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ESTRATÉGIAS
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Introdução
Você está na unidade Gestão de Pessoas e suas estratégias. Conheça aqui o
contexto histórico da gestão de pessoas nas organizações e o seu contexto dentro da
administração pública. Serão abordadas informações sobre a importância da gestão de
pessoas, seus aspectos estratégicos e suas principais atribuições: agregar, aplicar,
recompensar, desenvolver, manter e monitorar. No fim desta unidade, veremos o perfil
do profissional que atua na área de gestão de pessoas.
Bons estudos!
https://player.vimeo.com/video/439342951
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Pessoas como seres humanos
Possuidoras de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis à
adequada gestão dos demais recursos organizacionais.
as pessoas não fazem somente parte da vida produtiva das organizações. Elas
constituem o princípio essencial de sua dinâmica; conferem vitalidade às atividades e
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processos; inovam, criam, recriam contextos e situações que podem levar a
organização a posicionar-se de maneira competitiva, cooperativa e diferenciada com os
clientes, com outras organizações e no ambiente de negócios em geral.
https://player.vimeo.com/video/439350995
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• treinar e desenvolver talentos para criar uma organização de aprendizagem;
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Figura 1 - Os seis processos da Gestão de Pessoas
Fonte: CHIAVENATO, 2010 (Adaptado).
você sabia?
Um modelo de gestão de pessoas bem estruturado requer objetivos
bem definidos, domínio das técnicas, metodologias atualizadas
constantemente, clareza e objetividade na busca dos resultados
finais, além da percepção dos impactos causados pela atuação das
pessoas (RIBEIRO, 2007 apud GEMELLI; FILIPPIM, 2010).
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como você se avaliaria? Quais seriam seus pontos fracos? E seus pontos fortes?
Comumente, essas questões são direcionadas às pessoas (indivíduos). Mas, e quando
os questionamentos são direcionados à organização, como respondê-los? E quando
tais questionamentos são direcionados para diferentes áreas da organização, o que
fazer?
Figura 2 - Ambiente interno engloba os aspectos de uma organização que se pode controlar
Fonte: vetor stock, Shutterstock, 2020.
você sabia?
O processo de “autorreflexão organizacional” não é uma tarefa fácil,
mas de suma importância para as organizações de qualquer tipo
que desejam ser ativas e prósperas no mercado.
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2.1 A cultura nas organizações
https://player.vimeo.com/video/439195519
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vez mais otimizado. Ainda segundo Sobral (2013), esse processo de desenvolvimento
é realizado em três níveis: desenvolvimento organizacional, desenvolvimento pessoal e
treinamento, conforme figura a seguir.
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desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais
produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O
propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos
influenciando seus comportamentos (CHIAVENATO, 2010, p. 367)
você sabia?
Você sabe quanto as empresas investem em treinamento? Os EUA
já investiram em um ano US$ 55 bilhões em educação corporativa.
No Brasil, o investimento por colaborador vem aumentando nos
últimos anos.
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Leituras – é a técnica mais utilizada. É um meio de comunicação que envolve
uma situação de mão única na qual um instrutor apresenta verbalmente
informações ao grupo de ouvintes.
Sendo assim, percebe-se que as organizações que identificam nos seus servidores
peças chaves para o alcance dos objetivos organizacionais estão cada vez mais
investindo no aprimoramento das competências dos mesmos por meio do treinamento
e desenvolvimento. Quando bem estruturados, alinhados aos objetivos da organização,
agrega para as empresas pessoal qualificado e motivado para a realização de suas
tarefas.
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4. Modelos estratégicos e as cinco forças competitivas
de Porter
Criado em 1980 por Michael Porter, o modelo de “Cinco forças competitivas”
representa o ambiente de competição econômica em que se encontra a empresa, por
meio de cinco elementos que afetam diretamente sua rentabilidade (ou capacidade de
lucro) (VIZEU; GONÇALVES, 2010). Trata-se de um modelo para análise do ambiente
externo, que nos permite visualizar as ameaças e riscos que envolvem a empresa,
possibilitando a concretização de ações para minimizá-los, e nos leva a pensar em
como concorrer e assumir um posicionamento no mercado.
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Figura 4 - O modelo de cinco forças competitivas de Porter
Fonte: VIZEU; GONÇALVES, 2010 (Adaptado)
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Rivalidade entre concorrentes: a competição mais básica entre os concorrentes
diretos de uma empresa. Como se pode ver no modelo, ela afeta as outras forças,
pois os concorrentes brigam por fornecedores e clientes, lançando produtos que
substituem os existentes, ou surgindo como novos entrantes no mercado. Para o
estrategista, as questões-chave a serem pensadas tratam de quem são, quantos
são e como se dá essa rivalidade (se ela ocorre de forma agressiva, altamente
competitiva, ou de forma mais suave, até com possiblidades de cooperação).
Poder de barganha dos clientes: é a força mais afetada pela rivalidade entre
concorrentes, afinal, quanto mais· poder de barganha dos clientes concorrentes,
mais os clientes têm escolhas e poder de negociação, especialmente no mercado
empresarial. Está incluso aqui o poder de barganha dos intermediários, como
atacadistas e varejistas. As questões tratam das escolhas de tamanho e número de
clientes, bem como de seu elemento de escolha: preço, qualidade, serviço etc.
você sabia?
Por tratar de uma série de ameaças existentes no mercado, o
modelo de Cinco forças de Porter pode ser usado em conjunto com
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a matriz SWOT, justamente como uma ferramenta para a análise
das ameaças externas.
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1. A análise deve ir além do momento atual, e saber quais são as forças e fraquezas
que afetam a capacidade de forças fraquezas inovação da empresa, bem como quais
oportunidades e ameaças estão no horizonte.
2. Um elemento-chave para alcançar os objetivos do planejamento é utilizar as forças
da empresa para aproveitar as oportunidades.
3. É possível não só minimizar fraquezas e ameaças, mas também, se houver
planejamento, transformá-las em forças e oportunidades, por exemplo, com
capacitação de pessoal ou investimento num setor.
4. Se não forem minimizadas, as fraquezas se tornarão limitações ao longo do tempo,
incapacitando a empresa.
Os elementos na matriz SWOT devem ser bastante específicos, detalhados. Por
exemplo, apontar como força “liderança de mercado” é muito genérico. É preciso
identificar os elementos que fazem da empresa ser líder de mercado (como maiores
vendas em um setor etc.). O mesmo vale para as fraquezas, oportunidades e ameaças.
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organização (Planejamento Estratégico), seguindo a filosofia e o perfil da organização.
O objetivo do plano é levantar as ações necessárias para preparar os
colaboradores para as necessidades atuais e futuras da organização (LUCENA,
2013).
As organizações que não buscam desenvolver um planejamento de área de gestão de
pessoas podem não desenvolver uma equipe preparada para os desafios, de forma
que as ações de contratação e desenvolvimento de pessoas não são desenvolvidas
em tempo para as mudanças que a empresa necessita realizar. Para iniciar o
planejamento de RH é necessário primeiro a definição da estratégia da empresa,
determinando a missão, visão e valores. A missão é a razão de existir da organização,
o que faz, a quem ela atende. A visão representa os objetivos a longo prazo, as metas.
Os valores são princípios que orientam as decisões das organizações (CHIAVENATO,
2014; SNELL e BOHLANDER, 2009).
Ao definir o que a empresa é e onde deseja chegar, é importante realizar uma análise
ambiental, estudando como são os concorrentes, mudanças no cenário político, nas
tecnologias ou mesmo na maneira de consumir o que a organização produz. Todos
estes elementos devem ser analisados para definir as metas da empresa em seu
planejamento estratégico. A partir dele, são desdobradas as metas para cada área da
organização. A gestão de pessoas tem uma posição bastante estratégica na realização
do plano, pois auxilia todas as áreas a realizarem e alcançarem seus resultados.
Para planejar as necessidades de RH que uma empresa pode ter, é preciso desdobrar
os objetivos em necessidades de pessoas. O primeiro ponto a ser levantado é se há a
necessidade de contratação de novos colaboradores. Esta se justifica quando a
empresa irá crescer e precisa de um número maior de funcionários. Ou quando haverá
novas atividades e tarefas e os colaboradores atuais não têm as competências
adequadas para esses cargos. Nestes casos, o RH deve planejar a contratação de
novos colaboradores.
Alguns fatores são importantes de serem levados em conta no momento do
planejamento das necessidades de recrutamento e seleção. Devem ser estudados os
valores de absenteísmo (horas/dias que os colaboradores estão ausentes) e
rotatividade (índice que representa o quanto as pessoas deixam a empresa). Se estes
valores estiverem altos, as necessidades de seleção serão maiores ao longo do ano,
pois a empresa precisará ter colaboradores a mais para compensar a ausência e para
substituir os que saem da empresa. É indicado que a empresa invista em buscar
melhorar estes índices, com intuito de diminuir os custos com contratação e melhorar o
engajamento dos colaboradores (CHIAVENATO, 2014).
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Também é bastante comum a necessidade de preparar os colaboradores para
mudanças e promoções. É importante levantar as mudanças que a organização
passará e identificar os gaps que os colaboradores possuem. Atualmente, as
empresas passam por mudanças aceleradas e a Gestão de Pessoas deve estar bem
alinhada com as estratégias da empresa em busca de responder ao mercado
desenvolvendo os colaboradores (FLEURY, 2010).
Figura 6 - Planejamento de RH
Fonte: tulpahn, Shutterstock, 2020.
Conclusão
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Nesta unidade, você teve a oportunidade
de:
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2020.
______. Cultura organizacional grandes temas em debate. In: Rev. adm. empres. São
Paulo , v. 31, n. 3, p. 73-82, set, 1991. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
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jan. 2020.
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