Você está na página 1de 24

APOSTILA

PROCESSO LEGISLATIVO
PROCESSO LEGISLATIVO
___________________________________________________________________________________________________________

SUMÁRIO
1- Lei nº 9.709/1998......................................................................................................................................................2
2- Procedimento Legislativo..........................................................................................................................................4
3- Conceitos Básicos......................................................................................................................................................5
4- Processo Legislativo.................................................................................................................................................10
5- Iniciativa de Elaboração de Leis...............................................................................................................................12
6- Seções da Assembleia Legislativa............................................................................................................................13

PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO

1- LEI Nº 9.709/1998.

A Lei nº 9.709/1998 regulamenta a execução do que está disposto nos incisos I, II e III
do art. 14 da Constituição Federal de 1988. Esses dispositivos tratam de instrumentos
de democracia direta, nos quais os cidadãos podem participar diretamente do processo
político, sem a mediação dos representantes eleitos.

Plebiscito: O plebiscito é uma consulta popular prévia, realizada antes da


implementação de uma medida de grande relevância, para que os cidadãos
expressem sua opinião sobre o assunto em questão. A Lei nº 9.709/1998
estabelece as regras para a convocação, realização e validação dos resultados
do plebiscito.

Referendo: O referendo é uma consulta popular realizada após a implementação


de uma medida legislativa ou administrativa, para que os cidadãos ratifiquem ou
rejeitem essa medida. A Lei nº 9.709/1998 também trata das normas para a
convocação, realização e validação dos resultados do referendo.

Iniciativa Popular: A iniciativa popular permite que os cidadãos apresentem


projetos de lei ao Legislativo, desde que acompanhados de um número mínimo
de assinaturas. A lei em questão estabelece os procedimentos para a
apresentação, análise e tramitação desses projetos.

Portanto, a Lei nº 9.709/1998 desempenha um papel fundamental ao regulamentar


esses instrumentos de democracia direta, garantindo que sejam realizados de acordo
com critérios estabelecidos e respeitando os princípios democráticos.

Art. 1o A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas
constitucionais pertinentes, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que


delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional,
legislativa ou administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou
administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe
tenha sido submetido.
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou
administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.

Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder


Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da
Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante
decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que
compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com
esta Lei.

Art. 4o A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento


para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios
Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada,
por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos

2
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as
respectivas Assembléias Legislativas.
§ 1o Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à
alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar
respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso
Nacional.
§ 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei
complementar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência
das respectivas Assembléias Legislativas.
§ 3o Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas
Assembléias Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria,
e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos
concernentes aos aspectos administrativos, financeiros, sociais e
econômicos da área geopolítica afetada.
§ 4o O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta
as informações técnicas a que se refere o parágrafo anterior.

Art. 5o O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao


desmembramento de Municípios, será convocado pela Assembléia
Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.

Art. 6o Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de
conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei
Orgânica.

Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por


população diretamente interessada tanto a do território que se pretende
desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão
ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que
receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se
manifestar em relação ao total da população consultada.

Art. 8o Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional


dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua
circunscrição:
I – fixar a data da consulta popular;
II – tornar pública a cédula respectiva;
III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;
IV – assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa
concessionários de serviço público, aos partidos políticos e às frentes
suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da matéria em
questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob
consulta.

Art. 9o Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa


não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá
sustada sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado.

Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei,


será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com
o resultado homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 11. O referendo pode ser convocado no prazo de trinta dias, a contar da
promulgação de lei ou adoção de medida administrativa, que se relacione de
maneira direta com a consulta popular.

Art. 12. A tramitação dos projetos de plebiscito e referendo obedecerá às


normas do Regimento Comum do Congresso Nacional.

3
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à
Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três
décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
§ 1o O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só
assunto.
§ 2o O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de
forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente,
providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou
de redação.

Art. 14. A Câmara dos Deputados, verificando o cumprimento das exigências


estabelecidas no art. 13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à
iniciativa popular, consoante as normas do Regimento Interno.

2- PROCEDIMENTO LEGISLATIVO.

O Procedimento Legislativo é o conjunto de etapas e processos pelos quais um projeto


de lei passa desde sua proposição até sua eventual aprovação e transformação em lei.
Esse procedimento varia de acordo com o sistema legislativo de cada país, mas
geralmente envolve várias fases, como a iniciativa legislativa, a tramitação nas
comissões parlamentares, os debates e votações nas casas legislativas e, por fim, a
sanção ou veto por parte do chefe do poder executivo.

Na maioria dos sistemas democráticos, a iniciativa legislativa pode partir de diferentes


atores, como membros do parlamento, do governo ou até mesmo cidadãos comuns em
alguns casos. Uma vez proposto, o projeto de lei é encaminhado para as comissões
parlamentares pertinentes, onde é discutido, emendado e, eventualmente, votado.

Após a análise nas comissões, o projeto de lei é levado para debate e votação no
plenário das casas legislativas, onde os legisladores têm a oportunidade de expressar
seus pontos de vista e argumentar a favor ou contra o projeto. Dependendo do sistema
legislativo, pode ser necessária uma ou mais votações em diferentes fases do processo
legislativo.

Finalmente, se o projeto for aprovado nas casas legislativas, ele é encaminhado para a
sanção ou veto pelo chefe do poder executivo. Em alguns sistemas, também pode haver
a possibilidade de promulgação automática após um determinado período de tempo
sem ação do chefe do executivo.

O Procedimento Legislativo é essencial para a democracia representativa, garantindo


que as leis sejam discutidas, debatidas e aprovadas de maneira transparente e
democrática, levando em consideração os interesses e necessidades da sociedade.

2.1 Tipos de Procedimentos:

O Procedimento Legislativo compreende diferentes tipos, cada um adaptado às


necessidades específicas do contexto legislativo e à urgência de determinadas
situações. Estes incluem:

4
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Procedimento Normal ou Ordinário: É o processo legislativo padrão, que segue
todas as etapas habituais de tramitação de um projeto de lei, desde sua
apresentação até sua aprovação ou rejeição.

Procedimento Abreviado: Este procedimento é utilizado para projetos de lei que


não requerem uma análise detalhada ou extensos debates, sendo geralmente
aplicado a questões menos complexas ou urgentes.

Procedimento Sumário: Similar ao procedimento abreviado, o procedimento


sumário é utilizado para acelerar a tramitação de projetos de lei, especialmente
em casos de urgência extrema, permitindo que sejam aprovados em um curto
espaço de tempo.

Procedimento Sumaríssimo: É o tipo de procedimento legislativo mais rápido e


simplificado, reservado para situações de emergência ou crise, onde é necessário
agir com extrema rapidez para resolver determinada questão.

Procedimento Especial: Este tipo de procedimento é aplicado a projetos de lei que


tratam de assuntos específicos ou que requerem uma abordagem legislativa
diferenciada, muitas vezes devido à sua complexidade ou importância.

Procedimento Concentrado: É um procedimento que busca concentrar todas as


etapas do processo legislativo em um período mais curto de tempo, geralmente
utilizado para temas urgentes ou controversos que necessitam de uma resposta
rápida do legislativo.

Esses diferentes tipos de procedimentos legislativos permitem que o sistema legislativo


se adapte às necessidades e demandas da sociedade, garantindo que as leis sejam
elaboradas e aprovadas de maneira eficiente e eficaz, de acordo com as circunstâncias
específicas de cada situação.

3- CONCEITOS BÁSICOS:

O seu edital pede uma série de conceitos básicos sobre termos variados utilizados no
dia a dia legislativo. Vamos separar em pontos e falar brevemente sobre eles.

3.1 anteprojeto, autógrafos, unicameralismo e bicameralismo.

A) "Anteprojeto" refere-se a uma proposta de lei elaborada por um grupo específico


de pessoas ou por uma comissão designada para esse fim. Esse anteprojeto é
submetido à consideração do órgão legislativo competente para análise e
eventual aprovação.

B) Os "autógrafos" são cópias autênticas de um projeto de lei aprovado pelas casas


legislativas e prontas para serem encaminhadas ao chefe do poder executivo
para sanção ou veto. Esses autógrafos representam a versão final do projeto de
lei, que reflete as emendas e alterações aprovadas durante o processo
legislativo.

C) O "unicameralismo" é um sistema legislativo no qual existe apenas uma câmara


ou casa legislativa responsável pela elaboração e aprovação das leis. Nesse
sistema, não há uma divisão do poder legislativo em duas câmaras distintas,
como é o caso do bicameralismo.

5
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO

D) O "bicameralismo" é um sistema legislativo que envolve duas câmaras ou casas


legislativas distintas, cada uma com suas próprias funções e responsabilidades.
Geralmente, essas câmaras são denominadas de maneira diferente (por
exemplo, senado e câmara dos deputados), e ambas devem aprovar uma
proposta legislativa para que ela se torne lei. Este sistema visa proporcionar uma
maior representatividade, equilíbrio e controle sobre o processo legislativo.

3.2 Blocos parlamentares, comissões, correção de erro.

A) Blocos parlamentares são agrupamentos de parlamentares que compartilham


interesses comuns e se unem para atuar de forma coordenada no processo
legislativo. Eles podem ser formados com base em afinidades ideológicas,
partidárias, regionais ou temáticas. Os blocos parlamentares geralmente têm
maior poder de negociação e influência política do que parlamentares atuando
de forma isolada.

B) As comissões parlamentares são grupos de trabalho formados por membros do


parlamento para analisar, debater e propor soluções para questões específicas
relacionadas à legislação ou ao controle das atividades do governo. Existem
diferentes tipos de comissões, como as comissões permanentes, que são
estabelecidas de forma permanente para tratar de áreas específicas da
legislação, e as comissões temporárias, que são criadas para lidar com questões
específicas por um período determinado de tempo.

C) A correção de erro refere-se à retificação de equívocos ou imprecisões em textos


legislativos. Esse processo pode ocorrer por meio de emendas parlamentares
ou de retificações formais após a identificação de erros durante a tramitação do
projeto de lei. A correção de erros é uma etapa importante do processo
legislativo para garantir a precisão e a eficácia das leis aprovadas.

3.3 Deliberações, destaque, emendas, iniciativa.

A) As "deliberações" referem-se às decisões tomadas pelos membros do


parlamento durante o processo legislativo. Essas deliberações podem incluir
debates, discussões e votações sobre projetos de lei, bem como sobre outras
questões relevantes para o funcionamento do legislativo.

B) O "destaque" é um procedimento parlamentar que permite destacar determinado


dispositivo ou parte de um projeto de lei para ser votado separadamente. Isso
permite que os legisladores possam votar de forma individualizada sobre partes
específicas de um texto legislativo, em vez de aceitar ou rejeitar o projeto como
um todo.

C) As "emendas" são propostas de alterações ou adições a um projeto de lei em


tramitação no parlamento. As emendas podem ser sugeridas por membros do
legislativo durante o processo de discussão e análise do projeto, e, se
aprovadas, são incorporadas ao texto original do projeto, modificando seu
conteúdo ou acrescentando novas disposições.

6
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
D) A "iniciativa" legislativa refere-se ao direito de apresentar projetos de lei ao
parlamento. Esse direito pode ser exercido por membros do legislativo, pelo
chefe do poder executivo, por grupos de cidadãos ou por outras entidades
autorizadas de acordo com as regras estabelecidas pela legislação. A iniciativa
legislativa é um aspecto fundamental da democracia representativa, pois permite
que os cidadãos e seus representantes proponham leis para atender às
necessidades e interesses da sociedade.

3.4 Legislatura líderes, lideranças, maioria e minoria.

A) Uma "legislatura" é o período de tempo durante o qual os membros eleitos de


um órgão legislativo, como um parlamento ou congresso, exercem seus
mandatos e deliberam sobre questões legislativas. Em muitos países, uma
legislatura é definida por um período específico, geralmente de alguns anos,
após o qual novas eleições são realizadas e uma nova legislatura é iniciada.

B) Os "líderes" são membros proeminentes de um partido ou bloco parlamentar que


exercem influência significativa sobre a tomada de decisões e a orientação
política do grupo. Eles geralmente ocupam cargos de liderança oficial dentro do
partido ou bloco, como líder do partido na casa legislativa, líder da maioria ou
líder da minoria.

C) As "lideranças" podem incluir uma gama mais ampla de membros do partido ou


bloco parlamentar que ocupam posições de destaque ou influência em áreas
específicas. Isso pode incluir presidentes de comissões, porta-vozes de
determinadas áreas de política ou membros de comissões executivas
partidárias.

D) A "maioria" refere-se ao grupo de parlamentares que tem o maior número de


assentos na casa legislativa. Esse grupo geralmente possui uma vantagem
significativa na tomada de decisões e na aprovação de legislação, já que é capaz
de garantir a aprovação de projetos de lei e outras medidas por meio de
votações.

E) A "minoria", por outro lado, é composta pelos parlamentares que não estão na
maioria. Apesar de terem menos assentos, os membros da minoria
desempenham um papel importante no processo legislativo, muitas vezes
fazendo oposição, propondo emendas e representando os interesses de seus
eleitores. Em alguns sistemas parlamentares, a minoria também pode ter
poderes substanciais de obstrução ou veto.

3.5 Pareceres, prejudicialidade, proposições, proposições de legislaturas anteriores.

A) "Pareceres" são documentos elaborados por membros de comissões


parlamentares que contêm análises, recomendações e opiniões sobre projetos
de lei, requerimentos, indicações e outros assuntos submetidos à apreciação
dessas comissões. Esses pareceres podem ser favoráveis, desfavoráveis ou
indicar a necessidade de alterações no texto original, dependendo da análise
realizada pelos membros da comissão.

7
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
B) A "prejudicialidade" ocorre quando uma proposição em tramitação no
parlamento impacta diretamente outra proposição que está sendo analisada em
outra comissão ou em outra casa legislativa. Nesses casos, é comum que a
proposição considerada prejudicial seja suspensa até que a outra proposição
seja resolvida ou que haja algum acordo entre as partes interessadas.

C) "Proposições" são os diferentes tipos de matérias submetidas ao processo


legislativo, incluindo projetos de lei, emendas constitucionais, requerimentos,
indicações, entre outros. As proposições podem ser apresentadas por
parlamentares, pelo chefe do poder executivo ou por outros órgãos com
prerrogativa legislativa.

D) As "proposições de legislaturas anteriores" são matérias legislativas que foram


apresentadas e discutidas em legislaturas anteriores, mas que não foram
concluídas ou aprovadas durante aquele período. Quando uma nova legislatura
se inicia, essas proposições podem ser retomadas e reanalisadas pelos
parlamentares, permitindo que o processo legislativo prossiga a partir do ponto
em que foi interrompido. Isso pode incluir a continuação da tramitação de
projetos de lei, a análise de requerimentos ou a reavaliação de políticas públicas
propostas anteriormente.

3.6 Promulgação, publicação, questão de ordem, quórum, recursos.

A) "Promulgação" é o ato pelo qual o chefe do poder executivo, geralmente o


presidente ou governador, sanciona e oficializa uma lei aprovada pelo legislativo,
tornando-a parte do ordenamento jurídico do país ou estado.

B) A "publicação" é o ato de tornar conhecida uma lei, regulamento ou ato normativo


por meio de sua divulgação em veículos oficiais, como diários oficiais ou jornais
oficiais, e/ou em meios eletrônicos. A publicação é importante para que a lei
entre em vigor e seja devidamente aplicada.

C) Uma "questão de ordem" é uma solicitação feita por um membro do parlamento


para esclarecer ou contestar procedimentos ou regras durante uma sessão
legislativa. As questões de ordem visam garantir o cumprimento das normas e
garantias regimentais estabelecidas para o funcionamento do parlamento.

D) "Quórum" refere-se ao número mínimo de parlamentares necessário para que


uma sessão legislativa ou uma votação seja válida. O quórum pode variar de
acordo com as regras estabelecidas pelo regimento interno do parlamento ou
pela legislação vigente, e sua observância é fundamental para a legitimidade das
deliberações legislativas.

E) Os "recursos" são instrumentos utilizados por parlamentares para contestar


decisões tomadas durante o processo legislativo ou em relação a questões
relacionadas ao funcionamento do parlamento. Esses recursos podem incluir
recursos regimentais, como recurso contra decisão da mesa diretora, ou
recursos propriamente ditos, como recursos de votação, utilizados para
questionar ou impugnar resultados de votações. Os recursos podem ser
apresentados durante as sessões legislativas e são analisados de acordo com
as normas e procedimentos estabelecidos pelo regimento interno do parlamento.

8
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
3.7 Redação final, relator, relator do vencido, relatório.

A) A "redação final" é a etapa final do processo legislativo na qual o texto de um


projeto de lei aprovado é revisado e ajustado para garantir sua correção técnica,
clareza e consistência. Nessa fase, eventuais emendas e alterações aprovadas
durante a tramitação do projeto são incorporadas ao texto final, que será
submetido à sanção ou veto pelo chefe do poder executivo.

B) O "relator" é um membro de uma comissão parlamentar responsável por analisar


e apresentar um parecer sobre um projeto de lei ou outro assunto submetido à
apreciação da comissão. O relator é designado pelo presidente da comissão e
tem a função de elaborar um relatório detalhado, contendo análises, argumentos
e recomendações sobre a matéria em questão.

C) O "relator do vencido" é um termo utilizado para designar um membro de uma


comissão parlamentar que é encarregado de apresentar um parecer divergente
ou em separado em relação ao parecer majoritário apresentado pelo relator
oficial. O relator do vencido representa a posição de uma minoria dentro da
comissão e tem a oportunidade de apresentar argumentos e opiniões
alternativas sobre a matéria em análise.

D) O "relatório" é um documento elaborado pelo relator de uma comissão


parlamentar que contém informações detalhadas sobre um projeto de lei,
requerimento, indicação ou outro assunto tratado pela comissão. O relatório
geralmente inclui uma análise da matéria em questão, os argumentos
apresentados durante as discussões na comissão, as conclusões alcançadas e
as recomendações para decisão do plenário ou do chefe do poder executivo. O
relatório é submetido à apreciação dos membros da comissão e pode ser
adotado como parecer oficial da comissão ou ser objeto de discussão e votação
pelos membros da comissão.

3.8 Requerimentos, sanção, sessões legislativas, turnos, urgência.

A) "Requerimentos" são solicitações formais apresentadas por parlamentares


durante as sessões legislativas, solicitando informações, providências ou ações
específicas por parte do legislativo ou do poder executivo. Os requerimentos
podem abordar uma variedade de assuntos, como convocação de autoridades
para prestar esclarecimentos, realização de diligências, obtenção de
documentos ou informações, entre outros.

B) A "sanção" é o ato pelo qual o chefe do poder executivo aprova um projeto de


lei aprovado pelo legislativo, tornando-o uma lei válida e eficaz. A sanção é
geralmente concedida após a aprovação do projeto de lei pelo legislativo e pode
ser expressa por meio da assinatura do chefe do executivo no texto do projeto.

C) "Sessões legislativas" são reuniões formais do parlamento ou de uma de suas


casas, durante as quais os parlamentares discutem e deliberam sobre projetos
de lei, requerimentos, indicações e outras questões legislativas. As sessões
legislativas podem ocorrer em intervalos regulares, de acordo com o calendário
legislativo estabelecido, e são conduzidas de acordo com as regras e
procedimentos estabelecidos pelo regimento interno do parlamento.

9
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
D) "Turnos" são as diferentes etapas pelas quais um projeto de lei passa durante o
processo legislativo. Geralmente, um projeto de lei é discutido e votado em duas
ou mais fases ou turnos, como primeiro turno, segundo turno e turno
suplementar. Cada turno pode envolver diferentes procedimentos, como
debates, votações e apresentação de emendas.

E) A "urgência" é uma situação na qual se considera necessário acelerar o


processo legislativo para tratar de questões consideradas prioritárias ou
urgentes. Um projeto de lei pode ser submetido à tramitação em regime de
urgência, o que permite reduzir os prazos e dispensar determinadas etapas do
processo legislativo para agilizar sua análise e aprovação. A urgência pode ser
declarada pelo chefe do poder executivo ou pelo próprio legislativo, mediante
justificativa da necessidade de celeridade na tramitação do projeto de lei.

3.9 Veto, votação, voto vencido em separado.

A) O "veto" é o ato pelo qual o chefe do poder executivo rejeita total ou parcialmente
um projeto de lei aprovado pelo legislativo, impedindo sua entrada em vigor. O
veto pode ocorrer por diversos motivos, como inconstitucionalidade,
contrariedade aos interesses públicos ou inconsistência técnica. Em sistemas
democráticos, o legislativo pode eventualmente derrubar o veto presidencial por
meio de uma votação específica.

B) A "votação" é o processo pelo qual os parlamentares expressam sua posição em


relação a uma proposta legislativa, requerimento ou outra matéria em discussão.
Durante uma votação, os parlamentares podem manifestar seu apoio ou rejeição
à matéria em questão, utilizando diferentes modalidades de votação, como voto
nominal, voto secreto, voto aberto, entre outros.

C) O "voto vencido em separado" ocorre quando um ou mais parlamentares


apresentam um parecer divergente ou contrário ao parecer majoritário
apresentado por um relator oficial. Essa prática é comum em comissões
parlamentares, onde diferentes pontos de vista podem ser expressos através de
relatórios alternativos. O voto vencido em separado permite que a posição de
uma minoria seja registrada oficialmente e debatida durante o processo
legislativo.

4- PROCESSO LEGISLATIVO

O processo legislativo é o conjunto de etapas e procedimentos pelos quais são


elaboradas, discutidas, votadas e promulgadas as leis em um sistema jurídico. É um
processo fundamental em uma democracia representativa, pois permite a participação
dos representantes eleitos na elaboração das normas que regerão a sociedade.

Quanto à sua natureza jurídica, o processo legislativo é considerado uma atividade


típica do Poder Legislativo, que tem como função principal a elaboração das leis. Ele
está relacionado ao exercício da função legislativa do Estado, que é uma das funções
essenciais à organização e ao funcionamento de qualquer sistema político democrático.

Alguns dos princípios gerais que regem o processo legislativo incluem:

10
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Princípio da legalidade: Todas as normas devem ser criadas conforme os
procedimentos estabelecidos pela Constituição e pelas leis, garantindo que a
atuação legislativa seja realizada dentro dos limites legais.

Princípio da publicidade: As etapas do processo legislativo devem ser


transparentes e acessíveis ao público, permitindo que os cidadãos acompanhem
e participem das discussões e decisões que afetam a sociedade como um todo.

Princípio da representatividade: Os legisladores devem representar os interesses


e vontades dos cidadãos que os elegeram, buscando promover o bem comum e
o interesse público na elaboração das leis.

Princípio da maioria: As decisões legislativas devem ser tomadas pela maioria dos
parlamentares, garantindo que as normas aprovadas reflitam a vontade da maioria
da população.

Princípio da legalidade estrita: O processo legislativo deve obedecer estritamente


às normas e procedimentos estabelecidos pela Constituição e pelas leis, evitando
desvios ou arbitrariedades.

Esses princípios orientam o funcionamento do processo legislativo e são fundamentais


para garantir sua legitimidade e eficácia dentro de um Estado democrático de direito.

4.1 Competências Legislativas.

As competências legislativas podem ser classificadas de acordo com a exclusividade de


sua atribuição a determinado ente federativo. No contexto brasileiro, essas
competências são definidas na Constituição Federal e se dividem em três categorias
principais: competências exclusivas, concorrentes e privativas do legislativo.

Competências Constitucionais Exclusivas: São aquelas atribuídas exclusivamente a um


determinado ente federativo, sem a possibilidade de interferência dos demais. No caso
do Brasil, a Constituição Federal confere competências exclusivas à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios em áreas específicas. Por exemplo, a
União tem competência exclusiva para legislar sobre direito civil, comercial, penal,
processual, eleitoral, entre outros.

Competências Constitucionais Concorrentes: São aquelas atribuídas tanto à União


quanto aos Estados e ao Distrito Federal. Nesse caso, os entes federativos podem
legislar sobre a mesma matéria, desde que respeitadas as normas gerais estabelecidas
pela União. Caso haja conflito entre normas, a legislação federal prevalece sobre as
normas estaduais e distritais. Um exemplo de competência concorrente é a legislação
sobre direito tributário.

Competências Constitucionais Privativas do Legislativo: São atribuídas exclusivamente


ao poder legislativo, sem a interferência dos outros poderes ou entes federativos. Essas
competências incluem, por exemplo, a iniciativa de leis que tratem de questões
específicas, como criação de cargos públicos, organização administrativa, concessão
de anistias fiscais, entre outras.

11
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO

5- INICIATIVA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS LEIS.

A iniciativa do processo de elaboração das leis refere-se ao direito de apresentar


propostas legislativas, ou seja, de iniciar a tramitação de um projeto de lei no poder
legislativo. Esse direito pode ser classificado de diferentes formas, conforme a origem
ou a autoridade responsável pela proposição da lei. As principais formas de iniciativa
são:

Iniciativa Concorrente:
Nesse caso, diversos órgãos ou autoridades têm o direito de apresentar propostas
legislativas sobre determinadas matérias. Tanto o poder executivo quanto os
membros do poder legislativo podem apresentar projetos de lei sobre temas
específicos. É o que ocorre, por exemplo, em algumas democracias onde o chefe
do executivo tem o poder de propor leis, mas os legisladores também podem fazê-
lo.

Nesse modelo, tanto o poder executivo quanto os membros do poder legislativo


têm o direito de apresentar projetos de lei sobre determinadas matérias.
Essa forma de iniciativa reflete um equilíbrio de poderes entre os diferentes órgãos
do Estado, permitindo que tanto o executivo quanto o legislativo exerçam
influência na elaboração das leis.
Em alguns casos, pode haver uma divisão de competências entre o poder
executivo e o legislativo, com o primeiro tendo iniciativa em áreas específicas,
como as relacionadas ao orçamento público, e o segundo em outras áreas

Iniciativa Reservada ou Exclusiva:


Refere-se ao direito exclusivo de determinados órgãos ou autoridades de
apresentar propostas legislativas sobre certos assuntos. Por exemplo, em
algumas constituições, o chefe do poder executivo possui a exclusividade na
apresentação de propostas orçamentárias.
Refere-se ao direito exclusivo de determinados órgãos ou autoridades de
apresentar propostas legislativas sobre certos assuntos.
Geralmente, essa forma de iniciativa é estabelecida na Constituição ou em leis
complementares, definindo claramente quais autoridades têm o poder exclusivo
de propor leis em determinadas áreas.
Um exemplo comum é a iniciativa reservada ao chefe do poder executivo para
apresentar projetos de lei sobre o orçamento público e matérias financeiras em
muitos países.

Iniciativa Vinculada:
Nesse caso, a iniciativa legislativa está vinculada a certas condições ou
circunstâncias estabelecidas na Constituição ou na legislação. Por exemplo, a
iniciativa para propor leis sobre determinadas matérias pode ser vinculada à
autorização prévia de outro órgão ou à aprovação em referendo popular.
Nesse caso, a iniciativa legislativa está vinculada a certas condições ou
circunstâncias estabelecidas na Constituição ou na legislação.
Pode ser que a iniciativa para propor leis sobre determinadas matérias esteja
vinculada à autorização prévia de outro órgão ou à aprovação em referendo
popular, por exemplo.
Essa forma de iniciativa visa garantir que certas decisões legislativas importantes
estejam sujeitas a um processo mais amplo de participação democrática ou ao
controle de outros poderes do Estado.

12
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Iniciativa Popular:
Refere-se ao direito dos cidadãos de apresentar propostas legislativas
diretamente ao poder legislativo, sem a intermediação de representantes eleitos.
Geralmente, esse tipo de iniciativa requer a coleta de um número mínimo de
assinaturas de eleitores e está sujeito a determinados requisitos estabelecidos na
legislação. Essa forma de iniciativa é vista em alguns países como uma forma de
aumentar a participação democrática dos cidadãos no processo legislativo.
Geralmente, esse tipo de iniciativa requer a coleta de um número mínimo de
assinaturas de eleitores e está sujeito a determinados requisitos estabelecidos na
legislação.
A iniciativa popular é vista em muitos países como uma forma de aumentar a
participação democrática dos cidadãos no processo legislativo e garantir que suas
vozes sejam ouvidas na elaboração das leis.

Essas diferentes formas de iniciativa refletem a diversidade de sistemas políticos e


constitucionais ao redor do mundo, cada um com suas próprias regras e procedimentos
para a elaboração das leis.

6- SESSÕES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA.

As sessões da Assembleia Legislativa são os momentos em que os parlamentares se


reúnem para debater e deliberar sobre questões legislativas e políticas. Essas sessões
são fundamentais para o funcionamento do poder legislativo em um estado ou unidade
federativa. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre as sessões da Assembleia
Legislativa:

Deliberações Legislativas: Durante as sessões, os parlamentares discutem e


votam projetos de lei, emendas constitucionais, requerimentos, indicações e
outras proposições legislativas. Essas deliberações visam promover mudanças na
legislação ou na política pública do estado.

Fiscalização do Executivo: As sessões também são oportunidades para os


parlamentares fiscalizarem as ações do Poder Executivo, questionando ministros,
secretários e outros representantes do governo sobre suas políticas e atividades.

Debates e Discussões: Durante as sessões, os parlamentares têm a oportunidade


de expressar suas opiniões, debater ideias e argumentar a favor ou contra as
propostas em discussão. Esses debates são essenciais para o processo
democrático e para garantir a representatividade dos diferentes interesses da
sociedade.

Regimento Interno: As sessões da Assembleia Legislativa são conduzidas de


acordo com as regras estabelecidas no regimento interno da casa legislativa, que
define os procedimentos a serem seguidos durante as sessões, incluindo a ordem
do dia, o tempo de fala dos parlamentares e os critérios para votação.

Presença e Quórum: Para que uma sessão seja válida, é necessário que haja
quórum, ou seja, um número mínimo de parlamentares presentes. O quórum é
geralmente estabelecido no regimento interno da Assembleia Legislativa e pode
variar dependendo do tipo de deliberação a ser realizada.

13
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Acesso Público: As sessões da Assembleia Legislativa são geralmente abertas ao
público e podem ser acompanhadas por cidadãos interessados, jornalistas e
representantes de organizações da sociedade civil. Esse acesso público é
importante para promover a transparência e a prestação de contas no processo
legislativo.

6.1 Matérias Legislativas.

As matérias legislativas compreendem uma variedade de documentos e propostas


submetidas à apreciação e deliberação do poder legislativo. Entre elas, destacam-se o
projeto de decreto legislativo e a proposta de emenda à Constituição Estadual:

A) Projeto de Decreto Legislativo (PDL):


O Projeto de Decreto Legislativo é uma proposição legislativa destinada a regular
matérias de competência exclusiva da Assembleia Legislativa, especialmente
aquelas relacionadas à fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, bem
como outras questões de interesse do Legislativo.
O PDL é utilizado para aprovar ou rejeitar acordos internacionais, concessão de
títulos de honraria, autorização para realização de eventos, aprovação de contas
de gestão do governador e outros temas de competência do legislativo.

B) Proposta de Emenda à Constituição Estadual (PEC Estadual):


A Proposta de Emenda à Constituição Estadual é um instrumento utilizado para
promover alterações na Constituição do Estado, visando a modificação de
dispositivos permanentes e fundamentais da ordem jurídica estadual.
A PEC Estadual segue um rito especial e mais rigoroso de tramitação, exigindo,
em geral, um número mínimo de votos favoráveis em dois turnos de votação na
Assembleia Legislativa. Além disso, pode prever a necessidade de aprovação
em plebiscito ou referendo popular, dependendo das disposições constitucionais
estaduais.
As emendas à Constituição Estadual têm por objetivo promover mudanças na
estrutura organizacional do Estado, na distribuição de competências entre os
poderes, na proteção de direitos fundamentais, entre outras questões de
relevância constitucional.

C) Indicação:
Uma indicação é uma proposição feita por um parlamentar, na maioria das vezes
de caráter não vinculativo, na qual ele sugere a realização de determinada ação
pelo Poder Executivo ou outro órgão competente.
As indicações geralmente tratam de questões de interesse público, sugestões
de políticas, solicitações de melhorias em serviços públicos, entre outras
demandas.
Embora não tenham o poder de criar leis, as indicações podem influenciar a
agenda política e administrativa do governo.

D) Projeto de Lei Ordinária:


Um projeto de lei ordinária é uma proposição legislativa que visa criar, modificar
ou extinguir normas de direito comum, aplicáveis de forma geral a todos os
cidadãos.
Os projetos de lei ordinárias abrangem uma ampla gama de assuntos, como
direito civil, direito penal, direito administrativo, entre outros.
A aprovação de um projeto de lei ordinária requer o cumprimento das etapas
regimentais do processo legislativo, incluindo discussão e votação em plenário.

14
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO

E) Projeto de Lei Complementar:


Um projeto de lei complementar é uma proposição legislativa que visa
regulamentar dispositivos previstos na Constituição ou em leis orgânicas,
estabelecendo normas mais específicas e detalhadas sobre determinadas
matérias.
Ao contrário das leis ordinárias, as leis complementares podem ser exigidas pela
Constituição para regulamentar determinados assuntos, como direito tributário,
direito urbanístico, direito financeiro, entre outros.
A aprovação de um projeto de lei complementar segue um procedimento
semelhante ao das leis ordinárias, mas pode requerer uma maioria qualificada
ou outro quórum específico, dependendo das disposições constitucionais ou
regimentais.

F) Projeto de Lei Delegada:


O projeto de lei delegada é uma proposta legislativa apresentada pelo chefe do
Poder Executivo (presidente ou governador), mas que depende de autorização
prévia do legislativo para ser elaborada.
Geralmente, o Executivo solicita ao legislativo uma autorização específica para
que possa legislar sobre determinada matéria. Uma vez autorizado, o Executivo
elabora o projeto de lei delegada conforme os termos da autorização concedida.
Essa modalidade é menos comum do que a medida provisória, e seu uso pode
variar dependendo das disposições constitucionais e legais de cada país.

G) Medida Provisória (MP):


A medida provisória é uma norma legislativa com força de lei, editada pelo chefe
do Poder Executivo em situações de relevância e urgência.
A medida provisória tem eficácia imediata após sua publicação, mas precisa ser
posteriormente apreciada e votada pelo Congresso Nacional (no caso do Brasil)
para se converter em lei definitiva.
Ela é uma ferramenta importante para permitir que o Executivo responda
rapidamente a emergências e crises, mas também é sujeita a limitações e
critérios constitucionais para garantir o equilíbrio entre os poderes.

H) Parecer:
Um parecer é um documento elaborado por um parlamentar ou por uma
comissão legislativa que contém análises, recomendações e opiniões sobre
determinada matéria em tramitação.
Os pareceres podem ser favoráveis, desfavoráveis ou condicionados,
dependendo da análise realizada pelo parlamentar ou comissão responsável.
Eles são fundamentais para orientar as deliberações legislativas, fornecendo
informações técnicas, jurídicas e políticas sobre os assuntos em discussão.

I) Requerimento:
Um requerimento é uma solicitação formal feita por um parlamentar durante uma
sessão legislativa para requerer informações, providências ou ações específicas
relacionadas aos trabalhos da casa legislativa.
Os requerimentos podem abranger uma variedade de assuntos, como
convocação de autoridades para prestar esclarecimentos, realização de
diligências, solicitação de documentos ou informações, entre outros.
Eles são instrumentos importantes para exercer o direito de fiscalização e
controle do poder legislativo sobre o poder executivo e para garantir a
transparência e eficiência dos trabalhos legislativos.

15
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
J) Projeto de Resolução:
Um projeto de resolução é uma proposição legislativa que trata de assuntos
internos da casa legislativa, como a organização administrativa, disciplina
interna, criação de comissões parlamentares, concessão de honrarias, entre
outros.
Ao contrário dos projetos de lei, que têm eficácia externa e se destinam a regular
matérias de interesse geral da sociedade, os projetos de resolução são voltados
para questões internas e procedimentais do legislativo.
Eles são utilizados para estabelecer normas e procedimentos que regem o
funcionamento da casa legislativa e a conduta dos parlamentares.

K) Veto:
O veto é o ato pelo qual o chefe do poder executivo (presidente ou governador)
rejeita total ou parcialmente um projeto de lei aprovado pelo legislativo,
impedindo sua entrada em vigor.
O veto pode ocorrer por diversos motivos, como inconstitucionalidade,
contrariedade aos interesses públicos ou inconsistência técnica.
Após o veto, o projeto de lei retorna ao legislativo, que pode derrubar o veto por
meio de votação específica, restabelecendo o texto original do projeto.

6.2 Tramitação de proposições.

A tramitação de proposições legislativas, como projetos de lei ordinária, projetos de lei


complementar e projetos de decreto legislativo, segue um processo semelhante,
embora com algumas distinções dependendo da natureza específica de cada tipo de
proposição. Aqui está uma visão geral do processo de tramitação:

A) Projeto de Lei Ordinária:


Iniciativa: Pode ser apresentado por qualquer membro do legislativo ou pelo
chefe do Poder Executivo, dependendo da competência legislativa específica.
Tramitação: Após a apresentação, o projeto de lei ordinária passa por diversas
etapas, incluindo análise nas comissões temáticas, debates em plenário e
votação. Se aprovado, segue para sanção ou veto pelo chefe do poder executivo,
conforme o caso.
Discussão e Votação: O projeto é discutido e votado em diferentes fases,
seguindo as regras e procedimentos estabelecidos no regimento interno da casa
legislativa. Pode haver a necessidade de votação em dois turnos, dependendo
das disposições legais.
Promulgação: Após aprovado e sancionado, o projeto de lei ordinária é
promulgado pelo presidente da casa legislativa e publicado no Diário Oficial,
tornando-se lei.

B) Projeto de Lei Complementar:


Iniciativa: Geralmente é de iniciativa do chefe do Poder Executivo, mas pode ser
apresentado por qualquer membro do legislativo em casos específicos.
Tramitação: A tramitação segue o mesmo processo básico do projeto de lei
ordinária, mas pode exigir maioria qualificada ou outros quóruns específicos,
conforme previsto na Constituição ou na legislação estadual.
Discussão e Votação: Assim como o projeto de lei ordinária, o projeto de lei
complementar é debatido e votado em plenário, seguindo as regras e
procedimentos estabelecidos no regimento interno da casa legislativa.

16
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Promulgação: Após aprovado e sancionado, o projeto de lei complementar é
promulgado pelo presidente da casa legislativa e publicado no Diário Oficial,
tornando-se lei complementar.

C) Projeto de Decreto Legislativo:


Iniciativa: Pode ser apresentado por qualquer membro do legislativo ou pelas
comissões permanentes da casa legislativa.
Tramitação: A tramitação geralmente é mais simples do que a de um projeto de
lei, envolvendo análise e votação diretamente no plenário, sem a necessidade
de passar por comissões temáticas.
Discussão e Votação: O projeto de decreto legislativo é debatido e votado em
plenário, seguindo as regras e procedimentos estabelecidos no regimento
interno da casa legislativa.
Promulgação: Após aprovado, o projeto de decreto legislativo é promulgado pelo
presidente da casa legislativa e publicado no Diário Oficial, tornando-se uma
norma legislativa.

D) Projeto de Resolução:
Iniciativa: Geralmente, os projetos de resolução são apresentados por membros
do legislativo ou por comissões parlamentares.
Tramitação: A tramitação de projetos de resolução pode variar dependendo do
regimento interno da casa legislativa. Em geral, eles são encaminhados
diretamente para as comissões competentes para análise e parecer. Após a
análise, são levados a plenário para discussão e votação.
Discussão e Votação: O projeto de resolução é discutido e votado em plenário
de acordo com as regras e procedimentos estabelecidos no regimento interno
da casa legislativa. Geralmente, a maioria simples dos votos é suficiente para
sua aprovação.
Promulgação: Após aprovado, o projeto de resolução é promulgado pelo
presidente da casa legislativa e publicado no Diário Oficial, tornando-se uma
resolução legislativa.

E) Indicação:
Iniciativa: As indicações são apresentadas por membros do legislativo para
sugerir a realização de determinada ação pelo Poder Executivo ou outro órgão
competente. Geralmente, são de caráter não vinculativo.
Tramitação: A tramitação das indicações pode variar dependendo das normas
internas da casa legislativa. Em muitos casos, as indicações são encaminhadas
diretamente à mesa diretora ou à presidência da casa legislativa e,
posteriormente, são incluídas em pauta para apreciação ou arquivo.
Discussão e Votação: Como as indicações geralmente não são vinculativas, elas
não passam por processo de votação formal. No entanto, podem ser discutidas
em plenário ou encaminhadas para apreciação em comissões parlamentares.
Arquivamento ou Encaminhamento: Após análise ou discussão, as indicações
podem ser arquivadas, encaminhadas para apreciação em comissões
específicas ou para resposta por parte do Poder Executivo.

F) Parecer:
O parecer é um documento elaborado por um parlamentar ou comissão
parlamentar que contém análises, recomendações e opiniões sobre determinada
matéria em tramitação.
Tramitação: Os pareceres são solicitados e elaborados durante a análise de uma
proposição legislativa, como um projeto de lei. Eles podem ser elaborados por

17
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
comissões permanentes, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ou
por comissões especiais designadas para analisar assuntos específicos.
Discussão e Votação: Após sua elaboração, os pareceres são incluídos na pauta
das sessões legislativas para discussão e votação. Geralmente, são seguidos
os procedimentos estabelecidos no regimento interno da casa legislativa para a
apreciação de pareceres.
Adoção: Se aprovado, o parecer é adotado como parte do processo legislativo e
pode influenciar na decisão final sobre a proposição em análise.

G) Emenda:
A emenda é uma proposta de alteração ou acréscimo ao texto de uma
proposição legislativa em tramitação, como um projeto de lei.
Tramitação: As emendas são apresentadas durante a análise da proposição,
geralmente por parlamentares ou comissões parlamentares. Elas podem ser
propostas tanto na fase de discussão quanto na de votação da proposição.
Discussão e Votação: As emendas são discutidas e votadas separadamente da
proposição principal. Dependendo das regras estabelecidas no regimento
interno da casa legislativa, podem ser votadas em conjunto com a proposição ou
individualmente.
Incorporação: Se aprovadas, as emendas são incorporadas ao texto da
proposição legislativa, alterando ou complementando seu conteúdo original.

H) Requerimentos:
Requerimentos são solicitações formais feitas por parlamentares durante uma
sessão legislativa para requerer informações, providências ou ações específicas
relacionadas aos trabalhos da casa legislativa.
Tramitação: Os requerimentos podem abranger uma variedade de assuntos,
como convocação de autoridades para prestar esclarecimentos, realização de
diligências, solicitação de documentos ou informações, entre outros.
Discussão e Votação: Geralmente, os requerimentos não passam por processo
de votação formal, sendo decididos pelo presidente da casa legislativa ou pela
mesa diretora. No entanto, em alguns casos, podem ser submetidos à votação
em plenário, especialmente se houver discordância entre os parlamentares.
Implementação: Após aprovados, os requerimentos são implementados pela
mesa diretora ou pela presidência da casa legislativa, conforme o caso,
garantindo que as providências solicitadas sejam tomadas.

6.3 Tramitação de proposições sujeitas a disposições especiais.

Projetos de lei sujeitos a disposições especiais, como propostas de emenda à


Constituição Estadual (PEC Estadual) e projetos com tramitação urgente, seguem um
processo diferenciado dentro do contexto do poder legislativo. Vamos abordar cada um
deles:

Proposta de Emenda à Constituição Estadual (PEC Estadual):


Iniciativa: As PECs Estaduais podem ser apresentadas por membros do legislativo ou
pelo chefe do Poder Executivo, dependendo das regras estabelecidas na Constituição
Estadual.
Tramitação: A tramitação de uma PEC Estadual segue um procedimento específico,
geralmente mais rigoroso do que o de outros projetos de lei. Ela pode envolver a
necessidade de apresentação de justificativa detalhada, pareceres de comissões
especiais, e pode requerer maioria qualificada ou outro quórum específico para sua
aprovação.

18
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Discussão e Votação: As PECs Estaduais são debatidas e votadas em plenário,
seguindo as regras e procedimentos estabelecidos no regimento interno da casa
legislativa e nas disposições constitucionais pertinentes. Geralmente, são necessários
dois turnos de votação, com intervalo mínimo entre eles.
Promulgação: Após aprovada em ambos os turnos, a PEC Estadual é promulgada pelo
presidente da casa legislativa e publicada no Diário Oficial, tornando-se parte integrante
da Constituição Estadual.

Projetos com Tramitação Urgente:


Iniciativa: Projetos com tramitação urgente podem ser apresentados por qualquer
membro do legislativo ou pelo chefe do Poder Executivo, e sua urgência é geralmente
justificada por motivos de interesse público ou emergencial.
Tramitação: A tramitação urgente de um projeto de lei implica em um procedimento
acelerado, com prazos mais curtos para análise e deliberação. Isso pode incluir a
dispensa de algumas etapas regimentais, como a realização de audiências públicas ou
a apresentação de pareceres por comissões parlamentares.
Discussão e Votação: Os projetos com tramitação urgente são debatidos e votados em
plenário de acordo com as regras e procedimentos estabelecidos no regimento interno
da casa legislativa. Geralmente, são votados em regime de urgência, o que pode exigir
maioria qualificada para sua aprovação.
Implementação: Uma vez aprovados, os projetos com tramitação urgente são
encaminhados para sanção ou veto pelo chefe do Poder Executivo, e sua
implementação pode ocorrer de forma mais rápida do que a de outros projetos de lei.

Em resumo, as propostas de emenda à Constituição Estadual (PEC Estadual) e os


projetos com tramitação urgente seguem procedimentos especiais dentro do processo
legislativo, visando atender a necessidades específicas e garantir a eficiência e a
agilidade na tomada de decisões pelo poder legislativo.

6.4 Matérias orçamentárias e noções de processo legislativo orçamentário.

O processo legislativo orçamentário compreende as etapas de elaboração, análise,


votação e execução do orçamento público. Ele envolve a participação do Poder
Executivo, que elabora as propostas orçamentárias, e do Poder Legislativo, que as
analisa e aprova.
O processo legislativo orçamentário geralmente segue um cronograma específico, com
prazos estabelecidos para a apresentação das propostas orçamentárias, a realização
de audiências públicas, a análise e votação pelos parlamentares, e a posterior execução
dos recursos pelo governo.

As matérias orçamentárias são aquelas relacionadas ao orçamento público, ou seja, ao


planejamento e à execução das receitas e despesas do governo. Elas compreendem
diversos documentos e propostas que fazem parte do processo legislativo orçamentário.
Aqui estão algumas delas:

A) Lei Orçamentária Anual (LOA):


A Lei Orçamentária Anual é o principal instrumento de planejamento e execução
do orçamento público. Ela estabelece as receitas que o governo pretende
arrecadar e as despesas que pretende realizar ao longo de um ano fiscal.
A LOA é elaborada pelo Poder Executivo e submetida ao Poder Legislativo para
análise e aprovação. Ela detalha as ações e programas governamentais,
indicando os recursos financeiros necessários para sua execução.
Aqui estão alguns pontos importantes sobre a LOA:

19
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Elaboração e Apresentação:
A LOA é elaborada pelo Poder Executivo com base nas diretrizes estabelecidas
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e nos objetivos definidos no Plano
Plurianual (PPA).
O projeto de lei da LOA é apresentado ao Poder Legislativo até uma data
determinada pela Constituição ou pela legislação vigente, geralmente alguns
meses antes do início do ano fiscal ao qual se refere o orçamento.

Conteúdo:
A LOA detalha todas as receitas que o governo pretende arrecadar ao longo do
ano fiscal e todas as despesas que pretende realizar.
As receitas podem incluir tributos, taxas, contribuições, transferências de
recursos, entre outros. As despesas abrangem gastos com pessoal,
investimentos, custeio, transferências a outros entes federativos, pagamento de
juros e amortização da dívida pública, entre outros.

Aprovação:
O projeto de lei da LOA passa por análise e votação no Poder Legislativo.
Geralmente, é discutido em comissões parlamentares específicas, como a
Comissão de Orçamento, e posteriormente votado em plenário.
O processo de aprovação da LOA pode envolver a apresentação e votação de
emendas parlamentares, que são propostas de alteração ao texto original do
projeto de lei.

Execução e Fiscalização:
Uma vez aprovada pelo Legislativo, a LOA entra em vigor e passa a orientar a
execução das políticas públicas e a alocação dos recursos governamentais ao
longo do ano fiscal.
O cumprimento da LOA é acompanhado e fiscalizado pelos órgãos de controle
interno e externo, como os tribunais de contas e as auditorias internas do governo,
para garantir que os recursos sejam utilizados de acordo com o que foi previsto
na lei orçamentária.

Revisões e Alterações:
Durante o ano fiscal, pode haver necessidade de revisões na LOA devido a
mudanças nas condições econômicas, sociais ou políticas. Nesses casos, o
governo pode enviar projetos de lei de créditos adicionais ou suplementares ao
Legislativo para autorização de novos gastos ou realocação de recursos dentro
do orçamento.
A Lei Orçamentária Anual é fundamental para o funcionamento do Estado, pois
define as prioridades e os recursos disponíveis para a realização das políticas
públicas e a prestação dos serviços governamentais. Sua elaboração, análise e
execução são partes essenciais do processo democrático e do controle social
sobre o uso dos recursos públicos.

B) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO):


A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece as diretrizes, os objetivos e as
metas da administração pública para a elaboração do orçamento do próximo
ano. Ela orienta a elaboração da LOA e define os critérios para a alocação de
recursos.
A LDO é elaborada pelo Poder Executivo e também submetida ao Poder
Legislativo para análise e aprovação. Ela serve como um guia para a elaboração
da LOA, estabelecendo as prioridades e os limites para os gastos públicos.

20
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
Aqui estão alguns pontos importantes sobre a LDO:

Objetivo e Conteúdo:
A LDO estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública
para a elaboração do orçamento do próximo ano.
Ela define as metas fiscais e os limites para o crescimento das despesas
públicas, bem como as regras e os critérios para a elaboração do orçamento.
A LDO também pode conter disposições sobre as políticas de pessoal, as
diretrizes para a execução dos programas de governo, as prioridades para os
investimentos públicos, entre outros aspectos relevantes.

Elaboração e Apresentação:
A LDO é elaborada pelo Poder Executivo e submetida ao Poder Legislativo para
análise e aprovação.
Geralmente, o projeto de lei da LDO é apresentado até um determinado prazo
estabelecido pela legislação, que pode variar de acordo com a Constituição de
cada país ou com as normas internas de cada ente federativo.

Análise e Aprovação:
O projeto de lei da LDO é discutido e votado no Poder Legislativo, seguindo os
trâmites normais do processo legislativo.
Durante a análise da LDO, os parlamentares podem propor emendas para
modificar o texto original do projeto. Essas emendas são discutidas e votadas
em comissões parlamentares e, posteriormente, em plenário.

Vinculação com o Orçamento:


A LDO serve como orientação para a elaboração da Lei Orçamentária Anual
(LOA), estabelecendo as diretrizes gerais que devem ser seguidas na
elaboração do orçamento do próximo ano.
As disposições da LDO devem ser observadas pelo Poder Executivo na
elaboração do projeto de lei da LOA, garantindo que o orçamento seja
compatível com as metas fiscais e as diretrizes estabelecidas na lei de diretrizes.

Vigência e Fiscalização:
Uma vez aprovada pelo Legislativo, a LDO entra em vigor e passa a orientar a
elaboração do orçamento do próximo ano.
Durante a execução do orçamento, a LDO é fiscalizada pelos órgãos de controle
interno e externo, como os tribunais de contas e as auditorias internas do
governo, para garantir que as metas e as diretrizes estabelecidas sejam
cumpridas.

Em resumo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias desempenha um papel


fundamental na definição das políticas fiscais e na orientação da elaboração do
orçamento público, garantindo a transparência, a responsabilidade fiscal e o
controle social sobre o uso dos recursos públicos.

C) Plano Plurianual (PPA):


O Plano Plurianual é um documento de médio prazo que estabelece as diretrizes,
os objetivos e as metas da administração pública para um período de quatro

21
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
anos. Ele orienta a elaboração do orçamento anual e a execução das políticas
públicas.
O PPA é elaborado no primeiro ano de cada mandato presidencial ou
governamental e também submetido ao Poder Legislativo para análise e
aprovação. Ele serve como um instrumento de planejamento estratégico para o
governo.
O Plano Plurianual (PPA) é um importante instrumento de planejamento de
médio prazo utilizado pelo governo para estabelecer diretrizes, objetivos e metas
que nortearão as políticas públicas ao longo de um período de quatro anos. Aqui
estão alguns pontos relevantes sobre o PPA:

Periodicidade e Abrangência:
O PPA é elaborado para um período de quatro anos e abrange todo o mandato
do governo, sendo revisado a cada início de mandato.
Ele contempla todas as áreas de atuação do governo, desde saúde, educação,
segurança pública até infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento
econômico, entre outras.

Objetivos e Metas:
O PPA estabelece os objetivos estratégicos que o governo pretende alcançar ao
longo do período de vigência do plano.
Esses objetivos são desdobrados em metas concretas e mensuráveis, que
servirão de parâmetro para avaliar o desempenho das políticas públicas ao longo
do tempo.

Participação e Consulta Pública:


A elaboração do PPA envolve um processo amplo de consulta pública e
participação da sociedade civil, visando incorporar as demandas e necessidades
da população nas políticas governamentais.
São realizadas audiências públicas, consultas setoriais e debates com a
sociedade para colher contribuições e sugestões que serão consideradas na
formulação do plano.

Integração com Outros Instrumentos de Planejamento:


O PPA deve estar alinhado com outros instrumentos de planejamento
governamental, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei
Orçamentária Anual (LOA).
Ele serve como referência para a elaboração do orçamento anual, orientando a
alocação de recursos e a definição das prioridades de investimento do governo.

Monitoramento e Avaliação:
Durante a execução do PPA, são realizados monitoramentos periódicos para
acompanhar o progresso na implementação das metas estabelecidas.
Ao final de cada ano, são realizadas avaliações sobre o desempenho das
políticas públicas, identificando os avanços alcançados e os desafios a serem
enfrentados, o que pode subsidiar ajustes e revisões no plano.

Transparência e Prestação de Contas:


O PPA é um instrumento de transparência e prestação de contas, pois permite
que a sociedade acompanhe o cumprimento das promessas de governo e
fiscalize a aplicação dos recursos públicos.

Em resumo, o Plano Plurianual é um importante instrumento de planejamento


que orienta as ações do governo em diversas áreas ao longo de um período de

22
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.
PROCESSO LEGISLATIVO
quatro anos, promovendo o desenvolvimento sustentável e a melhoria da
qualidade de vida da população.

D) Projeto de Lei de Crédito Adicional:


O Projeto de Lei de Crédito Adicional é uma proposição legislativa que tem por
objetivo autorizar a abertura de créditos adicionais no orçamento público, ou
seja, a realização de despesas que não estavam previstas na Lei Orçamentária
Anual (LOA) ou que excedem os limites estabelecidos na legislação
orçamentária.

A necessidade de um crédito adicional pode surgir por diversas razões, como a


ocorrência de despesas imprevistas, a necessidade de reforçar dotações
orçamentárias subestimadas, ou a existência de superávit financeiro que permite
a realização de novas despesas.

Existem diferentes tipos de créditos adicionais, cada um com suas


características específicas:

Crédito Adicional Suplementar: Destina-se a reforçar dotações orçamentárias


já existentes, quando estas se mostram insuficientes para a realização de
despesas previstas.

Crédito Adicional Especial: Destina-se a atender despesas para as quais não


haja dotação orçamentária específica, como despesas extraordinárias ou
imprevistas.

Crédito Adicional Extraordinário: Destina-se a atender despesas urgentes e


imprevisíveis, como as decorrentes de calamidade pública ou guerra.

O Projeto de Lei de Crédito Adicional é elaborado pelo Poder Executivo e


encaminhado ao Poder Legislativo para apreciação e aprovação. Ele deve
conter justificativas detalhadas sobre a necessidade do crédito, especificando os
valores a serem acrescidos ao orçamento e as fontes de recursos que serão
utilizadas.

No Legislativo, o projeto é analisado pelas comissões competentes e


posteriormente votado em plenário. Caso seja aprovado, o crédito adicional é
incorporado ao orçamento público e pode ser utilizado para a realização das
despesas autorizadas.

É importante ressaltar que a abertura de créditos adicionais está sujeita a limites


estabelecidos pela legislação orçamentária e pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, visando garantir o equilíbrio das contas públicas e a transparência na
gestão dos recursos.

As matérias orçamentárias compreendem os documentos e propostas relacionados ao


orçamento público, como a Lei Orçamentária Anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
e o Plano Plurianual. O processo legislativo orçamentário é fundamental para garantir a
transparência, a eficiência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

23
PROCESSO LEGISLATIVO
O conteúdo dos Cursos é de uso exclusivo e pessoal do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam no intertexto apresentado. Sendo
vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se aos infratores à
responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar