Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sistemas de
Gestão
SISTEMAS DE GESTÃO
___________________________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
1- Gestão de Pessoas......................................................................................................................................................2
2- Gestão da qualidade e modelo de excelência gerencial..........................................................................................12
3- Gestão de Projetos...................................................................................................................................................16
4- Gestão de Processos................................................................................................................................................21
5- Gestão e Controle....................................................................................................................................................30
6- Gestão Ambiental....................................................................................................................................................40
SISTEMAS DE GESTÃO
1-GESTÃO DE PESSOAS.
Outro aspecto importante da gestão de pessoas é a comunicação eficaz. Isso inclui não
apenas transmitir informações de forma clara e transparente, mas também ouvir
atentamente as preocupações e sugestões dos funcionários. Uma comunicação aberta
e honesta contribui para a construção de um ambiente de confiança e colaboração.
Por fim, a gestão de pessoas também lida com questões relacionadas à diversidade e
inclusão, garantindo que a empresa promova a igualdade de oportunidades e respeite
as diferenças individuais. Isso não apenas é ético e justo, mas também traz benefícios
tangíveis para a organização, como uma maior inovação e criatividade.
2
SISTEMAS DE GESTÃO
Na década de 1950, o foco na gestão de pessoas expandiu-se para incluir a motivação,
a satisfação no trabalho e o desenvolvimento de habilidades. O surgimento de teorias
como a Teoria X e Teoria Y de Douglas McGregor delineou duas visões contrastantes
sobre a natureza humana no trabalho: uma que via os funcionários como
intrinsecamente desmotivados e preguiçosos (Teoria X) e outra que os via como
naturalmente motivados e interessados no trabalho (Teoria Y).
Atualmente, a gestão de pessoas está cada vez mais interligada com as estratégias de
negócios e é reconhecida como um fator crítico para o sucesso organizacional. As
empresas buscam abordagens mais holísticas e orientadas para o desenvolvimento
humano, reconhecendo que investir no bem-estar e no crescimento dos funcionários
não apenas aumenta a produtividade e a eficiência, mas também promove a inovação,
a resiliência organizacional e a sustentabilidade a longo prazo.
3
SISTEMAS DE GESTÃO
Gestão da Diversidade e Inclusão: Refere-se às práticas e políticas destinadas a
promover a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho, reconhecendo e
valorizando as diferenças individuais de gênero, etnia, idade, orientação sexual,
habilidades, entre outros, e garantindo oportunidades iguais para todos os
colaboradores.
Esses são apenas alguns dos conceitos básicos que fundamentam a prática da gestão
de pessoas e que são essenciais para o sucesso organizacional e o desenvolvimento
do capital humano.
4
SISTEMAS DE GESTÃO
Tempo Médio de Contratação: Tempo necessário para preencher uma vaga desde
a abertura do processo seletivo até a contratação do candidato selecionado. Esse
indicador pode ajudar a identificar a eficiência do processo de recrutamento e
seleção.
5
SISTEMAS DE GESTÃO
Esses são apenas alguns exemplos de indicadores de gestão de pessoas que podem
ser úteis para monitorar e avaliar o desempenho e o impacto das práticas de RH em
uma organização. A escolha dos indicadores mais relevantes dependerá dos objetivos
estratégicos e das necessidades específicas de cada empresa.
Recrutamento:
Definição de Vagas: Começa com a identificação das necessidades de pessoal e a
definição clara das habilidades, experiências e competências necessárias para o cargo.
Fontes de Recrutamento: Envolve a identificação de fontes potenciais de candidatos,
como anúncios de emprego, sites de emprego, redes sociais, indicações de
funcionários, feiras de emprego, agências de recrutamento, entre outros.
Divulgação da Vaga: A vaga é divulgada nas fontes de recrutamento selecionadas, com
informações detalhadas sobre o cargo, requisitos e processo de candidatura.
Triagem de Currículos: Os currículos recebidos são analisados para identificar os
candidatos que atendem aos critérios estabelecidos para o cargo.
Seleção:
Entrevistas: Os candidatos selecionados passam por uma ou mais entrevistas, onde são
avaliados quanto às suas qualificações, habilidades técnicas e comportamentais,
experiências anteriores e adequação cultural à organização.
Testes e Avaliações: Podem incluir testes psicométricos, avaliações de habilidades
específicas, testes de personalidade ou outros instrumentos de avaliação para verificar
a adequação do candidato ao cargo.
Referências: Verificação das referências profissionais dos candidatos para confirmar
suas qualificações e experiências anteriores.
Tomada de Decisão: Com base nas entrevistas, testes e referências, os gestores de
recrutamento e seleção decidem quais candidatos são mais adequados para o cargo.
Integração:
Orientação e Treinamento: O novo funcionário passa por um processo de integração,
que pode incluir orientação sobre políticas e procedimentos da empresa, treinamento
em habilidades específicas, apresentação aos colegas de trabalho e familiarização com
o ambiente de trabalho.
O recrutamento e seleção de pessoas desempenha um papel crucial na contratação de
talentos qualificados e na construção de equipes eficazes dentro de uma organização.
Um processo bem estruturado e eficiente pode contribuir significativamente para o
sucesso e crescimento da empresa.
6
SISTEMAS DE GESTÃO
O recrutamento interno e externo são duas abordagens distintas para atrair candidatos
para as vagas disponíveis em uma organização. As técnicas utilizadas em cada
abordagem podem variar, e abaixo estão os conceitos e algumas das principais técnicas
associadas a cada uma:
Recrutamento Interno:
O recrutamento interno envolve a identificação e seleção de candidatos dentro da
própria organização para preencher as vagas disponíveis. Isso pode incluir funcionários
que já ocupam cargos na empresa ou que estejam em posições de menor
responsabilidade e buscam progredir na carreira dentro da organização.
7
SISTEMAS DE GESTÃO
organização, da disponibilidade de talentos no mercado e da cultura organizacional. O
uso de técnicas de recrutamento e seleção adequadas é essencial para atrair os
candidatos certos e garantir o sucesso do processo de contratação.
Análise de Cargos:
Identificação das Funções: Começa-se identificando os diferentes cargos existentes na
organização e as funções que cada um desempenha.
Coleta de Dados: Os dados são coletados por meio de entrevistas, observação no local
de trabalho, questionários e análise de documentos para entender as atividades
realizadas, habilidades necessárias e responsabilidades do cargo.
Análise das Tarefas: As tarefas específicas associadas a cada cargo são analisadas em
detalhes, incluindo sua frequência, complexidade, importância e interações com outros
cargos e departamentos.
Identificação de Requisitos: São identificados os conhecimentos, habilidades,
experiências, competências técnicas e comportamentais necessárias para realizar com
sucesso as tarefas do cargo.
Avaliação das Condições de Trabalho: Considera-se também as condições físicas,
ambientais e emocionais do trabalho, bem como os riscos e exigências do cargo.
Descrição de Cargos:
Elaboração do Documento: Com base na análise de cargos, elabora-se um documento
que descreve detalhadamente as responsabilidades, tarefas, requisitos e condições de
trabalho associadas a cada cargo na organização.
Informações Incluídas: A descrição do cargo geralmente inclui informações como título
do cargo, resumo das responsabilidades, principais atividades e tarefas, requisitos de
formação e experiência, competências necessárias, condições de trabalho e relatórios
de linha e supervisão.
Padronização: É importante padronizar o formato e o conteúdo das descrições de
cargos para garantir consistência e clareza em toda a organização.
Revisão e Atualização: As descrições de cargos devem ser revisadas regularmente para
garantir que estejam atualizadas e reflitam com precisão as mudanças nas
responsabilidades, requisitos e condições de trabalho dos cargos.
8
SISTEMAS DE GESTÃO
implementação de programas de capacitação, e a avaliação dos resultados alcançados.
Alguns conceitos básicos incluem:
9
SISTEMAS DE GESTÃO
Avaliação de Reação: Medição da satisfação e feedback dos participantes sobre o
programa de treinamento, por meio de questionários de avaliação e entrevistas.
Estabelecimento de Expectativas:
Definição de Objetivos: Estabelecimento de metas e objetivos claros e mensuráveis para
cada colaborador, alinhados aos objetivos estratégicos da organização.
Definição de Competências: Identificação das competências e habilidades essenciais
necessárias para o desempenho eficaz no cargo.
Avaliação de Desempenho:
Monitoramento do Desempenho: Acompanhamento contínuo do desempenho dos
colaboradores por meio de observações diretas, feedbacks regulares, revisões de
desempenho e avaliações formais.
Avaliação dos Resultados: Comparação do desempenho dos colaboradores com as
metas estabelecidas, as expectativas de desempenho e as competências necessárias
para o cargo.
Feedback e Coaching:
Feedback Construtivo: Fornecimento de feedback regular e específico sobre o
desempenho dos colaboradores, destacando pontos fortes e áreas de melhoria.
Coaching e Apoio: Oferta de suporte e orientação aos colaboradores para ajudá-los a
desenvolver suas habilidades, superar desafios e alcançar seus objetivos de
desempenho.
10
SISTEMAS DE GESTÃO
Elaboração de Planos de Ação: Desenvolvimento de planos de desenvolvimento
individualizados, com metas específicas, atividades de aprendizagem e prazos para
melhorar o desempenho.
Reconhecimento e Recompensas:
Reconhecimento do Desempenho: Reconhecimento e valorização dos esforços e
conquistas dos colaboradores por meio de elogios, elogios públicos e recompensas
tangíveis.
Recompensas e Incentivos: Oferta de incentivos financeiros, promoções ou outras
recompensas para os colaboradores que alcançam um desempenho excepcional.
A gestão por competências é uma abordagem estratégica para gerir o capital humano
de uma organização, focada no desenvolvimento e na avaliação das competências dos
colaboradores em relação aos objetivos organizacionais. Aqui está uma visão geral e
alguns conceitos básicos:
Visão Geral:
Conceitos Básicos:
11
SISTEMAS DE GESTÃO
comunicação, liderança, trabalho em equipe) ou contextuais (adaptação à cultura
organizacional, entendimento do mercado).
12
SISTEMAS DE GESTÃO
Uma das principais características do Modelo de Excelência Gerencial é sua abordagem
holística e integrada, que reconhece a interdependência entre diferentes áreas e
processos dentro da organização. Ele também promove a aprendizagem organizacional
e a melhoria contínua, incentivando as organizações a identificarem oportunidades de
inovação e aperfeiçoamento em todos os níveis.
Walter A. Shewhart:
Considerado o pai do controle estatístico de qualidade, Shewhart desenvolveu o
conceito de ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) como uma abordagem sistemática para a
melhoria contínua dos processos.
Shewhart foi um estatístico americano que trabalhou na Bell Telephone Laboratories.
Ele é amplamente reconhecido por suas contribuições para o controle estatístico de
processos. Shewhart desenvolveu o conceito de variação controlável e incontrolável,
introduzindo o gráfico de controle como uma ferramenta para monitorar a estabilidade
dos processos. Ele também é conhecido por desenvolver o ciclo PDCA (Plan-Do-Check-
Act), que se tornou uma base para a melhoria contínua.
W. Edwards Deming:
Reconhecido por suas contribuições para a transformação da indústria japonesa após
a Segunda Guerra Mundial, Deming enfatizou a importância da liderança, do controle
estatístico de processo e da melhoria contínua. Ele também é conhecido pelos famosos
"14 pontos" para a gestão da qualidade.
Deming foi um estatístico e consultor americano que teve um impacto significativo na
indústria japonesa após a Segunda Guerra Mundial. Ele enfatizou a importância da
qualidade na gestão organizacional e introduziu o conceito de "14 pontos" para a gestão
da qualidade, que incluía princípios como constância de propósito, melhoria contínua e
eliminação de barreiras entre departamentos. Seus ensinamentos foram fundamentais
para o desenvolvimento do movimento de qualidade total no Japão e em todo o mundo.
Joseph M. Juran:
Juran foi outro pioneiro na gestão da qualidade, que enfatizou a importância do
planejamento da qualidade, do controle de processos e da gestão por objetivos. Ele é
conhecido por desenvolver o conceito de "Trilogia Juran", que inclui planejamento da
qualidade, controle da qualidade e melhoria da qualidade.
Juran contribuiu significativamente para o desenvolvimento da gestão da qualidade. Ele
enfatizou a importância do planejamento da qualidade, do controle estatístico de
processos e da gestão por objetivos. Juran é conhecido por desenvolver a "Trilogia
13
SISTEMAS DE GESTÃO
Juran", que se concentra em planejamento da qualidade, controle da qualidade e
melhoria da qualidade. Ele também foi um defensor do conceito de "custo da qualidade"
e da importância de medir e reduzir os custos associados aos defeitos e falhas.
Philip B. Crosby:
Crosby é conhecido por popularizar o conceito de "fazer certo na primeira vez" e por sua
ênfase na prevenção de defeitos. Ele introduziu o programa de gestão da qualidade total
conhecido como "zero defeitos".
Crosby foi um autor e consultor americano conhecido por popularizar o conceito de "zero
defeitos" e por sua ênfase na prevenção de defeitos desde o início. Ele argumentava
que a qualidade não era apenas uma questão técnica, mas também uma questão de
atitude e comprometimento organizacional. Crosby também desenvolveu o programa de
gestão da qualidade total conhecido como "zero defeitos", que visava eliminar
completamente os defeitos e erros nos processos.
Kaoru Ishikawa:
Ishikawa foi um dos principais contribuintes para a metodologia de resolução de
problemas e análise de causa raiz. Ele é conhecido por desenvolver a ferramenta
diagrama de Ishikawa, também conhecida como diagrama de causa e efeito ou
diagrama de espinha de peixe.
Ishikawa foi um engenheiro e professor japonês que teve um papel fundamental no
desenvolvimento da gestão da qualidade no Japão. Ele é conhecido por suas
contribuições para a metodologia de resolução de problemas e análise de causa raiz.
Ishikawa desenvolveu a ferramenta do diagrama de Ishikawa, também conhecido como
diagrama de causa e efeito ou diagrama de espinha de peixe, que é amplamente
utilizada para identificar e analisar as causas de problemas e defeitos nos processos.
Genichi Taguchi:
Taguchi é conhecido por seus trabalhos na área de projeto robusto e controle da
qualidade, desenvolvendo métodos para minimizar a variação e melhorar a qualidade
dos produtos.
Taguchi foi um engenheiro e estatístico japonês conhecido por seus trabalhos na área
de projeto robusto e controle da qualidade. Ele desenvolveu métodos para minimizar a
variação nos processos de fabricação e melhorar a qualidade dos produtos. Taguchi
enfatizou a importância de projetar produtos e processos que fossem robustos e
resistentes a variações, para garantir a qualidade e a satisfação do cliente.
Esses são apenas alguns dos principais teóricos cujas contribuições foram
fundamentais para o desenvolvimento da gestão da qualidade como a conhecemos
hoje. Suas ideias e abordagens continuam a influenciar a prática da gestão da qualidade
em organizações ao redor do mundo.
14
SISTEMAS DE GESTÃO
organiza as causas em categorias como método, mão de obra, máquina, ambiente, etc.,
permitindo uma análise abrangente das causas raízes.
Diagrama de Pareto: O diagrama de Pareto é uma técnica gráfica usada para priorizar
os problemas ou causas, mostrando a frequência ou a importância relativa de cada um.
Ele ajuda as equipes a focarem seus esforços nas questões que têm o maior impacto.
Diagrama de Dispersão: Esta ferramenta é usada para visualizar a relação entre duas
variáveis. Pode ajudar a identificar padrões, correlações ou tendências nos dados, o
que pode ser útil para prever ou controlar o desempenho do processo.
5 Porquês: Esta é uma técnica simples, mas poderosa, usada para identificar a causa
raiz de um problema. Ela envolve fazer repetidas perguntas "por quê" até que a causa
raiz subjacente seja identificada.
Análise de FMEA (Failure Mode and Effects Analysis): A FMEA é uma técnica
sistemática usada para identificar e avaliar potenciais falhas em um processo, produto
ou sistema, e seus efeitos sobre a qualidade e o desempenho.
Cartas de Fluxo de Valor: As cartas de fluxo de valor são usadas para mapear
visualmente o fluxo de materiais e informações em um processo, identificando áreas de
desperdício e oportunidades de melhoria na eficiência.
Essas são apenas algumas das muitas ferramentas disponíveis para a gestão da
qualidade. A escolha das ferramentas certas depende do problema específico que está
sendo abordado, dos dados disponíveis e das necessidades da organização.
15
SISTEMAS DE GESTÃO
3- GESTÃO DE PROJETOS.
Durante a execução do projeto, o gerente de projeto lidera a equipe para garantir que
as atividades sejam concluídas de acordo com o plano estabelecido. Isso pode envolver
a coordenação de diferentes partes interessadas, alocação de recursos, resolução de
problemas e acompanhamento do progresso do projeto em relação aos marcos e
objetivos definidos.
Além disso, a comunicação é fundamental na gestão de projetos para garantir que todas
as partes interessadas estejam alinhadas e informadas sobre o progresso do projeto,
mudanças de escopo, problemas identificados e outras questões relevantes.
3.1 Modelos.
16
SISTEMAS DE GESTÃO
Modelo Incremental: O modelo incremental divide o projeto em partes menores,
chamadas incrementos, que são desenvolvidas e entregues incrementalmente ao longo
do tempo. Cada incremento adiciona novas funcionalidades ou melhorias ao produto ou
serviço, permitindo que os clientes recebam valor mais cedo e forneçam feedback para
orientar o desenvolvimento futuro.
Modelo Kanban: O modelo Kanban é uma abordagem visual para gerenciar o fluxo de
trabalho em um projeto. Ele usa quadros Kanban para visualizar e acompanhar as
tarefas, limitando o trabalho em progresso e otimizando o fluxo de trabalho. O modelo
Kanban é especialmente útil para equipes que lidam com fluxos de trabalho contínuos
e não lineares.
Esses são apenas alguns dos modelos de gestão de projetos disponíveis, e cada um
tem suas próprias vantagens, desafios e aplicabilidades. A escolha do modelo certo
depende da natureza do projeto, das necessidades das partes interessadas e das
preferências da equipe de projeto. Em muitos casos, as organizações podem optar por
adaptar e personalizar modelos existentes para melhor atender às suas necessidades
específicas.
3.2 Etapas.
A gestão de projetos envolve uma série de etapas que são geralmente seguidas para
garantir que os projetos sejam planejados, executados e concluídos com sucesso. Aqui
estão as principais etapas:
17
SISTEMAS DE GESTÃO
Execução: Nesta fase, o plano do projeto é implementado. Isso envolve a coordenação
de recursos, a realização das atividades do projeto de acordo com o cronograma
estabelecido, a comunicação regular com as partes interessadas e a resolução de
problemas que surgem durante a execução do projeto.
Essas são as principais etapas da gestão de projetos, mas é importante notar que o
processo pode variar dependendo da natureza e complexidade do projeto, bem como
das metodologias específicas de gerenciamento de projetos utilizadas pela organização.
O sucesso de um projeto muitas vezes depende da eficácia com que essas etapas são
planejadas, executadas, monitoradas e controladas ao longo do ciclo de vida do projeto.
3.3 Elaboração.
18
SISTEMAS DE GESTÃO
Análise de Valor Agregado (Earned Value Analysis - EVA): Esta técnica compara o valor
planejado do trabalho realizado com o valor real, ajudando a determinar se o projeto
está dentro do orçamento e do cronograma planejados. Ela fornece indicadores como o
CPI (Cost Performance Index) e o SPI (Schedule Performance Index) para avaliar o
desempenho do projeto.
19
SISTEMAS DE GESTÃO
Análise de Impacto de Risco: Esta técnica avalia os riscos identificados no projeto para
determinar seu potencial impacto nas metas do projeto. Isso permite priorizar os riscos
e desenvolver planos de resposta adequados.
Análise de Causa Raiz: Esta técnica investiga as causas subjacentes dos problemas
identificados no projeto. Ela ajuda a determinar por que os problemas ocorreram e a
desenvolver soluções eficazes para evitá-los no futuro.
Essas são apenas algumas das muitas técnicas de análise da gestão de projetos
disponíveis. A escolha das técnicas apropriadas depende das necessidades específicas
do projeto, dos objetivos de análise e das informações disponíveis. A aplicação
consistente dessas técnicas ao longo do ciclo de vida do projeto ajuda a garantir que os
projetos sejam entregues com sucesso, dentro do prazo, do orçamento e dos requisitos
definidos.
20
SISTEMAS DE GESTÃO
incluir a análise de métricas de desempenho, como produtividade, utilização de recursos
e eficácia das práticas de gerenciamento de projetos.
Análise de valor agregado (EVA): A análise de valor agregado é uma técnica comum
utilizada na avaliação de projetos para comparar o valor planejado do trabalho realizado
com o valor real, ajudando a determinar se o projeto está dentro do orçamento e do
cronograma planejados.
4- GESTÃO DE PROCESSOS:
21
SISTEMAS DE GESTÃO
organizacionais. Isso pode incluir o uso de sistemas de gestão de processos (BPM),
softwares de automação de fluxo de trabalho e ferramentas de colaboração online.
Análise de Valor: A análise de valor é uma técnica usada na abordagem por processos
para identificar as atividades que agregam valor aos clientes e eliminar aquelas que não
agregam valor ou são desnecessárias. Isso ajuda a simplificar e otimizar os processos,
tornando-os mais eficientes e eficazes.
22
SISTEMAS DE GESTÃO
Medição e Monitoramento: A abordagem por processos também enfatiza a importância
da medição e monitoramento do desempenho dos processos. Isso envolve o
estabelecimento de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relacionados aos
processos e a análise regular dos dados para identificar tendências, padrões e áreas de
preocupação.
Esses são alguns dos principais conceitos associados à abordagem por processos. Ao
adotar essa abordagem, as organizações podem melhorar sua eficiência operacional,
qualidade dos produtos e serviços, satisfação do cliente e capacidade de se adaptar às
mudanças no ambiente de negócios.
Mapeamento de Processos:
Diagrama de Fluxo de Processo (Flowchart): É uma representação visual dos passos e
decisões de um processo. Ele ajuda a entender a sequência de atividades, identificar
pontos de decisão e visualizar o fluxo de informações ou materiais.
Mapa de Processos: É uma representação gráfica de todos os subprocessos de um
processo maior, mostrando a interconexão entre eles. Isso permite uma visão mais
abrangente e detalhada do processo.
Modelagem BPMN (Business Process Model and Notation): É uma linguagem de
modelagem padronizada para processos de negócios, que inclui símbolos para
representar diferentes elementos do processo, como atividades, decisões, eventos e
fluxos de informações.
Análise de Processos:
Análise de Valor Agregado (Earned Value Analysis - EVA): É uma técnica para avaliar
o desempenho do projeto em relação ao plano inicial, comparando o valor planejado do
trabalho realizado com o valor real.
Análise de Causa Raiz: Ajuda a identificar as causas fundamentais de problemas ou
falhas nos processos, permitindo a implementação de soluções eficazes.
Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats): Permite avaliar os
pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de um processo, identificando áreas de
melhoria e riscos potenciais.
Melhoria de Processos:
Reengenharia de Processos: Envolve a revisão radical e redesenho de processos
existentes para alcançar melhorias significativas de desempenho, como redução de
custos, aumento da qualidade ou aumento da eficiência.
Seis Sigma: É uma metodologia estruturada para melhorar a qualidade dos processos,
reduzindo a variabilidade e minimizando defeitos ou erros.
Lean Manufacturing: Baseia-se na eliminação de desperdícios e na maximização do
valor para o cliente, através da identificação e eliminação de atividades que não
agregam valor.
Kaizen: Significa "melhoria contínua" em japonês, envolvendo a implementação de
mudanças incrementais e contínuas nos processos para alcançar melhorias graduais
ao longo do tempo.
Essas são apenas algumas das muitas técnicas disponíveis para mapeamento, análise
e melhoria de processos. A escolha das técnicas adequadas depende das necessidades
específicas do processo e dos objetivos de melhoria da organização. É importante
23
SISTEMAS DE GESTÃO
também que as técnicas sejam aplicadas de forma integrada e contínua, para garantir
resultados sustentáveis e eficazes.
Testes de Hipóteses: Os testes de hipóteses são usados para fazer inferências sobre a
população com base em uma amostra de dados. Eles ajudam a determinar se as
diferenças observadas entre grupos são estatisticamente significativas ou se podem ter
ocorrido apenas por acaso. Isso pode ser útil para avaliar a eficácia de mudanças ou
melhorias implementadas nos processos.
Essas são apenas algumas das técnicas estatísticas aplicadas ao controle e à melhoria
de processos. Ao aplicar essas técnicas de forma eficaz, as organizações podem
identificar áreas de oportunidade de melhoria, entender as causas de problemas nos
processos e tomar decisões baseadas em dados para otimizar o desempenho e a
qualidade dos processos.
24
SISTEMAS DE GESTÃO
4.4 BPM.
Modelagem de Processos: Uma vez que os processos são identificados, eles são
modelados visualmente usando técnicas como diagramas de fluxo de processo. Esses
modelos ajudam a documentar e comunicar como os processos são executados,
identificando atividades, participantes, fluxos de trabalho e interações.
25
SISTEMAS DE GESTÃO
4.5 Administração Financeira.
26
SISTEMAS DE GESTÃO
desempenho, cada um focado em aspectos específicos da organização. Aqui estão
alguns tipos comuns de indicadores de desempenho e suas variáveis associadas:
Indicadores Financeiros:
Variáveis: Receita total, lucro líquido, margem de lucro, retorno sobre o investimento
(ROI), liquidez, endividamento, capital de giro, custo por unidade produzida, entre
outros.
Indicadores Operacionais:
Variáveis: Tempo de ciclo de produção, taxa de utilização de recursos, produtividade
por funcionário, taxa de defeitos ou retrabalho, eficiência operacional, tempo médio de
atendimento ao cliente, entre outros.
Indicadores de Qualidade:
Variáveis: Taxa de satisfação do cliente, número de reclamações, taxa de defeitos ou
erros, tempo médio entre falhas (MTBF), tempo médio de reparo (MTTR), conformidade
com normas ou padrões de qualidade, entre outros.
Indicadores de Recursos Humanos
Variáveis: Rotatividade de funcionários, taxa de absenteísmo, custo de recrutamento e
seleção, satisfação do funcionário, produtividade por funcionário, horas de treinamento
por funcionário, entre outros.
Alavancagem Operacional:
A alavancagem operacional refere-se à relação entre os custos fixos e os custos
variáveis de uma empresa.
Quanto maior a proporção de custos fixos em relação aos custos variáveis, maior será
a alavancagem operacional.
O objetivo da alavancagem operacional é aumentar os lucros da empresa quando as
vendas aumentam, pois os custos fixos permanecem constantes, resultando em uma
maior margem de contribuição e, consequentemente, em maior lucro.
No entanto, a alavancagem operacional também pode aumentar as perdas quando as
vendas diminuem, pois os custos fixos ainda precisam ser cobertos, resultando em uma
diminuição da margem de contribuição e, portanto, em uma redução dos lucros ou até
mesmo em prejuízos.
27
SISTEMAS DE GESTÃO
Alavancagem Financeira:
A alavancagem financeira refere-se ao uso de dívida para financiar as operações ou
investimentos de uma empresa.
Ao alavancar financeiramente, uma empresa pode ampliar seus retornos sobre o
patrimônio líquido ao usar fundos de terceiros (dívida) que cobram uma taxa de juros
menor do que o retorno gerado pelo investimento.
No entanto, a alavancagem financeira também aumenta o risco financeiro da empresa,
pois ela agora tem obrigações de pagamento de juros e principal da dívida,
independentemente de seu desempenho operacional.
Um alto nível de alavancagem financeira pode aumentar significativamente os retornos
dos acionistas quando o retorno sobre os ativos excede o custo da dívida, mas também
pode ampliar as perdas quando o retorno sobre os ativos é insuficiente para cobrir os
custos da dívida.
28
SISTEMAS DE GESTÃO
As principais atividades do planejamento financeiro de longo prazo incluem a elaboração
de planos de investimento de capital, análise de viabilidade de projetos, avaliação de
riscos financeiros, planejamento de sucessão e estruturação de financiamento de longo
prazo.
O objetivo do planejamento financeiro de longo prazo é garantir que a empresa tenha
os recursos financeiros necessários para crescer, se expandir e alcançar seus objetivos
estratégicos a longo prazo, ao mesmo tempo em que mantém uma posição financeira
sólida e sustentável.
Balanço Patrimonial:
O balanço patrimonial é um dos principais documentos financeiros de uma empresa e
mostra sua posição financeira em um determinado momento, geralmente no final do ano
fiscal.
Ele consiste em três seções principais: ativos, passivos e patrimônio líquido. Os ativos
representam os recursos que a empresa possui, os passivos são as obrigações que a
empresa deve e o patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos após a
dedução de todos os passivos.
A análise do balanço patrimonial ajuda a entender a estrutura financeira da empresa,
sua capacidade de pagar suas obrigações e a composição de seu patrimônio líquido.
Análise Vertical:
A análise vertical envolve a comparação de cada item das demonstrações financeiras
com um total correspondente, geralmente a receita total para a DRE e o total do ativo
para o balanço patrimonial.
Isso permite que os analistas vejam a proporção de cada item em relação ao total,
facilitando a identificação de tendências ou padrões significativos.
Análise Horizontal:
A análise horizontal envolve a comparação de dados financeiros ao longo de vários
períodos de tempo para identificar tendências e mudanças ao longo do tempo.
29
SISTEMAS DE GESTÃO
Isso permite que os analistas vejam como os números financeiros da empresa evoluíram
ao longo do tempo e avaliem sua consistência e direção.
5- GESTÃO E CONTROLE.
Artigo 70:
Este artigo estabelece os princípios e diretrizes gerais para o controle externo e interno
da administração pública.
Define que o controle externo será exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio dos
Tribunais de Contas, e pelo sistema de controle interno de cada poder.
Artigo 71:
Este artigo detalha as competências do Congresso Nacional no exercício do controle
externo, incluindo a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta.
Estabelece que o controle externo será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas,
aos quais compete emitir parecer prévio sobre as contas prestadas pelo Presidente da
República e pelos gestores de recursos públicos.
30
SISTEMAS DE GESTÃO
31
SISTEMAS DE GESTÃO
Artigo 72:
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante
de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de
investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá
solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias,
preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes,
a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a
matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o
gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Artigo 73:
Este artigo trata da composição do Tribunal de Contas da União e seus ministros.
Artigo 74:
Este artigo dispõe sobre o controle interno no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário, estabelecendo que cada Poder manterá sistema de controle interno com a
finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União.
Determina que os resultados do controle interno serão levados ao conhecimento do
Tribunal de Contas da União e ao Congresso Nacional.
32
SISTEMAS DE GESTÃO
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Controle Interno:
O controle interno é realizado dentro de cada entidade da administração pública,
incluindo os três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e suas respectivas esferas
(federal, estadual e municipal).
Sua finalidade principal é avaliar a legalidade, a legitimidade, a eficiência, a eficácia e a
economicidade dos atos administrativos, bem como a aplicação de recursos públicos.
O controle interno tem a responsabilidade de avaliar e monitorar as atividades da
entidade, identificar e corrigir irregularidades e fornecer informações para subsidiar a
tomada de decisões.
É exercido por órgãos internos, como auditorias internas e unidades de controle interno,
que estão sujeitos à autoridade e à coordenação do órgão central do sistema de controle
interno de cada ente federativo.
Controle Externo:
O controle externo é realizado por entidades independentes da administração pública,
com a finalidade de fiscalizar e controlar as atividades dos poderes e órgãos estatais.
No Brasil, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio dos
Tribunais de Contas, conforme estabelecido na Constituição Federal.
O controle externo abrange a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial dos recursos públicos, bem como a apreciação das contas prestadas pelos
gestores públicos.
Os Tribunais de Contas têm a competência para emitir parecer prévio sobre as contas
do Presidente da República e dos gestores de recursos públicos, além de julgar a
legalidade dos atos de gestão fiscal.
Tribunais de Contas:
33
SISTEMAS DE GESTÃO
Sua natureza jurídica é peculiar, pois possuem características de órgãos
administrativos, judiciais e políticos, sendo responsáveis por realizar a fiscalização
externa da gestão dos recursos públicos.
As decisões dos Tribunais de Contas possuem eficácia jurídica e podem gerar
consequências administrativas e jurídicas para os gestores públicos, como a reprovação
das contas, aplicação de sanções e recomendações de correções.
No entanto, suas decisões podem ser objeto de recurso ao Poder Legislativo ou ao
Poder Judiciário, conforme previsto na legislação aplicável.
Em suma, o controle interno e externo, juntamente com os Tribunais de Contas,
desempenha papéis complementares na fiscalização e no controle da administração
pública, garantindo a transparência, a legalidade e a eficiência na gestão dos recursos
públicos. As decisões dos Tribunais de Contas têm eficácia jurídica e são fundamentais
para a responsabilização dos gestores públicos.
34
SISTEMAS DE GESTÃO
Desafios e Tendências Futuras:
Apesar das vantagens do paradigma pós-burocrático, ele enfrenta desafios, como
resistência à mudança, falta de recursos, burocracia residual e dificuldade em medir
resultados.
As tendências futuras incluem a integração de abordagens tradicionais e pós-
burocráticas, o fortalecimento da governança colaborativa e o uso crescente de
tecnologia para transformar a gestão pública.
Em resumo, a evolução da Administração Pública do modelo racional-legal ao
paradigma pós-burocrático representa uma mudança de uma abordagem rígida e
hierárquica para uma abordagem mais flexível, participativa e orientada para resultados,
buscando maior eficiência, eficácia e qualidade na prestação de serviços públicos.
Esses são quatro modelos históricos distintos de Estado, cada um com características
próprias que refletem diferentes formas de organização e intervenção estatal na
sociedade. Vou descrever brevemente cada um deles:
Estado Regulador:
Este modelo de Estado enfatiza a regulação econômica e social como forma de
promover o desenvolvimento econômico sustentável, proteger os direitos dos
consumidores, garantir a concorrência justa e promover o bem-estar geral.
O Estado atua como árbitro neutro no mercado, estabelecendo regras e regulamentos
para orientar o comportamento das empresas e dos indivíduos, e intervindo quando
necessário para corrigir falhas de mercado ou abusos de poder econômico.
35
SISTEMAS DE GESTÃO
Este modelo valoriza a eficiência econômica, a liberdade individual e a responsabilidade
social, buscando equilibrar os interesses dos diferentes atores da sociedade.
Esses modelos de Estado representam diferentes abordagens para o exercício do poder
e a organização da sociedade, refletindo diferentes valores, ideologias e contextos
históricos. O desenvolvimento e a evolução do Estado ao longo do tempo
frequentemente envolvem a transição entre esses modelos, à medida que as condições
políticas, sociais e econômicas mudam.
Empreendedorismo Governamental:
O empreendedorismo governamental refere-se à aplicação de princípios
empreendedores na gestão pública, incluindo a busca por oportunidades, a inovação, a
visão estratégica e a disposição para correr riscos.
Isso envolve a promoção de uma cultura organizacional que valorize a criatividade, a
experimentação e a flexibilidade, incentivando os servidores públicos a buscar soluções
inovadoras para os problemas enfrentados pela sociedade.
O empreendedorismo governamental pode incluir iniciativas como programas de
aceleração de startups públicas, laboratórios de inovação, parcerias com o setor privado
e a sociedade civil, e o estímulo à criação de políticas públicas baseadas em evidências
e resultados.
36
SISTEMAS DE GESTÃO
Os processos participativos de gestão pública podem fortalecer a democracia, aumentar
a eficácia das políticas públicas e promover uma maior responsabilidade e
responsividade por parte do governo às necessidades e demandas dos cidadãos.
Em resumo, o empreendedorismo governamental, a promoção de novas lideranças no
setor público e os processos participativos de gestão pública são elementos essenciais
para a modernização e o fortalecimento da administração pública, possibilitando a busca
por soluções inovadoras, eficazes e responsáveis para os desafios enfrentados pela
sociedade.
Acesso à Informação:
A transparência envolve garantir que os cidadãos tenham acesso fácil e oportuno a
informações relevantes sobre as atividades e decisões do governo.
Isso inclui a divulgação de documentos oficiais, relatórios, dados estatísticos,
orçamentos, contratos públicos, decisões judiciais e outros registros administrativos.
Publicidade dos Atos Administrativos:
Accountability e Responsabilização:
A transparência promove a prestação de contas por parte dos agentes públicos,
permitindo que os cidadãos avaliem e responsabilizem seus representantes pelas ações
e decisões tomadas.
Isso pode incluir a realização de auditorias independentes, investigações de denúncias
de corrupção e o estabelecimento de mecanismos de controle e monitoramento do uso
dos recursos públicos.
Participação Cidadã:
A transparência na administração pública também incentiva a participação ativa dos
cidadãos no processo de tomada de decisão.
Isso pode ser facilitado por meio de consultas públicas, audiências, fóruns de discussão,
conselhos consultivos e outras formas de engajamento cívico.
Promoção da Integridade e Ética:
37
SISTEMAS DE GESTÃO
Tecnologia e Inovação:
A tecnologia desempenha um papel crucial na promoção da transparência na
administração pública, permitindo a disseminação rápida e eficiente de informações por
meio de plataformas online, portais de transparência e ferramentas de dados abertos.
O uso de tecnologia também pode facilitar a análise e a interpretação de grandes
volumes de dados governamentais, aumentando a eficácia da transparência e do
controle social.
Em resumo, a transparência na administração pública é essencial para fortalecer a
democracia, promover a responsabilidade e a confiança no governo e garantir o uso
eficaz e ético dos recursos públicos. É um princípio fundamental que deve ser promovido
e protegido em todas as esferas do poder público.
Controle Social:
O controle social refere-se à participação ativa dos cidadãos na fiscalização,
monitoramento e avaliação das políticas públicas e das ações governamentais.
Ele envolve o engajamento cívico, a organização da sociedade civil e o uso de
mecanismos formais e informais para influenciar as decisões do governo e
responsabilizar os representantes eleitos.
O controle social pode ser exercido por meio de diferentes formas, como manifestações,
petições, denúncias, audiências públicas, monitoramento de políticas públicas e
participação em conselhos e comissões consultivas.
Cidadania:
A cidadania refere-se aos direitos, deveres e responsabilidades dos indivíduos como
membros de uma comunidade política.
Isso inclui o direito de voto, liberdade de expressão, liberdade de associação, acesso à
informação, participação na vida pública e o dever de respeitar as leis e normas da
sociedade.
Ser um cidadão ativo implica não apenas exercer seus direitos, mas também contribuir
para o bem comum, respeitar a diversidade, promover a justiça social e participar
ativamente na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
38
SISTEMAS DE GESTÃO
Eles permitem que os cidadãos participem ativamente na tomada de decisões,
influenciem as políticas públicas e contribuam para o fortalecimento da governança
democrática.
Em resumo, o controle social e a cidadania são elementos fundamentais para fortalecer
a democracia e promover uma sociedade mais justa, igualitária e participativa. Eles
garantem que os cidadãos tenham voz ativa na vida pública e possam responsabilizar
os governantes pelo cumprimento de seus compromissos e pela gestão transparente e
eficiente dos recursos públicos.
39
SISTEMAS DE GESTÃO
A "accountability" promove uma cultura de aprendizado e melhoria contínua na
administração pública, onde os erros são identificados, corrigidos e utilizados como
lições para evitar problemas semelhantes no futuro.
Os cidadãos têm mais confiança nas instituições públicas quando percebem que os
gestores públicos são responsáveis e eficazes na prestação de serviços essenciais, o
que contribui para uma maior legitimidade do governo e fortalece a democracia como
um todo.
6- GESTÃO AMBIENTAL.
A gestão ambiental é uma abordagem holística para lidar com as interações entre a
atividade humana e o meio ambiente, visando promover o desenvolvimento sustentável
e a conservação dos recursos naturais. Envolve uma série de atividades e práticas
destinadas a minimizar os impactos negativos das atividades humanas no meio
ambiente e a promover práticas que protejam e preservem os ecossistemas naturais.
40
SISTEMAS DE GESTÃO
41
SISTEMAS DE GESTÃO
Esses diferentes aspectos do meio ambiente estão interconectados e interdependentes,
e a gestão adequada de cada um deles é essencial para garantir um equilíbrio
sustentável entre as necessidades humanas e a conservação dos recursos naturais e
culturais do planeta.
Recursos Naturais:
Os recursos naturais são os elementos e materiais encontrados na natureza que são
utilizados pelos seres humanos para satisfazer suas necessidades e desenvolver suas
atividades econômicas.
Eles podem ser divididos em dois tipos principais: renováveis e não renováveis.
Recursos naturais renováveis são aqueles que podem ser regenerados ou
reabastecidos ao longo do tempo, como água, ar, solo, florestas, energia solar, vento e
biomassa.
Recursos naturais não renováveis são aqueles que são esgotados gradualmente e não
podem ser substituídos no mesmo ritmo em que são utilizados, como petróleo, gás
natural, minerais e minérios.
A gestão sustentável dos recursos naturais e do meio ambiente é essencial para garantir
o bem-estar humano, a resiliência dos ecossistemas e a sustentabilidade das atividades
econômicas a longo prazo.
42
SISTEMAS DE GESTÃO
6.3 Conceitos de biodiversidade e desenvolvimento sustentável;
Biodiversidade:
A biodiversidade, ou diversidade biológica, refere-se à variedade de vida na Terra,
incluindo a diversidade de espécies de plantas, animais, fungos e microrganismos, bem
como a diversidade genética dentro de cada espécie e a diversidade de ecossistemas.
A biodiversidade é essencial para manter a saúde dos ecossistemas e garantir os
serviços ecossistêmicos que sustentam a vida no planeta, como a polinização de
culturas, a regulação do clima, a purificação da água e a provisão de alimentos,
medicamentos e materiais de construção.
A perda de biodiversidade, causada principalmente pela destruição do habitat,
mudanças climáticas, poluição, espécies invasoras e exploração insustentável dos
recursos naturais, representa uma ameaça significativa à estabilidade dos ecossistemas
e à sobrevivência de muitas espécies.
Desenvolvimento Sustentável:
O desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento que visa satisfazer as
necessidades das gerações presentes sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de satisfazer suas próprias necessidades.
Ele busca promover o equilíbrio entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais do
desenvolvimento, reconhecendo que o crescimento econômico não pode ocorrer à
custa da degradação ambiental ou da desigualdade social.
O desenvolvimento sustentável envolve a promoção de práticas e políticas que levem
em consideração os limites ecológicos do planeta, garantindo que os recursos naturais
sejam utilizados de forma equitativa e eficiente e que os impactos ambientais sejam
minimizados.
43
SISTEMAS DE GESTÃO
6.4 Significado de direitos culturais.
A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) é uma lei brasileira que estabelece os
princípios e diretrizes para a proteção, conservação e preservação do meio ambiente.
Seus objetivos e instrumentos visam promover o desenvolvimento sustentável e garantir
a qualidade ambiental para as presentes e futuras gerações. Aqui estão os principais
pontos relacionados aos objetivos e instrumentos da PNMA:
44
SISTEMAS DE GESTÃO
Objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente:
Preservação e Conservação Ambiental: Promover a preservação e a conservação dos
recursos naturais e da biodiversidade, assegurando a manutenção dos ecossistemas
saudáveis e a proteção dos habitats naturais.
Desenvolvimento Sustentável: Conciliar o desenvolvimento econômico e social com a
proteção ambiental, garantindo que as atividades humanas não comprometam os
recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas.
Qualidade Ambiental: Promover a melhoria e a manutenção da qualidade ambiental,
prevenindo a poluição e minimizando os impactos negativos das atividades humanas
sobre o meio ambiente.
Educação Ambiental: Promover a conscientização e a educação ambiental,
incentivando a participação ativa da sociedade na proteção e conservação do meio
ambiente.
Uso Sustentável dos Recursos Naturais: Promover o uso racional e sustentável dos
recursos naturais, garantindo sua disponibilidade para as gerações futuras.
Instrumentos Técnicos:
Licenciamento Ambiental: Processo pelo qual o poder público avalia e autoriza a
instalação, ampliação ou operação de empreendimentos ou atividades que
possam causar impactos significativos ao meio ambiente.
Zoneamento Ambiental: Delimitação de áreas com diferentes níveis de proteção
ambiental, visando orientar o uso do solo e o desenvolvimento de atividades
compatíveis com as características e potencialidades ambientais de cada região.
Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e Relatórios de Impacto Ambiental (RIMA):
Avaliação técnica dos impactos ambientais de projetos ou atividades
potencialmente impactantes, conforme exigido pelo processo de licenciamento
ambiental.
Monitoramento Ambiental: Coleta e análise de dados sobre a qualidade do ar,
água, solo e biodiversidade, visando avaliar os impactos das atividades humanas
sobre o meio ambiente e orientar ações de prevenção e controle da poluição.
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE): Instrumento de ordenamento territorial
que integra aspectos ambientais, sociais e econômicos, visando orientar o uso
sustentável dos recursos naturais e o desenvolvimento regional.
Instrumentos Econômicos:
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA): Mecanismos financeiros que
incentivam a conservação e preservação ambiental, compensando proprietários
rurais e comunidades locais pela prestação de serviços ecossistêmicos, como a
proteção de nascentes e áreas de recarga hídrica.
Taxas e Impostos Ambientais: Instrumentos econômicos que visam internalizar os
custos ambientais das atividades produtivas, desestimulando práticas poluidoras
e incentivando a adoção de tecnologias limpas e sustentáveis.
Mercados de Carbono: Sistemas de compra e venda de créditos de carbono, que
permitem às empresas compensar suas emissões de gases de efeito estufa
financiando projetos de redução de emissões ou de reflorestamento.
45
SISTEMAS DE GESTÃO
Estrutura do SISNAMA:
Conselho de Governo:
É composto pelo Presidente da República, pelos Governadores dos Estados, pelo
Prefeito do Distrito Federal e pelos Ministros de Estado pertinentes ao meio ambiente.
Tem a função de formular diretrizes e políticas para o meio ambiente, bem como de
deliberar sobre normas e padrões ambientais.
Funcionamento do SISNAMA:
O SISNAMA opera de forma descentralizada, com a participação dos diferentes entes
federativos (União, Estados, Distrito Federal e municípios) e da sociedade civil na
gestão ambiental.
Os órgãos ambientais atuam de forma integrada, compartilhando informações, recursos
e responsabilidades para promover a proteção e conservação do meio ambiente.
O funcionamento do SISNAMA é orientado pelos princípios da participação social,
transparência, eficiência e sustentabilidade, visando garantir uma gestão ambiental
eficaz e democrática.
46
SISTEMAS DE GESTÃO
cooperação entre os diferentes níveis de governo, da participação ativa da sociedade
civil e do compromisso com o desenvolvimento sustentável.
47
SISTEMAS DE GESTÃO
Esses são apenas alguns dos principais aspectos abordados na Lei nº 6.938/1981. Ela
representa um marco na legislação ambiental brasileira, estabelecendo os fundamentos
para a proteção e gestão ambiental no país e servindo como base para a criação de
outras legislações e políticas ambientais ao longo dos anos.
A seguir, apresento alguns dos pontos mais relevantes abordados pelo Decreto nº
99.274/1990:
Licenciamento Ambiental
Estabelece as diretrizes e procedimentos para o licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades potencialmente poluidores, conforme previsto na Lei nº
6.938/1981.
Fiscalização Ambiental:
Regulamenta as ações de fiscalização ambiental realizadas pelos órgãos competentes,
estabelecendo procedimentos para inspeção, autuação, aplicação de penalidades e
demais medidas necessárias para garantir o cumprimento da legislação ambiental.
Define as regras para o cadastramento das atividades econômicas que, por sua
natureza, possam causar impactos ambientais significativos, estabelecendo a
obrigatoriedade de registro e atualização periódica das informações.
48
SISTEMAS DE GESTÃO
da gestão ambiental e para a promoção da conservação dos recursos naturais e da
qualidade ambiental no Brasil.
Licenciamento Ambiental:
A resolução estabelece que a instalação, ampliação, modificação e operação de
atividades e empreendimentos que possam causar degradação ambiental devem ser
submetidas ao processo de licenciamento ambiental.
Participação Pública:
Estabelece que o processo de licenciamento ambiental deve garantir a participação da
população, por meio de consultas públicas e audiências, no processo de tomada de
decisão.
49
SISTEMAS DE GESTÃO
6.10 Resolução do CONAMA nº 237.
Definição de Competências:
A resolução estabelece as competências dos órgãos ambientais em diferentes esferas
de governo (federal, estadual e municipal) para o licenciamento ambiental, definindo
suas atribuições e responsabilidades.
Licenciamento Ambiental:
Determina que o licenciamento ambiental é obrigatório para a instalação, ampliação,
modificação e operação de empreendimentos e atividades potencialmente poluidores
ou degradadores do meio ambiente.
Etapas do Licenciamento:
Define as etapas do processo de licenciamento ambiental, desde a apresentação do
pedido de licença até a sua emissão, incluindo a elaboração de estudos ambientais, a
realização de audiências públicas e a análise técnica pelos órgãos ambientais
competentes.
Participação Pública:
Determina a realização de consultas públicas e audiências durante o processo de
licenciamento ambiental, garantindo a participação da população afetada e a
transparência das decisões.
50
SISTEMAS DE GESTÃO
Aqui estão alguns dos principais pontos abordados pela Resolução CONAMA nº 378:
Estudos Ambientais:
Determina a elaboração de estudos ambientais específicos para empreendimentos de
irrigação, incluindo a avaliação dos impactos ambientais, medidas de mitigação e
compensação, e planos de gestão ambiental.
51
SISTEMAS DE GESTÃO
6.12 Lei nº 12651/2012 (Novo Código Florestal).
A seguir, destacarei alguns dos principais pontos abordados pela Lei nº 12.651/2012, o
Novo Código Florestal:
Incentivos à Conservação:
Preconiza a utilização de incentivos econômicos, como a compensação de reserva
legal, a criação de áreas de uso restrito, a doação de áreas para compensação
ambiental, entre outros, como forma de promover a conservação da vegetação nativa.
Licenciamento Ambiental:
Estabelece regras para o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades
potencialmente poluidores, determinando a obrigatoriedade da apresentação do CAR
como documento obrigatório para a obtenção da licença ambiental.
Esses são apenas alguns dos principais pontos abordados pela Lei nº 12.651/2012, o
Novo Código Florestal. A legislação é extensa e detalhada, buscando conciliar o
desenvolvimento econômico com a conservação ambiental, promovendo a
regularização fundiária e a gestão sustentável dos recursos naturais no Brasil.
52
SISTEMAS DE GESTÃO
Aqui estão alguns dos principais pontos abordados pela Lei nº 11.284/2006:
Florestas Públicas:
Define as áreas de florestas públicas passíveis de concessão e manejo, que
compreendem terras devolutas da União, terras indígenas, terras de propriedade da
União e áreas de proteção ambiental.
Concessão Florestal:
Estabelece as regras e procedimentos para a concessão de direito de uso de florestas
públicas para atividades de manejo florestal sustentável, como exploração de madeira,
coleta de produtos não madeireiros, turismo e pesquisa científica.
Participação Social:
Estabelece a participação da sociedade civil nos processos de concessão e manejo de
florestas públicas, garantindo transparência, controle social e consulta às comunidades
afetadas.
Monitoramento e Fiscalização:
Determina a implementação de sistemas de monitoramento e fiscalização para garantir
o cumprimento das normas e condições estabelecidas nos contratos de concessão e
nos planos de manejo.
Desenvolvimento Socioeconômico:
Busca promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão localizadas
as florestas públicas, por meio da geração de emprego e renda, do fortalecimento da
cadeia produtiva florestal e do apoio a atividades de base comunitária.
53
SISTEMAS DE GESTÃO
6.14 Espaços territoriais especialmente protegidos: áreas de preservação permanente
e reserva legal;
54
SISTEMAS DE GESTÃO
Reservas Biológicas: têm como objetivo a preservação integral da biota e demais
atributos naturais, sem interferência humana direta, exceto para atividades de
pesquisa científica e visitação pública, com restrições.
Reservas Extrativistas: têm como objetivo a proteção dos meios de vida e cultura
das populações tradicionais, garantindo o uso sustentável dos recursos naturais.
Esses são alguns dos tipos de unidades de conservação previstos na Lei do SNUC,
cada um com seus objetivos específicos e categorias particulares, visando a
conservação da biodiversidade e dos ecossistemas, além da promoção do
desenvolvimento sustentável.
55