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ELEITORAL NA INTERNET
FILIPE EDUARDO MACEDO DE MENEZES
UNINASSAU
PROPAGANDA ELEITORAL
• Lei 9.504/97: Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as
seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre
candidatos nos pleitos eleitorais: VI - nos três meses que antecedem o pleito:
• b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência
no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras,
serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou
das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e
urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral; (...)
A PROPAGANDA DA JUSTIÇA ELEITORAL
• Art. 93. O Tribunal Superior Eleitoral poderá, nos anos eleitorais, requisitar das emissoras de rádio e
televisão, no período de um mês antes do início da propaganda eleitoral a que se refere o art. 36 e nos três
dias anteriores à data do pleito, até dez minutos diários, contínuos ou não, que poderão ser somados e
usados em dias espaçados, para a divulgação de comunicados, boletins e instruções ao eleitorado.
• Período de 30 de abril à 30 de julho dos anos eleitorais.
• Art. 93-A. O Tribunal Superior Eleitoral, no período compreendido entre 1o de abril e 30 de julho dos
anos eleitorais, promoverá, em até cinco minutos diários, contínuos ou não, requisitados às emissoras de
rádio e televisão, propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada a incentivar a participação
feminina, dos jovens e da comunidade negra na política, bem como a esclarecer os cidadãos sobre as
regras e o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro.
DO REGISTRO DOS GASTOS
• Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei:
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no §
3o do art. 38 desta Lei; Art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização
da Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos,
adesivos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do
partido, coligação ou candidato.
• Vedação à propaganda eleitoral negativa: Art. 36-B. Será considerada propaganda eleitoral
antecipada a convocação, por parte do Presidente da República, dos Presidentes da Câmara
dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, de redes de radiodifusão
para divulgação de atos que denotem propaganda política ou ataques a partidos políticos e
seus filiados ou instituições.
PROPAGANDA NA INTERNET
• Art. 54. A competência para o processamento e julgamento das representações previstas no Capítulo II não
exclui o poder de polícia sobre a propaganda eleitoral e as enquetes, que será exercido pelas juízas ou pelos
juízes eleitorais, por integrantes dos tribunais eleitorais e pelas juízas ou pelos juízes auxiliares designados.
§ 1º O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral é restrito às providências necessárias para inibir ou
fazer cessar práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas e das matérias
jornalísticas ou de caráter meramente informativo a serem exibidos na televisão, na rádio, na internet e na
imprensa escrita. § 2º No exercício do poder de polícia, é vedado à magistrada ou ao magistrado aplicar
sanções pecuniárias, instaurar de ofício a representação por propaganda irregular ou adotar medidas
coercitivas tipicamente jurisdicionais, como a imposição de astreintes (Súmula nº 18/TSE) .
• Proteção via MS.
• Exclusivo à questões eleitorais.
COMPETÊNCIA POR RESOLUÇÃO DOS
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL
• Lei n. 4.737/65
• Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente
os de votar e ser votado. Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução.
• Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar
convenientes à execução da legislação eleitoral.
• Lei dos Partidos Políticos
• Art. 61. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para a fiel execução desta Lei.
• Lei das Eleições
• Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias
para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE FEDERAL E O
DIREITO À PROPAGANDA NAS ELEIÇÕES
NORMAIS E SUPLEMENTARES.
• Nem mesmo o poder regulamentar pode impor sansões imprevistas em Lei
eleitoral (RE n. 25868/PE). Vedações à interpretações in malam partem.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE E DISPONIBILIDADE E O PROBLEMA
DA CENSURA PRÉVIA, NA PROPAGANDA FÍSICA E NA INTERNET:
O PROBLEMA DO CONTROLE DA CRIPTOGRAFIA POR ORDEM
JUDICIAL
• Deve ser permitido toda espécie de propaganda não vedada expressamente por Lei.
• Art. 256. As autoridades administrativas federais, estaduais e municipais proporcionarão aos
partidos, em igualdade de condições, as facilidades permitidas para a respectiva propaganda.
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções necessárias ao cumprimento do
disposto no parágrafo anterior fixado as condições a serem observadas. Lei das eleições
• Constituição Federal: Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição,
observado o disposto nesta Constituição. § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza
política, ideológica e artística.
PONDERAÇÃO DAS FONTES
• Lei 9.504/97, art. 58, parágrafo 4: § 4º Se a ofensa ocorrer em dia e hora que
inviabilizem sua reparação dentro dos prazos estabelecidos nos parágrafos
anteriores, a resposta será divulgada nos horários que a Justiça Eleitoral
determinar, ainda que nas quarenta e oito horas anteriores ao pleito, em
termos e forma previamente aprovados, de modo a não ensejar tréplica.
MARCO CIVIL DA INTERNET
• Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de
internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se,
após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e
dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições
legais em contrário. § 1º A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identificação
clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material. § 2º A
aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos conexos depende de previsão legal
específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e demais garantias previstas no art. 5º da Constituição
Federal. § 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na
internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade, bem como sobre a indisponibilização
desses conteúdos por provedores de aplicações de internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais. §
4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3º , poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela
pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da coletividade na
disponibilização do conteúdo na internet, desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor
e de fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
RESOLUÇÃO 23.672/2021
• Art.
17. ........................................................................................ ..............................................................................
........................ III - no caso de manifestação em ambiente de internet, com a identificação do endereço da
postagem, no âmbito e nos limites técnicos de cada serviço (URL ou, caso inexistente esta, URI ou URN) e
a prova de que a pessoa indicada para figurar como representada ou representado é a sua autora ou o seu
autor, sem prejuízo da juntada, aos autos, de arquivo contendo o áudio, a imagem e/ou o vídeo da
propaganda impugnada. ...................................................................................................... § 1º-A Em caso de
ser ordenada a remoção de conteúdo em ambiente de internet, a ordem judicial deverá fixar prazo razoável
para o cumprimento, não inferior a 24 (vinte e quatro) horas, e deverá conter, sob pena de nulidade, a URL
e, caso inexistente esta, a URI ou a URN do conteúdo específico, observados, nos termos do art. 19 da Lei
nº 12.965/2014, o âmbito e os limites técnicos de cada provedor de aplicação de internet, conforme art. 38,
§ 4º, da Resolução-TSE nº 23.610/ 2019. § 1º-B Os provedores de aplicação ou de conteúdo podem ser
oficiados para cumprir determinações judiciais, nos termos do art. 21, § 2º, desta Resolução, nas
representações eleitorais em que não sejam partes. ............................................................
METADADOS
• Metadados podem informar a quem os vigia o endereço de onde você dormiu
na noite passada e a que horas acordou hoje de manhã. Eles revelam cada
lugar que você visitou durante o dia e quanto tempo passou lá. Mostram com
quem você entrou em contato e quem entrou em contato com você.
OUTROS PRINCÍPIOS
• Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser realizada nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 12.034,
de 2009 I - em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou
indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) II -
em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou
indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no País; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) III -
por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação;
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e
assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer
pessoa natural. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens
instantâneas e aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo seja gerado ou editado por: (Redação dada
pela Lei nº 13.488, de 2017) a) candidatos, partidos ou coligações; ou (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017) b)
qualquer pessoa natural, desde que não contrate impulsionamento de conteúdos. (Incluído pela Lei nº 13.488, de
2017)
CLICK FARMS
FAKE NEWS
• Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe
inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado:
(Redação dada pela Lei nº 14.192, de 2021) Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento
de 120 a 150 dias-multa Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 14.192, de 2021) §
1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico acerca
de partidos ou candidatos. (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021) § 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um
terço) até metade se o crime: (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021) I - é cometido por meio da
imprensa, rádio ou televisão, ou por meio da internet ou de rede social, ou é transmitido em tempo
real; (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021) II - envolve menosprezo ou discriminação à condição de
mulher ou à sua cor, raça ou etnia. (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021)