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CONHECIMENTOS

ESPECÍFICOS
Plebiscito, Referendo e Iniciativa
Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
Gabriel Dezen

Sumário
Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)...............................................3
1. Enfoque Constitucional............................................................................................................................................3
2. Enfoque Legal................................................................................................................................................................4
Resumo.................................................................................................................................................................................18
Exercícios.............................................................................................................................................................................19
Gabarito................................................................................................................................................................................21
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................22

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
Gabriel Dezen

PLEBISCITO, REFERENDO E INICIATIVA POPULAR DE


LEI (LEI N. 9.709/1998)
1. Enfoque Constitucional
A Constituição Federal veicula a previsão de diversos mecanismos de democracia direta,
ou seja, de participação direta do cidadão nas ações estatais. São exemplos:

EXEMPLO
A ação popular (art. 5º, LXXIII),
A denúncia popular direta ao Tribunal de Contas da União (art. 74, § 2º)
A fiscalização popular direta das contas públicas municipais (art. 31, § 3º).

A previsão central, no entanto, está no art. 14, nos seguintes termos:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Em abordagem sistêmica:

É consulta popular direta realizada antes da realização de ato estatal.


A validade da ação do Poder Público fica condicionada à autorização
popular, externada pela maioria dos votos colhidos. Tem, por isso,
caráter autorizatário.
Plebiscito
�Obs.: No plano federal, é do Congresso Nacional., por decreto legislativo,
a competência para convocar plebiscito, na forma do art. 49:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;

É consulta popular direta realizada após a realização de ato estatal.


A validade do ato do Poder Público depende da aprovação popular
direta, pelo que o caráter é validatório.
Referendo �Obs.: No plano federal, é do Congresso Nacional., por decreto legislativo,
a competência para autorizar referendo, na forma do art. 49:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;

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A iniciativa popular consagra a possibilidade de cidadãos (portanto


necessariamente eleitores) apresentarem formalmente ao Poder
Legislativo competente projetos de lei, provocando o início do processo
legislativo.
Pode ocorrer:
• No plano federal, por projeto de lei federal:
Art. 61 (...)
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo,
um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de
cada um deles.
Iniciativa • No plano estadual, por projeto de lei estadual:
popular Art. 27 (...)
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo
estadual.
• No plano distrital, por projeto de lei distrital:
Art. 32 (...)
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o
disposto no art. 27.
• No plano municipal, por projeto de lei municipal:
Art. 29 (...)
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do
Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo
menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela
Emenda Constitucional n. 1, de 1992)

2. Enfoque Legal
As formas de expressão direta da soberania popular elencadas nos incisos do art. 14 da
Constituição Federal foram objeto da Lei n. 9.709, de 18 de novembro de 1998, que “regulamen-
ta a execução do disposto nos incisos I, II e III da Constituição Federal.
O primeiro dispositivo consagra:

Art. 1º A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, nos termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Como se percebe, o dispositivo limita-se a transcrever o comando constitucional, delimi-


tando alcance e objeto da Lei, em conformidade com as regras de técnica legislativa.

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Prossegue a Lei:

Art. 2º Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de
acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
§ 1º O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao
povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
§ 2º O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao
povo a respectiva ratificação ou rejeição.

Em abertura esquemática:
Há equívoco técnico-conceitual na redação.
“Povo” é o conjunto de todas as pessoas que
Art. 2º Plebiscito e referendo são
se encontrem dentro de determinado limite
consultas formuladas ao povo para
territorial, sem distinção quanto à nacionalidade.
que delibere sobre matéria de
Para fins de plebiscito e referendo, é requerida
acentuada relevância, de natureza
a condição de eleitor no Brasil, pelo que a
constitucional, legislativa ou
referência correta seria “cidadão”.
administrativa.
A “deliberação” se dá pelo voto, aprovando ou
rejeitando a medida dada a decisão.

§ 1º O plebiscito é convocado com


anterioridade a ato legislativo ou O dispositivo conceitua o plebiscito como
administrativo, cabendo ao povo, consulta popular prévia à decisão legislativa ou
pelo voto, aprovar ou denegar o administrativa.
que lhe tenha sido submetido.

§ 2º O referendo é convocado com Este parágrafo conceitua referendo como


posterioridade a ato legislativo ou consulta popular subsequente ou posterior ao
administrativo, cumprindo ao povo ato legislativo ou administrativo submetido à
a respectiva ratificação ou rejeição. validação popular.
Prossegue a Lei:

Art. 3º Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Exe-
cutivo, e no caso do § 3º do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convoca-
dos mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem
qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.

Em razão da competência exclusiva do Congresso Nacional para convocar plebiscito e au-


torizar referendo, é qualificada, neste dispositivo, a autoria coletiva compulsória do necessário
projeto de decreto legislativo, exigindo para isso um terço da composição da Câmara dos De-
putados ou um terço do Senado Federal. A maioria de aprovação desse projeto em cada Casa
é simples.

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 Obs.: O referido art. 18 consagra o processo de alteração territorial de Estados, nos seguin-
tes termos:

Art. 18 (...)
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população dire-
tamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Especificamente sobre as alterações territoriais de Estados determina o art. 4º:

Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a ou-
tros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população dire-
tamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Esta-
dos, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista
no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do
Congresso Nacional.
§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no pará-
grafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.
§ 3º Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembleias Legislativas opina-
rão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamen-
tos técnicos concernentes aos aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área
geopolítica afetada.
§ 4º O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as informações técni-
cas a que se refere o parágrafo anterior.

Em análise tópica:

Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a


outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população
diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um
dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias
Legislativas.

Na parte conceitual:

Incorporação Estado A + Estado B = Estado A ampliado

Subdivisão Estado A = Estado B + Estado C

Estado A = Estado A + Estado B


A parte desmembrada pode se transformar
Desmembramento
em novo Estado, ser anexada a um Estado já
existente ou constituir Território Federal.

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Em termos suscintos, o processo de alteração territorial de Estados se desenvolve nas


seguintes fases:
1º. Convocação do plebiscito por decreto legislativo do Congresso Nacional.
2º. Realização do plebiscito pela Justiça Eleitoral.
3º. Se aprovada a alteração, início de tramitação no Congresso Nacional, por qualquer das
duas Casas, do projeto de lei complementar necessário.

 Obs.: A aprovação da alteração pelo plebiscito não obriga o Congresso Nacional a aprovar o
projeto de lei complementar. A decisão é eminentemente política, conforme a conveni-
ência do Legislativo da União.

Conforme o Supremo Tribunal Federal, no caso de desmembramento, a “população diretamen-


te interessada” é toda a residente e alistada como eleitora nas áreas dos Estados envolvidos,
e não apenas a da área que se pretende emancipar.
Consta no acórdão:

JURISPRUDÊNCIA
Após a alteração promovida pela EC 15/96, a Constituição explicitou o alcance do âmbito
de consulta para o caso de reformulação territorial de municípios e, portanto, o signifi-
cado da expressão “populações diretamente interessadas”, contida na redação originá-
ria do § 4º do art. 18 da Constituição, no sentido de ser necessária a consulta a toda
a população afetada pela modificação territorial, o que, no caso de desmembramento,
deve envolver tanto a população do território a ser desmembrado, quanto a do território
remanescente. Esse sempre foi o real sentido da exigência constitucional - a nova reda-
ção conferida pela emenda, do mesmo modo que o art. 7º da Lei 9.709/98, apenas tornou
explícito um conteúdo já presente na norma originária. (ADI 2650, de 17.11.2011).

As demais exigências da prescrição legal são:


• Que a consulta plebiscitária seja realizada no mesmo dia e horário em todos os Estados
envolvidos.
• Que sejam “ouvidas” as Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos.

 Obs.: A determinação de oitiva dos Legislativos estaduais consta na Constituição Federal:

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
VI – Incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as
respectivas Assembleias Legislativas;

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 Obs.: Como manda o § 2º deste artigo, a oitiva das Assembleias Legislativas será feita pela
Casa Iniciadora do processo legislativo da lei complementar.

§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista


no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do
Congresso Nacional.

Apurado o resultado da consulta plebiscitária, se este for favorável à alteração territorial


pretendida, será apresentado o necessário projeto de lei complementar perante a Câmara dos
Deputados ou Senado Federal, à escolha do autor.

 Obs.: Como já referido, a aprovação plebiscitária não vincula a aprovação do projeto de lei
complementar em qualquer das Casas e não impõe rito especial ao processo legislativo.

§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no pará-
grafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.

A consulta às Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos na alteração territorial não


vincula a decisão quer da Câmara dos Deputados, quer do Senado Federal, como declara ex-
pressamente o § 3º deste artigo. A finalidade é meramente instrutória, para se colher a opinião
dos Legislativos estaduais sobre a alteração pretendida.

 Obs.: A oitiva das Assembleias Legislativas será feita apenas pela Casa Iniciadora do pro-
cesso legislativo.

§ 3º Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembleias Legislativas opina-


rão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamen-
tos técnicos concernentes aos aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área
geopolítica afetada.

Este dispositivo, além de tornar expresso o que já era implícito – a ausência de vinculação
da manifestação das Assembleias Legislativas às decisões da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal – descreve os elementos sobre os quais deverão se pronunciar os Legislati-
vos estaduais, quais sejam os aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da
área afetada.

§ 4º O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as informações técni-


cas a que se refere o parágrafo anterior.

A redação do dispositivo, de má técnica legislativa (porque presume a “aprovação” do pro-


jeto de lei complementar e porque fala em aprovação “da lei complementar” e não do proje-
to), refere que o Legislativo da União “tomará em conta” as informações recebidas, as quais,
contudo, serão valoradas livremente, em contraste com as demais informações e interesses
políticos envolvidos.

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O processo de alteração territorial de Estado, ao final, fica com este perfil:


1 4.
Apresentação do 2 3 Se aprovado,
projeto de decreto Tramitação pela Votação do PDL na remessa em
legislativo por 1/3 Casa Iniciadora. Casa Iniciadora. autógrafos à Casa
da CD ou do SF Revisora.
7
Aprovado em
6 ambas as Casas, o 8
5
Votação do decreto legislativo Organização do
Tramitação do PDL
PDL na Casa será promulgado plebiscito pela
na Casa Revisora.
Revisora. e publicado pelo Justiça Eleitoral
Presidente do
Congresso Nacional.
11 12
9 Se houve a aprovação, A Casa Iniciadora
10
Vota toda a apresentação realiza a oitiva
Apuração do
população dos do projeto de lei das Assembleias
resultado
Estados envolvidos. complementar na Casa Legislativas dos
Iniciadora Estados envolvidos.
15
13 14 16
Se aprovado, o projeto
Tramitação na Casa Votação na Casa Tramitação na Casa
vai em autógrafos à
Iniciadora Iniciadora Revisora
Casa Revisora
17 18
Aprovado em Sancionado, 19
ambas as Casas, o torna-se lei Início do processos de
projeto vai à sanção complementar e efetivação da alteração
do Presidente da será promulgada territorial determinada.
República e publicada
O art. 5º da Lei de referência trata das alterações territoriais de Municípios, nos seguin-
tes termos:

Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Muni-


cípios, será convocado pela Assembleia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e
estadual.

O processo de alteração territorial de Municípios tem tratamento na Constituição Federal,


à altura do art. 18, § 4º:

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadu-


al, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

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Eis o processo, em quadros sequenciais:


4
2
Se os Estudos resultarem
Realização
3 positivos à alteração
dos Estudos
1 Se os Estudos pretendida, início de
de Viabilidade
Divulgação oficial resultarem tramitação do projeto de
Municipal,
da iniciativa negativos, fim do resolução ou decreto da
conforme
processo. Assembleia Legislativa
estabelecido em
convocatório do
lei estadual
plebiscito.

7
5
Se o plebiscito 8
Justiça Eleitoral
resultar positivo, Deliberação do projeto
do Estado realiza 6
apresentação de lei pela Assembleia
o plebiscito. Se o plebiscito
do projeto de Legislativa somente
Vota toda a resultar negativo,
lei ordinária poderá ocorrer nos
população dos fim do processo.
estadual períodos autorizados por
Municípios
veiculando a lei complementar federal.
envolvidos.
alteração.

9 11
10 12
No período Sancionado, será
Se aprovado, vai Aplicação da lei e
autorizado, promulgada e
ao Governador realização da alteração
votação do publicada a lei
para sanção. territorial determinada.
projeto de lei estadual
Como visto, a Constituição Federal, claramente, determina que seja feita lei complementar
federal para dispor sobre a periodicidade da deliberação das Assembleias Legislativas sobre
projetos de leis ordinárias relativos às alterações territoriais de Municípios, principalmente os
desmembramentos para criação de Municípios novos.
Essa ordem constitucional nunca foi cumprida.
Sobre essa persistente omissão do Congresso Nacional assim se pronunciou o Supremo
Tribunal Federal, julgando mandado de injunção:

JURISPRUDÊNCIA
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. INATIVIDADE
DO LEGISLADOR QUANTO AO DEVER DE ELABORAR A LEI COMPLEMENTAR A QUE SE
REFERE O § 4O DO ART. 18 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA CONSTITUCIONAL NO 15/1996. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A Emenda
Constitucional n. 15, que alterou a redação do § 4º do art. 18 da Constituição, foi publi-
cada no dia 13 de setembro de 1996. Passados mais de 10 (dez) anos, não foi editada a
lei complementar federal definidora do período dentro do qual poderão tramitar os pro-
cedimentos tendentes à criação, incorporação, desmembramento e fusão de municípios.

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Existência de notório lapso temporal a demonstrar a inatividade do legislador em relação


ao cumprimento de inequívoco dever constitucional de legislar, decorrente do comando
do art. 18, § 4º, da Constituição. 2. Apesar de existirem no Congresso Nacional diversos
projetos de lei apresentados visando à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição,
é possível constatar a omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação e aprova-
ção da lei complementar em referência. As peculiaridades da atividade parlamentar que
afetam, inexoravelmente, o processo legislativo, não justificam uma conduta manifesta-
mente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas, conduta esta que pode pôr em
risco a própria ordem constitucional. A inertia deliberandi das Casas Legislativas pode
ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 3. A omissão legislativa
em relação à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, acabou dando ensejo à
conformação e à consolidação de estados de inconstitucionalidade que não podem ser
ignorados pelo legislador na elaboração da lei complementar federal. 4. Ação julgada pro-
cedente para declarar o estado de mora em que se encontra o Congresso Nacional, a fim
de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote ele todas as providências legisla-
tivas necessárias ao cumprimento do dever constitucional imposto pelo art. 18, § 4º, da
Constituição, devendo ser contempladas as situações imperfeitas decorrentes do estado
de inconstitucionalidade gerado pela omissão. Não se trata de impor um prazo para a
atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro tem-
poral razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado pelo Tribunal nas ADI n.s
2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou alteram
seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal seja pro-
mulgada contemplando as realidades desses municípios. (ADI 3682, de 9.5.2007)

Esta decisão não mudou o estado de mora legislativa.


Com a persistência da chamada “situação de inconstitucionalidade” referida, o Congresso
Nacional incluiu no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias o seguinte art. 96:

Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Muni-
cípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabeleci-
dos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 57, de 2008).

Essa previsão desencadeou várias situações que acabaram sendo judicializada.

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Veja os principais julgados:


A redação original do art. 18, § 4º, da CF/1988 condicionava
a criação de municípios à edição de lei estadual, obedecidos
os requisitos previstos em Lei Complementar estadual, e a
A redação original do
uma consulta prévia, mediante plebiscito, às populações
art. 18, § 4º, levou a
diretamente interessadas. Esse procedimento simplificado,
uma excessiva criação
que delegou exclusivamente à esfera estadual a
de Municípios
regulamentação dos parâmetros para a emancipação,
propiciou a proliferação de entes municipais no Brasil após a
promulgação da Constituição de 1988. (ADI 4711, de 8.9.2021).
Atento a essa realidade, o constituinte derivado alterou
o texto constitucional e dificultou a criação de municípios,
A alteração feita pela restringindo a fragmentação da federação. O art. 18, § 4º,
EC 15, de 1996 veio da CF/1988, com redação dada pela EC n. 15/1996, passou a
limitar a explosão exigir, além dos requisitos anteriormente previstos, a edição
municipalista de lei complementar federal e a divulgação prévia dos Estudos
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma
da lei. (ADI 4711, de 8.9.2021).
Esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que a
inexistência da lei complementar federal a que se refere o art.
18, § 4º, da CF/1988 impede a criação, fusão, incorporação
A falta da lei ou desmembramento de novos municípios. A atual dicção do
complementar federal art. 18, § 4º impõe a aprovação prévia de leis federais para
sobre a periodicidade que os Estados sejam autorizados a iniciar novos processos
impede a deliberação de emancipação municipal. Até que isso ocorra, leis estaduais
válida das Assembleias que versem sobre o tema são inconstitucionais. (ADI 4711, de
Legislativas sobre as 8.9.2021).
alterações territoriais Tese: É inconstitucional lei estadual que permita a criação,
de Municípios incorporação, fusão e desmembramento de municípios sem
a edição prévia das leis federais previstas no art. 18, § 4º, da
CF/1988, com redação dada pela Emenda Constitucional n.
15/1996
Ação Direta de Inconstitucionalidade.
2. Leis 13.133/1997 e 13.420/1998 do Estado de Goiás, que
dispõem sobre a criação do Município de Campo Limpo de
Goiás, em terras do Município de Anápolis.
Foram válidas as
3. Violação ao art. 18, § 4º, da Constituição Federal, diante da
emancipações
inexistência da lei complementar federal exigida.
municipais realizadas
4. Convalidação pela Emenda Constitucional 57/2008,
nos termos do art.
visto que as leis impugnadas, publicadas em data anterior
96 do ADCT da
a 31/12/2006, atenderam aos requisitos da legislação
Constituição Federal
complementar estadual vigente.
5. Requisitos do art. 96 do ADCT.
6. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente.
(ADI 3285, de 5.11.2019).

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Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Lei 11.611/2001 do


Estado do Rio Grande do Sul, que retifica o limite da divisa dos
municípios de Putinga e Relvado.
Foram inválidas as 3. Violação ao art. 18, § 4º, da Constituição Federal, diante da
alterações territoriais inexistência da lei complementar federal exigida.
municipais realizadas 4. Não convalidação pela Emenda Constitucional 57/2008,
em desconformidade visto que as leis impugnadas, publicadas em data anterior
com o art. 96 do ADCT a 31.12.2006, não atenderam aos requisitos da legislação
da Constituição Federal complementar estadual vigente (Lei Complementar 9.070/1990).
5. Requisitos do art. 96 do ADCT.
6. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.
(ADI 2798, de 21.12.2020).
Competência da União para fixar lapso temporal em
que permitida a criação, a incorporação, a fusão ou o
desmembramento de municípios (CF, art. 18, § 4º, com redação
dada pela EC 15/1996).
Competência da União 3. A União é competente para estabelecer normas gerais
para o estabelecimento acerca do processo de criação de municípios, o que não obsta
da periodicidade a competência suplementar dos Estados-Membros.
4. Impossibilidade de criação, fusão, incorporação ou
desmembramento de municípios antes do advento de Lei
Complementar federal definindo o período em que autorizado.
(ADI 4984, de 12.4.2018).
Segue-se na Lei o art. 6º:

Art. 6º Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o
plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição
Estadual e com a Lei Orgânica.

Esta previsão limita-se a lançar referência geral para plebiscitos de interesse estadual, dis-
trital e municipal.
Dessa forma:
Interesse da matéria Regência do plebiscito
Constituição Federal
Nacional
Lei n. 9.709/98 (normas gerais e específicas)
Constituição Estadual
Estadual Lei n. 9.709/09 (normas gerais)
Legislação estadual aplicável
Lei Orgânica do Distrito Federal
Distrital Lei n. 9.709/09 (normas gerais)
Legislação distrital aplicável
Lei Orgânica do Município
Municipal Lei n. 9.709/09 (normas gerais)
Legislação municipal aplicável

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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O art. 7º da Lei retoma a questão dos plebiscitos relativos às alterações territoriais de Es-
tados e Municípios.

Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamen-
te interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmem-
bramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a
da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em
relação ao total da população consultada.

De forma esquemática:

Plebiscito do art.4º Alterações territoriais de Estado.

Plebiscito do art. 5º Alterações territoriais de Município

Em caso de desmembramento:
• a residente na área a ser desmembrada
quanto na área remanescente, que sofrerá o
“População diretamente desmembramento.
interessada” Em caso de fusão ou anexação:
• tanto a população da área que se quer
anexar quanto a da que receberá o
acréscimos.
Segue a Lei:

Art. 8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça
Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:
I – fixar a data da consulta popular;
II – tornar pública a cédula respectiva;
III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;
IV – assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa concessionários de serviço públi-
co, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da
matéria em questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob consulta.

Com a aprovação do decreto legislativo, este será promulgado e publicado, sendo, após,
feita a comunicação pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional à Justiça Eleitoral.
Incumbirá à Justiça Eleitoral as providências elencadas, quais sejam:
• Fixar a data da consulta popular;
• Elaborar e divulgar a cédula e seu conteúdo;
• Elaborar e expedir instruções para a consulta;
• Providenciar a gratuidade de uso de meios de comunicação para divulgação de posicio-
namentos sobre a consulta popular.

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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Segue-se o art. 9º:

Art. 9º Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não efetivada, cujas
matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado
das urnas seja proclamado.

À toda evidência, a medida legislativa ou administrativa dependente de aprovação plebisci-


tária ficará em suspenso até que se conclua a oitiva popular e seja aferido o resultado.

Em relação às alterações territoriais de Estados e de Municípios, a aprovação plebiscitária é


requisito de procedibilidade legislativa, não podendo o Poder Legislativo fazer tramitar projeto
de lei relativo à mudança sem que esta tenha recebido aprovação.
Nesse sentido posiciona-se o Supremo Tribunal Federal:

JURISPRUDÊNCIA
Desmembramento de município realizado sem a observância da exigência da consulta
às populações dos municípios envolvidos (art. 18, § 4º, da CF/88). Inconstitucionalidade.
Consoante a jurisprudência da Corte, deve ser sempre observada a exigência de realiza-
ção da consulta plebiscitária para o ato de desmembramento de municípios referida no
art. 18, § 4º, da Constituição Federal. (RE 614384 de 2.5.2022).
Criação ou desmembramento de Município. Limites territoriais. Imprescindibilidade de
prévia consulta às populações envolvidas, mediante plebiscito. (ADI 2660, de 4.2.2004).

A seguir, a Lei de referência estabelece a maioria de aprovação da consulta popular:

Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprova-
do ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.

Dessa forma, na consulta deverá ser formada maioria simples em um sentido ou em outro,
pela aprovação ou rejeição.

Obs.: A prescrição padece de incoerência técnica.


 A maioria simples, para o caso, se define como a necessidade de comparecimento da
maioria absoluta do eleitorado, e que se forme maioria desta “pela aprovação ou pela
rejeição”.
 O problema de fundo é: não formada maioria pela aprovação e nem pela rejeição, a
consulta plebiscitária resultará inconclusa.

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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 Obs.: Ao exigir a formação da maioria simples para aprovação ou para rejeição a Lei deixa
enorme lacuna lógica no sistema.
 Além disso, a linguagem usada é inadequada: não se aprova ou rejeita “o plebiscito
ou referendo” como o artigo em análise erradamente consagra, mas, sim, a MATÉRIA
dada à decisão popular direta pelo plebiscito ou pelo referendo.

No art. 11:

Art. 11. O referendo pode ser convocado no prazo de trinta dias, a contar da promulgação de lei ou
adoção de medida administrativa, que se relacione de maneira direta com a consulta popular.

É fixado aqui o prazo para a consulta referendatária, arbitrado em 30 dias após a promulga-
ção da lei ou adoção da medida administrativa que será submetida à validação popular.
No art. 12:

Art. 12. A tramitação dos projetos de plebiscito e referendo obedecerá às normas do Regimento
Comum do Congresso Nacional.

Novamente o legislador incorreu em deficiente técnica legislativa. O que tramita não é “pro-
jeto de plebiscito ou referendo”, mas projeto de decreto legislativo convocatório de plebiscito
ou referendo.
Na parte final é determinada a observância, extremamente equivocada, das normas do
Regimento Comum. Ocorre, no entanto, que projeto de decreto legislativo é de tramitação bi-
cameral, sujeito, portanto, aos Regimentos Internos da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, e nunca ao Regimento Comum.
Chega-se ao art. 13:

Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados,
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
§ 1º O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscrever-se a um só assunto.
§ 2º O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à
Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais improprie-
dades de técnica legislativa ou de redação.

O caput deste artigo repete as exigências da Constituição Federal, contidas no art. 61, §
2º, já visto.
A determinação de limitação a uma única matéria atende às normas de técnica legislativa
contidas na Lei Complementar n. 95, de 1998.

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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A correção de vícios formais de linguagem ou de técnica legislativa está prevista tanto no


Regimento Interno da Câmara dos Deputados quanto no do Senado Federal.

 Obs.: Por determinação constitucional, a Casa Iniciadora de projeto de lei federal de iniciati-
va popular é necessariamente a Câmara dos Deputados.

E finalizando:

Art. 14. A Câmara dos Deputados, verificando o cumprimento das exigências estabelecidas no art.
13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à iniciativa popular, consoante as normas do Regi-
mento Interno.

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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RESUMO
Este Curso analisa três das formas de democracia direta previstas na vigente Constituição
Federal, quais sejam o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular, tanto à luz da própria Cons-
tituição Federal quanto da legislação regulamentadora.
Seguindo a legislação de referência, é dado especial ênfase aos processos de alterações
territoriais de Estados e de Municípios, e a iniciativa popular de projeto de lei federal.

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Plebiscito, Referendo e Iniciativa Popular de Lei (Lei n. 9.709/1998)
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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) A iniciativa popular de leis pode ocorrer no âmbito municipal, mediante
o oferecimento de projeto de lei municipal à respectiva Câmara de Vereadores.

002. (INÉDITA/2022) Plebiscito pode ser relativo a ato administrativo.

003. (INÉDITA/2022) É legalmente possível, por referendo, a rejeição popular de ato legislativo.

004. (INÉDITA/2022) O projeto de decreto legislativo destinado à convocação de plebiscito


relativo a questão de relevância nacional de competência do Poder Executivo exige a autoria
de um terço dos membros do Congresso Nacional.

005. (INÉDITA/2022) O Projeto de decreto legislativo convocatório de plebiscito para a cria-


ção de novo Estado pode ser de autoria de um terço do Senado Federal.

006. (INÉDITA/2022) O projeto de decreto legislativo convocatório de plebiscito exige maioria


absoluta para ser aprovado.

007. (INÉDITA/2022) É constitucional e legalmente possível o desmembramento de área de


um Estado para ser anexada a outro Estado.

008. (INÉDITA/2022) No caso de incorporação de área de um Estado por outro, o plebiscito de-
verá ser realizado na mesma data e no mesmo horário nas áreas dos dois Estados envolvidos.

009. (INÉDITA/2022) Tem amparo constitucional e legal que a criação de novo Estado se faça
por referendo, após a aprovação da lei que o cria.

010. (INÉDITA/2022) O desmembramento de área de Estado para se constituir em novo Esta-


do exige lei ordinária federal para veicular essa medida.

011. (INÉDITA/2022) O projeto de lei complementar necessário à criação de um novo Estado


deve ter a Câmara dos Deputados como Casa Iniciadora.

012. (INÉDITA/2022) As Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos no desmembra-


mento da área de um para anexação ao outro deverão ser ouvidas tanto pela Casa Iniciado-
ra quanto pela Casa Revisora quando da tramitação do projeto de lei complementar a isso
necessário.

013. (INÉDITA/2022) A oitiva de Assembleias Legislativas, no caso de alteração territorial de


Estados, deve ocorrer quando da tramitação do projeto de decreto legislativo convocatório do
plebiscito.

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014. (INÉDITA/2022) É do Congresso Nacional a competência exclusiva para a convocação


de plebiscito para alteração territorial de Estados ou Municípios.

015. (INÉDITA/2022) Tem amparo na lega que Lei Orgânica de Município regulamente a reali-
zação de plebiscitos e referendos sobre matérias de interesse local.

016. (INÉDITA/2022) No caso de anexação da área de um Município em outro, tanto a popu-


lação da área que vai ser anexada quanto a do Município que receberá o acréscimo devem ser
ouvidas em plebiscito.

017. (INÉDITA/2022) Um dos conteúdos obrigatórios do decreto legislativo que determina a


realização de plebiscito nacional é a fixação da data da consulta popular.

018. (INÉDITA/2022) É atribuição da Justiça Eleitoral assegurar a gratuidade dos meios de


comunicação de massa concessionários de serviço público aos partidos políticos e frentes
organizadas para divulgação de postulados relativos à matéria do plebiscito.

019. (INÉDITA/2022) A maioria necessária à rejeição de ato legislativo em referendo é simples.

020. (INÉDITA/2022) A maioria necessária à aprovação de questão dada a plebiscito é simples.

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GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. E
5. C
6. E
7. C
8. C
9. E
10. E
11. E
12. E
13. E
14. E
15. C
16. C
17. E
18. C
19. C
20. C

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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2022) A iniciativa popular de leis pode ocorrer no âmbito municipal, mediante
o oferecimento de projeto de lei municipal à respectiva Câmara de Vereadores.

Conforme consta na Constituição Federal, no:

Art. 29 XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou
de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
Certo.

002. (INÉDITA/2022) Plebiscito pode ser relativo a ato administrativo.

Como consta na Lei, no art. 2º,

§ 1º O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, cabendo ao


povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
Certo.

003. (INÉDITA/2022) É legalmente possível, por referendo, a rejeição popular de ato legislativo.

A teor do art. 2º,

§ 2º O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao


povo a respectiva ratificação ou rejeição.
Certo.

004. (INÉDITA/2022) O projeto de decreto legislativo destinado à convocação de plebiscito


relativo a questão de relevância nacional de competência do Poder Executivo exige a autoria
de um terço dos membros do Congresso Nacional.

Determina a Lei, no:

Art. 3º Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder


Executivo, e no caso do § 3º do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são con-
vocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que
compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.
Errado.

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005. (INÉDITA/2022) O Projeto de decreto legislativo convocatório de plebiscito para a cria-


ção de novo Estado pode ser de autoria de um terço do Senado Federal.

Como autoriza o,

Art. 3º Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do Poder Exe-
cutivo, e no caso do § 3º do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convoca-
dos mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem
qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.
Certo.

006. (INÉDITA/2022) O projeto de decreto legislativo convocatório de plebiscito exige maioria


absoluta para ser aprovado.

No silêncio da Lei sobre maioria especial incide a regra do art. 47 da Constituição Federal, que
determina maioria simples.
Errado.

007. (INÉDITA/2022) É constitucional e legalmente possível o desmembramento de área de


um Estado para ser anexada a outro Estado.

Na forma do,

Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a ou-
tros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população dire-
tamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Esta-
dos, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
Certo.

008. (INÉDITA/2022) No caso de incorporação de área de um Estado por outro, o plebiscito de-
verá ser realizado na mesma data e no mesmo horário nas áreas dos dois Estados envolvidos.

Como comanda a Lei no:

Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a ou-
tros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população dire-
tamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos Esta-
dos, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.
Certo.

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009. (INÉDITA/2022) Tem amparo constitucional e legal que a criação de novo Estado se faça
por referendo, após a aprovação da lei que o cria.

O STF decidiu pela inconstitucionalidade de decisão referendatária para a hipótese.


Errado.

010. (INÉDITA/2022) O desmembramento de área de Estado para se constituir em novo Esta-


do exige lei ordinária federal para veicular essa medida.

Tanto a Constituição Federal quanto a Lei exigem lei complementar:

Art. 4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a


outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população
diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um
dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias
Legislativas.
Errado.

011. (INÉDITA/2022) O projeto de lei complementar necessário à criação de um novo Estado


deve ter a Câmara dos Deputados como Casa Iniciadora.

Determina a Lei no:

§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista


no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do
Congresso Nacional.
Errado.

012. (INÉDITA/2022) As Assembleias Legislativas dos Estados envolvidos no desmembra-


mento da área de um para anexação ao outro deverão ser ouvidas tanto pela Casa Iniciado-
ra quanto pela Casa Revisora quando da tramitação do projeto de lei complementar a isso
necessário.

A oitiva é atribuição da Casa Iniciadora, como consta no art. 4º,

§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no pará-
grafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.
Errado.

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013. (INÉDITA/2022) A oitiva de Assembleias Legislativas, no caso de alteração territorial de Esta-


dos, deve ocorrer quando da tramitação do projeto de decreto legislativo convocatório do plebiscito.

Vem da Lei, no art. 4º,

§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no pará-
grafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.
Errado.

014. (INÉDITA/2022) É do Congresso Nacional a competência exclusiva para a convocação


de plebiscito para alteração territorial de Estados ou Municípios.

Consta na Lei no,

Art. 5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembramento de Municípios,


será convocado pela Assembleia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.
Errado.

015. (INÉDITA/2022) Tem amparo na lega que Lei Orgânica de Município regulamente a reali-
zação de plebiscitos e referendos sobre matérias de interesse local.

Na forma do,

Art. 6º Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o
plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição
Estadual e com a Lei Orgânica.
Certo.

016. (INÉDITA/2022) No caso de anexação da área de um Município em outro, tanto a popu-


lação da área que vai ser anexada quanto a do Município que receberá o acréscimo devem ser
ouvidas em plebiscito.

Na forma da parte final do,

Art. 7º Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4º e 5º entende-se por população diretamen-
te interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmem-
bramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a
da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em
relação ao total da população consultada.
Certo.
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017. (INÉDITA/2022) Um dos conteúdos obrigatórios do decreto legislativo que determina a


realização de plebiscito nacional é a fixação da data da consulta popular.

A data será definida pela Justiça Eleitoral, como comanda o

Art. 8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça
Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição: I – fixar a data da consulta popular;
Errado.

018. (INÉDITA/2022) É atribuição da Justiça Eleitoral assegurar a gratuidade dos meios de


comunicação de massa concessionários de serviço público aos partidos políticos e frentes
organizadas para divulgação de postulados relativos à matéria do plebiscito.

Na forma do,

Art. 8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça
Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição: IV – assegurar a gratuidade nos meio
de comunicação de massa concessionários de serviço público, aos partidos políticos e às frentes
suprapartidárias organizadas pela sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulga-
ção de seus postulados referentes ao tema sob consulta.
Certo.

019. (INÉDITA/2022) A maioria necessária à rejeição de ato legislativo em referendo é simples.

Como consta no,

Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprova-
do ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
Certo.

020. (INÉDITA/2022) A maioria necessária à aprovação de questão dada a plebiscito é simples.

Teor do,

Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprova-
do ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
Certo.

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Gabriel Dezen
Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especialista em Direito Constitucional é,
atualmente, consultor legislativo concursado do Senado Federal. Foi, sempre por concurso público, dele-
gado de polícia federal e analista de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. É professor de Direito
Constitucional e conferencista e parecerista nessa área jurídica. É autor de diversas obras sobre esse ramo
do Direito Público, a principal delas: Constituição Federal Interpretada (Editora Impetus).

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