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São inúmeras as definições tanto de "plano" quanto de "estratégia", todavia, existem algumas diferenças
básicas entre as duas conceituações. Em linhas gerais, a estratégia é a síntese de uma ideia, que surge da
criatividade, sendo qualquer um capaz de estabelecê-la para alcançar objetivos. Já o plano, remete a uma
análise fundamentada em metodologia específica, requerendo conhecimento formal, tendo por objetivos a
realização de projetos. A união das duas palavras: Plano + Estratégia, gera a ideia de ação (hands on)
surgindo o Planejamento Estratégico. Neste conceito, são agregadas peças para compor um sistema que se
utiliza de metodologias específicas, com base em criteriosa análise da conjuntura e de cenários
prospectivos, para definir metas, onde ressalta-se que estas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis,
relevantes e devem permitir acompanhamento, tendo um tempo definido para ocorrer. Para alcançar
grandes objetivos, devem-se estabelecer pequenas metas. Todo o planejamento deve ter por base os
recursos disponíveis, tanto de pessoal, quanto de material, para que, a partir daí, possam ser definidas as
linhas de ação para a consecução dos objetivos propostos. Outro fator a ser considerado no Planejamento
Estratégico é que já devem existir respostas para indagações como: "o quê?", "como?", "quem?",
"quando?" e "onde?", sendo procedido de rigorosa análise das linhas de ação propostas e da decisão sobre
qual caminho seguir. Todo planejamento estratégico tem por finalidade alcançar o sucesso, que pode ser
definido como conseguir o que se quer. [1]
Índice
Processo
Visão geral
Entradas (Inputs)
Atividades
Produtos (outputs)
Resultados
Planejamento Estratégico x Planejamento Financeiro
Crítica
Planejamento Estratégico x Pensamento Estratégico
Ver também
Referências
Exemplos de plano estratégico
Leitura adicional
Processo
Processo
Visão geral
O planejamento estratégico é um processo e assim possui entradas (inputs), atividades, produtos (output) e
resultados. Este processo, como todos os processos, possui restrições. Ele pode ser formal ou informal e
geralmente é repetitivo, com loops de feedback ao longo do processo. Alguns elementos do processo
podem ser contínuos e outros podem ser executados como projetos separados com um início e fim
definidos para um período. O planejamento estratégico fornece inputs para o pensamento estratégico, que
orienta de fato à formação da estratégia. O resultado é a estratégia da organização, que inclui um
diagnóstico do ambiente e da situação competitiva, uma política orientadora sobre o que a organização
pretende realizar, e as principais iniciativas ou planos de ação para alcançar a política orientadora.[2]
Os dois primeiros elementos relacionam-se com fatores internos da empresa (ambiente interno), enquanto
os dois últimos se relacionam com fatores externos à empresa (ambiente externo).[3] Estes elementos serão
considerados ao longo do processo de planejamento estratégico.
Dentro do Planejamento estratégico deve considerar dois aspectos fundamentais em sua contextualidade:
Entradas (Inputs)
Os dados são obtidos através do recolhimento de fontes específicas como entrevistas com executivos-
chave, revisão de documentos publicamente disponíveis sobre a concorrência e/ou mercado, pesquisa
primária (ex.: analise das operações e comparação de preços de mercado do concorrente), estudos
industriais, etc. Podemos considerar esta compilação como parte do programa de inteligência competitiva.
Os inputs são coletados para auxiliar na compreensão do ambiente competitivo e suas oportunidades e
riscos. Outras contribuições incluem uma compreensão dos valores das principais partes interessadas como
o conselho, os acionistas e a alta administração. Esses valores podem ser capturados nas declarações de
visão e missão de uma organização.
Atividades
As atividades de planejamento estratégico
abrangem a comunicação entre os líderes e suas
equipes, onde busca-se desenvolver um A essência da formulação de estratégia
entendimento viável sobre o ambiente competitiva relaciona uma empresa com seu
competitivo e a resposta da organização em ambiente.
relação a esse ambiente (estratégia). Uma
Michael Porter[3]
variedade de ferramentas de planejamento
estratégico podem ser utilizadas, particionadas em
atividades de planejamento estratégico. Os líderes
da organização podem formular questionários, visando obter um feedback referente a formulação da
estratégia e coleta de inputs, tais como: Qual é o negócio ou o interesse da organização? O que é
considerado "valor" para o cliente ou eleitor? Quais produtos e serviços devem ser incluídos ou excluídos
do portfólio de ofertas? Qual é o alcance geográfico da organização? O que diferencia a organização de
seus concorrentes aos olhos de clientes e outras partes interessadas? Que habilidades e recursos devem ser
desenvolvidos dentro da organização?[5][6]
Produtos (outputs)
Resultados
Uma variedade de ferramentas analíticas e técnicas são usadas no planejamento estratégico. [5]
Estes foram desenvolvidos por empresas e firmas de consultoria de gestão para ajudar a
fornecer um quadro para o planejamento estratégico. Essas ferramentas incluem:
Análise PEST, que cobre os elementos remotos de ambiente externo, como políticos,
econômicos, sociais e tecnológicos (PESTLE acrescenta legal/regulatório e
ecológico/ambiental);
Planejamento de cenários, que foi originalmente usado nas forças militares e recentemente
usado por grandes corporações para analisar cenários futuros;
Análise das cinco forças de Porter, que aborda a atratividade da indústria e a rivalidade
através do poder de barganha dos compradores e fornecedores e a ameaça de produtos de
substituição e novos concorrentes no mercado;
Análise SWOT (strength, weakness, opportunities, threats) , que aborda as forças e
fraquezas internas em relação às oportunidades e ameaças externas;
Matriz de parcela de crescimento, que envolve decisões de portfólio sobre quais empresas
reter ou alienar;
Balanced Scorecards e mapas de estratégia, que cria um quadro sistemático para medir e
controlar a estratégia;
Avaliação responsiva, que utiliza uma abordagem de avaliação construtivista para
identificar os resultados dos objetivos, que, em seguida, suporta futuros exercícios de
planejamento estratégico;
Metodologia S.M.A.R.T (specific; measurable; achievable; relevant; time based) , que utiliza
critérios para orientar as definições dos objetivos e metas.
Crítica
Planejamento Estratégico x Pensamento Estratégico
O planejamento estratégico tem sido criticado pela tentativa de sistematização do pensamento estratégico e
a formação de estratégias, que Henry Mintzberg argumenta serem inerentemente atividades criativas
envolvendo síntese ou "conexão dos pontos" que não podem ser sistematizados. Mintzberg argumenta que
o planejamento estratégico pode auxiliar na coordenação dos esforços de planeamento e medição do
progresso nos objetivos estratégicos, mas que ocorre em torno do processo de formação da estratégia e não
dentro dele. Além disso, planejamento estratégico operando funcionando distante das chamadas "linhas de
frente" ou do contato com o ambiente competitivo (onde o efeito da concorrência é mais evidente) podem
não ser eficazes no apoio a esforços estratégicos.[5]
Ver também
Fases de implementacao
Referências
1. Hékel, Fábio L. M. (2017)
2. Rumelt, Richard P. (2011). Good Strategy / Bad Strategy. [S.l.]: Crown Business. ISBN 978-
0-307-88623-1
3. Porter, Michael E. (1980). Competitive Strategy. [S.l.]: Free Press. ISBN 0-684-84148-7
4. da Maia, Bruno Inácio; Maia, Bruno Inácio da; Seiler, Lorena Correa; Futami, André Hideto;
Oliveira, Marco Aurélio de (2 de setembro de 2017). «The Phases of Dying in Organizations
- A Case Study for New Business» (http://iiste.org/Journals/index.php/EJBM/article/view/382
34). European Journal of Business and Management. 9 (23): 46–52. ISSN 2222-2839 (http
s://www.worldcat.org/issn/2222-2839)
5. Mintzberg, Henry; Quinn, James B. (1996). The Strategy Process:Concepts, Contexts,
Cases. [S.l.]: Prentice Hall. ISBN 978-0-132-340304
6. Drucker, Peter (1954). The Practice of Management. [S.l.]: Harper & Row. ISBN 0-06-
091316-9
7. Kiechel, Walter (2010). The Lords of Strategy. [S.l.]: Harvard Business Press. ISBN 978-1-
59139-782-3
Leitura adicional
John Argenti (1968). Corporate Planning - A Practical Guide. Allen & Unwin.
Erica Olsen (2012). Strategic Planning Kit for Dummies, 2nd Edition. John Wiley & Sons,
Inc.
Max Mckeown (2012), The Strategy Book, FT Prentice Hall.
Patrick J. Burkhart and Suzanne Reuss (1993). Successful Strategic Planning: A Guide for
Nonprofit Agencies and Organizations Newbury Park: Sage Publications
Nonprofit Agencies and Organizations. Newbury Park: Sage Publications.
Bradford and Duncan (2000). Simplified Strategic Planning. Chandler House.
Stephen G. Haines (2004). ABCs of strategic management : an executive briefing and plan-
to-plan day on strategic management in the 21st century.
T. Kono (1994) "Changing a Company's Strategy and Culture", Long Range Planning, 27, 5
(October 1994), pp: 85-97
Philip Kotler (1986), "Megamarketing" In: Harvard Business Review. (March—April 1986)
John Naisbitt (1982). Megatrends: Ten New Directions Transforming our Lives. Macdonald.
Theodore Levitt (1960) "Marketing myopia", In: Harvard Business Review, (July—August
1960)
M. Lorenzen (2006). "Strategic Planning for Academic Library Instructional Programming."
In: Illinois Libraries 86, no. 2 (Summer 2006): 22-29.
L. Fahey and V. K. Narayman (1986). Macroenvironmental Analysis for Strategic
Management”. West Publishing.
R. F. Lusch and V. N. Lusch (1987). Principles of Marketing. Kent Publishing,
Brian Tracy (2000). The 100 Absolutely Unbreakable Laws of Business Success. Berrett,
Koehler Publishers.
Michael Allison and Jude Kaye (2005). Strategic Planning for Nonprofit Organizations.
Second Edition. John Wiley and Sons.
John Argenti (1974). Systematic Corporate Planning. Wiley.
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