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INTRODUÇÃO À

AUDITORIA
Me. Marcela Gimenes Bera Oshita

INICIAR

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introdução
Introdução
Nesta unidade faremos uma introdução ao tema auditoria. Para isso, vamos
tratar inicialmente dos aspectos históricos, legais, sociais e conceituais de
auditoria e mediação.

Na sequência, passaremos a relacionar os aspectos normativos da auditoria,


identificando as normas profissionais do auditor, observando as normas de
controle de qualidade e independência do auditor.

Além disso, identificaremos contextos que utilizamos na revisão externa e


relacionaremos os aspectos sobre o exame de qualificação técnica e cadastro
nacional de auditores independentes.

Por fim, discutiremos a responsabilidade moral do Código de Ética do


Profissional da Contabilidade junto aos profissionais de auditoria e mediação.

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Aspectos Históricos,
Legais, Sociais e
Conceituais de Auditoria e
Mediação

Neste tópico conheceremos os aspectos históricos, características e conceito


de auditoria e mediação. Para isso, passaremos a relacionar os fundamentos
doutrinários sobre a utilidade social de auditoria, mediação e a ética contábil
profissional, analisando as bases teóricas e conceituais sobre auditoria e
mediação.

Aspectos Históricos da Auditoria


Apesar de haver indícios da existência da profissão de auditor desde o século
XIV, foi somente a partir de 1934, nos Estados Unidos, que esta assume
importância e cria um novo estímulo, uma vez que as organizações que
transacionavam ações na Bolsa de Valores foram forçadas a empregar
serviços de auditoria para levar maior credibilidade a suas demonstrações
contábeis (ATTIE, 2018).

Em um cenário mais recente, diversas ocorrências abalaram os alicerces das


estruturas das organizações que, motivadas pela elevação de seus valores
patrimoniais, acabaram transformando informações, que deveriam ser

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confiáveis, em demonstrativos que deram impulso a uma verdadeira


catástrofe financeira mundial  (ATTIE, 2018).

Organizações, anteriormente conhecidas como ícones estruturais, revelaram-


se verdadeiros castelos construídos em areia. Isso resultou em perdas a
diversos acionistas e financiadores de projetos e de investimentos que
basearam suas decisões de investimento em demonstrações contábeis e
financeiras produzidas com elevados lucros e resultados inatingíveis, sem
critérios consistentes (ATTIE, 2018).

Nesse contexto, Attie (2018) salienta que foram realizados, tanto no Brasil
como no exterior, pesquisas e alterações de legislações, visando melhor
adaptação às informações contábeis e o desenvolvimento de normas
internacionais, que possam levar a padronização das informações contábeis e
auxiliar no preparo e na interpretação das mesmas.

Evolução da Auditoria no Brasil


A evolução da auditoria no Brasil está́ relacionada com a implantação de
organizações internacionais de auditoria independentes, decorrentes de
investimentos internacionais que tiveram, obrigatoriamente, suas
demonstrações contábeis auditadas (ATTIE, 2018). Nesse sentido, o autor
salienta que as principais influências que possibilitaram o desenvolvimento da
auditoria no Brasil foram:

a) filiais e controladas de firmas estrangeiras;

b)  avanço do mercado de capitais;

b)  financiamento de organizações brasileiras por meio de entidades


internacionais;

c) crescimento das entidades brasileiras e necessidade de descentralização e


diversificação de suas atividades econômicas;

e) desenvolvimento das normas de auditoria pelo Banco Central do Brasil, em


1972;

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f) criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por


Ações, em 1976.

A Lei das Sociedades por Ações determinou que as S/As (Sociedades


Anônimas) devem observar as normas expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários e, além disso, serão obrigatoriamente auditadas por auditores
independentes, registrados na mesma comissão (ATTIE, 2018).

Assim, a Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que criou a Comissão de


Valores Mobiliários, estabeleceu a disciplina e a fiscalização para as atividades
de auditoria das S/As, dando à referida Comissão atribuição de examinar a
seu critério os registros contábeis, livros ou documentos dos auditores
independentes (ATTIE, 2018).

De acordo com a lei, apenas as empresas de auditoria contábil ou os


auditores contábeis independentes, registrados na Comissão de Valores
Mobiliários, poderão auditar as demonstrações contábeis dessas companhias
e das instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de
distribuição e intermediação de valores mobiliários (ATTIE, 2018). Ainda, a lei
estabeleceu que as empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis
independentes deverão responder, civilmente, pelos prejuízos que causarem
a terceiros devido a culpa ou dolo no exercício de suas funções (ATTIE, 2018).

Como se observa, o exercício da auditoria independente ainda está


condicionado àquelas empresas integrantes do Mercado de Capitais e as do
Sistema Financeiro. Demais empresas são auditadas, geralmente, a pedido de
seus acionistas, proprietários ou por acordos firmados com terceiros como
financiadores, fornecedores, etc. O exercício da auditoria independente ainda
não é aplicável à totalidade das empresas e há todo um mercado a ser
desenvolvido (ATTIE, 2018). Por esse motivo, também, a boa técnica contábil
deixa de ser utilizada e, certamente, não há um padrão quanto à adoção de
princípios contábeis e fiscais usados uniformemente pelas empresas em geral
(ATTIE, 2018).

Cabe destacar que, de acordo com a Lei nº 11.638/2007, há a obrigatoriedade


de um auditor registrado na CVM para empresa de grande porte, cujos ativos

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sejam superiores a R$ 240.000.000,00 ou a receita bruta anual no ano


anterior tenha sido superior a R$ 300.000.000,00.

É importante salientar que a legislação aplicável às Sociedades por Ações,


emitida pela Lei nº 6.404/76, foi atualizada pela Lei nº 11.638/2007, contando
com algumas alterações que permitiram o alinhamento das normas
brasileiras às normas internacionais, denominadas como Normas
Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) (ATTIE, 2018).

Auditoria
O termo auditor provém da língua inglesa, to audit (examinar, ajustar, corrigir,
certificar), e não é exclusivo do ramo contábil, existindo a mesma
nomenclatura em outros enfoques, porém, exercida com objetivos similares.
Nesse sentido, os enfoques da auditoria incluem a auditoria operacional, da
qualidade, digital, contábil e fiscal.

Por auditoria operacional entende-se o exame dos principais processos e


procedimentos, sistema de controle interno cujo principal objetivo é melhorar
a produtividade, bem como a eficiência e a eficácia da operação. Também é
voltada para o vazamento de controle de chaves e processos que causam
desperdício de recursos para, em seguida, recomendar melhorias.

A auditoria da qualidade determina até que ponto os requisitos de qualidade


são atendidos. Para tanto, realiza-se um exame dos processos, produtos e
serviços, a fim de determinar se eles atendem aos requisitos especificados
com relação a dimensões, funcionalidade, segurança e capacidade de
resposta.

Já uma auditoria digital é um exame do desempenho das plataformas digitais,


como sites, contas de mídias sociais e e-mail, projetada para auxiliar a
organização a alavancar as vendas por meio dos recursos digitais, visando
atingir efetivamente as metas estratégicas.

Observe que, na contabilidade, a auditoria corresponde a uma especialização


contábil, orientada para testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial

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com a finalidade de expressar uma opinião sobre determinado dado (ATTIE,


2018). Assim, auditoria é uma intermediação, na qual a principal finalidade é
servir como alicerce para os usuários da informação, conforme seus objetivos.

A auditoria das demonstrações contábeis possui como finalidade examinar as


informações. Assim, é compreensível que todos os itens, formas e métodos
que as influenciam também sejam averiguados (ATTIE, 2018). O exame da
auditoria abrange a análise documental de “livros e registros com
características controladoras, a obtenção de evidências de informações de
caráter interno ou externo que se relacionam com o controle do patrimônio e
a exatidão dos registros e as demonstrações deles decorrentes” (ATTIE, 2018,
p. 5).

A relevância que se dá a cada situação corresponde a uma série de


decorrências dos diferentes segmentos que compõem a entidade (ATTIE,
2018). Nesse contexto, os exames de auditoria executam as normas de
auditoria e inserem procedimentos de comprovação dos dados em pesquisa,
definidos por uma atitude de reflexão competente e independente (ATTIE,
2018). Vejamos, na Figura 1.1,  um resumo da visão da auditoria.

Figura 1.1 - Visão da auditoria

Fonte: Attie (2018, p. 5).


A
atitude mental
é uma atividade de auditoria, fundamentalmente crítica,
focada “nas regras em vigor por força das normas implantadas para o
controle do patrimônio, testando sua atividade e cerceamento às

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possibilidades de riscos e erros (ATTIE, 2018, p. 5). É importante ressaltar que


a ação da auditoria não se limita ao que está registrado nos livros oficiais,
abrangendo também o que pode ter sido omitido (propositalmente ou não)
dos registros principais.

Assim, a auditoria deve buscar todos os meios de provas (internas ou


externas) que estiverem ao seu alcance, a fim de apurar a propriedade dos
registros contábeis, até que se sinta plenamente satisfeita em suas
convicções, uma vez que o trabalho do auditor é primado pela factualidade
(ATTIE, 2018).

A
atitude profissional
reflete a combinação de uma educação profissional
desenvolvida com o conhecimento técnico adquirido pela experiência ou
mediante ao estudo permanente de novas ferramentas de trabalho,
regulamentações, aprimoramento pessoal, complementados pela maturação
pessoal, dando-lhe capacitação mental e intelectual para avaliar e concluir os
dados em exame (ATTIE, 2018).

A
atitude preventiva
na auditoria deve primar pela construção de uma
reputação, alicerçada em padrões morais inatacáveis, uma vez que a posição
da assinatura do auditor no parecer de auditoria é uma atitude preventiva, de
alguém com força moral absoluta para poder dar credibilidade a elas e poder
dizer, de forma evidente, o que precisa ser dito, em qualquer circunstância,
atuando de forma capacitada e lícita na emissão de sua opinião (ATTIE, 2018).

Com isso, podemos perceber que os métodos aplicados pela técnica de


auditoria são retrospecção e análise, uma vez que a auditoria examina os
fatos já ocorridos e realiza, de forma análitica e minunciosa, a retrospecção
como forma de trabalho da auditoria, verificando os fatos passados através
de fatos patrimoniais já sucedidos (CREPALDI, 2016). Assim, o trabalho de
análise, de acordo com Crepaldi (2016) é composto pelas seguintes fases:
levantamento de condições de rotina administrativa financeira e contábil;
planejamento da auditoria; obtenção das provas; relatório de auditoria e
certificados.

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Em cada uma dessas fases, a técnica de auditoria fornece processos de


execução que serão pesquisados no decorrer do presente trabalho,
constituindo matéria ou objeto de estudo e da orientação profissional.

Mediação
No contexto de uma auditoria pode ser necessária a mediação, que é uma
forma de solução de controvérsias e conflitos. Dessa forma, os envolvidos
discutirão sobre um conflito, com a presença de um indivíduo imparcial, sem
caráter vinculativo, que auxiliará na solução do caso,  buscando o consenso
e/ou a realização de acordo.

O tema “Mediação” não é novo, uma vez que isso já vem sendo aplicado no
mundo há milhares de anos, fazendo parte da cultura de diversas populações.
No entanto, recentemente, diversos países vêm formalizando esse tema em
formato de lei. No Brasil por exemplo, há um histórico de regulamentação da
mediação, conforme podemos observar no Quadro 1.1.

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Projeto de Lei nº 4.827/98, com enfoque no modelo


transformativo, foi cingido por outro projeto, elaborado
1998 pelo Instituto de Direito Processual (baseado nos
modelos americanos e argentino), sem tramitação
finalizada.

Projeto de Lei nº 94/2002, versão unificada dos dois


2002 projetos voltada a Mediação Judicial - aprovada pela
Comissão de Constituição e Justiça.

Projeto substitutivo à Comissão de Constituição e


2004
Justiça.

Projeto de Lei nº 517/2011, para regulamentação da


2011 mediação judicial e extrajudicial, sem avanços na
aprovação

Criação de duas comissões: do Senado (mudança na Lei


2013 da Arbitragem e Mediação Privada) e do Ministério da
Justiça (Mediação Judicial e Privada).

Somados ao Projeto de Lei nº 217/2011, resultaram no


Projeto de Lei nº 7.169/2014, regulamentando a
2014/2015 mediação privada e no âmbito da Administração
Pública, com debates e alterações que resultaram na
Lei nº 13.140/2015.
Quadro 1.1 -  Histórico de regulamentação da mediação no Brasil

Fonte: Martins (2017, p. 62)

Assim, de acordo com a Lei nº 13.140/2015, “considera-se mediação a


atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que,
escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou
desenvolver soluções consensuais para a controvérsia” (BRASIL, 2015).

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Conforme o Art. 2o da Lei nº 13.140/2015, a mediação será orientada pelos


princípios a seguir:

I – imparcialidade do mediador;

II – isonomia entre as partes;

III – oralidade;

IV – informalidade;

V – autonomia da vontade das partes;

VI – busca do consenso;

VII – confidencialidade;

VIII – boa-fé.

Nesse contexto, Martins (2017) destaca que há diversas escolas ou modelos


de mediação, entretanto, os mais utilizados são a Teoria de Harvard, o
Modelo Transformativo e o Modelo Circular Narrativo.

A
Escola ou Teoria de Harvard
é baseada em uma negociação que
fundamenta os demais modelos, uma vez que parte da negociação com
princípios, baseada em interesses. Nesse sentido, os princípios fundamentais
são:

separar os indivíduos do problema, de forma que o problema é o


foco a ser solucionado;
focar nos interesses, sendo que interesses de ambas as partes
devem ser considerados, escutados e identificados;
criar opções de ganhos para ambas as partes, apresentando opções
de solução por meio de interesses comuns e convergentes;
focar nos critérios objetivos, a fim de construir opções de acordo com
a realidade.

O
Modelo Transformativo
trabalha o conflito com a oportunidade de
crescimento, transformação de reconhecimento e empoderamento do outro.
Esse empoderamento permite que os indivíduos percebam seu valor e a sua
capacidade de resolver o problema. Dessa forma, os efeitos da mediação são
um processo de reforçar a capacidade dos indivíduos em tomar decisões

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sozinhos e, ainda, verem e considerarem a perspectiva do outro (MARTINS,


2017).

O
Modelo Circular Narrativo
foca na construção das histórias do indivíduos
que estão envolvidos, para verificar novas percepções sobre os conflitos. Esse
modelo é fundamentado na terapia familiar sistêmica e nas teorias narrativas,
com a utilização de perguntas circulares (MARTINS, 2017). Assim, esse modelo
emerge na comunicação, causalidade, vínculos e reflexão, permitindo
transformar uma história conflitiva em uma colaborativa.

praticar
Vamos Praticar
Uma auditoria contábil é o exame realizado nas demonstrações financeiras de uma
organização, feito por um auditor independente que vai examinar o balanço,
demonstração de resultados, demonstração de alterações no capital próprio e
demonstração dos fluxos de caixa. Considerando os aspectos que envolvem a
auditoria contábil,
assinale a alternativa correta
.

a)
O auditor realiza previsões sobre o que pode acontecer no futuro e, por
isso, pode garantir que a empresa continuará no negócio de forma
indefinida.
b)
É função da auditoria auditar outras informações fornecidas aos membros
da organização, como por exemplo, o relatório dos diretores.
c)
A auditoria é realizada durante um período de tempo indefinido, e os
auditores estarão na entidade o tempo todo.
d)
É função da auditoria julgar a adequação das atividades de negócios da
organização ou estratégias e decisões tomadas pelos diretores.

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e)
A auditoria possui como finalidade principal servir como alicerce para os
usuários da informação, de acordo com seus objetivos.
Feedback:
alternativa
correta
, a alternativa está correta, uma vez que o
objetivo de uma auditoria é formar uma visão sobre se as informações
apresentadas no relatório financeiro que, quando tomadas como um todo,
refletem a posição financeira da organização em uma determinada data.

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Aspectos Normativos da
Auditoria

Neste tópico passaremos a descrever os aspectos normativos da auditoria.


Vamos identificar as normas profissionais do auditor – NBC PA 01 – NBC PA
290 (R 2) e NBC PA 291 (R2), além de observar as Normas de Controle de
Qualidade e Independência do Auditor.

NBC TI 01
Esta norma dedica-se à atividade e aos procedimentos de Auditoria Interna
(contábil), desenvolvidos nas pessoas jurídicas de direito privado ou  público,
interno ou externo. Compreende as análises, exames, avaliações,
levantamentos e comprovações, estruturados de forma a avaliar a
adequação, integridade, eficiência, eficácia e os processos dos sistemas de
informações e controles internos da empresa, com o objetivo de assistir à
administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.

Com a finalidade de agregar valor ao resultado da organização, a atividade de


auditoria interna apresenta bases para o aperfeiçoamento dos processos, da

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gestão e dos controles internos, mediante a recomendação de soluções para


as não-conformidades destacadas nos relatórios.

A auditoria interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho,


com abrangência e grau de detalhe para propiciar a compreensão, elaborados
e organizados de forma sistemática e racional, armazenados de forma física
ou eletrônica. Obtido no curso da auditoria, os papéis de trabalho são
documentos e registros dos fatos, informações e provas, que tem o objetivo
de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas,
sugestões e recomendações.

A auditoria interna deve informar a administração da empresa por escrito, de


forma reservada, sobre eventuais indícios ou confirmações de irregularidades
detectadas no decorrer de seu trabalho, uma vez que essa possui o papel de
assessorar a administração da empresa no trabalho de prevenção de fraudes
e erros.

O termo “erro” se refere a um ato não-intencional de desconhecimento ou má


interpretação, omissão, desatenção aos fatos nas transações e operações da
entidade ou na elaboração de registros, informações e demonstrações
contábeis. Por outro lado, o termo “fraude” aplica-se ao ato intencional de
adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e
demonstrações contábeis, omissão e/ou manipulação de transações e
operações, em termos físicos ou monetários.

Assim, as auditorias internas, possuem o papel de avaliar e melhorar a


eficácia da governança, gerenciamento de riscos e controle de processos
críticos, bem como fornecer ao conselho e à administração informações e
garantias relacionadas aos seus deveres.

As funções da auditoria interna desempenham um papel fundamental em


ajudar os executivos a chegarem a suas conclusões. Assim, os esforços de
auditoria interna para identificar falhas nos controles internos ajudam a
proteger contra possíveis fraudes, desperdício ou abuso, além de garantir a
conformidade com leis e regulamentos.

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Nesse contexto, uma auditoria interna deve ter quatro fases gerais de
atividades, como: planejamento, trabalho de campo, relatórios e
acompanhamento. A seguir, uma breve sinopse de cada fase.

Durante o processo de
planejamento
, a equipe de auditoria interna definirá
o escopo e os objetivos, revisará a orientação relevante para auditoria (por
exemplo, leis, regulamentos, padrões do setor, políticas e procedimentos da
empresa, etc.), revisará os resultados de auditorias anteriores, definirá um
cronograma e orçamento para a auditoria, criará um plano de auditoria a ser
executado, identificará os responsáveis pelo processo para envolver e irá
agendar uma reunião de início para iniciar a auditoria. Dessa forma, o
planejamento deve se atentar aos seguintes fatores:

a) o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da empresa;

b) o conhecimento da política e dos instrumentos de gestão de riscos da


empresa;

c) o conhecimento do grau de confiabilidade da empresa, por meio das


atividades operacionais e do sistema contábil e de controles internos;

d) a existência de empresas associadas, filiais que estejam no âmbito dos


trabalhos da auditoria;

e) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria


interna a serem aplicados, de acordo com a política de gestão de riscos da
empresa;

f) o conhecimento do resultado em relação a trabalhos anteriores,


semelhantes ou relacionados;

g) as orientações e as expectativas externadas pela administração aos


auditores;

h) os riscos de auditoria, pela complexidade das transações e operações.

O
trabalho de campo
é o ato real de auditoria. Durante essa fase, a equipe
de auditoria executará o plano de auditoria. Isso, geralmente, inclui

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entrevistar pessoas-chave para confirmar o entendimento do processo e dos


controles, revisar documentos e artefatos relevantes para um exemplo de
execução dos controles, testar os controles de uma amostra durante um
período de tempo, documentar o trabalho realizado e identificar exceções e
recomendações. Porém, é importante salientar que ao empregar o método de
amostragem o mesmo deve ser projetado de forma que a amostra possa
proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada.

Perceba que os procedimentos de auditoria exigem exames e investigações, o


que inclui testes de observância (dos controles internos) e testes substantivos
(obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade), os quais
permitem ao auditor interno conseguir evidências suficientes para
fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade.
É relevante destacar que, nos testes de observância, deve-se realizar os
seguintes procedimentos: inspeção, observação, investigação e confirmação.

Nesse contexto, o processo de obtenção e avaliação das informações


compreende a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos
objetivos e ao alcance da auditoria interna, devendo ser observado se a
informação é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e
informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno; se a
informação é relevante e dá suporte às conclusões e às recomendações da
auditoria interna; se a informação é adequada e confiável e propicia a melhor
evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de auditoria
interna; e, por fim, se a informação é útil e auxilia a entidade a atingir suas
metas.

O
relatório
deve ser escrito de forma clara e sucinta para evitar
interpretações erradas e encorajar o público-alvo a realmente ler e entender
o relatório. Os resultados devem ser acompanhados por recomendações que
sejam acionáveis e levem diretamente a melhorias no processo. Deve ser
apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, de
forma a ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo.

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saiba mais
Saiba mais
O relatório é o documento que a auditoria
interna apresenta como resultado dos seus
trabalhos e, por isso, deve ser descrito com
objetividade e imparcialidade, expressando e
evidenciando as suas conclusões,
recomendações e providências a serem
tomadas pela organização. Para saber mais,
assista ao vídeo.

ACESSAR

Por fim, o
acompanhamento
é fundamental para garantir que as
recomendações tenham sido implementadas, abordando os resultados
identificados. Esse processo deve incluir acompanhamento adequado junto
aos proprietários do processo, que precisam implementar as recomendações,
bem como a supervisão da diretoria sobre o
status
geral da empresa ao
abordar os resultados identificados pela auditoria interna. Se uma
organização falhar em acompanhar a implementação das recomendações, é
improvável que as mudanças sejam feitas.

NBC PA 01
Esta norma trata das responsabilidades do auditor (se aplica a todas as
firmas, auditores pessoas jurídicas e pessoas físicas, doravante referido como
empresa auditora) por seu sistema de controle de qualidade com relação a
auditorias e revisões de demonstrações contábeis, outros trabalhos de
asseguração e serviços correlatos, de forma que cumpram as exigências
éticas relevantes às quais estão sujeitas a equipe de trabalho e o revisor do
controle de qualidade, que comumente compreendem o Código de Ética
Profissional do Contabilista, bem como outras questões previstas nas Normas
Brasileiras de Contabilidade PAs.

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O objetivo da empresa auditora deve ser de estabelecer e manter um sistema


de controle de qualidade, visando obter segurança razoável para que sua
equipe cumpra as normas técnicas e as exigências regulatórias e legais
aplicáveis. Também deve ter por objetivo que os relatórios sobre
demonstrações contábeis e demais relatórios, emitidos pela empresa
auditora e pelos sócios encarregados do trabalho, sejam apropriados às
circunstâncias.

A empresa auditora deve estabelecer e manter um sistema de controle de


qualidade que inclua políticas e procedimentos que tratam dos seguintes
elementos:

responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;


exigências éticas relevantes;
aceitação e continuidade do relacionamento com clientes e de
trabalhos específicos;
recursos humanos;
execução do trabalho;
monitoramento.

A empresa auditora deve documentar suas políticas e procedimentos e


comunicá-las a sua equipe, estabelecendo, assim, políticas e procedimentos
para promover uma cultura interna que reconheça que a qualidade é
essencial na execução dos trabalhos. Desse modo, garantirá uma segurança
razoável  para que a empresa auditora e seu pessoal cumpram as exigências
éticas relevantes e mantenham a independência requerida.

As políticas e procedimentos devem permitir à empresa auditora comunicar


seus requisitos de independência à sua equipe e às outras pessoas sujeitas a
elas, bem como identificar e avaliar circunstâncias e relações que criam
ameaças à independência, e tomar as medidas protetivas para eliminá-las ou
reduzi-las a um nível aceitável ou, se considerado apropriado, retirar-se do
trabalho, quando permitido por lei ou regulamentação.

Uma vez por ano, a empresa auditora deve obter confirmação por escrito do
cumprimento de suas políticas e procedimentos sobre independência de toda

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a sua equipe que, por exigências éticas relevantes, precisa ser independente.

NBC PA 290
Esta norma trata da relação de independência para trabalhos de asseguração,
de auditoria e de revisão limitada ou especial, em que o auditor expressa
conclusão sobre as demonstrações contábeis. Esses trabalhos compreendem
os procedimentos de auditoria e de revisão para emissão de relatórios.

Nesse contexto, a norma orienta empresas auditoras e membros das equipes


de auditoria sobre a importância dos trabalhos de auditoria serem
independentes dos clientes da auditoria, tendo por objetivo auxiliar as
empresas auditoras e a sua equipe na aplicação dos conceitos de
independência de pensamento e aparência, independência para a conquista e
manutenção da independência.

A independência de pensamento é uma postura que permite que a empresa


auditora realize a apresentação de sua conclusão sem sofrer efeitos de
influências que comprometam o julgamento profissional, possibilitando,
assim, que o auditor atue com integridade, objetividade e ceticismo
profissional.

Nesse contexto, os conceitos sobre a independência devem ser aplicados por


auditores visando eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.
Assim, de acordo com esta norma, as ameaças podem se enquadrar em uma
ou mais de uma das categorias a seguir.

(a) Ameaça de defesa de interesse do cliente: é aquela em que o auditor


promoverá ou defenderá a posição de seu cliente, de forma que a sua
objetividade fique comprometida.

(b) Ameaça de autorrevisão: é aquela em que o auditor não avaliará os


resultados do julgamento dado ou serviço prestado por ele de forma
apropriada, nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como
parte da prestação do serviço atual.

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(c) Ameaça de interesse próprio: é aquela em que interesse financeiro ou


outro interesse influenciará de forma não apropriada no julgamento ou no
comportamento do auditor.

(d) Ameaça de intimidação: é aquela em que o auditor será dissuadido de agir


de forma objetiva, em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo
tentativas de exercer influência indevida sobre o mesmo.

(e) Ameaça de familiaridade: é aquela em que, devido ao relacionamento


longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses
dele ou aceitará o trabalho sem muito questionamento.

Quando o auditor avalia que não podem ser aplicadas medidas para eliminar
as ameaças, ou reduzi-las a um nível aceitável, o mesmo deve eliminar a
circunstância ou relacionamento que cria as ameaças, declinar ou
descontinuar o trabalho de auditoria.

NBC PA 291 (R2)


Esta norma trata dos trabalhos de asseguração que
não são trabalhos de
auditoria ou de revisão
, com relação aos requisitos de independência. Esse
trabalho se destina a elevar o nível de confiança dos usuários com relação ao
resultado da avaliação ou mensuração de objeto fundamentado em critérios.

Para cumprir o princípio fundamental de objetividade, é necessário ser


independente dos clientes de asseguração, uma vez que, se o trabalho de
asseguração é de interesse público e, portanto, requerido por esta norma, é
necessário que sejam avaliadas quaisquer ameaças que a empresa auditora
acredita que são criadas por interesses e relacionamentos entre membros da
equipe e o cliente.

Assim, a norma possui como objetivo auxiliar as empresas auditoras e os


membros das equipes de asseguração no emprego da abordagem da
estrutura conceitual, para a conquista e manutenção da independência.
Assim, a abordagem da estrutura conceitual deve ser aplicada pelos
profissionais para: identificar ameaças à independência; avaliar a importância

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das ameaças identificadas; aplicar salvaguardas, quando necessário, para


eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável.

Para identificar a ameaça, o auditor deve exercer seu julgamento profissional


ao aplicar a estrutura conceitual para decidir se aceita ou não continuar o
trabalho. Assim, os trabalhos de asseguração podem ser fundamentados em
afirmações ou por meio de relatório direto. Independente disso, eles
possuem três partes distintas: o auditor, a parte responsável e os usuários
previstos.

No trabalho de asseguração desenvolvido com base em afirmações, a


avaliação ou a mensuração do objeto é feita pela parte responsável e as
informações sobre o objeto estão fundamentadas na afirmação efetuada, que
é disponibilizada aos usuários.

Por sua vez, no trabalho de asseguração de relatório direto, o auditor realiza


diretamente a avaliação ou a mensuração do objeto ou obtém uma
representação da parte responsável que desenvolveu a avaliação ou
mensuração, que não está disponível para os usuários. As informações sobre
o objeto são fornecidas aos usuários que estão no relatório de asseguração.

praticar
Vamos Praticar
Para que o auditor realize um parecer com confiabilidade perante a sociedade e as
demais instituições regulamentadoras, é importante que o profissional conheça e
siga fielmente as normas. Considerando as normas,
assinale a alternativa correta.

a)
As normas de auditoria orientam sobre a importância dos trabalhos serem
independentes dos clientes de auditoria.

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Feedback:
alternativa
correta
, a alternativa está correta, pois é essa relação
de independência que dará credibilidade para os relatórios da auditoria com
relação às demonstrações financeiras da organização.
b)
A NBC PA 291 (R2) trata de trabalho de asseguração de auditoria ou de
revisão
c)
A NBC PA 290  é a norma que trata de trabalho de asseguração que não
são trabalhos de auditoria ou de revisão.
d)
Ameaça de autorrevisão é aquela em que o auditor avaliará os resultados
de forma apropriada.
e)
A ameaça de familiaridade é aquela que ocorre devido ao relacionamento
do auditor com um parente que trabalha na empresa.

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Aspectos Normativos da
Auditoria: Normas
Profissionais do Auditor

Uma auditoria externa, conduzida por um auditor independente, é,


geralmente, destinada a certificar as demonstrações financeiras de uma
empresa. Essa certificação é exigida por certos investidores e credores e por
todas as empresas de capital aberto.

Assim, neste tópico, passaremos a discutir os aspectos normativos da


auditoria, destacando as normas profissionais do auditor, conhecidas como
NBC PA 11 e NBC PA 13. Identificaremos, também, os contextos em que
utilizamos a revisão externa, relacionando os aspectos sobre o exame de
qualificação técnica e o cadastro nacional dos auditores independentes.

NBC PA 11
A NBC PA 11 é uma norma que se aplica apenas para o auditor com registro
na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Possui como objetivo a revisão
pelos pares, que é um processo de assistência do controle de qualidade dos
trabalhos realizados pelos auditores independentes. Tem por finalidade
avaliar os procedimentos adotados pelo auditor independente e a empresa

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de auditoria, visando assegurar o trabalho desenvolvido, mensurando a


qualidade por meio do atendimento às Normas Brasileiras de Contabilidade e
demais normas emitidas por órgãos reguladores.

Nesse contexto, o auditor independente e/ou a empresa de auditoria deve se


submeter ao Programa de Revisão Externa de Qualidade (CRE), conforme os
critérios estabelecidos pela NBC PA 11 (Controle de Qualidade para Firmas de
Auditores Independentes). Dessa forma, o revisor é o auditor contratado pelo
revisado, que é responsável pela realização do trabalho de Revisão pelos
Pares.

Podemos observar que a Revisão pelos Pares é uma análise realizada por um
auditor independente nos trabalhos já realizados por outro auditor
independente, buscando verificar se os trabalhos realizados estão em de
acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho
Federal de Contabilidade, e demais normas emitidas por órgãos reguladores.
Além disso, verifica se o sistema de controle de qualidade desenvolvido e
adotado pelo auditor está de acordo com o previsto na NBC PA 01.

O auditor deve submeter-se à Revisão pelos Pares, no mínimo, uma vez a


cada ciclo de quatro anos, considerando que devem ser selecionados para
inclusão no programa de revisão os auditores que obtiveram seu cadastro na
CVM no ano anterior, que será definido como o ano-base da revisão, bem
como os auditores que tiveram problemas específicos na última revisão e que
foram relatados ao  CRE.

A revisão deve ser organizada de forma a permitir que o Revisor emita a sua
opinião sobre o sistema de controle de qualidade dos trabalhos
desenvolvidos pelo revisado por meio de relatório e carta de recomendações,
que devem ser encaminhados ao CRE, com um plano de ação do Revisado e a
cópia do questionário base.

Nesse contexto, o Revisado deve submeter-se à nova revisão no ano


subsequente, quando: o relatório de revisão e/ou o plano de ação não
tiverem sido aprovados pelo CRE; não atender aos prazos estabelecidos pelo

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CRE e não indicar Revisor para efetuar os trabalhos de revisão externa de


qualidade nos prazos estabelecidos pelo CRE.

O Revisor e a sua equipe devem ter independência em relação ao Revisado,


conforme as definições previstas nas Normas Brasileiras de Contabilidade,
bem como em outras normas emitidas por órgãos reguladores.

NBC PA 13
A NBC PA 13 é um conjunto de normas de registro e atuação dos auditores
independentes, uma vez que, para exercer a atividade de auditoria
independente, é necessário possuir o registro como contador no Conselho
Regional de Contabilidade e ter sido aprovado na prova de qualificação
técnica da CVM.

Assim, o interessado na obtenção do registro como Auditor Independente,


pessoa física ou jurídica, deve realizar uma leitura muito atenta das Normas
de Exercício, uma vez que, em hipótese alguma, a alegação de
desconhecimento das normas será aceita como justificativa para um eventual
descumprimento dos deveres estabelecidos.

E, para conseguir o registro de auditor independente, o profissional deve


comprovar, de acordo com o Art. 7º da Instrução CVM 308, exercício da
atividade de auditoria por cinco anos, contados a partir da data do registro
em Conselho Regional de Contabilidade na categoria de contador (COMISSÃO
DE VALORES MOBILIÁRIOS, 1999).

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saiba mais
Saiba mais
Após o cumprimento das exigências
normativas, o interessado pode encaminhar
o pedido à Autarquia, acompanhado da
documentação exigida.
Para saber mais, leia o artigo
Resumo
comentado das normas de registro e atuação
dos auditores independentes
, da Comissão de
Valores Mobiliários.

ACESSAR

Nesse contexto, ao se registrar na CVM, o auditor independente assume


deveres perante à CVM e ao mercado, devendo, sob pena de multa, manter
atualizados os seus dados cadastrais.

O auditor independente poderá ter o registro e o cadastro na Comissão de


Valores Mobiliários suspenso ou cancelado, em caso de: ser comprovada a
falsidade dos documentos ou declarações apresentados para a obtenção do
registro na Comissão de Valores Mobiliários; ser descumpridas quaisquer das
condições necessárias à sua concessão ou à sua manutenção, ou se for
verificada a superveniência de situação impeditiva; ou tenham sofrido pena
de suspensão ou cancelamento do registro profissional, transitada em
julgado, aplicada pelo órgão fiscalizador da profissão.

Ou, ainda, por sentença judicial transitada em julgado, tenham sido


declarados insolventes, condenados em processo-crime de natureza
infamante, ou por crime ou contravenção de conteúdo econômico, impedidos
de exercer cargo público ou declarados incapazes de exercerem os seus
direitos civis.

É importante destacar que os auditores independentes deverão manter uma


política de educação continuada, de acordo com as diretrizes aprovadas pelo

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Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com o objetivo de garantir a


qualidade e o pleno atendimento das normas de auditoria de demonstrações
contábeis. Em caso de descumprimento, ensejará a imediata suspensão do
registro do auditor independente, até que seja apresentado novo certificado
de aprovação no Exame de Qualificação Técnica. Vale ressaltar que o registro
na CVM tem um custo, que é a taxa de fiscalização paga trimestralmente.

Destaca-se ainda que a atividade do auditor independente precisa ser


rotativa,  sendo que o mesmo não pode prestar serviços para um mesmo
cliente por prazo superior a cinco anos seguidos, exigindo-se um intervalo
mínimo de três anos para a sua recontratação.

Nesse contexto, destacamos a NBC PA 13 (CONSELHO FEDERAL DE


CONTABILIDADE, 2015), que informa que os auditores independentes
possuem deveres e responsabilidades de:

I - verificar:

a) se as informações apresentadas no relatório da administração da entidade


estão de acordo com as demonstrações contábeis auditadas;

b) se as demonstrações contábeis e o relatório de auditoria foram divulgados,


conforme as disposições da lei societária, e se estes correspondem às
demonstrações contábeis auditadas e ao relatório emitido;

c) se as destinações do resultado da entidade estão em conformidade com as


disposições da lei societária, com o seu estatuto social e com as normas
emanadas da CVM;

d) o eventual descumprimento das disposições legais e regulamentares


aplicáveis às atividades da entidade auditada.

II - desenvolver e encaminhar à administração e ao Conselho Fiscal, relatório


com suas considerações em relação aos controles internos e aos
procedimentos contábeis da organização auditada, descrevendo as
deficiências ou ineficácias identificadas durante os trabalhos;

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III - conservar toda a documentação, correspondência, papéis de trabalho,


relatórios e pareceres relacionados com o exercício de suas funções, por um
prazo mínimo de cinco anos, ou por prazo superior por determinação
expressa desta Comissão em caso de Inquérito Administrativo;

IV - conforme o caso, sempre que emitir relatório de revisão de informações


intermediárias ou relatório de auditoria adverso ou com ressalva a fim de
 indicar em quanto as contas ou subgrupos de contas do ativo, passivo,
resultado e patrimônio líquido estão afetados pela adoção de procedimentos
contábeis conflitantes com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem
como os efeitos no dividendo obrigatório e no lucro ou prejuízo por ação;

V - permitir o acesso à fiscalização da CVM, de forma que permita a


reprodução dos documentos referidos no item III, que tenham servido de
base para a emissão do relatório de revisão de informações intermediárias ou
relatório de auditoria;

VI - no caso de substituição de auditores, considerando os aspectos de sigilo e


mediante prévia concordância da entidade auditada, deve-se possibilitar o
acesso do novo auditor contratado aos documentos e informações que
serviram de base para a emissão dos relatórios de revisão de informações
intermediárias ou relatórios de auditoria dos exercícios anteriores;

VIII – informar os principais assuntos de auditoria nos relatórios de auditoria


de todas as entidades reguladas ou supervisionadas pela CVM, nos termos
das normas profissionais de auditoria independente aprovadas pelo CFC.

praticar
Vamos Praticar
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Uma auditoria resulta em uma opinião sobre se as demonstrações financeiras


fornecem uma visão “verdadeira e justa” do estado de coisas da organização e
operações para o período. Considerando os aspectos relacionados à NBC PA 13,
assinale a alternativa correta.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade NBC


PA 13, de 21 de agosto de 2015. Dá nova redação à NBC PA 13 (R1) que dispõe sobre
o Exame de Qualificação Técnica.
Diário Oficial da União, Brasília
, 02 set. 2015.
Disponível em: <
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2015/NBCPA13(R2)
>.  Acesso em: 05 jul. 2019.

a)
O registro na CVM tem um custo, que é a taxa de fiscalização que deve ser
paga a cada dois anos.
b)
Para se tornar uma auditor independente, é necessário cursar
contabilidade e se inscrever na CVM.
c)
O auditor independente pode atender um cliente por um prazo superior a
cinco anos, uma vez que ele já conhece os aspectos relacionados na
organização.
d)
O auditor não tem a obrigação de dar acesso à CVM para realizar a
fiscalização na documentação, relacionada com o exercício de suas funções.
e)
Os auditores independentes deverão manter-se atualizados, por meio de
uma política de educação continuada, conforme as diretrizes aprovadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade.
Feedback:
alternativa
correta
, a alternativa está correta, uma vez que, a
educação continuada parte das diretrizes aprovadas pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC), com o objetivo de garantir a qualidade e o pleno
atendimento das normas de auditoria de demonstrações contábeis.

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Estruturação do Trabalho
de Auditoria

Neste tópico compreenderemos como estabelecer as funções fundamentais


sobre a estruturação do trabalho de auditoria. Avançaremos, ainda, tratando
da NBC TA 200 (Trabalhos de Asseguração). Por fim, passaremos a discutir a
responsabilidade moral, apresentada pelo Código de Ética do Profissional da
Contabilidade, junto aos profissionais de auditoria e mediação.

NBC TA 200
A norma apresentada trata das responsabilidades do auditor independente
com relação à condução da auditoria das demonstrações contábeis em
conformidade com as normas de auditoria. Assim, expõe os objetivos gerais
do auditor independente e esclarece a natureza e o alcance de uma auditoria,
a fim de proporcionar o cumprimento desses objetivos, determinando as
responsabilidades gerais do mesmo, aplicáveis em todas as auditorias,
incluindo a obrigação de atender todas as Normas Brasileiras de
Contabilidade TAs.

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reflita
Reflita
Uma auditoria interna para fins de avaliação de controle, em
uma empresa de pequeno porte, deve ser realizada
obrigatoriamente por um auditor independente?

O termo obrigatoriedade soa muito forte quando se trata de


uma auditoria interna, uma vez que um contador pode ser
especializado em auditoria interna e não possuir o registro na
CVM. A obrigatoriedade vai depender dos fins da auditoria.

Fonte: Elaborado pela autora.

Ao realizar uma auditoria de demonstrações contábeis, as responsabilidades


são: apresentar parecer sobre as demonstrações contábeis e comunicá-lo,
como exigido pelas NBC TAs, de acordo com as constatações do auditor; obter
a segurança razoável de que as informações nas demonstrações, no geral,
estão livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando,
assim, que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações
contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.

Não obstante, nos casos em que não for possível obter com segurança uma
opinião com ressalva no relatório do auditor, as NBC TAs destacam que o
auditor deve se abster de emitir uma opinião ou que renuncie ao trabalho,
quando isso for possível.

Nesse contexto, as NBC TAs apresentam os seguintes termos, que possuem


os significados atribuídos a seguir.

Evidências de auditoria: são informações empregadas pelo auditor


para obter as conclusões em que baseia a sua opinião, incluindo

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informações contidas nos registros contábeis subjacentes às


demonstrações contábeis e outras informações.
Estrutura de relatório aplicável: é aquela que a administração
emprega na elaboração das demonstrações contábeis que são
exigidas por lei.
Risco de auditoria: é aquele em que o auditor expressa uma opinião
de auditoria não adequada quando as demonstrações contábeis
contiverem distorção relevante.
Risco de detecção: é aquele que ocorre quando não é detectada uma
distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em
conjunto com outras distorções.

Código de Ética
O Código de Ética do Profissional Contábil (CONSELHO FEDERAL DE
CONTABILIDADE, 2019) orienta que a conduta no exercício da profissão deve
ser honesta, diligente, zelosa, em conformidade com a legislação atual e
resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo
da dignidade e independência profissionais.

Nesse aspecto, o Código de Ética ajuda na conduta moral dos profissionais


das áreas contábeis, de forma que tais profissionais atuem junto aos demais,
com relação aos direitos e deveres, para uma concorrência no mercado de
forma justa, em uma mesma base.

O Código de Ética Profissional possui como finalidade fixar a forma pela qual
os contadores devem conduzir o exercício de sua profissão, de maneira que
leve o profissional a adotar uma conduta pessoal, conforme os princípios
éticos conhecidos e aceitos pela sociedade.

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saiba mais
Saiba mais
Para saber mais sobre o código de ética, que
apresenta os deveres do contador,  as
vedações, permissibilidades e penalidades,
leia a
Norma Brasileira de Contabilidade,
NBC
PG 01
, que apresenta, na íntegra, o Código
de Ética Profissional do Contador.

ACESSAR

A ética profissional recai sobre o profissional da contabilidade, que é quem vai


atuar no âmbito da auditoria. Sem ética, este profissional não sobrevive, uma
vez que, para cumprir com seus deveres, deve ter conhecimento técnico da
matéria, mas, sobretudo, deve ter conhecimento de seus deveres éticos.

Podemos perceber que a integridade é o valor central da ética do auditor,


pois o mesmo é obrigado a cumprir normas elevadas de conduta de
honestidade e imparcialidade ao realizar seu trabalho, bem como em suas
relações com o pessoal das entidades auditadas. Essa percepção da
integridade dos auditores é que faz com que a confiança da sociedade seja
preservada (CREPALDI, 2016). Nesse sentido, o auditor deve ser íntegro em
tudo que envolve:

o cliente, quanto às suas exposições e opiniões, desenvolvimento de


seu trabalho e os serviços e honorários profissionais;
a entidade de classe, sendo leal quanto à concorrência dos serviços
junto a terceiros, não tirando proveito na concessão de benefícios
financeiros, colocando em risco os objetivos do trabalho;
ao público em geral e pessoas interessadas, com relação à opinião
emitida, de forma a transmitir validade e certificando a veracidade ou
não das informações contidas nas demonstrações contábeis.

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Assim, a confiança de uma sociedade pode ser medida em função do que é


correto e justo, e exige que os auditores se ajustem tanto à forma quanto ao
espírito das normas de auditoria e de ética (CREPALDI, 2016). Nesse sentido, é
importante que os auditores se ajustem aos princípios de objetividade (ou
imparcialidade) e independência, e mantenham normas acertadas de conduta
profissional, tomando decisões de acordo com o interesse público, aplicando
critérios de honestidade absoluta na realização de seu trabalho.

praticar
Vamos Praticar
O Código de Ética é uma declaração de princípios e expectativas que regem o
comportamento de indivíduos e organizações na condução da auditoria.
Considerando essa temática, assinale a alternativa correta.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade NBC


PG 01, de 07 de fevereiro de 2019. Aprova a NBC PG 01 - Código de Ética Profissional
do Contador.
Diário Oficial da União
, Brasília, 14 fev. 2019. Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2019/NBCPG01&arquivo=NBCPG01.doc
>. Acesso em: 14 jul. 2019.

a)
O Código de Ética Profissional tem como função fixar uma forma de
conduta que deve ser adotada pelos indivíduos com relação à sua vida.
b)
Conforme a ética, o auditor é obrigado a cumprir normas elevadas de
conduta de honestidade e parcialidade ao realizar seu trabalho.
c)
A astúcia é o valor central da ética do auditor, que é obrigado a cumprir
normas elevadas de conduta e de honestidade.

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d)
As equipes de auditoria de comportamento ético devem ser
independentes de qualquer interferência durante o processo de auditar.
Feedback:
alternativa
correta
, uma vez que as equipes de auditoria de
comportamento ético devem estar livres de interferência ou prejuízo de
qualquer departamento ou função de gerenciamento da organização.
e)
Considerando a ética, os auditores podem se apresentar mesmo
desconhecendo conhecimentos sobre determinado assunto.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Auditoria: abordagem moderna e completa


Marcelo Cavalcanti Almeida
Editora:
Atlas
ISBN:
978-85-97-01379-5
Comentário:
O livro indicado aborda a metodologia e a
prática em auditoria nas demonstrações financeiras,
voltado para a realidade brasileira, conforme a Lei das
Sociedades por Ações atualizada.

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FILME

Enron - os mais espertos da sala


Ano:
2005
Comentário:
este é um documentário que trata do
caso da Empresa Enron, que era uma das maiores
companhias energéticas dos Estados Unidos. O caso
ficou conhecido como o crime empresarial do século,
isto é, um dos maiores escândalos corporativos das
últimas décadas. O caso resultou em leis mais robustas
no ramo da contabilidade e auditoria no mundo todo.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade tivemos a oportunidade de conhecer os aspectos introdutórios
do tema auditoria. Nesse contexto, aprendemos sobre os aspectos históricos,
legais, sociais e conceituais de auditoria e mediação.

Vimos, também, os aspectos normativos da auditoria, identificando as normas


profissionais do auditor, observando as normas de controle de qualidade e
independência do auditor. Ainda, pudemos identificar contextos em que
utilizamos a revisão externa e relacionar os aspectos sobre o exame de
qualificação técnica e cadastro nacional de auditores independentes.

Por fim, você pôde compreender, também, os aspectos que envolvem a


responsabilidade moral do Código de Ética do Profissional da Contabilidade
junto aos profissionais de auditoria e mediação.

referências
Referências
Bibliográficas
ALMEIDA, M. C.
Auditoria
: abordagem moderna e completa. 9. ed. São Paulo:
Atlas. 2019.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LSrQluJGwje6Brxs%2bjZOyw%3d%3d&l=hvNnFLSkfdVb6B3lnjtkkw%3d%3d&cd=7jam8iJI… 39/42
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ATTIE, W.
Auditoria: conceitos e aplicações
. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro


de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades
de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de
demonstrações financeiras.
Diário Oficial da União
, Brasília, 28 dez. 2017.
Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm
>. Acesso em: 14 jul. 2019.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 13.140, de 26 de junho de


2015. Dispõe sobre a mediação entre particulares como meio de solução de
controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da
administração pública; altera a Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997, e o
Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº
9.469, de 10 de julho de 1997.
Diário Oficial da União
, Brasília, 2015.
Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13140.htm
>. Acesso em: 03 jul. 2019.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM nº 308, de 14 de maio


de 1999. Dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria
independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, define os
deveres e as responsabilidades dos administradores das entidades auditadas
no relacionamento com os auditores independentes, e revoga as Instruções
CVM nos 216, de 29 de junho de 1994, e 275, de 12 de março de 1998.
Diário
Oficial da União,
Brasília, 19 maio 1999. Disponível em: <
http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst308.html
>. Acesso em: 14
jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade


NBC PA 11, de 08 de dezembro de 2017. Dá nova redação à NBC PA 11 -
Revisão Externa de Qualidade pelos Pares.
Diário Oficial da União
, Brasília,
13 dez. 2017. Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2017/NBCPA11&arquivo=NBCPA11.doc
>. Acesso em: 05 jul. 2019.

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LSrQluJGwje6Brxs%2bjZOyw%3d%3d&l=hvNnFLSkfdVb6B3lnjtkkw%3d%3d&cd=7jam8iJI… 40/42
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CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade


NBC PA 13, de 21 de agosto de 2015. Dá nova redação à NBC PA 13 (R1) que
dispõe sobre o Exame de Qualificação Técnica.
Diário Oficial da União
,
Brasília, 02 set. 2015. Disponível em: <
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2015/NBCPA13(R2)
>.  Acesso em: 05 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade


NBC TA 200 (R1), de 19 de agosto de 2016. Altera a NBC TA 200 que dispõe
sobre os objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria
em conformidade com normas de auditoria.
Diário Oficial da União
, Brasília,
05 set. 2016. Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2016/NBCTA200(R1)
>. Acesso em: 05 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Norma Brasileira de Contabilidade


NBC PG 01, de 07 de fevereiro de 2019. Aprova a NBC PG 01 - Código de Ética
Profissional do Contador.
Diário Oficial da União
, Brasília, 14 fev. 2019.
Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2019/NBCPG01&arquivo=NBCPG01.doc
>. Acesso em: 14 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 290 (R2), de 2017.


Altera a NBC PA 290 (R1), que dispõe sobre independência em trabalhos de
auditoria e revisão.
Diário Oficial da união
, Brasília, 26 maio 2017.
Disponível em: <
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
codigo=2017/NBCPA290(R2)
>. Acesso em: 05 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 291 (R2), de 2017.


Altera a NBC PA 291 (R1), que dispõe sobre independência em outros
trabalhos de asseguração.
Diário Oficial da União
, Brasília, 26 maio 2017.
Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
Codigo=2017/NBCPA291(R2)&arquivo=NBCPA291(R2)%20(2).doc
>. Acesso em:
05 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 986, 28 de


novembro de 2003. Aprova a NBC TI 01 – Da Auditoria Interna.
Diário Oficial

https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LSrQluJGwje6Brxs%2bjZOyw%3d%3d&l=hvNnFLSkfdVb6B3lnjtkkw%3d%3d&cd=7jam8iJI… 41/42
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da União,
Brasília, 28 nov. 2003. Disponível em: <
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2003/000986
>.
Acesso em:  05 jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.201 de 03 de


dezembro de 2009. Aprova a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas
(Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes.
Diário Oficial da
união
, Brasília, 03 dez. 2009. Disponível em: <
http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2009/001201
>.
Acesso em: 05 jul. 2019.

CREPALDI, S. A.
Auditoria contábil
: teoria e prática. 10. ed. São Paulo: Atlas,
2016.

MARTINS, A. N. E.
Mediação familiar para idosos em situação de risco
. São
Paulo: Blucher, 2017.

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