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ISA 210
I. ACORDAR OS TERMOS DE TRABALHOS DE AUDITORIA
(Audit engagement letter)
Objectivo
O objectivo do auditor é o de aceitar ou continuar um trabalho de auditoria apenas quando tenha
sido acordada a base em que o mesmo deve ser executado, através da:
verificação da existência das pré-condições para uma auditoria;
confirmação do entendimento comum sobre os termos do trabalho.
3 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
identificar as condições necessárias para o cumprimento dos serviços dentro dos prazos
estabelecidos.
O planejamento das auditorias contábeis deve ser organizado nos mesmos moldes das demais
auditorias, nas seguintes etapas:
levantamento preliminar;
elaboração da Matriz de Planejamento;
delimitação do escopo dos trabalhos e elaboração dos programas de auditoria.
delimitação do escopo.
Durante as atividades preliminares, deve-se atentar para a formação de uma equipe de trabalho
que tenha as experiências e ou habilidades necessárias ao alcance do objetivo da auditoria. Em
seguida, deve-se proceder ao entendimento das finalísticas do jurisdicionados, incluindo seu
ambiente externo.
Quando os servidores técnicos têm experiência em trabalhos sobre a matéria a ser auditada, eles
podem optar pela auditoria descendente, identificando variações anormais nos saldos das contas,
tanto pela compreensão de grupos de contas em questão, quanto entre períodos sequenciais.
Já a auditoria ascendente começa na análise dos factos e dos registros para, então, chegar
das demonstrações contábeis. As auditorias são feitas a partir dos lançamentos que, confrontados
com os documentos que lhes deram origem, são referenciados nos demonstrativos para validação
das informações divulgadas. Este método é mais trabalhoso e necessita de uma determinação
bem precisa da amostra, devido ao grande volume da população.
Portanto, a escolha do método se dará em função da experiência dos servidores técnicos e da
avaliação preliminar do ambiente e da natureza do negócio.
Esta avaliação preliminar deve levar, ainda, à identificação de áreas em que pode haver maior
risco de distorção relevante. Isso implica dizer que os riscos existentes devem ser identificados
(aplicação de procedimentos analíticos de avaliação de risco), bem como as respostas
institucionalizadas para mitigá los. Quando possível, é importante que já sejam identificados
controles que deveriam existir para determinados riscos. Por fim, deve-se identificar as contas
relacionadas aos riscos e o corte de materialidade, ou seja, quais são os valores a partir dos quais
um eventual erro de escrituração e ou lançamento pode implicar em uma distorção
materialmente relevante.
Ressalte-se que, quando o trabalho a ser desenvolvido tiver foco em contas, elementos ou itens
específicos das demonstrações contábeis, o servidor técnico deve avaliar a repercussão que estes
têm em outras contas, para identificar o impacto nos demonstrativos. Para tanto, deve-se
observar as normas de auditoria nacionais e internacionais, em especial a NBC TA 805,
específica para esse tipo de trabalho.
Nesta fase, verificam-se também os resultados de auditorias anteriores envolvendo a avaliação
da efetividade dos controles internos, inclusive a natureza das fragilidades identificadas e as
medidas tomadas em resposta a essas deficiências.
Na definição da estratégia deve ser levado em consideração o esforço necessário para aplicar os
diversos tipos possíveis de testes e o quanto esses testes permitirão reduzir o risco de emitir uma
opinião inadequada.
A definição dos tipos de testes de auditoria que serão aplicados deve levar em consideração os riscos
inerentes, o risco dos controles, os riscos dos procedimentos analíticos e os níveis planejados de testes
de detalhes.
O auditor deve registrar a estratégia da auditoria para cada conta/grupo contábil no Papel de Trabalho
Delimitação do Escopo da Auditoria Contábil, disponível no banco de dados da ADG, informando se
serão feitos testes de observância, analíticos, de saldos, de estimativas, de transações.
Os testes de auditoria definidos deverão ser registrados nos papéis de trabalho específicos e poderão
ser:
a Auditoria Geral;
adequados, atualizados ou complementados pela coordenação ou pela equipe designada a partir dos
testes contidos nos programa de auditoria contidos no banco de dados; e
conta/grupo.
O auditor também deve observar o custo-benefício da aplicação dos testes diante das características de
cada conta, tais como o volume de transações; e os riscos envolvidos. Os testes de observância e de
detalhes de transação em geral demandam mais tempo que testes analíticos e testes de saldo.
A descrição dos testes aplicados deve constar nos papéis de trabalho específicos.