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DIREITO

ELEITORAL
Prof. Fabiano Pereira
@fabianopereiraprof
01. (FGV | Juiz Substituto – TJ PE| 2022) A Justiça Eleitoral caracteriza-se por princípios que a
diferenciam da justiça comum. Em relação à Justiça Eleitoral, é correto afirmar que:
A. os princípios da celeridade e da segurança jurídica são incompatíveis com o instituto da
preclusão;
B. é inaplicável o princípio da responsabilidade solidária na apuração dos excessos na
propaganda eleitoral;
C. as regras de desincompatibilização e a proibição da captação ilícita do sufrágio são
manifestações do princípio da lisura eleitoral;
D. pelo princípio da autonomia partidária, não existe vedação a que o partido político receba
recursos financeiros de governos estrangeiros;
E. o sistema jurídico eleitoral visa preservar valores que se referem à legitimidade das
eleições e à liberdade do eleitor, por isso, as nulidades no ato da votação, independentemente
de impugnação, devem ser conhecidas.

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Código Eleitoral, art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a responsabilidade dos
partidos e por eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos praticados pelos seus
candidatos e adeptos.

Código Eleitoral, art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não tiver havido
impugnação perante a mesa receptora, no ato da votação, contra as nulidades arguidas.

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02. (FGV | Juiz Substituto – TJ PE| 2022) A Justiça Eleitoral atua para garantir o exercício da
democracia, cuidando de estabelecer diretrizes ético-jurídicas para que o processo eleitoral se
desenvolva num clima de tolerância democrática.
Com relação às funções desempenhadas pela Justiça Eleitoral, é correto afirmar que:
A. a Justiça Eleitoral não desempenha função consultiva;
B. a função administrativa da Justiça Eleitoral tem por objetivo solucionar o conflito de
interesses em matéria eleitoral;
C. a consulta prevista no Art. 23, inciso XII, do Código Eleitoral não se restringe à matéria
eleitoral;
D. a vedação de agir de ofício se aplica aos juízes eleitorais tanto no desempenho da função
jurisdicional quanto no da função administrativa;
E. no exercício da função normativa, o Tribunal Superior Eleitoral tem competência para
emitir Resoluções e outros atos normativos de caráter genérico em matéria eleitoral.
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Súmula 18 TSE - Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral
para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/1997.

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03. (FGV | OAB | 2022) Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos políticos federais e
estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que estabelece diversas
alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insurgem, alegando ser
inconstitucional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição. Afirmam que uma nova lei
eleitoral não pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso contrariaria o princípio da
anterioridade. No que tange à discussão referida, a possibilidade de a referida lei produzir
efeitos já nas próximas eleições é
A. constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a data da
realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela Constituição Federal.
B. inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação eleitoral,
nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.
C. inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir a
ocorrer por via do poder constituinte derivado reformador.
D. constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite
temporal para a realização de alteração no processo eleitoral.
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04. (FGV | Juiz substituto - TJMG | 2022) Sobre juiz eleitoral e Ministério Público Eleitoral,
assinale a resposta correta.
A. O juiz eleitoral é nomeado entre juízes de direito (justiça estadual), em sistema de rodízio
(nas zonas eleitorais onde haja mais de um juiz), por um biênio. O promotor de justiça eleitoral é
nomeado entre promotores de justiça (Ministério Público estadual), em sistema de rodízio (nas
zonas eleitorais onde haja mais de um promotor de justiça), por um biênio.
B. O juiz eleitoral é nomeado entre juízes de direito (justiça estadual), em sistema de rodízio
(nas zonas eleitorais onde haja mais de um juiz), por um biênio; nas capitais dos estados e nas
cidades onde haja varas da Justiça Federal, as funções de juiz eleitoral serão distribuídas
igualitariamente entre juízes estaduais e juízes federais. O promotor de justiça eleitoral é
nomeado entre promotores de justiça (Ministério Público estadual), em sistema de rodízio (nas
zonas eleitorais onde haja mais de um promotor de justiça), por um biênio; nas capitais dos
estados e nas cidades onde haja varas da Justiça Federal, as funções do Ministério Público
eleitoral serão distribuídas igualitariamente entre promotores de justiça (Ministério Público
estadual) e procuradores da República (Ministério Público federal).
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04. (FGV | Juiz substituto - TJMG | 2022) Sobre juiz eleitoral e Ministério Público Eleitoral,
assinale a resposta correta.
C. O juiz eleitoral é nomeado entre juízes de direito (justiça estadual), em sistema de rodízio
(nas zonas eleitorais onde haja mais de um juiz), por um biênio; nas capitais dos estados e nas
cidades onde haja mais de 200 mil eleitores, as funções de juiz eleitoral serão distribuídas
igualitariamente entre juízes estaduais e juízes federais. O promotor de justiça eleitoral é
nomeado entre promotores de justiça (Ministério Público estadual), em sistema de rodízio (nas
zonas eleitorais onde haja mais de um promotor de justiça), por um biênio; nas capitais dos
estados e nas cidades onde haja mais de 200 mil eleitores, as funções do Ministério Público
eleitoral serão distribuídas igualitariamente entre promotores de justiça (Ministério Público
estadual) e procuradores da República (Ministério Público federal).
D. O juiz eleitoral é nomeado entre juízes de direito (justiça estadual), em sistema de rodízio
(nas zonas eleitorais onde haja mais de um juiz), por um biênio. As funções do Ministério Público
Eleitoral, junto às zonas eleitorais, em face do princípio da indivisibilidade do Ministério Público,
são distribuídas igualitariamente, em sistema de rodízio, por um biênio, entre promotores de
justiça
Prof. (Ministério Público estadual) e procuradores da República (Ministério Público federal).
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05. (FGV | Promotor de Justiça | 2022) SA Constituição da República de 1988 trouxe nova configuração ao
Ministério Público, cumprindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis, sendo integrado pelo Ministério Público da União e Ministério Público dos
Estados. Com relação ao Ministério Público Eleitoral, é correto afirmar que:
A. a Lei Complementar nº 75, de 20/05/1993, atribuiu ao Ministério Público Federal Eleitoral, com
exclusividade, oficiar junto à Justiça Eleitoral, tanto na primeira instância quanto nos Tribunais Eleitorais, em
todas as fases do processo eleitoral;
B. pelos princípios da delegação e da cooperação, a prerrogativa de oficiar perante os juízos eleitorais
pode ser delegada ao Ministério Público de primeira instância dos Estados e do Distrito Federal;
C. o Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para promover ação penal pública por crimes contra a
legislação eleitoral e ações públicas para proteger a normalidade das eleições e atuar contra o abuso do
poder político ou econômico, mas não tem legitimidade para a propositura de recurso contra a expedição de
diploma;
D. aplicam-se às funções eleitorais os princípios de independência funcional e unidade do Ministério
Público e a garantia de vitaliciedade;
E. aplica-se ao processo eleitoral, supletivamente, o Código de Processo Civil, incluindo os prazos em
dobro previstos ao Ministério Público.
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05. (FGV | Promotor de Justiça | 2022) A Constituição da República de 1988 trouxe nova configuração ao
Ministério Público, cumprindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis, sendo integrado pelo Ministério Público da União e Ministério Público dos
Estados. Com relação ao Ministério Público Eleitoral, é correto afirmar que:
A. a Lei Complementar nº 75, de 20/05/1993, atribuiu ao Ministério Público Federal Eleitoral, com
exclusividade, oficiar junto à Justiça Eleitoral, tanto na primeira instância quanto nos Tribunais Eleitorais, em
todas as fases do processo eleitoral;
B. pelos princípios da delegação e da cooperação, a prerrogativa de oficiar perante os juízos eleitorais
pode ser delegada ao Ministério Público de primeira instância dos Estados e do Distrito Federal;
C. o Ministério Público Eleitoral tem legitimidade para promover ação penal pública por crimes contra a
legislação eleitoral e ações públicas para proteger a normalidade das eleições e atuar contra o abuso do
poder político ou econômico, mas não tem legitimidade para a propositura de recurso contra a expedição de
diploma;
D. aplicam-se às funções eleitorais os princípios de independência funcional e unidade do Ministério
Público e a garantia de vitaliciedade;
E. aplica-se ao processo eleitoral, supletivamente, o Código de Processo Civil, incluindo os prazos em
dobro previstos ao Ministério Público.
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06. (FGV | Oficial de Justiça avaliador - TJDFT | 2022) No caso de conexão entre crime de
competência da Justiça Comum Federal, crime da Justiça Comum Estadual e crime eleitoral
que venha a ser declarado prescrito, a competência para processo e julgamento dos
crimes conexos será da:
A. Justiça Eleitoral;
B. Justiça Federal;
C. Justiça Federal e da Justiça Estadual, com separação obrigatória;
D. Justiça Federal e da Justiça Estadual, com separação facultativa;
E. Justiça Estadual.

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A Justiça Eleitoral é competente para processar e julgar crime comum conexo com crime
eleitoral, ainda que haja o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva do delito
eleitoral. STF. 2ª Turma. RHC 177243/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em
29/6/2021

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07. (FGV | Juiz substituto - TJPR | 2023) Tício pretendia ser candidato a vereador no Município Beta,
pelo Partido Alfa. Mévio, presidente do Partido Político Alfa, não permitiu que Tício participasse da
convenção partidária, alegando diversos problemas, inclusive, que ele não seria um candidato com
efetivas chances de vitória. Indignado, Tício impetrou mandado de segurança.
Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada, é correto afirmar que:
A. havendo reflexos diretos no processo eleitoral, o mandado de segurança deve ser impetrado
perante a Justiça Eleitoral;
B. o mandado de segurança, na hipótese descrita, deve ser impetrado perante a Justiça estadual,
tratando-se de ação envolvendo assunto interna corporis de partido político;
C. na hipótese de conflito de competência sobre o mandado de segurança impetrado, o Tribunal
julgador será o Tribunal Superior Eleitoral;
D. na hipótese versada, é incabível a impetração de mandado de segurança, uma vez que não se
estende à presidência de partido a qualidade de autoridade coatora;
E. na hipótese de conflito de competência sobre o mandado de segurança impetrado, o Tribunal
julgador será o Supremo Tribunal Federal.
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CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
(...) d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o",
bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

Lei 12.016/09, Art. 1º, § 1º. Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes
ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes
de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no
que disser respeito a essas atribuições.

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08. (FGV | Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2018) No dia da diplomação, o Partido
Político Alfa, cujos candidatos a deputado estadual não foram eleitos, descobriu que Mauro tinha
apenas 19 anos de idade, o que não fora suscitado por ninguém, em nenhum momento do processo
eleitoral.
O Partido Político Alfa solicitou que seu advogado se pronunciasse sobre a medida a ser adotada e se
ela teria, como efeito imediato, a extinção do mandato eletivo atribuído a Mauro.
Assinale a opção que apresenta a resposta do advogado.
A. Poderia ser manejado o recurso contra a expedição de diploma.
B. Poderia ser ajuizada a ação de impugnação de mandato eletivo.
C. Poderia ser ajuizada ação de impugnação de registro.
D. Poderia ser instaurada investigação judicial eleitoral.
E. Não poderia ser adotada nenhuma medida.
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Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade
superveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. (Redação
dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 1º A inelegibilidade superveniente que atrai restrição à candidatura, se formulada no âmbito do
processo de registro, não poderá ser deduzida no recurso contra expedição de diploma. (Incluído pela
Lei nº 13.877, de 2019)
§ 2º A inelegibilidade superveniente apta a viabilizar o recurso contra a expedição de diploma,
decorrente de alterações fáticas ou jurídicas, deverá ocorrer até a data fixada para que os partidos
políticos e as coligações apresentem os seus requerimentos de registros de candidatos. (Incluído pela
Lei nº 13.877, de 2019)
§ 3º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de 3 (três) dias após o último dia
limite fixado para a diplomação e será suspenso no período compreendido entre os dias 20 de
dezembro e 20 de janeiro, a partir do qual retomará seu cômputo. (Incluído pela Lei nº 13.877, de
2019)

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Ac.-TSE, de 5.8.2008, no RCED nº 728: “Quem perdeu os direitos políticos não tem legitimidade para
interpor recurso contra a expedição de diploma”.

Ac.-TSE, de 5.12.2019, no AgR-AI nº 1976: “A ausência de desincompatibilização de fato do serviço


público configura inelegibilidade superveniente apurável em sede de recurso contra expedição de
diploma”.

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09. (FGV | Juiz substituto – TJ ES – 2022) Caio, cantor profissional, em maio de 2022,
apresentou-se em evento organizado pelo partido X, a fim de arrecadar fundos para a campanha
do candidato Y.
Considerando o disposto nos Arts. 23, §4º, inciso V e 39, §7º, da Lei nº 9.504/1997 e a
jurisprudência atualizada do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que:
A. a proibição de showmícios é inconstitucional, pois viola a liberdade de expressão;
B. a apresentação artística em eventos de arrecadação para campanha eleitoral não está
inserida na proibição à realização de showmícios;
C. a atuação artística em eventos relacionados às eleições, que vise à promoção de
candidatura, é lícita, sendo possível que o artista doe seus serviços para qualquer partido;
D. a realização de showmícios somente é permitida, no período de propaganda eleitoral, se o
artista doar seu serviço, não sendo remunerado;
E. a apresentação artística em eventos de arrecadação para campanha eleitoral está inserida
na proibição de realização de showmícios.

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Art. 23, § 3º Desde o dia 15 de maio do ano eleitoral, é facultada aos pré-candidatos a
arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV do § 4º. do art. 23
desta Lei, mas a liberação de recursos por parte das entidades arrecadadoras fica
condicionada ao registro da candidatura, e a realização de despesas de campanha deverá
observar o calendário eleitoral.

A apresentação artística em eventos de arrecadação para campanha eleitoral não está


inserida na proibição à realização de “showmícios”. STF. Plenário. ADI 5970/DF, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 7/10/2021 (Info 1033).

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10. (FGV | Juiz substituto – TJ ES – 2022) Analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
verdadeira ou (F) para a falsa.
( ) Conforme a Constituição Federal de 1988, serão eleitos pelo sistema majoritário os prefeitos
e vices, governadores e vices, senadores e o presidente da República e vice.
( ) Para efeito de apuração das eleições no sistema proporcional, a Lei nº 9.504/1997 (Lei das
Eleições) considera votos válidos apenas os votos dados aos candidatos regularmente inscritos e
às legendas partidárias.
( ) Para efeito de apuração das eleições no sistema proporcional, o Código Eleitoral dispõe que a
determinação do quociente partidário, para cada partido, resulta da divisão do número de votos
válidos dados sob a mesma legenda, pelo número de partidos ou coligações concorrentes,
desprezada a fração.

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10. (FGV | Juiz substituto – TJ ES – 2022) Analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a
verdadeira ou (F) para a falsa.
( ) O Art. 10, § 3º, da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) estabelece que, no registro das candidaturas
para a disputa das eleições pelo sistema proporcional, “cada partido ou coligação preencherá o
mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada
sexo”. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que, na impossibilidade de registro de candidaturas
femininas no percentual mínimo de 30%, o partido ou a coligação deve reduzir o número de
candidatos do sexo masculino para adequar-se os respectivos percentuais; ressalva, porém as eleições
para vereador nos municípios com menos dez mil eleitores, nos quais, conforme dados atualizados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, a população masculina seja igual ou superior a 70%
da população total do município.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,
A. V – F – V – F.
B. V – V – F – F.
C. F – V – F – V.
D. V – V – V – F.
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11. (FGV | Consultor legislativo – Senado Federal – 2022) João, Prefeito do Município Alfa, faleceu um ano antes de
completar o quadriênio do seu mandato. Maria, cônjuge supérstite de João, foi eleita Prefeita para o mandato
subsequente e requereu o registro de sua candidatura para a eleição que se seguiu, pretendendo ser reconduzida ao
cargo. Joana, filha de João e Maria, que decidiu iniciar a sua carreira política, também requereu o registro de sua
candidatura para concorrer ao cargo de Vereadora no Município Alfa. À luz da sistemática vigente, é correto afirmar
que Maria está
A. inelegível, por não ser permitido um terceiro mandato consecutivo para o mesmo grupo familiar, enquanto
Joana está elegível.
B. elegível, considerando a referida dissolução do vínculo conjugal, o que afasta a tese de terceiro mandato
consecutivo do mesmo grupo familiar, o mesmo ocorrendo com Joana.
C. inelegível, por não ser permitido um terceiro mandato consecutivo para o mesmo grupo familiar, e Joana está
inelegível para concorrer ao cargo eletivo de Vereadora em Alfa.
D. inelegível, salvo se o falecimento de João tiver ocorrido mais de seis meses antes do término do seu mandato,
o que afasta a tese do terceiro mandato consecutivo do mesmo grupo familiar, enquanto Joana está elegível.
E. elegível, considerando a referida dissolução do vínculo conjugal, o que afasta a tese de terceiro mandato
consecutivo do mesmo grupo familiar, enquanto Joana está inelegível para concorrer ao cargo de Vereadora em Alfa.

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Súmula Vinculante 18 STF. A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no
curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da
Constituição Federal.

Súmula 6 TSE. São inelegíveis para o cargo de chefe do Executivo o cônjuge e os


parentes, indicados no § 7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do
mandato, salvo se este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado
definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito.

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12. (FGV | Consultor legislativo – Senado Federal – 2022) José Fulano foi eleito governador de
um Estado brasileiro, para um primeiro mandato. Na mesma eleição e na mesma unidade
federativa, Antônio Fulano, irmão de José, foi eleito deputado federal. Nas eleições gerais
seguintes, 4 anos após, ainda no exercício do cargo, José Fulano disputará um novo mandato de
governador.
Assinale a opção que indica os cargos, no território de jurisdição do irmão governador, para os
quais Antônio Fulano estará inelegível.
A. Deputado federal, deputado estadual e senador.
B. Deputado estadual, senador, governador e vice-governador.
C. Deputado estadual, senador, governador e vice-governador, presidente e vice-presidente
da República.
D. Deputado estadual, deputado federal, senador, governador e vice-governador.

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13. (FGV | Consultor legislativo – Senado Federal – 2022) João se encontra no segundo mandato
consecutivo de governador do Estado Alfa e está muito preocupado com a possibilidade de diversos
parentes não poderem concorrer a cargos eletivos em razão do cargo por ele ocupado. Entre os seus
parentes, (1) o irmão Pedro quer concorrer ao cargo de prefeito do Município Delta, situado no território
do Estado Alfa; (2) a esposa Maria quer ser reeleita para o cargo de deputada estadual no Estado Alfa; e
(3) a filha Joana quer concorrer ao cargo de governadora, sucedendo ao pai na chefia do Poder Executivo
do Estado Alfa.
À luz da sistemática constitucional:
A. estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 1 e 2;
B. estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 1 e 3;
C. estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer apenas os parentes referidos em 2 e 3;
D. estão inelegíveis para os cargos a que pretendem concorrer os parentes referidos em 1, 2 e 3;
E. o cargo ocupado por João não pode gerar consequências desfavoráveis para os seus parentes.

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14. (FGV | Consultor legislativo – Senado Federal – 2022) João, prefeito do Município Beta, logo após ser
reeleito para o segundo mandato consecutivo à frente do Poder Executivo desse ente federativo, se reuniu
com sua equipe com o objetivo de traçar a estratégia a ser adotada para a eleição subsequente. Afinal, o seu
crescente prestígio lhe dava esperança de continuar a exercer a representatividade popular.
Ao consultar os seus assessores a respeito da possibilidade de ser eleito para um novo mandato, foi-lhe
corretamente respondido que a ordem constitucional somente permite:
A. duas reeleições para a chefia do Poder Executivo, logo, João poderia concorrer ao cargo de prefeito do
Município Beta na próxima eleição;
B. uma reeleição para a chefia do Poder Executivo, de modo que João não poderia concorrer a nenhum
cargo eletivo dessa natureza, qualquer que fosse o ente e o nível federativo;
C. uma reeleição para cargo, da mesma natureza, de chefe do Poder Executivo, de modo que João apenas
não poderia concorrer, na próxima eleição, ao cargo de prefeito municipal, ainda que em Município diverso;
D. uma reeleição, no mesmo Município, para a chefia do Poder Executivo, mas João pode concorrer ao
cargo de prefeito municipal em Município diverso;
E. uma reeleição para a chefia do Poder Executivo, estando o respectivo agente inelegível para qualquer
cargo eletivo na eleição subsequente.
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15. (FGV | OAB – 2023) Joana, deputada estadual no Estado Alfa, vinha recebendo inúmeras críticas de
alguns correligionários do seu partido político. Apesar do amplo apoio popular que recebia, para sua
surpresa, não foi escolhida, na convenção partidária, para concorrer à reeleição ao cargo de deputada
estadual.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
A. Como Joana busca a reeleição, deve ser considerada candidata nata.
B. A deliberação adotada na convenção partidária é lícita, caso tenha sido adotada por maioria absoluta.
C. Os partidos políticos têm autonomia para a escolha dos seus candidatos, observados os balizamentos
legais.
D. Joana pode requerer pessoalmente o registro de sua candidatura, ainda que não tenha sido aprovada
na convenção partidária.

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16. (FGV | OAB – 2023) Ana e Inês, dirigentes de duas emissoras de rádio e televisão, travaram intenso
debate a respeito do direito dos partidos políticos a acesso gratuito ao rádio e à televisão. Ana afirmou que:
(1) o acesso está previsto em norma constitucional, dependendo, para sua total eficácia, de integração pela
legislação infraconstitucional; e (2) está associado a uma cláusula de desempenho, considerando o número
de Deputados Federais que o partido elegera na última eleição, além da forma de distribuição de
parlamentares e votos válidos entre as unidades da federação. Inês, por sua vez, ressaltou que, (3) a cláusula
de desempenho, qualquer que seja ela, não pode afastar um partido político, por completo, do referido
acesso gratuito, o que afrontaria o pluralismo político; e (4) o preenchimento, ou não, dos requisitos da
cláusula de desempenho não se projeta nas relações mantidas pelo partido político com os candidatos que
elegera.
Irene, ao dar a palavra final no debate entre Ana e Inês, conclui corretamente que
A. apenas as informações 1, 3 e 4 estão corretas.
B. apenas as informações 1 e 2 estão corretas.
C. todas as informações estão corretas.
D. apenas a informação 2 está correta.
E. apenas a informação 4 está correta.
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Art. 17, § 3º. Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação.

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17. (FGV | Consultor – 2022) Um grupo de pessoas, com destacada vida pública e elevado prestígio social,
decidiu adotar as providências necessárias para constituir um partido político e lançar candidatos nas eleições
que seriam realizadas dois anos depois. Um(a) advogado(a) informou corretamente ao grupo que, observados
os demais requisitos estabelecidos pela ordem jurídica, os partidos políticos
a) adquirem personalidade jurídica com o registro dos seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, sendo a
filiação partidária uma condição de elegibilidade.
b) adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo posteriormente registrar seus estatutos no
Tribunal Superior Eleitoral, sendo a filiação partidária uma condição de elegibilidade.
c) adquirem personalidade jurídica com o registro dos seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, sendo a
filiação partidária condição de elegibilidade, mas não requisito para o recebimento de cotas do fundo
partidário.
d) adquirem personalidade jurídica com o seu reconhecimento pelo Tribunal Superior Eleitoral, não sendo a
filiação partidária uma condição de elegibilidade, mas requisito para o recebimento de cotas do fundo
partidário.
e) adquirem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo comunicar o início de atividades ao
Tribunal Superior Eleitoral, sendo admitidas candidaturas autônomas, sem filiação partidária, apenas para
o Executivo.
Ano: 2023 Órgão: TJ - MS
Banca: FGV Prova: Juiz Substituto

18. João, Maria e Joana, filiados ao partido político Alfa e candidatos na última eleição para o
provimento de cargos eletivos de deputado federal, lograram ser eleitos. No entanto, ficaram muito
preocupados ao constatarem que Alfa não tinha preenchido a “cláusula de desempenho” prevista na
ordem constitucional.

Ao analisarem as consequências do não preenchimento dessa cláusula, divergiram entre si. João
sustentava que Alfa não teria direito aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão. Maria, por sua vez, defendia que o não preenchimento da cláusula de desempenho por Alfa
permitia que os três se filiassem, sem perda do mandato, a outro partido político que a tenha atingido.

Por fim, Joana defendia que essa nova filiação seria considerada para fins de distribuição dos recursos
do fundo partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. Considerando a sistemática
constitucional, é correto concluir, em relação às afirmações de João, Maria e Joana, que:
Ano: 2023 Órgão: TJ - MS
Banca: FGV Prova: Juiz Substituto

a) apenas as de Maria e Joana estão certas;

b) apenas as de João e Maria estão certas;

c) apenas as de Joana está certa;

d) apenas as de Maria está certa;

e) todas as afirmativas estão certas.

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CF/88, art. 17, § 3º. Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois
por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.
(...) § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é
assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha
atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário
e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.

Prof. Fabiano Pereira


19. (AOCP | Delegado de Polícia – PC GO | 2022) No que diz respeito às convenções para a escolha de
candidatos, é correto afirmar que
A) em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido estabelecer as normas
para a escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações, publicando-as no Diário Oficial
da União até cento e oitenta dias antes das eleições.
B) para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo
prazo de noventa dias e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
C) se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes
legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, não é
possível ao órgão partidário nacional anular atos decorrentes do órgão partidário de nível inferior.
D) as anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição estabelecida na
alternativa (C), deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias após a data limite
para o registro de candidatos.
E) a escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de
20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro
aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em quarenta e oito horas em qualquer meio de
comunicação de grande circulação local.
Prof. Fabiano Pereira
Art. 7º, § 3º. As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária,
na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de
30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos.

Art. 8º. A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão
ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições,
lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em
vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.

Prof. Fabiano Pereira


20. (AOCP | Delegado de Polícia – PC GO | 2022) Quanto ao registro de candidatos disponível na Lei nº
9.504/1997, é correto afirmar que
A) cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as
Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% (cem por cento) do número de
lugares a preencher.
B) do número de vagas resultante das regras previstas na legislação que estabelece regras para as eleições,
cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 40% (quarenta por cento) e o máximo de 60% (sessenta
por cento) para candidaturas de cada sexo.
C) no caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de candidatos
previsto na legislação que estabelece regras para as eleições, os órgãos de direção dos partidos respectivos
poderão preencher as vagas remanescentes até sessenta dias antes do pleito.
D) os partidos e as coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezessete
horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições.
E) em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, se igual ou
superior.

Prof. Fabiano Pereira


Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as
Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% (cem por cento) do número de
lugares a preencher mais 1 (um).

(...) § 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo de
candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos partidos respectivos poderão preencher as vagas
remanescentes até trinta dias antes do pleito.
Ac.-TSE, de 2.4.2013, no AgR-REspe nº 20608: impossibilidade de preenchimento das vagas remanescentes
por candidato que tenha pedido de registro indeferido, com decisão transitada em julgado, para a mesma
eleição.

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OBRIGADO
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