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Capítulo 1 – Introdução
A globalização dos mercados, associado ao conceito de aldeia global, cada vez mais
competitivo, obriga a que o decisor empresarial conheça e domine todos os custos da
cadeia económica da sua empresa, sob pena de não conseguir obter um adequado retorno
(remuneração) do capital investido.
A Contabilidade de Gestão constitui um instrumento de importância fundamental no dia
a dia da empresa para medir e gerir os custos e os relacionar com os respetivos
resultados. O planeamento entronca-se na Contabilidade de Gestão tendo como objetivo
fundamental encontrar o curso mais provável dos acontecimentos.
Funções da gestão:
Planeamento – Seleção dos objetivos. Desenvolvimento dos caminhos a seguir par
atingir os objetivos.
Organização – Prepara os meios materiais e humanos indispensáveis á realização
dos objetivos fixados
Recrutamento – Seleção, colocação, avaliação e desenvolvimento dos recursos
humanos
Direção – Orientação e supervisão da atividade do pessoal na realização das
tarefas de que foi incumbido
Controlo – Dirigir as operações que assegurem o cumprimento dos objetivos e
planos da organização
Planeamento:
Determinação das linhas de ação com vista a atingir dados objetivos, no futuro, para a
empresa;
Esforço da gestão em antecipar o futuro da empresa (ou, pelo menos, reduzir a
incerteza quanto a esse futuro), preparando a adaptação desta à evolução previsível do
meio envolvente.
Importância do planeamento:
Evidencia problemas que hoje podem ser pouco importantes, mas que poderão
assumir, no futuro, importância para a estabilidade e desenvolvimento da empresa.
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Acentua a importância dos problemas de longo prazo, que de outro modo, tenderiam a
ser secundarizados em favor dos problemas de curto prazo.
Integra os planos de longo prazo com os planos de curto prazo.
Organização e coordenação dos recursos a empregar e das ações a empreender (as
decisões de investimento devem inserir-se no ciclo de planeamento e controlo).
O envolvimento (participativo) dos vários gestores, aos vários níveis da empresa, na
formulação dos objetivos e execução das ações a desenvolver, conduz ao
empenhamento destes na obtenção dos objetivos visados.
Análise da eficiência da gestão e dos gestores.
Organização do planeamento
Alguns fatores influenciam a organização do planeamento, tais como:
Dimensão da empresa
Estrutura funcional da empresa
o Centralizada
o Descentralizada
Homogeneidade ou heterogeneidade dos produtos (ou serviços) produzidos e/ou
comercializados
Personalidade dos gestores
Plano estratégico:
Pretende fixar o rumo, a orientação geral que deve ser seguida, definindo a estratégia
defensiva ou ofensiva adequada à sobrevivência ou desenvolvimento da organização.
Análise do que se deve decidir no presente, para que os objetivos que se desejam
alcançar, sejam atingidos no futuro.
Ameaças Oportunidades
para a sua para o seu desenvolvi-
sobrevivência mento
e crescimento
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Diagnóstico dos pontos fortes e fracos que a empresa apresenta, o que conduz à
fixação de objetivos realistas e à confluência adequada de esforços para a sua
realização.
Não se espera que os planos estratégicos sejam formulados com termos (dados) precisos,
nem se tratem de planos completamente coordenados.
Estes deverão conter previsões, nomeadamente sobre:
Vendas futuras
Aquisição de ativos fixos a longo prazo
Atividades de pesquisa & desenvolvimento
Exigências financeiras
Remuneração dos capitais (lucro)
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Horizonte temporal
O planeamento estratégico requer a consideração de um vasto horizonte temporal (igual ou
superior a 5 anos).
Em termos de horizonte temporal, os planos operacionais por áreas funcionais (produção,
marketing e vendas, financeira, etc.) situam-se em geral, no médio prazo vulgarmente, entre
2 e 5 anos – enquanto a fase orçamental (orçamentos) se contém, normalmente, no quadro de
referência anual.
Vantagens do planeamento:
Definição antecipada das políticas da empresa;
Estimula a participação de todos os níveis de chefia na definição e busca dos
objetivos, estratégias e políticas da empresa;
Exige quantificação das previsões;
Permite à empresa reagir mais rapidamente perante os fatores externos;
Possibilita a utilização mais eficiente dos recursos disponíveis;
Maior harmonia entre os objetivos da empresa e os das partes;
Exige da contabilidade informações realistas e atualizadas;
Permite a autoanálise periódica;
Permite identificar as áreas eficientes e as ineficientes.
Limitações do planeamento:
Baseia se em estimativas;
Deve ser permanentemente adaptado às circunstâncias existentes;
A sua execução não é automática;
É apenas uma ferramenta de apoio à decisão, não podendo, portanto, tomar o lugar da
administração.
Controlo de gestão
O controlo de gestão tem por finalidade verificar se a estratégia da empresa está a ser
conseguida.
Definição:
Esforço sistemático para fazer coincidir os indicadores de atividade com os objetivos
da estratégia,
Estabelecer sistemas de informação da atividade desenvolvida,
Comparar a atividade atual com os standards (padrões) previamente estabelecidos,
Determinar a eventual existência de desvios e avaliar a sua importância,
E ainda assegurar que todos os recursos da empresa estão a ser utilizados da maneira
mais eficaz e eficiente possível para alcançar os objetivos da empresa.
Importância do controlo
Fatores que tornam o controlo uma necessidade de qualquer empresa:
A variação do ambiente das organizações;
O aumento da complexidade das organizações;
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A falibilidade dos membros das organizações, que erram no diagnóstico dos
problemas, nas decisões que tomam;
A necessidade de os gestores delegarem a sua autoridade pressupõe a existência de
controlo, porque delegação sem controlo conduz a anarquia.