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POLÍTICAS PÚBLICAS
DE SAÚDE & SAU S
RQUES
DIJÉ M
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
II - DA SAÚDE (arts. 196 a 200)
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e Parágrafo único. Os profissionais que, na data
159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as de promulgação desta Emenda e a qualquer
parcelas que forem transferidas aos respectivos título, desempenharem as atividades de
Municípios; agente comunitário de saúde ou de agente de
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o combate às endemias, na forma da lei, ficam
produto da arrecadação dos impostos a que se refere o dispensados de se submeter ao processo
art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e seletivo público a que se refere o § 4º do art.
159, inciso I, alínea b e § 3º. 198 da Constituição Federal, desde que
tenham sido contratados a partir de anterior
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo processo de Seleção Pública efetuado por
menos a cada cinco anos, estabelecerá: órgãos ou entes da administração direta ou
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § indireta de Estado, Distrito Federal ou
2º; Município ou por outras instituições com a
II - os critérios de rateio dos recursos da União efetiva supervisão e autorização da
vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito administração direta dos entes da federação.”
Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a
seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva
redução das disparidades regionais;
2 III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas esferas federal, estadual,
distrital e municipal;
IV - (revogado);
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa
privada.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde
poderão admitir agentes comunitários de saúde e
§ 1º As instituições privadas poderão participar de
agentes de combate às endemias por meio de processo
forma complementar do sistema único de saúde,
seletivo público, de acordo com a natureza e
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito
complexidade de suas atribuições e requisitos
público ou convênio, tendo preferência as entidades
específicos para sua atuação.
filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para
salarial profissional nacional, as diretrizes para os
auxílios ou subvenções às instituições privadas com
Planos de Carreira e a regulamentação das atividades
fins lucrativos.
de agente comunitário de saúde e agente de combate
às endemias, competindo à União, nos termos da lei,
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de
prestar assistência financeira complementar aos
empresas ou capitais estrangeiros na assistência à
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
cumprimento do referido piso salarial.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e
que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor
substâncias humanas para fins de transplante,
que exerça funções equivalentes às de agente
pesquisa e tratamento, bem como a coleta,
comunitário de saúde ou de agente de combate às
processamento e transfusão de sangue e seus
endemias poderá perder o cargo em caso de
derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
descumprimento dos requisitos específicos, fixados em
lei, para o seu exercício.
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produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e
epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área
de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução
das ações de saneamento básico;
V - incrementar, em sua área de atuação, o
desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; 01. IPAD 2010 MÉDICO
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o Prefeitura de Seara - SC 2016
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e Cargo: Atendente de Unidade Sanitária
águas para consumo humano; Tratando-se de saúde, de acordo com a Constituição
VII - participar do controle e fiscalização da produção, Federal, assinale a afirmativa incorreta:
transporte, guarda e utilização de substâncias e a) É da competência do Sistema Único de Saúde
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; ordenar a formação de recursos humanos na
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele área de saúde.
compreendido o do trabalho. b) A saúde é direito de todos e dever do Estado,
exceto nos casos em que o paciente tenha 3
condições financeiras de pagar seus
tratamentos.
c) A participação da comunidade é uma das
diretrizes do Sistema único de saúde.
d) Cabe ao Poder Público dispor, nos termos da
lei, sobre regulamentação, fiscalização e
controle das ações e serviços de saúde.
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"II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º,
incisos II e III." (AC)
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os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II,
deduzidas as parcelas que forem transferidas aos 07. Direito Constitucional
respectivos Municípios; e" (AC) Banca: CETRO 2013 Órgão: ANVISA
As ações e serviços públicos de saúde integram uma
"III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, rede regionalizada e hierarquizada e constituem um
quinze por cento do produto da arrecadação dos sistema único, organizado por diretrizes
impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de constitucionais.
que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § A Emenda Constitucional nº 29/2000 alterou o artigo
3º." (AC) 198 da Constituição da República no que tange às
"§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que ações e serviços públicos de saúde. Sobre essas
apliquem percentuais inferiores aos fixados nos incisos alterações, assinale a alternativa incorreta.
II e III deverão elevá-los gradualmente, até o exercício a) O Sistema Único de Saúde será financiado
financeiro de 2004, reduzida a diferença à razão de, com recursos do orçamento da seguridade
pelo menos, um quinto por ano, sendo que, a partir de social, da União, dos Estados, do Distrito
2000, a aplicação será de pelo menos sete por cento." Federal e dos Municípios, além de outras
(AC) fontes.
"§ 2º Dos recursos da União apurados nos termos b) A União aplicará anualmente, em ações e
deste artigo, quinze por cento, no mínimo, serão serviços públicos de saúde, recursos mínimos
aplicados nos Municípios, segundo o critério derivados da aplicação de percentuais 5
populacional, em ações e serviços básicos de saúde, na calculados na forma definida nos termos de lei
forma da lei." (AC) complementar.
"§ 3º Os recursos dos Estados, do Distrito Federal e c) Lei complementar, que será reavaliada pelo
dos Municípios destinados às ações e serviços públicos menos a cada 3 anos, estabelecerá os critérios
de saúde e os transferidos pela União para a mesma de rateio dos recursos da União vinculados à
finalidade serão aplicados por meio de Fundo de Saúde saúde destinados ao Distrito Federal e aos
que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Municípios, e dos Estados destinados a seus
Saúde, sem prejuízo do disposto no art. 74 da respectivos Municípios, objetivando a
Constituição Federal." (AC) progressiva redução das disparidades sociais.
"§ 4º Na ausência da lei complementar a que se refere d) Os Estados e o Distrito Federal aplicarão,
o art. 198, § 3º, a partir do exercício financeiro de anualmente, em ações e serviços públicos de
2005, aplicar-se-á à União, aos Estados, ao Distrito saúde, recursos mínimos derivados da
Federal e aos Municípios o disposto neste artigo." (AC) aplicação de percentuais calculados sobre o
produto da arrecadação do ITCMD, ICMS e
Art. 8º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na IPVA e outros recursos definidos na
data de sua publicação. Constituição da República.
Brasília, 13 de setembro de 2000 e) Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão,
anualmente, em ações e serviços públicos de
saúde recursos mínimos derivados da
aplicação de percentuais calculados sobre o
produto da arrecadação do IPTU, ITBI e do
ISS, e outros recursos definidos na
Constituição da República.
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LEI Nº 8.080, TÍTULO II
DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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XI - a formulação e execução da política de art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos
sangue e seus derivados. seguintes princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de saúde em todos os níveis de assistência;
ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à II - integralidade de assistência, entendida como
saúde e de intervir nos problemas sanitários conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
decorrentes do meio ambiente, da produção e preventivos e curativos, individuais e coletivos,
circulação de bens e da prestação de serviços de exigidos para cada caso em todos os níveis de
interesse da saúde, abrangendo: complexidade do sistema;
I - o controle de bens de consumo que, direta ou III - preservação da autonomia das pessoas na
indiretamente, se relacionem com a saúde, defesa de sua integridade física e moral;
compreendidas todas as etapas e processos, da IV - igualdade da assistência à saúde, sem
produção ao consumo; e preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
II - o controle da prestação de serviços que se V - direito à informação, às pessoas assistidas,
relacionam direta ou indiretamente com a saúde. sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo
conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, usuário;
8 a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos VII - utilização da epidemiologia para o
fatores determinantes e condicionantes de saúde estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e a orientação programática;
e adotar as medidas de prevenção e controle das VIII - participação da comunidade;
doenças ou agravos. IX - descentralização político-administrativa,
com direção única em cada esfera de governo:
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins a) ênfase na descentralização dos serviços para
desta lei, um conjunto de atividades que se destina, os municípios;
através das ações de vigilância epidemiológica e b) regionalização e hierarquização da rede de
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde serviços de saúde;
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e X - integração em nível executivo das ações de
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos saúde, meio ambiente e saneamento básico;
aos riscos e agravos advindos das condições de XI - conjugação dos recursos financeiros,
trabalho, abrangendo: tecnológicos, materiais e humanos da União, dos
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na
de trabalho ou portador de doença profissional e do prestação de serviços de assistência à saúde da
trabalho; população;
II - participação, no âmbito de competência do XII - capacidade de resolução dos serviços em
Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, todos os níveis de assistência; e
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à XIII - organização dos serviços públicos de modo
saúde existentes no processo de trabalho; a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
III - participação, no âmbito de competência do XIV – organização de atendimento público
Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, específico e especializado para mulheres e vítimas de
fiscalização e controle das condições de produção, violência doméstica em geral, que garanta, entre
extração, armazenamento, transporte, distribuição e outros, atendimento, acompanhamento psicológico e
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com
de equipamentos que apresentam riscos à saúde do a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de
trabalhador; 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de
IV - avaliação do impacto que as tecnologias 2017)
provocam à saúde;
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva CAPÍTULO III
entidade sindical e às empresas sobre os riscos de Da Organização, da Direção e da Gestão
acidentes de trabalho, doença profissional e do
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados
avaliações ambientais e exames de saúde, de pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente
admissão, periódicos e de demissão, respeitados os ou mediante participação complementar da iniciativa
preceitos da ética profissional; privada, serão organizados de forma regionalizada e
VI - participação na normatização, fiscalização e hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
controle dos serviços de saúde do trabalhador nas
instituições e empresas públicas e privadas;
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS)
VII - revisão periódica da listagem oficial de
é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da
doenças originadas no processo de trabalho, tendo na
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de
sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
governo pelos seguintes órgãos:
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores
I - no âmbito da União, pelo Ministério da
de requerer ao órgão competente a interdição de
Saúde;
máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal,
trabalho, quando houver exposição a risco iminente
pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão
para a vida ou saúde dos trabalhadores.
equivalente; e
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva
CAPÍTULO II
Secretaria de Saúde ou órgão equivalente.
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios
para desenvolver em conjunto as ações e os serviços
serviços privados contratados ou conveniados que
de saúde que lhes correspondam.
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos
desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no
intermunicipais o princípio da direção única, e os
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respectivos atos constitutivos disporão sobre sua conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº
observância. 12.466, de 2011).
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de II - definir diretrizes, de âmbito nacional,
Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de regional e intermunicipal, a respeito da organização das
forma a integrar e articular recursos, técnicas e redes de ações e serviços de saúde, principalmente no
práticas voltadas para a cobertura total das ações de tocante à sua governança institucional e à integração
saúde. das ações e serviços dos entes
federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Art. 11. (Vetado). III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde,
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de distrito sanitário, integração de territórios, referência e
âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de contrarreferência e demais aspectos vinculados à
Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos integração das ações e serviços de saúde entre os
competentes e por entidades representativas da entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de
sociedade civil. 2011).
Parágrafo único. As comissões intersetoriais Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários
terão a finalidade de articular políticas e programas de de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são
não compreendidas no âmbito do Sistema Único de reconhecidos como entidades representativas dos entes
Saúde (SUS). estaduais e municipais para tratar de matérias 9
referentes à saúde e declarados de utilidade pública e
de relevante função social, na forma do
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de
cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em
2011).
especial, as seguintes atividades:
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos
I - alimentação e nutrição;
do orçamento geral da União por meio do Fundo
II - saneamento e meio ambiente;
Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
despesas institucionais, podendo ainda celebrar
IV - recursos humanos;
convênios com a União. (Incluído pela Lei nº
V - ciência e tecnologia; e
12.466, de 2011).
VI - saúde do trabalhador.
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de
Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades que
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões representam os entes municipais, no âmbito estadual,
Permanentes de integração entre os serviços de saúde para tratar de matérias referentes à saúde, desde que
e as instituições de ensino profissional e superior. vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma
que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por nº 12.466, de 2011).
finalidade propor prioridades, métodos e estratégias
para a formação e educação continuada dos recursos CAPÍTULO IV
humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera Da Competência e das Atribuições
correspondente, assim como em relação à pesquisa e à Seção I
cooperação técnica entre essas instituições. Das Atribuições Comuns
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XI - elaboração de normas para regular as bem como com entidades representativas de formação
atividades de serviços privados de saúde, tendo em de recursos humanos na área de saúde;
vista a sua relevância pública; X - formular, avaliar, elaborar normas e
XII - realização de operações externas de participar na execução da política nacional e produção
natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas de insumos e equipamentos para a saúde, em
pelo Senado Federal; articulação com os demais órgãos governamentais;
XIII - para atendimento de necessidades XI - identificar os serviços estaduais e municipais
coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de de referência nacional para o estabelecimento de
situações de perigo iminente, de calamidade pública ou padrões técnicos de assistência à saúde;
de irrupção de epidemias, a autoridade competente da XII - controlar e fiscalizar procedimentos,
esfera administrativa correspondente poderá requisitar produtos e substâncias de interesse para a saúde;
bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de XIII - prestar cooperação técnica e financeira
jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
XIV - implementar o Sistema Nacional de aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
Sangue, Componentes e Derivados; XIV - elaborar normas para regular as relações
XV - propor a celebração de convênios, acordos entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços
e protocolos internacionais relativos à saúde, privados contratados de assistência à saúde;
saneamento e meio ambiente; XV - promover a descentralização para as
10 XVI - elaborar normas técnico-científicas de Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços
promoção, proteção e recuperação da saúde; e ações de saúde, respectivamente, de abrangência
XVII - promover articulação com os órgãos de estadual e municipal;
fiscalização do exercício profissional e outras entidades XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o
representativas da sociedade civil para a definição e Sistema Nacional de Sangue, Componentes e
controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e Derivados;
serviços de saúde; XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações
XVIII - promover a articulação da política e dos e os serviços de saúde, respeitadas as competências
planos de saúde; estaduais e municipais;
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico
saúde; Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica
XX - definir as instâncias e mecanismos de com os Estados, Municípios e Distrito Federal;
controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia XIX - estabelecer o Sistema Nacional de
sanitária; Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira
XXI - fomentar, coordenar e executar programas do SUS em todo o Território Nacional em cooperação
e projetos estratégicos e de atendimento emergencial. técnica com os Estados, Municípios e Distrito
Federal. (Vide Decreto nº 1.651, de 1995)
Seção II
Da Competência Parágrafo único. A União poderá executar ações
de vigilância epidemiológica e sanitária em
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da circunstâncias especiais, como na ocorrência de
Saúde (SUS) compete: agravos inusitados à saúde, que possam escapar do
I - formular, avaliar e apoiar políticas de controle da direção estadual do Sistema Único de
alimentação e nutrição; Saúde (SUS) ou que representem risco de
II - participar na formulação e na implementação disseminação nacional.
das políticas:
a) de controle das agressões ao meio ambiente; Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de
b) de saneamento básico; e Saúde (SUS) compete:
c) relativas às condições e aos ambientes de I - promover a descentralização para os
trabalho; Municípios dos serviços e das ações de saúde;
III - definir e coordenar os sistemas: II - acompanhar, controlar e avaliar as redes
a) de redes integradas de assistência de alta hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS);
complexidade; III - prestar apoio técnico e financeiro aos
b) de rede de laboratórios de saúde pública; Municípios e executar supletivamente ações e serviços
c) de vigilância epidemiológica; e de saúde;
d) vigilância sanitária; IV - coordenar e, em caráter complementar,
IV - participar da definição de normas e executar ações e serviços:
mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo a) de vigilância epidemiológica;
sobre o meio ambiente ou dele decorrentes, que b) de vigilância sanitária;
tenham repercussão na saúde humana; c) de alimentação e nutrição; e
V - participar da definição de normas, critérios e d) de saúde do trabalhador;
padrões para o controle das condições e dos ambientes V - participar, junto com os órgãos afins, do
de trabalho e coordenar a política de saúde do controle dos agravos do meio ambiente que tenham
trabalhador; repercussão na saúde humana;
VI - coordenar e participar na execução das VI - participar da formulação da política e da
ações de vigilância epidemiológica; execução de ações de saneamento básico;
VII - estabelecer normas e executar a vigilância VII - participar das ações de controle e avaliação
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a das condições e dos ambientes de trabalho;
execução ser complementada pelos Estados, Distrito VIII - em caráter suplementar, formular,
Federal e Municípios; executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e equipamentos para a saúde;
métodos para o controle da qualidade sanitária de IX - identificar estabelecimentos hospitalares de
produtos, substâncias e serviços de consumo e uso referência e gerir sistemas públicos de alta
humano; complexidade, de referência estadual e regional;
IX - promover articulação com os órgãos
educacionais e de fiscalização do exercício profissional,
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X - coordenar a rede estadual de laboratórios de
saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades que
permaneçam em sua organização administrativa;
XI - estabelecer normas, em caráter
suplementar, para o controle e avaliação das ações e
serviços de saúde;
XII - formular normas e estabelecer padrões, em
caráter suplementar, de procedimentos de controle de
qualidade para produtos e substâncias de consumo
humano;
XIII - colaborar com a União na execução da
vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
XIV - o acompanhamento, a avaliação e CAPÍTULO V
divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
no âmbito da unidade federada. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados
(SUS) compete: para o atendimento das populações indígenas, em todo
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as o território nacional, coletiva ou individualmente,
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ações e os serviços de saúde e gerir e executar os obedecerão ao disposto nesta Lei.
serviços públicos de saúde;
II - participar do planejamento, programação e Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à
organização da rede regionalizada e hierarquizada do Saúde Indígena, componente do Sistema Único de
Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei
sua direção estadual; no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual
III - participar da execução, controle e avaliação funcionará em perfeita integração.
das ações referentes às condições e aos ambientes de Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos
trabalho; próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde
IV - executar serviços: Indígena.
a) de vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária; Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do
c) de alimentação e nutrição; Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos
d) de saneamento básico; e responsáveis pela Política Indígena do País.
e) de saúde do trabalhador; Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições
V - dar execução, no âmbito municipal, à política governamentais e não-governamentais poderão atuar
de insumos e equipamentos para a saúde; complementarmente no custeio e execução das
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao ações.
meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde
humana e atuar, junto aos órgãos municipais, Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em
estaduais e federais competentes, para controlá-las; consideração a realidade local e as especificidades da
VII - formar consórcios administrativos cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado
intermunicipais; para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e por uma abordagem diferenciada e global,
hemocentros; contemplando os aspectos de assistência à saúde,
IX - colaborar com a União e os Estados na saneamento básico, nutrição, habitação, meio
execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e
fronteiras; integração institucional.
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde
celebrar contratos e convênios com entidades Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado,
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como hierarquizado e regionalizado.
controlar e avaliar sua execução;
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos § 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo
serviços privados de saúde; terá como base os Distritos Sanitários Especiais
XII - normatizar complementarmente as ações e Indígenas.
serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação. § 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo,
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições para isso, ocorrer adaptações na estrutura e
reservadas aos Estados e aos Municípios. organização do SUS nas regiões onde residem as
populações indígenas, para propiciar essa integração e
o atendimento necessário em todos os níveis, sem
discriminações.
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso
garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de
centros especializados, de acordo com suas
necessidades, compreendendo a atenção primária,
secundária e terciária à saúde.
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a
participar dos organismos colegiados de formulação,
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde,
tais como o Conselho Nacional de Saúde e os
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for
o caso.
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CAPÍTULO VII
12 DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO
DURANTE O TRABALHO DE PARTO,
PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
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produto, nacional ou importado, sem registro na empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de
Anvisa.”
2015)
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo II - pessoas jurídicas destinadas a instalar,
fornecimento de medicamentos, produtos de interesse operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº
para a saúde ou procedimentos de que trata este 13.097, de 2015)
Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital
Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
especializado, policlínica, clínica geral e clínica
especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de
2015)
b) ações e pesquisas de planejamento
familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade
lucrativa, por empresas, para atendimento de seus
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a
seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, 15
de 2015)
IV - demais casos previstos em legislação
específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
CAPÍTULO II
Da Participação Complementar
TÍTULO III
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem
DOS SERVIÇOS PRIVADOS
insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
população de uma determinada área, o Sistema Único
CAPÍTULO I
de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados
Do Funcionamento
pela iniciativa privada.
Parágrafo único. A participação complementar
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde dos serviços privados será formalizada mediante
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de contrato ou convênio, observadas, a respeito, as
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de normas de direito público.
pessoas jurídicas de direito privado na promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferência
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa para participar do Sistema Único de Saúde (SUS).
privada.
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração
Art. 22. Na prestação de serviços privados de de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial
assistência à saúde, serão observados os princípios serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho
Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições Nacional de Saúde.
para seu funcionamento. § 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de
Art. 23. É vedada a participação direta ou reajuste e de pagamento da remuneração aludida
indireta de empresas ou de capitais estrangeiros na neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de
assistência à saúde, salvo através de doações de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em
organismos internacionais vinculados à Organização demonstrativo econômico-financeiro que garanta a
das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica efetiva qualidade de execução dos serviços
e de financiamento e empréstimos. contratados.
§ 1° Em qualquer caso é obrigatória a § 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às
autorização do órgão de direção nacional do Sistema normas técnicas e administrativas e aos princípios e
Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu controle diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o
as atividades que forem desenvolvidas e os equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
instrumentos que forem firmados. § 3° (Vetado).
§ 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os § 4° Aos proprietários, administradores e
serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, dirigentes de entidades ou serviços contratados é
por empresas, para atendimento de seus empregados e vedado exercer cargo de chefia ou função de confiança
dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade no Sistema Único de Saúde (SUS).
social.
TÍTULO IV
Art. 23. É permitida a participação direta ou DOS RECURSOS HUMANOS
indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes Art. 27. A política de recursos humanos na área da
casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de saúde será formalizada e executada, articuladamente,
pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento
2015) dos seguintes objetivos:
I - doações de organismos internacionais I - organização de um sistema de formação de
vinculados à Organização das Nações Unidas, de recursos humanos em todos os níveis de ensino,
entidades de cooperação técnica e de financiamento e inclusive de pós-graduação, além da elaboração de
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programas de permanente aperfeiçoamento de Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
pessoal; Habitação (SFH).
II - (Vetado) § 4º (Vetado).
III - (Vetado) § 5º As atividades de pesquisa e
IV - valorização da dedicação exclusiva aos desenvolvimento científico e tecnológico em saúde
serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). serão co-financiadas pelo Sistema Único de Saúde
Parágrafo único. Os serviços públicos que (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal,
integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem além de recursos de instituições de fomento e
campo de prática para ensino e pesquisa, mediante financiamento ou de origem externa e receita própria
normas específicas, elaboradas conjuntamente com o das instituições executoras.
sistema educacional. § 6º (Vetado).
TÍTULO V
Art. 34. As autoridades responsáveis pela
DO FINANCIAMENTO
distribuição da receita efetivamente arrecadada
CAPÍTULO I
transferirão automaticamente ao Fundo Nacional de
Dos Recursos
Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo único
deste artigo, os recursos financeiros correspondentes
Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará às dotações consignadas no Orçamento da Seguridade
ao Sistema Único de Saúde (SUS) de acordo com a Social, a projetos e atividades a serem executados no
receita estimada, os recursos necessários à realização âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
de suas finalidades, previstos em proposta elaborada Parágrafo único. Na distribuição dos recursos
pela sua direção nacional, com a participação dos financeiros da Seguridade Social será observada a
órgãos da Previdência Social e da Assistência Social, mesma proporção da despesa prevista de cada área,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na no Orçamento da Seguridade Social.
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem
Art. 32. São considerados de outras fontes os transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios,
recursos provenientes de: será utilizada a combinação dos seguintes critérios,
I - (Vetado) segundo análise técnica de programas e projetos:
II - Serviços que possam ser prestados sem I - perfil demográfico da região;
prejuízo da assistência à saúde; II - perfil epidemiológico da população a ser
III - ajuda, contribuições, doações e donativos; coberta;
IV - alienações patrimoniais e rendimentos de III - características quantitativas e qualitativas
capital; da rede de saúde na área;
V - taxas, multas, emolumentos e preços IV - desempenho técnico, econômico e financeiro
públicos arrecadados no âmbito do Sistema Único de no período anterior;
Saúde (SUS); e V - níveis de participação do setor saúde nos
VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e orçamentos estaduais e municipais;
industriais. VI - previsão do plano quinquenal de
§ 1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá investimentos da rede;
metade da receita de que trata o inciso I deste artigo, VII - ressarcimento do atendimento a serviços
apurada mensalmente, a qual será destinada à prestados para outras esferas de governo.
recuperação de viciados. § 1º Metade dos recursos destinados a Estados e
§ 2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Municípios será distribuída segundo o quociente de sua
Único de Saúde (SUS) serão creditadas diretamente em divisão pelo número de habitantes, independentemente
contas especiais, movimentadas pela sua direção, na de qualquer procedimento prévio. (Revogado
esfera de poder onde forem arrecadadas. pela Lei Complementar nº 141, de 2012) (Vide Lei
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser nº 8.142, de 1990)
executadas supletivamente pelo Sistema Único de § 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos
Saúde (SUS), serão financiadas por recursos tarifários a notório processo de migração, os critérios
específicos e outros da União, Estados, Distrito Federal, demográficos mencionados nesta lei serão ponderados
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por outros indicadores de crescimento populacional, em Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das
especial o número de eleitores registrados. Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer,
§ 3º (Vetado). supervisionadas pela direção nacional do Sistema Único
§ 4º (Vetado). de Saúde (SUS), permanecerão como referencial de
§ 5º (Vetado). prestação de serviços, formação de recursos humanos
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não e para transferência de tecnologia.
prejudica a atuação dos órgãos de controle interno e
externo e nem a aplicação de penalidades previstas em
Art. 42. (Vetado).
lei, em caso de irregularidades verificadas na gestão
dos recursos transferidos.
Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde
CAPÍTULO III fica preservada nos serviços públicos contratados,
Do Planejamento e do Orçamento ressalvando-se as cláusulas dos contratos ou convênios
estabelecidos com as entidades privadas.
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento
do Sistema Único de Saúde (SUS) será ascendente, do Art. 44. (Vetado).
nível local até o federal, ouvidos seus órgãos
deliberativos, compatibilizando-se as necessidades da Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais
política de saúde com a disponibilidade de recursos em universitários e de ensino integram-se ao Sistema 17
planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Único de Saúde (SUS), mediante convênio, preservada
Distrito Federal e da União. a sua autonomia administrativa, em relação ao
§ 1º Os planos de saúde serão a base das patrimônio, aos recursos humanos e financeiros,
atividades e programações de cada nível de direção do ensino, pesquisa e extensão nos limites conferidos
Sistema Único de Saúde (SUS), e seu financiamento pelas instituições a que estejam vinculados.
será previsto na respectiva proposta orçamentária. § 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o e municipais de previdência social deverão integrar-se
financiamento de ações não previstas nos planos de à direção correspondente do Sistema Único de Saúde
saúde, exceto em situações emergenciais ou de (SUS), conforme seu âmbito de atuação, bem como
calamidade pública, na área de saúde. quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas
as diretrizes a serem observadas na elaboração dos poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde (SUS),
planos de saúde, em função das características conforme se dispuser em convênio que, para esse fim,
epidemiológicas e da organização dos serviços em cada for firmado.
jurisdição administrativa. Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS),
estabelecerá mecanismos de incentivos à participação
do setor privado no investimento em ciência e
Art. 38. Não será permitida a destinação de
tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia
subvenções e auxílios a instituições prestadoras de
das universidades e institutos de pesquisa aos serviços
serviços de saúde com finalidade lucrativa.
de saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e
às empresas nacionais.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
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aquelas desenvolvidas pelos laboratórios de genética a) Gerir laboratórios públicos de saúde e
humana, produção e fornecimento de medicamentos e hemocentros.
produtos para saúde, laboratórios de analises clínicas, b) Acompanhar, controlar e avaliar as redes
anatomia patológica e de diagnóstico por imagem e são hierarquizadas do Sistema Único de Saúde.
livres à participação direta ou indireta de empresas ou c) Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos
de capitais estrangeiros. (Incluído pela Lei nº e substâncias de interesse para a saúde.
13.097, de 2015) d) Estabelecer normas, em caráter suplementar,
para o controle e avaliação das ações e
serviços de saúde.
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua e) Elaborar normas para regular as relações
publicação. entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os
serviços privados contratados de assistência à
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de saúde.
setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de
1975, e demais disposições em contrário. 12. FUNCAB 2014 SEPLAG-MG
O Sistema Único de Saúde (SUS) é a denominação do
sistema público de saúde brasileiro, considerado um
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo,
18 Independência e 102º da República. segundo informações do Conselho Nacional de Saúde.
Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento
constitucional do direito à saúde como um “direito de
todos" e “dever do Estado" e está regulado pela Lei nº
8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento
público da saúde.
Porém, em 1986, houve um grande acontecimento
para a consolidação do direito à saúde tal como é visto
hoje. A afirmação refere-se a que acontecimento?
09. CESGRANRIO 2004 MÉDICO a) Criação do Ministério da Saúde.
Consoante a Lei n° 8.080/1990, as atividades de b) Elaboração da carta de direito dos usuários do
pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em SUS.
saúde serão cofinanciadas, dentre outros, pelo Sistema c) Divulgação de campanhas de vacinação em
Único de Saúde (SUS), pelas universidades e pelo massa.
orçamento d) VIII Conferência Nacional de Saúde.
a) geral
b) fiscal 13. FEPESE 2014 PREFEITURA DE PALHOÇA
c) social Analise a definição abaixo do Sistema Único de Saúde,
d) patrimonial conforme o artigo 4 da Lei 8.080/1990 O Sistema Único
e) de seguridade de Saúde (SUS) é formado pelo conjunto de ações e
serviços de __________ prestados por órgãos e
10. INSTITUTO AOCP PB 2014 instituições públicas federais, estaduais e municipais,
Técnico em Segurança do Trabalho da administração direta e indireta e das fundações
Analise as assertivas e assinale a alternativa que mantidas pelo poder ___________ . À iniciativa
aponta as corretas de acordo com a Lei Orgânica da privada é permitido participar desse sistema de
Saúde - Lei nº 8.080/1990. A União, os Estados, o maneira _______ .
Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu
âmbito administrativo, as seguintes atribuições: Assinale a alternativa que preenche corretamente as
I. promover a articulação da política e dos lacunas do texto.
planos de saúde. a) assistência ; privado ; primordial
II. realizar pesquisas e estudos na área de b) assistência ; público ; secundária
saúde. c) assistência ; público ; complementar
III. definir as instâncias e mecanismos de d) saúde ; público ; complementar
controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia e) saúde ; privado ; secundária
sanitária.
IV. fomentar, coordenar e executar programas 14. BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (2017)
e projetos estratégicos e de atendimento emergencial. Tribunal Regional Eleitoral / Paraná (TRE PR)
a) Apenas I, II e IV. Uma Unidade Básica de Saúde fornece mensalmente
b) Apenas I, II e III. um medicamento de alto custo a um paciente que faz
c) Apenas II e IV. acompanhamento na rede privada de saúde. O
d) Apenas II e III. princípio do Sistema Único de Saúde que garante este
e) I, II, III e IV. acesso é o da
a) cooperação
11. IDECAN SES-DF 2014 b) paridade.
Agente de Vigilância Ambiental em Saúde c) universalidade.
O art. 9º da Lei nº 8.080/90 dispõe que “a direção do d) homogeneidade.
Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com e) solidariedade.
o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo
exercida em cada esfera de governo, no âmbito da 15. PREFEITURA DE NOVA TEBAS - PR 2012
União pelo Ministério da Saúde, no âmbito dos Estados Cargo: Enfermeiro / (UNIUV)
e do Distrito Federal pela respectiva Secretaria de São princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), que
Saúde ou órgão equivalente e no âmbito municipal pela constam na Lei nº 8.080/90:
respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente". a) Universalidade, utilização da epidemiologia e
Assinale a alternativa que apresenta uma competência autonomia da comunidade;
da Secretaria Municipal de Saúde. b) Igualdade, universalidade e direito à
formação;
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c) Igualdade, centralização e integralidade; 3 - Ações visando diagnóstico e tratamento de
d) Autonomia da comunidade, universalidade e doenças, acidentes e danos de toda natureza.
utilização da epidemiologia; 4 - Ações visando a reinserção do indivíduo ao
e) Centralização, regionalização e autonomia da seu ambiente social e à sua atividade profissional,
comunidade. contando com serviços comunitários visando a
reeducação e treinamento, o reemprego ou a sua
16. EBSERH HUB 2013 - IBFC recolocação seletiva através de programas específicos
A lei 8080/90 não inclui entre os princípios e diretrizes junto à indústria e ao comércio.
do Sistema Único de Saúde:
a) Ênfase na descentralização dos serviços para Assinale a alternativa que apresenta a associação
os municípios. correta:
b) Utilização da estratificação de risco como a) 1 - 2 ; II - 3; III - 4; IV - 1 .
estratégia para a Atenção de Urgência e b) 1 - 1 ; II - 4; 111 - 2; IV - 3 .
Emergência. c) 1 - 1 ; II - 2; 111 - 3; IV - 4 .
c) Regionalização e hierarquização da rede de d) 1 - 3 ; II - 1; 111 - 2; IV - 4 .
serviços de saúde. e) I - 4 ; II - 3; III - 2; IV - 1 .
d) Conjugação dos recursos financeiros,
tecnológicos, materiais e humanos da União, 21. CETRO 2013 ANVISA
dos Estados, do Distrito Federal e dos Sobre a política de recursos humanos apresentada na 19
Municípios, na prestação de serviços de Lei nº 8.080/1990, analise as assertivas abaixo.
assistência à saúde da população. I. Valoriza a dedicação exclusiva aos serviços
do SUS.
17. Prefeitura de Angra dos Reis RJ\CEPERJ 2008 II. Os serviços públicos que integram o SUS
As ações de saúde pública no Brasil devem estar são exclusivos para atendimento profissional à
voltadas, ao mesmo tempo, para o indivíduo e para a população, não podendo haver interação para prática
comunidade, para a prevenção e para o tratamento, de ensino e pesquisa, uma vez que isso é função
sempre respeitando a dignidade humana. exclusiva do sistema educacional.
Essas ações estão baseadas no princípio da: III. Não permite que servidores que acumulem
a) universalidade; dois cargos ou empregos exerçam suas atividades em
b) integralidade; mais de um estabelecimento do SUS.
c) equidade; IV. Os cargos e funções de chefia, no âmbito
d) racionalidade; do SUS, não necessitam ser exercidos em regime
e) descentralização. integral, bastando que, na ausência do chefe, outro
responsável o substitua.
18. IADES 2014 SES-DF - Auxiliar Operacional de É correto o que se afirma em
Serviços Diversos – Farmácia a) I, apenas.
De acordo com o previsto na Lei nº 8.080/1990, a b) I e II, apenas.
iniciativa privada poderá participar do SUS em caráter c) II e III, apenas.
a) obrigatório. d) III e IV, apenas.
b) complementar. e) I e IV, apenas.
c) facultativo.
d) terminal. 22. CETRO 2013 ANVISA
e) emergencial. Em relação aos princípios que regem as ações e
serviços públicos de saúde e os serviços privados
19. CESGRANRIO 2014 Banco do Brasil contratados ou conveniados que integram o Sistema
Médico do Trabalho Único de Saúde (SUS), previstos na Lei nº 8.080/1990,
O Brasil, na esteira das economias mais avançadas, assinale a alternativa correta.
fornece medicamentos à população. Esse fornecimento a) Em estrito respeito ao princípio da preservação
deve estar de acordo, em regra geral, com os termos da vida e da saúde, os agentes envolvidos no
da Lei n° 8.080/1990 e constar de sistema de saúde devem exercer seu ofício
a) prescrição médica vinculada ao serviço público mesmo que signifique suplantar a autonomia de
b) prescrição médica particular determinado paciente.
c) protocolo clínico b) A identificação da incidência sobre grupos
justifica o tratamento privilegiado a determinado
d) requerimento do doente
público para melhor tratamento de problemas
e) requisição de entidade pública
relacionados à saúde. A política de combate ao
câncer de pele, por exemplo, é mais eficiente se
20. ESPP 2013 MPE-PR PSICÓLOGO priorizados indivíduos de pele clara.
O Sistema Único de Saúde (SUS., implantado no Brasil c) Em respeito à preservação da integridade
a partir de 1990, através da Lei 8.080, tem como um psíquica dos indivíduos assistidos, informações
de seus objetivos a assistência às pessoas por que possam causar extremo pesar serão
intermédio de ações de promoção, proteção, encobertas pelo profissional de saúde.
recuperação e reabilitação da saúde. Associe cada ação d) Considerando que a eficácia das políticas de
com sua definição: saúde depende de apropriado estudo técnico e
I. Promoção científico, as ações e serviços públicos de saúde
II. Proteção serão executados exclusivamente por
III. Recuperação profissionais devidamente formados e habilitados
IV. Reabilitação para seu desempenho.
e) A integralidade de assistência compõe os
referidos princípios, entendida como conjunto
1 - Ações de educação em saúde, ações contra
articulado e contínuo das ações e serviços
a violência, ações de estímulo de adoção de estilos de
preventivos e curativos, individuais e coletivos,
vida saudáveis. exigidos para cada caso em todos os níveis de
2 -. Ações de vigilância epidemiológica, complexidade do sistema.
programas de saneamento básico, vigilância sanitária.
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§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e
deliberativo, órgão colegiado composto por
representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
de estratégias e no controle da execução da política de
saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões
serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
20
LEI Nº 8.142,
DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.
Vide Lei nº 8.689, de 1993
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automática para os Municípios, Estados e Distrito
Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35
da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
IV - relatórios de gestão que permitam o controle de Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de
que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de sua publicação.
setembro de 1990;
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ainda que sem exclusividade, pela concretização dos tradicionais, centrados no faturamento de
princípios constitucionais. serviços produzidos, e valorizando os
resultados advindos de programações com
critérios epidemiológicos e desempenho com
As Normas Operacionais Básicas, por sua vez, a
qualidade;
partir da avaliação do estágio de implantação e
e) os vínculos dos serviços com os seus usuários,
desempenho do SUS, se voltam, mais direta e
privilegiando os núcleos familiares e
imediatamente, para a definição de estratégias e
comunitários, criando, assim, condições para
movimentos táticos, que orientam a operacionalidade
uma efetiva participação e controle social.
deste Sistema.
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promoção, pela proteção e pela recuperação, nos quais diversificação de atividades, de disponibilidade de
deve ser sempre priorizado o caráter preventivo. recursos e de capacitação gerencial, o que,
necessariamente, configura modelos distintos de
gestão.
É importante assinalar que existem, da mesma
forma, conjuntos de ações que configuram campos
clássicos de atividades na área da saúde pública, O caráter diferenciado do modelo de gestão é
constituídos por uma agregação simultânea de ações transitório, vez que todo e qualquer município pode ter
próprias do campo da assistência e de algumas uma gestão plenamente desenvolvida, levando em
próprias do campo das intervenções ambientais, de que conta que o poder constituído, neste nível, tem uma
são partes importantes as atividades de vigilância capacidade de gestão intrinsecamente igual e os seus
epidemiológica e de vigilância sanitária. segmentos populacionais dispõem dos mesmos
direitos.
4. SISTEMA DE SAÚDE MUNICIPAL
A operacionalização das condições de gestão,
propostas por esta NOB, considera e valoriza os vários
A totalidade das ações e de serviços de atenção estágios já alcançados pelos estados e pelos
à saúde, no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida em municípios, na construção de uma gestão plena.
um conjunto de estabelecimentos, organizados em 23
rede regionalizada e hierarquizada, e disciplinados
segundo subsistemas, um para cada município - o Já a redefinição dos papéis dos gestores
SUS-Municipal - voltado ao atendimento integral de sua estadual e federal, consoante a finalidade desta Norma
própria população e inserido de forma indissociável no Operacional, é, portanto, fundamental para que
SUS, em suas abrangências estadual e nacional. possam exercer as suas competências específicas de
gestão e prestar a devida cooperação técnica e
financeira aos municípios.
Os estabelecimentos desse subsistema
municipal, do SUS-Municipal, não precisam ser,
obrigatoriamente, de propriedade da prefeitura, nem O poder público estadual tem, então, como uma
precisam ter sede no território do município. Suas de suas responsabilidades nucleares, mediar a relação
ações, desenvolvidas pelas unidades estatais (próprias, entre os sistemas municipais; o federal de mediar entre
estaduais ou federais) ou privadas (contratadas ou os sistemas estaduais. Entretanto, quando ou enquanto
conveniadas, com prioridade para as entidades um município não assumir a gestão do sistema
filantrópicas), têm que estar organizadas e municipal, é o Estado que responde, provisoriamente,
coordenadas, de modo que o gestor municipal possa pela gestão de um conjunto de serviços capaz de dar
garantir à população o acesso aos serviços e a atenção integral àquela população que necessita de um
disponibilidade das ações e dos meios para o sistema que lhe é próprio.
atendimento integral.
As instâncias básicas para a viabilização desses
Isso significa dizer que, independentemente da propósitos integradores e harmonizadores são os
gerência dos estabelecimentos prestadores de serviços fóruns de negociação, integrados pelos gestores
ser estatal ou privada, a gestão de todo o sistema municipal, estadual e federal − a Comissão
municipal é, necessariamente, da competência do Intergestores Tripartite (CIT) − e pelos gestores
poder público e exclusiva desta esfera de governo, estadual e municipal − a Comissão Intergestores
respeitadas as atribuições do respectivo Conselho e de Bipartite (CIB). Por meio dessas instâncias e dos
outras diferentes instâncias de poder. Assim, nesta Conselhos de Saúde, são viabilizados os princípios de
NOB gerência é conceituada como sendo a unicidade e de equidade.
administração de uma unidade ou órgão de saúde
(ambulatório, hospital, instituto, fundação etc.), que se Nas CIB e CIT são apreciadas as composições
caracteriza como prestador de serviços ao Sistema. Por dos sistemas municipais de saúde, bem assim
sua vez, gestão é a atividade e a responsabilidade de pactuadas as programações entre gestores e
dirigir um sistema de saúde (municipal, estadual ou integradas entre as esferas de governo. Da mesma
nacional), mediante o exercício de funções de forma, são pactuados os tetos financeiros possíveis −
coordenação, articulação, negociação, planejamento, dentro das disponibilidades orçamentárias conjunturais
acompanhamento, controle, avaliação e auditoria. São, − oriundos dos recursos das três esferas de governo,
portanto, gestores do SUS os Secretários Municipais e capazes de viabilizar a atenção às necessidades
Estaduais de Saúde e o Ministro da Saúde, que assistenciais e às exigências ambientais. O pacto e a
representam, respectivamente, os governos integração das programações constituem,
municipais, estaduais e federal. fundamentalmente, a consequência prática da relação
entre os gestores do SUS.
A criação e o funcionamento desse sistema
municipal possibilitam uma grande responsabilização A composição dos sistemas municipais e a
dos municípios, no que se refere à saúde de todos os ratificação dessas programações, nos Conselhos de
residentes em seu território. No entanto, possibilitam, Saúde respectivos, permitem a construção de redes
também, um elevado risco de atomização desordenada regionais que, certamente, ampliam o acesso, com
dessas partes do SUS, permitindo que um sistema qualidade e menor custo. Essa dinâmica contribui para
municipal se desenvolva em detrimento de outro, que seja evitado um processo acumulativo injusto, por
ameaçando, até mesmo, a unicidade do SUS. Há que parte de alguns municípios (quer por maior
se integrar, harmonizar e modernizar, com equidade, disponibilidade tecnológica, quer por mais recursos
os sistemas municipais. financeiros ou de informação), com a consequente
espoliação crescente de outros.
A realidade objetiva do poder público, nos
municípios brasileiros, é muito diferenciada, As tarefas de harmonização, de integração e de
caracterizando diferentes modelos de organização, de modernização dos sistemas municipais, realizadas com
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a devida equidade (admitido o princípio da aprovada na CIB regional e estadual e no respectivo
discriminação positiva, no sentido da busca da justiça, Conselho de Saúde.
quando do exercício do papel redistributivo),
competem, portanto, por especial, ao poder público
Quando um município, que demanda serviços a
estadual. Ao federal, incumbe promovê-las entre as
outro, ampliar a sua própria capacidade resolutiva,
Unidades da Federação.
pode requerer, ao gestor estadual, que a parte de
recursos alocados no município vizinho seja realocada
O desempenho de todos esses papéis é condição para o seu município.
para a consolidação da direção única do SUS, em cada
esfera de governo, para a efetivação e a permanente
Esses mecanismos conferem um caráter
revisão do processo de descentralização e para a
dinâmico e permanente ao processo de negociação da
organização de redes regionais de serviços
programação integrada, em particular quanto à
hierarquizados.
referência intermunicipal.
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CIB, nos quais se viabilizam a negociação e o pacto atuação estratégica, que consolidam os sistemas
com os diversos atores envolvidos. Depende, estaduais e propiciam, ao SUS, maior eficiência com
igualmente, da ratificação das programações e decisões qualidade, quais sejam:
relativas aos tópicos a seguir especificados:
a) informação informatizada;
a) plano estadual de saúde, contendo as b) financiamento;
estratégias, as prioridades e as respectivas c) programação, acompanhamento, controle e
metas de ações e serviços resultantes, avaliação;
sobretudo, da integração das programações d) apropriação de custos e avaliação econômica;
dos sistemas municipais; e) desenvolvimento de recursos humanos;
b) estruturação e operacionalização do f) desenvolvimento e apropriação de ciência e
componente estadual do Sistema Nacional de tecnologias; e
Auditoria; g) comunicação social e educação em saúde.
c) estruturação e operacionalização dos sistemas
de processamento de dados, de informação
O desenvolvimento desses sistemas depende,
epidemiológica, de produção de serviços e de
igualmente, da viabilização de negociações com os
insumos críticos;
diversos atores envolvidos e da ratificação das
d) estruturação e operacionalização dos sistemas
de vigilância epidemiológica, de vigilância
programações e decisões, o que ocorre mediante o 25
pleno funcionamento do Conselho Nacional de Saúde
sanitária e de vigilância alimentar e
(CNS) e da CIT.
nutricional;
e) estruturação e operacionalização dos sistemas
de recursos humanos e de ciência e Depende, além disso, do redimensionamento da
tecnologia; direção nacional do Sistema, tanto em termos da
f) elaboração do componente estadual de estrutura, quanto de agilidade e de integração, como
programações de abrangência nacional, no que se refere às estratégias, aos mecanismos e aos
relativas a agravos que constituam riscos de instrumentos de articulação com os demais níveis de
disseminação para além do seu limite gestão, destacando-se:
territorial;
g) elaboração do componente estadual da rede a) a elaboração do Plano Nacional de Saúde,
de laboratórios de saúde pública; contendo as estratégias, as prioridades
h) estruturação e operacionalização do nacionais e as metas da programação
componente estadual de assistência integrada nacional, resultante, sobretudo, das
farmacêutica; programações estaduais e dos demais órgãos
i) responsabilidade estadual no tocante à governamentais, que atuam na prestação de
prestação de serviços ambulatoriais e serviços, no setor saúde;
hospitalares de alto custo, ao tratamento fora b) a viabilização de processo permanente de
do domicílio e à disponibilidade de articulação das políticas externas ao setor, em
medicamentos e insumos especiais, sem especial com os órgãos que detém, no seu
prejuízo das competências dos sistemas conjunto de atribuições, a responsabilidade
municipais; por ações atinentes aos determinantes sociais
j) definição e operação das políticas de sangue e do processo saúde-doença das coletividades;
hemoderivados; e c) o aperfeiçoamento das normas
k) manutenção de quadros técnicos permanentes consubstanciadas em diferentes instrumentos
e compatíveis com o exercício do papel de legais, que regulamentam, atualmente, as
gestor estadual; transferências automáticas de recursos
l) implementação de mecanismos visando a financeiros, bem como as modalidades de
integração das políticas e das ações de prestação de contas;
relevância para a saúde da população, de que d) a definição e a explicitação dos fluxos
são exemplos aquelas relativas a saneamento, financeiros próprios do SUS, frente aos órgãos
recursos hídricos, habitação e meio ambiente. governamentais de controle interno e externo
e aos Conselhos de Saúde, com ênfase na
7. PAPEL DO GESTOR FEDERAL diferenciação entre as transferências
automáticas a estados e municípios com
função gestora;
No que respeita ao gestor federal, são e) a criação e a consolidação de critérios e
identificados quatro papéis básicos, quais sejam: mecanismos de alocação de recursos federais
e estaduais para investimento, fundados em
a) exercer a gestão do SUS, no âmbito nacional; prioridades definidas pelas programações e
b) promover as condições e incentivar o gestor pelas estratégias das políticas de reorientação
estadual com vistas ao desenvolvimento dos do Sistema;
sistemas municipais, de modo a conformar o f) a transformação nos mecanismos de
SUS-Estadual; financiamento federal das ações, com o
c) fomentar a harmonização, a integração e a respectivo desenvolvimento de novas formas
modernização dos sistemas estaduais de informatização, compatíveis à natureza dos
compondo, assim, o SUS-Nacional; e grupos de ações, especialmente as básicas, de
d) exercer as funções de normalização e de serviços complementares e de procedimentos
coordenação no que se refere à gestão de alta e média complexidade, estimulando o
nacional do SUS. uso dos mesmos pelos gestores estaduais e
municipais;
g) o desenvolvimento de sistemáticas de
Da mesma forma que no âmbito estadual, o transferência de recursos vinculada ao
exercício dos papéis do gestor federal requer a fornecimento regular, oportuno e suficiente de
configuração de sistemas de apoio logístico e de informações específicas, e que agreguem o
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
conjunto de ações e serviços de atenção à
saúde, relativo a grupos prioritários de
eventos vitais ou nosológicos;
h) a adoção, como referência mínima, das 8. DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO
tabelas nacionais de valores do SUS, bem
assim a flexibilização do seu uso diferenciado
pelos gestores estaduais e municipais,
segundo prioridades locais e ou regionais;
i) o incentivo aos gestores estadual e municipal
ao pleno exercício das funções de controle,
avaliação e auditoria, mediante o
desenvolvimento e a implementação de
instrumentos operacionais, para o uso das
esferas gestoras e para a construção efetiva
do Sistema Nacional de Auditoria;
j) o desenvolvimento de atividades de educação
e de comunicação social;
k) o incremento da capacidade reguladora da
26 direção nacional do SUS, em relação aos
sistemas complementares de prestação de
serviços ambulatoriais e hospitalares de alto
custo, de tratamento fora do domicílio, bem
assim de disponibilidade de medicamentos e
insumos especiais;
l) a reorientação e a implementação dos
sistemas de vigilância epidemiológica, de
vigilância sanitária, de vigilância alimentar e
nutricional, bem como o redimensionamento
A direção do Sistema Único de Saúde (SUS), em
das atividades relativas à saúde do
cada esfera de governo, é composta pelo órgão setorial
trabalhador e às de execução da vigilância
do poder executivo e pelo respectivo Conselho de
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
Saúde, nos termos das Leis Nº 8.080/90 e Nº
m) a reorientação e a implementação dos
8.142/1990.
diversos sistemas de informações
epidemiológicas, bem assim de produção de
serviços e de insumos críticos; O processo de articulação entre os gestores, nos
n) a reorientação e a implementação do sistema diferentes níveis do Sistema, ocorre,
de redes de laboratórios de referência para o preferencialmente, em dois colegiados de negociação:
controle da qualidade, para a vigilância a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e a Comissão
sanitária e para a vigilância epidemiológica; Intergestores Bipartite (CIB).
o) a reorientação e a implementação da política
nacional de assistência farmacêutica;
A CIT é composta, paritariamente, por
p) o apoio e a cooperação a estados e municípios
representação do Ministério da Saúde (MS), do
para a implementação de ações voltadas ao
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
controle de agravos, que constituam risco de
(CONASS) e do Conselho Nacional de Secretários
disseminação nacional;
Municipais de Saúde (CONASEMS).
q) a promoção da atenção à saúde das
populações indígenas, realizando, para tanto,
as articulações necessárias, intra e
intersetorial;
r) a elaboração de programação nacional,
pactuada com os estados, relativa à execução
de ações específicas voltadas ao controle de
vetores responsáveis pela transmissão de
doenças, que constituem risco de
disseminação regional ou nacional, e que
exijam a eventual intervenção do poder Imagem extraída do site: www.romulopassos.com.br
federal;
s) a identificação dos serviços estaduais e
A CIB, composta igualmente de forma paritária,
municipais de referência nacional, com vistas
é integrada por representação da Secretaria Estadual
ao estabelecimento dos padrões técnicos da
de Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários
assistência à saúde;
Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente.
t) a estimulação, a indução e a coordenação do
Um dos representantes dos municípios é o Secretário
desenvolvimento científico e tecnológico no
de Saúde da Capital. A Bipartite pode operar com
campo da saúde, mediante interlocução crítica
subcomissões regionais.
das inovações científicas e tecnológicas, por
meio da articulação intra e intersetorial;
u) a participação na formulação da política e na
execução das ações de saneamento básico.
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As conclusões das negociações pactuadas na críticos essenciais a uma gestão eficiente e a uma
CIT e na CIB são formalizadas em ato próprio do gestor produção eficaz, a saber:
respectivo. Aquelas referentes a matérias de
competência dos Conselhos de Saúde, definidas por
a) a clientela que, direta e imediatamente,
força da Lei Orgânica, desta NOB ou de resolução
usufrui dos serviços;
específica dos respectivos Conselhos são submetidas
b) o conjunto organizado dos estabelecimentos
previamente a estes para aprovação. As demais
produtores desses serviços; e
resoluções devem ser encaminhadas, no prazo máximo
c) a programação pactuada, com a
de 15 dias decorridos de sua publicação, para
correspondente orçamentação participativa.
conhecimento, avaliação e eventual recurso da parte
que se julgar prejudicada, inclusive no que se refere à
habilitação dos estados e municípios às condições de Os elementos, acima apresentados, contribuem
gestão desta Norma. para um gerenciamento que conduz à obtenção de
resultados efetivos, a despeito da indisponibilidade de
estímulos de um mercado consumidor espontâneo.
9. BASES PARA UM NOVO MODELO DE Conta, no entanto, com estímulos agregados,
ATENÇÃO À SAÚDE decorrentes de um processo de gerenciamento
participativo e, sobretudo, da concreta possibilidade de
A composição harmônica, integrada e
comparação com realidades muito próximas, 27
representadas pelos resultados obtidos nos sistemas
modernizada do SUS visa, fundamentalmente, atingir a
vizinhos.
dois propósitos essenciais à concretização dos ideais
constitucionais e, portanto, do direito à saúde, que
são: A ameaça da ocorrência de gastos exagerados,
em decorrência de um processo de incorporação
tecnológica acrítico e desregulado, é um risco que pode
a) a consolidação de vínculos entre diferentes
ser minimizado pela radicalização na reorganização do
segmentos sociais e o SUS; e
SUS: um Sistema regido pelo interesse público e
balizado, por um lado, pela exigência da
b) a criação de condições elementares e universalização e integralidade com eqüidade e, por
fundamentais para a eficiência e a eficácia gerenciais, outro, pela própria limitação de recursos, que deve ser
com qualidade. programaticamente respeitada.
O primeiro propósito é possível porque, com a Esses dois balizamentos são objeto da
nova formulação dos sistemas municipais, tanto os programação elaborada no âmbito municipal, e sujeita
segmentos sociais, minimamente agregados entre si à ratificação que, negociada e pactuada nas instâncias
com sentimento comunitário − os munícipes −, quanto estadual e federal, adquire a devida racionalidade na
a instância de poder político-administrativo, alocação de recursos em face às necessidades.
historicamente reconhecida e legitimada − o poder
municipal − apropriam-se de um conjunto de serviços
Assim, tendo como referência os propósitos
bem definido, capaz de desenvolver uma programação
anteriormente explicitados, a presente Norma
de atividades publicamente pactuada. Com isso, fica
Operacional Básica constitui um importante mecanismo
bem caracterizado o gestor responsável; as atividades
indutor da conformação de um novo modelo de atenção
são gerenciadas por pessoas perfeitamente
à saúde, na medida em que disciplina o processo de
identificáveis; e os resultados mais facilmente
organização da gestão desta atenção, com ênfase na
usufruídos pela população.
consolidação da direção única em cada esfera de
governo e na construção da rede regionalizada e
O conjunto desses elementos propicia uma nova hierarquizada de serviços.
condição de participação com vínculo, mais criativa e
realizadora para as pessoas, e que acontece não-
Essencialmente, o novo modelo de atenção deve
somente nas instâncias colegiadas formais −
resultar na ampliação do enfoque do modelo atual,
conferências e conselhos − mas em outros espaços
alcançando-se, assim, a efetiva integralidade das
constituídos por atividades sistemáticas e
ações. Essa ampliação é representada pela
permanentes, inclusive dentro dos próprios serviços de
incorporação, ao modelo clínico dominante (centrado
atendimento.
na doença), do modelo epidemiológico, o qual requer o
estabelecimento de vínculos e processos mais
Cada sistema municipal deve materializar, de abrangentes.
forma efetiva, a vinculação aqui explicitada. Um dos
meios, certamente, é a instituição do cartão SUS-
O modelo vigente, que concentra sua atenção
MUNICIPAL, com numeração nacional, de modo a
no caso clínico, na relação individualizada entre o
identificar o cidadão com o seu sistema e agregá-lo ao
profissional e o paciente, na intervenção terapêutica
sistema nacional. Essa numeração possibilita uma
armada (cirúrgica ou medicamentosa) específica, deve
melhor referência intermunicipal e garante o
ser associado, enriquecido, transformado em um
atendimento de urgência por qualquer serviço de
modelo de atenção centrado na qualidade de vida das
saúde, estatal ou privado, em todo o País. A
pessoas e do seu meio ambiente, bem como na relação
regulamentação desse mecanismo de vinculação será
da equipe de saúde com a comunidade, especialmente,
objeto de discussão e aprovação pelas instâncias
com os seus núcleos sociais primários – as famílias.
colegiadas competentes, com consequente
Essa prática, inclusive, favorece e impulsiona as
formalização por ato do MS.
mudanças globais, intersetoriais.
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ambiente e os comportamentos interpessoais. Nessa
circunstância, o método para conhecimento da
realidade complexa e para a realização da intervenção
necessária fundamenta-se mais na síntese do que nas
análises, agregando, mais do que isolando, diferentes
fatores e variáveis.
Os conhecimentos − resultantes de
identificações e compreensões − que se faziam cada
vez mais particularizados e isolados (com grande
sofisticação e detalhamento analítico) devem
possibilitar, igualmente, um grande esforço de
visibilidade e entendimento integrador e globalizante,
com o aprimoramento dos processos de síntese, sejam
lineares, sistêmicos ou dialéticos.
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Dentro da previsibilidade de Contribuições financeiras do MS − e formalizado em ato do
Sociais na esfera federal, no âmbito da Seguridade Ministério.
Social, uma fonte específica para financiamento do SUS
-a Contribuição Provisória sobre Movimentações
O Teto Financeiro Global do Município (TFGM),
Financeiras - está criada, ainda que em caráter
também definido consoante à programação integrada,
provisório. A solução definitiva depende de uma
é submetido pela SMS à SES, após aprovação pelo
reforma tributária que reveja esta e todas as demais
CMS. O valor final desse Teto e suas revisões são
bases tributárias e financeiras do Governo, da
fixados com base nas negociações realizadas no âmbito
Seguridade e, portanto, da Saúde.
da CIB − observados os limites do TFGE − e
formalizado em ato próprio do Secretário Estadual de
Nas esferas estadual e municipal, além dos Saúde..
recursos oriundos do respectivo Tesouro, o
financiamento do SUS conta com recursos transferidos
Todos os valores referentes a pisos, tetos,
pela União aos Estados e pela União e Estados aos
frações, índices, bem como suas revisões, são definidos
Municípios. Esses recursos devem ser previstos no
com base na PPI, negociados nas Comissões
orçamento e identificados nos fundos de saúde
Intergestores (CIB e CIT), formalizados em atos dos
estadual e municipal como receita operacional
gestores estadual e federal e aprovados previamente
proveniente da esfera federal e ou estadual e utilizados
na execução de ações previstas nos respectivos planos
nos respectivos Conselhos (CES e CNS). 29
de saúde e na PPI.
As obrigações que vierem a ser assumidas pelo
Ministério da Saúde, decorrentes da implantação desta
10.3. Transferências Intergovernamentais e NOB e que gerem aumento de despesa, serão
Contrapartidas previamente discutidas com o Ministério do
Planejamento e Orçamento e o Ministério da Fazenda.
As transferências, regulares ou eventuais, da
União para estados, municípios e Distrito Federal estão 11. PROGRAMAÇÃO, CONTROLE,
condicionadas à contrapartida destes níveis de
governo, em conformidade com as normas legais AVALIAÇÃO E AUDITORIA.
vigentes (Lei de Diretrizes Orçamentárias e outras).
11.1. Programação Pactuada e Integrada - PPI
O reembolso das despesas, realizadas em
função de atendimentos prestados por unidades 11.1.1. A PPI envolve as atividades de assistência
públicas a beneficiários de planos privados de saúde, ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de
constitui fonte adicional de recursos. Por isso, e epidemiologia e controle de doenças, constituindo um
consoante à legislação federal específica, estados e instrumento essencial de reorganização do modelo de
municípios devem viabilizar estrutura e mecanismos atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos
operacionais para a arrecadação desses recursos e a e de explicitação do pacto estabelecido entre as três
sua destinação exclusiva aos respectivos fundos de esferas de governo. Essa Programação traduz as
saúde. responsabilidades de cada município com a garantia de
acesso da população aos serviços de saúde, quer pela
Os recursos de investimento são alocados pelo oferta existente no próprio município, quer pelo
MS, mediante a apresentação pela SES da encaminhamento a outros municípios, sempre por
programação de prioridades de investimentos, intermédio de relações entre gestores municipais,
devidamente negociada na CIB e aprovada pelo CES, mediadas pelo gestor estadual.
até o valor estabelecido no orçamento do Ministério, e
executados de acordo com a legislação pertinente. 11.1.2. O processo de elaboração da Programação
Pactuada entre gestores e Integrada entre esferas de
10.4. Tetos financeiros dos Recursos governo deve respeitar a autonomia de cada gestor: o
município elabora sua própria programação,
Federais
aprovando-a no CMS; o estado harmoniza e
compatibiliza as programações municipais,
Os recursos de custeio da esfera federal, incorporando as ações sob sua responsabilidade direta,
destinados às ações e serviços de saúde, configuram o mediante negociação na CIB, cujo resultado é
Teto Financeiro Global (TFG), cujo valor, para cada deliberado pelo CES.
estado e cada município, é definido com base na PPI. O
teto financeiro do estado contém os tetos de todos os
11.1.3. A elaboração da PPI deve se dar num processo
municípios, habilitados ou não a qualquer uma das
ascendente, de base municipal, configurando, também,
condições de gestão.
as responsabilidades do estado na busca crescente da
equidade, da qualidade da atenção e na conformação
O Teto Financeiro Global do Estado (TFGE) é da rede regionalizada e hierarquizada de serviços.
constituído, para efeito desta NOB, pela soma dos
Tetos Financeiros da Assistência (TFA), da Vigilância
11.1.4. A Programação observa os princípios da
Sanitária (TFVS) e da Epidemiologia e Controle de
integralidade das ações de saúde e da direção única em
Doenças (TFECD).
cada nível de governo, traduzindo todo o conjunto de
atividades relacionadas a uma população específica e
O TFGE, definido com base na PPI, é submetido desenvolvidas num território determinado,
pela SES ao MS, após negociação na CIB e aprovação independente da vinculação institucional do órgão
pelo CES. O valor final do teto e suas revisões são responsável pela execução destas atividades. Os
fixados com base nas negociações realizadas no âmbito órgãos federais, estaduais e municipais, bem como os
da CIT − observadas as reais disponibilidades prestadores conveniados e contratados têm suas ações
expressas na programação do município em que estão
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
localizados, na medida em que estão subordinados ao avaliação e auditoria; a integração operacional das
gestor municipal. unidades organizacionais, que desempenham estas
atividades, no âmbito de cada órgão gestor do
Sistema; e a apropriação dos seus resultados e a
11.1.5. A União define normas, critérios, instrumentos
identificação de prioridades, no processo de decisão
e prazos, aprova a programação de ações sob seu
política da alocação dos recursos.
controle − inscritas na programação pelo estado e seus
municípios − incorpora as ações sob sua
responsabilidade direta e aloca os recursos disponíveis, 11.2.6. O processo de reorientação do modelo de
segundo os valores apurados na programação e atenção e de consolidação do SUS requer o
negociados na CIT, cujo resultado é deliberado pelo aperfeiçoamento e a disseminação dos instrumentos e
CNS. técnicas de avaliação de resultados e do impacto das
ações do Sistema sobre as condições de saúde da
população, priorizando o enfoque epidemiológico e
11.1.6.A elaboração da programação observa critérios
propiciando a permanente seleção de prioridade de
e parâmetros definidos pelas Comissões Intergestores
intervenção e a reprogramação contínua da alocação
e aprovados pelos respectivos Conselhos. No tocante
de recursos. O acompanhamento da execução das
aos recursos de origem federal, os critérios, prazos e
ações programadas é feito permanentemente pelos
fluxos de elaboração da programação integrada e de
gestores e periodicamente pelos respectivos Conselhos
30 suas reprogramações periódicas ou extraordinárias são
de Saúde, com base em informações sistematizadas,
fixados em ato normativo do MS e traduzem as
que devem possibilitar a avaliação qualitativa e
negociações efetuadas na CIT e as deliberações do
quantitativa destas ações. A avaliação do cumprimento
CNS.
das ações programadas em cada nível de governo deve
ser feita em Relatório de Gestão Anual, cujo roteiro de
11.2. Controle, Avaliação e Auditoria. elaboração será apresentado pelo MS e apreciado pela
CIT e pelo CNS.
11.2.1. O cadastro de unidades prestadoras de serviços
de saúde (UPS), completo e atualizado, é requisito 12. CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA
básico para programar a contratação de serviços
assistenciais e para realizar o controle da regularidade
HOSPITALAR E AMBULATORIAL
dos faturamentos. Compete ao órgão gestor do SUS
responsável pelo relacionamento com cada UPS, seja Os recursos de custeio da esfera federal destinados à
própria, contratada ou conveniada, a garantia da assistência hospitalar e ambulatorial, conforme
atualização permanente dos dados cadastrais, no banco mencionado anteriormente, configuram o TFA, e os
de dados nacional. seus valores podem ser executados segundo duas
modalidades: Transferência Regular e Automática
11.2.2. Os bancos de dados nacionais, cujas normas (Fundo a Fundo) e Remuneração por Serviços
são definidas pelos órgãos do MS, constituem Produzidos.
instrumentos essenciais ao exercício das funções de
controle, avaliação e auditoria. Por conseguinte, os 12.1. Transferência Regular e Automática Fundo a
gestores municipais e estaduais do SUS devem garantir Fundo
a alimentação permanente e regular desses bancos, de
acordo com a relação de dados, informações e
Consiste na transferência de valores diretamente do
cronogramas previamente estabelecidos pelo MS e pelo
Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e
CNS.
municipais, independente de convênio ou instrumento
congênere, segundo as condições de gestão
11.2.3. As ações de auditoria analítica e operacional estabelecidas nesta NOB. Esses recursos podem
constituem responsabilidades das três esferas gestoras corresponder a uma ou mais de uma das situações
do SUS, o que exige a estruturação do respectivo órgão descritas a seguir.
de controle, avaliação e auditoria, incluindo a definição
dos recursos e da metodologia adequada de trabalho. É
12.1.1. Piso Assistencial Básico (PAB)
função desse órgão definir, também, instrumentos para
a realização das atividades, consolidar as informações
necessárias, analisar os resultados obtidos em O PAB consiste em um montante de recursos
decorrência de suas ações, propor medidas corretivas e financeiros destinado ao custeio de procedimentos e
interagir com outras áreas da administração, visando o ações de assistência básica, de responsabilidade
pleno exercício, pelo gestor, de suas atribuições, de tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela
acordo com a legislação que regulamenta o Sistema multiplicação de um valor per capita nacional pela
Nacional de Auditoria no âmbito do SUS. população de cada município (fornecida pelo IBGE), e
transferido regular e automaticamente ao fundo de
saúde ou conta especial dos municípios e,
11.2.4. As ações de controle devem priorizar os
transitoriamente, ao fundo estadual, conforme
procedimentos técnicos e administrativos prévios à
condições estipuladas nesta NOB. As transferências do
realização de serviços e à ordenação dos respectivos
PAB aos estados correspondem, exclusivamente, ao
pagamentos, com ênfase na garantia da autorização de
valor para cobertura da população residente em
internações e procedimentos ambulatoriais − tendo
municípios ainda não habilitados na forma desta Norma
como critério fundamental a necessidade dos usuários
Operacional.
− e o rigoroso monitoramento da regularidade e da
fidedignidade dos registros de produção e faturamento
de serviços. O elenco de procedimentos custeados pelo PAB, assim
como o valor per capita nacional único − base de
cálculo deste Piso − são propostos pela CIT e votados
11.2.5. O exercício da função gestora no SUS, em
no CNS. Nessas definições deve ser observado o perfil
todos os níveis de governo, exige a articulação
de serviços disponíveis na maioria dos municípios,
permanente das ações de programação, controle,
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objetivando o progressivo incremento desses serviços, acréscimo de 3% para cada 5% da população
até que a atenção integral à saúde esteja plenamente coberta entre 90% e 100% da população total
organizada, em todo o País. O valor per capita nacional do município.
único é reajustado com a mesma periodicidade, tendo
por base, no mínimo, o incremento médio da tabela de
procedimentos do Sistema de Informações Esses acréscimos têm, como limite, 30% do
Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). valor do PAB original do município.
A transferência total do PAB será suspensa no caso da c) Os percentuais não são cumulativos quando a
não-alimentação, pela SMS junto à SES, dos bancos de população coberta pelo PSF e pelo PACS ou por
dados de interesse nacional, por mais de dois meses estratégias similares for a mesma.
consecutivos.
Os percentuais acima referidos são revistos
quando do incremento do valor per capita nacional
único, utilizado para o cálculo do PAB e do elenco de
procedimentos relacionados a este Piso. Essa revisão é
proposta na CIT e votada no CNS. Por ocasião da
incorporação desses acréscimos, o teto financeiro da 31
assistência do estado é renegociado na CIT e apreciado
pelo CNS.
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da SES. O TFAE corresponde ao TFA fixado na CIT e ambulatoriais integrantes do SIA/SUS definidos na CIT
formalizado em portaria do órgão competente do e formalizados por portaria do órgão competente do
Ministério (SAS/MS). Ministério (SAS/MS).
Esses valores são transferidos, regular e 12.2.3. Remuneração Transitória por Serviços
automaticamente, do Fundo Nacional ao Fundo Produzidos
Estadual de Saúde, de acordo com as condições de
gestão estabelecidas por esta NOB, deduzidos os
O MS é responsável pela remuneração direta,
valores comprometidos com as transferências regulares
por serviços produzidos, dos procedimentos
e automáticas ao conjunto de municípios do estado
relacionados ao PAB e à FAE, enquanto houver
(PAB e TFAM).
municípios que não estejam na condição de gestão
semiplena da NOB 01/93 ou nas condições de gestão
12.1.6. Índice de Valorização de Resultados (IVR) municipal definidas nesta NOB naqueles estados em
condição de gestão convencional.
Consiste na atribuição de valores adicionais
equivalentes a até 2% do teto financeiro da assistência 12.2.4. Fatores de Incentivo e Índices de
do estado, transferidos, regular e automaticamente, do Valorização
32 Fundo Nacional ao Fundo Estadual de Saúde, como
incentivo à obtenção de resultados de impacto positivo
O Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do
sobre as condições de saúde da população, segundo
Ensino e da Pesquisa em Saúde (FIDEPS) e o Índice de
critérios definidos pela CIT e fixados em portaria do
Valorização Hospitalar de Emergência (IVH-E), bem
órgão competente do Ministério (SAS/MS). Os recursos
como outros fatores e ou índices que incidam sobre a
do IVR podem ser transferidos pela SES às SMS,
remuneração por produção de serviços, eventualmente
conforme definição da CIB.
estabelecidos, estão condicionados aos critérios
definidos em nível federal e à avaliação da CIB em
12.2. Remuneração por Serviços Produzidos cada Estado. Esses fatores e índices integram o teto
financeiro da assistência do município e do respectivo
estado.
Consiste no pagamento direto aos prestadores estatais
ou privados contratados e conveniados, contra
apresentação de faturas, referente a serviços 13. CUSTEIO DAS AÇÕES DE
realizados conforme programação e mediante prévia
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
autorização do gestor, segundo valores fixados em
tabelas editadas pelo órgão competente do Ministério
(SAS/MS). Os recursos da esfera federal destinados à
vigilância sanitária configuram o Teto Financeiro da
Vigilância Sanitária (TFVS) e os seus valores podem ser
Esses valores estão incluídos no TFA do estado e do
executados segundo duas modalidades: Transferência
município e são executados mediante ordenação de
Regular e Automática Fundo a Fundo e Remuneração
pagamento por parte do gestor. Para municípios e
de Serviços Produzidos.
estados que recebem transferências de tetos da
assistência (TFAM e TFAE, respectivamente), conforme
as condições de gestão estabelecidas nesta NOB, os 13.1. Transferência Regular e Automática Fundo a
valores relativos à remuneração por serviços Fundo
produzidos estão incluídos nos tetos da assistência,
definidos na CIB. Consiste na transferência de valores
diretamente do Fundo Nacional de Saúde aos fundos
A modalidade de pagamento direto, pelo gestor federal, estaduais e municipais, independente de convênio ou
a prestadores de serviços ocorre apenas nas situações instrumento congênere, segundo as condições de
em que não fazem parte das transferências regulares e gestão estabelecidas nesta NOB. Esses recursos podem
automáticas fundo a fundo, conforme itens a seguir corresponder a uma ou mais de uma das situações
especificados. descritas a seguir.
12.2.1. Remuneração de Internações Hospitalares 13.1.1. Piso Básico de Vigilância Sanitária (PBVS)
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negociação na CIT e formalizados por portaria do órgão próprios de informação definidos pelo Ministério da
competente do Ministério (Secretaria de Vigilância Saúde.
Sanitária - SVS/MS), previamente aprovados no CNS.
Nessa definição deve ser observado o perfil de serviços
O valor desse Teto para cada estado é definido
disponíveis na maioria dos municípios, objetivando o
em negociação na CIT, com base na PPI, a partir das
progressivo incremento das ações básicas de vigilância
informações fornecidas pelo Comitê Interinstitucional
sanitária em todo o País. Esses procedimentos
de Epidemiologia e formalizado em ato próprio do
integram o Sistema de Informação de Vigilância
órgão específico do MS (FNS/MS).
Sanitária do SUS (SIVS/SUS).
Consiste no pagamento direto às SES e SMS, 14.2. Remuneração por Serviços Produzidos
pela prestação de serviços relacionados às ações de
competência exclusiva da SVS/MS, contra a
apresentação de demonstrativo de atividades Consiste no pagamento direto às SES e SMS,
realizadas pela SES ao Ministério. Após negociação e pelas ações de epidemiologia e controle de doenças,
aprovação na CIT e prévia aprovação no CNS, e conforme tabela de procedimentos discutida na CIT e
observadas as condições estabelecidas nesta NOB, a aprovada no CNS, editada pelo MS, observadas as
SVS/MS publica a tabela de procedimentos do PDAVS e condições de gestão estabelecidas nesta NOB, contra
o valor de sua remuneração. apresentação de demonstrativo de atividades
realizadas, encaminhado pela SES ou SMS ao MS.
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compromissos assumidos por parte do gestor perante m) Elaboração do relatório anual de gestão e
os outros gestores e perante a população sob sua aprovação pelo CMS.
responsabilidade.
15.1.2. Requisitos
A partir desta NOB, os municípios podem
habilitar-se em duas condições:
a) Comprovar o funcionamento do CMS.
b) Comprovar a operação do Fundo Municipal de
a) GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA; e Saúde.
c) Apresentar o Plano Municipal de Saúde e
comprometer-se a participar da elaboração e
b) GESTÃO PLENA DO SISTEMA MUNICIPAL.
da implementação da PPI do estado, bem
assim da alocação de recursos expressa na
Os municípios que não aderirem ao processo de programação.
habilitação permanecem, para efeito desta Norma d) Comprovar capacidade técnica e
Operacional, na condição de prestadores de serviços ao administrativa e condições materiais para o
Sistema, cabendo ao estado a gestão do SUS naquele exercício de suas responsabilidades e
território municipal, enquanto for mantida a situação prerrogativas quanto à contratação, ao
34 de não-habilitado. pagamento, ao controle e à auditoria dos
serviços sob sua gestão.
15.1. GESTÃO PLENA DA ATENÇÃO BÁSICA e) Comprovar a dotação orçamentária do ano e o
dispêndio realizado no ano anterior,
correspondente à contrapartida de recursos
15.1.1. Responsabilidades financeiros próprios do Tesouro Municipal, de
acordo com a legislação em vigor.
a) Elaboração de programação municipal dos f) Formalizar junto ao gestor estadual, com
serviços básicos, inclusive domiciliares e vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o
comunitários, e da proposta de referência pleito de habilitação, atestando o
ambulatorial especializada e hospitalar para cumprimento dos requisitos relativos à
seus munícipes, com incorporação negociada à condição de gestão pleiteada.
programação estadual. g) Dispor de médico formalmente designado
b) Gerência de unidades ambulatoriais próprias. como responsável pela autorização prévia,
c) Gerência de unidades ambulatoriais do estado controle e auditoria dos procedimentos e
ou da União, salvo se a CIB ou a CIT definir serviços realizados.
outra divisão de responsabilidades. h) Comprovar a capacidade para o
d) Reorganização das unidades sob gestão desenvolvimento de ações de vigilância
pública (estatais, conveniadas e contratadas), sanitária.
introduzindo a prática do cadastramento i) Comprovar a capacidade para o
nacional dos usuários do SUS, com vistas à desenvolvimento de ações de vigilância
vinculação de clientela e à sistematização da epidemiológica.
oferta dos serviços. j) Comprovar a disponibilidade de estrutura de
e) Prestação dos serviços relacionados aos recursos humanos para supervisão e auditoria
procedimentos cobertos pelo PAB e da rede de unidades, dos profissionais e dos
acompanhamento, no caso de referência serviços realizados.
interna ou externa ao município, dos demais
serviços prestados aos seus munícipes, 15.1.3. Prerrogativas
conforme a PPI, mediado pela relação gestor-
gestor com a SES e as demais SMS.
a) Transferência, regular e automática, dos
f) Contratação, controle, auditoria e pagamento
recursos correspondentes ao Piso da Atenção
aos prestadores dos serviços contidos no PAB.
Básica (PAB).
g) Operação do SIA/SUS quanto a serviços
b) Transferência, regular e automática, dos
cobertos pelo PAB, conforme normas do MS, e
recursos correspondentes ao Piso Básico de
alimentação, junto à SES, dos bancos de
Vigilância Sanitária (PBVS).
dados de interesse nacional.
c) Transferência, regular e automática, dos
h) Autorização, desde que não haja definição em
recursos correspondentes às ações de
contrário da CIB, das internações hospitalares
epidemiologia e de controle de doenças.
e dos procedimentos ambulatoriais
d) Subordinação, à gestão municipal, de todas as
especializados, realizados no município, que
unidades básicas de saúde, estatais ou
continuam sendo pagos por produção de
privadas (lucrativas e filantrópicas),
serviços.
estabelecidas no território municipal.
i) Manutenção do cadastro atualizado das
unidades assistenciais sob sua gestão,
segundo normas do MS. 15.2. GESTÃO PLENA DO SISTEMA
j) Avaliação permanente do impacto das ações MUNICIPAL
do Sistema sobre as condições de saúde dos
seus munícipes e sobre o seu meio ambiente.
k) Execução das ações básicas de vigilância 15.2.1. Responsabilidades
sanitária, incluídas no PBVS.
l) Execução das ações básicas de epidemiologia, a) Elaboração de toda a programação municipal,
de controle de doenças e de ocorrências contendo, inclusive, a referência ambulatorial
mórbidas, decorrentes de causas externas, especializada e hospitalar, com incorporação
como acidentes, violências e outras, incluídas negociada à programação estadual.
no TFECD. b) Gerência de unidades próprias, ambulatoriais
e hospitalares, inclusive as de referência.
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c) Gerência de unidades ambulatoriais e prévia, controle e auditoria dos procedimentos
hospitalares do estado e da União, salvo se a e serviços realizados.
CIB ou a CIT definir outra divisão de h) Apresentar o Plano Municipal de Saúde,
responsabilidades. aprovado pelo CMS, que deve conter as metas
d) Reorganização das unidades sob gestão estabelecidas, a integração e articulação do
pública (estatais, conveniadas e contratadas), município na rede estadual e respectivas
introduzindo a prática do cadastramento responsabilidades na programação integrada
nacional dos usuários do SUS, com vistas à do estado, incluindo detalhamento da
vinculação da clientela e sistematização da programação de ações e serviços que
oferta dos serviços. compõem o sistema municipal, bem como os
e) Garantia da prestação de serviços em seu indicadores mediante dos quais será efetuado
território, inclusive os serviços de referência o acompanhamento.
aos não-residentes, no caso de referência i) Comprovar o funcionamento de serviço
interna ou externa ao município, dos demais estruturado de vigilância sanitária e
serviços prestados aos seus munícipes, capacidade para o desenvolvimento de ações
conforme a PPI, mediado pela relação gestor- de vigilância sanitária.
gestor com a SES e as demais SMS. j) Comprovar a estruturação de serviços e
f) Normalização e operação de centrais de atividades de vigilância epidemiológica e de
controle de procedimentos ambulatoriais e controle de zoonoses. 35
hospitalares relativos à assistência aos seus k) Apresentar o Relatório de Gestão do ano
munícipes e à referência intermunicipal. anterior à solicitação do pleito, devidamente
g) Contratação, controle, auditoria e pagamento aprovado pelo CMS.
aos prestadores de serviços ambulatoriais e l) Assegurar a oferta, em seu território, de todo
hospitalares, cobertos pelo TFGM. o elenco de procedimentos cobertos pelo PAB
h) Administração da oferta de procedimentos e, adicionalmente, de serviços de apoio
ambulatoriais de alto custo e procedimentos diagnóstico em patologia clínica e radiologia
hospitalares de alta complexidade conforme a básicas.
PPI e segundo normas federais e estaduais. m) Comprovar a estruturação do componente
i) Operação do SIH e do SIA/SUS, conforme municipal do Sistema Nacional de Auditoria
normas do MS, e alimentação, junto às SES, (SNA).
dos bancos de dados de interesse nacional. n) Comprovar a disponibilidade de estrutura de
j) Manutenção do cadastro atualizado de recursos humanos para supervisão e auditoria
unidades assistenciais sob sua gestão, da rede de unidades, dos profissionais e dos
segundo normas do MS. serviços realizados.
k) Avaliação permanente do impacto das ações
do Sistema sobre as condições de saúde dos
15.2.3. Prerrogativas
seus munícipes e sobre o meio ambiente.
l) Execução das ações básicas, de média e alta
complexidade em vigilância sanitária, bem a) Transferência, regular e automática, dos
como, opcionalmente, as ações do PDAVS. recursos referentes ao Teto Financeiro da
m) Execução de ações de epidemiologia, de Assistência (TFA).
controle de doenças e de ocorrências b) Normalização complementar relativa ao
mórbidas, decorrentes de causas externas, pagamento de prestadores de serviços
como acidentes, violências e outras incluídas assistenciais em seu território, inclusive
no TFECD. quanto a alteração de valores de
procedimentos, tendo a tabela nacional como
referência mínima, desde que aprovada pelo
15.2.2. Requisitos
CMS e pela CIB.
c) Transferência regular e automática fundo a
a) Comprovar o funcionamento do CMS. fundo dos recursos correspondentes ao Piso
b) Comprovar a operação do Fundo Municipal de Básico de Vigilância Sanitária (PBVS).
Saúde. d) Remuneração por serviços de vigilância
c) Participar da elaboração e da implementação sanitária de média e alta complexidade e,
da PPI do estado, bem assim da alocação de remuneração pela execução do Programa
recursos expressa na programação. Desconcentrado de Ações de Vigilância
d) Comprovar capacidade técnica e Sanitária (PDAVS), quando assumido pelo
administrativa e condições materiais para o município.
exercício de suas responsabilidades e e) Subordinação, à gestão municipal, do conjunto
prerrogativas quanto à contratação, ao de todas as unidades ambulatoriais
pagamento, ao controle e à auditoria dos especializadas e hospitalares, estatais ou
serviços sob sua gestão, bem como avaliar o privadas (lucrativas e filantrópicas),
impacto das ações do Sistema sobre a saúde estabelecidas no território municipal.
dos seus munícipes. f) Transferência de recursos referentes às ações
e) Comprovar a dotação orçamentária do ano e o de epidemiologia e controle de doenças,
dispêndio no ano anterior correspondente à conforme definição da CIT.
contrapartida de recursos financeiros próprios
do Tesouro Municipal, de acordo com a
legislação em vigor. 16. CONDIÇÕES DE GESTÃO DO ESTADO
f) Formalizar, junto ao gestor estadual com
vistas à CIB, após aprovação pelo CMS, o As condições de gestão, estabelecidas nesta
pleito de habilitação, atestando o NOB, explicitam as responsabilidades do gestor
cumprimento dos requisitos específicos estadual, os requisitos relativos às modalidades de
relativos à condição de gestão pleiteada. gestão e as prerrogativas que favorecem o seu
g) Dispor de médico formalmente designado pelo desempenho.
gestor como responsável pela autorização
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A habilitação dos estados às diferentes execução complementar conforme previsto na
condições de gestão significa a declaração dos Lei nº 8.080/90.
compromissos assumidos por parte do gestor perante l) Execução de operações complexas voltadas ao
os outros gestores e perante a população sob sua controle de doenças que possam se beneficiar
responsabilidade. da economia de escala.
m) Coordenação das atividades de vigilância
sanitária e execução complementar conforme
A partir desta NOB, os estados poderão
previsto na Lei nº 8.080/90.
habilitar-se em duas condições de gestão:
n) Execução das ações básicas de vigilância
sanitária referente aos municípios não
a) GESTÃO AVANÇADA DO SISTEMA ESTADUAL; e habilitados nesta NOB.
o) Execução das ações de média e alta
b) GESTÃO PLENA DO SISTEMA ESTADUAL. complexidade de vigilância sanitária, exceto as
realizadas pelos municípios habilitados na
condição de gestão plena de sistema
Os estados que não aderirem ao processo de municipal.
habilitação, permanecem na condição de gestão p) Execução do PDAVS nos termos definidos pela
convencional, desempenhando as funções SVS/MS.
36 anteriormente assumidas ao longo do processo de q) Apoio logístico e estratégico às atividades à
implantação do SUS, não fazendo jus às novas atenção à saúde das populações indígenas, na
prerrogativas introduzidas por esta NOB, exceto ao conformidade de critérios estabelecidos pela
PDAVS nos termos definidos pela SVS/MS. Essa CIT.
condição corresponde ao exercício de funções mínimas
de gestão do Sistema, que foram progressivamente
incorporadas pelas SES, não estando sujeita a 16.2. Requisitos comuns às duas condições
procedimento específico de habilitação nesta NOB. de gestão estadual
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i) Comprovar a dotação orçamentária do ano e o e) Transferência de recursos referentes às ações
dispêndio no ano anterior, correspondente à de epidemiologia e controle de doenças.
contrapartida de recursos financeiros próprios
do Tesouro Estadual, de acordo com a
legislação em vigor.
16.4. GESTÃO PLENA DO SISTEMA
j) Apresentar à CIT a formalização do pleito, ESTADUAL
devidamente aprovado pelo CES e pela CIB,
atestando o cumprimento dos requisitos gerais 16.4.1. Responsabilidades Específicas
e específicos relativos à condição de gestão
pleiteada.
a) Contratação, controle, auditoria e pagamento
k) Comprovar a criação do Comitê
aos prestadores do conjunto dos serviços sob
Interinstitucional de Epidemiologia, vinculado
gestão estadual, conforme definição da CIB.
ao Secretário Estadual de Saúde.
b) Operação do SIA/SUS e do SIH/SUS,
l) Comprovar o funcionamento de serviço de
conforme normas do MS, e alimentação dos
vigilância sanitária no estado, organizado
bancos de dados de interesse nacional.
segundo a legislação e capacidade de
desenvolvimento de ações de vigilância
sanitária. 16.4.2. Requisitos Específicos
m) Comprovar o funcionamento de serviço de 37
vigilância epidemiológica no estado.
a) Comprovar a implementação da programação
integrada das ações ambulatoriais,
16.3. GESTÃO AVANÇADA DO SISTEMA hospitalares e de alto custo, contendo a
ESTADUAL referência intermunicipal e os critérios para a
sua elaboração.
b) Comprovar a operacionalização de
16.3.1. Responsabilidades Específicas mecanismos de controle da prestação de
serviços ambulatoriais e hospitalares, tais
a) Contratação, controle, auditoria e pagamento como: centrais de controle de leitos e
do conjunto dos serviços, sob gestão estadual, internações, de procedimentos ambulatoriais e
contidos na FAE; hospitalares de alto/custo e ou complexidade
b) Contratação, controle, auditoria e pagamento e de marcação de consultas especializadas.
dos prestadores de serviços incluídos no PAB c) Dispor de 80% dos municípios habilitados nas
dos municípios não habilitados; condições de gestão estabelecidas nesta NOB,
c) Ordenação do pagamento dos demais serviços independente do seu contingente
hospitalares e ambulatoriais, sob gestão populacional; ou 50% dos municípios, desde
estadual; que, nestes, residam 80% da população.
d) Operação do SIA/SUS, conforme normas do d) Dispor de 50% do valor do TFA do estado
MS, e alimentação dos bancos de dados de comprometido com transferências regulares e
interesse nacional. automáticas aos municípios.
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constituem um elenco mínimo e não impedem a 17.2.3. os estados habilitados atualmente nas
incorporação de outras pactuadas na CIB e aprovadas condições de gestão parcial e semiplena devem
pelo CES, em especial aquelas já assumidas em apresentar a comprovação dos requisitos adicionais
decorrência da NOB-SUS Nº 01/93. relativos à nova condição pleiteada na presente NOB.
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de serviços suficientes para garantir, à sua população, FNS - Fundação Nacional de Saúde
a totalidade de procedimentos cobertos pelo PAB, pode INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social
negociar, diretamente, com outro gestor municipal, a IVH-E - Índice de Valorização Hospitalar de Emergência
compra dos serviços não disponíveis, até que essa IVISA - Índice de Valorização do Impacto em Vigilância
oferta seja garantida no próprio município. Sanitária
IVR - Índice de Valorização de Resultados
MS - Ministério da Saúde
17.12. Para implantação do PAB, ficam as CIB
NOB - Norma Operacional Básica
autorizadas a estabelecer fatores diferenciados de
PAB - Piso Assistencial Básico.
ajuste até um valor máximo fixado pela CIT e
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
formalizado por portaria do Ministério (SAS/MS). Esses
PBVS - Piso Básico de Vigilância Sanitária
fatores são destinados aos municípios habilitados, que
PDAVS - Programa Desconcentrado de Ações de
apresentam gastos per capita em ações de atenção
Vigilância Sanitária
básica superiores ao valor per capita nacional único
PPI - Programação Pactuada e Integrada
(base de cálculo do PAB), em decorrência de avanços
PSF - Programa de Saúde da Família
na organização do sistema. O valor adicional atribuído
SAS - Secretaria de Assistência à Saúde
a cada município é formalizado em ato próprio da SES.
SES - Secretaria Estadual de Saúde
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do
17.13. O valor per capita nacional único, base de SUS 39
cálculo do PAB, é aplicado a todos os municípios, SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do
habilitados ou não nos termos desta NOB. Aos SUS
municípios não habilitados, o valor do PAB é limitado SMS - Secretaria Municipal de Saúde
ao montante do valor per capita nacional multiplicado SNA - Sistema Nacional de Auditoria
pela população e pago por produção de serviço. SUS - Sistema Único de Saúde
SVS - Secretaria de Vigilância Sanitária
17.14. Num primeiro momento, em face da TFA - Teto Financeiro da Assistência
inadequação dos sistemas de informação de TFAE - Teto Financeiro da Assistência do Estado
abrangência nacional para aferição de resultados, o IVR TFAM - Teto Financeiro da Assistência do Município
é atribuído aos estados a título de valorização de TFECD - Teto Financeiro da Epidemiologia e Controle de
desempenho na gestão do Sistema, conforme critérios Doenças
estabelecidos pela CIT e formalizados por portaria do TFG - Teto Financeiro Global
Ministério (SAS/MS). TFGE - Teto Financeiro Global do Estado
TFGM - Teto Financeiro Global do Município
TFVS - Teto Financeiro da Vigilância Sanitária
17.15. O MS continua efetuando pagamento por
produção de serviços (relativos aos procedimentos
cobertos pelo PAB) diretamente aos prestadores,
somente no caso daqueles municípios não-habilitados
na forma desta NOB, situados em estados em gestão
convencional.
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PORTARIA Nº
399,
DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, no uso Considerando a aprovação das Diretrizes Operacionais
de suas atribuições, e do Pacto pela Saúde em 2006 – Consolidação do SUS
na reunião da Comissão Intergestores Tripartite
Considerando o disposto no art. 198 da Constituição realizada no dia 26 de janeiro de 2006; e
Federal de 1988, que estabelece as ações e serviços
Considerando a aprovação das Diretrizes Operacionais
públicos que integram uma rede regionalizada e
do Pacto pela Saúde em 2006 – Consolidação do SUS,
hierarquizada e constituem o Sistema Único de Saúde -
na reunião do Conselho Nacional de Saúde realizada no
SUS;
dia 9 de fevereiro de 2006,
Considerando o art. 7º da Lei nº 8080/90 dos princípios
e diretrizes do SUS de universalidade do acesso, resolve:
integralidade da atenção e descentralização político-
administrativa com direção única em cada esfera de Art. 1º - Dar divulgação ao Pacto pela Saúde 2006 –
governo; Consolidação do SUS, na forma do Anexo I a esta
Considerando a necessidade de qualificar e portaria.
implementar o processo de descentralização, Art 2º - Aprovar as Diretrizes Operacionais do Pacto
organização e gestão do SUS à luz da evolução do pela Saúde em 2006 – Consolidação do SUS com seus
processo de pactuação intergestores; três componentes: Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS
Considerando a necessidade do aprimoramento do e de Gestão, na forma do Anexo II a esta Portaria.
processo de pactuação intergestores objetivando a Art. 3º - Ficam mantidas, até a assinatura do Termo
qualificação, o aperfeiçoamento e a definição das de Compromisso de Gestão constante nas Diretrizes
responsabilidades sanitárias e de gestão entre os entes Operacionais do Pacto pela Saúde 2006, as mesmas
federados no âmbito do SUS; prerrogativas e responsabilidades dos municípios e
Considerando a necessidade de definição de estados que estão habilitados em Gestão Plena do
compromisso entre os gestores do SUS em torno de Sistema, conforme estabelecido na Norma Operacional
prioridades que apresentem impacto sobre a situação Básica - NOB SUS 01/96 e na Norma Operacional da
de saúde da população brasileira; Assistência à Saúde - NOAS SUS 2002.
Considerando o compromisso com a consolidação e o Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua
avanço do processo de Reforma Sanitária Brasileira, publicação.
explicitada na defesa dos princípios do SUS;
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O acolhimento preferencial em unidades de saúde,
I – PACTO PELA VIDA respeitado o critério de risco;
Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; Acolhimento - Reorganizar o processo de acolhimento à
pessoa idosa nas unidades de saúde, como uma das
Estímulo às ações intersetoriais, visando à estratégias de enfrentamento das dificuldades atuais de
integralidade da atenção; acesso.
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Assistência Farmacêutica - Desenvolver ações que Cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer
visem qualificar a dispensação e o acesso da população do colo de útero, conforme protocolo, em 2006.
idosa.
Incentivo da realização da cirurgia de alta frequência
Atenção Diferenciada na Internação - Instituir avaliação técnica que utiliza um instrumental especial para a
geriátrica global realizada por equipe multidisciplinar, a retirada de lesões ou parte do colo uterino
toda pessoa idosa internada em hospital que tenha comprometidas (com lesões intraepiteliais de alto grau)
aderido ao Programa de Atenção Domiciliar. com menor dano possível, que pode ser realizada em
ambulatório, com pagamento diferenciado, em 2006.
Atenção domiciliar – Instituir esta modalidade de
prestação de serviços ao idoso, valorizando o efeito 2 – Metas para o Controle do Câncer de mama:
favorável do ambiente familiar no processo de
recuperação de pacientes e os benefícios adicionais
Ampliar para 60% a cobertura de mamografia,
para o cidadão e o sistema de saúde.
conforme protocolo.
C – REDUÇÃO DA MORTALIDADE
MATERNA E INFANTIL:
D – FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE
DE RESPOSTAS ÀS DOENÇAS
EMERGENTES E ENDEMIAS, COM
ÊNFASE NA DENGUE, HANSENIASE,
TUBERCULOSE, MALARIA E INFLUENZA.
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2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase: F – FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO
BÁSICA
Atingir o patamar de eliminação enquanto problema de
saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por 10.000
Objetivos
habitantes em todos os municípios prioritários, em
2006.
Assumir a estratégia de saúde da família como
estratégia prioritária para o fortalecimento da atenção
3 - Metas para o Controle da Tuberculose:
básica, devendo seu desenvolvimento considerar as
diferenças loco-regionais.
Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de
tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano;
Desenvolver ações de qualificação dos profissionais da
atenção básica por meio de estratégias de educação
4 - Meta para o Controle da Malária permanente e de oferta de cursos de especialização e
residência multiprofissional e em medicina da família.
Reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na
região da Amazônia Legal, em 2006; Consolidar e qualificar a estratégia de saúde da família
48 nos pequenos e médios municípios.
5 – Objetivo para o controle da Influenza
Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família
Implantar plano de contingência, unidades sentinelas e nos grandes centros urbanos.
o sistema de informação - SIVEP-GRIPE, em 2006.
Garantir a infraestrutura necessária ao funcionamento
das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de
E – PROMOÇÃO DA SAÚDE recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes
para o conjunto de ações propostas para esses
Objetivos: serviços.
Elaborar e implementar uma Política de Promoção da Garantir o financiamento da Atenção Básica como
Saúde, de responsabilidade dos três gestores; responsabilidade das três esferas de gestão do SUS.
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A repolitização da saúde, como um movimento que As Comissões Intergestores Bipartite são instâncias de
retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a pactuação e deliberação para a realização dos pactos
dos desafios atuais do SUS; intraestaduais e a definição de modelos
organizacionais, a partir de diretrizes e normas
pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite;
A Promoção da Cidadania como estratégia de
mobilização social tendo a questão da saúde como um
direito; As deliberações das Comissões Intergestores Bipartite
e Tripartite devem ser por consenso;
A garantia de financiamento de acordo com as
necessidades do Sistema; A Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da
Saúde promoverão e apoiarão processo de qualificação
permanente para as Comissões Intergestores Bipartite;
3 – Ações do Pacto em Defesa do SUS:
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necessidades da área da vigilância em saúde e ser Os estados e a união devem apoiar os municípios para
desenvolvido de forma articulada com o processo da que estes assumam o conjunto de responsabilidades;
PPI e do PDR.
O corte no nível assistencial para delimitação de uma
Objetivos da Regionalização: Região de Saúde deve estabelecer critérios que
propiciem certo grau de resolutividade àquele
território, como suficiência em atenção básica e parte
Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e
da média complexidade;
serviços de saúde cuja complexidade e contingente
populacional transcenda a escala local/municipal;
Quando a suficiência em atenção básica e parte da
média complexidade não forem alcançadas deverá ser
Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades
considerada no planejamento regional a estratégia para
sociais e territoriais e promover a equidade, ampliando
o seu estabelecimento, junto com a definição dos
a visão nacional dos problemas, associada à capacidade
investimentos, quando necessário;
de diagnóstico e decisão loco-regional, que possibilite
os meios adequados para a redução das desigualdades
no acesso às ações e serviços de saúde existentes no O planejamento regional deve considerar os
país; parâmetros de incorporação tecnológica que
50 compatibilizem economia de escala com equidade no
acesso;
Garantir a integralidade na atenção a saúde, ampliando
o conceito de cuidado à saúde no processo de
reordenamento das ações de promoção, prevenção, Para garantir a atenção na alta complexidade e em
tratamento e reabilitação com garantia de acesso a parte da média, as Regiões devem pactuar entre si
todos os níveis de complexidade do sistema; arranjos inter-regionais, com agregação de mais de
uma Região em uma macrorregião;
Potencializar o processo de descentralização,
fortalecendo estados e municípios para exercerem O ponto de corte da média complexidade que deve
papel de gestores e para que as demandas dos estar na Região ou na macrorregião deve ser pactuado
diferentes interesses loco-regionais possam ser na CIB, a partir da realidade de cada estado. Em
organizadas e expressadas na região; alguns estados com mais adensamento tecnológico, a
alta complexidade pode estar contemplada dentro de
uma Região.
Racionalizar os gastos e otimizar os recursos,
possibilitando ganho em escala nas ações e serviços de
saúde de abrangência regional. As regiões podem ter os seguintes formatos:
As Regiões de Saúde são recortes territoriais inseridos Regiões Intramunicipais, organizadas dentro de um
em um espaço geográfico contínuo, identificadas pelos mesmo município de grande extensão territorial e
gestores municipais e estaduais a partir de identidades densidade populacional;
culturais, econômicas e sociais, de redes de
comunicação e infraestrutura de transportes Regiões Interestaduais, conformadas a partir de
compartilhados do território; municípios limítrofes em diferentes estados;
A Região de Saúde deve organizar a rede de ações e Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de
serviços de saúde a fim de assegurar o cumprimento municípios limítrofes com países vizinhos.
dos princípios constitucionais de universalidade do
acesso, equidade e integralidade do cuidado;
Nos casos de regiões fronteiriças o Ministério da Saúde
deve envidar esforços no sentido de promover
A organização da Região de Saúde deve favorecer a articulação entre os países e órgãos envolvidos, na
ação cooperativa e solidária entre os gestores e o perspectiva de implementação do sistema de saúde e
fortalecimento do controle social; consequente organização da atenção nos municípios
fronteiriços, coordenando e fomentando a constituição
Para a constituição de uma rede de atenção à saúde dessas Regiões e participando do colegiado de gestão
regionalizada em uma determinada região, é regional.
necessário a pactuação entre todos os gestores
envolvidos, do conjunto de responsabilidades não - Mecanismos de Gestão Regional
compartilhadas e das ações complementares;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
organização de uma rede regional de ações e serviços A suficiência está estabelecida ou a estratégia para
de atenção à saúde, integrada e resolutiva; alcançá-la está explicitada no planejamento regional,
contendo, se necessário, a definição dos investimentos.
O Colegiado deve ser formado pelos gestores
municipais de saúde do conjunto de municípios e por O desenho considera os parâmetros de incorporação
representantes do(s) gestor (es) estadual(ais), sendo tecnológica que compatibilizem economia de escala
as suas decisões sempre por consenso, pressupondo o com equidade no acesso.
envolvimento e comprometimento do conjunto de
gestores com os compromissos pactuados.
O desenho garante a integralidade da atenção e para
isso as Regiões devem pactuar entre si arranjos inter-
Nos casos onde as CIB regionais estão constituídas por regionais, se necessário com agregação de mais de
representação e não for possível a imediata uma região em uma macrorregião; o ponto de corte de
incorporação de todos os municípios da Região de média e alta-complexidade na região ou na
Saúde deve ser pactuado um cronograma de macrorregião deve ser pactuado na CIB, a partir da
adequação, no menor prazo possível, para a inclusão realidade de cada estado.
de todos os municípios nos respectivos colegiados
regionais.
- Constituição, Organização e Funcionamento do
Colegiado de Gestão Regional:
51
O Colegiado deve instituir processo de planejamento
regional, que defina as prioridades, as
A constituição do colegiado de gestão regional deve
responsabilidades de cada ente, as bases para a
assegurar a presença de todos os gestores de saúde
programação pactuada integrada da atenção a saúde, o
dos municípios que compõem a Região e da
desenho do processo regulatório, as estratégias de
representação estadual.
qualificação do controle social, as linhas de
investimento e o apoio para o processo de
planejamento local. Nas CIB regionais constituídas por representação,
quando não for possível a imediata incorporação de
todos os gestores de saúde dos municípios da Região
O planejamento regional, mais que uma exigência
de saúde, deve ser pactuado um cronograma de
formal, deverá expressar as responsabilidades dos
adequação, com o menor prazo possível, para a
gestores com a saúde da população do território e o
inclusão de todos os gestores nos respectivos
conjunto de objetivos e ações que contribuirão para a
colegiados de gestão regionais;
garantia do acesso e da integralidade da atenção,
devendo as prioridades e responsabilidades definidas
regionalmente estar refletidas no plano de saúde de Constituir uma estrutura de apoio ao colegiado, através
cada município e do estado; de câmara técnica e eventualmente, grupos de
trabalho formados com técnicos dos municípios e do
estado;
Os colegiados de gestão regional deverão ser apoiados
através de câmaras técnicas permanentes que
subsidiarão com informações e análises relevantes. Estabelecer uma agenda regular de reuniões;
O desenho da região propicia relativo grau de As Regiões Intramunicipais deverão ser reconhecidas
resolutividade àquele território, como a suficiência em como tal, não precisando ser homologadas pelas
Atenção Básica e parte da Média Complexidade. Comissões Intergestores.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
As Regiões Intraestaduais deverão ser reconhecidas O Piso de Atenção Básica - PAB consiste em um
nas Comissões Intergestores Bipartite e encaminhadas montante de recursos financeiros, que agregam as
para conhecimento e acompanhamento do MS. estratégias destinadas ao custeio de ações de atenção
básica à saúde;
As Regiões Interestaduais deverão ser reconhecidas
nas respectivas Comissões Intergestores Bipartite e Os recursos financeiros do PAB serão transferidos
encaminhadas para homologação da Comissão mensalmente, de forma regular e automática, do
Intergestores Tripartite. Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos
Municípios e do Distrito Federal.
As Regiões Fronteiriças deverão ser reconhecidas nas
respectivas Comissões Intergestores Bipartite e O Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável
encaminhadas para homologação na Comissão consiste em um montante financeiro destinado ao
Intergestores Tripartite. custeio de estratégias específicas desenvolvidas no
âmbito da Atenção Básica em Saúde.
O desenho das Regiões intra e interestaduais deve ser
submetida a aprovação pelos respectivos Conselhos O PAB Variável passa a ser composto pelo
Estaduais de Saúde. financiamento das seguintes estratégias:
52
Financiamento do Sistema Único de Saúde da Família;
Saúde Agentes Comunitários de Saúde;
Saúde Bucal;
São princípios gerais do financiamento para o Sistema Compensação de especificidades regionais
Único de Saúde: Fator de incentivo da Atenção Básica aos
Povos Indígenas
Responsabilidade das três esferas de gestão – União, Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário
Estados e Municípios pelo financiamento do Sistema
Único de Saúde; Os recursos do PAB Variável serão transferidos ao
Município que aderir e implementar as estratégias
Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e específicas a que se destina e a utilização desses
regionais, a ser contemplada na metodologia de recursos deve estar definida no Plano Municipal de
alocação de recursos, considerando também as Saúde;
dimensões étnico-racial e social;
O PAB Variável da Assistência Farmacêutica e da
Repasse fundo a fundo, definido como modalidade Vigilância em Saúde passam a compor os seus Blocos
preferencial de transferência de recursos entre os de Financiamento respectivos.
gestores;
Compensação de Especificidades Regionais é um
Financiamento de custeio com recursos federais montante financeiro igual a 5% do valor mínimo do
constituído, organizados e transferidos em blocos de PAB fixo multiplicado pela população do Estado, para
recursos; que as CIBs definam a utilização do recurso de acordo
com as especificidades estaduais, podendo incluir
sazonalidade, migrações, dificuldade de fixação de
O uso dos recursos federais para o custeio fica restrito
profissionais, IDH, indicadores de resultados. Os
a cada bloco, atendendo as especificidades previstas
critérios definidos devem ser informados ao plenário da
nos mesmos, conforme regulamentação específica;
CIT.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
Procedimentos regulados pela CNRAC – Em Estados onde o valor per cápita que compõe o TAM
Central Nacional de Regulação da Alta não atinge o teto orçamentário mínimo daquele Estado,
Complexidade; a União assegurará recurso financeiro para compor o
Piso Estadual de Vigilância Sanitária – PEVISA.
Transplantes;
Ações Estratégicas Emergenciais, de caráter
temporário, implementadas com prazo pré- Bloco de financiamento para a Assistência
definido; Farmacêutica
Novos procedimentos: cobertura financeira de A Assistência Farmacêutica será financiada pelos três
aproximadamente seis meses, quando da inclusão de gestores do SUS devendo agregar a aquisição de
novos procedimentos, sem correlação à tabela vigente, medicamentos e insumos e a organização das ações de
até a formação de série histórica para a devida assistência farmacêutica necessárias, de acordo com a
agregação ao MAC. organização de serviços de saúde.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
excepcional, para tratamento de patologias que acesso e à garantia da integralidade da atenção à
compõem o Grupo 36 – Medicamentos da Tabela saúde.
Descritiva do SIA/SUS.
Os investimentos deverão priorizar a recuperação, a re-
A responsabilidade pelo financiamento e aquisição dos adequação e a expansão da rede física de saúde e a
medicamentos de dispensação excepcional é do constituição dos espaços de regulação.
Ministério da Saúde e dos Estados, conforme pactuação
e a dispensação, responsabilidade do Estado.
Os projetos de investimento apresentados para o
Ministério da Saúde deverão ser aprovados nos
O Ministério da Saúde repassará aos Estados, respectivos Conselhos de Saúde e na CIB, devendo
mensalmente, valores financeiros apurados em refletir uma prioridade regional.
encontro de contas trimestrais, de acordo com as
informações encaminhadas pelos Estados, com base
São eixos prioritários para aplicação de recursos de
nas emissões das Autorizações para Pagamento de Alto
investimentos:
Custo – APAC.
O financiamento para a gestão destina-se ao custeio de O processo de planejamento no âmbito do SUS deve
ações específicas relacionadas com a organização dos ser desenvolvido de forma articulada, integrada e
serviços de saúde, acesso da população e aplicação dos solidária entre as três esferas de gestão. Essa forma de
recursos financeiros do SUS. atuação representará o Sistema de Planejamento do
Sistema Único de Saúde baseado nas responsabilidades
O financiamento deverá apoiar iniciativas de de cada esfera de gestão, com definição de objetivos e
fortalecimento da gestão, sendo composto pelos conferindo direcionalidade ao processo de gestão do
seguintes sub-blocos: SUS, compreendendo nesse sistema o monitoramento
e avaliação.
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
resolubilidade e qualidade, tanto da sua gestão, quanto Integração dos instrumentos de planejamento,
das ações e serviços prestados à população brasileira. tanto no contexto de cada esfera de gestão,
quanto do SUS como um todo;
Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS: Institucionalização e fortalecimento do
Sistema de Planejamento do SUS, com adoção
do processo planejamento, neste incluído o
Pactuar diretrizes gerais para o processo de
monitoramento e a avaliação, como
planejamento no âmbito do SUS e o elenco dos
instrumento estratégico de gestão do SUS;
instrumentos a serem adotados pelas três esferas de
gestão; Revisão e adoção de um elenco de
instrumentos de planejamento – tais como
planos, relatórios, programações – a serem
Formular metodologias e modelos básicos dos adotados pelas três esferas de gestão, com
instrumentos de planejamento, monitoramento e adequação dos instrumentos legais do SUS no
avaliação que traduzam as diretrizes do SUS, com tocante a este processo e instrumentos dele
capacidade de adaptação às particularidades de cada resultantes;
esfera administrativa;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
A programação pactuada e integrada deve subsidiar a Da descentralização, municipalização e
programação física financeira dos estabelecimentos de comando único;
saúde.
Da busca da escala adequada e da qualidade;
Considerar a complexidade da rede de
A programação pactuada e integrada deve guardar serviços locais;
relação com o desenho da regionalização naquele Considerar a efetiva capacidade de regulação;
estado.
Considerar o desenho da rede estadual da
assistência;
Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial A primazia do interesse e da satisfação do
usuário do SUS.
Para efeitos destas diretrizes, serão adotados os A regulação das referencias intermunicipais é
seguintes conceitos: responsabilidade do gestor estadual, expressa
na coordenação do processo de construção da
programação pactuada e integrada da atenção
Regulação da Atenção à Saúde - tem como
em saúde, do processo de regionalização, do
objeto a produção de todas as ações diretas e
desenho das redes;
finais de atenção à saúde, dirigida aos
56 prestadores de serviços de saúde, públicos e
privados. As ações da Regulação da Atenção à A operação dos complexos reguladores no que se
Saúde compreendem a Contratação, a refere a referencia intermunicipal deve ser pactuada na
Regulação do Acesso à Assistência ou CIB, podendo ser operada nos seguintes modos:
Regulação Assistencial, o Controle
Assistencial, a Avaliação da Atenção à Saúde,
a Auditoria Assistencial e as regulamentações
Pelo gestor estadual que se relacionará com a
central municipal que faz a gestão do
da Vigilância Epidemiológica e Sanitária.
prestador.
Contratação - o conjunto de atos que
envolvem desde a habilitação dos
Pelo gestor estadual que se relacionará
diretamente com o prestador quando este
serviços/prestadores até a formalização do
estiver sob gestão estadual.
contrato na sua forma jurídica.
Regulação do Acesso à Assistência ou
Pelo gestor municipal com cogestão do estado
e representação dos municípios da região;
Regulação Assistencial - conjunto de
relações, saberes, tecnologias e ações que Modelos que diferem do item ‘d’ acima devem
intermedeiam a demanda dos usuários por ser pactuados pela CIB e homologados na CIT.
serviços de saúde e o acesso a estes.
Complexos Reguladores - uma das São metas para este Pacto, no prazo de um ano:
estratégias de Regulação Assistencial,
consistindo na articulação e integração de
Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Contratualização de todos os prestadores de
Urgências, Centrais de Internação, Centrais de serviço;
Consultas e Exames, Protocolos Assistenciais Colocação de todos os leitos e serviços
com a contratação, controle assistencial e ambulatoriais contratualizados sob regulação;
avaliação, assim como com outras funções da Extinção do pagamento dos serviços dos
gestão como programação e regionalização. profissionais médicos por meio do código 7.
Os complexos reguladores podem ter Participação e Controle Social
abrangência intra-municipal, municipal, micro
ou macro regional, estadual ou nacional,
devendo esta abrangência e respectiva A participação social no SUS é um princípio doutrinário
gestão, serem pactuadas em processo e está assegurado na Constituição e nas Leis Orgânicas
democrático e solidário, entre as três esferas da Saúde (8080/90 e 8142/90), e é parte fundamental
de gestão do SUS. deste pacto.
Auditoria Assistencial ou clínica – processo
regular que visa aferir e induzir qualidade do As ações que devem ser desenvolvidas para
atendimento amparada em procedimentos, fortalecer o processo de participação social,
protocolos e instruções de trabalho dentro deste pacto são:
normatizados e pactuados. Deve acompanhar
e analisar criticamente os históricos clínicos
com vistas a verificar a execução dos
Apoiar os conselhos de saúde, as conferências
procedimentos e realçar as não de saúde e os movimentos sociais que atuam
conformidades. no campo da saúde, com vistas ao seu
fortalecimento para que os mesmos possam
exercer plenamente os seus papéis;
Como princípios orientadores do processo de regulação, Apoiar o processo de formação dos
fica estabelecido que: conselheiros;
Estimular a participação e avaliação dos
Cada prestador responde apenas a um gestor; cidadãos nos serviços de saúde;
Apoiar os processos de educação popular em
A regulação dos prestadores de serviços deve ser saúde, para ampliar e qualificar a participação
preferencialmente do município conforme desenho da social no SUS;
rede da assistência pactuado na CIB, observado o Apoiar a implantação e implementação de
Termo de Compromisso de Gestão do Pacto e os ouvidorias nos estados e municípios, com
seguintes princípios: vistas ao fortalecimento da gestão estratégica
do SUS;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
Apoiar o processo de mobilização social e necessidades exigidas para a estruturação da
institucional em defesa do SUS e na discussão área de Gestão do Trabalho integrado pelos
do pacto; seguintes eixos: base jurídico-legal;
atribuições específicas; estrutura e
dimensionamento organizacional e estrutura
GESTÃO DO TRABALHO física e equipamentos. Serão priorizados para
este Componente, Estados, Capitais, Distrito
Federal e nos Municípios com mais de 500
As diretrizes para a Gestão do Trabalho no SUS empregos públicos, desde que possuam ou
são as seguintes:
venham a criar setores de Gestão do Trabalho
e da Educação nas secretarias estaduais e
A política de recursos humanos para o SUS é um eixo municipais de saúde;
estruturante e deve buscar a valorização do trabalho e Capacitação de Recursos Humanos
dos trabalhadores de saúde, o tratamento dos para a Gestão do Trabalho no SUS -
conflitos, a humanização das relações de trabalho; Esse componente trata da qualificação dos
gestores e técnicos na perspectiva do
Estados, Municípios e União são entes autônomos para fortalecimento da gestão do trabalho em
suprir suas necessidades de manutenção e expansão saúde. Estão previstos, para seu
dos seus próprios quadros de trabalhadores de saúde; desenvolvimento, a elaboração de material
57
didático e a realização de oficinas, cursos
presenciais ou à distância, por meio das
O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de
estruturas formadoras existentes;
cooperação técnica para a gestão do trabalho no SUS;
Sistema Gerencial de Informações -
Esse componente propõe proceder à análise
Desenvolver, pelas três esferas de gestão, estudos de sistemas de informação existentes e
quanto às estratégias e financiamento tripartite de desenvolver componentes de otimização e
política de reposição da força de trabalho implantação de sistema informatizado que
descentralizada; subsidie a tomada de decisão na área de
Gestão do Trabalho.
As Diretrizes para Planos de Cargos e Carreira do SUS
devem ser um instrumento que visa regular as relações
de trabalho e o desenvolvimento do trabalhador, bem
como a consolidação da carreira como instrumento
estratégico para a política de recursos humanos no
Sistema;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
EDUCAÇÃO NA SAÚDE No que se refere às responsabilidades atribuídas aos
estados devem ser assumidas por todos eles.
AS DIRETRIZES PARA O TRABALHO NA Com relação à gestão dos prestadores de serviço fica
EDUCAÇÃO NA SAÚDE SÃO: mantida a normatização estabelecida na NOAS SUS
01/2002. As referências na NOAS SUS 01/2002 às
Avançar na implementação da Política Nacional de condições de gestão de estados e municípios ficam
Educação Permanente por meio da compreensão dos substituídas pelas situações pactuadas no respectivo
conceitos de formação e educação permanente para Termo de Compromisso de Gestão.
adequá-los às distintas lógicas e especificidades;
RESPONSABILIDADES GERAIS
Considerar a educação permanente parte essencial de
uma política de formação e desenvolvimento dos DA GESTÃO DO SUS
trabalhadores para a qualificação do SUS e que
comporta a adoção de diferentes metodologias e
técnicas de ensino-aprendizagem inovadoras, entre – MUNICÍPIOS
outras coisas; Todo município é responsável pela integralidade da
58 atenção à saúde da sua população, exercendo essa
Considerar a Política Nacional de Educação Permanente responsabilidade de forma solidária com o estado e a
em Saúde uma estratégia do SUS para a formação e o união;
desenvolvimento de trabalhadores para o setor, tendo Todo município deve:
como orientação os princípios da educação
permanente; Garantir a integralidade das ações de saúde prestadas
de forma interdisciplinar, por meio da abordagem
integral e contínua do indivíduo no seu contexto
Assumir o compromisso de discutir e avaliar os
familiar, social e do trabalho; englobando atividades de
processos e desdobramentos da implementação da
promoção da saúde, prevenção de riscos, danos e
Política Nacional de Educação Permanente para ajustes
agravos; ações de assistência, assegurando o acesso
necessários, atualizando-a conforme as experiências de
ao atendimento às urgências;
implementação, assegurando a inserção dos municípios
e estados neste processo; Promover a equidade na atenção à saúde,
considerando as diferenças individuais e de grupos
populacionais, por meio da adequação da oferta às
Buscar a revisão da normatização vigente que institui a
necessidades como princípio de justiça social, e
Política Nacional de Educação Permanente em Saúde,
ampliação do acesso de populações em situação de
contemplando a consequente e efetiva descentralização
desigualdade, respeitadas as diversidades locais;
das atividades de planejamento, monitoramento,
avaliação e execução orçamentária da Educação Participar do financiamento tripartite do Sistema Único
Permanente para o trabalho no SUS; de Saúde;
Assumir a gestão e executar as ações de atenção
Centrar, o planejamento, programação e básica, incluindo as ações de promoção e proteção, no
acompanhamento das atividades educativas e seu território;
consequentes alocações de recursos na lógica de
Assumir integralmente a gerência de toda a rede
fortalecimento e qualificação do SUS e atendimento das
pública de serviços de atenção básica, englobando as
necessidades sociais em saúde;
unidades próprias e as transferidas pelo estado ou pela
união;
Considerar que a proposição de ações para formação e
desenvolvimento dos profissionais de saúde para com apoio dos estados, identificar as necessidades da
atender às necessidades do SUS deve ser produto de população do seu território, fazer um reconhecimento
cooperação técnica, articulação e diálogo entre os das iniquidades, oportunidades e recursos;
gestores das três esferas de governo, as instituições de Desenvolver, a partir da identificação das
ensino, os serviços e controle social e podem necessidades, um processo de planejamento,
contemplar ações no campo da formação e do trabalho. regulação, programação pactuada e integrada da
atenção à saúde, monitoramento e avaliação;
RESPONSABILIDADE SANITÁRIA Formular e implementar políticas para áreas
prioritárias, conforme definido nas diferentes instâncias
Este capítulo define as Responsabilidades Sanitárias e de pactuação;
atribuições do Município, do Distrito Federal, do Estado Organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e de
e da União. A gestão do Sistema Único de Saúde é qualidade na atenção básica, viabilizando o
construída de forma solidária e cooperada, com apoio planejamento, a programação pactuada e integrada da
mútuo através de compromissos assumidos nas atenção à saúde e a atenção à saúde no seu território,
Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite explicitando a responsabilidade, o compromisso e o
(CIT). vínculo do serviço e equipe de saúde com a população
do seu território, desenhando a rede de atenção e
Algumas responsabilidades atribuídas aos municípios promovendo a humanização do atendimento;
devem ser assumidas por todos os municípios. As Organizar e pactuar o acesso a ações e serviços de
outras responsabilidades serão atribuídas de acordo atenção especializada a partir das necessidades da
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de atenção básica, configurando a rede de atenção, por
serviços localizada no território municipal. meio dos processos de integração e articulação dos
serviços de atenção básica com os demais níveis do
sistema, com base no processo da programação
pactuada e integrada da atenção à saúde;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
Pactuar e fazer o acompanhamento da referência da Apoiar técnica e financeiramente os municípios para
atenção que ocorre fora do seu território, em que garantam a estrutura física necessária para a
cooperação com o estado, Distrito Federal e com os realização das ações de atenção básica;
demais municípios envolvidos no âmbito regional e
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
estadual, conforme a programação pactuada e
garantir, em conjunto com as demais esferas de
integrada da atenção à saúde;
governo, o acesso da população aos medicamentos
Garantir estas referências de acordo com a cuja dispensação esteja sob sua responsabilidade,
programação pactuada e integrada da atenção à saúde, fomentando seu uso racional e observando as normas
quando dispõe de serviços de referência intermunicipal; vigentes e pactuações estabelecidas;
Garantir a estrutura física necessária para a realização Coordenar e executar e as ações de vigilância em
das ações de atenção básica, de acordo com as normas saúde, compreendendo as ações de média e alta
técnicas vigentes; complexidade desta área, de acordo com as normas
vigentes e pactuações estabelecidas;
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
garantir, em conjunto com as demais esferas de Assumir transitoriamente, quando necessário, a
governo, o acesso da população aos medicamentos execução das ações de vigilância em saúde no
cuja dispensação esteja sob sua responsabilidade, município, comprometendo-se em cooperar para que o
promovendo seu uso racional, observadas as normas município assuma, no menor prazo possível, sua 59
vigentes e pactuações estabelecidas; responsabilidade;
Assumir a gestão e execução das ações de vigilância Executar algumas ações de vigilância em saúde, em
em saúde realizadas no âmbito local, compreendendo caráter permanente, mediante acordo bipartite e
as ações de vigilância epidemiológica, sanitária e conforme normatização específica;
ambiental, de acordo com as normas vigentes e
Supervisionar as ações de prevenção e controle da
pactuações estabelecidas;
vigilância em saúde, coordenando aquelas que exigem
Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da ação articulada e simultânea entre os municípios;
saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no
Apoiar técnica e financeiramente os municípios para
âmbito nacional.
que executem com qualidade as ações de vigilância em
saúde, compreendendo as ações de vigilância
ESTADOS epidemiológica, sanitária e ambiental, de acordo com
as normas vigentes e pactuações estabelecidas;
Responder, solidariamente com municípios, Distrito
Federal e união, pela integralidade da atenção à saúde Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da
da população; saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no
âmbito nacional;
Participar do financiamento tripartite do Sistema Único
de Saúde; Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de saúde
pública;
Formular e implementar políticas para áreas
prioritárias, conforme definido nas diferentes instâncias Assumir a gestão e a gerência de unidades públicas de
de pactuação; hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas
complementares para a organização e funcionamento
Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual,
desta rede de serviço.
a implementação dos Pactos Pela Vida e de Gestão e
seu Termo de Compromisso;
DISTRITO FEDERAL
Apoiar técnica e financeiramente os municípios, para
que estes assumam integralmente sua Responder, solidariamente com a união, pela
responsabilidade de gestor da atenção à saúde dos integralidade da atenção à saúde da população;
seus munícipes;
Garantir a integralidade das ações de saúde prestadas
Apoiar técnica, política e financeiramente a gestão da de forma interdisciplinar, por meio da abordagem
atenção básica nos municípios, considerando os integral e contínua do indivíduo no seu contexto
cenários epidemiológicos, as necessidades de saúde e a familiar, social e do trabalho; englobando atividades de
articulação regional, fazendo um reconhecimento das promoção da saúde, prevenção de riscos, danos e
iniquidades, oportunidades e recursos; agravos; ações de assistência, assegurando o acesso
ao atendimento às urgências;
Fazer reconhecimento das necessidades da população
no âmbito estadual e cooperar técnica e Promover a equidade na atenção à saúde,
financeiramente com os municípios, para que possam considerando as diferenças individuais e de grupos
fazer o mesmo nos seus territórios; populacionais, por meio da adequação da oferta às
necessidades como princípio de justiça social, e
Desenvolver, a partir da identificação das
ampliação do acesso de populações em situação de
necessidades, um processo de planejamento,
desigualdade, respeitadas as diversidades locais;
regulação, programação pactuada e integrada da
atenção à saúde, monitoramento e avaliação; Participar do financiamento tripartite do Sistema Único
de Saúde;
Coordenar o processo de configuração do desenho da
rede de atenção, nas relações intermunicipais, com a Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual,
participação dos municípios da região; a implementação dos Pactos Pela Vida e de Gestão e
seu Termo de Compromisso de Gestão;
Organizar e pactuar com os municípios, o processo de
referência intermunicipal das ações e serviços de média Assumir a gestão e executar as ações de atenção
e alta complexidade a partir da atenção básica, de básica, incluindo as ações de promoção e proteção, no
acordo com a programação pactuada e integrada da seu território;
atenção à saúde;
Assumir integralmente a gerência de toda a rede
Realizar o acompanhamento e a avaliação da atenção pública de serviços de atenção básica, englobando as
básica no âmbito do território estadual; unidades próprias e as transferidas pela união;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
Garantir a estrutura física necessária para a realização Participar do financiamento tripartite do Sistema Único
das ações de atenção básica, de acordo com as normas de Saúde;
técnicas vigentes;
Formular e implementar políticas para áreas
Realizar o acompanhamento e a avaliação da atenção prioritárias, conforme definido nas diferentes instâncias
básica no âmbito do seu território; de pactuação;
Identificar as necessidades da população do seu Coordenar e acompanhar, no âmbito nacional, a
território, fazer um reconhecimento das iniquidades, pactuação e avaliação do Pacto de Gestão e Pacto pela
oportunidades e recursos; Vida e seu Termo de Compromisso;
Desenvolver, a partir da identificação das Apoiar o Distrito Federal, os estados e conjuntamente
necessidades, um processo de planejamento, com estes, os municípios, para que assumam
regulação, programação pactuada e integrada da integralmente as suas responsabilidades de gestores da
atenção à saúde, monitoramento e avaliação; atenção à saúde;
Formular e implementar políticas para áreas Apoiar financeiramente o Distrito Federal e os
prioritárias, conforme definido nas instâncias de municípios, em conjunto com os estados, para que
pactuação; garantam a estrutura física necessária para a
realização das ações de atenção básica;
60 Organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e de
qualidade na atenção básica, viabilizando o Prestar cooperação técnica e financeira aos estados, ao
planejamento, a programação pactuada e integrada da Distrito Federal e aos municípios para o
atenção à saúde e a atenção à saúde no seu território, aperfeiçoamento das suas atuações institucionais na
explicitando a responsabilidade, o compromisso e o gestão da atenção básica;
vínculo do serviço e equipe de saúde com a população
Exercer de forma pactuada as funções de normatização
do seu território, desenhando a rede de atenção e
e de coordenação no que se refere à gestão nacional da
promovendo a humanização do atendimento;
atenção básica no SUS;
Organizar e pactuar o acesso a ações e serviços de
Identificar, em articulação com os estados, Distrito
atenção especializada a partir das necessidades da
Federal e municípios, as necessidades da população
atenção básica, configurando a rede de atenção, por
para o âmbito nacional, fazendo um reconhecimento
meio dos processos de integração e articulação dos
das iniquidades, oportunidades e recursos; e cooperar
serviços de atenção básica com os demais níveis do
técnica e financeiramente com os gestores, para que
sistema, com base no processo da programação
façam o mesmo nos seus territórios;
pactuada e integrada da atenção à saúde;
Desenvolver, a partir da identificação de necessidades,
Pactuar e fazer o acompanhamento da referência da
um processo de planejamento, regulação, programação
atenção que ocorre fora do seu território, em
pactuada e integrada da atenção à saúde,
cooperação com os estados envolvidos no âmbito
monitoramento e avaliação;
regional, conforme a programação pactuada e
integrada da atenção à saúde; Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
garantir, em conjunto com as demais esferas de
Promover a estruturação da assistência farmacêutica e
governo, o acesso da população aos medicamentos que
garantir, em conjunto com a união, o acesso da
estejam sob sua responsabilidade, fomentando seu uso
população aos medicamentos cuja dispensação esteja
racional, observadas as normas vigentes e pactuações
sob sua responsabilidade, fomentando seu uso racional
estabelecidas;
e observando as normas vigentes e pactuações
estabelecidas; Definir e pactuar as diretrizes para a organização das
ações e serviços de média e alta complexidade, a partir
Garantir o acesso de serviços de referência de acordo
da atenção básica;
com a programação pactuada e integrada da atenção à
saúde; Coordenar e executar as ações de vigilância em saúde,
compreendendo as ações de média e alta complexidade
Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção da
desta área, de acordo com as normas vigentes e
saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no
pactuações estabelecidas;
âmbito nacional;
Coordenar, nacionalmente, as ações de prevenção e
Assumir a gestão e execução das ações de vigilância
controle da vigilância em saúde que exijam ação
em saúde realizadas no âmbito do seu território,
articulada e simultânea entre os estados, Distrito
compreendendo as ações de vigilância epidemiológica,
Federal e municípios;
sanitária e ambiental, de acordo com as normas
vigentes e pactuações estabelecidas; Proceder à investigação complementar ou conjunta
com os demais gestores do SUS em situação de risco
Executar e coordenar as ações de vigilância em saúde,
sanitário;
compreendendo as ações de média e alta complexidade
desta área, de acordo com as normas vigentes e Apoiar e coordenar os laboratórios de saúde pública –
pactuações estabelecidas; Rede Nacional de laboratórios de saúde Pública/RNLSP
- nos aspectos relativos à vigilância em saúde;
Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de saúde
pública; Assumir transitoriamente, quando necessário, a
execução das ações de vigilância em saúde nos
Assumir a gestão e a gerência de unidades públicas de
estados, Distrito Federal e municípios,
hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas
comprometendo-se em cooperar para que assumam,
complementares para a organização e funcionamento
no menor prazo possível, suas responsabilidades;
desta rede de serviço.
Apoiar técnica e financeiramente os estados, o Distrito
Federal e os municípios para que executem com
UNIÃO qualidade as ações de vigilância em saúde,
Responder, solidariamente com os municípios, o compreendendo as ações de vigilância epidemiológica,
Distrito Federal e os estados, pela integralidade da sanitária e ambiental, de acordo com as normas
atenção à saúde da população; vigentes e pactuações estabelecidas;
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Elaborar, pactuar e implementar a política de promoção Contribuir para a constituição e fortalecimento do
da saúde. processo de regionalização solidária e cooperativa,
assumindo os compromissos pactuados;
Coordenar o processo de organização, reconhecimento
RESPONSABILIDADES e atualização das regiões de saúde, conformando o
NA REGIONALIZAÇÃO plano diretor de regionalização;
Apoiar técnica e financeiramente as regiões de saúde,
promovendo a equidade inter-regional;
MUNICÍPIOS
Participar dos colegiados de gestão regional, cumprindo
Todo município deve:
suas obrigações técnicas e financeiras, conforme
Contribuir para a constituição e fortalecimento do pactuação estabelecida;
processo de regionalização solidária e cooperativa,
Participar dos projetos prioritários das regiões de
assumindo os compromissos pactuados;
saúde, conforme definido no plano estadual de saúde,
Participar da constituição da regionalização, no plano diretor de regionalização, no planejamento
disponibilizando de forma cooperativa os recursos regional e no plano regional de investimento;
humanos, tecnológicos e financeiros, conforme
Propor e pactuar diretrizes e normas gerais sobre a 61
pactuação estabelecida;
regionalização, observando as normas vigentes,
Participar dos colegiados de gestão regionais, participando da sua constituição, disponibilizando de
cumprindo suas obrigações técnicas e financeiras. Nas forma cooperativa os recursos humanos, tecnológicos e
CIB regionais constituídas por representação, quando financeiros, conforme pactuação estabelecida.
não for possível a imediata incorporação de todos os
gestores de saúde dos municípios da região de saúde,
UNIÃO
deve-se pactuar um cronograma de adequação, no
menor prazo possível, para a inclusão de todos os Contribuir para a constituição e fortalecimento do
municípios nos respectivos colegiados de gestão processo de regionalização solidária e cooperativa,
regionais. assumindo os compromissos pactuados;
participar dos projetos prioritários das regiões de Coordenar o processo de regionalização no âmbito
saúde, conforme definido no plano municipal de saúde, nacional, propondo e pactuando diretrizes e normas
no plano diretor de regionalização, no planejamento gerais sobre a regionalização, observando as normas
regional e no plano regional de investimento; vigentes e pactuações na CIT;
A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo Cooperar técnica e financeiramente com as regiões de
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de saúde, por meio dos estados e/ou municípios,
serviços localizada no território municipal priorizando as regiões mais vulneráveis, promovendo a
eqüidade inter-regional e interestadual;
Executar as ações de referência regional sob sua
responsabilidade em conformidade com a programação Apoiar e participar da constituição da regionalização,
pactuada e integrada da atenção à saúde acordada nos disponibilizando de forma cooperativa os recursos
colegiados de gestão regionais. humanos, tecnológicos e financeiros, conforme
pactuação estabelecida;
ESTADOS Fomentar a constituição das regiões de saúde
fronteiriças, participando do funcionamento de seus
Contribuir para a constituição e fortalecimento do
colegiados de gestão regionais.
processo de regionalização solidária e cooperativa,
assumindo os compromissos pactuados; RESPONSABILIDADES NO
Coordenar a regionalização em seu território, propondo PLANEJAMENTO E
e pactuando diretrizes e normas gerais sobre a
regionalização, observando as normas vigentes e PROGRAMAÇÃO
pactuações na CIB;
Coordenar o processo de organização, reconhecimento MUNICÍPIOS
e atualização das regiões de saúde, conformando o
Todo município deve:
plano diretor de regionalização;
formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
Participar da constituição da regionalização,
permanente de planejamento participativo e integrado,
disponibilizando de forma cooperativa os recursos
de base local e ascendente, orientado por problemas e
humanos, tecnológicos e financeiros, conforme
necessidades em saúde, com a constituição de ações
pactuação estabelecida;
para a promoção, a proteção, a recuperação e a
Apoiar técnica e financeiramente as regiões de saúde, reabilitação em saúde, construindo nesse processo o
promovendo a equidade inter-regional; plano de saúde e submetendo-o à aprovação do
Conselho de Saúde correspondente;
Participar dos colegiados de gestão regional, cumprindo
suas obrigações técnicas e financeiras; formular, no plano municipal de saúde, a política
municipal de atenção em saúde, incluindo ações
Participar dos projetos prioritários das regiões de
intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;
saúde, conforme definido no plano estadual de saúde,
no plano diretor de regionalização, no planejamento elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
regional e no plano regional de investimento. submetido à aprovação do Conselho de Saúde
correspondente;
DISTRITO FEDERAL operar os sistemas de informação referentes à atenção
básica, conforme normas do Ministério da Saúde, e
alimentar regularmente os bancos de dados nacionais,
assumindo a responsabilidade pela gestão, no nível
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local, dos sistemas de informação: Sistema de Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
Informação sobre Agravos de Notificação – SINAN, submetido à aprovação do Conselho Estadual de
Sistema de Informação do Programa Nacional de Saúde;
Imunizações - SI-PNI, Sistema de Informação sobre
Operar os sistemas de informação epidemiológica e
Nascidos Vivos – SINASC, Sistema de Informação
sanitária de sua competência, bem como assegurar a
Ambulatorial - SIA e Cadastro Nacional de
divulgação de informações e análises;
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde – CNES; e
quando couber, os sistemas: Sistema de Informação Operar os sistemas de informação referentes à atenção
Hospitalar – SIH e Sistema de Informação sobre básica, conforme normas do Ministério da Saúde, e
Mortalidade – SIM, bem como de outros sistemas que alimentar regularmente os bancos de dados nacionais,
venham a ser introduzidos; assumindo a responsabilidade pela gestão, no nível
local, dos sistemas de informação: Sistema de
assumir a responsabilidade pela coordenação e
Informação sobre Agravos de Notificação – SINAN,
execução das atividades de informação, educação e
Sistema de Informação do Programa Nacional de
comunicação, no âmbito local;
Imunizações - SI-PNI, Sistema de Informação sobre
elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a Nascidos Vivos – SINASC, Sistema de Informação
assistência e vigilância em saúde, em conformidade Ambulatorial - SIA e Cadastro Nacional de
com o plano municipal de saúde, no âmbito da Estabelecimentos e Profissionais de Saúde – CNES;
62 Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Sistema de Informação Hospitalar – SIH e Sistema de
Saúde; Informação sobre Mortalidade – SIM, bem como de
outros sistemas que venham a ser introduzidos;
A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de Assumir a responsabilidade pela coordenação e
serviços localizada no território municipal execução das atividades de informação, educação e
comunicação, no âmbito do seu território;
Gerir os sistemas de informação epidemiológica e
sanitária, bem como assegurar a divulgação de Elaborar a programação da atenção à saúde, incluída a
informações e análises. assistência e vigilância em saúde, em conformidade
com o plano estadual l de saúde, no âmbito da
Programação Pactuada e Integrada da Atenção à
ESTADOS Saúde.
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
permanente de planejamento participativo e integrado,
UNIÃO
de base local e ascendente, orientado por problemas e
necessidades em saúde, com a constituição de ações Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo
para a promoção, a proteção, a recuperação e a permanente de planejamento participativo e integrado,
reabilitação em saúde, construindo nesse processo o de base local e ascendente, orientado por problemas e
plano estadual de saúde, submetendo-o à aprovação necessidades em saúde, com a constituição de ações
do Conselho Estadual de Saúde; para a promoção, a proteção, a recuperação e a
reabilitação em saúde, construindo nesse processo o
Formular, no plano estadual de saúde, e pactuar no
plano nacional de saúde, submetendo-o à aprovação do
âmbito da Comissão Intergestores Bipartite - CIB, a
Conselho Nacional de Saúde;
política estadual de atenção em saúde, incluindo ações
intersetoriais voltadas para a promoção da saúde; Formular, no plano nacional de saúde, e pactuar no
âmbito da Comissão Intergestores Tripartite – CIT, a
Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
política nacional de atenção em saúde, incluindo ações
submetido à aprovação do Conselho Estadual de
intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;
Saúde;
Elaborar relatório de gestão anual, a ser apresentado e
Coordenar, acompanhar e apoiar os municípios na
submetido à aprovação do Conselho Nacional de
elaboração da programação pactuada e integrada da
Saúde;
atenção à saúde, no âmbito estadual, regional e
interestadual; Formular, pactuar no âmbito a CIT e aprovar no
Conselho Nacional de Saúde, a política nacional de
Apoiar, acompanhar, consolidar e operar quando
atenção à saúde dos povos indígenas e executá-la,
couber, no âmbito estadual e regional, a alimentação
conforme pactuação com Estados e Municípios, por
dos sistemas de informação, conforme normas do
meio da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;
Ministério da Saúde;
Coordenar, acompanhar e apoiar os municípios, os
Operar os sistemas de informação epidemiológica e
estados e Distrito Federal na elaboração da
sanitária de sua competência, bem como assegurar a
programação pactuada e integrada da atenção em
divulgação de informações e análises e apoiar os
saúde, no âmbito nacional;
municípios naqueles de responsabilidade municipal.
Gerenciar, manter, e elaborar quando necessário, no
âmbito nacional, os sistemas de informação, conforme
DISTRITO FEDERAL normas vigentes e pactuações estabelecidas, incluindo
Formular, gerenciar, implementar e avaliar o processo aqueles sistemas que garantam a solicitação e
permanente de planejamento participativo e integrado, autorização de procedimentos, o processamento da
de base local e ascendente, orientado por problemas e produção e preparação para a realização de
necessidades em saúde, com a constituição de ações pagamentos;
para a promoção, a proteção, a recuperação e a
Desenvolver e gerenciar sistemas de informação
reabilitação em saúde, construindo nesse processo o
epidemiológica e sanitária, bem como assegurar a
plano estadual de saúde, submetendo-o à aprovação
divulgação de informações e análises.
do Conselho de Saúde do Distrito Federal;
Formular, no plano estadual de saúde, a política
estadual de atenção em saúde, incluindo ações
intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;
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RESPONSABILIDADES NA Implementar a avaliação das ações de saúde nos
estabelecimentos de saúde, por meio de análise de
REGULAÇÃO, CONTROLE, dados e indicadores e verificação de padrões de
AVALIAÇÃO E AUDITORIA conformidade;
Implementar a auditoria sobre toda a produção de
serviços de saúde, públicos e privados, sob sua gestão,
MUNICÍPIOS tomando como referência as ações previstas no plano
Todo município deve: municipal de saúde e em articulação com as ações de
controle, avaliação e regulação assistencial;
monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos
financeiros provenientes de transferência regular e Realizar auditoria assistencial da produção de serviços
automática (fundo a fundo) e por convênios; de saúde, públicos e privados, sob sua gestão;
realizar a identificação dos usuários do SUS, com vistas Elaborar normas técnicas, complementares às das
à vinculação de clientela e à sistematização da oferta esferas estadual e federal, para o seu território.
dos serviços;
monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde, ESTADOS
realizadas em seu território, por intermédio de
Elaborar as normas técnicas complementares à da 63
indicadores de desempenho, envolvendo aspectos
esfera federal, para o seu território;
epidemiológicos e operacionais;
Monitorar a aplicação dos recursos financeiros
manter atualizado o Sistema Nacional de Cadastro de
recebidos por meio de transferência regular e
Estabelecimentos e Profissionais de Saúde no seu
automática (fundo a fundo) e por convênios;
território, segundo normas do Ministério da Saúde;
Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos
adotar protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, em
financeiros transferidos aos fundos municipais;
consonância com os protocolos e diretrizes nacionais e
estaduais; Monitorar o cumprimento pelos municípios: dos planos
de saúde, dos relatórios de gestão, da operação dos
adotar protocolos de regulação de acesso, em
fundos de saúde, indicadores e metas do pacto de
consonância com os protocolos e diretrizes nacionais,
gestão, da constituição dos serviços de regulação,
estaduais e regionais;
controle avaliação e auditoria e da participação na
controlar a referência a ser realizada em outros programação pactuada e integrada da atenção à
municípios, de acordo com a programação pactuada e saúde;
integrada da atenção à saúde, procedendo à solicitação
Apoiar a identificação dos usuários do SUS no âmbito
e/ou autorização prévia, quando couber;
estadual, com vistas à vinculação de clientela e à
As responsabilidades a seguir serão atribuídas de sistematização da oferta dos serviços;
acordo com o pactuado e/ou com a complexidade da
Manter atualizado o cadastramento no Sistema
rede de serviços localizada no território municipal
Nacional de Cadastro de Estabelecimentos e
Definir a programação físico-financeira por Profissionais de Saúde, bem como coordenar e
estabelecimento de saúde; observar as normas cooperar com os municípios nesta atividade;
vigentes de solicitação e autorização dos
Elaborar e pactuar protocolos clínicos e de regulação de
procedimentos hospitalares e ambulatoriais; processar
acesso, no âmbito estadual, em consonância com os
a produção dos estabelecimentos de saúde próprios e
protocolos e diretrizes nacionais, apoiando os
contratados e realizar o pagamento dos prestadores de
Municípios na implementação dos mesmos;
serviços;
Controlar a referência a ser realizada em outros
Operar o complexo regulador dos serviços presentes no
estados, de acordo com a programação pactuada e
seu território, de acordo com a pactuação estabelecida,
integrada da atenção à saúde, procedendo a solicitação
realizando a co-gestão com o Estado e outros
e/ou autorização prévia, quando couber;
Municípios, das referências intermunicipais.
Operar a central de regulação estadual, para as
Executar o controle do acesso do seu munícipe aos
referências interestaduais pactuadas, em articulação
leitos disponíveis, às consultas, terapias e exames
com as centrais de regulação municipais;
especializados, disponíveis no seu território, que pode
ser feito por meio de centrais de regulação; Coordenar e apoiar a implementação da regulação da
atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com a
Planejar e executar a regulação médica da atenção pré-
regionalização e conforme normas vigentes e
hospitalar às urgências, conforme normas vigentes e
pactuações estabelecidas;
pactuações estabelecidas;
Estimular e apoiar a implantação dos complexos
Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a
reguladores municipais;
política nacional de contratação de serviços de saúde e
em conformidade com o planejamento e a Participar da co-gestão dos complexos reguladores
programação pactuada e integrada da atenção à municipais, no que se refere às referências
saúde; intermunicipais;
Monitorar e fiscalizar os contratos e convênios com Operar os complexos reguladores no que se refere no
prestadores contratados e conveniados, bem como das que se refere à referencia intermunicipal, conforme
unidades públicas; pactuação;
Monitorar e fiscalizar a execução dos procedimentos Monitorar a implementação e operacionalização das
realizados em cada estabelecimento por meio das centrais de regulação;
ações de controle e avaliação hospitalar e ambulatorial;
Cooperar tecnicamente com os municípios para a
Monitorar e fiscalizar e o cumprimento dos critérios qualificação das atividades de cadastramento,
nacionais, estaduais e municipais de credenciamento contratação, controle, avaliação, auditoria e pagamento
de serviços;
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aos prestadores dos serviços localizados no território Manter atualizado o cadastramento no Sistema
municipal e vinculados ao SUS; Nacional de Cadastro de Estabelecimentos e
Profissionais de Saúde no seu território, segundo
Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com
normas do Ministério da Saúde;
prestadores contratados e conveniados, bem como das
unidades públicas; Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
realizadas em seu território, por intermédio de
Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a
indicadores de desempenho, envolvendo aspectos
política nacional de contratação de serviços de saúde,
epidemiológicos e operacionais;
em conformidade com o planejamento e a
programação da atenção; Elaborar e implantar protocolos clínicos, terapêuticos e
de regulação de acesso, no âmbito do Distrito Federal,
Credenciar os serviços de acordo com as normas
em consonância com os protocolos e diretrizes
vigentes e com a regionalização e coordenar este
nacionais;
processo em relação aos municípios;
Controlar a referência a ser realizada em outros
Fiscalizar e monitorar o cumprimento dos critérios
estados, de acordo com a programação pactuada e
estaduais e nacionais de credenciamento de serviços
integrada da atenção à saúde, procedendo a solicitação
pelos prestadores;
e/ou autorização prévia;
64 Monitorar o cumprimento, pelos municípios, das
Operar a central de regulação do Distrito Federal, para
programações físico-financeira definidas na
as referências interestaduais pactuadas, em articulação
programação pactuada e integrada da atenção à
com as centrais de regulação estaduais e municipais;
saúde;
Implantar e operar o complexo regulador dos serviços
Fiscalizar e monitorar o cumprimento, pelos municípios,
presentes no seu território, de acordo com a pactuação
das normas de solicitação e autorização das
estabelecida;
internações e dos procedimentos ambulatoriais
especializados; Coordenar e apoiar a implementação da regulação da
atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com a
Estabelecer e monitorar a programação físico-financeira
regionalização e conforme normas vigentes e
dos estabelecimentos de saúde sob sua gestão;
pactuações estabelecidas
observar as normas vigentes de solicitação e
autorização dos procedimentos hospitalares e Executar o controle do acesso do seu usuário aos leitos
ambulatoriais, monitorando e fiscalizando a sua disponíveis, às consultas, terapias e exames
execução por meio de ações de controle, avaliação e especializados, disponíveis no seu território, que pode
auditoria; processar a produção dos estabelecimentos ser feito por meio de centrais de regulação;
de saúde próprios e contratados e realizar o
Definir a programação físico-financeira por
pagamento dos prestadores de serviços;
estabelecimento de saúde; observar as normas
Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consórcios vigentes de solicitação e autorização dos
Intermunicipais de Saúde; procedimentos hospitalares e ambulatoriais; processar
a produção dos estabelecimentos de saúde próprios e
Monitorar e avaliar o desempenho das redes regionais
contratados e realizar o pagamento dos prestadores de
hierarquizadas estaduais;
serviços;
Implementar avaliação das ações de saúde nos
Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com
estabelecimentos, por meio de análise de dados e
prestadores contratados e conveniados, bem como das
indicadores e verificação de padrões de conformidade;
unidades públicas;
Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
Elaborar contratos com os prestadores de acordo com a
realizadas pelos municípios e pelo gestor estadual;
política nacional de contratação de serviços de saúde,
Supervisionar a rede de laboratórios públicos e em conformidade com o planejamento e a
privados que realizam análises de interesse da saúde programação da atenção;
pública;
Credenciar os serviços de acordo com as normas
Elaborar normas complementares para a avaliação vigentes e com a regionalização;
tecnológica em saúde;
Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consórcios de
Avaliar e auditar os sistemas de saúde municipais de Saúde;
saúde;
Monitorar e avaliar o desempenho das redes regionais
Implementar auditoria sobre toda a produção de hierarquizadas;
serviços de saúde, pública e privada, sob sua gestão e
Implementar avaliação das ações de saúde nos
em articulação com as ações de controle, avaliação e
estabelecimentos, por meio de análise de dados e
regulação assistencial;
indicadores e verificação de padrões de conformidade;
Realizar auditoria assistencial da produção de serviços
Monitorar e fiscalizar a execução dos procedimentos
de saúde, públicos e privados, sob sua gestão.
realizados em cada estabelecimento por meio das
ações de controle e avaliação hospitalar e ambulatorial;
DISTRITO FEDERAL Supervisionar a rede de laboratórios públicos e
Elaborar as normas técnicas complementares à da privados que realizam análises de interesse da saúde
esfera federal, para o seu território; pública;
Monitorar a aplicação dos recursos financeiros Elaborar normas complementares para a avaliação
recebidos por meio de transferência regular e tecnológica em saúde;
automática (fundo a fundo) e por convênios;
Implementar auditoria sobre toda a produção de
Realizar a identificação dos usuários do SUS no âmbito serviços de saúde, pública e privada, em articulação
do Distrito Federal, com vistas à vinculação de clientela com as ações de controle, avaliação e regulação
e à sistematização da oferta dos serviços; assistencial.
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Avaliar e auditar os sistemas de saúde estaduais e
UNIÃO municipais.
Cooperar tecnicamente com os estados, o Distrito RESPONSABILIDADES NA
Federal e os municípios para a qualificação das
atividades de cadastramento, contratação, regulação, GESTÃO DO TRABALHO
controle, avaliação, auditoria e pagamento aos
prestadores dos serviços vinculados ao SUS;
MUNICÍPIOS
Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos
Todo município deve:
financeiros transferidos fundo a fundo e por convênio
aos fundos de saúde dos estados, do Distrito Federal e promover e desenvolver políticas de gestão do
dos municípios; trabalho, considerando os princípios da humanização,
da participação e da democratização das relações de
Monitorar o cumprimento pelos estados, Distrito
trabalho;
Federal e municípios dos planos de saúde, dos
relatórios de gestão, da operação dos fundos de saúde, adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
dos pactos de indicadores e metas, da constituição dos sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na
serviços de regulação, controle avaliação e auditoria e sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ações
da realização da programação pactuada e integrada da de adequação de vínculos, onde for necessário, 65
atenção à saúde; conforme legislação vigente;
Coordenar, no âmbito nacional, a estratégia de As responsabilidades a seguir serão atribuídas de
identificação dos usuários do SUS; acordo com o pactuado e/ou com a complexidade da
rede de serviços localizada no território municipal
Coordenar e cooperar com os estados, o Distrito
Federal e os municípios no processo de cadastramento Estabelecer, sempre que possível, espaços de
de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde; negociação permanente entre trabalhadores e
gestores;
Definir e pactuar a política nacional de contratação de
serviços de saúde; Desenvolver estudos e propor estratégias e
financiamento tripartite com vistas à adoção de política
Propor e pactuar os critérios de credenciamento dos
referente aos recursos humanos descentralizados;
serviços de saúde;
Considerar as diretrizes nacionais para Planos de
Propor e pactuar as normas de solicitação e autorização
Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS,
das internações e dos procedimentos ambulatoriais
quando da elaboração, implementação e/ou
especializados, de acordo com as Políticas de Atenção
reformulação de Planos de Cargos e Salários no âmbito
Especializada;
da gestão local;
Elaborar, pactuar e manter as tabelas de
Implementar e pactuar diretrizes para políticas de
procedimentos enquanto padrão nacional de utilização
educação e gestão do trabalho que favoreçam o
dos mesmos e de seus preços;
provimento e a fixação de trabalhadores de saúde, no
Estruturar a política nacional de regulação da atenção à âmbito municipal, notadamente em regiões onde a
saúde, conforme pactuação na CIT, contemplando restrição de oferta afeta diretamente a implantação de
apoio financeiro, tecnológico e de educação ações estratégicas para a atenção básica.
permanente;
Estimular e apoiar a implantação dos complexos ESTADOS
reguladores;
Promover e desenvolver políticas de gestão do
Cooperar na implantação e implementação dos trabalho, considerando os princípios da humanização,
complexos reguladores; da participação e da democratização das relações de
trabalho;
Coordenar e monitorar a implementação e
operacionalização das centrais de regulação Desenvolver estudos e propor estratégias e
interestaduais, garantindo o acesso às referências financiamento tripartite com vistas à adoção de política
pactuadas; referente aos recursos humanos descentralizados;
Coordenar a construção de protocolos clínicos e de Promover espaços de negociação permanente entre
regulação de acesso nacionais, em parceria com os trabalhadores e gestores, no âmbito estadual e
estados, o Distrito Federal e os municípios, apoiando– regional;
os na utilização dos mesmos;
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
Acompanhar, monitorar e avaliar a atenção básica, nas sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na
demais esferas de gestão, respeitadas as competências sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ações
estaduais, municipais e do Distrito Federal; de adequação de vínculos, onde for necessário,
conforme legislação vigente e apoiando técnica e
Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
financeiramente os municípios na mesma direção;
realizadas pelos municípios, Distrito Federal, estados e
pelo gestor federal, incluindo a permanente avaliação Considerar as diretrizes nacionais para Planos de
dos sistemas de vigilância epidemiológica e ambiental Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS,
em saúde; quando da elaboração, implementação e/ou
reformulação de Planos de Cargos e Salários no âmbito
Normatizar, definir fluxos técnico-operacionais e
da gestão estadual;
supervisionar a rede de laboratórios públicos e privados
que realizam análises de interesse em saúde pública; Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e
gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a
Avaliar o desempenho das redes regionais e de
fixação de trabalhadores de saúde, no âmbito estadual,
referências interestaduais;
notadamente em regiões onde a restrição de oferta
Responsabilizar-se pela avaliação tecnológica em afeta diretamente a implantação de ações estratégicas
saúde; para a atenção básica.
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política de formação e desenvolvimento, participando
DISTRITO FEDERAL no seu financiamento;
Desenvolver estudos quanto às estratégias e promover diretamente ou em cooperação com o
financiamento tripartite de política de reposição da estado, com os municípios da sua região e com a
força de trabalho descentralizada; união, processos conjuntos de educação permanente
em saúde;
Implementar espaços de negociação permanente entre
trabalhadores e gestores, no âmbito do Distrito Federal apoiar e promover a aproximação dos movimentos de
e regional; educação popular em saúde na formação dos
profissionais de saúde, em consonância com as
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
necessidades sociais em saúde;
sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na
sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ações incentivar junto à rede de ensino, no âmbito municipal,
de adequação de vínculos, onde for necessário, a realização de ações educativas e de conhecimento do
conforme legislação vigente; SUS;
Considerar as diretrizes nacionais para Planos de As responsabilidades a seguir serão atribuídas de
Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS, acordo com o pactuado e/ou com a complexidade da
quando da elaboração, implementação e/ou rede de serviços localizada no território municipal
66 reformulação de Planos de Cargos e Salários no âmbito
Articular e cooperar com a construção e implementação
da gestão do Distrito Federal;
de iniciativas políticas e práticas para a mudança na
Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e graduação das profissões de saúde, de acordo com as
de gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a diretrizes do SUS;
fixação de trabalhadores de saúde, no âmbito do
Promover e articular junto às Escolas Técnicas de
Distrito Federal, notadamente em regiões onde a
Saúde uma nova orientação para a formação de
restrição de oferta afeta diretamente a implantação de
profissionais técnicos para o SUS, diversificando os
ações estratégicas para a atenção básica.
campos de aprendizagem;
UNIÃO ESTADOS
Promover, desenvolver e pactuar políticas de gestão do
Formular, promover e apoiar a gestão da educação
trabalho considerando os princípios da humanização,
permanente em saúde e processos relativos à mesma
da participação e da democratização das relações de
no âmbito estadual;
trabalho, apoiando os gestores estaduais e municipais
na implementação das mesmas; Promover a integração de todos os processos de
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à
Desenvolver estudos e propor estratégias e
política de educação permanente, no âmbito da gestão
financiamento tripartite com vistas à adoção de
estadual do SUS;
políticas referentes à força de trabalho descentralizada;
Apoiar e fortalecer a articulação com os municípios e
Fortalecer a Mesa Nacional de Negociação Permanente
entre os mesmos, para os processos de educação e
do SUS como um espaço de negociação entre
desenvolvimento de trabalhadores para o SUS;
trabalhadores e gestores e contribuir para o
desenvolvimento de espaços de negociação no âmbito Articular o processo de vinculação dos municípios às
estadual, regional e/ou municipal; referências para o seu processo de formação e
desenvolvimento;
Adotar vínculos de trabalho que garantam os direitos
sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde na Articular e participar das políticas regulatórias e de
sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ações indução de mudanças no campo da graduação e da
de adequação de vínculos, onde for necessário, especialização das profissões de saúde;
conforme legislação vigente e apoiando técnica e Articular e pactuar com o Sistema Estadual de
financeiramente os estados e municípios na mesma Educação, processos de formação de acordo com as
direção;
necessidades do SUS, cooperando com os demais
Formular, propor, pactuar e implementar as Diretrizes gestores, para processos na mesma direção;
Nacionais para Planos de Carreiras, Cargos e Salários
Desenvolver ações e estruturas formais de educação
no âmbito do Sistema Único de Saúde – PCCS/SUS;
técnica em saúde com capacidade de execução
Propor e pactuar diretrizes para políticas de educação e descentralizada no âmbito estadual;
de gestão do trabalho que favoreçam o provimento e a
fixação de trabalhadores de saúde, no âmbito nacional,
DISTRITO FEDERAL
notadamente em regiões onde a restrição de oferta
afeta diretamente a implantação de ações estratégicas Formular e promover a gestão da educação
para a atenção básica. permanente em saúde e processos relativos à mesma,
orientados pela integralidade da atenção à saúde,
RESPONSABILIDADES NA criando quando for o caso, estruturas de coordenação e
de execução da política de formação e
EDUCAÇÃO NA SAÚDE desenvolvimento, participando no seu financiamento;
Promover a integração de todos os processos de
MUNICÍPIOS capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à
política de educação permanente;
Todo município deve:
Articular e participar das políticas regulatórias e de
formular e promover a gestão da educação permanente
indução de mudanças no campo da graduação e da
em saúde e processos relativos à mesma, orientados
especialização das profissões de saúde;
pela integralidade da atenção à saúde, criando quando
for o caso, estruturas de coordenação e de execução da Articular e cooperar com a construção e implementação
de iniciativas políticas e práticas para a mudança na
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graduação das profissões de saúde, de acordo com as A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo
diretrizes do SUS; com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de
serviços localizada no território municipal
Articular e pactuar com o Sistema Estadual de
Educação, processos de formação de acordo com as Implementar ouvidoria municipal com vistas ao
necessidades do SUS, cooperando com os demais fortalecimento da gestão estratégica do SUS, conforme
gestores, para processos na mesma direção; diretrizes nacionais.
Desenvolver ações e estruturas formais de educação
técnica em saúde com capacidade de execução ESTADOS
descentralizada no âmbito do Distrito Federal;
Apoiar o processo de mobilização social e institucional
Promover e articular junto às Escolas Técnicas de em defesa do SUS;
Saúde uma nova orientação para a formação de
Prover as condições materiais, técnicas e
profissionais técnicos para o SUS, diversificando os
administrativas necessárias ao funcionamento do
campos de aprendizagem;
Conselho Estadual de Saúde, que deverá ser
Apoiar e promover a aproximação dos movimentos de organizado em conformidade com a legislação vigente;
educação popular em saúde da formação dos
Organizar e prover as condições necessárias à
profissionais de saúde, em consonância com as
realização de Conferências Estaduais de Saúde; 67
necessidades sociais em saúde;
Estimular o processo de discussão e controle social no
Incentivar, junto à rede de ensino, a realização de
espaço regional;
ações educativas e de conhecimento do SUS;
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de
saúde;
UNIÃO
Promover ações de informação e conhecimento acerca
Formular, promover e pactuar políticas de educação
do SUS, junto à população em geral;
permanente em saúde, apoiando técnica e
financeiramente estados e municípios no Apoiar os processos de educação popular em saúde,
desenvolvimento das mesmas; com vistas ao fortalecimento da participação social do
SUS;
Promover a integração de todos os processos de
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à Implementar ouvidoria estadual, com vistas ao
política de educação permanente, no âmbito da gestão fortalecimento da gestão estratégica do SUS, conforme
nacional do SUS; diretrizes nacionais.
Propor e pactuar políticas regulatórias no campo da
graduação e da especialização das profissões de saúde; DISTRITO FEDERAL
Articular e propor políticas de indução de mudanças na Apoiar o processo de mobilização social e institucional
graduação das profissões de saúde; em defesa do SUS;
Propor e pactuar com o sistema federal de educação, Prover as condições materiais, técnicas e
processos de formação de acordo com as necessidades administrativas necessárias ao funcionamento do
do SUS, articulando os demais gestores na mesma Conselho Estadual de Saúde, que deverá ser
direção; organizado em conformidade com a legislação vigente;
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Promover ações de informação e conhecimento acerca Ser orientado pelos indicadores, objetivos, metas e
do SUS, junto à população em geral; responsabilidades que compõem o respectivo Termo de
Compromisso de Gestão;
Apoiar os processos de educação popular em saúde,
com vistas ao fortalecimento da participação social do Estabelecer um processo de monitoramento dos
SUS; cronogramas pactuados nas situações onde o
município, estado e DF não tenham condições de
Apoiar o fortalecimento dos movimentos sociais,
assumir plenamente suas responsabilidades no
aproximando-os da organização das práticas da saúde
momento da assinatura do Termo de Compromisso de
e com as instâncias de controle social da saúde;
Gestão;
Formular e pactuar a política nacional de ouvidoria e
Desenvolver ações de apoio para a qualificação do
implementar o componente nacional, com vistas ao
processo de gestão.
fortalecimento da gestão estratégica do SUS.
A operacionalização do processo de monitoramento
IMPLANTAÇÃO E deve ser objeto de regulamentação específica em cada
MONITORAMENTO DOS PACTOS esfera de governo, considerando as pactuações
realizadas.
PELA VIDA E DE GESTÃO
68 A - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DO SUS
Para a implantação destes Pactos ficam acordados os A direção do SUS, em cada esfera de governo, é
seguintes pontos: composta pelo órgão setorial do poder executivo e pelo
A implantação dos Pactos pela Vida e de Gestão, enseja respectivo Conselho de Saúde, nos termos das Leis Nº
uma revisão normativa em várias áreas que serão 8.080/90 e Nº 8.142/1990.
regulamentadas em portarias específicas, pactuadas na O processo de articulação entre os gestores, nos
CIT. diferentes níveis do Sistema, ocorre,
Fica definido o Termo de Compromisso de Gestão, preferencialmente, em dois colegiados de negociação:
Federal, Estadual, do DF e Municipal, como o a Comissão Intergestores Tripartite - CIT e a Comissão
documento de formalização deste Pacto nas suas Intergestores Bipartite - CIB, que pactuarão sobre a
dimensões Pela Vida e de Gestão. organização, direção e gestão da saúde.
O Termo de Compromisso de Gestão, a ser A CIT é composta, paritariamente, por representação
regulamentado em normatização específica, contém as do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de
metas e objetivos do Pacto pela Vida, referidas no item Secretários de Saúde - CONASS e do Conselho Nacional
I deste documento; as responsabilidades e atribuições de Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS,
de cada gestor, constantes do item III e os indicadores sendo um espaço tripartite para a elaboração de
de monitoramento. propostas para a implantação e operacionalização do
SUS.
Os Termos de Compromisso de Gestão devem ser
aprovados nos respectivos Conselhos de Saúde. A CIB, composta igualmente de forma paritária, é
integrada por representação da Secretaria Estadual de
Nos Termos de Compromisso de Gestão Estadual e Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários
Municipal, podem ser acrescentadas as metas Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente é
municipais, regionais e estaduais, conforme pactuação; a instância privilegiada de negociação e decisão quanto
Anualmente, no mês de março, devem ser revistas as aos aspectos operacionais do SUS. Um dos
metas, os objetivos e os indicadores do Termo de representantes dos municípios é, necessariamente, o
Compromisso de Gestão. Secretário de Saúde da Capital. Como parte do
processo de constituição das regiões de saúde devem
O Termo de Compromisso de Gestão substitui o atual ser constituídos Colegiados de Gestão Regionais.
processo de habilitação, conforme detalhamento em
portaria específica. A definição sobre o número de membros de cada CIB
deve considerar as diferentes situações de cada estado,
Fica extinto o processo de habilitação para estados e como número de municípios, número de regiões de
municípios, conforme estabelecido na NOB SUS 01/– saúde, buscando a maior representatividade possível.
96 e na NOAS SUS 2002.
As decisões da CIB e CIT serão tomadas sempre por
Ficam mantidas, até a assinatura do Termo de consenso.
Compromisso de Gestão constante nas Diretrizes
Operacionais do Pacto pela Saúde 2006, as mesmas As conclusões das negociações pactuadas na CIT e na
prerrogativas e responsabilidades dos municípios e CIB serão formalizadas em ato próprio do gestor
estados que estão habilitados em Gestão Plena do respectivo.
Sistema, conforme estabelecido na Norma Operacional As decisões das Comissões Intergestores que versarem
Básica - NOB SUS 01/96 e na Norma Operacional da sobre matéria da esfera de competência dos Conselhos
Assistência à Saúde - NOAS SUS 2002. de Saúde deverão ser submetidas à apreciação do
Conselho respectivo.
B - PROCESSO DE MONITORAMENTO
O processo de monitoramento dos Pactos deve seguir
as seguintes diretrizes:
Ser um processo permanente, de cada ente com
relação ao seu próprio âmbito, dos estados com relação
aos municípios do seu território, dos municípios com
relação ao estado, dos municípios e estado com relação
à União e da união com relação aos estados, municípios
e Distrito Federal;
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
Resumo e Questões comentadas
Lei Orgânica 8.080/90
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
28. (RESIDÊNCIA- EESP – 2014)
25. (2013-Pref. Cacoal/RO-FUNCAB)
A Constituição brasileira estabelece que a saúde é um
dever do Estado e a Lei nº 8.080/1990 dispõe sobre as
atribuições e competências de cada ente da federação.
Marque a alternativa que corresponde a uma
competência dos municípios, de acordo com a Lei
Orgânica da Saúde.
a) coordenar e participar na execução das ações
de vigilância epidemiológica.
b) acompanhar, controlar e avaliar as redes
hierarquizadas do SUS.
c) controlar e fiscalizar os procedimentos dos
serviços privados de saúde.
d) definir e coordenar os sistemas de vigilância
epidemiológica. A figura acima faz alusão às dificuldades e desafios
e) fiscalizar procedimentos, produtos e enfrentados atualmente pelo Sistema Único de Saúde
substâncias de interesse para a saúde. (SUS). O SUS é um sistema de saúde público e
70 universal criado a partir da Constituição Federal
COMENTÁRIOS: Brasileira de 1988, que foi regulamentado pela Lei
Para não ficar repetitivo, vamos utilizar a questão 1 como base, atentando Federal nº 8080/90. Sobre a Lei nº 8080/90, é correto
que agora pede a assertiva correta.
afirmar que:
Inciso XI do artigo 18: “controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços
Dispõe sobre as condições para a prevenção, proteção
privados de saúde”
GABARITO: C e tratamento da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes, e dá
outras providências.
26. (FUNCAB-Pref. Vila Velha/ES-2012)
a) Dispõe sobre a reorientação do modelo de
O princípio da descentralização político-administrativa
atenção à saúde no País, por meio do apoio à
inclui:
Atenção Básica.
a) o acesso aos serviços de saúde em todos os
b) Regula, em todo o território nacional, as ações
níveis de assistência.
e serviços de saúde executados isolada ou
b) a preservação da autonomia das pessoas na
conjuntamente, em caráter permanente ou
defesa de sua integridade física.
eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de
c) a integração em nível executivo das ações de
direito público ou privado.
saúde e meio ambiente.
c) Dispõe sobre as transferências
d) a regionalização e a hierarquização da rede de
intergovernamentais de recursos financeiros
serviços de saúde.
na área da saúde, e dá outras providências.
e) a utilização da epidemiologia para o
d) Estabelece normas para a definição, alteração
estabelecimento de prioridades na saúde.
e suspensão dos valores do limite financeiro
COMENTÁRIOS: global do Município, Estado e Distrito Federal.
A descentralização é uma diretriz e princípio organizativo do SUS, prevista
na CF/88 e na LOS 8.080/90. A LOS 8080/90, traz em seu art. 7º, inciso X, COMENTÁRIOS:
alínea b: De acordo com o artigo 1º da Lei 8.080/90: "Esta lei regula, em todo o
“IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou
esfera de governo: conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; jurídicas de direito Público ou privado."
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde” GABARITO: C
GABARITO: D
COMENTÁRIOS:
O princípio da Universalidade vem afirmar que a Saúde é um direito de todos
e dever do Estado. Logo, o paciente do caso hipotético, bem como qualquer
outro, sem distinção de raça, cor, religião ou preconceito de quaisquer tipos
deverá ter acesso aos serviços do SUS.
GABARITO: B
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c) a gestão do SUS, os hospitais de ensino e os
hospitais de pequeno porte.
d) a atenção básica, a assistência farmacêutica e
a vigilância em saúde.
e) o ambulatório, a atenção em saúde e a
auditoria em saúde.
31. Secretaria de Estado da Saúde/ES (Médico) 34. Assistência Social Banca: CONSULPLAN
2013 Banca: UnB (CESPE) De acordo com o Pacto pela Saúde, são características
Com o estabelecimento do Pacto pela Saúde em 2006, do processo de trabalho das equipes de atenção básica
os estados e municípios, que, antes desse pacto,
recebiam repasses de recursos federais por uma I. assistência básica integral e contínua,
infinidade de maneiras, passaram a receber esses organizada, à população adscrita, com garantia de
recursos por meio de cinco blocos de financiamento. acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial.
Entre esses blocos incluem-se II. definição do território de atuação das UBS.
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10 COISAS
população e ampliar o controle social na defesa da
qualidade de vida.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) alternativa(s)
a) II
b) I, II, III
c) I, II QUE O SUS OFERECE GRATUITAMENTE
d) III
e) II, III E VOCÊ NÃO SABIA!
TEXTO PARA AS QUESTÕES 35 a 37...
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os gestores SUS (Sistema único de saúde) é o nome dado ao
do SUS em torno de prioridades que apresentam sistema de saúde pública no Brasil, que foi
impacto sobre a situação de saúde da população
inspirado num dos maiores sistemas de saúde do
brasileira. Julgue os itens subsequentes quanto às
prioridades pactuadas.
mundo, o do Reino Unido. Conforme estabelecido
pela constituição, é direito de cada cidadão
35. (CESPE) Instituto Nacional de Câncer 2010 receber atendimento gratuito e é dever do
O fortalecimento da média complexidade é uma Estado prover essa condição por meio do SUS.
72 prioridade pactuada.
C. Certo Conheça alguns dados impressionantes
E. Errado alcançados pelo SUS:
Realiza 95% dos transplantes no Brasil
36. (CESPE) Instituto Nacional de Câncer 2010
É uma prioridade pactuada o fortalecimento da
Milhares de pacientes tem atendimento
capacidade de resposta às doenças emergentes e em casa
endemias, com ênfase na dengue, na hanseníase, na Realiza atendimento de 85% dos casos
tuberculose. mais complexos
C. Certo O Brasil é um dos poucos países com
E. Errado sistema público de saúde grátis para
todos
37. (CESPE) Instituto Nacional de Câncer 2010
A redução de doenças sexualmente transmissíveis
(DST) e AIDS é uma das prioridades pactuadas.
Apesar de mais da metade dos brasileiros
C. Certo fazerem uso desse sistema de saúde, muitos não
E. Errado conhecem todos os benefícios que são
oferecidos...
38. (CESPE) Promotor de Justiça 2010
1.
Em relação ao direito sanitário no Brasil, assinale a
opção correta.
a) O planejamento familiar, assegurado no texto
constitucional, é prerrogativa do particular,
sendo vedado ao Estado interferir nesse
aspecto da vida do cidadão por meio de TRATAMENTO DENTÁRIO
políticas públicas. O ministério da saúde por meio do SUS tem oferecido a
b) Entre outros aspectos, o Pacto pela Saúde população em geral assistência bucal com dentistas e
busca qualificar, aperfeiçoar e definir as consultórios capacitados.
responsabilidades sanitárias e a gestão entre Com a elaboração do programa Brasil Sorridente,
os entes federados no âmbito do SUS. criado em 2004, ampliou-se a gama de serviços
c) O conselho de saúde reúne-se a cada quatro oferecidos que vão desde um simples tratamento de
anos e conta com a participação de vários cárie há procedimentos complexos como cirurgias e
segmentos da sociedade. tratamento de canal.
d) O Pacto pela Vida é constituído de ações de Atualmente, mais de 80 milhões de brasileiros foram
caráter secundário relacionadas ao beneficiados. Para obter o tratamento é necessário ir
atendimento exclusivo do idoso. até o posto de saúde de sua cidade e marcar uma
e) No ordenamento jurídico brasileiro, não há consulta.
vedação expressa que impeça a retirada post
2.
mortem de órgãos ou partes do corpo de
pessoas não identificadas.
DIU DE COBRE
O DIU de cobre é classificado como um dos mais
eficazes métodos contraceptivos e pode ser realizado
de forma gratuita pelo SUS. O procedimento consiste
em inserir o dispositivo no interior do útero impedindo
que o espermatozoide fecunde o óvulo. Esse processo é
algo simples e possui duração de 10 anos.
As mulheres indicadas para o uso do DIU de cobre são
aquelas que não podem fazer uso de pílulas
anticoncepcionais devido há efeitos colaterais ou por
quem procura um método facilmente reversível.
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3.
O medicamento clozapina usado por quem sofre do mal
de Parkinson está disponível pelo SUS de acordo com o
ministério da saúde. Esse remédio é necessário para
tratar as crises de psicoses que é um sintoma da
doença.
PÍLULA ANTI-HIV Os maiores benefícios do seu uso é melhorar a
O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer um qualidade de vida do portador, diminuir as
medicamento de nome Truvada que previne contra o hospitalizações, dependência e mortes.
vírus HIV. O medicamento fará parte do programa PrEP
(Profilaxia Pré-Exposição) e beneficiará principalmente
8.
pessoas com maior risco e exposição como: casais soro
diferentes, profissionais do sexo, pessoas transgênero
e homossexuais.
A pílula é composta por 2 medicamentos
antirretrovirais que devem ser ingerida diariamente CIRURGIAS REPARADORAS PARA MULHERES
antes da exposição ao vírus. A proteção começa em QUE SOFRERAM ALGUM TIPO DE VIOLÊNCIA
alguns dias após o inicio do tratamento. Alguns estudos Desde dezembro de 2015, entrou em vigor a nova lei
comprovaram a eficácia do medicamento em mais de que oferece tratamento a mulheres que sofreram
90% quando usada corretamente. algum tipo de agressão. Para o atendimento é preciso 73
estar com o boletim de ocorrência ou um prontuário
4.
médico que confirme a agressão.
Na primeira consulta o médico deverá ajudar e orientar
sobre os tratamentos de recuperação e guia-las a um
hospital ou clínica para o procedimento.
CURSO GRATUITO SOBRE O
9.
USO DE PLANTAS MEDICINAIS
Esse curso foi inicialmente pensado para qualificar
agentes comunitários de saúde visando ajudar no
manejo seguro dessas plantas. Porém, pessoas de
qualquer idade pode se inscrever e participar das aulas. SHANTALA, TERAPIA
Todos os alunos adquirem conhecimento sobre cultivo, DE MASSAGEM PARA BEBÊS
preparo e uso medicinal durante as 80 horas de curso. Uma grande novidade para os pais que usam o Sistema
Único de Saúde é a terapia Shantala, originária da
5.
Índia. Essa técnica consiste em fazer massagem com
movimentos suaves e uso de óleo vegetal no corpo do
bebê.
Tem se constatado que as maiores vantagens são o
aumento do vínculo afetivo entre pais e filhos, deixa o
ADESIVO PARA TRATAMENTO sono tranquilo, elimina gases e acalma o bebê.
CONTRA O ALZHEIMER
Mais de 1 milhão de pessoas portadoras de Alzheimer
10.
no Brasil poderão receber de forma totalmente gratuita
o adesivo de rivastigmina pelo SUS.
Esse adesivo é necessário para quem sofre da doença
já que diminui sintomas como náuseas, perda de
apetite e vômitos. CIRURGIAS ELETIVAS
(SEM GRAU DE URGÊNCIA)
6.
Talvez você já saiba que o SUS oferece várias
operações de urgência e de grande complexidade. Mas
existem cirurgias menores que também são oferecidas
gratuitamente, são elas:
Cirurgia de vasectomia e laqueadura
MEDITAÇÃO E Cirurgia bariátrica (redução de estômago)
TERAPIAS ALTERNATIVAS Cirurgia de hiperidrose (suor excessivo)
Talvez você não conheça, mas o SUS possui alguns Cirurgia de mudança de sexo (está disponível
tratamentos pouco convencionais como medicina para mulheres que não estão satisfeitas com
chinesa, homeopatia, fitoterapia, entre outros. seu corpo e desejam modificar os seios e
Entretanto, o que mais surpreende é o fato desse plano órgão genital)
de saúde gratuito oferecer outras práticas como: Cirurgia de catarata
meditação, ioga, quiropraxia, reiki, reflexoterapia, Cirurgia de silicone mamário (beneficia
ayurveda, shantala, arteterapia, musicoterapia, mulheres que devido ao câncer de mama
biodança, dança circular, osteopatia, naturopatia e tiveram o seio ou parte dele retirado)
terapia comunitária de integração que estão incluídas Cirurgia plástica (a lei 13.239 estabelece que
na Política Nacional de Práticas Interativas e cirurgia plástica reparadora realizada pelo SUS
complementares. não poderá ser cobrada)
7.
Todo ano são feitas mais de 2,2 milhões de cirurgias
desse porte.
Vale ressaltar que os serviços citados acima são
oferecidos de acordo com a secretaria estadual ou
municipal de cada região.
ANTIPSICÓTICO PARA
TRATAMENTO DE PARKINSON
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Você sabia? Independente de qual seja seu plano I – Universalidade.
de saúde você ainda faz uso do SUS II - Integralidade da atenção à saúde.
O SUS atua em várias áreas da vida do cidadão III – Igualdade.
brasileiro mesmo que isso seja desconhecido. Por IV – Equidade.
exemplo, você usa o SUS quando vai há uma padaria V – Solidariedade.
inspecionada pela vigilância sanitária, ou quando os Verifica-se que estão corretos:
agentes de saúde fazem vistoria na sua casa contra o a) I, II e IV, apenas.
mosquito da dengue, ao comprar remédios, b) I, II e V, apenas.
desinfetantes ou cosméticos, ao ser resgatado pelos c) II, III, IV e V, apenas.
bombeiros ou SAMU depois de um acidente. Além de d) II e IV, apenas.
usufruir dos serviços oferecidos para prevenção e e) III, IV e V, apenas.
melhoria da saúde e se você estiver infectado com
qualquer tipo de IST.
43. Ano: 2016 Banca: KLC Órgão: Prefeitura de
Alto Piquiri – PR Prova: Técnico em Enfermagem
A direção do Sistema Único de Saúde – SUS – é única,
de acordo com a Constituição Federal. No âmbito da
União, essa direção será exercida pelo seguinte órgão:
74 a) Ministério Público
b) Vigilância Sanitária
c) Ministério do Planejamento
d) Ministério da Previdência Social
39. Ano: 2016 Banca: IDHTEC Órgão: Prefeitura e) Ministério da Saúde
de Itaquitinga – PE (Técnico em Enfermagem)
Quanto à Lei 8080/90, indique a alternativa 44. Banca: AMEOSC 2016 Órgão: Prefeitura de
INCORRETA: Palma Sola – SC Prova: Assistente Social
a) Os objetivos dizem respeito à finalidade e a Não é um objetivo do Sistema Único de Saúde SUS:
justificativa estatal para existência do SUS. a) A identificação e divulgação dos fatores
b) Seus princípios são valores jurídicos e condicionantes e determinantes da saúde.
fisiológicos que orientam as ações do SUS. b) A erradicação das diferenças sociais salutares
c) A gestão diz respeito à hiperestrutura orgânica e o equilíbrio equânime das diferenças etárias.
encarregada de executar as políticas do c) A formulação de política de saúde destinada a
sistema. promover, nos campos econômico e social, a
d) A competência e as atribuições são divididas observância do disposto no § 1º do art. 2º
entre as esferas federais, estaduais e desta lei.
municipais. d) A assistência às pessoas por intermédio de
e) O subsistema de atenção indígena é mantido ações de promoção, proteção e recuperação
com recursos da União, podendo os Estados e da saúde, com a realização integrada das
Municípios atuarem complementarmente no ações assistenciais e das atividades
custeio e execução de ações. preventivas.
40. Ano: 2016 Banca: UFCG Órgão: UFCG 45. CONSULPLAN 2016 Órgão: Prefeitura de
Prova: Técnico em Enfermagem Cascavel – PR (Agente Comunitário de Saúde)
Em saúde, especificamente, as desigualdades sociais se São competências da direção nacional do Sistema
apresentam como desigualdades diante do adoecer e Único de Saúde, EXCETO:
do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de redução a) Formular, avaliar e apoiar políticas de
dessas desigualdades, de modo a garantir condições de alimentação e nutrição.
vida e saúde mais iguais para todos. À necessidade de b) Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos
se “tratar desigualmente os desiguais” de modo a se e substâncias de interesse para a saúde.
alcançar a igualdade de oportunidades de c) Planejar, organizar, controlar e avaliar as
sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social ações e os serviços de saúde e gerir e
entre os membros de uma sociedade, abarcado pelo executar os serviços públicos de saúde.
Sistema Único de Saúde, traduz o princípio: d) Participar da definição de normas, critérios e
a) Integralidade. padrões para o controle das condições e dos
b) Universalidade. ambientes de trabalho e coordenar a política
c) Hierarquização. de saúde do trabalhador.
d) Equidade. e) Participar na formulação e na implementação
e) Igualdade. das políticas: de controle das agressões ao
meio ambiente; de saneamento básico; e
41. 2016 Banca: UFCG Órgão: UFCG relativas às condições e aos ambientes de
Prova: Auxiliar de Enfermagem trabalho.
O Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser entendido,
primordialmente, como uma “Política de Estado”, 46. Ano: 2016 Banca: IDECAN Órgão: Prefeitura
materializada em 1988, na chamada Constituição de Miraí – MG Prova: Enfermeiro
cidadã, ao considerar a Saúde como um(a) “No âmbito do sistema nacional de saúde é um
a) Dever do Estado. princípio que se evidencia, por exemplo, no
b) Direito de cidadania. atendimento aos indivíduos de acordo com suas
c) Direito de Cidadania e um dever do Estado. necessidades, oferecendo mais a quem mais precisa e
d) Política pública. menos a quem requer menos cuidados.” Trata-se de:
e) Direito à saúde. a) Equidade.
b) Universalidade.
42. Ano: 2016 Banca: UFCG Órgão: UFCG c) Descentralização.
Prova: Auxiliar de Enfermagem d) Participação popular.
O Sistema Único de Saúde (SUS) assume e consagra
os princípios finalísticos da:
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E SUS
47. Ano: 2016 Órgão: Prefeitura de Monte Azul transferência de recursos do INAMPS para os estados,
Paulista – SP Prova: Técnico em Enfermagem Distrito Federal e municípios.
Conforme a lei nº 8.080/90: Art. 5º São objetivos do II. Uma das principais contribuições da Norma
Sistema Único de Saúde SUS: Operacional de Assistência à Saúde de 2001 foi a
I - a identificação e divulgação dos fatores criação da transferência regular e automática - fundo a
condicionantes e determinantes da saúde; fundo - do teto global da assistência para municípios
II - a formulação de política de saúde em gestão semiplena.
destinada a promover, nos campos econômico e social, III. A Norma Operacional Básica do SUS de
III - a assistência às pessoas por intermédio 1996 estabeleceu o processo de regionalização como
de ações de promoção, proteção e recuperação da estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e
saúde, com a realização integrada das ações de busca de maior equidade.
assistenciais e das atividades preventivas. Está correto apenas o que se afirma em:
É CORRETO afirmar que: a) III. b) I e II. c) I. d) II e III e) II
a) A afirmativa l está correta.
b) As afirmativas I e II estão corretas. 51. Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH
c) As afirmativas I, II e III estão corretas. Prova: Enfermeiro
d) Nenhuma das alternativas. De acordo com as disposições legais acerca das
distribuições das vagas nos Conselhos de Saúde, as
48. Ano: 2016 Órgão: Prefeitura de Monte Azul entidades dos trabalhadores da área da saúde devem 75
Paulista – SP Prova: Técnico em Enfermagem ter representatividade de:
O Pacto pela Saúde define prioridades articuladas e a) 25%. b) 20%. c) 10%. d) 15%. e) 50%.
integradas em três componentes: Pacto pela Vida,
Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. 52. Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH
Referente ao Pacto de Vida assinale a alternativa Prova: Enfermeiro
CORRETA: Situações que condicionavam o acesso do usuário aos
a) Passa por um movimento de repolitização da serviços públicos de saúde, como a necessidade de
saúde, com clara estratégia de mobilização estarem formalmente inseridos no mercado de
social vinculada ao processo de instituição da trabalho, foram legalmente excluídas com as
saúde como direito de cidadania, tendo o disposições constitucionais acerca do SUS e com a Lei
financiamento público da saúde como um de n° 8.080/1990 por meio do seguinte princípio:
seus pontos centrais. a) regionalização.
b) É constituído por um conjunto de b) universalidade.
compromissos sanitários, traduzidos em c) hierarquização.
objetivos de processos e resultados, derivados d) descentralização.
da análise da situação de saúde do país e das e) integralidade.
prioridades definidas pelos governos federal,
estadual e municipais. 53. Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH
c) Estabelece as responsabilidades de cada ente Prova: Enfermeiro
federado, de forma a tornar mais claro quem De acordo com o Decreto n° 7.508, de junho de 2011,
deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o é correto afirmar que o Contrato Organizativo da ação
fortalecimento da gestão compartilhada e Pública da Saúde tem como objeto a:
solidária do SUS. a) pactuação dos aspectos operacionais,
d) Nenhuma das alternativas. financeiros e administrativos da gestão
compartilhada do SUS, de acordo com a
49. Ano: 2016 Banca: FAUEL Órgão: CISMEPAR – definição da política de saúde dos entes
PR Prova: Técnico em Enfermagem federativos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) pode ser entendido a b) definição das responsabilidades dos entes
partir da seguinte imagem: um núcleo comum, que federativos na Rede de Atenção à Saúde, de
concentra os princípios doutrinários, e uma forma de acordo com o seu porte demográfico.
organização e operacionalização, que são os princípios c) organização e a integração das ações e dos
organizativos. Assinale a alternativa correta sobre serviços de saúde, sob a responsabilidade dos
quais são os princípios do SUS. entes federativos em uma Região de Saúde.
a) Princípios doutrinários: humanização, d) adequação dos critérios para o planejamento
despotismo e integralidade. Princípios integrado das ações e serviços de saúde da
organizativos: regionalização e hierarquização. Região de Saúde.
b) Princípios doutrinários: universalidade, e) escolha das diretrizes gerais sobre Regiões de
equidade e integralidade. Princípios Saúde, integração de limites geográficos,
organizativos: regionalização e hierarquização. referência e contra referência.
c) Princípios doutrinários: universalidade,
equidade e integralidade. Princípios 54. Ano: 2016 Banca: FUNCAB
organizativos: centralização e hierarquização. Órgão: EMSERH Prova: Enfermeiro
d) Princípios doutrinários: universalidade, Marque a alternativa que corresponde a uma
equidade e fracionalidade. Princípios competência da direção municipal do Sistema Único de
organizativos: regionalização e hierarquização. Saúde.
a) Coordenar os sistemas de vigilância sanitária.
50. Ano: 2016 Banca: FUNCAB b) Formar consórcios administrativos
Órgão: EMSERH Prova: Enfermeiro intermunicipais.
As Normas Operacionais do SUS foram instrumentos c) Promover articulações com os órgãos
utilizados para a definição de estratégias e movimentos educacionais.
tático-operacionais que reorientavam a d) Formular políticas de alimentação e nutrição.
operacionalidade do Sistema Único de Saúde. Sobre e) Coordenara política de saúde do trabalhador
essas normas analise as afirmativas a seguir.
I. A Norma Operacional Básica do SUS 01/91
estabeleceu o instrumento convenial como a forma de
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O registro do usuário através das informações
fornecidas por ele mesmo é, de fato, importantíssimo.
É através dessas informações que o Ministério da
Saúde pode analisar as condições de saúde dos
usuários. Além disso, são essas informações que
permitem que o Ministério da Saúde organize e
reformule a rede pública de saúde para melhor atender
os pacientes.
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Para que isso seja realizado, é necessário que tanto os
usuários como também os profissionais se registrem no
Sistema Único de Saúde. Para se registrar no SUS, é
necessário fornecer algumas informações básicas. Após
realizar o registro, usuários e profissionais recebem um
número da carteirinha do SUS, o qual não deve ser
perdido ou extraviado, pois esse corresponde ao
número nacional de identificação do Sistema Único de
Saúde.
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