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Conceito Conceito

Para Joel José Cândido (p. 23) Direito Eleitoral é:


O ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e das eleições,
em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares de mandatos eletivos e das instituições de
• O Direito Eleitoral é o ramo do Direito destinado a estudar:
Estado.
I. as instituições do Estado;
Na mesma linha, José Jairo Gomes (2012, p. 19) assim o define:
Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público cujo objeto são os institutos, as normas e os procedi-
II. a regulamentação dos direitos políticos;
mentos regularizadores dos direitos políticos. Normatiza o exercício do sufrágio com vistas à con-
cretização da soberania popular. III. os sistemas eleitorais;
Temos, então, que o Direito Eleitoral não se limita a regular somente as eleições. Amplia seu espectro IV. o processo eleitoral, em todas as suas fases, como forma de escolha dos
normativo para alcançar manifestações da vontade soberana do povo em suas diversas facetas políticas
admitidas pelo texto constitucional. titulares dos mandatos eletivos.

Conceito Conceito

• Direito público: impositivo - estado que dita as regras; • Sufrágio: Segundo Paulo Bonavides (Ciência política, 2003, p.228), “o
sufrágio é o poder que se reconhece a certo número de pessoas (o corpo de
• Objeto: concretizar a vontade soberana do povo através do exercício do cidadãos de participar da gerência da vida pública.”
sufrágio;
• Objetivos: garantia da normalidade e da legitimidade do poder de sufrágio • O poder de sufrágio é exercido através do voto ou por iniciativa popular
popular. quando se tratar de projeto de lei.
Conceito Fontes do Direito Eleitoral
Espécies: 1. Fontes Materiais → ambiente social, fatores psicológicos,
históricos, econômicos, religiosos, etc.

• Democracia: é condição basilar para a existência do direito eleitoral. 2. Fontes Formais → regras jurídicas positivadas com força
• Espécies de democracia: direta, indireta e participativa. coercitiva.
• Democracia participativa ou semidireta: é o modelo adotado pelo Brasil, de a) Fontes Formais Diretas: normas que
se aplicam diretamente, sem necessidade
acordo com a Constituição Federal de 88. “Art. 1 º: Todo o poder emana do povo, que o de norma meio;
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Diretamente: plebiscito, referendo, iniciativa popular.
Indiretamente: elegendo representantes através do voto.
ATENÇÃO!! b) Fontes Formais Indiretas: são aquelas
Detentor do poder: povo.
Exercíciodopoder:representantesdopovo.
que precisam de outra norma como elo
de ligação com a norma eleitoral para ser
legitimamente aplicável.

Direito Eleitoral Direito Eleitoral


Fontes Formais Diretas: Fontes Formais Indiretas:

I. Constituição Federal de 1988: (arts. 14 a 17 e arts. 118 a 121)


I. Código Civil
II. Código de Processo Civil
II. Código Eleitoral: Lei n. 4.737/1965
III. Código Penal
III. Lei das Inelegibilidades: LC n. 64/1990 (LC 135/2010)
IV. Código de Processo Penal
IV. Lei dos Partidos Políticos: Lei n. 9.096/1995
V. Lei n. 9.099/1995
V. Lei das Eleições: Lei n. 9.504/1997;
VI. Consultas
VI. Resoluções TSE
Fontes Formais Indiretas Fontes Formais Diretas
Instrumentos Normativos Específicos Instrumentos Normativos Específicos
do Direito Eleitoral do Direito Eleitoral
Consultas: atribuição restrita do TSE e dos TREs para responder a questionamentos sobre o
direito, em tese, formulados por parte de legitimados – partidos políticos e autoridades.
1. O que pode ser objeto de Consultas? questões jurídicas sobre direito
• Resoluções: competência exclusiva do TSE em âmbito nacional e dos TREs
em tese; em âmbito regional, nestes casos, desde que não afronte resoluções do TSE
2. Quem pode formular Consultas? a) partidos políticos (dentro de (art. 105 da Lei n.º 9.504/97)
sua circunscrição de atuação);
b) autoridades (dentro dos limites 1. Objeto das Resoluções: regulamentar a lei; devem esclarecer, aclarar,
de sua atuação; tornar aplicável o que já está estabelecido na
3. Quem pode responder Consultas? Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Lei Eleitoral. (Ver CF/1988, art. 84, IV)
Tribunais Regionais Eleitorais
(TREs)
EXEMPLO: 2. Legitimados: a) Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
https://www.tse.jus.br/++theme++justica_eleitoral/pdfjs/web/viewer.html?file=https://www.tse.jus.br/comu
nicacao/arquivos/tse-consulta-porte-de-armas/@@download/file/TSE-consulta-porte-de-armas-miunta-fin
al-voto-min-lewandowski.pdf b) Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Observações Importantes

Medida Provisória não pode veicular regras de Direito Eleitoral ou Partidário


(art. 62, I, “a”, CF/88) (não é fonte do direito eleitoral);
Lei Delegada também não pode veicular regras de Direito Eleitoral ou Partidário
(art. 68, § 1º, II, CF/88) (não é fonte do direito eleitoral)
A competência para editar normas de Direito Eleitoral e de direito partidário é
privativa da União (art. 22, I, CF/88) - lei ordinária - Congresso Nacional.
Exceção: inelegibilidades, organização e competência da Justiça Eleitoral
(arts. 14, § 9º, e 121, caput, da CF/1988. ) - Lei complementar.

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