
por arbitragem, administrada pelo Centro de Arbitragem da Câmara
Americana de Comércio para o Brasil - São Paulo, de acordo com o seu
Regulamento.
O número de árbitros será de ....... (um/três)
A arbitragem terá sede em ..........(indicar)
O idioma oficial da arbitragem será o ..............(determinar)
A arbitragem será regida pela .......(estabelecer a legislação)”.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Mediação

Mediação – As partes designam, de comum acordo, um mediador a quem


encarregam de buscar uma solução para o litígio, fazendo-lhes sugestões sem
caráter impositivo. A iniciativa da apresentação de propostas parte do
mediador, que, em comparação com o conciliador, tem uma participação mais
ativa.

A função do mediador não é de decidir a divergência, mas de facilitar uma


solução negociada, podendo propor às partes fórmulas e alternativas que
ajudem a resolver a questão.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Código de Processo Civil

• Lei Instrumental nº 13.105, de 16 de Março de 2015.

“Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável


a solução integral do mérito, incluída a atividade
satisfativa”.

“Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar


entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
de mérito justa e efetiva”.
Prova Pericial no Direito
Imobiliário
• Da Produção Antecipada da Prova

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida


nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se
impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na
pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de
conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou
evitar o ajuizamento de ação.
Prova Pericial no Direito Imobiliário
• Da Produção Antecipada da Prova

Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos


em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito
difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação.
Prova Pericial no Direito Imobiliário
• Rito ordinário

Art. 319. A petição inicial indicará:


I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do
autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
Prova Pericial no Direito Imobiliário
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos
indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche
os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser
corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial.
Prova Pericial no Direito Imobiliário
Linha processual da produção antecipada de provas:

|__________|__________|_______________|
Petição Citação ou Produção da Prova Homologação
Inicial Deferimento da da Prova
Produção da prova

Linha do tempo processual do rito comum:

|________|________|________|_________|________|_________|
Petição Contestação Réplica Especificação Produção Audiência Sentença
Inicial de provas de provas de Instrução
e julgamento
As Provas no Código de Processo
Civil
CPC 1973 CPC 2015

Art. 332. Todos os meios legais, bem como Art. 369. As partes têm o direito de
os moralmente legítimos, ainda que não empregar todos os meios legais, bem
especificados neste Código, são hábeis como os moralmente legítimos, ainda que
para provar a verdade dos fatos, em que não especificados neste Código, para
se funda a ação ou a defesa. provar a verdade dos fatos em que se
funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
As Provas no Código de Processo
Civil

Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as requerimento da parte, determinar as
provas necessárias à instrução do provas necessárias ao julgamento do
processo, indeferindo as diligências inúteis mérito.
ou meramente protelatórias.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em
decisão fundamentada, as diligências
inúteis ou meramente protelatórias.
Ônus da Prova. Regra geral
Art. 333 - O ônus da prova incumbe: Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I – ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito; I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito;
II – ao réu, quanto à existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do II - ao réu, quanto à existência de fato
direito do autor. impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
Exceções: Decorrem da lei. Ex. Código de
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de
Defesa do Consumidor.
peculiaridades da causa relacionadas à
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
cumprir o encargo nos termos do caput ou à
[...]
maior facilidade de obtenção da prova do
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,
fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da
inclusive com a inversão do ônus da prova, a
prova de modo diverso, desde que o faça por
seu favor, no processo civil, quando, a critério
decisão fundamentada, caso em que
do juiz, for verossímil a alegação ou quando
deverá dar à parte a oportunidade de se
for ele hipossuficiente, segundo as regras
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
ordinárias de experiências.
Ônus da Prova. Regra geral
Art.333. § 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo
não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.
Parágrafo único. É nula a convenção que
distribui de maneira diversa o ônus da § 3o A distribuição diversa do ônus da
prova quando: prova também pode ocorrer por convenção
I - recair sobre direito indisponível da das partes, salvo quando:
parte; I - recair sobre direito indisponível da
II - tornar excessivamente difícil a uma parte;
parte o exercício do direito. II - tornar excessivamente difícil a uma
parte o exercício do direito.

§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode


ser celebrada antes ou durante o processo.
Depoimento pessoal
Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer Art. 385. Cabe à parte requerer o
estado do processo, determinar o depoimento pessoal da outra parte, a fim
comparecimento pessoal das partes, a fim de de que esta seja interrogada na audiência
interrogá-las sobre os fatos da causa. de instrução e julgamento, sem prejuízo do
poder do juiz de ordená-lo de ofício.
Art. 343. Quando o juiz não o determinar de § 1o Se a parte, pessoalmente intimada
ofício, compete a cada parte requerer o
para prestar depoimento pessoal e
depoimento pessoal da outra, a fim de
interrogá-la na audiência de instrução e
advertida da pena de confesso, não
julgamento. comparecer ou, comparecendo, se recusar
§ 1o A parte será intimada pessoalmente, a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
constando do mandado que se presumirão § 2o É vedado a quem ainda não depôs
confessados os fatos contra ela alegados, caso assistir ao interrogatório da outra parte.
não compareça ou, comparecendo, se recuse a
depor.
§ 2o Se a parte intimada não comparecer, ou
comparecendo, se recusar a depor, o juiz Ihe
aplicará a pena de confissão.
Depoimento pessoal
Art. 344. A parte será interrogada na § 3o O depoimento pessoal da parte
forma prescrita para a inquirição de que residir em comarca, seção ou
testemunhas. subseção judiciária diversa daquela
onde tramita o processo poderá ser
Parágrafo único. É defeso, a quem colhido por meio de videoconferência
ainda não depôs, assistir ao ou outro recurso tecnológico de
interrogatório da outra parte. transmissão de sons e imagens em
tempo real, o que poderá ocorrer,
inclusive, durante a realização da
audiência de instrução e julgamento.
Confissão
Art. 348. Há confissão, quando a parte Art. 389. Há confissão, judicial ou
admite a verdade de um fato, contrário ao extrajudicial, quando a parte admite a
seu interesse e favorável ao adversário. A verdade de fato contrário ao seu interesse
confissão é judicial ou extrajudicial. e favorável ao do adversário.

Art. 349. A confissão judicial pode ser


espontânea ou provocada. Da confissão Art. 390. A confissão judicial pode ser
espontânea, tanto que requerida pela espontânea ou provocada.
parte, se lavrará o respectivo termo nos § 1o A confissão espontânea pode ser feita
autos; a confissão provocada constará do pela própria parte ou por representante
depoimento pessoal prestado pela parte. com poder especial.
§ 2o A confissão provocada constará do
termo de depoimento pessoal.
Exibição de documento ou coisa
Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte
exiba documento ou coisa, que se ache em exiba documento ou coisa que se encontre
seu poder. em seu poder.

Art. 356. O pedido formulado pela parte Art. 397. O pedido formulado pela parte
conterá: conterá:
I - a individuação, tão completa quanto I - a individuação, tão completa quanto
possível, do documento ou da coisa; possível, do documento ou da coisa;
II - a finalidade da prova, indicando os fatos II - a finalidade da prova, indicando os fatos
que se relacionam com o documento ou a que se relacionam com o documento ou
coisa; com a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o III - as circunstâncias em que se funda o
requerente para afirmar que o documento requerente para afirmar que o documento
ou a coisa existe e se acha em poder da ou a coisa existe e se acha em poder da
parte contrária. parte contrária.
Exibição de documento ou coisa
Art. 357. O requerido dará a sua resposta Art. 398. O requerido dará sua resposta
nos 5 (cinco) dias subseqüentes à sua nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua
intimação. Se afirmar que não possui o intimação.
documento ou a coisa, o juiz permitirá que o Parágrafo único. Se o requerido afirmar
requerente prove, por qualquer meio, que a que não possui o documento ou a coisa, o
declaração não corresponde à verdade. juiz permitirá que o requerente prove, por
Art. 358. O juiz não admitirá a recusa: qualquer meio, que a declaração não
I - se o requerido tiver obrigação legal de corresponde à verdade.
exibir; Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
II - se o requerido aludiu ao documento ou à I - o requerido tiver obrigação legal de
coisa, no processo, com o intuito de exibir;
constituir prova; II - o requerido tiver aludido ao
III - se o documento, por seu conteúdo, for documento ou à coisa, no processo, com
comum às partes. o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for
comum às partes.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
Prova Documental:

Quaisquer documentos são aptos para provarem fatos alegados pelas partes.

Os documentos podem ser públicos ou privados.

Assim, são admitidos como prova documental cartas, contratos, escrituras,


fotografias, dentre outros documentos.
Prova Documental
Art. 364. O documento público faz prova Art. 405. O documento público faz prova
não só da sua formação, mas também dos não só da sua formação, mas também dos
fatos que o escrivão, o tabelião, ou o fatos que o escrivão, o chefe de secretaria,
funcionário declarar que ocorreram em sua o tabelião ou o servidor declarar que
presença. ocorreram em sua presença.

Art. 408. As declarações constantes do


Art. 368. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou
documento particular, escrito e assinado, somente assinado presumem-se
ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
verdadeiras em relação ao signatário.
Prova Documental

Art. 396. Compete à parte instruir a petição Art. 434. Incumbe à parte instruir a
inicial (art. 283), ou a resposta (art. 297), petição inicial ou a contestação com os
com os documentos destinados a provar- documentos destinados a provar suas
lhe as alegações. alegações.
Prova Documental
Art. 397. É lícito às partes, em qualquer Art. 435. É lícito às partes, em qualquer
tempo, juntar aos autos documentos tempo, juntar aos autos documentos
novos, quando destinados a fazer prova de novos, quando destinados a fazer prova de
fatos ocorridos depois dos articulados, ou fatos ocorridos depois dos articulados ou
para contrapô-los aos que foram para contrapô-los aos que foram
produzidos nos autos. produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a


juntada posterior de documentos formados
após a petição inicial ou a contestação,
bem como dos que se tornaram
conhecidos, acessíveis ou disponíveis após
esses atos, cabendo à parte que os
produzir comprovar o motivo que a
impediu de juntá-los anteriormente e
incumbindo ao juiz, em qualquer caso,
avaliar a conduta da parte de acordo com o
art. 5o.
Prova Documental
Art. 398. Sempre que uma das Art. 398. Sempre que uma das
partes requerer a juntada de partes requerer a juntada de
documento aos autos, o juiz documento aos autos, o juiz
ouvirá, a seu respeito, a outra, ouvirá, a seu respeito, a outra,
no prazo de 5 (cinco) dias. no prazo de 5 (cinco) dias.
Documentos eletrônicos
• Previsão existente apenas no novo Código de Processo Civil.

• Adaptação da legislação aos avanços tecnológicos: regulação de um


tipo de prova que já vinha sendo exaustivamente utilizado no
Judiciário.

Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional


dependerá de sua conversão à forma impressa e da verificação de sua
autenticidade, na forma da lei (Medida Provisória 2200-2/01)

Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico não


convertido, assegurado às partes o acesso ao seu teor.

Art. 441. Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados


com a observância da legislação específica.
Prova Testemunhal
Art. 400. A prova testemunhal é sempre Art. 442. A prova testemunhal é sempre
admissível, não dispondo a lei de modo admissível, não dispondo a lei de modo
diverso. O juiz indeferirá a inquirição de diverso.
testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de
da parte; testemunhas sobre fatos:
II - que só por documento ou por exame I - já provados por documento ou confissão
pericial puderem ser provados. da parte;
II - que só por documento ou por exame
pericial puderem ser provados.
Prova Testemunhal
Art. 405. Podem depor como testemunhas Art. 447. Podem depor como testemunhas
todas as pessoas, exceto as incapazes, todas as pessoas, exceto as incapazes,
impedidas ou suspeitas. (Redação dada pela Lei nº 5.925, impedidas ou suspeitas.
de 1º.10.1973)

§ 1o São incapazes:
§ 1o São incapazes: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973)
I - o interdito por enfermidade ou
I - o interdito por demência; (Redação dada pela Lei nº
5.925, de 1º.10.1973) deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade, ou II - o que, acometido por enfermidade ou
debilidade mental, ao tempo em que retardamento mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ocorreram os fatos, não podia discerni-los,
ou, ao tempo em que deve depor, não está ou, ao tempo em que deve depor, não está
habilitado a transmitir as percepções; (Redação habilitado a transmitir as percepções;
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis)
III - o menor de 16 (dezesseis) anos; (Incluído
anos;
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do IV - o cego e o surdo, quando a ciência do
fato depender dos sentidos que lhes fato depender dos sentidos que lhes
faltam. (Incluído pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) faltam.
Prova Testemunhal
Art. 405. § 2o São impedidos: (Redação dada pela Lei Art.447. § 2o São impedidos:
nº 5.925, de 1º.10.1973)
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente
I - o cônjuge, bem como o ascendente e o
e o descendente em qualquer grau e o
descendente em qualquer grau, ou
colateral, até o terceiro grau, de alguma
colateral, até o terceiro grau, de alguma
das partes, por consanguinidade ou
das partes, por consangüinidade ou
afinidade, salvo se o exigir o interesse
afinidade, salvo se o exigir o interesse
público ou, tratando-se de causa relativa
público, ou, tratando-se de causa relativa
ao estado da pessoa, não se puder obter de
ao estado da pessoa, não se puder obter
outro modo a prova que o juiz repute
de outro modo a prova, que o juiz repute
necessária ao julgamento do mérito;
necessária ao julgamento do mérito; (Redação
dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) II - o que é parte na causa;
II - o que é parte na causa; (Incluído pela Lei nº 5.925, de III - o que intervém em nome de uma
1º.10.1973)
parte, como o tutor__, o representante
III - o que intervém em nome de uma legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado
parte, como o tutor na causa do menor, o e outros que assistam ou tenham assistido
representante legal da pessoa jurídica, o as partes.
juiz, o advogado e outros, que assistam ou
tenham assistido as partes. (Incluído pela Lei nº 5.925,
de 1º.10.1973)
Prova Testemunhal
Art. 405. § 3o São suspeitos: Art. 447. § 3o São suspeitos:
(Redação dada pela Lei nº
5.925, de 1º.10.1973)
I - o inimigo da parte ou o seu amigo
I - o condenado por crime de falso
íntimo;
testemunho, havendo transitado em
julgado a sentença; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
1º.10.1973) II - o que tiver interesse no litígio.

o
II - o que, por seus costumes, não for digno § 4 Sendo necessário, pode o juiz admitir
de fé; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) o depoimento das testemunhas menores,
impedidas ou suspeitas.
III - o inimigo capital da parte, ou o seu
amigo íntimo; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) § 5o Os depoimentos referidos no §
4o serão prestados independentemente de
compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor
IV - o que tiver interesse no litígio. (Redação dada
pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) que possam merecer.
Prova Testemunhal
Art. 406. A testemunha não é obrigada a Art. 448. A testemunha não é obrigada a
depor de fatos: depor sobre fatos:
I – que lhe acarretem grave dano, bem I - que lhe acarretem grave dano, bem
como ao seu cônjuge e aos seus parentes como ao seu cônjuge ou companheiro e
consangüíneos ou afins, em linha reta, ou aos seus parentes consanguíneos ou afins,
na colateral em segundo grau; em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, II - a cujo respeito, por estado ou profissão,
deva guardar sigilo. deva guardar sigilo.
Prova Pericial
Art. 420. A prova pericial Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou
consiste em exame, vistoria avaliação.
ou avaliação. o
§ 1 O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de
Parágrafo único. O juiz técnico;
indeferirá a perícia quando: II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
I - a prova do fato não III - a verificação for impraticável.
depender do conhecimento
especial de técnico; § 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em
II - for desnecessária em vista substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica
de outras provas produzidas; simplificada, quando o ponto controvertido for de menor
complexidade.
III - a verificação for
§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na
impraticável. inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido
da causa que demande especial conhecimento científico ou
técnico.
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter
formação acadêmica específica na área objeto de seu
depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico
de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os
pontos controvertidos da causa.
Prova Pericial
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando Art. 465. O juiz nomeará perito
de imediato o prazo para a entrega do especializado no objeto da perícia e fixará
laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de de imediato o prazo para a entrega do
24.8.1992) laudo.
§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 § 1o Incumbe às partes, dentro de 15
(cinco) dias, contados da intimação do (quinze) dias contados da intimação do
despacho de nomeação do perito: despacho de nomeação do perito:
I - indicar o assistente técnico; I - arguir o impedimento ou a suspeição do
II - apresentar quesitos. perito, se for o caso;
§ 2o Quando a natureza do fato o permitir, II - indicar assistente técnico;
a perícia poderá consistir apenas na III - apresentar quesitos.
inquirição pelo juiz do perito e dos § 2o Ciente da nomeação, o perito
assistentes, por ocasião da audiência de apresentará em 5 (cinco) dias:
instrução e julgamento a respeito das I - proposta de honorários;
coisas que houverem informalmente II - currículo, com comprovação de
examinado ou avaliado. (Redação dada especialização;
pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) III - contatos profissionais, em especial o
endereço eletrônico, para onde serão
dirigidas as intimações pessoais.
Prova Pericial
Sem correspondência. § 3o As partes serão intimadas da proposta de honorários
para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5
(cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-
se as partes para os fins do art. 95.
§ 4o O juiz poderá autorizar o pagamento de até
cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do
perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente
ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e
prestados todos os esclarecimentos necessários.
§ 5o Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz
poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada para
o trabalho.
§ 6o Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á
proceder à nomeação de perito e à indicação de
assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a
perícia.
Prova Pericial
Art. 422. O perito cumprirá Art. 466. O perito cumprirá
escrupulosamente o encargo que lhe foi escrupulosamente o encargo que lhe foi
cometido, independentemente de termo cometido, independentemente de termo
de compromisso. Os assistentes técnicos de compromisso.
são de confiança da parte, não sujeitos a § 1o Os assistentes técnicos são de
impedimento ou suspeição. confiança da parte e não estão sujeitos a
(Redação dada pela Lei nº 8.455, de impedimento ou suspeição.
24.8.1992) § 2o O perito deve assegurar aos
assistentes das partes o acesso e o
acompanhamento das diligências e dos
exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com
antecedência mínima de 5 (cinco) dias.
Prova Pericial
Art. 423. O perito pode escusar-se (art. Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser
146), ou ser recusado por impedimento ou recusado por impedimento ou suspeição.
suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa
ou julgar procedente a impugnação, o juiz Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa
nomeará novo perito. ou ao julgar procedente a impugnação,
(Redação dada pela Lei nº 8.455, de nomeará novo perito.
24.8.1992)
Prova Pericial

Art. 425. Poderão as partes apresentar, Art. 469. As partes poderão apresentar
durante a diligência, quesitos quesitos suplementares durante a
suplementares. Da juntada dos quesitos diligência, que poderão ser respondidos
aos autos dará o escrivão ciência à parte pelo perito previamente ou na audiência
contrária. de instrução e julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte
contrária ciência da juntada dos quesitos
aos autos.
Prova Pericial
Art. 425. Poderão as partes apresentar, Art. 469. As partes poderão apresentar
durante a diligência, quesitos quesitos suplementares durante a
suplementares. Da juntada dos quesitos diligência, que poderão ser respondidos
aos autos dará o escrivão ciência à parte pelo perito previamente ou na audiência
contrária. de instrução e julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte
contrária ciência da juntada dos quesitos
aos autos.

Art. 470. Incumbe ao juiz:


Art. 426. Compete ao juiz: I - indeferir quesitos impertinentes;
I - indeferir quesitos impertinentes; II - formular os quesitos que entender
II - formular os que entender necessários necessários ao esclarecimento da causa.
ao esclarecimento da causa.
Prova Pericial
Sem correspondência Art. 471. As partes podem, de comum acordo,
escolher o perito, indicando-o mediante
requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar
os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a
realização da perícia, que se realizará em data e local
previamente anunciados.
§ 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar,
respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado
pelo juiz.
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os
efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo
juiz.
Prova Pericial

Sem correspondência Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as
partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as
questões de fato, pareceres técnicos ou documentos
elucidativos que considerar suficientes.
Prova Pericial
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
Sem correspondência II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando
ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do
conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz,
pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em
linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou
suas conclusões.
§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação,
bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame
técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes
técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas,
bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos,
fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do
objeto da perícia.
Prova Pericial

Art. 431-A. As partes terão ciência Art. 474. As partes terão ciência
da data e local designados pelo juiz da data e do local designados pelo
ou indicados pelo perito para ter juiz ou indicados pelo perito para
início a produção da ter início a produção da prova.
prova. (Incluído pela Lei nº
10.358, de 27.12.2001)
Prova Pericial
Art. 431-B. Tratando-se de perícia Art. 475. Tratando-se de perícia complexa
complexa, que abranja mais de uma área que abranja mais de uma área de
de conhecimento especializado, o juiz conhecimento especializado, o juiz poderá
poderá nomear mais de um perito e a nomear mais de um perito, e a parte,
parte indicar mais de um assistente indicar mais de um assistente técnico.
técnico.
(Incluído pela Lei nº 10.358, de
27.12.2001)

Art. 476. Se o perito, por motivo


Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo
justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-
dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por lhe, por uma vez, prorrogação pela metade
uma vez, prorrogação, segundo o seu do prazo originalmente fixado.
prudente arbítrio.
Prova Pericial
Art. 433. O perito apresentará o laudo emArt. 477. O perito protocolará o laudo em
cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelojuízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20
menos 20 (vinte) dias antes da audiência (vinte) dias antes da audiência de instrução e
de instrução e julgamento. (Redação dada julgamento.
pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) § 1o As partes serão intimadas para, querendo,
manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo
no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo
Parágrafo único. Os assistentes técnicos
o assistente técnico de cada uma das partes,
oferecerão seus pareceres no prazo
em igual prazo, apresentar seu respectivo
comum de 10 (dez) dias, após intimadas parecer.
as partes da apresentação do § 2o O perito do juízo tem o dever de, no
laudo.(Redação dada pela Lei nº 10.358, prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
de 27.12.2001) I - sobre o qual exista divergência ou dúvida
de qualquer das partes, do juiz ou do órgão
do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do
assistente técnico da parte.
Prova Pericial
Art. 435. A parte, que desejar Art. 477. § 3o Se ainda houver necessidade
esclarecimento do perito e do assistente de esclarecimentos, a parte requererá ao
técnico, requererá ao juiz que mande juiz que mande intimar o perito ou o
intimá-lo a comparecer à audiência, assistente técnico a comparecer à audiência
formulando desde logo as perguntas, sob de instrução e julgamento, formulando,
forma de quesitos. desde logo, as perguntas, sob forma de
Parágrafo único. O perito e o assistente quesitos.
técnico só estarão obrigados a prestar os
esclarecimentos a que se refere este § 4o O perito ou o assistente técnico será
artigo, quando intimados 5 (cinco) dias intimado por meio eletrônico, com pelo
antes da audiência. menos 10 (dez) dias de antecedência da
audiência.

Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de
pericial, podendo formar a sua convicção acordo com o disposto no art. 371,
com outros elementos ou fatos provados indicando na sentença os motivos que o
nos autos. levaram a considerar ou a deixar de
considerar as conclusões do laudo, levando
em conta o método utilizado pelo perito.
Prova Pericial
Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a
ou a requerimento da parte, a realização de requerimento da parte, a realização de nova
nova perícia, quando a matéria não lhe perícia quando a matéria não estiver
parecer suficientemente esclarecida. suficientemente esclarecida.

Art. 438. A segunda perícia tem por objeto § 1o A segunda perícia tem por objeto os
os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira
e destina-se a corrigir eventual omissão ou e destina-se a corrigir eventual omissão ou
inexatidão dos resultados a que esta inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
conduziu.
§ 2o A segunda perícia rege-se pelas
Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3o A segunda perícia não substitui a primeira,
Parágrafo único. A segunda perícia não cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de
substitui a primeira, cabendo ao juiz outra.
apreciar livremente o valor de uma e outra.
Do Perito
Art. 145. Quando a prova do fato depender Art. 156. O juiz será assistido por perito
de conhecimento técnico ou científico, o juiz quando a prova do fato depender de
será assistido por perito, segundo o disposto conhecimento técnico ou científico.
no art. 421. § 1o Os peritos serão nomeados entre os
§ 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais legalmente habilitados e os
profissionais de nível universitário, órgãos técnicos ou científicos devidamente
devidamente inscritos no órgão de classe inscritos em cadastro mantido pelo tribunal
competente, respeitado o disposto no
ao qual o juiz está vinculado.
Capítulo Vl, seção Vll, deste
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais
Código. (Incluído pela Lei nº 7.270, de
10.12.1984)
devem realizar consulta pública, por meio
§ 2o Os peritos comprovarão sua de divulgação na rede mundial de
especialidade na matéria sobre que deverão computadores ou em jornais de grande
opinar, mediante certidão do órgão circulação, além de consulta direta a
profissional em que estiverem universidades, a conselhos de classe, ao
inscritos. (Incluído pela Lei nº 7.270, de Ministério Público, à Defensoria Pública e à
10.12.1984) Ordem dos Advogados do Brasil, para a
indicação de profissionais ou de órgãos
técnicos interessados.
Do Perito
Art. 145. § 3o Nas localidades onde não § 3o Os tribunais realizarão avaliações e
houver profissionais qualificados que reavaliações periódicas para manutenção do
preencham os requisitos dos parágrafos cadastro, considerando a formação
anteriores, a indicação dos peritos será de profissional, a atualização do conhecimento e
livre escolha do juiz. (Incluído pela Lei nº a experiência dos peritos interessados.
7.270, de 10.12.1984) § 4o Para verificação de eventual impedimento
ou motivo de suspeição, nos termos dos arts.
148 e 467, o órgão técnico ou científico
nomeado para realização da perícia informará
ao juiz os nomes e os dados de qualificação
dos profissionais que participarão da
atividade.
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no
cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz
e deverá recair sobre profissional ou órgão
técnico ou científico comprovadamente
detentor do conhecimento necessário à
realização da perícia.
Do Perito
PROVIMENTO CSM Nº 2.306/2015

O CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA, no uso de suas atribuições legais,


RESOLVE:
Art. 1º - A prestação de serviços por peritos, tradutores, intérpretes,
administradores, administradores judiciais em falências e recuperações
judiciais, liquidantes, inventariantes dativos, leiloeiros e outros auxiliares não
funcionários da Justiça Estadual observará o disposto neste Provimento.
Art. 2º - Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos no
cadastro mantido pelo Tribunal de Justiça.
§ 1º - É livre a nomeação do profissional ou órgão técnico ou científico pelo
magistrado e sua contínua obrigação de fiscalizar a atuação do auxiliar da
justiça.
[...]
§ 3º - Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo
tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre
profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do
conhecimento necessário à realização da perícia.
Do Perito
PROVIMENTO CSM Nº 2.306/2015

Art. 4º - Os interessados em prestar os serviços referidos no art. 1º efetuarão


o cadastro e anexarão os documentos, exclusivamente pela Internet, no sítio
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, mediante login e senha.
§1º - O cadastramento será realizado pelo profissional, que incluirá seus
dados de qualificação pessoal, prestará as declarações pertinentes e anexará
os documentos a seguir:
I - currículo com informações sobre formação profissional, foto recente,
qualificação pessoal, técnica ou científica, experiência e área de atuação para
as quais esteja efetivamente apto e e-mail por meio do qual será intimado;
II - cópia de certidões dos distribuidores cíveis, executivos fiscais e criminais
das comarcas da capital e de seu domicílio, relativas aos últimos 10 (dez)
anos;
III - declaração de que não se opõe à vista de seu cadastro e documentos
pelas partes e respectivos advogados e demais interessados, a critério do
juiz.
Do Perito
PROVIMENTO CSM Nº 2.306/2015

§ 2º - O auxiliar indicará os Foros e Varas de interesse e todas as áreas de


atuação a que estiver apto, indicações essas que não vinculam o magistrado.
§ 3º - Somente estará apto a constar da lista de candidatos às nomeações o
auxiliar que preencher integralmente o cadastro, com todos os campos,
declarações e documentos obrigatórios.
§ 4º - Os dados cadastrais, documentos inseridos no sistema, a opção de
Foro/Vara/Área de atuação e as nomeações do auxiliar ficarão disponíveis em
ambiente de Intranet aos magistrados e funcionários autorizados.
§ 5º - Os documentos referidos no § 1º poderão ser substituídos por atestado
de cadastramento expedido pelos órgãos oficiais de classe a que pertençam
os profissionais mencionados no art. 1º, mediante prévio convênio a ser
celebrado com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
§ 6º - O juiz do processo, a seu critério, poderá solicitar outros documentos
do auxiliar da justiça.
Do Perito
PROVIMENTO CSM Nº 2.306/2015 (09/118/2015)

Art. 7º - Sendo urgente a realização da nomeação ou da perícia e


evidenciado o interesse público, o perito ou o profissional nomeado,
excepcionalmente, poderá ser autorizado a providenciar o cadastro e a
documentação referida no art. 4º até a entrega do laudo.
Art. 8º - O interessado, no prazo máximo de 2 (dois) anos, deverá atualizar
toda a documentação mencionada no art. 4º, inc. II, além de juntar outros
documentos de seu interesse, sob pena de impedimento de novas
nomeações.
Art. 9º - Os peritos serão intimados da nomeação e demais atos pelo e-mail
fornecido e deverão confirmar o recebimento do correio eletrônico no prazo
de 5 (cinco) dias da sua emissão, sob pena de destituição.
Art. 10 - São deveres do perito e dos demais auxiliares da justiça a
observância das determinações judiciais e o estrito cumprimento dos prazos
legais.
Do Perito
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o
o ofício, no prazo que lhe assina a lei, ofício no prazo que lhe designar o juiz,
empregando toda a sua diligência; pode, empregando toda sua diligência, podendo
todavia, escusar-se do encargo alegando escusar-se do encargo alegando motivo
motivo legítimo. legítimo.

Parágrafo único. A escusa será § 1o A escusa será apresentada no prazo de


apresentada, dentro de cinco (5) dias 15 (quinze) dias, contado da intimação, da
contados da intimação, ou do suspeição ou do impedimento
impedimento superveniente ao supervenientes, sob pena de renúncia ao
compromisso, sob pena de se reputar direito a alegá-la.
renunciado o direito a alegá-la (art. 423). § 2o Será organizada lista de peritos na vara
ou na secretaria, com disponibilização dos
documentos exigidos para habilitação à
consulta de interessados, para que a
nomeação seja distribuída de modo
equitativo, observadas a capacidade técnica
e a área de conhecimento.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
 Substituição do Perito

• “[...] o perito trabalha, gasta com fotos, transporte, instrumental, papel,


computador, digitador e se vê obrigado a enfrentar tais despesas com
numerário que não recebeu e nem receberá. Ao que parece, “data vênia”,
ainda não atentou para tal situação. Porquanto, a mantê-la, os peritos
passarão a pagar para trabalhar. E os bons e honestos não poderão mais
aceitar nomeações. Assim, como alerta, pondere-se do cuidado que se deve
dar a problemas semelhantes, eis que os bons peritos, na realidade,
propiciam ao magistrado esclarecimentos, sem os quais, impossível se
torna o julgamento. Acaso se entenda elevada a honorária pretendida, o
magistrado deve substituir o perito simplesmente, por isso da importância
de se determinar que o profissional ‘estime sua honorária’. Desta feita, deve
ser acolhido o agravo para o fim de ser cancelada a multa imposta ao
perito-agravante, face à desistência justificada de honrar o encargo. Por tais
fatos, dá-se provimento ao recurso”.
Do Perito

Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa,
prestar informações inverídicas, prestar informações inverídicas responderá
responderá pelos prejuízos que causar à pelos prejuízos que causar à parte e ficará
parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, inabilitado para atuar em outras perícias no
a funcionar em outras perícias e incorrerá prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos,
na sanção que a lei penal estabelecer. independentemente das demais sanções
previstas em lei, devendo o juiz comunicar o
fato ao respectivo órgão de classe para
adoção das medidas que entender cabíveis.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

• Questão controversa:

• Pode o corretor de imóveis ser perito judicial


avaliador?
Prova Pericial no Direito Imobiliário
Contra a nomeação de corretores de imóveis para
avaliação de bens:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


INVENTÁRIO. PROVA PERICIAL AVALIAÇÃO DE IMÓVEL
NOMEAÇÃO DE ENGENHEIRO CIVIL POSSIBILIDADE
ATRIBUIÇÃO PRIVATIVA ELENCADA NA ALÍNEA C DO
ARTIGO 7º DA LEI Nº 5.194/66. Agravo desprovido.
Segundo a alínea c do artigo 7º da Lei nº 5.194/66 a
função de avaliar imóveis é prerrogativa do
engenheiro civil, arquiteto e engenheiro. O corretor
de imóveis não está habilitado para exercer a função
de avaliador, privativa, por lei, dos profissionais
inscritos no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA).
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• A favor da nomeação:

• “Na execução, a avaliação não precisa, necessariamente, ser feita por especialista
com nível superior de escolaridade adequada ao conhecimento científico do bem
avaliado, principalmente tendo-se em conta que nos negócios comuns praticados
no dia a dia as partes não se socorrem de tais especialistas. Dificilmente comprador
e vendedor irão contratar serviços de engenheiros civis para só após obtido laudo
técnico assinarem o contrato de venda e compra. Além disso, tratando-se de imóvel,
é de conhecimento ordinário a competência dos corretores para, fundados em sua
prática, darem o seu valor. A respeito do tema, ementa do acórdão da Quarta Turma
do STJ, relatado pelo Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, em 5 de agosto de 1999,
proferido no REsp 130.790/RS, faz constar: "A determinação do valor de
um imóvel depende principalmente do conhecimento do mercado imobiliário local
e das características do bem, matéria que não se restringe às áreas de
conhecimento de engenheiro, arquiteto ou agrônomo, podendo ser aferida por
outros profissionais" - Não é outra a interpretação que deve ser extraída do art. 680
do CPC, na redação dada pela Lei 11.382, de 6 de dezembro de 2006, o qual
possibilita que a avaliação se faça por oficial de justiça, ou mesmo que seja aceito o
valor estimado pelo próprio executado ao oferecer o bem à penhora. Agravo
provido.” (Tribunal de Justiça de São Paulo, AI 2047690-06.2014.8.26.0000, Rel. Lino
Machado, j. 14 de Maio de 2014).
Prova Pericial no Direito Imobiliário
• Novo Código de Processo Civil:

Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça.


Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos
especializados e o valor da execução o comportar, o
juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior
a 10 (dez) dias para entrega do laudo.
Art. 873. É admitida nova avaliação quando:
I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a
ocorrência de erro na avaliação ou dolo do avaliador;
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve
majoração ou diminuição no valor do bem;
III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído
ao bem na primeira avaliação.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
 Honorários do Perito

• Determina o artigo 11 do Provimento nº 797/2003, do Conselho Superior da


Magistratura do Tribunal de Justiça de São Paulo:

• “A remuneração de perito, intérprete, tradutor, liquidante, administrador,


comissário, síndico ou inventariante dativo será fixada pelo juiz em despacho
fundamentado, ouvidas as partes e, se atuante, o Ministério Público, à vista da
proposta de honorários apresentada, considerados o local da prestação de
serviços, a natureza, a complexidade, o tempo necessário à execução do
trabalho e o valor de mercado para a hora trabalhada, sem prejuízo do
disposto no artigo 33 do Código de Processo Civil.”
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
 Honorários do Perito

• Tabela do IBAPE/SP.

• O Tribunal de Justiça de São Paulo já determinou que “para fixação de


salário definitivo do perito judicial, deve-se levar em consideração, não só
a tabela do Ibape/sp, mas também outros critérios, dentre os quais a
relevância e a dificuldade do trabalho e o tempo consumido, sem deixar de
examinar, inclusive, a condição financeira das partes e o valor da causa”.
Tribunal de Justiça de São Paulo, Ag. 277699, Rel. Juiz Renzo Leonardi, j. 25
de Outubro de 1990, BolAASP 1766/1.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
 Novo CPC – Quem paga os honorários do Perito?

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que


houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver
requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou
requerida por ambas as partes.
§ 1o O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos
honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.
§ 2o A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida
monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4o.
Impedimento e Suspeição do Perito
 Não poderá atuar o Perito que:

a) for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus


advogados;
b) que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das
partes do objeto da causa ou que subministrar meios para atender
às despesas do litígio;
c) quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes;
d) interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes;
e) quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
Impedimentos e Suspeição do Perito
Impedimentos e Suspeição do Perito

Sogra é sogra para sempre!


Prova Pericial no Direito Imobiliário
Código Civil
• Lei Material

• Índice:
• Parte geral:
• Das pessoas
• Dos bens
• Fatos jurídicos
• Parte Especial
• Do Direito das Obrigações
• Do Direito de Empresa
• Do Direito da Coisas
• Do Direito de Família
• Do Direito das Sucessões

• Livro complementar das disposições finais e transitórias


Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Contratos:

• Conceito:

• O contrato é considerado como a fonte de obrigação mais comum e


importante, em virtude de suas diversas formas e repercussões na
esfera jurídica. Ele é uma espécie de negócio jurídico, o qual exige a
participação de no mínimo duas pessoas (jurídica ou física), para fins
de sua formação.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Contratos típicos: são aqueles previstos e descritos na lei.
• Exemplos:
• Contrato de compra e venda (art. 481 e ss. do CC);
• Troca (art. 533, CC);
• Estimatório (art. 534/537, do CC);
• Doação (art. 538 ess., do CC);
• Locação (art. 565 e ss., CC);
• Empréstimo (art. 579 e ss., do CC);
• Depósito (art. 627 e ss., do CC);
• Mandato (art. 653 e ss., do CC);
• Comissão (art. 693 e ss., do CC);
• Corretagem (art. 722 e ss., do CC);
• Transporte (art. 730 e ss., do CC).
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• TÍTULO IV
Do Inadimplemento das Obrigações
• CAPÍTULO I
Disposições Gerais
• Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
• Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente
desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
• Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do
devedor.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• RESPONSABILIDADE CIVIL

• A responsabilidade civil no direito brasileiro tem como principal


fundamento a culpa. Nos termos do artigo 186 do Código Civil:
• “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
• Assim, a regra geral é que há responsabilidade civil sempre quando o
agente age com culpa. Quando há necessidade da comprovação da culpa, a
responsabilidade chama-se responsabilidade subjetiva.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• RESPONSABILIDADE CIVIL

• No entanto, em algumas situações, tal como no Código de Defesa do


Consumidor, pode existir a responsabilidade civil mesmo que não haja
culpa. O que se exige apenas é a comprovação da existência do dano e o
nexo causal entre o ato causado e o dano. É a chamada responsabilidade
civil objetiva, presente no artigo 14 do mencionado diploma legal:

• Art. 14. do Código de Defesa do Consumidor O fornecedor de serviços


responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Elementos da Responsabilidade Civil.

• Responsabilidade Civil Objetiva X Responsabilidade Civil Subjetiva.

• Responsabilidade Subjetiva:
• Culpa Civil:
• Ato ilícito:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Elementos da Responsabilidade Civil.

• Responsabilidade Civil Subjetiva

• culpa do agente;
• nexo causal entre a conduta e o resultado;
• O dano.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Elementos da Responsabilidade Civil.

• Responsabilidade Civil Subjetiva

• Danos:

• Podem ser materiais e morais.

• Com relação aos danos materiais, deve ser observado aquilo que a “vítima”
perdeu com o dano e o que deixou de lucrar (lucros cessantes).

 Os danos também podem ser morais.


Engenharia Legal
• Responsabilidade Solidária
Engenharia Legal
• Excludentes do nexo causal:

A) culpa ou fato exclusivo da vítima;


B) Culpa ou fato exclusivo do terceiro;
C) Caso fortuito e força maior.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Prazos de Responsabilidade Civil na Construção Civil

Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras


construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução
responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e
segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da
obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, nos cento e
oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.

• “Súmula 194: Prescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor,


indenização por defeitos da obra”.

• Início da contagem: “O termo inicial do prazo prescricional é a data do


conhecimento das falhas construtivas”.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Vida útil:

Nos termos do Resp 984.106-SP, restou asseverado


que “em se tratando de vício oculto não decorrente
do desgaste natural gerado pela fruição ordinária do
produto, mas da própria fabricação, e relativo a
projeto, cálculo estrutural, resistência de materiais,
entre outros, o prazo para reclamar pela reparação
se inicia no momento em que ficar evidenciado o
defeito, não obstante tenha isso ocorrido depois de
expirado o prazo contratual de garantia, devendo
ter-se sempre em vista o critério da vida útil do
bem”.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

• Quais os prazos de vida útil das construções?

• A norma de desempenho pode auxiliar?


Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Responsabilidade Civil dos Agentes Financeiros pelos
vícios construtivos

Ponto controverso:

Os agentes financeiros devem responder de forma


solidária com os construtores pelos vícios
construtivos de uma determinada obra?
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Responsabilidade Civil dos Agentes Financeiros pelos
vícios construtivos

No Tribunal Regional da 3ª Região (São Paulo e Mato


Grosso do Sul), os julgados consultados determinam a
isenção de responsabilidade da CEF quando o
financiamento é regido pelo SFH. Nessa senda,
acórdão de relatoria do Desembargador José
Lunardelli ressaltou que “na qualidade de agente
financeiro para aquisição de imóvel já pronto, cabe à
CEF realizar diligências relacionadas ao financiamento
bancário, não assumindo responsabilidade
relacionada à construção do imóvel. [...] Não tendo o
agente financeiro nenhuma responsabilidade por
eventual vício ou desvalorização do bem (...)”
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
• Responsabilidade Civil dos Agentes Financeiros pelos vícios
construtivos

Da mesma forma, no Tribunal Regional Federal da 2ª


Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) a maioria dos
julgados que consultamos também determina a exclusão
da CEF do polo passivo das ações que cuidam de vícios
construtivos, no SFH: “não se justifica a presença da CEF,
que é mera financiadora do empreendimento imobiliário,
no polo passivo da demanda. [...] Não há como imputar a
responsabilidade por vícios da obra à CEF, já que ela não
tem nenhuma ingerência no processo de construção, nem
mesmo participa de nenhuma fase da construção. Apenas
libera os recursos de acordo com o projeto e um
cronograma previamente definido”
Prova Pericial no
Direito Imobiliário
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Alagoas, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe), por
seu turno, possui entendimento favorável à
responsabilidade solidária da CEF nas ações de vícios
construtivos oriundos do SFH. Em verdade, não
localizamos nenhum julgado em sentido contrário.
Segundo acórdão de relatoria do Rel. Des. Geraldo
Apoliano: “a CEF, detém legitimidade passiva ad causam
para responder, em ação ajuizada pelo mutuário do SFH,
vinculado ao FCVS, pelos problemas estruturais de
edificação cuja aquisição financiou, especialmente por
atuar como agente executor de políticas federais para a
promoção de moradia para pessoas de baixa ou baixíssima
renda”.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

• O Superior Tribunal de Justiça, por seu turno,


possui entendimento majoritário contrário aos
julgados dos Tribunais Regionais Federais da 2ª e
3ª Região, mas no mesmo sentido dos julgados
do Tribunal Regional Federal da 5a Região. A
maioria dos julgados consultados entende pela
legitimidade da CEF figurar no polo passivo das
demandas em que se discute vício das
construções do SFH.
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

• Em acórdão de relatoria do Ministro Luis Felipe


Salomão, destacou-se que “o entendimento
predominante na jurisprudência desta Corte é
no sentido de que o agente financeiro, nos
contratos de mútuo submetidos ao Sistema
Financeiro da Habitação, responde
solidariamente com a empresa seguradora pelos
vícios de construção de imóvel”
Prova Pericial no
Direito Imobiliário

• Estudo de casos concretos!

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