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“Arbitrária, desse modo, e inconciliável com a proteção constitucional da informação, a repressão à crítica
jornalística, pois o Estado – inclusive seus juízes e tribunais – não dispõe de poder algum sobre a palavra,
sobre as idéias e sobre as convicções manifestadas pelos profissionais da imprensa”
(AI no 705.630-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 22/3/2011, Segunda Turma, DJE de
6/4/2011)
Como já se afirmou, o Ministro Ayres Britto, relator da ADPF no 130, descreveu em seu voto a
concepção da liberdade de expressão como um “sobredireito”, cujo gozo não pode ser
prejudicado pelo “eventual desrespeito a direitos constitucionais alheios, ainda que
também densificadores da personalidade humana”,
ADI 4451/2018 -
permitiu programas de humor também em período de propaganda eleitoral, em que se vedava
qualquer menção a nomes de candidatos a cargos políticos
O grau de importância que a Constituição atribuiu à livre expressão como direito fundamental a
põe a salvo de certas investidas do poder público.
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização
para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da
complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a contar do
recebimento da mensagem.
§ 2º A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação de, no mínimo,
dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.
§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do
Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.
§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de
decisão judicial.
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de
quinze para as de televisão.
Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu
órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.
Art. 222 CF
Enquanto os trabalhadores em geral possuem uma jornada diária de 8 horas, a carga horária de
trabalho de um jornalista é de 5 horas. E caso haja um acordo de prorrogação de jornada entre
empregado empregador a jornada poderá ser estendida para 7 horas, desde que haja um
acréscimo salarial correspondente.
Recurso Extraordinário:
o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão.
Prazo:
Tramitação preferencial
Importante destacar que uma eventual indenização por dano moral causado pela matéria
gravosa deverá ser pleiteada em ação separada, tendo em vista que a ação prevista na Lei nº
13.188/2015 é uma ação de rito especial cujo objeto exclusivo é o direito de resposta.
Resumo
Gratuito e proporcional ao agravo
Pedido até 60 dias depois do ocorrido
Carta com AR destinada à empresa (não precisa saber quem foi o jornalista que
escreveu)
7 dias para resposta
Se não responder, pode ir à justiça, em ação de rito especial
Ação separada para danos morais
Empresa se retratar não exclui possibilidade de danos morais, mas pode ser atenuante
Discerning its potential for the mobilisation of the masses, Benjamin believed that technology
would politicise mass culture, allowing society to employ it for its political ends – an idea which
Adorno debunked. Technologised consumer culture has noticeably evolved since the time of the
debate. Nevertheless, revisiting the debate is necessary to understand a contradiction between
the expanded possibilities for political participation and the return of the ‘auratic’ or cultic
function of technologised consumer culture. At the same time, the article shows that technology
does politicise consumer culture. However, the pitfall lies in that the politicisation is done
through technology as a tool, which is vulnerable to appropriation, granting those who are in
the position to control it a substantial political resource. Consequently, the article argues that
the politicisation of consumer culture risks having a reverse effect of facilitating the
aestheticising of politics – turning politics into a spectacle.
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Art. 74. O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos
públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada.
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e espetáculos públicos deverão afixar, em
lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada sobre a
natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no certificado de classificação.
Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e espetáculos públicos
classificados como adequados à sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente poderão ingressar e permanecer
nos locais de apresentação ou exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável.
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o
público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e
informativas.
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou anunciado sem aviso de sua
classificação, antes de sua transmissão, apresentação ou exibição.
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários de empresas que explorem a venda
ou aluguel de fitas de programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou locação
em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão competente.
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invólucro, informação sobre a
natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e
adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu
conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens
pornográficas ou obscenas sejam protegidas com embalagem opaca.
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter
ilustrações, fotografias, legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco,
armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Classificação indicativa
Afixada antes da obra (cinema, teatro)
Mostrada na TV
Indicada em fitas / produtos físicos
Indicada em revistas quando tiverem material impróprio/inadequado (embalagem
lacrada)
Menor de 10 anos, somente acompanhado de pai ou responsável
TV: somente programação educativa, artística, cultural e informativa no horário para o
público infanto-juvenil (qual é)?
Art. 4º Ficam sujeitos à classificação indicativa pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública,
com a obrigatoriedade de inscrição processual:
Art. 11. As obras de que trata esta Portaria poderão ser classificadas nas seguintes
categorias:
I - livre;
II - não recomendado para menores de 10 (dez) anos;
III - não recomendado para menores de 12 (doze) anos;
IV - não recomendado para menores de 14 (catorze) anos;
V - não recomendado para menores de 16 (dezesseis) anos; e
VI - não recomendado para menores de 18 (dezoito) anos.
Atos Criminosos
Conteúdo Sexual
Drogas
Drogas Ilícitas
Drogas Lícitas
Linguagem Imprópria
Medo
Nudez
Procedimentos Médicos
Sexo Explícito
Temas Sensíveis
Violência
Violência Extrema
Violência Fantasiosa
ADI 2404 (PTB/ABERT) - A classificação indicativa não pode ser vista como uma imposição do
Estado ou um meio de censurar previamente os conteúdos veiculados em rádio e televisão, pois
o instituto tem caráter pedagógico e complementar ao auxiliar os pais a definir o que seus filhos
podem ou não assistir. Com esse entendimento, o Supremo Tribunal Federal declarou
inconstitucional o artigo 254 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece
multa e suspensão de programação às emissoras de rádio e TV que exibirem programas em
horário não autorizado pela classificação indicativa.
Lei 9.294/1996
Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas
potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac. - vinho e cerveja fora
Art. 3o-A Quanto aos produtos referidos no art. 2o desta Lei (cigarros, cigarrilhas,
charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do
tabaco), são proibidos:
Decreto 2018/1996
Art. 8º A propaganda comercial de bebidas potáveis com teor alcoólico superior a treze
graus Gay Lussac somente será permitida nas emissoras de rádio e televisão entre às
vinte e uma e às seis horas.
CONAR / CBAP
Bebidas alcoólicas
Educação, cursos e ensino
Empregos e oportunidades
Imóveis: venda e aluguel
Investimentos, empréstimos e mercado de capitais
Lojas e varejo
Médicos, dentistas, veterinários, parteiras, massagistas, enfermeiros, serviços
hospitalares, paramédicos, para-hospitalares, produtos protéticos e
tratamentos
Produtos alimentícios
Produtos farmacêuticos isentos de prescrição
Produtos de fumo
Produtos inibidores de fumo
Profissionais liberais
Reembolso postal ou vendas pelo correio
Turismo, viagens, excursões e hotelaria
Veículos motorizados
Cervejas e vinhos
Testemunhais, atestados e endossos
Defensivos agrícolas
Armas de fogo
http://www.conar.org.br/codigo/codigo.php
A Lei nº 12.232/2010 estabelece normas gerais para licitação e contratação pela administração
pública de serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda. Ela se
aplica a órgãos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, pessoas da administração indireta e
todas as entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes referidos no caput do artigo
1º.
I - raciocínio básico, sob a forma de texto, que apresentará um diagnóstico das necessidades de
comunicação publicitária do órgão ou entidade responsável pela licitação, a compreensão do
proponente sobre o objeto da licitação e os desafios de comunicação a serem enfrentados;
II - estratégia de comunicação publicitária, sob a forma de texto, que indicará e defenderá as
linhas gerais da proposta para suprir o desafio e alcançar os resultados e metas de comunicação
desejadas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação;
III - ideia criativa, sob a forma de exemplos de peças publicitárias, que corresponderão à
resposta criativa do proponente aos desafios e metas por ele explicitados na estratégia de
comunicação publicitária;
IV - estratégia de mídia e não mídia, em que o proponente explicitará e justificará a estratégia e
as táticas recomendadas, em consonância com a estratégia de comunicação publicitária por ela
sugerida e em função da verba disponível indicada no instrumento convocatório, apresentada
sob a forma de textos, tabelas, gráficos, planilhas e por quadro resumo que identificará as peças
a serem veiculadas ou distribuídas e suas respectivas quantidades, inserções e custos nominais
de produção e de veiculação.
As propostas técnicas serão analisadas e julgadas por subcomissão técnica, constituída por,
pelo menos, 3 (três) membros que sejam formados em comunicação, publicidade ou marketing
ou que atuem em uma dessas áreas, sendo que, pelo menos, 1/3 (um terço) deles não poderão
manter nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou a entidade
responsável pela licitação.
É facultativa a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por
agência de propaganda, e os frutos deles resultantes constituem, para todos os fins de direito,
receita própria da agência e não estão compreendidos na obrigação estabelecida no parágrafo
único do art. 15 desta Lei.
As agências de propaganda não poderão, em nenhum caso, sobrepor os planos de incentivo aos
interesses dos contratantes, preterindo veículos de divulgação que não os concedam ou
priorizando os que os ofereçam, devendo sempre conduzir-se na orientação da escolha desses
veículos de acordo com pesquisas e dados técnicos comprovados.
Art. 20-B. Para fins desta Lei, os serviços de comunicação institucional compreendem os
serviços de relações com a imprensa e de relações públicas, assim definidos:
I - relações com a imprensa: ação que reúne estratégias organizacionais para promover e
reforçar a comunicação dos órgãos e das entidades contratantes com seus públicos de
interesse, por meio da interação com profissionais da imprensa; e
II - relações públicas: esforço de comunicação planejado, coeso e contínuo que tem por objetivo
estabelecer adequada percepção da atuação e dos objetivos institucionais, a partir do estímulo à
compreensão mútua e da manutenção de padrões de relacionamento e fluxos de informação
entre os órgãos e as entidades contratantes e seus públicos de interesse, no Brasil e no exterior.
A imprensa foi trazida para o Brasil por iniciativa oficial em 1808, quando a Corte de D. João VI
veio para o Rio de Janeiro. Antes dessa data, era uma atividade proibida na Colônia e, desde
então, passaria a sofrer exame prévio dos censores reais.
Foi da Impressão Régia que, em 10 de setembro de 1808, saiu o primeiro número da Gazeta do
Rio de Janeiro, um jornal semanal, que era vendido e trazia os despachos de D. João, notícias da
Corte e da Europa. “Jornal oficial, feito na imprensa oficial, nada nele constituía atrativo para o
público, nem essa era a preocupação dos que o faziam, como a dos que o haviam criado.”
Três meses antes dessa publicação ser lançada, Hipólito da Costa havia fundado o Correio
Braziliense, cujo número inaugural circulou em junho de 1808, redigido e dirigido no exílio, em
Londres.
Foi fundado o primeiro jornal provinciano do país, na Bahia, em 1811: A Idade de Ouro do
Brasil. Em 1812 seria a vez de Variedades ou Ensaios de literatura e, um ano depois, O Patriota.
Mas, desde 1809, circulava em Lisboa Reflexões sobre o Correio Braziliense, que combatia o
jornal editado por Hipólito da Costa.
Em oposição aos jornais ligados ao governo português, começaram a ser impressos vários títulos
pelos país: Preciso, por exemplo, era um documento político, publicado em Recife, em 1817. O
Despotismo Desmascarado ou A Verdade Denodada era um folheto publicado no Pará, em 1820;
A Malagueta, de 1821, fundada e dirigida por Luís Augusto May, antigo militar, tinha como
propósito criticar a Corte.
Nesse clima, Cipriano José Barata lançou sua Sentinella da Liberdade, um pasquim que
empregava linguagem panfletária, revoltada e patriótica. Sua luta era contra o absolutismo que
vigorava no país. Devido às constantes prisões de Barata, o pasquim foi publicado em diversos
locais do país.
O Globo publicou vários romances sob a forma de folhetim (em capítulos). Em 1874 editou A
mão e a luva, de Machado de Assis. O jornal, apesar de homônimo ao atual, da família Marinho,
teve objetivo e trajetória diferentes. O contemporâneo foi fundado em 1925, por Irineu
Marinho. O do século passado era dirigido por Quintino Bocayuva.
A partir de 1870 começam a surgir periódicos em defesa das idéias republicanas. Naquele ano
foi fundado o Partido Republicano e o jornal A República, “Voz de um partido a que se lança
hoje para fallar ao paiz”, com a primeira missão de publicar o manifesto republicano.
Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta
de Noticias e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas.
Os demais foram o Diario de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do
Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais anteriores a 1889, mas de fortíssima campanha
republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a Revista Illustrada, O
Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gazeta da
Tarde.
Em meados da década de 30, o presidente Getúlio Vargas criou a Hora do Brasil, programa
apresentado de 19h às 20h, horário em que famílias se reuniam para escutar rádio.
Depois de decretado o Estado Novo, em 1937, Vargas instituiu o DIP (Departamento de
Imprensa e Propaganda) e iniciou o período em que o rádio foi utilizado como instrumento de
ação político-social. Em 1940, seguindo a mesma linha, o presidente instituiu as Empresas
Incorporadas ao Patrimônio da União - entre as quais a Rádio Nacional, futura porta-voz do
governo.
Fundada em 1926, a Mayrink Veiga foi a primeira grande rádio comercial do país. Grandes
nomes da época como Lamartine Babo e César Ladeira passaram pela rádio como contratados
fixos. Mesmo quando perdeu o primeiro lugar para a Nacional e, posteriormente, com a
concorrência da TV, a rádio manteve sua relevância com programas de humor como o PRK-30.
No início de 1960, a rádio, com um novo dono, passou a ter caráter político. A Mayrink Veiga foi
fechada no início da ditadura militar no Brasil em 1964.
No dia 12 de setembro de 1936, a Rádio Nacional entrou no ar. Sediada no imponente edifício
do jornal A Noite, a Nacional entrava no ar ao som da canção Luar do Sertão, de João
Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense. Inicialmente, a Rádio Nacional segue a trajetória das
outras emissoras da época.
Foi em 1940 que a história da emissora muda. Em meio à ditadura do Estado Novo de Getúlio
Vargas, a Nacional é estatizada pelo governo. De um lado, foram feitos investimentos pesados
em tecnologia (para aumentar o alcance da emissora) e em novos produtos. De outro, a rádio
passava a servir a um projeto de governo e de valorização de uma cultura brasileira.
Em 16 de julho de 1980, foi fechada pelo governo federal a Rede Tupi, emissora pioneira da TV
no Brasil, no ar desde a década de 1950. No dia 19 de agosto de 1981, Silvio Santos unificou suas
emissoras, fundando o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Em 5 de junho de 1983, foi fundada
no Rio de Janeiro a Rede Manchete, composta de canais no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo
Horizonte, Recife, Fortaleza e com representação em Brasília. Em março de 1985, o Brasil
começou a operar com o seu primeiro satélite, o Brasilsat. Em 1987 voltou a funcionar a TV Rio,
que mais tarde seria vendida à Igreja Universal. Em 9 de novembro de 1989, a TV Record de São
Paulo foi vendida para o Bispo Edir Macedo, iniciando então a Rede Record de Televisão. Em 20
de outubro de 1990, após uma joint-venture entre o Grupo Abril e a americana Viacom, entrou
no ar a MTV Brasil, primeira emissora de televisão segmentada no Brasil.[4][5]A primeira TV por
assinatura no Brasil surgiu em 1990 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no sistema
"MMDS" (Multichannel Multipoint Distribution Service). A empresa pioneira foi comprada no
ano seguinte pela Editora Abril, que transformou-a em TVA. Em 16 de maio de 1999 a Rede
Manchete foi vendida a um grupo de empresários paulistas que fundaram a RedeTV!. A TV
Digital no Brasil teve início às 20h30 do dia 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cidade de
São Paulo, utilizando o padrão ISDB-T japonês
Em 1951, a televisão não contava ainda com propagandas comerciais. Assim, o intervalo entre
um programa e outro era preenchido com números musicais filmados, para dar tempo de se
modificar o cenário para a atração seguinte. Como no Brasil as concessões de televisão eram
entregues às emissoras de rádio, a televisão era encarada como "um rádio com imagens".
Assim, vários artistas de rádio, principalmente, participaram desses filmes.
Em 5 de maio de 1963, entra no ar, timidamente pela TV Paulista canal 5, o Programa Silvio
Santos, naquela época contando apenas com uma hora de duração nas tardes de domingo.
Também em 1963, o grande destaque foi a estreia em 22 de julho da primeira telenovela
brasileira diária, pela TV Excelsior em São Paulo, 2-5499 Ocupado, estrelada por Tarcísio Meira e
Glória Menezes. Também em julho de 1963, a TV Excelsior, que estava no ar no Rio de Janeiro
em caráter experimental desde janeiro, contrata, praticamente, todo o elenco humorístico da
TV Rio, fazendo com que a emissora procure novos astros no teatro, cinema e no rádio.
No final do ano de 1964, uma estranha união acontece na televisão brasileira. A TV Tupi de São
Paulo e a TV Rio unem-se para exibir a novela O Direito de Nascer. A novela terminou por ser o
maior sucesso da televisão em todos os tempos, atingiu no último capítulo o índice de audiência
de 99,75% dos televisores ligados.[nota 8]A repercussão da novela foi tão grande que gerou grande
crise na TV Tupi Rio de Janeiro (que havia recusado a novela usando a desculpa de que já havia
sido exibida no rádio carioca há poucos anos e, portanto, não teria sucesso na televisão),
ocasionando a demissão de toda a sua diretoria.
A primeira transmissão foi da Festa da Uva de Caxias do Sul em 10 de Fevereiro de 1972, pela TV
Difusora de Porto Alegre, com apoio técnico da TV Rio, TV Gaúcha e TV Piratini.[18]
Em 29 de junho de 1970, em substituição a novela Véu de Noiva, estreia no horário das oito na
Globo, Irmãos Coragem, novela de Janete Clair dirigida por Daniel Filho e Milton Gonçalves
trazendo no elenco: Tarcísio Meira, Glória Menezes, Cláudio Marzo, Regina Duarte, Cláudio
Cavalcanti, Lúcia Alves, Glauce Rocha, Gilberto Martinho, Zilka Salaberry e quase todo o elenco
de teledramaturgia da Globo na época. A intenção da Globo e de Janete Clair é trazer o público
masculino para assistir novelas, porque em 1970 a mentalidade que ainda impera é que novela
é para mulheres. Com uma novela em ritmo de "Far-West" brasileiro, passada no interior do
Mato Grosso, esse conceito foi abolido totalmente e Irmãos Coragem acabou sendo o primeiro
sucesso em âmbito nacional da Globo.
Em janeiro de 1973, a TV Globo estreia O Bem Amado, sua primeira novela em cores. A Rede
Tupi já exibia todas as suas novelas em cores, a Globo porém, achou melhor implantar as cores
aos poucos, primeiro exibindo alguns programas apenas, só quando sentiu-se segura, iniciou
suas produções coloridas em telenovelas. O Bem Amado foi escrito por Dias Gomes e tinha no
seu elenco Paulo Gracindo, Lima Duarte, Emiliano Queiroz, Ida Gomes, Dorinha Duval, Dirce
Migliaccio e Jece Valadão entre outros. O Sucesso da novela foi tão grande, que tornou-se a
primeira novela do Brasil exibida no exterior (Irmãos Coragem foi exibido na TV hispânica nos
Estados Unidos, mas apenas um resumo de duas horas). O Bem Amado também viraria série de
televisão e filme de cinema, mais tarde.
Sendo assim, o Grupo Abril funda em 1991 a TVA, com transmissão do sinal via MMDS no Rio e
em São Paulo com apenas cinco canais. Além da CNN, Superstation e ESPN, a TVA trocou a TVM
pela MTV Brasil e o canal de filmes passou a chamar-se TVA Filmes, em 1994 a TVA fecha
contrato com a HBO, passando a transmitir, na época com exclusividade, seu sinal no lugar da
TVA Filmes. Em 1993 a TVA lança o canal Cartoon Network com desenhos animados 24 horas
por dia, pertencente aos estúdios Hanna-Barbera. Em 1992, a NET surge no Brasil, com
transmissão via cabo, no estilo empregado nas cidades americanas, com a primeira ligação nos
bairros de Ipanema e Leblon, na cidade do Rio de Janeiro. Ainda em 1992, a NET chegaria a São
Paulo, nos bairros de Interlagos e Jardim Paulista.
Na busca pela chegada a uma liderança, e na pressa de ajustar-se ao crescimento das suas
concorrentes como a Globo que detinha um canal de notícias em sinal por assinatura, a
GloboNews, primeira TV exclusivamente de jornalismo do Brasil e a Band que já havia
inaugurado a BandNews TV oferecendo, também em sinal por assinatura, uma alternativa ao
estilo da Globo News, mas também especializada em jornalismo, a Rede Record inaugura em 27
de setembro de 2007 a Record News, que também transmite em sinal aberto, com uma
programação noticiosa diferente das duas concorrentes nacionais, mas que não consegue atrair
o público, não alcançando audiência suficiente para justificar o investimento, quer pelos canais
abertos em São Paulo e Rio de Janeiro, quer por assinatura pela TVA, Sky, Via Embratel e Oi TV.