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PROPÓSITO
Compreender a conexão existente entre a Estratégia e a Auditoria, com destaque para a
auditoria operacional, que é um dos instrumentos de controle de gestão e melhoria de
desempenho, e sua contribuição para uma melhor visão sistêmica da organização, além da
relevância das atividades de auditoria para a entrega de valor aos clientes de uma
organização.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Neste tema, conheceremos vários pontos que permeiam a auditoria operacional. Faremos,
inicialmente, uma apresentação das bases conceituais da Estratégia e as diversas formas de
planejamento (estratégico, tático e operacional), relacionando-as com o controle de gestão,
dentro do ciclo PDCA.
Veremos, também, a diferença entre o valor agregado e o valor percebido pelo cliente. Nesse
contexto geral, conheceremos o conceito de governança, que direciona as ações de gestão e é
controlada por princípios norteadores do desempenho (eficiência, eficácia, efetividade e
economicidade).
Para maior efetividade do controle de gestão, a auditoria se posiciona como um dos seus
instrumentos mais relevantes, com diversas modalidades, que serão apresentadas de forma
resumida. Dentre elas, a auditoria contábil e a auditoria operacional destacam-se como as mais
utilizadas nas organizações. Você conhecerá essas modalidades com suas respectivas
diferenças.
MÓDULO 1
Descrever a relação entre Estratégia e seu desdobramento em planos
organizacionais com as atividades de auditoria para controle de gestão
Esta terminologia é proveniente da língua grega, a partir da junção dos termos stratos e agos,
que significam multidão e chefia, respectivamente.
SAIBA MAIS
Originalmente, estratégia era um conceito relacionado à liderança de um grupo de pessoas
envolvidas em uma batalha, que seguiam as determinações de seu comandante. A partir dessa
origem histórica, seu significado ampliou-se, contemplando, atualmente, em suas diversas
abordagens, métodos ou ações planejadas e executadas para alcançar resultados.
Esse conceito é usado nas organizações públicas e privadas para maior eficiência na aplicação
de recursos e para atender aos objetivos organizacionais.
DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA
Vamos contextualizar esses conceitos por meio de um exemplo prático, conforme observamos
a figura a seguir:
A Estratégia dessa organização, para atender sua missão e visão, poderia comportar as
seguintes diretrizes:
OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA
PROJETOS
Referem-se a um conjunto de atividades interligadas entre si, com início e término definido,
como, por exemplo, a campanha publicitária de divulgação de um novo perfume ou a
implementação de um sistema de informação dentro da organização.
PROCESSOS DE TRABALHO
PLANEJAMENTO E CONTROLE
ORGANIZACIONAL
O planejamento organizacional é um conjunto de atividades desenvolvidas por todos os
membros de uma organização para que sejam alcançados seus objetivos, com maior eficiência
na aplicação de recursos.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PLANEJAMENTO TÁTICO
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
PLANEJAMENTO TÁTICO
O planejamento tático, por sua vez, define normas, procedimentos e regras de negócios, que
conjugadas com a alocação de recursos técnicos, materiais e financeiros, dentre outros,
oferece condições para que seja operacionalizado o que foi definido no plano estratégico. Sua
principal entrega é o plano tático.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Imagem: Shutterstock.com
DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA
DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA
Imagem: Shutterstock.com
Imagem: Shutterstock.com
CONTROLE DE GESTÃO
Nesta etapa, são monitorados o planejamento e execução dos projetos e processos, para fins
de correção de ações durante a execução. De modo complementar, a auditoria, de forma
sistemática e permanente, avalia os resultados dos projetos e processos para apresentar
recomendações.
MELHORIAS
Imagem: Shutterstock.com
VALOR AGREGADO E DESEMPENHO COM
FOCO NO CLIENTE
O planejamento organizacional tem como objetivo a entrega de produtos e serviços que
atendam às necessidades e expectativas dos clientes. Com base nesse planejamento, a
organização apresenta resultados com valor agregado, que podem ter valor percebido
diferente.
VALOR AGREGADO
Este conceito remete aos gastos decorrentes de custos e despesas na linha de produção,
benefícios oferecidos, acrescidos da margem de lucro do fornecedor de produtos e serviços.
Dessa forma, a organização planeja estabelecer um patamar de valor agregado a partir do
conjunto de gastos que o cliente terá para dispor daquele produto ou serviço que, todavia, pode
não corresponder às expectativas do cliente.
Em diversas situações, ponderamos que um produto é muito caro, isto é, não vale a pena
pagar aquela quantia. Ou nos deparamos com um produto com preço muito abaixo do que
esperávamos. Nas duas situações, em tese, o valor agregado pela organização não encontra
respaldo no primeiro momento da verdade, em que o cliente vislumbra o produto almejado.
VALOR PERCEBIDO
O valor percebido, por sua vez, refere-se à percepção de valor do cliente. Nesta condição, o
cliente tem a percepção de que o gasto que ele terá na aquisição daquele produto compensa o
que se paga. Assim, temos a aplicação do conceito de valor percebido, que é feito pelo cliente.
Obviamente, essa percepção de valor varia de pessoa para pessoa e depende também dos
esforços da organização em atender seu segmento de clientes. Na busca pela maior
lucratividade, a organização precisa ter foco no cliente, para identificar suas demandas, em
detrimento do foco no produto, que nem sempre contribui para que o planejamento do valor
agregado resulte em valor percebido pelo cliente.
GOVERNANÇA E GESTÃO
As organizações devem atuar de acordo com o seu plano estratégico para atender às
necessidades e expectativas de seus clientes, em relação a produtos e serviços com valor
agregado. Entretanto, de que forma essas organizações, públicas ou privadas, podem ser
direcionadas de forma a atender tais demandas?
Por meio da governança, que é uma forma de direcionar a gestão na seleção de boas práticas
que contribuam para a entrega de valor, respeitando-se os interesses das partes interessadas.
De forma similar, a Administração Pública, por meio do Tribunal de Contas da União, que é o
órgão que exerce controle externo dos órgãos e empresas públicas, incorporou o conceito de
governança na administração pública como um conjunto de “mecanismos de liderança,
estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da
gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da
sociedade”.
A governança deve ser o fio condutor da gestão, por meio de ações de direcionamento,
monitoramento e avaliação que contribuem, mediante normativas, processos e estruturas
organizacionais para a entrega de resultados para os seus clientes.
Diante os conceitos apresentados, quais seriam as diferenças entre governança e gestão?
Governança Gestão
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A governança define os rumos que devem ser seguidos na gestão, que, por sua vez, planeja,
executa, monitora e executa ações corretivas para a entrega de resultados e o atendimento
das diretrizes definidas pela governança.
GESTÃO E CONTROLE
A gestão da organização é realizada com base nos planejamentos estratégico, tático e
operacional, que seguem as diretrizes definidas pela governança. Nesse contexto, devemos
recordar que o ciclo PDCA se aplica às três formas de planejamento, conforme figura abaixo:
EFICIÊNCIA
EFICÁCIA
ECONOMICIDADE
EFETIVIDADE
EFICIÊNCIA
A eficiência pode ser mensurada pela relação existente entre as entregas de produtos e
serviços, atendidos determinados requisitos de qualidade, e os recursos consumidos em sua
produção, em determinado espaço temporal.
EFICÁCIA
ECONOMICIDADE
EFETIVIDADE
A FUNÇÃO DA AUDITORIA NA
ORGANIZAÇÃO
A FUNÇÃO DA AUDITORIA NA
ORGANIZAÇÃO
Neste vídeo, o especialista Pedro Hikaru Oishi explicará e exemplificará a função da auditoria
na organização.
O ciclo PDCA apresenta uma etapa de monitoramento de atividades que pode ser feito nas três
formas de planejamento organizacional. Nesta abordagem, a auditoria se insere como uma das
atividades desenvolvidas para monitorar o planejamento e a execução. Todavia, deve-se
diferenciar o monitoramento de atividades, que ocorre durante a execução da atividade, da
função específica da auditoria, executada de forma concomitante ou após a execução dos
processos de trabalho sem interferir diretamente no alcance de resultados. Essa atuação
desvinculada da execução da atividade privilegia a segregação das funções de planejamento e
execução da função de monitoramento específico, proporcionado pela auditoria.
COMENTÁRIO
Essa segregação é uma prática salutar de gestão para que determinada função não seja
impregnada pelo viés cognitivo de outra função. Assim, quem executa não participa do controle
e vice-versa.
A auditoria se insere no ciclo PDCA para contribuir, de forma direta ou indireta, com o alcance
de objetivos organizacionais, atendendo aos princípios de eficiência, eficácia, economicidade e
efetividade. Para que sua colaboração traga melhores contribuições, não deve participar de
atos de gestão.
A auditoria tem o objetivo de aumentar o grau de confiança dos usuários nas demonstrações
contábeis, nos relatórios financeiros e patrimoniais, atuando também na avaliação de
conformidade e desempenho da organização. Para o desenvolvimento de suas atividades, atua
no que é chamado de objeto da auditoria, que consiste na coletânea de documentos,
registros financeiros, contábeis e patrimoniais que dão legitimidade aos atos da administração,
de acordo com Franco e Marra (2011). Esse objeto é avaliado de acordo com critérios
preestabelecidos.
A partir desses critérios, os auditores analisam e coletam evidências que são encontradas
para embasar a construção de suas conclusões e elaboração do relatório de auditoria. A
identificação de evidências que sejam relevantes e confiáveis é denominada trabalho de
asseguração, que pode ser realizado de duas formas:
ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL
ASSEGURAÇÃO LIMITADA
ASSEGURAÇÃO RAZOÁVEL
ASSEGURAÇÃO LIMITADA
TRABALHO DE ASSEGURAÇÃO
Imagem: Pedro Hikaru Oishi, adaptado da norma NBC TA Estrutura Conceitual do CFC.
Figura 6 – Normas de asseguração.
MODALIDADES DE AUDITORIA
As auditorias podem ser classificadas de diferentes formas. Contudo, apresentaremos uma
classificação baseada na seguinte abordagem:
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AUDITORIA GERAL
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AUDITORIA PARCIAL
É uma modalidade de auditoria em que não são analisadas todas as demonstrações contábeis,
para fins específicos, como, por exemplo, analisar os custos de produção.
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AUDITORIA CONTÁBIL
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AUDITORIA FINANCEIRA
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AUDITORIA OPERACIONAL
Auditoria realizada nos processos organizacionais para averiguação do grau de aderência aos
princípios de eficiência, eficácia, economicidade e efetividade, comparando o que foi planejado
com o que foi executado, com o respectivo resultado em mãos.
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AUDITORIA DE CONFORMIDADE
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AUDITORIA TRIBUTÁRIA
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AUDITORIA EM SISTEMAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA ORGANIZAÇÃO DESENVOLVE DIRETRIZES ESTRATÉGICAS QUE
CONTRIBUEM PARA O ALCANCE DE SUA MISSÃO E DE SUA VISÃO. DE
QUE FORMA ELA PODE OPERACIONALIZAR SUA ESTRATÉGIA?
A) Eficiência.
B) Eficácia.
C) Efetividade.
D) Economicidade.
E) Relatividade.
GABARITO
MÓDULO 2
Descrever as características da auditoria contábil e da auditoria operacional
AUDITORIA CONTÁBIL
A auditoria contábil é uma das modalidades de auditoria apresentadas, conforme a figura 7,
que tem o objetivo de analisar os registros contábeis decorrentes de atos e fatos
administrativos para reduzir a probabilidade de ocorrência de fraudes e erros nos sistemas
contábeis e financeiros. Sua atuação colabora para a identificação de falhas nos controles
internos.
O foco desta modalidade deve-se à necessidade de efetuar o diagnóstico de uma organização
quanto às questões orçamentárias, financeiras e patrimoniais, apresentado sob a forma de
parecer, que deve ser produzido de forma independente.
O trabalho desenvolvido pelos auditores deve seguir as normas definidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade e, no que couber, a legislação específica.
Esta modalidade é conduzida, comumente, por uma equipe de auditoria formada por membros
da organização e denominada, nesta circunstância, de auditoria interna.
Os profissionais (auditores) que realizam esta modalidade de auditoria devem ter formação de
nível superior em Ciências Contábeis e com registro regular no Conselho Regional de
Contabilidade (CRC), existente em cada estado.
COMENTÁRIO
O auditado pode acompanhar todo o processo de auditoria. O contador responsável por uma
organização poderá auxiliar na disponibilização de informações requeridas. Todavia, deve-se
ressaltar que a análise contábil precisa ser efetivada pelo auditor, que deve ser imparcial no
exercício de suas atividades. A auditoria contábil é aplicável na administração pública e na
iniciativa privada, com regramentos específicos.
A realização dessa auditoria permite a redução de falhas e erros nos registros contábeis e a
identificação de situações em que possam existir suspeitas de verbas mal aplicadas, sugerindo
desvios de finalidade. De posse do resultado, o auditado pode tomar providências para sanar
problemas, quando for o caso, ou certificar-se de sua real situação financeira, com respectivo
desdobramento em registros contábeis legítimos.
AVALIAÇÃO DO PATRIMÔNIO
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Os controles internos de uma organização, sob a ótica contábil, são processos de trabalho que
visam a proteger o patrimônio de fraudes e erros. Nesse sentido, a auditoria contábil promove
uma análise e avaliação do desempenho desses controles, cuja responsabilidade de criação e
manutenção é da administração.
Esta avaliação deve levar em consideração os seguintes fatores, que impactam nos controles
internos:
Estrutura organizacional;
Funções administrativas;
Segregação de funções;
APRESENTAÇÃO DE RECOMENDAÇÕES
Com base nas evidências encontradas no trabalho de auditoria, o auditor trabalha em suas
conclusões, para apresentar recomendações, isto é, propostas de melhorias de processos
organizacionais, no relatório de auditoria.
As conclusões, baseadas na análise realizada, são expressas de forma objetiva, indicando que
a avaliação é sem ressalva, com ressalva ou abstendo-se de opinião.
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Apesar de a auditoria contábil contribuir para o controle de gestão, de forma inequívoca, não
pode ser avaliada como um instrumento imune a falhas.
Em determinadas situações, a análise das variações patrimoniais pode indicar diferenças entre
o que foi definido e o que foi constatado, porém, não é possível verificar as causas que
ocasionaram essas diferenças.
Constata-se um problema, sob a ótica contábil, todavia, sem que se vislumbre suas causas.
Nesse tipo de situação, a auditoria operacional é que poderá trazer contribuições para a
organização, por avaliar o grau de atendimento aos princípios de desempenho (4Es).
AUDITORIA OPERACIONAL
A auditoria operacional tem o objetivo de efetuar análise das informações relativas às diretrizes
estratégicas, aos projetos e processos organizacionais, sob a ótica da eficiência, eficácia,
efetividade e economicidade (4Es), a partir do confronto de seus resultados com os objetivos
definidos nos planos estratégico, tático e operacional da organização.
SAIBA MAIS
Materialidade,
demonstrações contábeis Eficiência, eficácia,
Foco de atuação
e financeiras sem erros economicidade e efetividade.
materiais.
Correção e prevenção de
Contribuição Punição de falhas.
falhas.
Área de
conhecimento do Contabilidade. Ciências sociais.
auditor
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Essas diferenças comprovam que existe um longo caminho a ser percorrido pelas
organizações públicas e privadas para que uma auditoria possa integrar a abordagem
essencialmente quantitativa-contábil com a forma de atuação da auditoria operacional, focada
em resultados.
ATENÇÃO
Deve-se ressaltar que as modalidades auditoria contábil e auditoria operacional não são
concorrentes, mas complementares ao atuarem sobre o mesmo objeto de análise.
A auditoria operacional tem seu espectro limitado pelo grau de maturidade da organização em
relação à adoção de boas práticas de governança e gestão. Ela atua de acordo com
planejamento organizacional definido, que pode abarcar ou não indicadores e metas de
desempenho no gerenciamento de projetos e processos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
E) Analisar a programação.
GABARITO
1. A auditoria contábil é uma das modalidades mais utilizadas nas organizações por ser
a pioneira. Sua atuação contribui para a gestão da organização.
Com base nas evidências encontradas no trabalho de ____, o auditor trabalha em suas
conclusões para apresentar ____, isto é, propostas de ____, no relatório de auditoria.
O auditor apresenta, a partir dos achados de auditoria, recomendações para que sejam
efetivadas melhorias nos processos organizacionais, colaborando, dessa forma, para a
administração.
A auditoria operacional, ao analisar projetos e processos organizacionais, sob a ótica dos 4Es,
contribui para melhoria do desempenho organizacional.
MÓDULO 3
Identificar as principais características da auditoria operacional
AUDITORIA OPERACIONAL
As auditorias operacionais contribuem para o aprimoramento da gestão ao confrontar o
planejamento das ações com os resultados alcançados. Nessa análise, são avaliados as
diretrizes estratégicas, os projetos e processos organizacionais quanto ao alinhamento de
gestão aos princípios de desempenho, eficiência, eficácia, efetividade e economicidade (4Es),
conforme representado a seguir:
São elas:
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AUDITORIA OPERACIONAL
Tem como foco avaliar o processo de gestão estratégica e os respectivos desdobramentos em
processos organizacionais, que são modelados para entrega de valor aos clientes.
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AUDITORIA CONTÁBIL
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AUDITORIA DE CONFORMIDADE
APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA
Antes do início efetivo dos trabalhos de auditoria, pode-se enviar uma proposta preliminar do
escopo da auditoria operacional que apresente a equipe de auditoria, as áreas auditadas, o
mapa de responsabilidades e processos organizacionais a serem avaliados para ciência prévia
do auditado.
COLETA DE DADOS
Nesta etapa, são requisitadas informações e documentos produzidos na organização
referentes aos seguintes instrumentos e ferramentas de gestão, com respectivos resultados,
quando aplicáveis: plano estratégico, plano de gerenciamento de riscos, controles internos,
organograma, funções e responsabilidades, cadeia de valor, relação de processos com
indicadores e metas, relação de projetos com resultados, indicadores e metas, plano de
desenvolvimento de pessoas, programação orçamentária, programa de contratações e
aquisições, relação de sistemas de informação, resultados alcançados por processos, valor
agregado e impacto de resultados dos processos finalísticos, valor agregado e impacto de
resultados dos projetos.
De forma complementar, a coleta de dados pode ser efetuada por meio de entrevistas,
questionários, observação direta ou inspeção física, dentre outras formas. Caso seja
necessário, pode-se aplicar métodos quantitativos para coleta e processamento de dados.
AUDITORIA DE CONFORMIDADE
Este tópico foi desenvolvido de acordo com o disposto no ISSAI 400 – Princípios Fundamentais
de Auditoria de Conformidade, que tem o objetivo de apresentar diretrizes para a realização de
auditorias de conformidade nas organizações, de forma quantitativa ou qualitativa. Essa norma
é adotada na administração pública, mas sua implementação também pode ser realizada em
organizações privadas.
CARACTERÍSTICAS
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Essa modalidade de auditoria pode ser realizada de forma combinada com outras
modalidades, como a auditoria de demonstrações contábeis, com base na aderência das
demonstrações à legislação vigente, por exemplo. Outra forma de auditoria combinada seria a
realização com a auditoria operacional, situação em que a conformidade se alinha aos 4Es.
Nesse contexto, deve-se analisar se o foco da auditoria é a conformidade ou o desempenho.
ELEMENTOS
NORMAS E CRITÉRIOS
OBJETO
NORMAS E CRITÉRIOS
As normas são as variáveis mais relevantes nessa modalidade de auditoria por apresentarem
critérios para execução da auditoria (definição do escopo). Compreendem o conjunto composto
pela legislação vigente, regulamentações de atuação, códigos e normas internas da
organização dentre outras. Os critérios, por sua vez, devem ser relevantes, compreensíveis e
objetivos para que possam subsidiar a construção do escopo da auditoria.
OBJETO
PRINCÍPIOS
De forma similar a todas as demais auditorias, a de conformidade segue princípios gerais,
comuns a todas as modalidades, e específicos, referentes à conformidade.
COMPREENSÃO DA ORGANIZAÇÃO
O auditor deve compreender a estrutura organizacional com seus diferentes níveis hierárquicos
e o planejamento organizacional, para que seja definida a materialidade e a avaliação de riscos
de não conformidade.
Em uma avaliação mais acurada, conclui-se que a auditoria de conformidade pode ser
integrada à auditoria operacional, sem prejuízo da atuação de cada uma delas, salvo nos casos
em que o alinhamento às normas é imperativo e requisito primordial para a atuação de uma
organização, quando se deve aplicar a auditoria de conformidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Plano estratégico.
C) Programação de contratações.
E) Relação de fornecedores.
GABARITO
Uma boa prática de gestão pode ser incorporada por uma norma, que passa a ser um requisito
de conformidade e contribui para melhoria do desempenho.
MÓDULO 4
Comparar as auditorias interna e externa nas organizações
AUDITORIA INTERNA
A auditoria interna é composta de atividades desenvolvidas por membros da organização que
atuam de forma independente para avaliar informações contábeis, financeiras e operacionais,
razão pela qual deve ser realizada por um grupo de trabalho multidisciplinar. Os resultados
alcançados pela equipe são apresentados na forma de recomendações, que cooperam para o
controle de gestão, agregando valor aos resultados organizacionais.
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É uma boa prática de governança a área de auditoria interna reportar-se à alta administração
de uma organização, seja ela pública, seja ela da iniciativa privada.
COMPLETUDE
A auditoria deve vislumbrar toda a organização para planejar e executar o programa de
auditoria.
INDEPENDÊNCIA
Atuação de forma independente de influências, com vinculação direta à Alta Administração da
organização.
ATUAÇÃO INTERNA
A atuação da auditoria interna colhe benefícios por dispor de colaboradores que atuam na
mesma organização, isto é, sua composição com membros internos permite uma melhor
compreensão das atividades requeridas para o controle de gestão.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A avaliação da gestão, baseada em riscos, reduz a probabilidade e o impacto de ocorrências
de riscos negativos e maximiza a de riscos positivos.
CUMPRIMENTO DO PLANEJAMENTO
O monitoramento constante dos planos estratégico, tático e operacional possibilita melhor
controle dos processos de gestão.
AUDITORIA EXTERNA
A auditoria externa, ou auditoria independente, nasceu da necessidade de averiguação das
informações contábeis apresentadas pelas organizações no intuito de conferir maior confiança
e credibilidade. Ela é conduzida por um auditor ou por um grupo de auditores que não
apresenta vínculo com a organização auditada.
Sua atuação é pautada na análise de informações, com o objetivo de comprovar a inexistência
de fraudes e erros que impactem significativamente as demonstrações contábeis
disponibilizadas. O resultado da auditoria externa é materializado na forma de opiniões.
Diverge da atuação da auditoria interna, que auxilia na gestão da organização.
Instituições financeiras;
Fundos de pensão;
Seguradoras;
Além das questões normativas, outros fatores relevantes impelem a organização a contratar
uma auditoria externa, conforme disposto a seguir:
Entidades regidas por mecanismos de governança que exijam maior controle de gestão,
demandado por seus proprietários.
A auditoria externa é realizada com base na auditoria das demonstrações contábeis e abarca
as seguintes questões:
PRINCÍPIOS DE AUDITORIA
A atuação da auditoria operacional, assim como das demais modalidades de auditoria, é
pautada em princípios definidos na norma NBR ISO 19011:2018, que trata da auditoria de
sistemas de gestão, conforme apresentado na figura a seguir:
INTEGRIDADE
Os profissionais que atuam em uma auditoria devem desenvolver suas atividades com ética,
honestidade, responsabilidade, imparcialidade. A atuação deve ser realizada somente se
tiverem competência para tal. Devem, também, ter sensibilidade para discernir questões que
possam influenciar o seu julgamento.
APRESENTAÇÃO JUSTA
Todos os achados, conclusões, relatórios e recomendações devem ser reportados com
veracidade e precisão, incluindo-se, também, possíveis divergências ocorridas com o auditado.
CUIDADO PROFISSIONAL
Os auditores devem corresponder à confiança depositada por todas as partes interessadas no
processo de auditoria, optando pela forma mais ponderada de condução em diligências ou
julgamento.
CONFIDENCIALIDADE
As informações coletadas em um processo de auditoria devem ser protegidas de uso indevido
por parte do auditor ou do cliente da auditoria. Discrição e proteção devem prevalecer no
tratamento de dados sensíveis, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD).
INDEPENDÊNCIA
A independência na atuação dos auditores deve delinear os trabalhos de auditoria, de forma a
evitar decisões parciais e conflitos de interesse, mesmo que sejam realizados em auditoria
interna. As conclusões, achados e relatórios devem ser baseados, exclusivamente, nas
evidências de auditoria.
Com base na internalização dos fatores citados pela equipe de auditoria interna, o
planejamento tem alguns objetivos.
EXAMES E INVESTIGAÇÕES
Tratam-se de procedimentos que permitem a coleta de informações que vão subsidiar a
elaboração das recomendações à organização.
TESTES DE OBSERVÂNCIA
Têm o objetivo de averiguar a eficácia dos controles internos. Nesses testes, são
inspecionados registros contábeis, documentos e ativos tangíveis.
TESTES SUBSTANTIVOS
Caracterizam-se pela coleta de evidências, observação de processos organizacionais e
averiguação de informações com organizações e pessoas.
A auditoria interna apresenta seus resultados por meio de um relatório, redigido de forma
objetiva e imparcial, que contém recomendações à organização.
Limitações da auditoria;
Conclusões e recomendações.
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Apresentamos uma representação simplificada das etapas que podem compor a realização de
uma auditoria interna, conforme observado a seguir:
O auditor independente, que atua na auditoria externa, deve atender aos seguintes objetivos:
Foto: Shutterstock.com
Na condução dos trabalhos, o auditor deve seguir os princípios comuns às auditorias, nos
termos da norma NBR ISO 19011:2018, similares aos princípios de ética do Código de Ética
Profissional do Contabilista, conforme disposto a seguir:
Integridade;
Objetividade;
Confidencialidade;
Comportamento profissional.
A auditoria interna tem o objetivo de colaborar para melhorias na gestão, enquanto a auditoria
externa preocupa-se com a confiabilidade das demonstrações contábeis, geradas em
conformidade com os relatórios financeiros.
Auditoria
Tópico Auditoria Interna
Externa
Organização e
Público-alvo Organização.
público externo.
Área de Ciências Sociais. Contabilidade.
conhecimento
Mais amplo em
função da
Grau de Menos amplo em função do vínculo
ausência de
independência empregatício.
vínculo
empregatício.
Vínculo
Sem vínculo
empregatício Empregado da organização.
empregatício.
dos auditores
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Pedro Hikaru Oishi, adaptado de CREPALDI, Silvio Aparecido; CREPALDI, Guilherme Simões,
2016.
A auditoria externa planeja e executa seu trabalho para fins de identificação de fraudes e erros
que possam impactar nas demonstrações contábeis. A auditoria interna, por sua vez, opera
para auxiliar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) Independência.
GABARITO
Todos os auditores devem seguir o princípio de independência, seja qual for a modalidade de
auditoria.
2. Dentre as alternativas, qual delas apresenta um fator que diferencia a auditoria interna
da externa?
A auditoria interna é realizada por membros da organização. A auditoria externa, por sua vez, é
realizada por membros externos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendemos as diretrizes estratégicas que regem uma organização. A partir delas,
constatamos que é necessária a implementação de um planejamento organizacional nas
esferas estratégica, tática e operacional. Esse planejamento alinha-se ao ciclo PDCA de
Deming.
Com base nesse planejamento, a organização entrega produtos e serviços, no intuito de ter
seu valor percebido pelo cliente. Nessa linha de trabalho, a governança se posiciona como
instrumento de direcionamento da gestão.
Por fim, vislumbramos as auditorias interna e externa, com suas particularidades e diferenças.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 19011/2018: diretrizes
para auditorias de sistemas de gestão. Rio de Janeiro, 2018.
CONTEUDISTA
Pedro Hikaru Oishi
CURRÍCULO LATTES