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1.

1 Manifestação do pensamento e da informação

LEI No 5.250, DE 9 DE FEVEREIRO DE 1967 - Lei de Imprensa


 Revogada pela ADPF 130

“Arbitrária, desse modo, e inconciliável com a proteção constitucional da informação, a repressão à crítica
jornalística, pois o Estado – inclusive seus juízes e tribunais – não dispõe de poder algum sobre a palavra,
sobre as idéias e sobre as convicções manifestadas pelos profissionais da imprensa”
(AI no 705.630-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 22/3/2011, Segunda Turma, DJE de
6/4/2011)

Segundo o entendimento do Ministro, para estar em harmonia com os demais direitos,


a liberdade de imprensa não precisa sofrer limitações prévias abstratas, passíveis de
configurar censura: basta que o abuso do direito seja reprimido posteriormente.

Como já se afirmou, o Ministro Ayres Britto, relator da ADPF no 130, descreveu em seu voto a
concepção da liberdade de expressão como um “sobredireito”, cujo gozo não pode ser
prejudicado pelo “eventual desrespeito a direitos constitucionais alheios, ainda que
também densificadores da personalidade humana”,

1.2 Liberdade de expressão

ADI 4451/2018 -
permitiu programas de humor também em período de propaganda eleitoral, em que se vedava
qualquer menção a nomes de candidatos a cargos políticos

O grau de importância que a Constituição atribuiu à livre expressão como direito fundamental a
põe a salvo de certas investidas do poder público.

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer


forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta
Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art.
5º, IV, V, X, XIII e XIV.

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;


V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por
dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional;

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


§ 3º Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a
natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua
apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se
defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no
art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à
saúde e ao meio ambiente.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e
terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e
conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de
monopólio ou oligopólio.
§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos
seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive
sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais
estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Texto pós EC 36/2002:

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é


privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das
empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta
ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão
obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.
§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada
são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de
comunicação social.
§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada
para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de
lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de
produções nacionais.
§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1º.
§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1º serão comunicadas ao
Congresso Nacional.

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização
para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da
complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do
recebimento da mensagem.
§ 2º A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo,
dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.
§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do
Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.
§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de
decisão judicial.
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de
quinze para as de televisão.
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu
órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1.991:

O Conselho de Comunicação Social terá como atribuição a realização de estudos, pareceres,


recomendações e outras solicitações que lhe forem encaminhadas pelo Congresso Nacional a
respeito do Título VIII, Capítulo V, da Constituição Federal

Art. 4° O Conselho de Comunicação Social compõe-se de:


I - um representante das empresas de rádio;
II - um representante das empresas de televisão;
III - um representante de empresas da imprensa escrita;
IV - um engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social;
V - um representante da categoria profissional dos jornalistas;
VI - um representante da categoria profissional dos radialistas;
VII - um representante da categoria profissional dos artistas;
VIII - um representante das categorias profissionais de cinema e vídeo;
IX - cinco membros representantes da sociedade civil.
§ 1° Cada membro do conselho terá um suplente exclusivo.

§ 2° Os membros do conselho e seus respectivos suplentes serão eleitos em sessão conjunta do


Congresso Nacional, podendo as entidades representativas dos setores mencionados nos
incisos I a IX deste artigo sugerir nomes à mesa do Congresso Nacional.
§ 3° Os membros do conselho deverão ser brasileiros, maiores de idade e de reputação
ilibada.
§ 4° A duração do mandato dos membros do conselho será de dois anos, permitida uma
recondução.
§ 5° Os membros do conselho terão estabilidade no emprego durante o período de seus
mandatos.
Art. 5° O presidente e vice-presidente serão eleitos pelo conselho dentre os cinco membros
a que se refere o inciso IX do artigo anterior.

 13 membros no total: 3 empresas (rádio, TV, escrita) + 1 engenheiro + 4 categorias


profissionais (radialistas, jornalistas, artistas, cinema+vídeo) + 5 sociedade civil
 Mandato de 2 anos + uma recondução
 Eleição por sessão conjunta do CN

1.3 Propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão

Art. 222 CF

Tanto é que no Supremo Tribunal Federal, desde 11 de janeiro de 2010, está em


curso a ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão nº 10, ajuizada pelo Partido
Socialismo e Liberdade (PSOL), representado pelo jurista Fábio Konder Comparato, cujo
pedido é declaração da omissão inconstitucional do Congresso Nacional em legislar sobre as
matérias constantes dos artigos 5°, inciso V (direito de resposta); 220, § 3º, II
(regulamentação da programação de rádio e televisão); 220, §5° (monopólio e oligopólio dos
meios de comunicação social); 222, §3º (regulamentação dos meios de comunicação social
eletrônica), da Constituição Federal.

1.4 Exercício do jornalismo

Enquanto os trabalhadores em geral possuem uma jornada diária de 8 horas, a carga horária de
trabalho de um jornalista é de 5 horas. E caso haja um acordo de prorrogação de jornada entre
empregado empregador a jornada poderá ser estendida para 7 horas, desde que haja um
acréscimo salarial correspondente.

Recurso Extraordinário:
o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão.

1.5 Direito de Resposta

Lei eleições - Lei nº 9.504/1997

Art. 58.A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o direito de resposta a


candidato, partido ou coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou
afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer
veículo de comunicação social.

Prazo:

24 horas (horário eleitoral gratuito)


48 horas (programação normal de TV)
72 horas (imprensa escrita)
A qualquer tempo, ou 72 horas após sua retirada: Internet

Tramitação preferencial

Lei Direito de Resposta - 13.188/2015

Direito de resposta é...

- uma garantia fundamental,


- prevista na Constituição Federal (art. 5º, V) e em convenções internacionais,
- por meio da qual a pessoa ofendida
- em matéria divulgada por veículo de comunicação social
- poderá, de forma gratuita, refutar ou corrigir a afirmação que foi feita
- no mesmo horário, modo e duração do agravo (ofensa) praticado.

Sobre o que trata a Lei?


A Lei nº 13.188/2015 disciplina o exercício do direito de resposta ou retificação do ofendido em
matéria divulgada, publicada ou transmitida por veículo de comunicação social (art. 1º).
A quem é garantido o direito de resposta?
O direito de resposta é assegurado a qualquer pessoa que for ofendida em matéria divulgada,
publicada ou transmitida por veículo de comunicação social (art. 2º).
Vale ressaltar que tanto pessoas físicas como jurídicas possuem direito de resposta.
Gratuito
O direito de resposta é gratuito, ou seja, a pessoa não precisará pagar nada ao veículo de
comunicação social para publicá-lo.
Proporcional ao agravo
A divulgação do direito de resposta deverá ocorrer de forma proporcional ao agravo.
Assim, a resposta ou retificação deverá ter o mesmo destaque, publicidade, periodicidade e
dimensão da matéria que a ensejou (art. 4º).
O ofendido poderá requerer que a resposta ou retificação seja divulgada, publicada ou
transmitida nos mesmos espaço, dia da semana e horário do agravo (§ 2º do art. 4º). Ex: se a
reportagem foi divulgada no domingo, no programa Fantástico, às 20h15, tendo durado 2
minutos, nos mesmos moldes deverá ser divulgado o direito de resposta. Essa previsão da lei irá
gerar muitas discussões. Isso porque pode acontecer de, em uma reportagem longa, o nome da
pessoa ofendida ser citada apenas uma vez, no entanto, ela poderá considerar que toda a
matéria fez menções indiretas a ela, de forma a exigir o direito de resposta em tempo igual ao
da reportagem inteira e não apenas do trecho na qual foi textualmente citada.
Se o agravo tiver sido divulgado, publicado, republicado, transmitido ou retransmitido em mídia
escrita ou em cadeia de rádio ou televisão para mais de um Município ou Estado, será conferido
proporcional alcance à divulgação da resposta ou retificação (§ 1º do art. 4º).
A resposta ou retificação cuja divulgação, publicação ou transmissão não obedeça às regras da
Lei nº 13.188/2015 será considerada inexistente (§ 3º do art. 4º).
Na delimitação do agravo, deverá ser considerado o contexto da informação ou matéria que
gerou a ofensa (§ 4º do art. 4º).
Quando surge o direito de resposta?
O direito de resposta surge quando o veículo de comunicação social distribuir, publicar ou
transmitir por qualquer meio ou plataforma (ex: jornal impresso, internet, rádio, TV etc.)
matéria (reportagem, nota ou notícia) cujo conteúdo seja ofensivo à pessoa.
O que é um conteúdo ofensivo para fins de direito de resposta?
- É aquela que, ainda que por equívoco de informação, atenta contra a honra, a intimidade, a
reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica identificada ou
passível de identificação.
Existe direito de resposta por conta de comentários feitos por usuários da internet em sites?
Ex: ao final da matéria divulgada em um portal de notícias (G1, UOL, R7 etc), existe uma seção
de comentários dos leitores; se um desses comentários for ofensivo à honra de determinada
pessoa, esta poderá pedir direito de resposta com base na Lei nº 13.188/2015?
NÃO. A Lei nº 13.188/2015 afirma expressamente que são excluídos da definição de "matéria",
para fins de direito de resposta, os comentários realizados por usuários da internet nas páginas
eletrônicas dos veículos de comunicação social (§ 2º do art. 2º).
Assim, o fato de ter sido feita uma manifestação depreciativa na seção de comentários do site
não enseja direito de resposta por parte do ofendido. Se entender pertinente, o ofendido
poderá publicar um novo comentário refutando o anterior.
Imagine que determinado jornal publica uma informação inverídica e ofensiva sobre João.
Logo após o jornal ir às ruas, o editor percebe que a nota publicada é falsa, razão pela qual no
dia seguinte, antes que o ofendido peça direito de resposta, o jornal publica nova nota, no
mesmo espaço, se retratando e retificando a notícia divulgada. Mesmo assim, João poderá
pleitear direito de resposta e ajuizar ação de indenização por danos morais contra o jornal?
SIM. A retratação ou retificação espontânea, ainda que a elas sejam conferidos os mesmos
destaque, publicidade, periodicidade e dimensão do agravo, não impedem o exercício do direito
de resposta pelo ofendido nem prejudicam a ação de reparação por dano moral (§ 3º do art. 2º).
Vale ressaltar, no entanto, que o fato de o jornal ter voluntariamente se retratado servirá como
parâmetro para que o juiz reduza o valor da indenização por danos morais.
Existe um prazo para que o ofendido exerça seu direito de resposta?
SIM. O direito de resposta ou retificação deve ser exercido no prazo decadencial de 60 dias,
contados da data de cada divulgação, publicação ou transmissão da matéria ofensiva (art. 3º).
No caso de divulgação, publicação ou transmissão continuada e ininterrupta da mesma matéria
ofensiva, o prazo será contado da data em que se iniciou o agravo (§ 3º do art. 3º).
Quem deverá requerer o direito de resposta?
Em regra, o ofendido. No entanto, o direito de resposta ou retificação poderá ser exercido,
também, conforme o caso:
I - pelo representante legal do ofendido incapaz ou da pessoa jurídica;
II - pelo cônjuge, descendente, ascendente ou irmão do ofendido que esteja ausente do País ou
tenha falecido depois do agravo, mas antes de decorrido o prazo de decadência do direito de
resposta ou retificação.
Existe alguma forma por meio da qual o direito de resposta deverá ser solicitado?
SIM. O direito de resposta deverá ser requerido por meio de correspondência com aviso de
recebimento encaminhada diretamente ao veículo de comunicação social (art. 3º).
Se o veículo de comunicação social não for constituído como pessoa jurídica (ex: um blog), o
direito de resposta será requerido da pessoa física que por ele responda.
O direito de resposta deve ser requerido da pessoa que assina a matéria ou do veículo de
comunicação?
Do veículo de comunicação. O ofendido não precisa se preocupar com quem tenha sido o autor
intelectual do agravo, devendo requerer o direito de resposta diretamente do veículo de
comunicação social ou da pessoa física responsável pelo veículo.
Se vários veículos de imprensa reproduziram a mesma matéria ofensiva divulgada
originalmente por um deles...
Nesse caso, o direito de resposta ou retificação poderá ser exercido, de forma individualizada,
em face de todos os veículos de comunicação social que tenham divulgado, publicado,
republicado, transmitido ou retransmitido o agravo original (art. 3º, § 1º).
Depois que o veículo de comunicação recebeu o pedido de direito de resposta, ele possui um
prazo divulgá-lo?
SIM. O veículo de comunicação social possui um prazo de 7 dias, contados do recebimento do
respectivo pedido, para divulgar, publicar ou transmitir a resposta ou retificação (art. 5º).
Se o veículo não fizer nesse prazo, ou antes de ele esgotar já avisar o ofendido que não irá fazê-
lo, o ofendido poderá ajuizar ação pedindo judicialmente o direito de resposta.

Importante destacar que uma eventual indenização por dano moral causado pela matéria
gravosa deverá ser pleiteada em ação separada, tendo em vista que a ação prevista na Lei nº
13.188/2015 é uma ação de rito especial cujo objeto exclusivo é o direito de resposta.

O direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida


por veículo de comunicação social não ofende a liberdade de expressão e de imprensa. Por
maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou parcialmente
procedentes três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 5415, 5418 e 5436) que
questionavam dispositivos da Lei 13.188/2015, que disciplina a matéria.

A maioria do colegiado declarou a inconstitucionalidade da expressão “em juízo colegiado


prévio”, do artigo 10 da Lei 13.188/2015, conferindo ao dispositivo interpretação no sentido de
permitir ao magistrado integrante do tribunal respectivo decidir monocraticamente sobre a
concessão de efeito suspensivo a recurso interposto em face de decisão proferida segundo o
rito especial do direito de resposta.

Resumo
 Gratuito e proporcional ao agravo
 Pedido até 60 dias depois do ocorrido
 Carta com AR destinada à empresa (não precisa saber quem foi o jornalista que
escreveu)
 7 dias para resposta
 Se não responder, pode ir à justiça, em ação de rito especial
 Ação separada para danos morais
 Empresa se retratar não exclui possibilidade de danos morais, mas pode ser atenuante

1.6 Comunicação de massa

 Teoria da Agulha Hipodérmica: proposta na década de 1920 por Harold Lasswell,


sugeria que a mídia tinha um efeito direto e uniforme na audiência, como uma injeção
hipodérmica que transmitia mensagens sem questionamento.
 Teoria da Dependência dos Sistemas de Mídia: essa teoria argumenta que o sistema
político, a mídia e o público dependem uns dos outros e cada um influencia os outros. Essa
teoria considera os fatores históricos, culturais, econômicos e políticos que afetam a produção
e o consumo da informação. A teoria foi desenvolvida por Sandra Ball-Rokeach e Melvin
DeFleur 1.
 Teoria do Estabelecimento da Agenda (Agenda-Setting): essa teoria postula que, embora a
mídia não diga às pessoas o que elas devem pensar, ela influencia a percepção do público
sobre quais questões são importantes para discutir. A ideia é que a mídia defina a pauta da
discussão ao focar na divulgação de determinados assuntos mais do que outros. Por exemplo,
o foco no julgamento de uma celebridade, em vez de uma crise internacional, dá o tom para a
discussão pública. A teoria foi desenvolvida por Maxwell McCombs e Donald Shaw 2.
 Espiral do Silêncio: esta é uma teoria da opinião pública. Parte do pressuposto de que as
pessoas não querem ser vistas como diferentes e não exibirão suas opiniões se se desviarem
da opinião da maioria. Na verdade, podemos eventualmente mudar nossa posição apenas para
nos ajustarmos. A teoria examina como a sociedade oprime as opiniões divergentes. Por
exemplo, pode haver pessoas que apóiam o socialismo nos Estados Unidos, mas têm medo de
falar por medo de serem isoladas e condenadas ao ostracismo. A teoria foi desenvolvida
por Elisabeth Noelle-Neumann 2.
 Hipótese da Lacuna de Conhecimento: esta teoria apresenta a hipótese de que o público
pode ser dividido em duas classes: os ricos em informações e os pobres em informações. Os
ricos em informações têm um status socioeconômico mais alto, incluindo mais riqueza, mais
educação e posse de maior conhecimento e informação sobre muitas questões em comparação
com os pobres em informações. Os ricos em informações são menos propensos a mudar suas
opiniões porque têm mais informações para apoiá-las. A teoria foi desenvolvida por Philip J.
Tichenor, George A. Donohue e Clarke J. Olien 1.
A Escola de Frankfurt é conhecida por sua teoria crítica da sociedade, que se concentra em
questões como a cultura de massa, a indústria cultural e a comunicação de massa. Aqui estão
algumas das principais teorias da escola de Frankfurt relacionadas ao tema de comunicação de
massa, juntamente com os nomes dos autores:
 Teoria da Indústria Cultural (ou da Cultura de Massa): essa teoria argumenta que a
cultura de massa é uma forma de opressão e alienação da sociedade. Os autores afirmam que
a indústria cultural manipula e controla as massas, promovendo a conformidade e o consumo
desenfreado em detrimento do pensamento crítico. Os autores dessa teoria são Theodor
Adorno e Max Horkheimer 1.
 Teoria da Comunicação: essa teoria postula que a comunicação é um processo social que
envolve a troca de informações entre indivíduos ou grupos. Os autores argumentam que a
comunicação é influenciada por fatores sociais, políticos e econômicos, e que a mídia tem um
papel importante na formação da opinião pública. Os autores dessa teoria são Jürgen
Habermas e Karl-Otto Apel 2.
 Teoria Crítica: essa teoria argumenta que a sociedade é caracterizada pela dominação e
opressão, e que a cultura de massa é uma forma de perpetuar essa dominação. Os autores
argumentam que a cultura de massa é uma forma de controle social que impede o pensamento
crítico e a mudança social. Os autores dessa teoria são Herbert Marcuse, Erich
Fromm e Walter Benjamin 3.

Discerning its potential for the mobilisation of the masses, Benjamin believed that technology
would politicise mass culture, allowing society to employ it for its political ends – an idea which
Adorno debunked. Technologised consumer culture has noticeably evolved since the time of the
debate. Nevertheless, revisiting the debate is necessary to understand a contradiction between
the expanded possibilities for political participation and the return of the ‘auratic’ or cultic
function of technologised consumer culture. At the same time, the article shows that technology
does politicise consumer culture. However, the pitfall lies in that the politicisation is done
through technology as a tool, which is vulnerable to appropriation, granting those who are in
the position to control it a substantial political resource. Consequently, the article argues that
the politicisation of consumer culture risks having a reverse effect of facilitating the
aestheticising of politics – turning politics into a spectacle.

1.7 Influência dos meios de comunicação e opinião pública

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1.8 Classificação Indicativa

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente (regulamenta art. 220, § 3º, I)

Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos
públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em
lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a
natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer
nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o
público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas.
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem a venda
ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação
em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre a
natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e
adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter
ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco,
armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família.

 Classificação indicativa
 Afixada antes da obra (cinema, teatro)
 Mostrada na TV
 Indicada em fitas / produtos físicos
 Indicada em revistas quando tiverem material impróprio/inadequado (embalagem
lacrada)
 Menor de 10 anos, somente acompanhado de pai ou responsável
 TV: somente programação educativa, artística, cultural e informativa no horário para o
público infanto-juvenil (qual é)?

Portaria MJSP nº 502/2021

 eixos temáticos: conjunto de critérios temáticos de classificação indicava relacionados


a três categorias distintas, a saber: “violência”, “sexo e nudez” e “drogas"

Art. 4º Ficam sujeitos à classificação indicativa pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública,
com a obrigatoriedade de inscrição processual:

I - obras audiovisuais destinadas à televisão aberta;


II - obras audiovisuais destinadas ao vídeo doméstico;
III - obras audiovisuais destinadas às salas de cinema e aos espaços de exibição;
IV - jogos eletrônicos e aplicativos comercializados ou distribuídos gratuitamente em mídia
física; e
V - jogos de interpretação de personagens.

Art. 5º Serão classificados pelo sistema de autoclassificação, com dispensa de inscrição


processual, sujeitos ao monitoramento e à alteração determinada pelo Ministério da Jusça e
Segurança Pública:

I - as obras classificáveis destinadas ao serviço de acesso condicionado (SeAC);


II - as obras classificáveis destinadas aos serviços de vídeo sob demanda por meio de assinatura
ou gratuitos;
III - as exibições ou apresentações ao vivo, abertas ao público, tais como as circenses, as teatrais,
os shows musicais, as exposições e as mostras de artes visuais;
IV - os programas radiofônicos;
V - as chamadas de programação;
VI - os jogos eletrônicos e aplicativos comercializados ou distribuídos, ofertados ou acessíveis
gratuitamente, exclusivamente em mídia digital, conforme disposto no art. 45; e
VII - as obras classificáveis destinadas aos aplicativos ou aplicações de internet direcionadas ao
mercado brasileiro.

Art. 6º Não serão objeto de classificação indicava:


I - as competições, os eventos e os programas esportivos;
II - os programas e as propagandas eleitorais;
III - as propagandas e as publicidades em geral;
IV - os programas jornalísticos;
V - os conteúdos audiovisuais produzidos por usuários de aplicações de internet, mediante
pagamento ou não, sem prejuízo da responsabilidade prevista na Lei nº 12.965, de 23 de abril
de 2014 (Marco Civil da Internet) e outras legislações específicas; e
VI - conteúdos referentes às transmissões ao vivo ou não, de rituais, cultos, missas,
procissões ou quaisquer celebrações religiosas ou liturgias.

Art. 11. As obras de que trata esta Portaria poderão ser classificadas nas seguintes
categorias:
I - livre;
II - não recomendado para menores de 10 (dez) anos;
III - não recomendado para menores de 12 (doze) anos;
IV - não recomendado para menores de 14 (catorze) anos;
V - não recomendado para menores de 16 (dezesseis) anos; e
VI - não recomendado para menores de 18 (dezoito) anos.

Art. 12. A classificação indicava tem como eixos temácos:


I - sexo e nudez;
II - violência; e
III - drogas.

Classificação MJSP: label L, 10, 12 ... 18


Autoclassificação: label AL, A10, A12 ... A18
A informação sobre a classificação indicativa inclui descritores de conteúdo, que são um resumo
das principais tendências de indicação na obra classificada. A lista de descritores explica a
classificação como também informa pais e responsáveis sobre o tipo de conteúdo presente na
obra. Por exemplo, uma obra classificada como “10 anos” e com o descritor “Violência” irá
conter cenas violentas leves, enquanto uma obra com classificação “16 anos” e o mesmo
descritor apresentará cenas violentas mais fortes. Atualmente, são utilizados os seguintes
descritores na exibição da classificação indicativa[13]:

 Atos Criminosos
 Conteúdo Sexual
 Drogas
 Drogas Ilícitas
 Drogas Lícitas
 Linguagem Imprópria
 Medo
 Nudez
 Procedimentos Médicos
 Sexo Explícito
 Temas Sensíveis
 Violência
 Violência Extrema
 Violência Fantasiosa

ADI 2404 (PTB/ABERT) - A classificação indicativa não pode ser vista como uma imposição do
Estado ou um meio de censurar previamente os conteúdos veiculados em rádio e televisão, pois
o instituto tem caráter pedagógico e complementar ao auxiliar os pais a definir o que seus filhos
podem ou não assistir. Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal declarou
inconstitucional o artigo 254 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece
multa e suspensão de programação às emissoras de rádio e TV que exibirem programas em
horário não autorizado pela classificação indicativa.

1.9 Propaganda e publicidade

Lei 9.294/1996

Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas
potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac. - vinho e cerveja fora

Art. 3º É vedada, em todo o território nacional, a propaganda comercial de cigarros,


cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não
do tabaco, com exceção apenas da exposição dos referidos produtos nos locais de
vendas, desde que acompanhada das cláusulas de advertência a que se referem os §§
2o, 3o e 4o deste artigo e da respectiva tabela de preços, que deve incluir o preço mínimo
de venda no varejo de cigarros classificados no código 2402.20.00 da Tipi, vigente à
época, conforme estabelecido pelo Poder Executivo.

§ 2o A propaganda conterá, nos meios de comunicação e em função de suas


características, advertência, sempre que possível falada e escrita, sobre os malefícios
do fumo, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, segundo
frases estabelecidas pelo Ministério da Saúde, usadas seqüencialmente, de forma
simultânea ou rotativa.

Art. 3o-A Quanto aos produtos referidos no art. 2o desta Lei (cigarros, cigarrilhas,
charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do
tabaco), são proibidos:

I – a venda por via postal;


II – a distribuição de qualquer tipo de amostra ou brinde;
III – a propaganda por meio eletrônico, inclusive internet;
IV – a realização de visita promocional ou distribuição gratuita em estabelecimento de
ensino ou local público;
V – o patrocínio de atividade cultural ou esportiva;
VI – a propaganda fixa ou móvel em estádio, pista, palco ou local similar;
VII – a propaganda indireta contratada, também denominada merchandising, nos
programas produzidos no País após a publicação desta Lei, em qualquer horário;
VIII – a comercialização em estabelecimento de ensino, em estabelecimento de saúde e
em órgãos ou entidades da Administração Pública;
IX – a venda a menores de dezoito anos.

Art. 4° Somente será permitida a propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas


emissoras de rádio e televisão entre as vinte e uma e as seis horas.
§ 1° A propaganda de que trata este artigo não poderá associar o produto ao esporte
olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à
condução de veículos e a imagens ou idéias de maior êxito ou sexualidade das
pessoas.
§ 2° Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas conterão advertência nos
seguintes termos: "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".
Art. 4o-A. Na parte interna dos locais em que se vende bebida alcoólica, deverá ser
afixado advertência escrita de forma legível e ostensiva de que é crime dirigir sob a
influência de álcool, punível com detenção. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 5° As chamadas e caracterizações de patrocínio dos produtos indicados nos arts. 2°
(cigarro) e 4° (bebida), para eventos alheios à programação normal ou rotineira das
emissoras de rádio e televisão, poderão ser feitas em qualquer horário, desde que
identificadas apenas com a marca ou slogan do produto, sem recomendação do seu
consumo.
§ 1° As restrições deste artigo aplicam-se à propaganda estática existente em estádios,
veículos de competição e locais similares.
§ 2° Nas condições do caput, as chamadas e caracterizações de patrocínio dos
produtos estarão liberados da exigência do § 2° do art. 3° desta Lei.
Art. 6° É vedada a utilização de trajes esportivos, relativamente a esportes olímpicos,
para veicular a propaganda dos produtos de que trata esta Lei.
Art. 7° A propaganda de medicamentos e terapias de qualquer tipo ou espécie poderá
ser feita em publicações especializadas dirigidas direta e especificamente a
profissionais e instituições de saúde.
§ 1° Os medicamentos anódinos (“destinados a mitigar ou cessar a dor; antálgicos,
paliativos” - analgésicos) e de venda livre, assim classificados pelo órgão
competente do Ministério da Saúde, poderão ser anunciados nos órgãos de
comunicação social com as advertências quanto ao seu abuso, conforme indicado pela
autoridade classificatória.
§ 2° A propaganda dos medicamentos referidos neste artigo não poderá conter
afirmações que não sejam passíveis de comprovação científica, nem poderá utilizar
depoimentos de profissionais que não sejam legalmente qualificados para fazê-lo.
§ 3° Os produtos fitoterápicos da flora medicinal brasileira que se enquadram no
disposto no § 1° deste artigo deverão apresentar comprovação científica (pra quem?)
dos seus efeitos terapêuticos no prazo de cinco anos da publicação desta Lei, sem o
que sua propaganda será automaticamente vedada.
§ 4o É permitida a propaganda de medicamentos genéricos em campanhas
publicitárias patrocinadas pelo Ministério da Saúde e nos recintos dos estabelecimentos
autorizados a dispensá-los, com indicação do medicamento de referência.
§ 5° Toda a propaganda de medicamentos conterá obrigatoriamente advertência
indicando que, a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.
Art. 8° A propaganda de defensivos agrícolas que contenham produtos de efeito
tóxico, mediato ou imediato, para o ser humano, deverá restringir-se a programas e
publicações dirigidas aos agricultores e pecuaristas, contendo completa explicação
sobre a sua aplicação, precauções no emprego, consumo ou utilização, segundo o que
dispuser o órgão competente do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, sem
prejuízo das normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde ou outro órgão do Sistema
Único de Saúde.

Decreto 2018/1996

Art. 8º A propaganda comercial de bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze
graus Gay Lussac somente será permitida nas emissoras de rádio e televisão entre às
vinte e uma e às seis horas.

CONAR / CBAP

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) foi aprovado em


1978 durante o III Congresso Brasileiro de Publicidade, e apresentou-se como
contraponto às iniciativas que defendiam a imposição de limites à publicidade, por meio
de uma fiscalização dos anúncios. O código é um conjunto de normas que estabelece
princípios éticos e regras para a publicidade no Brasil. Ele é mantido pelo Conselho Nacional
de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), que é uma entidade privada sem fins
lucrativos. O código tem 50 artigos e é atualizado periodicamente. Ele estabelece princípios
gerais, categorias especiais de anúncios, responsabilidades, infrações e penalidades.

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) estabelece categorias


especiais de anúncios que possuem regras específicas. Essas categorias são:

 Bebidas alcoólicas
 Educação, cursos e ensino
 Empregos e oportunidades
 Imóveis: venda e aluguel
 Investimentos, empréstimos e mercado de capitais
 Lojas e varejo
 Médicos, dentistas, veterinários, parteiras, massagistas, enfermeiros, serviços
hospitalares, paramédicos, para-hospitalares, produtos protéticos e
tratamentos
 Produtos alimentícios
 Produtos farmacêuticos isentos de prescrição
 Produtos de fumo
 Produtos inibidores de fumo
 Profissionais liberais
 Reembolso postal ou vendas pelo correio
 Turismo, viagens, excursões e hotelaria
 Veículos motorizados
 Cervejas e vinhos
 Testemunhais, atestados e endossos
 Defensivos agrícolas
 Armas de fogo

Como ocorre a fiscalização dos anúncios publicitários?

A fiscalização do Conar acontece tanto de forma autônoma, como também (e


principalmente) ao receber, analisar e julgar denúncias de pessoas e entidades
a uma das oito câmaras do Conselho de Ética do órgão.
Esse time, composto tanto de profissionais voluntários com experiência no
mercado publicitário, quanto também profissionais da sociedade civil
(médicos, advogados, contadores, jornalistas, e todos que possuam
experiência em relações de consumo), é responsável por julgar as
reclamações e suspeitas de violação.
Após analisar o anúncio, a equipe decide se a violação de fato existe. Caso
positivo, a empresa ou agência de publicidade responsável pelo anúncio pode
ser chamada para apresentar sua defesa.
Após ouvir ambos os lados, o Conselho de Ética decide sobre as sanções a
serem impostas, se houver.
Normalmente, a primeira e mais comum é “recomendar alteração” da peça.
Um exemplo recente foi dos casos dos anúncios de lanches do McDonald’s e
Burger King, o McPicanha e o Whopper Costela.
Em casos mais graves, porém, o Conar pode solicitar a suspensão da
veiculação do anúncio.
A suspensão efetiva (ou seja, a retirada da peça dos veículos de comunicação)
pode ser realizada por meio de liminares que são enviadas aos anunciantes.
Um dos estandartes do órgão é a máxima que, mesmo após 42 anos de
atividades, o Conar nunca teve uma recomendação desrespeitada.
Mas quais são as sanções mais comuns? Além da recomendação de alteração,
as empresas envolvidas podem sofrer advertências e multas, bem como a
exclusão do anúncio dos veículos.
Agora, qualquer um pode apresentar uma reclamação ao Conar?
Sim. Qualquer pessoa que acredita que um anúncio viola o Código pode
registrar uma reclamação junto ao Conar.

http://www.conar.org.br/codigo/codigo.php

A Lei nº 12.232/2010 estabelece normas gerais para licitação e contratação pela administração
pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda. Ela se
aplica a órgãos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, pessoas da administração indireta e
todas as entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes referidos no caput do artigo
1º.

A lei define serviços de publicidade como o conjunto de atividades realizadas integradamente


que tenham por objetivo o estudo, o planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a
execução interna, a intermediação e a supervisão da execução externa e a distribuição de
publicidade aos veículos e demais meios de divulgação, com o objetivo de promover a venda de
bens ou serviços de qualquer natureza, difundir ideias ou informar o público em geral.

Os contratos de serviços de publicidade terão por objeto somente as atividades previstas no


caput do artigo 2º e no § 1º do mesmo artigo. É vedada a inclusão de quaisquer outras
atividades, em especial as de assessoria de imprensa, comunicação e relações públicas ou as que
tenham por finalidade a realização de eventos festivos de qualquer natureza.

A lei também permite a adjudicação do objeto da licitação a mais de uma agência de


propaganda, sem a segregação em itens ou contas publicitárias, mediante justificativa no
processo de licitação.
 “melhor técnica” ou “técnica e preço”

 a proposta técnica será composta de um plano de comunicação publicitária, pertinente


às informações expressas no briefing, e de um conjunto de informações referentes ao
proponente;

 a proposta de preço conterá quesitos representativos das formas de remuneração


vigentes no mercado publicitário;

 serão fixados critérios objetivos e automáticos de identificação da proposta mais


vantajosa para a administração, no caso de empate na soma de pontos das propostas
técnicas, nas licitações do tipo “melhor técnica”;

Elementos do Plano de Comunicação Publicitária:

I - raciocínio básico, sob a forma de texto, que apresentará um diagnóstico das necessidades de
comunicação publicitária do órgão ou entidade responsável pela licitação, a compreensão do
proponente sobre o objeto da licitação e os desafios de comunicação a serem enfrentados;
II - estratégia de comunicação publicitária, sob a forma de texto, que indicará e defenderá as
linhas gerais da proposta para suprir o desafio e alcançar os resultados e metas de comunicação
desejadas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação;
III - ideia criativa, sob a forma de exemplos de peças publicitárias, que corresponderão à
resposta criativa do proponente aos desafios e metas por ele explicitados na estratégia de
comunicação publicitária;
IV - estratégia de mídia e não mídia, em que o proponente explicitará e justificará a estratégia e
as táticas recomendadas, em consonância com a estratégia de comunicação publicitária por ela
sugerida e em função da verba disponível indicada no instrumento convocatório, apresentada
sob a forma de textos, tabelas, gráficos, planilhas e por quadro resumo que identificará as peças
a serem veiculadas ou distribuídas e suas respectivas quantidades, inserções e custos nominais
de produção e de veiculação.

As propostas de preços serão apresentadas em 1 (um) invólucro e as propostas técnicas em 3


(três) invólucros distintos, destinados um para a via não identificada do plano de comunicação
publicitária, um para a via identificada do plano de comunicação publicitária e outro para as
demais informações integrantes da proposta técnica.

As propostas técnicas serão analisadas e julgadas por subcomissão técnica, constituída por,
pelo menos, 3 (três) membros que sejam formados em comunicação, publicidade ou marketing
ou que atuem em uma dessas áreas, sendo que, pelo menos, 1/3 (um terço) deles não poderão
manter nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou a entidade
responsável pela licitação.

É facultativa a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por
agência de propaganda, e os frutos deles resultantes constituem, para todos os fins de direito,
receita própria da agência e não estão compreendidos na obrigação estabelecida no parágrafo
único do art. 15 desta Lei.

As agências de propaganda não poderão, em nenhum caso, sobrepor os planos de incentivo aos
interesses dos contratantes, preterindo veículos de divulgação que não os concedam ou
priorizando os que os ofereçam, devendo sempre conduzir-se na orientação da escolha desses
veículos de acordo com pesquisas e dados técnicos comprovados.

Art. 20-B. Para fins desta Lei, os serviços de comunicação institucional compreendem os
serviços de relações com a imprensa e de relações públicas, assim definidos:

I - relações com a imprensa: ação que reúne estratégias organizacionais para promover e
reforçar a comunicação dos órgãos e das entidades contratantes com seus públicos de
interesse, por meio da interação com profissionais da imprensa; e

II - relações públicas: esforço de comunicação planejado, coeso e contínuo que tem por objetivo
estabelecer adequada percepção da atuação e dos objetivos institucionais, a partir do estímulo à
compreensão mútua e da manutenção de padrões de relacionamento e fluxos de informação
entre os órgãos e as entidades contratantes e seus públicos de interesse, no Brasil e no exterior.

1.10 História das comunicações no Brasil

A imprensa foi trazida para o Brasil por iniciativa oficial em 1808, quando a Corte de D. João VI
veio para o Rio de Janeiro. Antes dessa data, era uma atividade proibida na Colônia e, desde
então, passaria a sofrer exame prévio dos censores reais.

Foi da Impressão Régia que, em 10 de setembro de 1808, saiu o primeiro número da Gazeta do
Rio de Janeiro, um jornal semanal, que era vendido e trazia os despachos de D. João, notícias da
Corte e da Europa. “Jornal oficial, feito na imprensa oficial, nada nele constituía atrativo para o
público, nem essa era a preocupação dos que o faziam, como a dos que o haviam criado.”

Três meses antes dessa publicação ser lançada, Hipólito da Costa havia fundado o Correio
Braziliense, cujo número inaugural circulou em junho de 1808, redigido e dirigido no exílio, em
Londres.
Foi fundado o primeiro jornal provinciano do país, na Bahia, em 1811: A Idade de Ouro do
Brasil. Em 1812 seria a vez de Variedades ou Ensaios de literatura e, um ano depois, O Patriota.
Mas, desde 1809, circulava em Lisboa Reflexões sobre o Correio Braziliense, que combatia o
jornal editado por Hipólito da Costa.

Em oposição aos jornais ligados ao governo português, começaram a ser impressos vários títulos
pelos país: Preciso, por exemplo, era um documento político, publicado em Recife, em 1817. O
Despotismo Desmascarado ou A Verdade Denodada era um folheto publicado no Pará, em 1820;
A Malagueta, de 1821, fundada e dirigida por Luís Augusto May, antigo militar, tinha como
propósito criticar a Corte.

A imprensa, contudo, não se desenvolveu rapidamente, encontrando-se limitada basicamente à


dos estabelecimentos de governo (como a já citada Imprensa Nacional), ou à dos jornais. Os
jornais que sobreviveram por longo período são o Diário de Pernambuco (1825) e, no Rio de
Janeiro, o Jornal do Commercio (1827).

Nesse clima, Cipriano José Barata lançou sua Sentinella da Liberdade, um pasquim que
empregava linguagem panfletária, revoltada e patriótica. Sua luta era contra o absolutismo que
vigorava no país. Devido às constantes prisões de Barata, o pasquim foi publicado em diversos
locais do país.

O Globo publicou vários romances sob a forma de folhetim (em capítulos). Em 1874 editou A
mão e a luva, de Machado de Assis. O jornal, apesar de homônimo ao atual, da família Marinho,
teve objetivo e trajetória diferentes. O contemporâneo foi fundado em 1925, por Irineu
Marinho. O do século passado era dirigido por Quintino Bocayuva.

A partir de 1870 começam a surgir periódicos em defesa das idéias republicanas. Naquele ano
foi fundado o Partido Republicano e o jornal A República, “Voz de um partido a que se lança
hoje para fallar ao paiz”, com a primeira missão de publicar o manifesto republicano.

Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta
de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas.
Os demais foram o Diario de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do
Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha
republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O
Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da
Tarde.

Em 1922, a partir de uma estratégia para expandir mercados, a empresa norte-americana


Westinghouse enviou, a título de demonstração, duas estações transmissoras de rádio ao Brasil.
Até 1924 foram feitas várias emissões experimentais. A primeira fase do rádio no país (de 1925 a
1934), impulsionada pelos ideais de Roquette Pinto, foi marcada por objetivos culturais e pelo
público composto pelas classes abonadas.

Em meados da década de 30, o presidente Getúlio Vargas criou a Hora do Brasil, programa
apresentado de 19h às 20h, horário em que famílias se reuniam para escutar rádio.
Depois de decretado o Estado Novo, em 1937, Vargas instituiu o DIP (Departamento de
Imprensa e Propaganda) e iniciou o período em que o rádio foi utilizado como instrumento de
ação político-social. Em 1940, seguindo a mesma linha, o presidente instituiu as Empresas
Incorporadas ao Patrimônio da União - entre as quais a Rádio Nacional, futura porta-voz do
governo.

Fundada em 1926, a Mayrink Veiga foi a primeira grande rádio comercial do país. Grandes
nomes da época como Lamartine Babo e César Ladeira passaram pela rádio como contratados
fixos. Mesmo quando perdeu o primeiro lugar para a Nacional e, posteriormente, com a
concorrência da TV, a rádio manteve sua relevância com programas de humor como o PRK-30.
No início de 1960, a rádio, com um novo dono, passou a ter caráter político. A Mayrink Veiga foi
fechada no início da ditadura militar no Brasil em 1964.

No dia 12 de setembro de 1936, a Rádio Nacional entrou no ar. Sediada no imponente edifício
do jornal A Noite, a Nacional entrava no ar ao som da canção Luar do Sertão, de João
Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense. Inicialmente, a Rádio Nacional segue a trajetória das
outras emissoras da época.
Foi em 1940 que a história da emissora muda. Em meio à ditadura do Estado Novo de Getúlio
Vargas, a Nacional é estatizada pelo governo. De um lado, foram feitos investimentos pesados
em tecnologia (para aumentar o alcance da emissora) e em novos produtos. De outro, a rádio
passava a servir a um projeto de governo e de valorização de uma cultura brasileira.

A televisão no Brasil tem início comercialmente em 18 de setembro de 1950, quando foi


inaugurada a TV Tupi em São Paulo, com equipamentos trazidos por Assis Chateaubriand,
fundando assim o primeiro canal de televisão no país. Cinco meses depois, em 20 de janeiro de
1951, entra no ar a TV Tupi Rio de Janeiro.

Em 26 de abril de 1965, entrou no ar a TV Globo Rio de Janeiro, embrião da Rede Globo de


Televisão. Em março de 1966 a TV Globo comprou a TV Paulista, transformando-a em TV Globo
São Paulo, primeiro passo para a criação da Rede Globo. Em 13 de maio de 1967, começou a
funcionar a TV Bandeirantes, canal 13 de São Paulo, primeira emissora da Rede Bandeirantes.
Em 1968 foi inaugurada a primeira emissora de TV educativa do Brasil: a TV Universitária, da
Universidade Federal de Pernambuco. Em 28 de fevereiro de 1969, inauguraram-se no Brasil as
primeiras torres de rastreamento de satélites pela Embratel, então uma empresa estatal,
localizadas no município de Tanguá no Estado do Rio de Janeiro, ligando em linha direta o Brasil
entre si e com o restante do mundo. Em 19 de fevereiro de 1972 foi iniciada a primeira
transmissão em cores no Brasil.[1]No dia 10 de agosto de 1972, foi inaugurada a Rede
Amazônica, em Manaus, com seu sinal em cores, sendo uma das pioneiras com a tecnologia no
País.[

Em 16 de julho de 1980, foi fechada pelo governo federal a Rede Tupi, emissora pioneira da TV
no Brasil, no ar desde a década de 1950. No dia 19 de agosto de 1981, Silvio Santos unificou suas
emissoras, fundando o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Em 5 de junho de 1983, foi fundada
no Rio de Janeiro a Rede Manchete, composta de canais no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo
Horizonte, Recife, Fortaleza e com representação em Brasília. Em março de 1985, o Brasil
começou a operar com o seu primeiro satélite, o Brasilsat. Em 1987 voltou a funcionar a TV Rio,
que mais tarde seria vendida à Igreja Universal. Em 9 de novembro de 1989, a TV Record de São
Paulo foi vendida para o Bispo Edir Macedo, iniciando então a Rede Record de Televisão. Em 20
de outubro de 1990, após uma joint-venture entre o Grupo Abril e a americana Viacom, entrou
no ar a MTV Brasil, primeira emissora de televisão segmentada no Brasil.[4][5]A primeira TV por
assinatura no Brasil surgiu em 1990 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no sistema
"MMDS" (Multichannel Multipoint Distribution Service). A empresa pioneira foi comprada no
ano seguinte pela Editora Abril, que transformou-a em TVA. Em 16 de maio de 1999 a Rede
Manchete foi vendida a um grupo de empresários paulistas que fundaram a RedeTV!. A TV
Digital no Brasil teve início às 20h30 do dia 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de
São Paulo, utilizando o padrão ISDB-T japonês

Em 1951, a televisão não contava ainda com propagandas comerciais. Assim, o intervalo entre
um programa e outro era preenchido com números musicais filmados, para dar tempo de se
modificar o cenário para a atração seguinte. Como no Brasil as concessões de televisão eram
entregues às emissoras de rádio, a televisão era encarada como "um rádio com imagens".
Assim, vários artistas de rádio, principalmente, participaram desses filmes.

Em 5 de maio de 1963, entra no ar, timidamente pela TV Paulista canal 5, o Programa Silvio
Santos, naquela época contando apenas com uma hora de duração nas tardes de domingo.
Também em 1963, o grande destaque foi a estreia em 22 de julho da primeira telenovela
brasileira diária, pela TV Excelsior em São Paulo, 2-5499 Ocupado, estrelada por Tarcísio Meira e
Glória Menezes. Também em julho de 1963, a TV Excelsior, que estava no ar no Rio de Janeiro
em caráter experimental desde janeiro, contrata, praticamente, todo o elenco humorístico da
TV Rio, fazendo com que a emissora procure novos astros no teatro, cinema e no rádio.

No final do ano de 1964, uma estranha união acontece na televisão brasileira. A TV Tupi de São
Paulo e a TV Rio unem-se para exibir a novela O Direito de Nascer. A novela terminou por ser o
maior sucesso da televisão em todos os tempos, atingiu no último capítulo o índice de audiência
de 99,75% dos televisores ligados.[nota 8]A repercussão da novela foi tão grande que gerou grande
crise na TV Tupi Rio de Janeiro (que havia recusado a novela usando a desculpa de que já havia
sido exibida no rádio carioca há poucos anos e, portanto, não teria sucesso na televisão),
ocasionando a demissão de toda a sua diretoria.

Ainda em 1967, a TV Globo faz experiências de TV em cores, utilizando o sistema americano


NTSC exibindo programas como a Discoteca do Chacrinha e Dercy de Verdade coloridos.
Enquanto fazia testes, no entanto, o governo federal emite uma nota de que o sistema adotado
para TV em cores no Brasil seria o sistema da empresa Telefunken, desenvolvido na Alemanha,
chamado de PAL, numa variação especialmente feita para países quentes, denominada de PAL
M; além disso, proíbe quaisquer testes com outros sistemas, marcando a implantação das cores
em cinco anos, ou seja, em 1972.

A primeira transmissão foi da Festa da Uva de Caxias do Sul em 10 de Fevereiro de 1972, pela TV
Difusora de Porto Alegre, com apoio técnico da TV Rio, TV Gaúcha e TV Piratini.[18]

Em 29 de junho de 1970, em substituição a novela Véu de Noiva, estreia no horário das oito na
Globo, Irmãos Coragem, novela de Janete Clair dirigida por Daniel Filho e Milton Gonçalves
trazendo no elenco: Tarcísio Meira, Glória Menezes, Cláudio Marzo, Regina Duarte, Cláudio
Cavalcanti, Lúcia Alves, Glauce Rocha, Gilberto Martinho, Zilka Salaberry e quase todo o elenco
de teledramaturgia da Globo na época. A intenção da Globo e de Janete Clair é trazer o público
masculino para assistir novelas, porque em 1970 a mentalidade que ainda impera é que novela
é para mulheres. Com uma novela em ritmo de "Far-West" brasileiro, passada no interior do
Mato Grosso, esse conceito foi abolido totalmente e Irmãos Coragem acabou sendo o primeiro
sucesso em âmbito nacional da Globo.

Em janeiro de 1973, a TV Globo estreia O Bem Amado, sua primeira novela em cores. A Rede
Tupi já exibia todas as suas novelas em cores, a Globo porém, achou melhor implantar as cores
aos poucos, primeiro exibindo alguns programas apenas, só quando sentiu-se segura, iniciou
suas produções coloridas em telenovelas. O Bem Amado foi escrito por Dias Gomes e tinha no
seu elenco Paulo Gracindo, Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Ida Gomes, Dorinha Duval, Dirce
Migliaccio e Jece Valadão entre outros. O Sucesso da novela foi tão grande, que tornou-se a
primeira novela do Brasil exibida no exterior (Irmãos Coragem foi exibido na TV hispânica nos
Estados Unidos, mas apenas um resumo de duas horas). O Bem Amado também viraria série de
televisão e filme de cinema, mais tarde.

Sendo assim, o Grupo Abril funda em 1991 a TVA, com transmissão do sinal via MMDS no Rio e
em São Paulo com apenas cinco canais. Além da CNN, Superstation e ESPN, a TVA trocou a TVM
pela MTV Brasil e o canal de filmes passou a chamar-se TVA Filmes, em 1994 a TVA fecha
contrato com a HBO, passando a transmitir, na época com exclusividade, seu sinal no lugar da
TVA Filmes. Em 1993 a TVA lança o canal Cartoon Network com desenhos animados 24 horas
por dia, pertencente aos estúdios Hanna-Barbera. Em 1992, a NET surge no Brasil, com
transmissão via cabo, no estilo empregado nas cidades americanas, com a primeira ligação nos
bairros de Ipanema e Leblon, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda em 1992, a NET chegaria a São
Paulo, nos bairros de Interlagos e Jardim Paulista.

No começo do século, surgia um novo estilo de programa na TV brasileira: os reality-shows, que


se popularizava cada vez mais nos Estados Unidos. O primeiro a despontar foi o No Limite, da
Globo. Apresentado pelo jornalista Zeca Camargo, ex-VJ da MTV, o programa era fundamentado
no cotidiano de 12 participantes que eram obrigados a conviver em algum lugar inabitado, por
exemplo, uma floresta. O programa deu certo e voltaria a ter outras 3 edições, o que fez o SBT a
lançar o polêmico, porém bem-sucedido Casa dos Artistas. Apresentado pelo próprio Silvio
Santos, consistia em 12 celebridades que tinham que conviver juntas, porém em uma casa de
luxo. O SBT ficou diversas vezes na liderança de audiência, o que fez a TV Globo movesse um
processo contra a emissora paulista, alegando que o programa era uma cópia do Big Brother
Brasil, que na época estava em processo de produção e que tinha fórmula semelhante ao do
programa do SBT, porém usando pessoas anônimas. O Big Brother seria lançado em 2002,
apresentado por Pedro Bial, jornalista e ex-correspondente internacional da emissora, e faria
muito sucesso, como também muita polêmica.

Na busca pela chegada a uma liderança, e na pressa de ajustar-se ao crescimento das suas
concorrentes como a Globo que detinha um canal de notícias em sinal por assinatura, a
GloboNews, primeira TV exclusivamente de jornalismo do Brasil e a Band que já havia
inaugurado a BandNews TV oferecendo, também em sinal por assinatura, uma alternativa ao
estilo da Globo News, mas também especializada em jornalismo, a Rede Record inaugura em 27
de setembro de 2007 a Record News, que também transmite em sinal aberto, com uma
programação noticiosa diferente das duas concorrentes nacionais, mas que não consegue atrair
o público, não alcançando audiência suficiente para justificar o investimento, quer pelos canais
abertos em São Paulo e Rio de Janeiro, quer por assinatura pela TVA, Sky, Via Embratel e Oi TV.

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