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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E POLITÍCAS DE

PRODUÇÃO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E VISÃO


ESTRATÉGICA NA MANUTENÇÃO

UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI


PROF: ROGÉRIO TEIXEIRA
OUTUBRO, 2004
GRUPO

Ademir Rodrigues

Edsonei da Conceição Sapucaia

Neide Xavier Mendes

Ronaldo Ferreira Lima


PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Planejamento estratégico: método pelo qual a empresa define a


mobilização de seus recursos para alcançar os objetivos propostos. É
um planejamento global a curto, médio e longo prazo.

Estratégia: é a mobilização de todos os recurso da empresa no


âmbito global, visando atingir objetivos definidos previamente. É
uma metodologia gerencial que permite estabelecer o caminho a ser
seguido pela empresa, visando elevar o grau de interações com os
ambientes internos e externos.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento procura responder a questões básicas,como:

Por que a organização existe?


O que e como ela faz?
Onde ela quer chegar?

Dele resulta um plano estratégico, ou seja, conjunto flexível de


informações consolidadas, que servem de referência e guia para a
ação organizacional. Pode ser considerado como uma bússola para os
membros de uma determinada organização.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Fases da elaboração:

A elaboração do planejamento estratégico compreende quatro fases.

1 : Formulação dos objetivos organizacionais


A empresa define os objetivos globais que pretende alcançar a longo
prazo e estabelece a ordem de importância e prioridade em uma
hierarquia de objetivos.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

2 : Análise interna das forças e limitações da empresa

A seguir, faz-se uma análise das condições internas da empresa para


permitir uma avaliação dos principais pontos fortes e dos pontos
fracos que a organização possui. Os pontos fortes constituem as
forças propulsoras da organização que facilitam o alcance dos
objetivos organizacionais - e devem ser reforçados, enquanto os
pontos fracos consistem a limitações e forças restritivas que
dificultam ou impedem o seu alcance - e que devem ser superados.
Essa analise interna envolve:
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Analise dos recursos (recursos financeiros, máquinas, equipamentos,


matérias-primas, recursos humanos, tecnologia etc.) de que a empresa
dispõe para as suas operações atuais ou futuras.
Análise da estrutura organizacional da empresa, seus aspectos
positivos e negativos, divisão do trabalho entre departamentos e
unidades e como os objetivos organizacionais foram distribuídos em
objetivos departamentais.
Avaliação do desempenho da empresa, em termos da lucratividade,
produção, produtividade, inovação, crescimento e desenvolvimento
dos negócios.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

3 : Análise externa.

Trata-se de uma análise do ambiente externo á empresa, ou seja, das


condições externas que rodeiam a empresa e que lhe impõem desafios
e oportunidades. A análise externa envolve:
Mercados abrangidos pela empresa, características atuais e tendências
futuras,oportunidades e perspectivas.
Concorrência ou competição, isto é, empresas que atuam no mercado,
disputando os mesmos clientes, consumidores ou recursos.
A conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais,
legais etc.,que afetam a sociedade e todos as demais empresas.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

4 : Formulação das Alternativas Estratégicas

Nesta quarta fase do planejamento estratégico, formulam-se as


alternativas que a organização pode adotar para alcançar os objetivos
organizacionais. As alternativas estratégicas constituem os cursos de
ação futuras que a organização pode adotar para atingir seus
objetivos globais. De um modo genérico, o planejamento estratégico
da organização refere-se ao produto ( bens que a organização produz
ou serviços que presta) ou ao mercado (onde a organização coloca
seus produtos ou bens ou onde presta seus serviços).
O planejamento estratégico deve comportar decisões sobre o futuro
da organização, como:
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

-Objetivos organizacionais a longo prazo e seu desdobramento em


objetivos departamentais detalhados.

-As atividades escolhidas, isto é, os produtos (bens ou serviços) que a


organização pretende produzir.

-o mercado visado pela organização, ou seja, os consumidores ou


clientes que ela pretende abranger com seus produtos.
-Os lucros esperados para cada uma das suas atividades.

-Alternativas estratégicas quanto ás suas atividades (manter o produto


atual maior, maior penetração no mercado atual, desenvolver novos
mercados).
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

-Interação vertical em direção aos fornecedores de recursos ou


integração horizontal em direção aos consumidores ou clientes.

-Novos investimentos em recursos (materiais, financeiros, máquinas e


equipamentos, recursos humanos, tecnologia etc.) para inovação
(mudanças) ou para crescimento (expansão).
Gestão Estratégica da Manutenção

A manutenção para ser estratégica, precisa estar voltadas para os


resultados empresariais da organização. É preciso, sobretudo, deixar
de ser apenas eficiente para se tornar eficaz, ou seja, não basta,
apenas, reparar o equipamento ou instalação tão rápido quanto
possível mas é preciso, principalmente, manter a função do
equipamento disponível para a operação reduzindo a probabilidade de
uma parada de produção ou o não fornecimento de um serviço.
Esta é a grande mudança de paradigma!
Par que a função manutenção tenha uma ação estratégica é necessário
que se tenha um processo de gestão estratégico que contemple, pelo
menos as seguintes etapas:
Gestão Estratégica da Manutenção

Planejamento estratégico (P)


* Política e Diretrizes
* Situação Atual - Diagnóstico
* Situação futura - Metas Estratégicas Baseadas em benchmarks
* Caminhos estratégicos ou Melhores Práticas
* Indicadores
* Plano de ação
Implementação do plano de ação (D)
Evolução e indicadores e auditorias (C)
Ações corretivas e sistema de conseqüências (A)
É o conhecido ciclo PDCA - Plan (planejar, Do (fazer), Check
(verificar) e Action (corrigir).
Gestão Estratégica da Manutenção

Planejamento Estratégico (Plan - P)

Visão Metas
“Benchamark”

Planejamento Estratégico

Caminhos
estratégicos
Situação Atual (melhores práticas)
Gestão Estratégica da Manutenção

Para definir a situação atual e as metas que explicitam a Visão


de Futuro, o ideal é a adoção do processo de “benchmarking”.

Na falta ou mesmo na impossibilidade de adoção deste processo


pode-se definir a situação atual e as metas conforme o cenário
concorrencial que se consegue vislumbrar.
Gestão Estratégica da Manutenção

Política e Diretrizes
Política: contribuir para o atendimento do programa de produção,
maximizando a confiabilidade e a disponibilidade dos equipamentos e
instalações, otimizando os recursos disponíveis com qualidade e
segurança.
Diretrizes: Manutenção com qualidade, aumento da confiabilidade e
disponibilidade, através do trabalho integrado com a operação e a
engenharia;
*Garantia dos prazos de execução de serviços;
*Preservação da melhoria contínua da capacitação, através da busca,
avaliação, aplicação e incorporação de novas tecnologias, da
realização de programas de treinamento e do desenvolvimento de
novos métodos e procedimentos.
Gestão Estratégica da Manutenção

Benchmarking: processo de identificação, conhecimento e


adaptação de práticas e processos excelentes de organizações, de
qualquer lugar do mundo, para ajudar uma organização a melhorar
sua performance. Objetivando conhecer:
* As melhores marcas ou “benchamarks” das empresas vencedoras,
com a finalidade de possibilitar definir as metas de curto, médio e
longo prazos.
* A situação atual da sua organização e, com isto, apontar as
diferenças competitivas.
* Os caminhos estratégicos das empresas vencedoras ou as “melhores
práticas”.
*Alem de conhecer e chamar a atenção da organização para as
necessidades competitivas.
Gestão Estratégica da Manutenção

Melhores Práticas: Para se alcançar as metas planejadas, ou seja,


para sair da “Situação Atual” para a “Visão de Futuro”, é preciso
implementar, em toda a organização, um plano de ação suportado
pelas melhores práticas, também conhecidas como caminhos
estratégicos. A questão fundamental não é apenas, conhecer quais são
estas melhores práticas mas, sobretudo, ter capacidade de liderar a
sua implementação numa velocidade rápida.

O mundo não se divide mais entre grandes e pequenos, esquerda


e direita, mas entre rápidos e lentos. (Alvin Tofler)
Gestão Estratégica da Manutenção

Algumas Melhores Práticas de gestão de manutenção

* A gestão deve ser baseada em itens de controle


empresariais:disponibilidade, confiabilidade, meio ambiente, custos,
qualidade, segurança e outros específicos, com análise crítica
periódica.
* Gestão integrada do orçamento (manutenção e operação) buscando,
sempre, o resultado do negócio através da análise criteriosa das
receitas e dos custos.
* Utilização e pessoal qualificado e certificado.
* Adoção de Programa de Manutenção Produtiva Total - TPM.
* Adoção da ferramenta MCC - Manutenção Centrada em
Confiabilidade, para os sistemas críticos.
Gestão Estratégica da Manutenção

Algumas Melhores Práticas de gestão de manutenção

*Aplicação da técnica APR - Análise Preliminar de Riscos, para os


principais serviços de manutenção.

*Procedimentos escritos para os principais trabalhos.

O que faz a diferença na Gestão não é só conhecer o que fazer,


mas fazer acontecer, e no tempo certo. (Alan Kardec)
Gestão Estratégica da Manutenção

Plano de ação

Conhecendo-se a política , as diretrizes, a situação atual, a situação


futura pretendida (Metas) e os caminhos estratégicos ou as “melhores
práticas”, é fundamental estabelecer um plano de ação onde se
definam, claramente, as ações a serem implementadas, o responsável
e o prazo para a implementação de cada ação, compatíveis com as
metas a serem alcançadas.

A escolha das ações deve priorizar aquelas mais importantes para o


alcance da metas estabelecidas; um boa regra é escolher aqueles 20%
das ações analisadas que respondem por 80% dos resultados.
Gestão Estratégica da Manutenção

Indicadores

Além do conhecimento da situação atual e da situação futura e de se


ter um aplano de ação. É indispensável ter um conjunto de
indicadores que possa medir se o resultado do plano de ação está
compatível com as metas propostas e com o prazo estabelecido.
O que precisa ser medido:
* Disponibilidade e confiabilidade.
* Redução da demanda se serviços.
* Faturamento.
* Otimização de custo.
* Segurança pessoal e das instalações.
* Preservação ambiental.
* Moral e motivação dos colaboradores.
Gestão Estratégica da Manutenção
Implementação do Plano de Ação (Do - D)

Tão importante quanto um bom Planejamento Estratégico é a sua


correta e persistente implementação. É nesta fase que se caminha, de
fato, em direção às metas estabelecidas.
Para seu sucesso é indispensável que os Gerentes e Supervisores
assumam a liderança do processo, que a equipe conheça todo o
planejamento, aí incluindo as metas , o Plano de Ação e,
principalmente, qual é o papel de cada um neste “jogo”.
Nunca é demais lembrar que comunicação é um via de mão dupla:

“Tão importante quanto saber falar é saber ouvir”.


Gestão Estratégica da Manutenção

Evolução dos Indicadores e Auditorias (Check - C)

É fundamental um acompanhamento periódico do bloco de


indicadores com o objetivo de verificar se os resultados parciais
alcançados estão compatíveis com as metas e o prazos estabelecidos.

A Auditoria é um importante instrumento de uma Gestão Estratégica


bem sucedida. Ela permite avaliar o cumprimento do planejamento
estabelecido, não só do ponto de vista quantitativo que é fornecido
pelos indicadores mas, principalmente, do ponto de vista da gestão.
Gestão Estratégica da Manutenção

Evolução dos Indicadores e Auditorias (Check - C)


Uma auditoria deve considerar, os seguintes aspectos:
* Ser efetuada por uma equipe multifuncional.
* Ter uma lista de verificação (check list) que contemple todos os
itens a serem auditados.
* Verificar andamento da implantação do Plano de Ação.
* Verificar procedimentos operacionais e de manutenção.
*Visitar os locais de trabalho, verificando a ordem, arrumação e
limpeza, aspectos comportamentais, atuação dos supervisores e a
participação e o comprometimento dos gerentes junto à sua equipe.
* Entrevistar os componentes da organização.
* Verificar se os equipamentos, ferramentas e instrumentos estão
aferidos, calibrados e com adequada manutenção.
Gestão Estratégica da Manutenção

Ações Corretivas e Sistema de Conseqüências (Action - A)

À luz da evolução dos indicadores e do resultado das auditorias, pode


haver necessidade de se tomar ações corretivas par corrigir anomalias
e desvios porventura detetados.

Pode ser necessário, inclusive, revisar o Plano de Ação inicialmente


proposto, tendo sempre com objetivo alcançar as metas estabelecidas.
Gestão Estratégica da Manutenção
Sistema de Conseqüências

Par se ter sucesso na Gestão Empresarial e da Manutenção, é


indispensável um Sistema de Conseqüências que estabeleça bônus
pelo atingimento/superação das metas e ônus pelo não atingimento
destas metas.

Este Sistema de Conseqüências deve levar em conta as metas


quantitativas mas, também, a qualidade de gestão. O que garante a
sustentabilidade do negócio é a qualidade da gestão.

Dentro da avaliação da qualidade de gestão, temos os seguintes


fatores:
Gestão Estratégica da Manutenção
Sistema de Conseqüências

* Grau de cumprimento das Diretrizes de Manutenção estabelecidas;


* % de pessoal qualificado e certificado;
* % de pessoal alocado à manutenção preditiva e à engenharia de
manutenção;
* estado geral das instalações nos aspectos de Ordem, Arrumação e
Limpeza;
A ausência de um Sistema de Conseqüências é um forte fator inibidor
do sucesso da Gestão Estratégica.

Pode-se afirmar com certeza, que não existe Gestão Estratégica se


não existir um Sistema de Conseqüências!

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