Você está na página 1de 12

20

DIREITO
ELEITORAL
RESUMO - PROVA

Ádria Marcelly Silva Brito


TÓPICOS
01 06
limitação de gastos nas campanhas Propaganda Eleitoral
das eleições municipais. Intrapartidária
02 07
Crimes Conexos competência Uso de Outdoors
da Justiça Eleitoral.

03 08
A mentira não é um crime Definição de Propaganda
eleitoral Irregular
04
Prestação de Contas para o 09
Tribunal Eleitoral Vedação de veiculação de
material de propagando
05
Sigilo do Voto
eleitoral em bens públicos ou
particulares

ÁDRIA MARCELLY SILVA BRITO


LIMITAÇÃO DE GASTOS NAS
CAMPANHAS DAS ELEIÇÕES
MUNICIPAIS.
O candidato as eleições municipais poderá fazer o uso de recursos próprios para sua
campanha eleitoral, porém, os recursos terão limitação especificada na Lei
13.878/2019 no §2º-A do artigo 1º da lei.

Art.1º, §2º da Lei 13.878/2019


§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o
total de 10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha
no cargo em que concorrer.

MÁXIMO PERMITIDO 10% DOS


VALORES GASTOS NA CAMPANHA
Essa regra visa garantir o princípio da LISURA as eleições, a não permitir que
candidatos com maior poder econômico, possam de alguma forma beneficiar-se
dessa condição.

PARA A PROVA: Questão fechada. Identificar o valor


gasto permitido na campanha.
CRIMES CONEXOS
COMPETÊNCIA JUSTIÇA
ELEITORAL.
A justiça eleitoral tem competência especifica para julgar os crimes
eleitorais dispostos nos Art.289 e seguintes do Código Eleitoral. E os
crimes que inicialmente são comuns do Código Penal, mas tem uma
ligação/ CONEXÃO ao período eleitoral? De quem será a competência
para julgar?

Art. 35 do Código Eleitoral


Art. 35. Compete aos juizes:

II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem


conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos
Tribunais Regionais;

Princípio da Especialidade
O princípio da especialidade determina que se afaste a lei geral para
aplicação da lei especial. Entende-se como lei especial aquela que contém
todos os elementos da norma geral, acrescida de outros que a tornam
distinta.

Princípio da Miníma Intervenção


o Direito Penal é a ultima ratio. Isto é, o Estado só poderá se valer dele
quando os demais ramos do Direito, não forem suficientes para solucionar
eventuais conflitos sociais e garantir a convivência pacífica dos indivíduos.

PARA A PROVA: Entender que sempre quando no caso, o


crime for praticado de forma conexa ao período
eleitoral, as razões, motivações do crime for as eleições,
independente se o crime for comum, compete a Justiça
Eleitoral o seu julgamento.
CRIMES CONEXOS
COMPETÊNCIA JUSTIÇA
ELEITORAL.
Caso Prático: João é uma pessoa mais simples de baixa renda,
descobre que o candidato X, fornecerá 50 litros de gasolina
(candidato iria pagar o valor em dinheiro) para a pessoa que
transportar os eleitores no dia da eleição. João não possuí carro,
mas não querendo perder a oportunidade ele resolve furtar um
veículo. O crime de furto é descrito no Art. 155 do Código Penal,
então de quem será a competência para julgar a conduta de João,
a Justiça Comum ou Eleitoral?

PARA A PROVA: Entender que sempre quando no caso, o


crime for praticado de forma conexa ao período
eleitoral, as razões, motivações do crime for as eleições,
independente se o crime for comum, compete a Justiça
Eleitoral o seu julgamento.
A MENTIRA NÃO É UM
CRIME ELEITORAL
MENTIR nas eleições não é crime. É verdade que pode ser imoral e antiético, mas
não será considerado um crime para a justiça eleitoral, por não fazer parte do
rol de crimes do Código Eleitoral, TODAVIA. não podemos confundir as mentiras
com as FAKES NEWS, essas sim são puníveis segundo Art. 323 do CE.

Art. 323 do Código Eleitoral


Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de
campanha eleitoral, fatos que sabe inverídicos em relação a partidos ou a
candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado:
Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150
dias-multa.

PARA A PROVA: Mentira não está no rol de crimes


eleitorais. Mentira é diferente de Fake News.
PRESTAÇÃO DE CONTAS
PARA O TRIBUNAL
ELEITORAL
A conduta de "Manter um livro de caixa paralelo ao oficial" conhecido como
caixa 2 atualmente não há legislação que defina este crime. Quando um político
o comete, é enquadrado em outro artigo do Código Eleitoral sobre falsidade
ideológica (Art.350), com pena de até cinco anos de reclusão. Portanto o CAIXA
2 não está no rol dos CRIMES ELEITORAIS.

PARA A PROVA: Entender que apesar do projeto ter sido


aprovado, ainda não tem existe tipificação específica para
o crime no rol dos crimes eleitorais. Caixa 2 é julgado na
JUSTIÇA COMUM
SIGILO DO VOTO
Via de regra os crimes eleitorais não são puníveis de imediato com detenção,
porém o Art. 312 do Código Eleitoral, traz a pena de detenção de até dois anos
para quem violar ou tentar violar o sigilo do voto. Da mesma forma que o
legislador inaugurou a parte especial do Código Penal com o crime de
homicídio, devido a gravidade e a lesão ao bem jurídico mais importante para
o Direito Penal que é a vida, aqui na Justiça Eleitoral não é diferente, o
legislador visou a proteção, segurança do sigilo do voto com uma pena mais
branda para quem decidir infringir de alguma forma o direito a liberdade de
escolha do eleitor, também consagrado como um dos preceitos fundamentais
da nossa Constituição Federal.

Art. 312 Código Eleitoral


Art. 312. Violar ou tentar violar o sigilo do voto:
Pena - detenção até dois anos.

Art. 5º Constituição Federal


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade,

PARA A PROVA: Artigo IMPORTANTE.


PROPAGANDA ELEITORAL
INTRAPARTIDÁRIA
Propaganda intrapartidária
É aquela permitida pela Lei nº 9.504/97 (art. 36, § 1º) ao pré-candidato para
buscar conquistar os votos dos filiados ao seu partido – os que possam votar nas
convenções de escolha de candidatos – para sagrar-se vencedor e poder
registrar-se candidato junto à Justiça Eleitoral. É, pois, uma propaganda
dirigida tão somente a um grupo específico de eleitores, com vista a uma
"eleição interna", em âmbito partidário.

Art. 36 Lei 9504/97 (Lei das Eleições)


Art. 36.
§ 1º Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização,
na quinzena anterior à escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária
com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e
outdoor.

Exemplificando
As prévias de determinado partido serão realizadas no dia 01/12/2021,
portanto, a campanha intrapartidária do pré-candidato terá que ser 15
QUINZE DIAS ANTES dessa data, sem o USO de TELEVISÃO, OUTDOORS,
RÁDIOS, ETC.

PARA A PROVA: Entender esse lapso temporal.


USO DE OUTDOORS

Art. 39, §8º Lei 9504/97 (Lei das Eleições)


Art.39 § 8 o É vedada a propaganda eleitoral mediante
OUTDOORS, inclusive eletrônicos, sujeitando-se a empresa
responsável, os partidos, as coligações e os candidatos à
imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento
de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$
15.000,00 (quinze mil reais).

PARA A PROVA: OUTDOOR É PROIBIDO.


DEFINIÇÃO DE PROPAGANDA
IRREGULAR

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caracteriza-se propaganda


irregular a realização de showmícios, confecção, utilização ou distribuição de
camisas, chaveiros, bonés e brindes feita por comitê de candidato ou com a
autorização do candidato durante a campanha eleitoral. Além disso, também
são tipificadas como irregulares as propagandas em outdoors, ou, salvo as
exceções previstas em lei, as veiculadas em bens públicos.

PARA A PROVA: CONCEITO.


VEDAÇÃO DE VEICULAÇÃO DE
MATERIAL DE PROPAGANDO
ELEITORAL EM BENS PÚBLICOS
OU PARTICULARES
Art. 37 Lei 9504/97 (Lei das Eleições)
Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do
poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum,
inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego,
viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda
de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e
exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e
assemelhados.

§ 2º Não é permitida a veiculação de material de propaganda


eleitoral em bens públicos ou particulares, exceto de:
I - bandeiras ao longo de vias públicas, desde que móveis e que
não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e
veículos;
II - adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas,
motocicletas e janelas residenciais, desde que não exceda a 0,5
m² (meio metro quadrado)

PARA A PROVA: Questão aberta. Atentar a REGRA que é o


caput do §2º e as EXCEÇÕES que são os incisos I e II.

Você também pode gostar