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AULA 07

Disciplina: HIDROLOGIA
Engenharia Civil

1
Tipos de Escoamento na bacia

• Escoamento superficial

• Escoamento sub-superficial

• Escoamento subterrâneo
Processos da
evap parte terrestre
chuva
do ciclo
hidrológico
Interceptação

Depressões

Infiltração
Escoamento
superficial

Armazenamento Escoamento
no solo Sub-superficial

Percolação

Vazão no rio
Armazenamento Escoamento
no subsolo Subterrâneo
• Depois da chuva: Escoamento sub-superficial e
escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem: apenas escoamento subterrâneo

Camada saturada
• Estiagem muito longa = rio seco
Rios intermitentes

Camada saturada
Áreas Impermeáveis
 Telhados
 Ruas
 Passeios

• Geração de escoamento superficial é quase imediata


• Infiltração é quase nula
Áreas de capacidade de
infiltração limitadas
 Gramados
 Solos Compactados
 Solos muito argilosos

• Capacidade de infiltração é baixa


Intensidade da chuva x
capacidade de infiltração
Precipitação

Escoamento

Infiltração

Infiltração

tempo
• Considere chuva com
intensidade constante
• Infiltra completamente no
início
• Gera escoamento no fim
Precipitação
Infiltração

início do escoamento

volume escoado
intensidade da chuva

capacidade de infiltração

tempo

volume infiltrado
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Infiltração
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Solo saturado
Escoamento em áreas
de solo saturado
Precipitação

Escoamento

Solo saturado
Hidrograma

Representação gráfica da vazão


ao longo do tempo
Hidrograma

• O hidrograma é o gráfico que relaciona a vazão ao


tempo e é o resultado da interação de todos os
componentes do ciclo hidrológico.
• A forma do hidrograma depende de um
grande número de fatores e os mais
importantes são:
• Relevo
• Cobertura da bacia
• Modificações artificiais no rio
• Distribuição, duração e intensidade da
precipitação
• Solo
• Relevo (densidade de drenagem, declividade
do rio e da bacia, capacidade de
armazenamento e forma). Bacias íngremes e
com boa drenagem têm hidrogramas
íngremes com pouco escoamento de base.
Bacias com grandes áreas de extravasamento
tendem a regularizar o escoamento e reduzir o
pico. Bacias mais circulares antecipam e têm
picos de vazões maiores do que bacias
alongadas.
• Cobertura da Bacia : cobertura vegetal tende
a retardar o escoamento e aumentar perdas
por evaporação.
• • Modificações artificiais no rio : reservatórios
de regularização reduzem os picos, enquanto
canalizações podem aumentar os picos.
• Distribuição, duração e intensidade da
precipitação : Chuvas deslocando-se de
jusante para montante geram hidrogramas
com picos menores (eventualmente dois
picos). As chuvas convectivas de grande
intensidade e distribuídas numa pequena
área, podem provocar as grandes enchentes
em pequenas bacias. Para bacias grandes , as
chuvas frontais são mais importantes.
• • Solo : Interfere na quantidade de chuva
transformada em chuva efetiva.
Chuva de curta duração

15 minutos tempo

tempo
Hidrograma 1
Hidrograma 2
Hidrograma 3
Hidrograma 4
Hidrograma 5
Hidrograma 6
Hidrograma 7
Hidrograma 8
Hidrograma 9
Hidrograma 10
Hidrograma 11
Hidrograma 12
Hidrograma 13
Hidrograma 14
Hidrograma 15
Hidrograma 16
• Tempo de retardo (tl) “Definido como o
intervalo de tempo entre o centro de massa
da precipitação e o centro de gravidade do
hidrograma.”(Tucci, 1993)
• Tempo do pico (tp) “É o intervalo de tempo
entre o centro de massa da precipitação e o
pico de vazões do hidrograma.”(Tucci, 1993)
• Tempo de concentração (tc) “Tempo de
concentração relativo a uma dada seção de
um curso de água é o intervalo de tempo
contado a partir do início da precipitação para
que toda a bacia hidrográfica correspondente
passe a contribuir na seção de estudo.
Corresponde à duração da trajetória da
partícula de água que demore mais tempo
para atingir a seção por escoamento
superficial direto.”(Souza Pinto, 1976)
• Tempo de ascensão (tm) “É o tempo entre o
início da chuva e o pico do hidrograma.”(Tucci,
1993)
• Tempo de base (tb) “É o intervalo de tempo de
duração do escoamento superficial direto,
corresponde ao trecho AC. Figura 1.2
• Tempo de recessão (te) É o intervalo de
tempo entre a vazão máxima e o ponto C
(caracterizado pelo término do escoamento
superficial).
Formação do Hidrograma
1 – Início do escoamento superficial
2 – Ascensão do hidrograma
3 3 – Pico do hidrograma
4 – Recessão do hidrograma
5 – Fim do escoamento superficial
6 – Recessão do escoamento subterrâneo

2
4
Superficial
e
5
Sub-superficial
6
1
Escoamento subterrâneo
Formação do Hidrograma

pico

Superficial
e recessão
Sub-superficial

Escoamento subterrâneo
• Método 1: extrapole a curva de recessão a
partir do ponto C até encontrar o ponto B,
localizado abaixo da vertical do pico. Ligue os
pontos A, B e C. O volume acima da reta ABC é
o escoamento superficial e o volume abaixo é
o escoamento subterrâneo;
• Método 2: este é o método mais simples, pois
basta ligar os pontos A e C por uma reta;
Método 3: o método consiste em extrapolar a
tendência anterior ao ponto A até a vertical do
pico, encontrando o ponto D. Ligando os
pontos D e C obtém-se a separação dos
escoamentos.
Forma do Hidrograma
Bacia montanhosa
Q

Bacia plana

tempo
Forma do Hidrograma

Bacia urbana
Q

Bacia rural

tempo

Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido


Forma da bacia x hidrograma

Bacia circular
Q

Bacia alongada

tempo
Forma da bacia X
Forma do hidrograma

tempo
Escoamento Superficial

• Estimativas de escoamento superficial com


base na chuva
Cálculos de Separação
de Escoamento

• Para saber como a bacia vai responder à chuva é


importante saber as parcelas de água que vão atingir os
rios através de cada um dos tipos de escoamento.

• Em muitas aplicações o escoamento superficial é o mais


importante
– Vazões máximas
– Hidrogramas de projeto
– Previsão de cheias

• Métodos simplificados x modelos mais complexos


Precipitação

tempo

tempo
Escoamento
Infiltração

tempo

tempo
Escoamento
Infiltração

tempo

infiltração decresce
durante o evento
P de chuva

tempo
Escoamento
Infiltração

tempo

parcela que não


P infiltra é responsável
pelo aumento da
vazão no rio
Q

tempo
Como calcular?

• Usar métodos simplificados:


– capacidade de infiltração constante
– infiltração proporcional à intensidade de chuva
– método SCS
Como calcular?
Escoamento
Infiltração

tempo

Infiltração constante
P

tempo
Como calcular?
Escoamento
Infiltração

tempo

Infiltração proporcional
P

tempo
Como calcular?
Escoamento
Infiltração

tempo

Método SCS:

P Perdas iniciais
+
Q Infiltração diminuindo

tempo
Como estimar?
• Um dos métodos mais simples e mais
utilizados para estimar o volume de
escoamento superficial resultante de um
evento de chuva é o método desenvolvido
pelo National Resources Conservatoin Center
dos EUA (antigo Soil Conservation Service –
SCS).
• SCS - Consiste em duas etapas: (a) separação
do escoamento; (b) cálculo do hidrograma.
Método do Soil
Conservation Service

• Simples
• Valores de CN tabelados para diversos tipos de solos
e usos do solo
• Utilizado principalmente para projeto em locais sem
dados de vazão
• Usar com chuvas de projeto (eventos relativamente
simples e de curta duração)
Método SCS

• Método SCS (Separação do escoamento)


Q = escoamento em mm (Pef)

Q
P  Ia 2 quando P  Ia
P = chuva acumulada em mm

P  Ia  S 
Ia = Perdas iniciais
S = parâmetro de armazenamento

Q0 quando P  Ia
Valores de CN:
S
Ia 
5
25400
S  254
CN
• A parcela da chuva que se transforma em
escoamento superficial é chamada chuva
efetiva.
Chuva efetiva
Infiltração

tempo

tempo
Método do SCS

Perdas iniciais = 0,2 . S

25400
S  254
CN
CN tabelado de acordo com tipo de solo e
características da superfície

0 < CN < 100


Exemplo
Qual é a lâmina escoada superficialmente durante
um evento de chuva de precipitação total P=70 mm
numa bacia do tipo B e com cobertura de florestas?
A bacia tem solos do tipo B e está coberta por florestas. Conforme a
tabela anterior o valor do parâmetro CN é 63 para esta combinação. A
partir deste valor de CN obtém-se o valor de S:
25400
S  254  149,2 mm
CN
A partir do valor de S obtém-se o valor de Ia= 29,8. Como P > Ia, o
escoamento superficial é dado por:
( P  Ia )2
Q  8,5 mm
( P  Ia  S)
Portanto, a chuva de 70 mm provoca um escoamento de 8,5 mm.
Método do Hidrograma Unitário
• Hidrograma Unitário é o hidrograma resultante de
um escoamento superficial unitário (1 mm, 1cm, 1
polegada) gerado por uma chuva uniforme
distribuída sobre a bacia hidrográfica, com
intensidade constante de certa duração.
• Para uma dada duração de chuva, o hidrograma
constitui uma característica própria da bacia; ele
reflete as condições de deflúvio para o
desenvolvimento da onda de cheia.
• Neste curso não será abordado com mais
propriedade esse tópico.
Modelos Chuva-Vazão Não Calibrados
• Método Racional
• A estimativa da vazão do escoamento produzido pelas chuvas
em determinada área é fundamental para o
dimensionamento dos canais coletores, interceptores ou
drenos.
• Existem várias equações para estimar esta vazão.
• Seu uso é limitado a pequenas áreas (até 80 ha).
• Este método é utilizado quando se tem muitos dados de
chuva e poucos dados de vazão.
• A equação racional estima a vazão máxima de escoamento de
uma determinada área sujeita a uma intensidade máxima de
precipitação, com um determinado tempo de concentração, a
qual é assim representada:
Método Racional Modificado
Modelos de escoamento superficial

• Classificados em:
• Lineares e não-lineares
• Empíricos e conceituais

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